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o festival HTTP de novas mídias, realizado como parte da semana integrada do CEART ac-

ontecerá nesta segunda-feira, dia 10, das 16h às 20hrs no jardim do palácio cruz e sousa e
no auditório do museu histórico.
com curadoria de bárbara Baron e isabela ghislandi, o projeto foca nas linguagens carac-
terísticas das novas mídias, utilizando principalmente a videoarte e a performance. o festival
tem como objetivo levantar discussões sobre as novas tecnologias e suas relações de redes e
protocolos, a relação humano-máquina, e também o caos midiático e imagético característico
destas linguagens e diálogos.
tais discussões, infinitas como uma troca contínua de SMS, reverberam-se numa relação de
dois sujeitos completamente opostos, uma conversa que tenta objetivar as possibilidades e
questionamentos que os artistas contemporâneos estão submetidos.
assim como a rede neural composta pelas interações e diálogos entre as obras, incuba-se um
simulacro da mente contemporânea, irremediavelmente inserida no contexto pós-digital, onde
a relação objeto-sujeito se afunda cada vez mais em sua própria linguagem e acaba apenas
deixando retroalimentação e ruído. é preciso captar, traduzir e disseminar.

http://ARTISTAS/ lara joy evans_


_bárbara baron álvaro a. alves_
_isabela ghislandi agnees monteiro_
_karen tribess viktor timofeev_
_karina segantini juca_
_lara albrecht rachel lima_
_benoit menard maya ben david_
_bora akinciturk clifford sage_
_olivia rehm jacques default_
_marissa macias print tv_
_mauricio maximiliano bravo ville kallio_
_matheus paier berk cakmakci_
_erribegé rustan söderling_
_aline vieira
BÁRBARA BARON ISABELA GHISLANDI
nasceu e trabalha como artista na cidade de florianópolis, onde opera por meio de instalações, videoarte e
performance. sua poética transita entre o uso de mídias obsoletas, a exploração e apropriação de memórias 4:4/VARIÁVEIS DISTRIBUIDAS
próprias e adquiridas e também a manipulação do tempo-passado. utilizando-se da linguagem da televisão e “assim, em todas as frentes, o desenvolvimento de formas de vida artificiais (incluindo robôs móveis
se apropriando de elementos da cultura de massa, a artista acaba a manipulando de tal maneira que acaba e software autônomo agentes) continua a exigir assemblages computacionais que podem simular
empregando duas viés de um mesmo discurso possível. o primeiro, o discurso persuasivo característico dos evolução darwiniana e fornecer um ambiente em que a evolução artificial pode acontecer. um notável
mass media. o segundo, o discurso familiar característico das imagens caseiras, dos nostálgicos VHS– Video sucesso nesse sentido foi alcançado por karl sims com seu ambiente gerado por computador “cria-
Home System, sistemas de vídeo caseiros. turas virtuais”, em que (como na natureza, mas ainda não na robótica física) controladores de rede
neural (isto é, um sistema nervoso) e a morfologia das criaturas foram feitas para evoluir juntos”. os
MEATLOAF COMMERCIAL sims usaram técnicas de programação evolutiva para produzir genótipos estruturados como gráficos
vídeo realizado a partir de performance onde a artista utiliza de artifícios da estética camp e kitsch direcionados de nós e conexões, e podem descrever de forma eficiente, mas flexível, instruções para
para satirizar a problemática da classe média nos estados unidos no seu pós-guerra, principal o desenvolvimento de corpos e sistemas de controle de criaturas com repetição ou componentes
mente nos anos 70, onde a produção em massa chegava ao seu ápice. recursivos os fenótipos ou criaturas individuais que resultam competem em várias competições em
LOADING… um mundo virtual, com os vencedores recebendo uma classificação mais alta que permite que eles
a internet foi um espaço originalmente criado como um espaço livre para compartilhamento de sobrevivam e se reproduzam” the allure of machinic life cybernetics artificial life and the new aI - john
informações através da chamada rede mundial de computadores. dentro da world wide web, o johnston. um experimento social com teste de variáveis, a partir que o tempo acompanha o caos
tempo é fabricado. entorpecentes ideológicos deixam muitos por aí mais felizes e despreocupa na evolução do jogo, padrões de repetição acontecem e nenhuma açao exterior é feita, até certo
dos. ponto em que se colapsam os limites das entidades. enquanto as variáveis só “existem” em tempo
BRAIN FARTS de execução, elas são associadas a “nomes”, durante o tempo de desenvolvimento. podemos tomar
construção de um outro tempo. uma névoa cerebral invade e preenche a sala, convivendo com resultados diferentes de acordo com as variáveis, ou podemos ter dimensões com fins diferentes.
confusões e idealizações temporais, memórias e sobreposições de uma infinidade de var dinheiro = variável dominant
sentimentos e prazos determinados. “brain farts” é um sintoma do distúrbio de ansiedade, onde o se dinheiro > 20 então é possível continuar o jogo
indivíduo não consegue pensar normalmente. se dinheiro < 20 então criaturas morrem de fome
EFEITO TEVELISAO var fogão sem alarme = fim de jogo
através de uma série de experimentações utilizando gravações em VHS e distorções de áudio var microondas = bug
gravadas a partir das mesmas, a artista tenta materializar seu “efeito tevêlisão”, efeito que surgiu var fogao com alarme e dinheiro>20 = é possível continuar o jogo.
de frequentes leituras do texto “video gratias” de jean paul fargier, onde o mesmo aplica seu “efeito
tivi”. ele escreve: “a televisão, na sua origem, é uma máquina de produzir ao infinito o presente rep- LOCAL HOST
resentado e uma memória capaz de estocar o tornar-se arquivo sem limite.” “efeito tevêlisão” é um a criação controlada de entidades em um ambiente movido a HUD e o travamento dos meios tec-
melodrama videografado. uma resposta à televisão – em todos os seus subsequentes formatos, as nologicos resultam na abstraçao desses tipos. localhost é espaço onde essa criação se desenvolve.
quais Fargier denomina “mídias do imediatismo” – um retrato dela mesma, a tevê, sendo vista por matéria artificial e, ao mesmo tempo, radicalmente diferente, potencialmente inteligente. é o resultado
ela mesma: distorcida pelo tempo e fissurada tanto pela pressão das camadas da fita magnética de uma naturalização de artefatos tecnológicos.
do VHS quanto pela expansão do espaço infinito que percorre os pixels da tela de um computador. 1. Itens de difusão.
é uma construção de um outro tempo, paralelo e subterrâneo ao tempo cronológico: em fluxo e 1.1 mudando de posiçao.
amortecido. cartas de amor de uma “criança da tevêlisão”. 1.2 examinando sinais borrados.
Karen Tribess (LISBOA, PT) Marissa Macias & Mauricio Maximiliano Bravo (CHICAGO, EUA)
aspectos narrativos, auto-biográficos e autorreferenciais, envolvendo relações com o corpo e a própria história MARISSA MACIAS: peixes * 22
de vida da artista são mesclados com questões feministas e cybers formando formando a poética de karen artista e designer de chicago. já entrou em uma confusão por andar de patins na plataforma do
tribess. o limite do público e do privado é um ponto essencial no trabalho da artista. “over thinker” gera “over trem. ela faz roupas porque acredita que a felicidade é utilitária. Sua principal fonte de inspiração
react” e acaba com ”over share”. esse é o processo de trabalho em sua criação. é a loja de 1,99. provavelmente alguém que se prepararia para o juízo final.
MAURICIO BRAVO: capricórnio / cúspide aquário * 23
artista e designer de chicago. ele pratica Tai Chi e controla a respiração. seu trabalho de vídeo
LIFE OF KAREN com o grupo tod fisher productions evoca os programas de televisão os sopranos e my 600lb
mini doc feito com Iphone. estou na europa e meu transtorno de ansiedade está pior life. uma vez ele dormiu em uma lixeira cheia de manteiga.
do que nunca. mas nossas vidas sao entretenimento gratuito pro instagram e em
tempos de life of kylie (jenner), porque nao fazer seu próprio reality show?
Life of Karen 2 estreia em breve!
OVERSHARING QUEEN
VHS. perdi minha conta no Instagram, quebrei meu celular com um martelo. Não sei I SEE GREEN (EU ENXERGO VERDE)
como provar que existo se não tenho como compartilhar. p overshare era um meio i see green é um curta-metragem dos artistas marissa macias e mauricio bravo. são duas
de não me sentir sozinha. criaturas mágicas que se deparam com uma única nota de um dólar e com o discurso que
REGISTRO DE PERFORMANCE: ANXIETY IS NOT SEXY ela carrega e afeta suas vidas. jogando seus frívolos jogos, parcialmente submersos em um
na televisão um vídeo meu chorando em um momento de profundo desespero devido lago artificial, os dois correm o risco de ficar para sempre na praia de Mahoney, em chicago,
a meu transtorno de ansiedade generalizada, ao lado dessa imagem estou samban- contaminada com cloro. o projeto apresenta um dos figurinos de seersucker e música do
do ao som de uma escola de samba extremamente vibrante, porém meu semblante álbum tod fisher productions 2016, new pups on the block.
é neutro, sem sorrir e às vezes cansado. meu rosto não condiz com a dança. estamos
inconscientemente comunicando mentiras com nossos avatares virtuais. minha per-
formance existe para descolar o over share do virtual para o físico e manifestar minha
tentativa de não compactuar com a construção da ilusão da vida perfeita online.
PERFORMANCE REALITY SHOW
performance realizada ao vivo durante o festival http de novas mídias.

anxi e ty i s not sexy, k. tri b ess i see green, maci a s & bravo
Matheus Paier (PORTO ALEGRE, BR) Álvaro A. Alves (CURITIBA, BR)
matheus paier nasceu em porto alegre, onde atua como artista visual desde 2015. utiliza a poética da teoria do álvaro alves (coletivo 56) é artista visual dedicado a video-projeções, instalações e festividades. suas obras
tudo, buracos negros, geometria sagrada, teoria das placas e dimensões paralelas. vão da abstração do concreto, ressignificado em ceno-instalações, ao efêmero do imagético. fagocitado pelas
vertigens humanas, propõe sensações em percepções visuais imersivas onde teto ganha novas definições.
3HIRD5IDE
3hird5ide é um projeto visual pós internet que busca compreender a histeria coletiva da dualidade PRÓ-COMPUTADOR SENTIMENTAL
encontrada no inconsciente coletivo humano por meio de sensações intrínsecas visuais. humanização tecnológica. desumanização humana. juntos rumo às novas
interatividades.

2hi r d5i d e, m. pai e r pró-computador senti m ental , a. al v es


Juca (SÃO PAULO, BR) Maya Ben David (LONDRES, UK)
artista e estudante de arquitetura, vive e trabalha em são paulo. seus processos envolvem o corpo e a cidade, maya ben david é uma artista emergente de vídeo e performance cujo trabalho chama a atenção para momen-
as relações humanas e a arquitetura, escala, criação de maquetes e micro-realidades. tos de animação digital, filme e cultura popular. o trabalho de david envolve performances irônicas, telas verdes,
HETEROTROPIA CORPORAL mídia apropriada e edição de vídeo para explorar simulações da realidade e da sensibilidade.
sons cristalizados, vídeo, 2015 experimentação visual e sonora sintetizando os sons da queda de POK... MORPH ME
pequenas bolinhas de vidro. POK… MORPH ME é uma performance de vídeo que comenta sobre e é dedicada ao universo
pokémon e sua fandom. os pokémorphs são versões feitas por fãs, antropomorfizadas e sexualiza
das dos personagens pokémon originais; essas revisões desmantelam hierarquias entre humanos
e criaturas.

heterotropi a corporal , j u ca pok...morph me, m. ben davi d


Clifford Sage (LONDRES, UK) Lara Albrecht (FLORIANÓPOLIS, BR)
RECSUND lara albrecht é uma fotógrafa e artista visual atualmente radicada em florianópolis, santa catarina. há sete anos
o recsund ProDance® é um projeto audiovisual que combina muitas funcionalidades em uma, foi a faz registros em câmeras de película 35mm; e sua retórica como fotógrafa tem se desdobrado em múltiplas
base visual da série de rejeição intelectual de quantum natives e atua como um meio de imagens camadas da fotografia, fazendo uso de processos experimentais, onde realiza analogias aos “processos labora-
em movimento em visuais ao vivo, mecânica de jogos, narração de histórias e empreendimentos toriais” com revelação digital em métodos manuais e experimentais com os negativos das câmeras analógicas
de realidade virtual. inicialmente um experimento leve, o ProDance® cresceu na comunidade de que usa, criando texturas e composições pictóricas. a partir de registros documentais de um enquadramento
arte e música, apresentando-se ao vivo no ICA 2017 e na galeria drawing room london 2016, mas cinematrográfico da cena underground e clubber desde a adolescência, ALBRECHT desenvolve imagens
também na rede de comédia britânica com o adult swim UK relançando o wheres my stick video. provocantes que se deslocam entre registros noturnos, retratos femininos e fotografia de moda.
o projeto continua como parte dos lançamentos recsund quantum natives e atualmente está se
preparando para ser um jogo de aventura de 3ª pessoa, onde poderemos explorar o mundo exilado STÉ
do ProDance® e aprender como fazer música com ele e voltar para o planeta terra. quando vemos véspera de partida da Sté da ilha da magia negra, madrugada de lua cheia na lagoa da con-
o ProDance® no vídeo where’s my stick estamos vendo ele em um sistema de transmissão, um ceição, como uma pomba-gira que se manifesta na encruzilhada, exala perfume de rosas
post de sinal intergaláctico em um planeta de troca de telecomunicações. ele disca para a web do pelos cabelos, causa alvoroço nos machos ao redor.
planeta terra acessando seus protocolos e envia uma solicitação de upload para a quantum natives
records. durante o seqüestro da ProDance por uma inteligência desconhecida, ele teve tempo de
contemplar as bordas externas de sua mente, temendo o que poderia estar no final de sua jornada
universal. imagens conjuradas de planetas oceânicos azuis salpicados de ilhas paradisíacas para
vastas terras devastadas, apenas para serem habitadas por feras de filmes como alien.

recsund, c. sage sté, l . al b recht.


Karina Segantini (FLORIANÓPOLIS, BR)
karina segantini, nasceu em franca SP e no momento mora em lugar nenhum, é graduada em artes plásticas, Viktor Timofeev (RIGA, LATVIA)
especialista em arteterapia e mestre em processos artísticos contemporâneos. geralmente, possui como tema CONTINUUM
de pesquisa o corpo transgressor e grotesco e não elege um suporte ou linguagem fixa em suas produções, continuum mostra um grupo de baratas navegando uma paisagem rochosa e em ruínas ao serem
transitando pela performance, vídeo, objeto, colagem, bordado, etc. observadas por um grupo de drones feitos de dentaduras de grandes dimensões. Isso poderia
facilmente ser uma cena pós-apocalíptica, uma paisagem desprovida de vida, exceto pelos drones
BATOM com operadores invisíveis e baratas, que são popularmente capazes de sobreviver a um apoca
video-performance utilizando batom do baton da garoto lipse nuclear. a animação existe no ponto em que as sobreposições cômicas com o sinistro, como
O LINGUIÇO E A FRANGA os dentes caricatos dos drones parece absurdo, mas ainda assim com um possivelmente propósito
paixão carnaval animalesca malévolo. as baratas parecem quase heroicas esse cenário, sobrevivendo e continuando diante da
primeiro vídeo da artista, feito com VHS dura ambiente e vigilância não súbita de cima.
DÊ-LEITE A RAPUNZEL
palavra cantada profana, rapunzel nas alturas – alegria – alegria,
que tal uma amizade, ou algo mais?

batom, k. seganti n i conti n uum, v. ti m ofeev


BENOIT MENARD (PARIS, FR) PRINT TV (SÃO PAULO, BR)
EROSION POWER II åß˙¨å anonima! tv para ler escola $em parede$ PRINT NA RUA
as bebidas energéticas tornaram-se alegorias de um tempo impulsionado pela superpotência e au- EXPONUDE
to-otimização. em erosion power o artista francês cria uma impressão terrosa ou mineral, tanto o curadoria sem seleção com os nudes enviados dos integrantes do grupo “print
espaço queimado como a caverna rochosa, cobrindo as paredes com uma camada de alcatrão. Imer- terapia em grupo” que foram expostos na primeira festa print zerolikes que rolou
sos em uma atmosfera sonora de magma radioativo, as latas se tornam os fósseis de um ritual enig- no espaço zé presidente. o vídeo trata de uma colagem de gifs feitos com alguns
mático. “quando os resíduos radioactivos foram armazenados na finlândia a 6 km de profundidade desses nudes selecionados aleatoriamente para o teaser do primeiro oscar print
(capazes de resistir a uma era do gelo), nos perguntamos se a próxima civilização atribuirá poderes com falsas premiações que acontece anualmente no espaço da matilha cultural
sobrenaturais a esse tesouro arqueológico “, evoca o artista. sua obra está na encruzilhada de um em são paulo.
futuro que já aconteceu e de rituais de nova era das formas atuais. seu mais recente projeto é uma PRINT NA RUA
agência de viagens para o planeta marte, empregando todo o arsenal de estratégias de branding e ação nômade com colagem de lambe pelas ruas do meier no rio de janeiro,
códigos de feiras. no entanto, uma dimensão narrativa mais turbulenta surge em uma escultura evo- centro, em são paulo e joão pessoa, na paraíba.
cando o solo marciano: um fóssil can-let vazou um líquido para especular sobre a existência de um
oásis no planeta vermelho. o título do projeto, “erosion power”, o nome de um software 3D que recria narração por gustavo lourenço – edição por denise nuvem
a erosão do solo é mais concreto, mas não menos inexplicável: as tecnologias atuais podem fazer um
trabalho que leva bilhões de anos. deserto ou oásis? material do território feito de ficção.

erosi o n power II, b. menard. pri n t na rua, pri n t tv


OLIVIA REHM (CHICAGO, EUA)
artista multimídia de chicago, illinois. seu trabalho é em grande parte formado por esculturas,
colagens digitais, vídeo e instalação. recentemente se formou no instituto de arte e design RACHEL LIMA (FLORIANÓPOLIS, BR)
de milwaukee. ela cria seus trabalhos em metal, barro, vídeo e costura. todo o seu trabalho rachel lima e silva é artista visual e estudante da universidade do estado de santa catarina. em notas-de-
navega através de sua própria vida, permanecendo disponível para que os outros levem o que senhos, vídeos-registros, registros sonoros e performances, nos seus trabalhos e processos o corpo está
quiserem para si. sempre presente, um corpo que se movimenta e pausa em pensamentos excessivos.

HEY YOU TENTATIVA DE FALA
este vídeo é sobre estar sozinho. a falsidade da mão se presta a estar distante da ...
realidade - representando um toque real. criar um diálogo entre a mão de plástico
e o corpo da artista é a sua maneira de deixar claro para qualquer pessoa que
hey you, o. rehm., esteja assistindo ao vídeo. uma demonstração de carinho a qual todos anseiam.
tentati v a de fal a , r. l i m a.
VILLE KALLIO (FINLÂNDIA) ALINE VIEIRA (CURITIBA, BR)
ville é um artista autodidata que cria desenhos, gifs, quadrinhos, etc. tem um estilo muito peculiar, caracterizado o uso das ferramenta “stories” do instagram proporciona um conjunto de diversas funçoes, desde pedidos desti-
por cores brilhantes, visuais fortes e um senso de humor rebelde. ele usa com sucesso as mídias sociais para nado aos seguidores, até presentes de marcas em troca de divulgação.Neste âmbito, a fragmentação da identi-
promover seu trabalho e essa experiência o ensinou a discriminar entre críticas construtivas e ruído sem senti- dade como abertura para criar novas ficções de imagens efêmeras se torna importante, e mais necessário ainda
do. suas influências são extremamente ecléticas e incluem mangás, videogames, marxismo e, recentemente, a apropriar-se do meio para difundir um ritual de culto aos símbolos. o privado se fraciona em múltiplos públicos.
idade média. os quadrinhos de ville frequentemente retratam um mundo caracterizado por desamparo e estru-
turas imóveis, o que espelha sua crença de que a mudança só é possível após um colapso total. aline vieira é artista de diversas mídias e sua plataforma principal é o som, é parte do selo curitibano de música
e ruído “meia-vida”. assina como @floresfeias no instagram, também nome de seu projeto solo o qual investiga
ADVERSALIFE questões feministas com o ruído.
em adversalife ville explora, através do ódio da submissão do indivíduo que vive eternamente
presso pelo capitalismo, seu trabalho explora a violência, a biotecnologia, e o futuro do estado de
guerra por meio de simulações de video-games e realidades aceleradas.

adversal i f e, v. kal l i o . unti t l e d, a. vi e i r a.


ERRIBEGÉ (SÃO PAULO, BR) BORA AKINCITURK & BERK CAKMAKCI (ISTAMBUL, TURQUIA)
artista audiovisual, de origem baiana. os temas abordados vão do conforto ao desconforto através da imagem e bora akincitürk, nascido em 1982, istambul, é um artista turco que mora em Londres. trabalhando entre a pintura,
do som. com influência tropical combinando com sua residência paulistana, a dualidade embora constante, se a escultura, o vídeo e a instalação, sua prática pode ser melhor descrita como algo obscuro e niilista, ainda que
dissolve dentro de suas fotos, vídeos e músicas.
ENCAIXE bem-humorado e absurdo, sobre a vida contemporânea e a cultura visual dentro dela. um pioneiro da arte da
encaixe – o manequin como símbolo do corpo do artista, tentando encaixar internet na turquia, e inicialmente um pintor, o trabalho de akincitürk existe em seu próprio plano de uma realidade
em alguma posição, definição. encontrar um lugar onde caiba e possa ficar. humana digital mas fundamental, habitando os cantos sombrios ‘meméticos’ de comunidades on-line como o
4chan e sugerindo esses anárquicos e sempre mundos em evolução da mídia digital como o próximo passo da
evolução humana.

berk cakmakci nasceu em Ankara, 1988, é fotografo, artista e dj. investiga a dependência da tecnologia e como
esse processo a define e transforma nossos desejos e fetiches. “quebrar e reagrupar as formas como a tecno-
logia é comercializada e consumida me permite compreender melhor seus impactos psicológicos e emocionais
no indivíduo. com esse corpo de trabalho, estou explorando meu relacionamento com a tecnologia por meio dos
relatos documentados de outras pessoas.”
EXTINTION IN FOUR MOVEMENTS
extinction in four movements é uma montagem satírica aparentemente arrancada de arquivos compartilha-
dos do whatsapp, os alambiques e selfies de uma geração forçada a repetidamente imaginar e enfatizar o
domínio da onipresença humana sobre a natureza e entre si. ao mesmo tempo, trata-se de uma geração
atormentada por interesses corporativos disfarçados sob assédios e invasões de privacidade popularmente
aceitos, constantemente pressionados a realizar atos medíocres de criatividade vinculados aos canais
pré-programados de comunicação comercializada. “pressão dos pares”, “perdendo”, “milênios privilegia-
dos”, “expectativas brutais”, “desinformação e depressão”, “conformismo mínimo” e “bolha minúscula”. é
uma distopia hiperreal nascida da cosmovisão do século XXI, superada do que o intelectual americano
cornel West chamou de “armas de distração em massa”. essa geração, cada vez mais estimulada por
insultos que criam tendências para todas as formas de inteligência, promovendo um humor antiintelectual,
comprometido com a saturação artificial. consumindo a própria cultura sem os meios ou recursos para
estabelecer uma reciprocidade verdadeiramente criativa, eles abusam de vícios metafísicos através de fer-
ramentas do narcisismo que descaradamente os fazem uma lavagem cerebral na identificação virtual com
uma memória coletiva imposta.
encai x o, m. erri b ege. exti n ti o n i n four movements, b. aki n ci t urk + b. cakmakci
JACQUES DEFAULT (RIO DE JANEIRO, BR) LARA JOY EVANS (EUA)
jacques default é uma entidade viajante clichê, uma imagem do estereótipo do estrangeiro do primeiro mundo
em terras brasiliensis, onde a repetição de frases ditas por típicos turistas de classe média e alta, com senso
estético e visão de mundo mediocre se torna artificio de sua narrativa. o “exótico e o belo do brasil” são imagens A SHORT EXCERPT OF A TRANSLATION FROM THE NON-LINEAR
presentes em sua série “diário default” serve como representação de um colonialismo banal, mesmo sendo um produto inacabado, um pequeno trecho de uma tradução de uma história do não-linear. esta é uma
imagens comuns para os brasileiros. proposta para uma exposição, texto, exploração, discussão e festa onde eu possa dançar.
no fundo da lama, a partir do seu código principal, esta máquina revela-se em várias formas.
DIÁRIO DEFAULT link para descrição do vídeo:
“florianópolis es a capital do estado de santa catarina e uma grande cidade como https://docs.google.com/document/d/1yh7K1fyH05yyN8B03LmkEvf1EJB5yK504bf6eUZN2o4/edit
qualquer outra porrém menor... aqui o tempo é contado em 40 minutos que é a > esta é uma tradução de uma linguagem que é inaudível para o ouvido humano e graças à nova tecnologia
duração de uma viagem dans les terminaux, TICEN-TILAG, TI-TRI-TI-SAN e muitas pode finalmente ser entendida
belas praias algumas com dunas.” > mas isso não é uma verdade
> esta é uma ficção não-ficcional
registro do viajante jacques default de sua temporada em florianópolis, 26 de janvier fluxos de dados torcem meu rosto para o estado misto da minha realidade, meu olho direito quer rolar para
à le 4 fevrier. uma cidade muito bonita.” baixo para se unir com o canto da minha boca, meu canto da boca se estica para encontrá-lo em dor, o
anseio de se fazer ver, meu olho querendo nada além de provar e gritar, finalmente capaz de parar de ver:
você veio para desinstalar meu ego?

di á ri o defaul t , j . defaul t . a short excerpt of a transl a ti o n from the non-l i n ear, l . j o y evans.
RUSTAN SÖDERLING (GOTEMBURGO, SE)
nascido no ano de 1984, o artista vive e trabalha em amsterdam, na holanda. ele
estudou na gerrit rietveld academie, em amsterdam, se formando em 2009. söderling
trabalha com video, pintura, ediçao, escrita e design.
ETERNAL SEPTEMBER
1.
querides -
estes sonhos são tudo, e assim, pelo seu status como um todo, não deveria precisa de um
nome. mas esses espaços mentais também são específicos de uma maneira que eu sinto
eles merecem um. setembro eterno é * sempre * setembro * em algum lugar * na Internet.
submersa na minha caixa molhada, esta câmara de isolamento cheia de água, nenhuma outra
imagem me alcança. memórias lentas de outra pessoa. o módulo de isolamento tem um ar de
tristeza. inundações de outono e a melancolia específica de setembro. enevoando em todos os
sentidos. eu defini e enquadrei esses. a memória caminha, considerando as condições difíceis.
uma ode aos sonhos esmagados dos hackers pré-internet, os heróis da revolução do computa-
dor, deixada para trás quando a web se ampliou. desiludidos com a falta de conhecimento e
rigor apaixonado, eles deixaram hardware e rede atrás, buscando respostas na natureza - na
água, em sacrifício. nenhuma “forma” de vida permanece aqui, nenhuma “groupmind” está no
lugar para oferecer suporte emocional. tudo o que resta é a poeira do virtual - vazio garrafas
de cerveja, armazenamento obsoleto e os nomes nostálgicos da família corporações, espaços
virtuais e hardware que foram engolidos para cima ou para a nuvem. um carro sem motorista,
um usuário de IA, cruzando, simulando meu corpo. a angústia psicológica de abandonar o
status de motorista. há perigo nas memórias, um perigo muito menor pela renúncia do status
do driver, navegando por proxy através de uma plataforma de lembrança.
–e se nada pode ser simulado?
aqui estão as ruínas eternas do que antes era novo e promissor.

eternal september, r. söderl i n g.

bárbara baron_ bvandresen@hotmail.com www.barbarabaron.tumblr.com


isabela ghislandi_ isabela789@gmail.com
registros
http://
registros
http://
english
http new media festival

The HTTP New Media Festival, was held as a part of CEART’s integrated week on
Monday, 10, 2018 from 4:00 p.m. to 8:00 p.m. at the Historical Museum inside the
Cruz e Sousa Palace in Florianópolis, Brazil.

Curated by Bárbara Baron and Isabela Ghislandi, the project focused on the new
media languages, like video art and performance. The festival aims to raise discus-
sions about new technologies and their relationships of networks and protocols. The
set of works presented in this exhibition incubate a simulacrum of the contemporary
mind; a primitive analogue to a neural network fed by the product of digital culture.
The interactions between subject and object are purposefully contested, as language
itself ceases to be a connection and takes an active role as interpeter and compiler.
Its necessary to capture, translate and disseminate.

Bárbara Baron
bvandresen@hotmail.com
http://www.barbarabaron.tumblr.com

Isabela Ghislandi
isabela789@gmail.com
https://web.facebook.com/isabelaghislandi

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