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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES

CAMPUS VITÓRIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

JOÃO LUCAS BRUM ORECHIO

KARLA RICARDO CHAVES

LEONARDO DE ALMEIDA PUPPIN

LEONARDO TONINI PAVAN

PEDRO SANTOS PACHECO

ENERGIA OCEÂNICA

VITÓRIA, ES
2019
JOÃO LUCAS BRUM ORECHIO

KARLA RICARDO CHAVES

LEONARDO DE ALMEIDA PUPPIN

LEONARDO TONINI PAVAN

PEDRO SANTOS PACHECO

ENERGIA OCEÂNICA

Trabalho apresentado como requisito parcial


para obtenção de aprovação na disciplina de
Fontes Alternativas de Energia, no
Curso de Engenharia Mecânica, no Instituto
Federal do Espírito Santo.

Prof. MSc. Arthur Monteiro

VITÓRIA, ES
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3
1.1 Aquecimento Global e Energia Oceânica 4

1.2 História 4
2 Funcionamento 5
2.1 Energia Maremotriz 5
2.1.1 Usina Maremotriz Potencial 6
2.1.1.1 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Maré Baixa 6
2.1.1.2 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Maré Alta 7
2.1.1.2 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Dupla Geração 7
2.1.1.1 Usina Maremotriz Potencial de Lagoa 7
2.1.1 Usina Maremotriz Cinética 8
2.2 Energia Ondomotriz 8
2.2.1 Variações de Conversores Ondomotriz 9
2.2.2 Tecnologias de Conversão Ondomotriz 10
2.2.2.1 Sistema OWC OSPREY 10
2.2.2.2 Sistema LIMPET 12
2.2.2.3 Sistema COPPE 13
2.2.2.4 Sistema Pelamis 14
3 Locais de utilização de Usina de Ondas no Brasil e no mundo 16
3.1 O Aproveitamento da Energia dos Oceanos no Mundo 16
3.2 O Aproveitamento Da Energia Dos Oceanos No Brasil 17
4 Conclusão 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21
3

1 Introdução

Houve um aumento considerável no consumo global de eletricidade ao


longo das últimas décadas, mas com grandes diferenças entre países e regiões.
Além disso, o mix global de energia mudou significativamente ao longo do tempo -
o mundo ainda depende de carvão para mais de 40% de sua geração de
eletricidade, mas a quantidade gerada a partir de fontes renováveis aumentou
rapidamente na última década.
A produção global de eletricidade foi de 23.950 TWh em 2015, o que, com
uma população mundial de 7,35 bilhões, traduz-se como uma produção anual de
energia de 3,3 MWh per capita. A geração de eletricidade dobrou desde 1990,
quando a produção global era de 11.854 TWh, representando uma produção
anual de energia de 2,3 MWh per capita.
Por exemplo, é notável o fato de que os Estados Unidos, com um consumo
de eletricidade de 12.988 kWh per capita em 2013, tem 5 vezes o consumo de
eletricidade (per capita) do Brasil (2529 kWh).

Figura 1: Luzes das cidades pelo planeta.

Fonte: NEILL, 2018, p. 5.


4

1.1 Aquecimento Global e Energia Oceânica

Diversas pesquisas demonstram que a temperatura média do planeta subiu


nas últimas décadas aliada à elevação do nível dos oceanos, derretimento
acentuado das calotas polares e aumento dos buracos na camada de ozônio. Tais
problemas estão estritamente ligados à matriz energética mundial ainda depender
muito de combustíveis fósseis. Nesse contexto, a busca por fontes alternativas,
renováveis e que agridam menos o meio ambiente ganhou grande destaque.
A energia oceânica, dividida em energia maremotriz e ondomotriz, e
definida como uma forma de geração de eletricidade obtida a partir das alterações
de nível das marés, através de barragens (que aproveitam a diferença de altura
entre as marés alta e baixa) ou através de turbinas (que aproveitam as correntes
marítimas), surge como uma dessas fontes com relevante potencial de substituir
as antigas e agressivas práticas.

1.2 História

Os antigos perceberam há muito que o nível do mar não era sempre o


mesmo e que ele se alterava ao longo do dia ou das estações. Observando esse
fenômeno, por volta do século Ⅺ, na costa da Inglaterra e da França, a energia
potencial das marés começa a ser utilizada para a movimentação de pequenos
moinhos instalados na entrada de estreitas baías. Já na era moderna, os
precursores do uso dessa energia foram os habitantes de Husum, uma cidade
alemã no Mar do Norte, no ano de 1915. Os tanques para o cultivo de ostras
estavam ligados ao mar através de um canal, onde turbinas moviam um pequeno
gerador eléctrico, durante a passagem da água das marés. Mais recente, a
primeira usina maremotriz do mundo foi construída, em 1966, na cidade de La
Rance (França) com 750 metros de comprimento de barragem.
Atualmente, os países que mais utilizam este sistema de geração de
energia são o Japão, França, Coreia do Sul, Inglaterra e Estados Unidos
(principalmente instaladas no Havaí). O Brasil, embora tenha uma situação
5

geográfica favorável, sobretudo no litoral maranhense e na ilha de Macapá, ainda


não produz quantidades relevantes de energia através deste sistema.

Figura 2: Usina de La Rance

Fonte: MME (2007)

2 Funcionamento

Atualmente, existem diversos tipos de sistemas capazes de transformar a


energia cinética dos oceanos em energia elétrica, entretanto, dois deles merecem
destaque devido a sua popularidade, são eles os sistemas de conversão de
energia maremotriz e de conversão de energia ondomotriz.

2.1 Energia Maremotriz

A força gravitacional exercida pela lua e pelo sol na terra produzem as


marés, como a lua está mais próxima da terra do que o sol ela exerce uma força
cerca de duas vezes maior sobre as marés.
A produção de energia maremotriz se assemelha a produção de energia
hidrelétrica ou de energia eólica. Uma maremotriz simples consiste de uma
comporta e um turbo gerador, ou uma turbina em um canal onde um oceano entra
6

em um continente. Para ser economicamente viável a média entre as marés deve


ser de aproximadamente 5m.
Uma das grandes vantagens da maremotriz é que as marés são regulares
e previsíveis, além disso elas não são afetadas por mudanças climáticas ou
secas. Os impactos causados por uma usina maremotriz são praticamente nulos.
Podemos classificar as usinas em potencial, de barragem ou lagoa, e
cinética.

2.1.1 Usina Maremotriz Potencial

As usinas potências utilizam da queda de uma coluna de água para gerar


energia elas podem trabalhar em maré baixa, maré alta ou dupla geração onde a
usina trabalha nas duas marés. Uma usina de barragem comum é mostrada na
figura 3.

Figura 3: Usina de barragem.

Fonte: Energy Harvesting: Solar, Wind and Ocean Energy Conversion Systems.

2.1.1.1 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Maré Baixa

Quando a maré sobe a comporta permanece aberta dessa forma o nível de


água dentro da comporta se iguala ao da maré alta. Chegando ao máximo
previsto a comporta é fechada, ao se atingir o nível mínimo previsto a comporta
então é aberta até que o nível da bacia e do oceano estejam iguais. A água
passa por uma turbina gerando energia.
7

2.1.1.2 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Maré Alta

Quando a maré sobe a comporta permanece fechada, chegando ao


máximo previsto a comporta é aberta. Dessa forma a água atravessa a turbina
gerando energia.

2.1.1.2 Usina Maremotriz Potencial de Barragem de Dupla Geração

Quando a maré sobe a comporta permanece fechada, chegando ao nível


máximo a comporta é aberta. A água passa pela turbina até que os níveis de
água se igualem então a comporta é fechada, assim que a água do oceano atinge
o mínimo previsto a comporta é novamente aberta, produzindo mais energia.

2.1.1.1 Usina Maremotriz Potencial de Lagoa

Nessa usina a bacia é construída dentro do oceano como mostrado na


imagem 4.

Figura 4: Usina de lagoa.

Fonte: Energy Harvesting: Solar, Wind and Ocean Energy Conversion Systems.

A usina de lagoa pode operar em qualquer que um dos três modos


explicados anteriormente.
8

2.1.1 Usina Maremotriz Cinética

Essas são usinas são apenas turbinas localizadas em pontos onde há um


afunilamento natural, em uma baía ou entre ilhas, como mostrado na figura 5 a
seguir:

Figura 5: Esquemática de uma usina maremotriz cinética.

Fonte: Energy Harvesting: Solar, Wind and Ocean Energy Conversion Systems.

Na subida e descida das marés a água avança e recua da costa, esse


movimento gira as turbinas que geram energia.

2.2 Energia Ondomotriz

As ondas são, em suma, uma movimentação causada pela passagem dos


vento sobre a superfície do oceano. A energia desta movimentação pode ser
convertida em energia elétrica. Em certos locais do mundo, o vento sopra no
oceano de maneira consistente o suficiente para garantir um comportamento
contínuo das ondas na costa. Isso representa um enorme potencial energético.
9

Com a aparelhagem correta para converter esta energia cinética em eletricidade,


é possível obter-se uma fonte limpa de energia.

2.2.1 Variações de Conversores Ondomotriz

Os principais dispositivos utilizados para conversão de energia das ondas


do mar em energia elétrica são os dispositivos de Coluna d'água Oscilante,
Atenuadores e, no Brasil, tem-se instalado no Ceará um sistema de Oscilador de
Braço Mecânico.
O dispositivo Coluna d'água Oscilante utiliza o movimento da onda para
criar uma variação de pressão em um reservatório de ar. Esta diferença de
pressão força o ar a passar por turbinas, que acionam um gerador de energia
elétrica. Um exemplo deste dispositivo é o sistema LIMPET, utilizado no Reino
Unido.
Atenuadores são dispositivos flutuantes, com articulações e posicionados
perpendicularmente à frente de onda. Quando a onda passa ao longo de seu
comprimento, as articulações movimentam-se fazendo o dispositivo gerador de
energia entrar em funcionamento. Um exemplo deste dispositivo é o sistema
Pelamis, utilizado em Portugal.
O dispositivo Oscilante de Braço Mecânico, que diferentemente dos
Atenuadores, podem ser posicionados de qualquer forma em relação à frente de
onda, consegue obter energia independente da direção em que a onda passe por
ele. Utiliza um sistema flutuante munido de uma bóia que absorve energia do
movimento da superfície do mar e o transfere a um braço mecânico acionando o
dispositivo gerador de energia.
Estes dispositivos, classificam-se ainda por sua profundidade e sua
distância com relação à costa, sendo a profundidade mais relevante do que a
distância.
Podem ser Onshore, Nearshore ou Offshore, baseado na conferência
Européia de energia de ondas.
Dispositivos Costeiros (Onshore) são dispositivos fixos ou embutidos na
linha costeira, sujeitos à rebentação. Devido a sua proximidade, obtêm-se alguns
benefícios como a não necessidade de cabos submersos para condução de
10

eletricidade, maior facilidade de acesso ao equipamento, não necessitando de


embarcações e facilitamento da instalação e manutenção destes equipamentos.
Porém algumas desvantagens também são relevantes quanto à utilização
deste dispositivo, como a profundidade do mar que se tem na orla, possuindo
menor potencial energético, a degradação devido às condições climáticas e
devido à própria rebentação das ondas, que também causa certa perda
energética, como perda de energia devido ao contato da onda com o fundo do
mar, a degradação ambiental devido a sua construção e a poluição visual.
Os dispositivos Nearshore são instalados em águas pouco profundas,
tendo aproximadamente entre 20m e 25m de profundidade. Ou seja, estão
localizados em regiões próximas da zona de rebentação das ondas, porém não
estão situadas na costa, estas utilizam cabos umbilicais para transmitir à costa a
energia gerada. Teoricamente, estão situados em uma região de médio potencial
energético.
Os dispositivos offshore são instalados em águas mais profundas, tendo
acima de 25 metros de profundidade. Ou seja, são dispositivos que costumam
estar muito longe da costa, em média depois de 500 metros da costa, utilizam
também cabos umbilicais para a transmissão de eletricidade.

2.2.2 Tecnologias de Conversão Ondomotriz

Como demonstrado anteriormente existem diversos sistemas de conversão


de energia, sendo eles classificados pela localização de instalação de suas usinas
e pelo tipo de tecnologia utilizada. Diversos países estão investindo nessa fonte
de energia renovável e se especializando em alguns desses tipos de conversores
ondomotriz.

2.2.2.1 Sistema OWC OSPREY

O sistema OWC OSPREY (Ocean Swell Powered Renewable Energy) de


coluna d'água oscilante foi projetado pela empresa Wavegen, na Escócia em
torno do ano de 1990.
11

Figura 6: Dispositivo OSPREY de Coluna D'água Oscilante.

Fonte:

Este sistema é classificado com relação à localização de sua usina no mar,


como nearshore. Utiliza uma turbina Wells que permite a geração com fluxo de ar
nos dois sentidos de passagem. Apesar de usar um dispositivo de Coluna de
Água Oscilante, que normalmente é classificado como onshore, esse gerador é
instalado em um quebra-mar próximo à costa, estando localizado em uma região
com profundidade maior do que os utilizados por dispositivos onshore. Podendo
produzir 400 kW de potencial energético.

Figura 7: Funcionamento do dispositivo OSPREY de Coluna D'água Oscilante.

Fonte:
12

2.2.2.2 Sistema LIMPET

O sistema LIMPET (Land Installed Marine Power Energy Transmitter) foi


projetado no Reino Unido e foi o primeiro dispositivo de conversão de energia
utilizado comercialmente (ASSIS, 2010). Observe na imagem 8 o sistema Limpet.

Figura 8: Dispositivo LIMPET de Coluna D'água Oscilante.

Fonte: Wikipedia. A central Limpet.

Este conversor de energia ondomotriz também utiliza o dispositivo de


Coluna de Água Oscilante para conversão de energia, mas diferente do sistema
OWC OSPREY, o LIMPET é um sistema onshore, instalado na costa do litoral.
Para a construção de sua instalação é feita uma escavação em terra firme e,
depois de concluída a concretagem, é feita uma abertura para a entrada da água
do mar, retirando-se o material que bloqueia a água (COSTA, 2004). O
funcionamento desse Limpet pode ser visto na figura 9.
13

Figura 9: Funcionamento do dispositivo LIMPET de Coluna D'água Oscilante.

Fonte: Gir Engenharia de Fluidos.

2.2.2.3 Sistema COPPE

O dispositivo da Coppe foi projetado no Laboratório de Tecnologia


Submarina (LTS) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebendo o
apoio de algumas empresas. Sendo projetada para produzir 50 kW de potência e
tendo o objetivo de ser ampliada com a agregação de módulos para produzir 500
kW (ASSIS, 2010). Na imagem 10 pode ser visto o dispositivo COPPE.

Figura 10: Dispositivo COPPE.

Fonte: Geração ondomotriz – Portal da Energia.


14

Este sistema utiliza o método de conversão de energia com uma câmara


hiperbárica, conforme as ondas passam pelo flutuador, este faz um braço
mecânico oscilar e movimentar um pistão que bombeia água para um acumulador
hidropneumático que em seguida é expelida à alta pressão sobre as pás da
turbina, como mostrado na figura 11. Esta tecnologia foi desenvolvida pela própria
Coppe, a qual teve sua patente publicada em 2006. Ele pode ser classificado
como um dispositivo onshore, quando utiliza um píer instalado na região costeira,
ou nearshore, quando utiliza uma plataforma apoiada no fundo do mar, próxima
ao litoral, e ainda pode ser adaptada para offshore, quando instalada em regiões
mais profundas.

Figura 11: Funcionamento do dispositivo COPPE.

Fonte: Conversor de Energia de Ondas - Research Gate.

2.2.2.4 Sistema Pelamis

O Pelamis é uma estrutura semi-submersa composta por vários cilindros


horizontais ligados entre si por articulações e dispostos segundo a direção de
incidência de ondas, o movimento das articulações provocado pela ondulação é
restituído por cilindros hidráulicos que bombeiam óleo em alta pressão para
motores hidráulicos que acionam geradores elétricos, a energia elétrica gerada é
transportada para a terra por meio de um cabo umbilical situado no leito do
oceano. Observe esse sistema na figura 12.
15

Figura 12: Sistema Pelamis (Atenuador).

Fonte: Módulo Pelamis - Research Gate.


16

3 Locais de utilização de Usina de Ondas no Brasil e no mundo

Considerado uma fonte estratégica para todo o mundo e, principalmente,


para o Brasil, o mar vem chamando a atenção de cientistas, que já testam e
implantam algumas alternativas de geração, como a usina de ondas. O país que
se encontra na frente com relação às pesquisas é Portugal, mas outros países já
possuem um sistema projetado e em fase de testes, como o Reino Unido,
Dinamarca e Noruega. Alguns países, assim como o Brasil, estão criando e
desenvolvendo suas respectivas tecnologias, no Ceará está sendo utilizado um
sistema que funciona com o princípio de câmara hiperbárica.
Estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem
receber usinas de ondas suficientes para gerar 87 gigawatts. Desse total, 20%
seriam convertidos em energia elétrica, o que equivale a aproximadamente 17%
da capacidade total instalada no País.

3.1 O Aproveitamento da Energia dos Oceanos no Mundo

O primeiro projeto de energia oceânica em escala comercial no mundo


entrou em operação em 1966, a barragem de maré de La Rance, na França. A
construção da usina maremotriz levou seis anos e o projeto tem 24 turbinas
Kaplan de 10 MW cada, com uma capacidade total de 240 MW.
Outro projeto de energia maremotriz encontra-se em operação no Canadá,
em Annapolis Royal, na Baía de Fundy, desde 1984. Apesar de a baía apresentar
uma das maiores amplitudes de maré do mundo, chegando a 17 metros, a usina
tem capacidade de geração limitada a 20 MW, bem inferior à da usina francesa.
Conforme destacado por Tavares (2005), a usina, constituída por uma única
turbina do tipo Straflo, possui um fator de capacidade muito baixo, de
aproximadamente 17%.
Em 2011, entrou em operação a maior usina de energia maremotriz em
operação no mundo, a usina do Lago Sihwa (Figura 13), localizada na Coreia do
Sul. A usina, com capacidade de 254 MW, superou a de La Rance, na França, até
então a maior do mundo.
17

Figura 13: Usina maremotriz de Sihwa.

Fonte: O frio que vem do sol – Blogspot.

Existem, também, usinas maremotrizes em construção ou em fase de


planejamento no Canadá, México, Reino Unido, EUA, Argentina, Austrália, Índia,
Coréia e Rússia.

3.2 O Aproveitamento Da Energia Dos Oceanos No Brasil

O Brasil possui localidades nas regiões Norte e Nordeste que atendem ao


requisito teórico de variações de altura de maré superiores a 5 metros para usinas
de ondas. Existem potenciais no Maranhão, com variações de 6 metros, e, no
Amapá, mais especificamente na estação de Santa Maria do Cocal, na foz do
Igarapé do Cocal, com variações de 8 metros, e na estação de Igarapé do Inferno,
na Ilha de Maracá, com variações de até 11 metros.
Até o momento, existe no Brasil um único projeto piloto de utilização de
energia do movimento das ondas, sendo o primeiro da América Latina. Localizada
no quebra-mar do Porto de Pecém, a 60 km de Fortaleza, a usina de ondas é a
primeira na América Latina responsável pela geração de energia elétrica por meio
do movimento das ondas do mar. Com tecnologia 100% nacional, a estimativa é
de que o equipamento de baixo impacto ambiental esteja completamente pronto
para funcionar até o ano de 2020. O custo estimado é de R$ 18 milhões. Instalada
18

em 2012. Com operações iniciadas em 2012, a Usina de Pecém, em 2016 se


encontrava abandonada, devido ao fim do contrato com a Tractebel Energia. A
previsão era de retomada do projeto em 2017, em um novo ponto, mas não há
informações claras a respeito de retomadas e de como está atualmente.
19

4 Conclusão

A energia oceânica é uma energia renovável importante e promissora para


o futuro. Mesmo com amplo desenvolvimento tecnológico e demonstrações nas
áreas de energia térmico-oceânica, as plantas comerciais baseadas nessas
tecnologias demoraram muito a surgir devido aos altos custos de capital. Nos
últimos anos, devido ao aumento nos custos de combustíveis fósseis, energias
renováveis, como sistemas solares fotovoltaicos e sistemas eólicos, tornaram-se
competitivos em termos de custos. É provável que os sistemas de energia
oceânica se tornem competitivos em mais uma década, especialmente para ilhas
remotas e áreas costeiras.
O desenvolvimento da tecnologia de energia oceânica vem sofrendo o
tempo todo por causa do alto custo das plantas e infraestrutura offshore. O
aumento do preço do petróleo ressaltou, mais uma vez, a necessidade de
desenvolver energias renováveis em larga escala incluindo energia oceânica.
A tecnologia de energia renovável oceânica é geralmente mais cara do que
muitas alternativas tradicionais de energia, portanto, é compreensível que grande
parte da riqueza da sociedade não tenha sido investida nesse tipo de energia.
Outras fontes de energia foram tentadas ocasionalmente, mas seu sucesso
econômico ainda está em dúvida, enquanto outras parecem ter alguma promessa,
neste momento, por uma implementação de custo razoável.
Várias fontes oceânicas de energia podem e têm sido usadas para produzir
energia mecânica e energia elétrica. As energias dos oceanos podem ser
colocadas em ação nos países industrializados e em desenvolvimento.
Megaprojetos são caros e não tem necessariamente garantia de serem lucrativos.
Por outro lado, existem possibilidades de serem estabelecidos esquemas em
menor escala.
O potencial da energia oceânica nas diferentes regiões depende da sua
localização geográfica com respeito ao equador. Países mais próximos ao
equador, por possuírem mares tropicais ao seu redor, tem um bom potencial para
energia térmico-oceânica e países nas latitudes norte e sul têm um bom potencial
para energia das ondas. Energia proveniente das marés, causada pela atração
20

gravitacional da lua e do sol na massa oceânica de água, é alta apenas nos


estuários e baías onde as oscilações das marés são amplificadas.
Os principais desafios do sistema de conversão de energia de ondas são a
redução de custos das estruturas de suporte. Para resolver esses problemas, são
sugeridas as seguintes áreas de pesquisa: estudo das forças de ondas de ruptura
em dispositivos costeiros e otimização do projeto estrutural com técnicas
inovadoras de construção; análise de fadiga, corrosão e desgaste de todas as
partes mecânicas expostas à ação das ondas. Uma variedade de materiais deve
ser estudada para que a confiabilidade em longo prazo possa ser garantida a um
custo razoável.
Um componente importante de custo de uma usina de maré é o custo de
construção de engenharia civil das usinas baseadas em barragens. Nas usinas de
corrente de maré de fluxo livre, a eficiência operacional de turbinas sem
coberturas / dutos de revestimento precisa ser aprimorada. Para abordar esses
pontos, são sugeridas as seguintes áreas de pesquisa: estudos de projetos mais
baratos e seus procedimentos de implantação para uso na construção de
barragens, e estudos de desempenho em diversos projetos de turbinas / perfis de
pás para garantir alta eficiência.
21

Referências Bibliográficas

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