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Coesão e Coerência

Toda escrita requer praticidade, conhecimento prévio do assunto abordado e, sobretudo,


técnicas de escrita, que variam de acordo com o gênero do texto a ser elaborado.
Dois dos elementos essenciais que participam da construção do texto são a coesão e a
coerência. A coesão é a ligação harmoniosa entre idéias, parágrafos, frases, que faz com que eles
se ajustem entre si, mantendo uma relação de significância. Por exemplo, em um texto
sobrecarregado de palavras que se repetem do início ao fim torna-se difícil de ler e de entender,
os ecos e repetições atrapalham a leitura. Para evitar isso, existem termos que substituem a ideia
apresentada, evitando, assim, a repetição. São eles as conjunções, os pronomes, os advérbios e
outros. Assim, em “A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento
e também têm o poder de transformar e de conscientizar”, as palavras: “pois” e “elas” (que se
refere a “palavras”) garantem a coesão. Quando falamos sobre coerência, referimo-nos à lógica
interna de um texto, isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja
distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem. Coesão e coerência se completam
e interferem em vários aspectos de uma unidade de sentido, que é o texto. A seguir, apresentam-
se alguns desses aspectos.
Quando nos propomos escrever um texto, levamos em conta quem vai lê-lo, bem como
alguns cuidados que devem ser tomados para que o leitor o compreenda. Nessa tentativa de fazer-
se compreendido, estabelecemos alguns padrões mentais que diferem o que é coerente daquilo
que não faz sentido.
Intuitivamente, estamos seguindo um princípio básico para uma boa redação, chamado de
coerência textual. Por exemplo, evitamos construções ininteligíveis na redação e recorremos a
nossos conhecimentos prévios e sociocognitivos. A coerência é uma conformidade entre fatos ou
ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de
construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por serem os sentidos elementos
subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável
pela constituição dos significados do texto.
A coerência é imaterial, e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está
escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar várias interpretações. Quando lemos um texto, estamos ao
mesmo tempo construindo sua interpretação, e fazer isso de maneira eficiente está relacionado
com os conhecimentos que já possuímos. Como vamos entender um texto que trate de química
nuclear se não soubermos o que são os elementos da tabela periódica? Como entender um texto
que fale sobre coerência se não soubermos o básico sobre a interpretação de textos?
Três princípios básicos são necessários para compreendermos melhor o que é coerência
textual:
1) Princípio da Não-contradição: Um texto deve apresentar situações ou ideias lógicas
que não se contradigam;
2) Princípio da Não-tautologia: A tautologia nada mais é do que um vício de linguagem
que repete ideias com palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a
transmissão da informação;
3) Princípio da Relevância: Informações fragmentadas, incompletas, tornam as ideias do
texto incoerentes, ainda que cada fragmento apresente certa coerência individual. Se as
ideias não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.
É importante ressaltar que o uso adequado dos conectivos também colabora na
construção de um texto coerente, pois a coesão textual é um importante mecanismo de
estruturação do texto.

Textualidade

Ao nos depararmos com essa palavra, logo nos remetemos à escrita que, por sua vez,
requer determinadas habilidades por parte do emissor. Nesse sentido e, sobretudo, partindo do
pressuposto de que independentemente de qualquer que seja a finalidade discursiva a que se
presta um determinado texto, esse deve estar claro, preciso e objetivo para quem o lê – isso é a
verdadeira textualidade.
Um texto se constitui de ideias, de argumentos firmados por parte de quem o escreve, e
isso é indiscutível, contudo, somente elencá-las não é o suficiente, haja vista que precisam, antes
de tudo, estar bem ordenadas, articuladas, fato esse que somente se materializa se os parágrafos
se apresentarem bem construídos, ordenados. Quando assim se apresentam, logo afirmamos que
se trata de um texto que possui coesão, e se ela se faz evidente, afirmamos também que ele está
coerente, pois ambos os aspectos “trilham” (ou pelo menos devem trilhar) juntos o mesmo
caminho.
Partindo então de tais princípios, cabe ressaltar que essa articulação, uma vez
manifestada, pode se dar tanto no nível das frases quanto no nível do próprio texto, por meio
dos articuladores lógicos do texto e dos próprios conectivos.
Quando no nível das frases, a articulação se dá mediante o uso de pronomes, os quais
fazem referência a elementos antes proferidos; bem como das conjunções, uma vez que essas
estabelecem distintas relações entre as orações, podendo ser de causalidade, temporalidade,
oposição, consequência, condição, conclusão, dentre outros aspectos.
Manifestando-se no nível do texto, a articulação se caracteriza pela relação que se
estabelece entre as partes maiores desse, como é o caso da introdução, desenvolvimento e
conclusão. Dessa forma, atuando como casos representativos desse aspecto, eis
algumas expressões notadamente expressas por “dessa forma”, “por outro lado”, “por exemplo”,
“assim”; sequências numéricas, tais como “primeiro”, “segundo”, “primeiramente”, “em segundo
plano”, entre outras; conjunções de oposição, como, por exemplo, “não obstante”, “apesar de”,
“mas, porém, contudo”, entre outras.

Uso adequado dos conectivos

A coesão textual depende do uso adequado dos conectivos, elementos responsáveis pelo
encadeamento lógico das ideias de um texto. Os conectivos são como peças de um elaborado
quebra-cabeças: quando encaixadas adequadamente, resultam em um texto coeso e bem
estruturado. Sendo assim, os conectivos colaboram para o entendimento de um texto. Chamamos
de coesão as relações de sentido presentes na superfície do texto. Nessas relações de sentido,
os conectivos textuais colaboram para a construção de um texto coeso, tendo como principal
função estabelecer uma relação semântica (se significado, lexical) entre os elementos do discurso,
fazendo com que eles sejam dependentes, ao formar uma espécie de elo que permite o
encadeamento lógico das ideias de um texto.
Nesse contexto, o uso adequado dos conectivos contribui para a estruturação da
sequência de um texto, conferindo a ele maior legibilidade, contudo, o uso inadequado dos
conectivos pode provocar relações de sentido diferentes daquelas que são esperadas. Os
principais conectivos utilizados são as conjunções e os denotadores, palavras responsáveis por
relacionar partes da oração ou orações de um período. No entanto, não basta decorar uma lista
interminável de conjunções, é preciso saber quando e como usar cada uma delas, já que na língua
o contexto da comunicação, seja ela oral ou escrita, é o fator que determinará a construção dos
sentidos do texto.
Sendo assim, observemos o uso correto de algumas conjunções e denotadores no
exemplo abaixo:

Embora Marcelo tenha saído de casa com certa antecedência, chegou atrasado ao estádio
para assistir ao jogo que definiria os finalistas do campeonato, porque o trânsito estava
congestionado. Aliás, ele também esqueceu de pôr gasolina no carro e teve de parar no posto, o
que consumiu certo tempo. Obviamente, Marcelo ficou frustrado.

A conjunção embora tem como principal função introduzir uma oração que encerra uma
ideia de concessão, pois, apesar de ter saído de casa com certa antecedência, Marcelo acabou
se atrasando para assistir à partida de futebol. O pronome relativo que tem como objetivo retomar
o substantivo “jogo” presente na oração anterior. Finalmente, a conjunção “porque” inicia uma
oração que exprime ideia de causa, pois, porque o trânsito estava congestionado, Marcelo não
chegou a tempo para assistir ao início da partida. E o que podemos dizer de outros conectivos
presentes no fragmento? Quais são eles? O que significam?
Fica claro que o uso adequado dos conectivos é fundamental para se estabelecer uma
relação de sentido eficiente. É preciso cuidado na escolha deles, pois cada um, apesar de
aparentemente apresentar valores idênticos, tem uma utilidade específica. Para cada tipo de
relação que se pretende estabelecer entre as orações, existe um conectivo que se adaptará
perfeitamente a ela.
Todo texto que se preze privilegia a boa comunicação. Comunicar é a principal função de
todo e qualquer ato de fala, tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral. Um bom escritor
deve conhecer recursos linguísticos essenciais para o desenvolvimento de uma redação que
interaja de maneira satisfatória com o leitor.
Conhecer elementos como a coerência e a coesão, assim como sua aplicabilidade,
garante a escrita de um texto cujas ideias estejam apresentadas de forma competente,
possibilitando ao leitor uma leitura aprazível e dialógica, como dito. Para tanto, existem os tipos
de coerência e os tipos de coesão, que são indispensáveis para a construção do texto.
Vimos que a coesão é responsável pelos sentidos encontrados na superfície do texto. Por
meio dela é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os
elementos do discurso através do uso adequado de conectivos, que servirão para encadear de
maneira lógica as ideias do texto. Conheceremos agora os cinco tipos de coesão textual:

⇒ Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos
repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:

Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados
pelos professores da escola.
Em vez de:
Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro
ano foram acompanhados pelos professores da escola.

⇒ Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já
enunciados através da anáfora. Observe o exemplo:

Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão
suspensos.
Em vez de:
Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a
acontecer, os alunos serão suspensos.

⇒ Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma ou mais palavras sem que isso
comprometa a clareza de ideias da oração:

Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao telefone com a amiga.


Em vez de:
Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga.

⇒ Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto
através do emprego adequado de conjunções:

Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão.

⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou


heterônimos. Observe o exemplo:

Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de
1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi
um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Fonte: <http://www.mundoeducacao.com/redacao/tipos-coesao.htm>.

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