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FISIOLOGIA DA PUBERDADE

Autor: Lucio Slovinski


Colaboradores: Renata Maria Bittencour Drusczc; Sonnie Mejia; Suelen Gasparin
Puberdade
A puberdade é um período que ocorre mudanças biológicas e fisiológicas, é uma fase que prepara o ser
humano para a maturação sexual e a reprodução. Essa fase não deve ser confundida como sinônimo de
adolescência, pois a puberdade faz parte da adolescência. Neste período, são observadas as seguintes
mudanças nos meninos: surgimento de pêlos nas regiões axilares, inguinais e torácicos; aumento em
volume dos testículos e tamanho do pênis; crescimento de pêlos faciais; diferenciação da voz;
alargamento dos ombros; desenvolvimento da massa muscular; aumento do peso e estatura; inicio da
produção de espermatozoides. Já nas meninas, as mudanças são: estirão de crescimento, expansão
óssea da cintura pélvica; principio do ciclo menstrual; surgimento de pelos nas regiões axilares e
inguinais; depósito de gordura nas nádegas, quadris e coxas; desenvolvimento das mamas.
Puberdade Masculina
A puberdade masculina é marcada pelo aumento do volume testicular, o que pode variar dos nove aos
14 anos, quando os testículos atingirem valores iguais ou superiores a 4 ml indicam o inicio do
desenvolvimento puberal. Essa fase de transformações é determinada pela ação do eixo hipotálamo-
hipófise-testículo.
A maior parte do controle das funções sexuais dos homens começa com a secreção do hormônio
liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Este hormônio, por sua vez, estimula a hipófise
anterior a secretar dois outros hormônios: hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante
(FSH). Por sua vez, o LH é o estimulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos e o FSH
estimula principalmente a produção de espermatozoides.
A produção de espermatozoides ocorre nos túbulos seminíferos a partir dos 13 anos como resultado da
estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior. A espermatogônia que são células
germinativas imaturas migra entre as células de sertoli em direção ao lúmen central dos túbulos
seminíferos. A espematogônia que migra até a camada das células de Sertoli torna-se modificada e
alargada para formar os grandes espermatócitos primários. Cada um deles sofre divisão meiótica e
forma dois espermatócitos secundários, poucos dias depois, estes se dividem formando espermátides
que são modificadas formando os espermatozoides, o que torna o menino biologicamente capaz de ser
pai.
No início da puberdade masculina, os testículos, estimulados pelo hormônio luteinizante secretado pelo
hipotálamo, iniciam a secreção do hormônio testosterona, que é formada pelas células intersticiais de
leydig. Após o inicio da puberdade, quantidades crescentes de secreção de testosterona fazem com que
o pênis, o saco escrotal e os testículos aumentem de tamanho, em aproximadamente oito vezes antes
dos 20 anos. A testosterona induz o desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas,
começando na puberdade e terminando na maturidade. Essas características sexuais secundárias, além
dos próprios órgãos sexuais, distinguem os meninos das meninas. A testosterona induz o crescimento de
pêlos sobre o púbis, para cima ao longo da linha Alba do abdômen, até o umbigo ou acima, na face
(barba), no tórax e menos frequente em regiões como as costas. A testosterona causa efeito sobre a voz,
produzindo hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe. Estes efeitos produzem
inicialmente uma voz dissonante, “rachada”, mas esta gradualmente se transforma em uma voz
masculina típica do adulto (NELSON, Tratado de Pediatria). O hormônio testosterona aumenta a secreção
de algumas glândulas sebáceas do corpo. A secreção excessiva dessas glândulas pode levar ao
aparecimento da acne, sendo a mesma uma da característica mais comuns da adolescência masculina.
Uma das características masculinas mais importantes é o desenvolvimento da musculatura, com um
aumento de cerca de 50% de massa muscular em relação às meninas. Isso se da devido à secreção de
testosterona, que aumenta a formação de proteínas e consequentemente o desenvolvimento muscular.
Com o grande aumento da testosterona circulante durante a puberdade, os ossos crescem
consideravelmente mais espessos e depositam grandes quantidades adicionais de sais de cálcio. Assim, a
testosterona aumenta a quantidade total de matriz óssea e promove a retenção do cálcio. Fato
importante que ocorre diferentemente entre meninas e meninos é o estirão de crescimento, que nos
garotos ocorrerá mais no fim da puberdade, em contraste com a menina que tem seu estirão bem no
inicio. Isto explica o porquê de, apesar de terem a mesma idade (entre 10 e 14 anos), muitas vezes as
meninas são mais altas do que os meninos, e ao atingirem os 16 anos ou mais, os meninos tornam-se
mais altos do que as meninas.

Desenvolvimento sexual interno


Puberdade Feminina
O inicio da puberdade feminina é dado pelo aumento da velocidade de crescimento, que da inicio ao
estirão de crescimento puberal, e posteriormente o desenvolvimento das mamas, fato ocorrido entre 8 e
13 anos. O sistema hormonal feminino é determinado pela ação do eixo hipotálamo-hipófise-ovários.
A maior parte do controle das funções sexuais das mulheres começa com a secreção do hormônio
liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Este hormônio, por sua vez, estimula a hipófise
anterior a secretar dois outros hormônios: hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante
(FSH). Por sua vez, o LH e o FSH estimulam a secreção de estrogênio e progesterona pelos ovários.
Na puberdade quando a hipófise anterior inicia a secreção de FSH e LH os ovários começam a crescer e
produzir óvulos, e durante cada ciclo menstrual, ocorre à liberação de um óvulo maduro pronto para a
fertilização. No início da puberdade feminina, os ovários, estimulados pelo hormônio luteinizante e o
hormônio folículo-estimulante secretados pelo hipotálamo, iniciam a secreção dos hormônios estrogênio
e progesterona.
O estrogênio secretado em grande quantidade durante a puberdade causa o cresci emento dos ovários,
trompas de falópio, útero e a vagina. Além de ocorrer aumento da genitália externa, com depósito de
gordura no monte pubiano e nos grandes lábios e aumento dos pequenos lábios. O estrogênio causa
desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, crescimento de um vasto sistema de ductos e
depósito de gorduras nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas desenvolvem-se até certo ponto sob
a influência apenas dos heterogêneos, mas é a progesterona e a prolactina que determinam o
crescimento e a função final dessas estruturas (VILLAR, L. & COLS. Endocrinologia Clínica). Os
heterogêneos inibem a atividade osteoclastica nos ossos e, portanto estimulam o crescimento ósseo. Na
puberdade, quando a mulher entra em seus anos reprodutivos, seu crescimento em altura torna-se
rápido durante muitos anos, conhecido como “estirão de crescimento”, entretanto o estrogênio causa a
união das epífises com a haste dos ossos longos. Consequentemente, o crescimento da mulher
geralmente para muitos anos antes do crescimento do homem. O estrogênio causa também depósito de
gordura nos tecidos subcutâneos, sendo que a quantidade de gordura no corpo da mulher é maior do
que no do homem, que contém mais proteína. Além do depósito de gordura nas mamas e no
subcutâneo, os estrogênios causam depósito de gordura nos glúteos e nas coxas, o que é característico
da aparência feminina. Os estrogênios não afetam muito a distribuição de pêlos, entretanto os pêlos se
desenvolvem nas axilas e região pubiana estimulados pelos androgênios formados pelas glândulas
adrenais femininas.
A progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório no endométrio. E um excesso de
substancias secretório acumula-se nas células epiteliais glandulares. A finalidade dessa fase e produzir
um endométrio altamente secretor que contenha grandes quantidades de nutrientes armazenados para
a nutrição e implantação de um óvulo fertilizado. Se o óvulo não for fertilizado a secreção de estrogênio
e progesterona diminui, ocorrendo a menarca, a primeira menstruação da menina. A progesterona
também atua sobre as mamas promovendo o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos, fazendo com que
as células alveolares proliferem-se aumentem e adquiram uma natureza secretora, entretanto a
progesterona não faz com que os alvéolos secretem leite, para isso é necessária uma estimulação
adicional do hormônio prolactina.
Novas Transformações
As transformações físicas que acompanham a puberdade envolvem o desenvolvimento dos caracteres
sexuais primários e secundários, as modificações metabólicas e da composição corpórea, além do
aumento da velocidade do crescimento estatura. Esses eventos seguem uma sequência quase invariável
de maturação sexual, o final da puberdade coincide com a aquisição da capacidade reprodutiva, a fusão
das epífises ósseas e o completo crescimento do indivíduo. Esses acontecimentos, naturalmente não
encerram a adolescência. Portanto a adolescência se concretiza na amplitude da evolução da
sexualidade até a fase adulta, engloba o processo de desenvolvimento cognitivo até o amadurecimento
pleno das faculdades mentais; situa o individuo entre os limites da dependência infantil até a autonomia
do adulto, construindo o alicerce, de uma identidade que continua sendo aprimorada para além da
juventude, por meio de reformulações constantes de caráter social, sexual, ideológico e vocacional,
impostas por uma realidade cultural carregada de prescrições e divergências de valores (LOPEZ, A. F &
CAMPOS JÚNIOR, D. Tratado de pediatria).
O adolescente deve encarar todas essas mudanças corporais e psicológicas, com calma e naturalidade,
entendendo que esse é um processo obrigatório, porém passageiro. De um modo geral, as dúvidas são
frequentes nesta faixa etária, e a curiosidade aumenta com as novas transformações corporais. Buscar o
conhecimento, e principalmente esclarecer todas as dúvidas é fundamental para o bom
desenvolvimento físico e psicológico do individuo, que cuidar de sua higiene pessoal é fundamental para
evitar constrangimentos sociais, e quando suspeitar de algum problema, procurar imediatamente um
profissional médico.
Referências Bibliográficas
VILLAR, L. & COLS. Endocrinologia clínica. 2º Edição. Rio de Janeiro: Editora Medsi, 2001.
JOB, J. C & PIERSON, M. Endocrinologia pediátrica e crescimento. São Paulo: Editora Manoele, 1980.
GREENSPAN, S. F & STREWLER, J. G. Endocrinologia Básica & Clínica. 5º Edição. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan S.A. 2000
NELSON. Tratado de pediatria. 17º Edição. Rio de Janeiro: Editora Elsevier. 2005
LOPEZ, A. F & CAMPOS JÚNIOR, D. Tratado de pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria. 1º Edição. São
Paulo: Editora Manole. 2007.

Fonte: http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Fisiologia_da_puberdade

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