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Eletrodutos

Publicação especial • 2007 www.asfamas.org.br/normaeletrodutos

Nova norma regulamenta mercado de eletrodutos


NBR 15465:2007é baseada em normas de padrão internacional
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas verificados seus pontos positivos e deficiências. “Mais
acaba de elaborar uma nova norma que regulamen- de 300 testes foram realizados simulando as condi-
tará o mercado de eletrodutos plásticos rígidos e ções de obra a que os eletrodutos poderiam ser
flexíveis utilizados nas instalações prediais de eletri- submetidos. Só então pudemos identificar os requisi-
cidade, telefonia, TV a cabo, entre outros. A iniciativa tos mínimos de desempenho a serem atendidos”,
segue a IEC 61386, uma norma internacional que informa Cukierman.
atende a padrões mundiais de qualidade.
Para verificar a efetividade da aplicação da regra, está
A ação vem para combater a grande quantidade de sendo implementado o Programa de Garantia da
produtos com desempenho inadequado. Atualmente Qualidade de Eletrodutos Plásticos para Instalações
são notadas inúmeras irregularidades em eletrodutos Elétricas de Baixa Tensão em Edificações, que avaliará
plásticos quando submetidos a situações adversas. periodicamente, por meio de auditorias sem prévio
“Entre os danos mais comuns estão a propagação de aviso, a conformidade dos materiais comercializados
fogo em eletrodutos embutidos nas alvenarias e em todo o território brasileiro.
esmagamento dos eletrodutos embutidos nas lajes, o
que dificulta ou até impossibilita a passagem dos fios O objetivo do Programa é garantir o desempenho dos
elétricos”, explica o engenheiro Jairo Cukierman, eletrodutos e trazer ganhos para todos. “Com a NBR
gerente da TESIS – Tecnologia de Sistemas em Enge- 15465:2007 ganham os fabricantes que se preocupam
nharia, responsável pelas análises dos produtos. com qualidade, os construtores e principalmente os
consumidores, que conseguirão identificar qual
Mas, a partir de agora todos os produtos disponíveis produto atende os quesitos básicos de segurança e
no mercado terão que adotar um padrão de fabrica- qualidade”, conclui Cukierman.
ção, seguindo alguns requisitos mínimos para serem
comercializados. Os eletrodutos propagantes de cha- Identificação por cor
ma, por exemplo, não poderão ser embutidos em conforme classificação / aplicação
alvenaria ou ficarem aparentes. Eles só poderão ser
embutidos em laje ou enterrados. Portanto, deverão ELETRODUTO CLASSIFICAÇÃO CORRUGADO LISO
apresentar características mecânicas (resistência à preto
compressão, resistência ao impacto, resistência ao PESADO preto co-extrudado
calor) que permitam um desempenho adequado azul
quando instalados nestas condições. preto
FLEXÍVEL MÉDIO cinza co-extrudado
Para chegar a especificações cinza
como estas, todos os produtos preto
LEVE amarelo co-extrudado
disponíveis no Brasil passa- amarelo
ram por análises técnicas
no Laboratório de Instala- RÍGIDO PESADO --- preto
ções Prediais do IPT (Ins-
tituto de Pesquisas Tecno- Eletrodutos leves: não devem ser embutidos em lajes
lógicas do Esta- ou enterrados.
do de SP) para
Eletrodutos propagantes de chama: não devem ser
que fossem
embutidos em alvenaria ou enterrados.

Mais de 300 testes foram realizados para identificar


os requisitos mínimos de desempenho dos eletrodutos.
Revendas

Revendas influem no uso de produtos fora de norma


Comercializar mercadorias não-conforme pode trazer sérios problemas jurídicos
Qualidade e desempenho satisfatório. É isso o que o Uma das formas de saber se a mercadoria está
consumidor quer quando compra qualquer produto. conforme é acessar o site do PBQP-H - Programa
Porém, o que poucos sabem é que a responsabilidade Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat
sobre os materiais não é apenas do fabricante, mas (www.cidades.gov.br/pbqp-h). O Programa integra-se
também de quem os vende. à Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério
das Cidades, e tem como objetivo criar um
“Quando uma mercadoria apresenta defi- ambiente de isonomia competitiva, que
ciência no desempenho sem causar gran- propicie soluções mais baratas e de
des danos, a responsabilidade é compar- melhor qualidade.
tilhada entre fabricantes e reven-
dedores. É o chamado vício de produto. No caso específico de eletrodutos, o
Já quando as consequências são mais revendedor também pode encon-
graves, a responsabilidade é do fabri- trar a relação das empresas que
cante. Entretanto, se este não for loca- respeitam a NBR 15465 nos sites
lizado, a culpa passa a ser automatica- da Asfamas – Associação Brasi-
mente do revendedor”, explica Rafael leira dos Fabricantes de Materiais,
Baitz, advogado especialista em direito Edificações, Energia e Irrigação
do consumidor. Rafael Baitz, advogado (www.asfamas.org.br) e do Cediplac
especialista em direito (www.cediplac.org.br).
Sendo assim, as revendas precisam se certi- do consumidor.
ficar de que estão vendendo mercadorias de As revendas que comercializam produtos
qualidade. Para isso, esses profissionais devem estar não-conforme estão sujeitas a inúmeras penalidades.
atentos às marcas que comercializam e saber se os “Cada caso é analisado de maneira particular, mas os
produtos seguem as normas técnicas. “Vender produ- riscos são de fechamento da empresa, multas de até 3
tos fora de norma é o mesmo que vender produtos milhões de reais e, em casos mais graves, detenção do
vencidos, estragados”, completa o advogado. responsável pelo estabelecimento”, explica Baitz.

Produtos regulamentados trazem inúmeras vantagens


Utilizar produtos certificados e de qualidade com- obrigação manter a segurança dele, garantindo
provada é sempre mais vantajoso tanto para que suas instalações não irão apresentar pro-
quem compra como para quem vende. Mas, com blemas. Assim ficamos todos satisfeitos”.
o mercado desregulamentado não era possível
fazer essa distinção. “Já tivemos problemas com Outra grande vantagem da regularização do setor
várias marcas. No entanto, agora com a norma, é a equalização dos preços. Num mercado desor-
teremos uma verdadeira limpeza no mercado, denado, fica difícil não ver a disparidade dos
tirando os maus fabricantes de circulação”, custos entre produtos conforme e não-conforme.
destaca Veridiana Aldighieri, responsável pelas “Sempre reforçamos a importância de usar mate-
compras de materiais para a Santil, revenda que riais de qualidade. Explicamos que não adianta
está há trinta anos no mercado. gastar dinheiro com fios e outros materiais e
tentar economizar justamente nos eletrodutos.
Segundo ela, a empresa só compra produtos com Afinal, se estes derem problemas o prejuízo será
qualidade testada e aprovada. “Sempre pedimos muito maior. Precisarão quebrar as paredes,
amostras na primeira compra e procuramos fazer gerando um grande transtorno”, conclui.
alguns testes. Isso nos ajuda a certificar que
Revendas exercem papel fundamental
realmente o produto é de confiança. Além disso,
na segurança das instalações.
ao longo do tempo, o cliente também ajuda nessa
identificação porque muitos voltam para dizer se
o produto teve o desempenho esperado”, afirma.

Com a revenda segura de que está trabalhando


com produtos normatizados, consumidor e co-
merciante ficam mais tranquilos. “Temos cons-
ciência que a revenda exerce um grande poder
sobre a escolha do cliente, por isso é nossa
Construtoras Artigo

Qualidade garante Norma marca a história


fidelidade da construção no Brasil
Ninguém volta a comprar qualquer coisa que seja É com grande satisfação
num lugar onde o produto ou serviço não atendeu que vemos a implemen-
plenamente às expectativas de desempenho e quali- tação da nova norma
dade. Numa construtora não seria diferente. O cliente NBR 15465:2007, que regu-
precisa se sentir seguro com o bem que adquiriu para, lamentará o mercado de
futuramente, fazer novas aquisições ou mesmo para eletrodutos plásticos rígi-
dizer aos outros o quanto ficou satisfeito. dos e flexíveis utilizados
nas instalações prediais.
Por isso, a regra número um das empresas de cons-
trução deve ser zelar pela qualidade e segurança de Vale a pena fazermos um
seus clientes. E, para atingir determinado padrão, as pequeno histórico. Quando,
construtoras precisam trabalhar com produtos de alta nas décadas 70 e 80, tínhamos
qualidade. “O consumidor está cada vez mais normatizados somente os eletro-
exigente e com mais acesso às informações, então dutos de ferro e PVC rígido, era normal depararnos
usar produtos em conformidade é também uma com tornos, tarraxas de 1/2” e 1” acompanhadas
questão de imagem para as construtoras”, defende de buchas, arruelas, roscas e parafusos. Um proces-
Pedro Ibá, gerente técnico da Cyrela Brazil Realty. so artesanal que impunha outra logística e veloci-
dade às obras.
Segundo ele, é necessária a consciência de que todos
os envolvidos no processo construtivo são respon- A partir de 1980 passaram a ser disponibilizados no
sáveis pelos problemas que possam aparecer - do mercado de eletrodutos as mangueiras plásticas
revendedor, com a qualidade de seus produtos, ao flexíveis, os corrugados com a parte interior lisa ou
executor, com os procedimentos corretos. “As não, que acabaram aumentando as opções para as
normas, como a recém-lançada NBR 15465:2007, soluções executivas, ofertados dentro de uma grande
evidenciam ainda mais essa postura, o que traz mais gama de preços e obviamente de qualidade, uma vez
qualidade e segurança para toda a cadeia”, comenta. que não eram normatizados.
Um grande número de marcas e produtos similares,
Em contrapartida, Ibá acredita que as construtoras que
com qualidades diversas, deram entrada no mercado
não usam produtos normatizados normalmente têm
gerando distorções de preços em concorrências.
vida curta. “As empresas que optarem por economizar
Posteriormente, problemas executivos foram consta-
na compra de material, futuramente sofrerão retalia-
tados sem a possibilidade legal de penalização dos
ção no market share por conta da má qualidade, além
responsáveis, restando aos construtores eliminar o
da possibilidade de gastar mais com manutenção”,
fabricante, e ou, fornecedor das planilhas de cotação e
afirma. “Com a nova norma, todos temos mais uma
arcar com os ônus decorrentes.
ferramenta para facilitar o processo, pois ficou muito
mais fácil identificar os eletrodutos conformes, além No ciclo de 1990/2000 iniciou-se a qualificação do
de facilitar a identificação de empresas irregulares”, mercado da construção em toda sua cadeia produtiva,
comemora Ibá. gerando a revisão dos procedimentos executivos
e dos materiais utilizados, no qual o objetivo era
a melhoria de produtividade e qualidade final, e
teve como conseqüência marginal a eliminação
de retrabalhos.
Esta onda, agregada ao endurecimento das leis de
proteção ao consumidor, foram fundamentais para o
que agora assistimos. A nova norma NBR 15465:2007
vem regrar desde a qualidade dos materiais com-
ponentes até procedimentos executivos. Teremos
uma triagem no mercado de eletrodutos e, sendo lei,
será possível penalizar o responsável em toda a linha
do mercado: do produtor, passando pelo distribuidor
e, por final, o construtor. Caberá a nós todos,
Construção em andamento da Cyrela, participantes desta cadeia, também a obrigação de
que zela pela qualidade dos produtos. sua consolidação.

Fernando Correa e José Paulo Jereissati


Membros do Comitê de Tecnologia e Qualidade
Perigo Financiamentos

À prova Cuidados na hora de


de fogo comprar um imóvel
Um dos problemas mais comuns dos eletrodutos é a Caixa Econômica Federal garante a qualidade
propagação de chama. Em contato direto com os con-
dutores elétricos, o produto fica exposto ao calor da das construções financiadas
energia dissipada e a possíveis curtos circuitos. Dados Quem prefere comprar um
do Corpo de Bombeiros mostram que cerca de 10% imóvel pronto em vez de
dos incêndios na cidade de São Paulo são decorrentes construir precisa ter
de problemas nas instalações elétricas. cuidado redobrado,
Isso acontece porque quando uma faísca de fogo entra afinal, ninguém vai
em contato com este tipo de material, as chamas sair por aí quebrando
rapidamente se alastram para todos os cômodos que as construções para se
tiverem eletrodutos. certificar da quali-
dade dos produtos
Atualmente, apenas alguns produtos disponíveis no embutidos nas paredes Paulo Galli: ”A caixa não financia
mercado possuem a característica de não propagante. e lajes. Porém, quem construção sem aprovar
Para evitar esse problema, a partir de agora, os financia imóveis pela desempenho técnico”.
eletrodutos normatizados serão classificados entre Caixa Econômica Fede-
propagantes e não propagantes. Por isso, o reven- ral, banco público orientado para o desenvolvimento
dedor e o instalador devem ficar de olho na indicação econômico e social do país, pode ficar tranqüilo. A
correta de cada produto. Caixa atua como um corpo técnico na análise dos
“Na laje, por exemplo, o produto pode ser propagante projetos de financiamento e vistoria todas as obras
porque ele estará concretado, evitando qual- para fins de liberação mensal de recursos correspon-
quer possibilidade de espalhar fogo por outros dentes aos serviços realizados.
lugares”, explica Douglas Messina, coordenador da “Não financiamos nenhuma construção antes de com-
Comissão de Estudo de Eletroduto Plástico de Baixa provar o desempenho técnico. Analisamos as especifi-
Tensão. A aplicação correta irá garantir a segurança cações que definem sistemas, técnicas construtivas e
ao consumidor. materiais, garantindo que tudo esteja dentro das nor-
Messina destaca ainda a importância dos fabricantes mas da ABNT ou em caso de ausência, das normas
estarem empenhados nessa busca por melhorias internacionais ou de uso consagrado na construção
constantes. “As empresas têm investido muito em civil”, esclarece Paulo
tecnologia para atender as exigências das normas. Galli, Superintendente
Quem sai ganhando é o consumidor”, reflete. Nacional de Parceira e
Apoio ao Desenvolvim-
Aplicação dos eletrodutos x classificação ento Urbano.
Além do domínio das
Classificação informações que confi-
Classificação quanto
Aplicação quanto à
resistência mecânica
à propagação de chama guram a proposta técni-
ca e das responsa-
Tipo A:
MÉDIO Propagante de chama
bilidades legais para
embutido em laje financiar a produção de
ou enterrado na
área externa da PESADO Não propagante de chama unidades habitacionais
edificação (1) em empreendimentos,
a Caixa requer da cons-
Tipo B: embutido LEVE trutora proponente a
na alvenaria MÉDIO Não propagante de chama certificação do PBQP-H,
ou aparente (2) PESADO Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade no Habitat. ”Dessa forma
incentivamos o uso de materiais e elementos cons-
expediente trutivos certificados no Programa”, acrescenta Galli.

Eletrodutos News é uma publicação especial exclusiva para a divulgação da nova norma NBR 15465:2007, produzida e editada pela
imais9prumo Comunicação.
Conselho editorial - Maurício Cagnato Edição Gráfica - Tatiana Addario
Redação - Marília Cardoso, Taiz Dering e Paulo Lopes Jornalista responsável - Marília Cardoso (Mtb 49.336)

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