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15/04/2017 :: Portal Webservos :: ­ Estudos Bíblicos

YESHUA NÃO VEIO ANULAR A LEI 
( 1465 visitas )

Publicado em: 19/6/2011
Por: Andfalcon
Metodista ­ Muriaé ­ MG
eneluci26@ig.com.br

Yeshua não veio anular a lei, mas cumpri­la e revelar os princípios contidos nos preceitos. Ele
veio  nos  salvar  pela  graça,  suprindo  isto  através  do  seu  sacrifício  no  madeiro.  No  momento
em  que  somos  salvos,  a  Torah  (lei),  ou  seja,  a  instrução  de  D’us,  é  implantada  em  nosso
coração  e  passa  a  ser  um  referencial,  acerca  do  que  é  certo  e  do  que  está  errado.  Isto  é
operado  pelo  espírito  de  D’us  que  passa  a  habitar  naquele  que  aceitou  o  testemunho  de
Yeshua, e se tornou um filho da luz. 

Certa  vez,  Yeshua  disse:  “Não  pensem  que  vim  abolir  a  Torah  (Lei)  ou  os  profetas.  Não  vim
abolir,  mas  completar  (tornar  plena).  Amém!  Porque  digo  a  vocês:  até  que  o  céu  e  a  terra
passem, um “yod” (menor letra hebraica) ou apenas um “traço” (pequenas linhas que formam
as letras hebraicas), não passarão (não serão tirados) da lei, até que tudo venha a existência
(sem  cumpra).  Conseqüentemente,  quem  declarar  ilegal  (destruir)  apenas  um  dos  menores
mandamentos  (mitzvot),  e  assim  ensinar  aos  homens,  será  chamado  o  menor  no  Reino  dos
Céus, mas quem observar (fazer) e ensinar será chamado grande no Reino dos Céus” (Mateus
5:17­19 – tradução literal). O Mashiach não veio anular a Torah, e enquanto houver o céu e a
terra, nem a menor letra será abolida, como está escrito. A graça e a lei interagem e são na
verdade  inseparáveis.  A  lei  nos  revela  que  somos  pecadores,  a  graça,  por  sua  vez,  nos
concede  a  redenção,  mas  isto  se  houver  genuíno  arrependimento  no  nosso  coração.  A  graça
nos coloca no caminho do Eterno e a lei nos ensina como devemos andar na Sua presença. A
Torah  nos  ensina  aquilo  que  agrada  a  D’us  e  aquilo  que  é  abominável  aos  Seus  olhos.  Na
verdade, estamos lidando com leis espirituais que regem a relação do homem com D’us, com
o  próximo,  com  ele  mesmo,  com  os  animais,  com  os  seres  espirituais  e  com  a  terra  e  tudo
que nela há. 

Quando  falamos  de  lei,  obviamente  não  estamos  falando  de  legalismo,  que  é  uma  maneira
errada de lidar com a Torah. Na verdade, só com a presença do espírito de D’us, uma pessoa
pode seguir a Torah da maneira correta, tendo como referencial o amor e a justiça do Eterno.
Yeshua  não  foi  contra  a  lei  mas  contra  a  maneira  legalista  de  encarar  a  Torah.  A  palavra  de
D’us diz que a “letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6). Mas, por outro lado, não
devemos  desprezar  a  lei,  pois  na  B’rit  Chadashá  há  uma  grave  advertência  acerca  disto.  O
texto  diz:  “Nem  todo  o  que  me  diz:  Senhor,  Senhor!  entrará  no  Reino  dos  Céus,  mas  aquele
que  faz  a  vontade  de  meu  Pai,  que  está  nos  céus.  Muitos  me  dirão  naquele  dia:  Senhor,
Senhor, não profetizamos em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu
nome  não  fizemos  muitas  maravilhas?  E  então  lhes  direi  abertamente:  Nunca  vos  conheci;
apartai­vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:21­23). Neste texto Yeshua não
está falando de pessoas desviadas ou alheias a vida de D’us, pois nestes casos não poderiam
exercer  o  poder  de  D’us.  São  pessoas  que  embora  experimentaram  a  salvação  e  a  unção  do
Espírito do Eterno, desprezaram os princípio de D’us e se deixaram voluntariamente levar por
uma  vida  desregrada.  A  palavra  iniqüidade  no  texto  (anomos)  tem  origem  do  termo  grego,
“anomia”,  que  significa  literalmente  o  ato  de  descumprir  e  violar  a  lei,  ou  a  atitude  de
desprezo pelas leis do Eterno, já que lei em grego é “nomos”.

A  Torah  e  os  demais  escritos  da  Bíblia  são  maravilhosos,  mas  a  chave  para  entendê­los  só

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pode ser revelada pelo Eterno, e isto ocorre pela operação do Seu Espírito em nós. O termo:
“Torah”,  que  normalmente  é  traduzido  como  “Lei”  ou  “Lei  de  Moisés”,  significa  literalmente
“Instrução”, “ensino”. Na verdade a Torah, através dos cinco primeiros livros da Bíblia, revela
a instrução dada por D’us de como devemos conduzir nossas vidas. Isto foi concedido primeiro
ao  povo  de  Israel,  que  se  tornou  depositário  da  Torah,  e  após  a  vinda  do  Mashiach  se
estendeu  a  todas  as  nações,  que  são  representadas  pelas  pessoas  que  foram  salvas  e
enxertadas  na  oliveira.  A  oliveira  é  Israel,  no  sentido  da  cultura  espiritual  concedida  pelo
Eterno,  ou  seja,  os  preceitos,  os  princípios,  as  bênçãos,  as  promessas  e  profecias  que  foram
edificadas  desde  o  tempo  de  Abraão.  Os  preceitos  contidos  na  Torah,  na  verdade  revelam
princípios espirituais e eternos. O apóstolo Paulo disse certa vez: “De modo que a lei é santa,
e o mandamento santo, justo e bom...Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou
carnal,  vendido  sob  o  pecado”  (Romanos  7:12  e  14).  Assim  como  existem  leis  naturais,
também  existem  leis  espirituais,  e  é  disso  que  a  Torah  trata  através  dos  preceitos  que  na
verdade  revelam  princípios.  Logo,  quando  estes  princípios  são  quebrados,  danos  ocorrem  na
vida  do  transgressor,  além  de  que  a  pessoa  fica  vulnerável  aos  ataques  dos  espíritos
malignos.  Costuma­se  chamar  isto  de  “brechas”,  ou  seja,  fendas  na  nossa  proteção,  por
estarmos fora da posição correta, fazendo aquilo que não agrada a D’us. 

Por outro lado, quando obedecemos a estes preceitos, estamos cumprindo princípios eternos,
que  inevitavelmente  atrairão  bênçãos  sobre  as  nossas  vidas.  Em  outras  palavras,  se
quebrarmos  leis  naturais,  como  por  exemplo,  a  lei  da  gravidade,  e  nos  precipitarmos  de  um
lugar muito alto, isto nos causará danos e o mesmo acontece quanto às leis espirituais. Se a
obediência  atrai  a  bênção,  a  desobediência  por  sua  vez  atrai  a  maldição,  como  diz  a  palavra
de  D’us:  “Eis  que  hoje  eu  ponho  diante  de  vós  a  bênção  e  a  maldição;  A  benção,  quando
cumprirdes  os  mandamentos  do  Eterno  vosso  D’us,  que  hoje  vos  mando;  Porém  a  maldição,
se  não  cumprirdes  os  mandamentos  do  Eterno  vosso  D’us...”  (Deuteronômio  11:26­28b).  É
uma  lei  de  semeadura,  como  lemos  na  B’rit  Chadashá:  “Não  erreis:  D’us  não  se  deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).

Na  B’rit  Chadashá,  entendemos  que  o  sacrifício  do  Mashiach  substituiu  o  sacrifício  dos
animais,  aperfeiçoando­os,  embora  o  princípio  era  o  mesmo,  ou  seja,  a  necessidade  de  se
derramar o sangue para expiação dos pecados. Yeshua na verdade fez um sacrifício perfeito,
a fim de que o sangue derramado pelo corpo que Ele usou na terra servisse permanentemente
de  expiação  para  todos  aqueles  que  dele  se  aproximam,  com  um  coração  sincero  e
verdadeiramente  arrependido.  As  suas  primeiras  palavras  para  o  povo  de  Israel  foram:
“Arrependei­vos, porque é chegado o Reino dos Céus” (Mateus 4:17). Mas tudo aquilo que não
foi  substituído,  continua  em  vigor  e  é  esperado  que  aqueles  que  tiveram  uma  genuína
experiência de salvação e aceitaram o testemunho do Messias, sejam os primeiros a honrar e
a  guardar  os  mandamentos  de  D’us  com  todo  o  seu  coração.  Por  isto  o  rabino  Yochanan
(apóstolo João) disse: “Aquele que diz: Eu o conheço­o, e não guarda os seus mandamentos,
é  mentiroso,  e  nele  não  está  a  verdade”  (1  João  2:4).  Os  mandamentos  que  João  estava  se
referindo são os preceitos da Torah e ele deixou isto claro nos versículos seguintes, dizendo:
“Irmãos,  não  voz  escrevo  mandamento  novo,  mas  o  mandamento  antigo,  que  desde  o
princípio  tivestes.  Este  mandamento  antigo  é  a  palavra  que  desde  o  princípio  ouvistes”.  (1
João 2:7). 

Voltando a tratar da relação da graça com a lei, existem duas passagens no livro dos profetas
que  definem  com  clareza  a  interação  entre  elas.  Na  verdade,  como  já  foi  falado,  a  Torah  só
será vivida de maneira plena e correta com a presença do espírito de D’us: “E dar­vos­ei um
coração  novo,  e  porei  dentro  de  vós  um  espírito  novo;  e  tirarei  da  vossa  carne  o  coração  de
pedra,  e  vos  darei  um  coração  de  carne.  E  porei  dentro  de  vós  o  Meu  espírito,  e  farei  que
andeis  nos  meus  estatutos,  e  guardeis  os  meus  juízos,  e  os  observeis”  (Ezequiel  36:26,27);
“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei
a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e Eu serei o Seu D’us e eles serão
o  Meu  povo”  (Jeremias  31:33).  Observe  que  após  o  recebimento  do  espírito  de  D’us,  a  Torah
se  torna  ainda  mais  viva,  pois  é  escrita  no  coração  de  quem  recebe.  Podemos  dizer  que  a
Torah,  o  Novo  Testamento  e  o  restante  dos  livros  da  Bíblia  estão  em  perfeita  harmonia  e
revelam o plano de salvação de D’us para a humanidade.

Yeshua  revelou  muitos  princípios  eternos  contidos  na  Torah  e  trouxe  a  luz  o  entendimento
correto  acerca  de  algumas  questões  de  difícil  entendimento.  Como  já  vimos,  a  Torah  tem
como  alvo  o  plano  de  salvação  de  D’us  para  o  ser  humano  e,  sendo  assim,  poderíamos  dizer
que  a  Torah  aponta  para  o  Mashiach,  pois  ele  é  o  instrumento  do  Eterno,  para  trazer  a
salvação para Israel e para as nações. Há um versículo mal traduzido na maioria das bíblias,
que ao ser traduzido de maneira correta, fala exatamente acerca disto. Em Romanos 10:4, se
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lê  em  algumas  versões  (com  exceção  da  bíblia  de  Jerusalém):  “Porque  o  fim  da  lei  é  Cristo
para  justiça  de  todo  aquele  que  crê”.  A  palavra  “fim”,  neste  versículo,  foi  traduzida  do  termo
grego  “telos”,  que  tem  o  significado  de  “finalidade”  ou  “alvo”  neste  contexto.  Em  “1  Pedro:
1:9”,  encontramos  este  mesmo  termo,  “telos”,  numa  formação  de  frase  idêntica.  O  versículo
diz:  “Alcançando  o  fim  da  nossa  fé,  a  salvação  das  vossas  almas”.  É  obvio  que  em  ambos  os
casos a tradução não está correta ou pelos menos induz ao erro. Colocar a frase “o fim da lei
é  Cristo”,  demonstra  uma  tentativa  de  fundamentar  uma  doutrina  equivocada  de  que  o
Messias  de  Israel  veio  anular  a  lei.  Isto  estaria  em  contradição  com  um  versículo  lido  neste
tópico, onde Yeshua afirma que não veio anular a lei, e que enquanto existir o céu e a terra,
nada se omitirá da lei, sem que tudo se cumpra. Na verdade Yeshua não veio anular a lei, da
mesma  forma  que  a  fé  não  anula  a  salvação.  O  termo  “telos”  nos  versículos  citados,  tem
claramente  o  sentido  de  finalidade  ou  alvo  e  de  modo  algum  fim,  no  sentido  de  anulação  ou
término.  Tendo  em  mente  também  que  a  palavra  Torah  foi  traduzida  como  lei,  mas  na
verdade  significa  literalmente  instrução,  como  já  falamos,  traduziríamos  corretamente  os
versículos  citados  da  seguinte  maneira:  Em  “Romanos  10:4”  diríamos:  “Portanto  a  finalidade
da Torah é o Messias para justiça de todo aquele que crê”. Em outras palavras, a Torah aponta
para  o  Messias,  que  por  sua  vez  traz  salvação  para  todo  aquele  que  Nele  confia.  Quanto  ao
versículo  que  está  em  “1  Pedro  1:9”  diríamos:  “Alcançando  a  finalidade  da  vossa  fé,  a
salvação  das  vossas  almas”.  Em  outras  palavras,  a  fé  aponta  para  a  salvação,  que  está
fundamentada no sacrifício perfeito efetuado pelo Filho de D’us.

Então,  se  a  Torah  não  foi  abolida  e  não  só  Yeshua,  mas  também  os  apóstolos  incentivaram  o
cumprimento  destes  preceitos,  o  que  foi  que  o  apóstolo  Paulo  tanto  combateu?  Isto  trouxe
tantos  maus  entendidos  nas  teologias  formuladas  posteriormente,  as  quais  passaram  a
defender a extinção da lei pela graça. Em primeiro lugar estes maus entendidos começaram a
ocorrer já no primeiro século, e isto está expresso nas palavras de Kefa (apóstolo Pedro), que
disse:  “Falando  disto,  como  em  todas  as  suas  cartas,  entre  as  quais  há  pontos  difíceis  de
entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua
própria perdição” (2 Pedro 3:16). Pedro estava dizendo que existem dois tipos de pessoas que
distorcem  as  palavras  de  Sh’aul  (Paulo),  as  quais  são  denominadas  de:  indoutos  e
inconstantes.  A  palavra  indouto  significa  uma  pessoa  que  não  tem  instrução,  e  neste  caso  é
evidente  que  Kefa  (Pedro)  está  falando  de  pessoas  que  não  conhecem  a  Torah  ou  a  cultura
bíblica­judaica  e  usam  as  palavras  de  Sh’aul  (Paulo)  sem  entendimento,  ou  tendo  um
referencial  equivocado,  como  a  filosófica  grego­romana.  O  tipo  de  pessoa  inconstante  é
aquela  que  não  está  disposta  a  se  sujeitar  a  D’us,  e  formula  argumentos  para  justificar  os
seus erros ou a não observância daquilo que lhe é difícil e penoso. Se isto já era um problema
na  igreja  do  primeiro  século,  nos  últimos  dias  será  a  maior  fonte  de  falsas  doutrinas  que
resultarão na apostasia, ou seja, no afastamento da sã doutrina e na formulação de teologias
permissivas  que  relativizam  praticamente  tudo  e  pregam  a  completa  extinção  da  lei.  Lemos
isto no conselho do próprio rabino Sh’aul (apóstolo Paulo) a Timóteo: “Porque virá tempo em
que  não  suportarão  a  sã  doutrina;  mas,  tendo  coceira  nos  ouvidos,  amontoarão  para  si
doutores  (professores,  mestres)  conforme  as  suas  próprias  concupiscências  (desejos  da
carne)”  (2  Timóteo  4:3).  Em  outras  palavras,  homens  hábeis  que  enganam  com  astúcia  por
interesses próprios, ou homens que aparentemente tem boas intenções, mas encobrem até de
si  mesmos,  intenções  contaminadas  também  por  interesses  próprios,  pela  vaidade  ou  por
comodismo,  e  assim,  tanto  um  como  o  outro,  se  tornam  professores  de  enganos,  falando  o
que as pessoas querem ouvir, ao invés do que as pessoas precisam ouvir. Nenhum profeta ou
servo  de  D’us  foi  muito  popular,  ou  permaneceu  popular  por  muito  tempo,  pois  a  Palavra
Divina embora tenha o propósito de gerar vida espiritual, e proporcione benefícios nesta vida
transitória, no começo ativa um processo de transformação que culmina na morte para o ego,
a  fim  de  gerar  vida  e  bênção.  Este  processo  de  transformação  não  se  constitui  em  hipótese
alguma  uma  experiência  agradável,  embora  produza  a  médio  ou  longo  prazo  sentimentos  de
verdadeira e permanente felicidade. 

Respondendo  agora  a  pergunta,  o  que  o  rabino  Sh’aul  (apóstolo  Paulo)  combateu  e  o  próprio
Messias  Yeshua  também  o  fez  foi  em  primeiro  lugar  à  atitude  legalista,  sem  substância
espiritual,  que  na  verdade  é  uma  maneira  carnal  de  tentar  obedecer  aos  mandamentos.  O
legalista  está  contaminado  pelo  orgulho  e  tem  a  atitude  de  menosprezar  as  outras  pessoas,
por  se  considerar  mais  santo  do  que  os  outros.  O  legalista  na  verdade  não  tem  profundidade
espiritual  e  sua  fé  está  fundamentada  apenas  em  conceitos  mentais,  na  letra  da  lei  e  não  no
espírito  da  lei.  Isto  porque  não  tem  uma  experiência  vívida  com  o  Eterno,  e  assim  valoriza
mais  o  rito  do  que  o  sentimento  espiritual,  a  religiosidade  mais  do  que  a  experiência  com
D’us,  a  tradição  mais  do  que  a  Palavra  de  D’us.  Esta  atitude  pode  ocorrer  com  qualquer
pessoa,  mesmo  alguém  que  não  acredite  na  Torah,  mas  é  legalista  quanto  à  doutrina  que
professa, seja ela qual for. 
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O  segundo  aspecto  a  ser  combatido  são  as  tradições  humanas  que  foram  formuladas  pelos
rabinos,  para  cercar  os  mandamentos,  ou  seja,  para  ajudarem  no  cumprimento  dos
mandamentos,  em  razão  de  algumas  não  terem  sido  inspiradas  pelo  Eterno,  e  acabaram
trazendo  um  excesso  de  rituais  e  práticas  religiosas.  O  problema  com  isto  é  que  se  perde  o
foco  da  Torah,  que  é  substituída  por  várias  práticas  religiosas,  que  embora  tenham  a
aparência  de  religiosidade,  não  causam  uma  transformação  interior  profunda,  levando
inevitavelmente a hipocrisia e a uma rigidez excessiva. Yeshua certa vez disse algo, citando o
texto que está no profeta Isaías capítulo 29, versículo13: “Este povo se aproxima de Mim com
a  sua  boca  e  me  honra  com  os  seus  lábios,  mas  o  seu  coração  está  longe  de  Mim.  Mas,  em
vão  me  adoram,  ensinando  doutrinas  que  são  preceitos  dos  homens”  (Mateus  15:8).  Mas,  é
bom  ressaltar  que  existem  também  boas  tradições,  que  estão  em  concordância  com  os
princípios da Torah, como lemos na B’rit Chadashá: “Então, irmãos, estai firmes e retende as
tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por carta nossa” (2 Tessalonicenses
2:15). 

Por tudo isto, é sumamente importante haver uma restauração na igreja do Messias, acima de
tudo para valorizar a palavra de D’us como um todo. A restauração também abre a porta para
um  tempo  de  restituição,  e  muitos  conhecimentos  que  haviam  sido  tirados  da  igreja,  agora
voltam  a  ser  acessíveis,  justamente  nesta  época  que  antecede  a  segunda  vinda  do  Messias
Yeshua.  A  Torah  é  um  tesouro  que  está  sendo  restituído  para  a  igreja  e  devemos  estudá­la
diligentemente,  pois  tudo  o  que  o  Mashiach  fez  e  falou  está  fundamentado  na  Torah.  Em
outras  palavras,  a  Torah  é  o  pano  de  fundo  de  todo  o  ensinamento  do  Messias.  Certa  vez  ele
disse: “Por isso, todo o escriba instruído acerca do Reino dos Céus é semelhante a um pai de
família,  que  tira  do  seu  tesouro  coisas  novas  e  velhas”  (Mateus  13:52).  É  preciso  ter  um
equilíbrio  entre  o  conhecimento  e  a  manifestação  do  poder  de  D’us,  para  andarmos  de
maneira  segura  na  presença  do  Eterno.  O  Mashiach  certa  vez  disse:  “Yeshua,  porém,
respondendo, disse­lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de D’us” (Mateus
22:29).  Vamos  voltar  as  veredas  antigas  e  fazer  aquilo  que  agrada  ao  Eterno.  No  livro  de
Salmos  encontramos  uma  palavra  muito  encorajadora:  “Muita  paz  tem  os  que  amam  Tua
Torah, e para eles não há tropeço. (Salmos 119:165)”

Obs.:  Aprenda  sobre  a  aplicação  dos  preceitos,  quais  são  exclusivos  para  Israel,  quais  são
obrigatórios para a Igreja e quais são universais, aplicáveis a todos e muito mais sobre deste
assunto na apostila do nosso seminário: “A Revelação da Torah para a Igreja do Mashiach e a
Interação entre Lei e Graça”

Marcos Andrade Abrão
Líder da Congregação Judaico Messiânica: Beit Adonai
Shamá (O Eterno está ali!).
Presidente do Ministério Pedras Vivas.

 
 
 

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