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ontecerá nesta segunda-feira, dia 10, das 16h às 20hrs no jardim do palácio cruz e sousa e
no auditório do museu histórico.
com curadoria de bárbara Baron e isabela ghislandi, o projeto foca nas linguagens carac-
terísticas das novas mídias, utilizando principalmente a videoarte e a performance. o festival
tem como objetivo levantar discussões sobre as novas tecnologias e suas relações de redes e
protocolos, a relação humano-máquina, e também o caos midiático e imagético característico
destas linguagens e diálogos.
tais discussões, infinitas como uma troca contínua de SMS, reverberam-se numa relação de
dois sujeitos completamente opostos, uma conversa que tenta objetivar as possibilidades e
questionamentos que os artistas contemporâneos estão submetidos.
assim como a rede neural composta pelas interações e diálogos entre as obras, incuba-se um
simulacro da mente contemporânea, irremediavelmente inserida no contexto pós-digital, onde
a relação objeto-sujeito se afunda cada vez mais em sua própria linguagem e acaba apenas
deixando retroalimentação e ruído. é preciso captar, traduzir e disseminar.
anxi e ty i s not sexy, k. tri b ess i see green, maci a s & bravo
Matheus Paier (PORTO ALEGRE, BR) Álvaro A. Alves (CURITIBA, BR)
matheus paier nasceu em porto alegre, onde atua como artista visual desde 2015. utiliza a poética da teoria do álvaro alves (coletivo 56) é artista visual dedicado a video-projeções, instalações e festividades. suas obras
tudo, buracos negros, geometria sagrada, teoria das placas e dimensões paralelas. vão da abstração do concreto, ressignificado em ceno-instalações, ao efêmero do imagético. fagocitado pelas
vertigens humanas, propõe sensações em percepções visuais imersivas onde teto ganha novas definições.
3HIRD5IDE
3hird5ide é um projeto visual pós internet que busca compreender a histeria coletiva da dualidade PRÓ-COMPUTADOR SENTIMENTAL
encontrada no inconsciente coletivo humano por meio de sensações intrínsecas visuais. humanização tecnológica. desumanização humana. juntos rumo às novas
interatividades.
berk cakmakci nasceu em Ankara, 1988, é fotografo, artista e dj. investiga a dependência da tecnologia e como
esse processo a define e transforma nossos desejos e fetiches. “quebrar e reagrupar as formas como a tecno-
logia é comercializada e consumida me permite compreender melhor seus impactos psicológicos e emocionais
no indivíduo. com esse corpo de trabalho, estou explorando meu relacionamento com a tecnologia por meio dos
relatos documentados de outras pessoas.”
EXTINTION IN FOUR MOVEMENTS
extinction in four movements é uma montagem satírica aparentemente arrancada de arquivos compartilha-
dos do whatsapp, os alambiques e selfies de uma geração forçada a repetidamente imaginar e enfatizar o
domínio da onipresença humana sobre a natureza e entre si. ao mesmo tempo, trata-se de uma geração
atormentada por interesses corporativos disfarçados sob assédios e invasões de privacidade popularmente
aceitos, constantemente pressionados a realizar atos medíocres de criatividade vinculados aos canais
pré-programados de comunicação comercializada. “pressão dos pares”, “perdendo”, “milênios privilegia-
dos”, “expectativas brutais”, “desinformação e depressão”, “conformismo mínimo” e “bolha minúscula”. é
uma distopia hiperreal nascida da cosmovisão do século XXI, superada do que o intelectual americano
cornel West chamou de “armas de distração em massa”. essa geração, cada vez mais estimulada por
insultos que criam tendências para todas as formas de inteligência, promovendo um humor antiintelectual,
comprometido com a saturação artificial. consumindo a própria cultura sem os meios ou recursos para
estabelecer uma reciprocidade verdadeiramente criativa, eles abusam de vícios metafísicos através de fer-
ramentas do narcisismo que descaradamente os fazem uma lavagem cerebral na identificação virtual com
uma memória coletiva imposta.
encai x o, m. erri b ege. exti n ti o n i n four movements, b. aki n ci t urk + b. cakmakci
JACQUES DEFAULT (RIO DE JANEIRO, BR) LARA JOY EVANS (EUA)
jacques default é uma entidade viajante clichê, uma imagem do estereótipo do estrangeiro do primeiro mundo
em terras brasiliensis, onde a repetição de frases ditas por típicos turistas de classe média e alta, com senso
estético e visão de mundo mediocre se torna artificio de sua narrativa. o “exótico e o belo do brasil” são imagens A SHORT EXCERPT OF A TRANSLATION FROM THE NON-LINEAR
presentes em sua série “diário default” serve como representação de um colonialismo banal, mesmo sendo um produto inacabado, um pequeno trecho de uma tradução de uma história do não-linear. esta é uma
imagens comuns para os brasileiros. proposta para uma exposição, texto, exploração, discussão e festa onde eu possa dançar.
no fundo da lama, a partir do seu código principal, esta máquina revela-se em várias formas.
DIÁRIO DEFAULT link para descrição do vídeo:
“florianópolis es a capital do estado de santa catarina e uma grande cidade como https://docs.google.com/document/d/1yh7K1fyH05yyN8B03LmkEvf1EJB5yK504bf6eUZN2o4/edit
qualquer outra porrém menor... aqui o tempo é contado em 40 minutos que é a > esta é uma tradução de uma linguagem que é inaudível para o ouvido humano e graças à nova tecnologia
duração de uma viagem dans les terminaux, TICEN-TILAG, TI-TRI-TI-SAN e muitas pode finalmente ser entendida
belas praias algumas com dunas.” > mas isso não é uma verdade
> esta é uma ficção não-ficcional
registro do viajante jacques default de sua temporada em florianópolis, 26 de janvier fluxos de dados torcem meu rosto para o estado misto da minha realidade, meu olho direito quer rolar para
à le 4 fevrier. uma cidade muito bonita.” baixo para se unir com o canto da minha boca, meu canto da boca se estica para encontrá-lo em dor, o
anseio de se fazer ver, meu olho querendo nada além de provar e gritar, finalmente capaz de parar de ver:
você veio para desinstalar meu ego?
di á ri o defaul t , j . defaul t . a short excerpt of a transl a ti o n from the non-l i n ear, l . j o y evans.
RUSTAN SÖDERLING (GOTEMBURGO, SE)
nascido no ano de 1984, o artista vive e trabalha em amsterdam, na holanda. ele
estudou na gerrit rietveld academie, em amsterdam, se formando em 2009. söderling
trabalha com video, pintura, ediçao, escrita e design.
ETERNAL SEPTEMBER
1.
querides -
estes sonhos são tudo, e assim, pelo seu status como um todo, não deveria precisa de um
nome. mas esses espaços mentais também são específicos de uma maneira que eu sinto
eles merecem um. setembro eterno é * sempre * setembro * em algum lugar * na Internet.
submersa na minha caixa molhada, esta câmara de isolamento cheia de água, nenhuma outra
imagem me alcança. memórias lentas de outra pessoa. o módulo de isolamento tem um ar de
tristeza. inundações de outono e a melancolia específica de setembro. enevoando em todos os
sentidos. eu defini e enquadrei esses. a memória caminha, considerando as condições difíceis.
uma ode aos sonhos esmagados dos hackers pré-internet, os heróis da revolução do computa-
dor, deixada para trás quando a web se ampliou. desiludidos com a falta de conhecimento e
rigor apaixonado, eles deixaram hardware e rede atrás, buscando respostas na natureza - na
água, em sacrifício. nenhuma “forma” de vida permanece aqui, nenhuma “groupmind” está no
lugar para oferecer suporte emocional. tudo o que resta é a poeira do virtual - vazio garrafas
de cerveja, armazenamento obsoleto e os nomes nostálgicos da família corporações, espaços
virtuais e hardware que foram engolidos para cima ou para a nuvem. um carro sem motorista,
um usuário de IA, cruzando, simulando meu corpo. a angústia psicológica de abandonar o
status de motorista. há perigo nas memórias, um perigo muito menor pela renúncia do status
do driver, navegando por proxy através de uma plataforma de lembrança.
–e se nada pode ser simulado?
aqui estão as ruínas eternas do que antes era novo e promissor.
The HTTP New Media Festival, was held as a part of CEART’s integrated week on
Monday, 10, 2018 from 4:00 p.m. to 8:00 p.m. at the Historical Museum inside the
Cruz e Sousa Palace in Florianópolis, Brazil.
Curated by Bárbara Baron and Isabela Ghislandi, the project focused on the new
media languages, like video art and performance. The festival aims to raise discus-
sions about new technologies and their relationships of networks and protocols. The
set of works presented in this exhibition incubate a simulacrum of the contemporary
mind; a primitive analogue to a neural network fed by the product of digital culture.
The interactions between subject and object are purposefully contested, as language
itself ceases to be a connection and takes an active role as interpeter and compiler.
Its necessary to capture, translate and disseminate.
Bárbara Baron
bvandresen@hotmail.com
http://www.barbarabaron.tumblr.com
Isabela Ghislandi
isabela789@gmail.com
https://web.facebook.com/isabelaghislandi