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Chão de Umbanda Casuá Data:

do Pai Francisco 18/02/2019


Revisão: 1
Artigo 56 – Sigilo - O que surge no terreiro fica no terreiro Folha: 1

Uma das bases da Ética em um Terreiro é o Sigilo. Todos sabemos que a maioria dos médiuns
detém a consciência mediúnica. O sigilo é um dever do médium e um direito do consulente. É
a base da confiança desde o Terreiro até ao mais básico servidor.

Mas fazendo uma análise filosófica e teológica sobre o sigilo, temos que o sigilo é uma virtude
e nele se encerra um dos mais lindos valores colocados por Olorum em nossa criação. O
princípio e a fonte da Fé de um ser humano estão guardados sob sigilo dentro do coração dele
e ninguém a não ser ele é capaz de mensurar verdadeiramente em quantidade e qualidade
aquela Fé. Assim também o é com o Amor. Ninguém tem base real para discutir a Fé ou o
Amor do outro, porque não é o outro, não está no outro e não vê o outro por dentro. Aí está o
princípio do Sigilo e que devemos entender.

Tem um ditado usado na Umbanda que diz: “O Sigilo foi dado a Voismicê quando
nasceram e também será cobrado com força enquanto Voismicê estiver na sua missão
espiritual. Voismicê não quebre nunca esta ordem divina para teu próprio bem” (Vó
Benedita de Angola-1976).

A ética e a Moral umbandista devem ser preservadas em qualquer hipótese, pois a


importância, seriedade e extrema responsabilidade é de cada médium e tem que ser cobrada
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do Sacerdote ou Zelador de Santo. E esta prática é caracterizada pela postura de respeito,


sigilo, seriedade, preservando a privacidade das pessoas, particularidades e tudo que possa
causar danos a integridade delas perante sua família, seu grupo de trabalho, social e religioso.

Nos trabalhos de uma gira, este assunto abrange a entidade e esta faz uso do Médium e
mesmo do Cambone que o assessora no plano terrestre. Portanto, tanto o Médium como o
Cambone são partes intimamente ligadas ao trabalho destas Entidades no atendimento aos
consulentes e diretamente envolvidos com assuntos pessoais, muito vezes de cunho íntimo
do consulente, de seus familiares ou de pessoas próximas a ele. Frente a uma Entidade os
consulentes sentem-se a vontade para expor seus problemas ou dificuldades com todos os
detalhes que venham à mente, pois esta é uma das facilidades que a Umbanda permite, ou
seja desabafar, mostrar por inteiro tudo que aflige a pessoa. Com isto a Entidade, Médium e
Cambone, passam a ser confidentes e até cúmplices nestes casos, é aí que se inicia todo o
processo ligado a ética na visão religiosa, na visão de um Terreiro, na responsabilidade e
sigilo, no comprometimento com a privacidade e preservação da integridade do consulente,
da Entidade em razão de suas respostas e orientações, do Médium por ser este o meio de
contato e do Cambone, sendo este um ouvinte e participante.

Um médium não pode se deixar envolver pelos problemas Levados pelos consulentes, muito
menos agir por impulso, tomar a frente das Entidades, o que pode causar sérios danos ao
efeito das orientações e distorcer o entendimento do consulente para solução daquele
problema, e principalmente do comentário sobre o assunto tratado dentro ou fora do Terreiro
o que pode causar danos muito maiores a todos e principalmente a Casa e ao Sacerdote.

Ao médium e ao Cambone tem que haver a postura e o sentido ético a ser adotado e praticado
em suas vidas, acrescido dos cuidados e responsabilidade de observar a clareza da
orientação passada pela Entidade e não deturpar o sentido da mesma, fazendo uso de
habilidades espirituais para dar suas próprias interpretações da mensagem da entidade ao
consulente.

Também se insere neste contexto, a ética no sigilo e preservação da integridade dos assuntos
que envolvam o Terreiro ou qualquer de seus filhos. Todo assunto que possa chegar a seus
ouvidos, tem que ser tratado com responsabilidade e tomado todos os cuidados para que não
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haja incorreção e perniciosidade. Isto afeta a harmonia do chão sagrado e do grupo de


trabalho, causando constrangimentos e mal-estar.

A quebra de sigilo é uma falta gravíssima, onde normalmente é punido com a expulsão em
casos graves e suspensão em casos mais amenos.

Fazer julgamentos a partir de informações surgidas na gira, usar estas informações fora do
terreiro para outros meios ou intensões, leva estes a desenvolver reflexos de cobrança pesada
aqui neste plano e no outro plano após o desencarne. Simplesmente porque foi quebrado o
zelo do tributo dos Orixás e Guias da coroa. A primeira consequência está na degradação do
manto espiritual. A segunda é o desequilíbrio dos chakras e desalinhamento da coroa. A
terceira é o afastamento dos Orixás e entidades.

Expor um consulente à constrangimento ou situação de ridículo ou até mesmo de julgamento


pela sociedade em que ela vive, é uma falta espiritual gravíssima. Para se ter uma ideia, pode
estar incorrendo nos seguintes pecados capitais de um médium: a Soberba (círculo do Limbo),
a Inveja, a Ira (círculo do Rio Estife), a Heresia (círculo do Cemitério de Fogo) e a Traição
(círculo de Malebolge).

Muitas vezes, a Fofoca surge de uma quebra de sigilo e evolui para o desrespeito, a ira e se
encerra na traição. Veja que tudo está lá nos pecados capitais de um terreiro e pode causar
quizilas e quizombas no chão do mesmo. Fofocar é o ato de falar mal de alguém ou de uma
situação ou até do próprio terreiro (normalmente associado ao Pai de Santo) e vem associado
a pré-julgamentos que minam a estabilidade do chão.

Também tem um ditado usado na Umbanda que diz: “A fofoca e o escândalo sempre vão
existir na face da terra, mas ai do Filho de Santo que for o pivô desses atos insanos por
inconsequência de quebra de sigilo ou por voluntariedade”.

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