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KAIQUE VIEIRA SOARES

FOZ DO IGUAÇU, 08 DE SETEMBRO DE 2019


FILOSOFIA DA MATEMÁTICA – PROF. GUSTAVO BARBOSA

RESENHA
SHAPIRO, S. - FILOSOFIA DA MATEMÁTICA

CAPÍTULO 1
O QUE TEM A MATEMÁTICA DE TÃO INTERESSANTE (PARA UM
FILOSOFO)?

1. ATRACÇÃO – DE OPOSTOS?

§ 1. O capítulo se inicia relatando acerca de alguns famosos nomes da


filosofia que cultivaram o interesse na matemática, notadamente Platão,
que entende o treinamento matemático como o “mais adequado para
entender o universo”. | Senti falta de uma menção a Pitágoras, pré-
socrático conhecido por entender a “arkhé” da natureza como os números,
pelo qual Platão extraiu boa parte de suas ideias.
§ 2. Apresentação do racionalismo e empirismo, notáveis vertentes
filosóficas que promovem grandes debates ao longo da história da
filosofia. O primeiro, parte do princípio de uma razão pura para a aquisição
do conhecimento, motivo pelo qual existe um interesse na investigação
dos aparentes inabaláveis princípios matemáticos, enquanto o segundo,
entende a experiência sensorial como fonte do conhecimento, tentando
acomodar a matemática a este principio.
§ 3, 4 e 5. Quais são as possíveis ligações entre matemática e filosofia?
Apesar de raras há muitas técnicas, em sua maioria contemporâneas,
utilizadas pela filosofia que abarcam a matemática para explicar alguns
fenômenos, tais como o discurso modal e epistêmico. Outros exemplos,
tais como ambas serem tentativas intelectuais para entender o mundo ao
redor, e sua gênese na Grécia Antiga. O filósofo também se interessa por
questões como referência e normatividade. Assim como na capacidade útil
da matemática como ferramenta científica de entender o mundo material.
2. FILOSOFIA E MATEMÁTICA: GALINHA OU OVO?

§ 6. Qual a relação e influencia que filosofia e matemática tem uma sobre a


outra?
§ 7 - 10. Primeiramente tinha-se a noção de que a metafísica e a ontologia
determinariam a prática correta da matemática. Aqui adentra-se em uma
discussão acerca da terminologia usada por Euclides (traçam-se linhas)
nos Elementos, que seria incorreta se Platão estiver correto acerca de sua
teoria das formas (eternas e imutáveis). Contudo, como exposto pelo
professor Gustavo (Aula 2, 17/08/19), essa é uma falsa acusação,
decorrente dos erros de tradução dos Elementos, que em realidade
pressupõem esse Platonismo anti-construtivista, colocando cada regra em
um imperativo perfeito.
§ 11 e 12. Alguns problemas clássicos, contudo, não são questões de
existência. Apresentação do intuicionismo e do realismo. O intuicionismo
defende que os objetos matemáticos são construções mentais, enquanto o
realismo de outra forma entende que estes números são independentes de
nossa mente. Se de fato, os intuicionistas estiverem corretos deve,
portanto, haver uma reformulação na lógica clássica, que aceita os
princípios realistas, dando lugar à uma lógica construtivista.
§ 13 – 17. Debate entre Poincaré e Gödel: Não existe um conjunto estático
determinado por todos os números reais antes da atividade matemática,
definições impredicativas, tais como infinito, ou supremo, são circulares,
diz Poincaré. De outra forma, Gödel afirma que tais definições não são
receitas que constroem o objeto matemático, mas uma maneira de apontar
sua existência. Neste panorama, o debate é se descobrimos ou
descrevemos a matemática, para definir a maneira de faze-la.
§ 18 e 19. Tal debate ocorre mais a nível filosófico, pois, a maioria
esmagadora dos matemáticos aceitam o realismo de Gödel, ainda que tais
princípios possam ser questionáveis. Entretanto, observou-se que tais
princípios não foram aceitos pela sanção realista, mas porque são
necessários para a prática matemática, que ficaria empobrecida de outra
maneira. Os inconvenientes decorridos da aceitação de outros princípios
se mostraram improdutivos, e resultados importantes deveriam ser
abandonados.
§ 20 – 23. Tendo isso em conta, como a filosofia da matemática deve-se
portar com relação aos matemáticos? Dedekind argumenta que a filosofia
da matemática não deveria impor limites enquanto a sua prática, e Gödel
entende que o argumento do realismo é interessante pois este se adequa e
guia melhor esta prática. Assim, ainda que os argumentos diferentes
possam ser muito relevantes filosoficamente falando, são rejeitados em
nome da prática da matemática, e, se não se adequam a eles, deveriam ser
ignorados.
§ 24 e 25. Mas, o que é importante afinal, a consistência ou a coerência dos
princípios matemáticos? Ora, tendo em conta que os matemáticos em geral
aceitam os princípios realistas, pode-se afirmar que aí eles necessitem de
uma justificação. Entretanto, o realista não concordaria com essa
afirmação, uma vez que primeiros princípios são indemonstráveis e
injustificáveis, e consequentemente não necessitam justificar.
§ 26 – 29. Uma possível atitude psicológica é negar a filosofia da
matemática, e limitar ela a dar uma perspectiva do que é a matemática, o
que não sai tanto assim da realidade, pois a atividade dessa disciplina
acontece independente destas inspirações. Entretanto, uma postura correta
seria ter consciência dessa omissão, entendendo que seus princípios
podem ser corrigidos, mas que tal ação provocaria uma desestabilização
muito grande no âmbito do conhecimento cientifico em geral.
§ 30 – 35. A questão dos princípios torna o assunto complexo, fazendo surgir
polaridades irreconciliáveis. Sendo assim, uma boa atitude é tentar
entender a importância de cada área. O filósofo que tenta entender a
matemática pelos olhos do matemático, poderá desenvolver reflexões
muito mais pertinentes à essa área do que uma crítica infrutífera de certos
princípios, enquanto que o matemático que se faz valer deste tipo de
reflexão terá um excelente guia para determinar seus problemas. O
trabalho do filósofo então seria o de dar conta da matemática e seu lugar
na vida intelectual, sem se dar o trabalho de extrair estes primeiros
princípios.
3. NATURALISMO E MATEMÁTICA

§ 36 – 40. Quine argumenta a partir de noções empiristas mais atuais um


novo empreendimento filosófico, isto é, o naturalismo. O naturalismo
consiste em designar a ciência com o papel central de qualquer outra
modalidade do conhecimento, sendo esta filosofia ou matemática. Estas
duas disciplinas por exemplo, estarão subordinadas a explicar predizer a
experiência sensorial, ignorando qualquer julgamento supra-científico,
devendo aceitar seus princípios. Para o naturalista a ciência não é infalível,
mas só responde a si mesma, justificando seus resultados partindo de
métodos hipotéticos dedutivos. A ciência e seus auxiliares seriam uma
rede de crenças, que seriam adaptáveis conforme a plausibilidade dos
resultados.
§ 41 – 44. De outra maneira Maddy acrescenta que apesar da matemática ter
que servir ao propósito da ciência, isto só ocorre pelo fato de que ela tem
sua autonomia, e se desenvolve muito melhor sozinha, e eventualmente
pode ser utilizada quando a ciência achar por bem.
§ 45 – 47. Apesar de haver sua autonomia, Maddy não ignora as
fundamentais conexões entre as disciplinas, que devem ser levadas em
conta para entender o desenvolvimento de cada uma. Ainda sim, ambos
rejeitam a filosofia-primeira, focando-se apenas naquilo que é
imprescindível para manutenção do conhecimento.

CAPÍTULO 2
POT – POURRI DE QUESTÕES E RESPOSTAS TENTATIVAS

§ 1. Propostas e posições principais no empreendimento interpretativo da


filosofia da matemática.
1. NECESSIDADE E CONHECIMENTO A PRIORI

§ 2 – 4. Como a matemática está envolta em diversas formas para adquirir


conhecimento, pode-se entender a filosofia da matemática como um ramo
da epistemologia. Mas a matemática é de certa forma diferente de outros
ramos científicos, uma vez que não tem a contingência característica que
confere a credibilidade a ciência. Isto é, a demonstração matemática
elimina toda dúvida racional, e estes princípios lhe parecem essenciais,
para que todo o arcabouço construído pelas ciências empíricas tenha seu
fundamento sólido.
§ 5 – 10. Apresentação dos conceitos de a priori e a posteriori. A priori é
uma noção epistêmica que se refere ao conhecimento que independe da
experiência para que este venha a ser intelegido. A posteriori, pelo
contrário, se refere aquele conhecimento que só é formado a partir da
experiência com a realidade. Naturalmente a matemática é colocada como
sendo um conhecimento a priori. Entretanto, surgem contestações na
medida em que a matemática se refere a algumas coisas da realidade. O
filósofo Immanuel Kant, portanto, propôs uma solução deste problema ao
introduzir o conceito de “sintético a priori”, isto é, um tipo de
conhecimento que apesar de não necessitar da experiência, acrescenta algo
a compreensão do sujeito. Dessa maneira, a aritmética e a geometria
podem ser compreendidas como necessárias e conhecíveis a priori, na
medida em que elas dizem respeito a nossas formas de perceber a
realidade. Esta noção é tão importante para a história da filosofia da
matemática que não pode ser simplesmente ignorada, se, todavia, o
filosofo rejeitar essa noção, deve fornecer evidências sólidas para tal
atitude.

2. QUESTÕES GLOBAIS: OBJETOS E OBJETIVIDADE.

§ 11-12. Questões relativas ao filósofos da matemática.


2.1 OBJECTO

§ 13 – 17. Aqui levanta-se uma discussão relativa a natureza dos objetos


matemáticos. O autor propõe três vertentes para definir essa natureza,
a primeira, o realista, defende que tais objetos existem objetivamente,
independentes da mente humana, por si só. Em contraposição, há o
idealismo, vertente que defende que a existência dos objetos
matemáticos são construções mentais, se dividindo em idealismo
subjetivos e inter-subjetivos. Também há o nominalismo, que
argumenta que os objetos matemáticos são meras construções
linguísticas, onde somente os nomes podem ser universais (não existe
algo universal que determina o que é uma “garrafa” ou um
“computador” se não o nome).
§ 18 – 21. A problemática que envolve o realismo é muito difícil de ser
solucionada. Se de fato existe objetivamente os objetos matemáticos,
eles fazem parte do espaço – tempo? Se não, como podemos conhece-
los? Uma resposta que invoca uma conexão mística é possível, pelo
qual estes objetos seriam independentes de qualquer experiência
sensorial e a priori por excelência. Mas essa resposta pouco é aceita.
Há também a noção naturalista, que defende que qualquer faculdade
epistêmica que reivindique o filósofo esteja sujeito a revisão da
comunidade cientifica, assim, qualquer relação que possa estabelecer
entre a natureza dos objetos matemáticos e a mente deve estar
estabelecida em uma base natural.
§ 22 e 23. Com relação as posições anti-realistas o problema maior é
enquadrar suas perspectivas com relação a maneira pela qual a
matemática é praticada. Os idealistas explicam que o conhecimento
matemática é de alguma maneira conhecimento de nossa mente, e seria
a priori na medida em que é um auto-conhecimento que não necessita
de qualquer experiência para tal. A necessidade é explicada pela
necessidade do pensamento. O problema maior dessa tese é adequar os
infinitos matemáticos na aparente finitude da mente humana. O
nominalismo definiria o conhecimento matemático enquanto
conhecimento da linguagem, que seria a priori na medida em que a
linguagem é a priori. Contudo, a questão referencial que necessita o
nominalismo para conferir verdade a sua proposição colocaria que as
questões matemáticas ou são falsas, ou vazias, abalando o
conhecimento matemático como um todo.

2.2 VERDADE

§ 24 – 28. A discussão aqui volta-se para a linguagem da matemática.


Assim como antes o principal embate se dá entre realistas e anti-
realistas. Os realistas defendem que as proposições matemáticas
existem independentes da mente. Enquanto os anti-realistas defendem
que se as proposições tem um valor de verdade, esse valor de verdade
são dependentes do matemático. O realista também afirma que podem
existir proposições matemáticas que não podem ser conhecidas,
enquanto o anti-realista defenderá que se as proposições tiverem
sentido, estes são conferidos pela nossa mente. O problema se estende
também para o campo lógico. Os realistas defendem uma linguagem
bivalente, isto é, cada frase ou é verdadeira, ou falsa. Os anti-realistas
por outra via não podem aceitar tais conclusões, pois, a medida em que
essas proposições são construídas mentalmente, seria uma arrogância
assumir que a mente humana pode determinar o valor de verdade para
cada frase matemática não ambígua. Assim, os últimos reivindicam
uma formulação da logica clássica para uma intuicionista.
§

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