Sei sulla pagina 1di 1

Cinco pontos para uma comunicação social espírita

Luiz Signates

Os espíritas estão pelo menos cinqüenta anos atrasados em termos de tecnologia de


comunicação social. Fazem uma TV e um rádio com sotaque religioso e piegas (quando o fazem),
priorizam a mídia impressa de forma amadora e não conseguiram compreender ainda que a parte
mais importante desse processo é o público, cuja vivência com os meios de comunicação caminha a
passos largos em direção à interatividade.
Por tal razão, mencionamos neste artigo os cinco pontos que consideramos fundamentais
para uma prática comunicativa espírita, diante das novas tecnologias e da prática atual do
Espiritismo:
Salto tecnológico qualitativo. Parece-nos fundamental o domínio dos meios visuais de
comunicação, além do encaminhamento de ações voltadas para o computador e as tecnologias
avançadas de comunicação. A priorização do livro é positiva, contudo excludente, quando não
complementada por outros veículos, capazes de alcançar faixas maiores e menos intelectualizadas de
público.
Interatividade fraterna. Há razões para acreditar que os principais veículos de comunicação
serão, em tempo muito breve, aqueles que dispuserem de meios de interação direta com o receptor,
liquidando a prioridade dos media centralizadores da informação, como as atuais redes de rádio e
TV, em favor de sistemas de rede descentralizados como a Internet e os sistemas interativos de rádio
e televisão. Os espíritas devem interagir com o meio social, ao invés de pretender a construção de
um discurso monologal e ideologicamente policiado.
Superação do conversionismo. Ainda que digam o contrário, é possível identificar em
grande parte da prática realmente existente dos espíritas uma finalidade conversionista,
provavelmente advinda dos atavismos das religiões tradicionais, cuja influência sobre o movimento
espírita nos parece nítida. O tornar-se espírita é claramente visto como um sinal de evolução
espiritual, e o contrário é interpretado como falta de lucidez, manifestando uma espécie de
etnocentrismo próprio das religiões ocidentais vinculadas ao tronco judaico-cristão. Do ponto de
vista da comunicação, o interesse pela conversão é autoritário e anti-dialógico, exigindo ser
superado.
Discussão social. A temática constante na opinião pública é um importante referencial para
direcionar a contribuição espírita na construção da mudança sócio-espiritual da sociedade.
Auto-sustentação financeira. A inserção da ação comunicativa espírita no domínio das
novas tecnologias implica num aporte de verbas que, em alguns casos, é bastante significativo. Se
produzirmos modelos interessantes e atraentes para a audiência, torna-se possível a viabilização de
patrocínios e veiculações comerciais, eticamente controladas, o que torna o sistema auto-sustentável
do ponto de vista dos recursos materiais.
A Revista “Goiás Espírita” e o programa de TV “Espaço Aberto” são tentativas de se
alcançar um modelo próximo desses referenciais. Em outros artigos, voltaremos a esta questão,
contribuindo com detalhes para a compreensão dessa proposta, inserida no que temos
convencionado chamar comunicação social espírita.

Potrebbero piacerti anche