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Ribeirão Preto
2017
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Ribeirão Preto
2017
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RESUMO
ABSTRACT
1- INTRODUÇÃO
A pele humana é um órgão que nos protege contra os fatores externos, por
isso necessita de cuidados especiais (ARAUJO e BRITO, 2017).
Atualmente grande parte da população buscam interminavelmente por uma
pele viçosa, radiante, com aspecto saudável, sem cicatrizes, manchas, livres de
qualquer disfunção estética. Existem tratamentos que proporcionam um aspecto
melhor da pele deixando-a livre de imperfeições (LIMA, SOUZA et al.,2015).
A acne é a doença de pele com a maior incidência na população. Após o
processo inflamatório da acne, a maioria apresentam cicatrizes atróficas. Segundo
alguns estudos essa doença causa uma alteração na personalidade podendo
ocorrer até depressão, principalmente os pacientes que tiveram a acne grave e
apresentam cicatrizes, essa doença é considerada não somente um problema
estético, mais também psicológico (SANTANA, PEREIRA et al., 2016).
Existem muitos tratamentos estéticos que reduzem a aparência das
cicatrizes de acnes, tais como: dermoabrasão, peelings químicos, preenchimento
com ácido hialurônico, laser ablativo e a técnica de microagulhamento. (GOES,
VIRGENS et al., 2016).
O microagulhamento é uma técnica que surgiu na década de 1990 na
Alemanha, no entanto somente em 2006 foi mundialmente conhecida (LIMA, SOUZA
et al., 2015).
Esta técnica também conhecida como Indução Percutânea de Colágeno é
uma opção de tratamento em várias disfunções estéticas como exemplo:
lipodistrofias, estrias, rejuvenescimento facial e cicatrizes de acnes (LIMA, SOUZA et
al., 2015).
Orentreich e Orentreth foram os pioneiros a apresentar a utilização de
agulhas tendo por objetivo estimular a produção de colágeno para vários
tratamentos, principalmente cicatrizes. Recentemente a utilização desta técnica tem
sido aplicada na pele através de um sistema de micro agulhas, onde geram múltiplas
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2- DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO
2.1- Acne
afetar em média 95% dos pacientes, esses em sua maioria sofrem estresse
psicológico ocasionado pelas cicatrizes (GOES, VIRGENS et al., 2016).
Essa doença acomete com maior frequência no sexo masculino (70%), do
que no sexo feminino (60%). No entanto o sexo feminino apresenta mais
precocemente a doença, em média aos 14 anos, já o sexo masculino aos 16 anos.
Geralmente maior incidência em caucasianos, e menor em amarelos e negros
(RIBAS, OLIVEIRA, 2008).
Por ser considerada uma doença com vasto conhecimento, estudos
mostram que aspectos emocionais estão diretamente envolvidos e muitos pacientes
sofrem com problemas emocionais. O quadro psicodermatológico são listados em
quatro grupos, primeiro os que apresentam baixa auto estima, levando o paciente ao
isolamento e depressão, segundo os que devido ao estresse emocional acabam
influenciando maior ainda o quadro de dermatose, quanto maior abalado o estado
emocional, maior o aparecimento de lesão o paciente terá, terceiro grupo apresenta
transtorno psiquiátricos, as lesões são auto inflingidas e provocam distúrbio mental
ao paciente, o quarto grupo apresenta condições já ocasionada pelo uso de drogas
psicotrópicas (RIBAS, OLIVEIRA, 2008).
As Cicatrizes de acne causam grande impacto na qualidade de vida dos
pacientes, como: na vida social, nos sentimentos, na busca por empregos, nas
relações pessoais, etc... quando isso ocorre eles acabam procurando por
tratamentos adequados (DIAS, 2014).
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2.2- Microagulhamento
Os cilindros devem ser utilizados somente uma vez no paciente, após o uso
ser descartado em local adequado (KALIL, FRAINER et al., 2015).
O procedimento dura em torno de 15 a 20 minutos, o rolo é passado no local
a ser tratado em média dezoito vezes em sentidos: horizontal, vertical e diagonal.
Pode ocorrer sangramento ou somente uma hiperemia no local. (LIMA, SOUZA et
al., 2015).
Em média é realizado três a quatro sessões, isso depende muito do
tratamento para cada paciente, podemos observar melhor o resultado a partir de
quatro a seis meses, no entanto a produção de colágeno irá continuar até doze
meses seguidos (SANTANA, PEREIRA et al., 2016).
O ideal é manter o intervalo de seis semanas entre uma sessão e outra, pois
é necessário esperar pelo processo de produção de colágeno (LIMA, SOUZA et al.,
2015).
A pele quando se apresenta intacta obtém uma barreira que restringe e
protege o organismo contra fatores químicos e físicos, no entanto ela também acaba
restringindo que algumas substâncias mesmo com peso molecular baixo ou
substancias lipofílicas penetram na pele (KALIL, CAMPOS et al., 2015).
Baseado neste princípio a aplicação da técnica do microagulhamento é
importantíssima na penetração dos ativos na derme, pois quando associada com a
aplicação tópica de alguns ativos, as micropunturas facilitam e tornam mais
acessíveis o transporte de macromoléculas e substâncias hidrofílicas ocorrendo
maior permeação desses ativos, aumentando o potencial de ação, obtendo assim
um melhor resultado (KALIL, CAMPOS et al., 2015).
A associação do microagulhamento com ativos é chamada de Drug Delivery,
alguns exemplos de ativos que podemos associar são: Vitamina C e plasma rico em
plaquetas (SANTANA, PEREIRA et al., 2016).
Outros tratamentos além dos ativos podem ser associados ao
microagulhamento nas cicatrizes de acne tais como: subcisão, peeling de TCA 15 %,
uso de tretinoína e o uso da radiofrequência (SANTANA, PEREIRA et al., 2016).
Esta técnica produz ótimos resultados nas cicatrizes de acne, pois melhora a
circulação local, ocorrendo assim uma melhor nutrição da pele, estimula a produção
do colágeno deixando a pele mais resistente, mais densa, também reduz a
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profundidade das cicatrizes, tornando a pele mais lisa e macia, reduz os poros
dilatados, deixando a pele com aspecto perfeito (LIMA, SOUZA et al., 2015).
Mesmo sendo uma excelente técnica, ela é contra indicada para pacientes
que apresentam propensão a queloides, pacientes oncológicos, gravidez, diabéticos,
doença autoimune, rosácea, acne aguda, fototipo alto, herpes, pacientes que
apresentam alergia a metais, pacientes com distúrbios hemorrágicos, pacientes em
uso de anticoagulante, anti-inflamatório e corticoide (ALETHEA, 2013).
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3- Considerações Finais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KALIL, C.L.P.V., CAMPOS, V. B., CHAVES, C.R.P., PITASSI, L.H.U., CIGNACHI, S.,
Estudo comparativo, randomizado e duplo-cego do microagulhamento
associado ao drug delivery para rejuvenescimento da pele da região anterior
do tórax. Surg Cosmet Dermatol. v.7, n.3, p. 211-216, 2015.
GOES, H.F.O., VIRGENS, A. R., NETA, A. H., CHA, C. C., SICA, R. C. P., MESKI,
A. P.G., Subcisão e microagulhamento: relato de dois casos. Surg Cosmet
Dermatol. v.8, n.4, 2016.