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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

TEORIA AMBIENTALISTA

Filipe Gomes de Andrade


Gabriel Pereira Franco
Maria Samily Vieira Ribeiro

SOBRAL - CEARÁ
2019
Concepções Gerais da Teoria Ambientalista

Fundada por John B. Watson, formado em Filosofia, especializou-se, porém, em


Psicologia Animal. A Teoria Ambientalista (ou comportamentalista, também denominada
behavioristas, do inglês behavior = comportamento), estabelecido e consolidado na
Psicologia, este, ainda segundo Watson, seria definida como a Ciência responsável por estudar
as situações relacionadas a interpretação do comportamento (animal ou humano), no mesmo
campo de atuação das Ciências Naturais.
Desse modo, as concepções teóricas por ele defendida, favorecia, de alguma forma,
certa aproximação vinculado ao processo de existência, tanto dos humanos quanto dos
animais, sendo ambos estudados. Não há privilégio de um, no trato nas pesquisas e estudos
em detrimento do outro.
O comportamento, seguindo essa mesma linha de raciocínio, pode ser melhor
entendido como uma resposta do organismo em relação ao ambiente externo. Captada por
meio dos sentidos (tipo de postura corporal). Estabelece-se, assim, a relação indissociável
entre os estímulos e as respostas, este último, empiricamente observado. As reações ocorridas
no interior, nesse sentido, não são priorizadas. Watson defende que as reações internas sejam
estudadas pela Fisiologia, cabendo a Psicologia o estudo das reações provenientes do meio
externo.
Algumas características teórico-metodológicas auxiliaram, entender pormenores as
relações – estimulo/resposta –, dentre elas vale destacar: a previsibilidade das respostas e a
identificação dos estímulos. Isto é, descobrir quais são os tipos de estímulos que resultaram
em determinadas reações. Sendo assim,

para o comportamentalismo, a aprendizagem é um tema central. Ao enfatizar


a influência dos fatores externos e ambientais, essa concepção teórica afirma
que o mais importante na determinação do comportamento do indivíduo são
as suas experiências, aquilo que ele aprende durante a vida. Aliás, podemos
dizer que o comportamentalismo confunde-se com uma teoria da
aprendizagem, uma vez que sua preocupação básica é explicar como os
comportamentos são aprendidos. (FONTANA; CRUZ, 1997, p. 26)

Os comportamentos são, portanto, fruto direto do processo de alteração ocorrido no


ambiente, opondo-se, assim, as concepções teóricas do Inatismo, – desenvolvimento
preconcebidos, inatos ou hereditários. As respostas aos estímulos segue, assim, formas
convenientemente predispostas e determinadas. A exemplo do processo de aprendizagem
ligado as experiências.
Desse modo, Burrhus Skinner, psicólogo norte-americano, criador da Análise
Experimental do Comportamento,para melhor contextualizarmos o assunto,realizou, com isso,
a distinção entre os tipos de comportamentos apreendidos, denominando-os como:
condicionamento clássico e o condicionamento operante; o primeiro está diretamente
relacionado a certo determinismo, derivado de respostas previamente determinadas (por
exemplo, o reflexo), ou seja, é simplesmente as reações do organismo.
O segundo, por sua vez, não são derivados dos estímulos, mas sim, das ações advindas
diretamente do organismo, em outras palavras, é resultado das consequências agradáveis
(tende a se repetir) ou indesejáveis (tende a não repetir). São assim, conhecidas como
reforçadores. Enquadra os indivíduo, formam-se, os hábitos. Em suma,

na visão ambientalista, a ênfase está em propiciar novas aprendizados, por


meio da manipulação dos estímulos que antecedem e sucedem o
comportamento. Para tanto, é preciso uma análise rigorosa da forma como os
indivíduos atuam em seu ambiente, identificando os estímulos que provocam
o aparecimento do comportamento-alvo e as consequências que o mantêm. A
esta análise dá-se o nome de análise funcional do comportamento. Nela
defende-se o planejamento das condições ambientais para a aprendizagem de
determinados comportamentos. (DAVIS; OLIVEIRA, 1994, p. 33)

Com isso, vale ressaltar as principais concepções Teórico-metodológica que


auxiliaram tanto Watson como Skinner a alicerçarem suas pesquisas. Ambos, ressaltaram o
processo comportamental apreendido.
Watson ao priorizar os comportamentos emocionais responsáveis pelo processo de
aprendizagem, efetuo pesquisas, para exemplificar, com crianças hospitalizadas de 4 meses a
um ano de idade, que nunca teria tido, antes, contato com os instrumentos/objetos/animais
utilizados por ele.
Ao expor [às crianças] determinado objetos, instrumentos ou animais, inclusive,
perigosos, não houve reação de medo por parte delas. Ciente que determinadas situações
incidia na obtenção do medo (ruido excessivo, desiquilíbrio ou dores, por exemplo)
compreendeu-se, portanto, que o medo é um sentimento adquirido através dos
condicionamentos clássicos. Onde as reações, inicialmente estáveis – ausência do medo –,
pode em outro momento, resultar em sintomassemelhantes a estes. Portanto,

com esse experimento, Watson procurava comprovar a sua tese de que a


maioria das reações emocionais das pessoas é aprendida a partir da
influência do ambiente. Procurava também explicar ‘como as pessoas
aprendem’, explicitando os princípios do condicionamento clássico.
(FONTANA; CRUZ, 1997, p. 29)

Agora as pesquisas de Skinner foram baseadas no processo de modelagem do


comportamentooperante efetuando inicialmente diversas pesquisas algumas com animais e,
posteriormente estendeu esse processo aos humanos.
O problema aqui trabalhado estaria relacionado aos esforços da programação do
reforço no condicionamento operante. Com isso, utilizou-se rato na execução desse
procedimento. Ao efetuar diversos experimentos, de acordo com cada tipo de reforçadores.
Notou-se, então, a obtenção de diferentes tipos de comportamentos e de aprendizagens do
animal.

Assim, os princípios descobertos ou sistematizados mediante situações


experimentalmente controladas são os mesmos que explicam os
comportamentos aprendidos em situações cotidianas. Conforme a
perspectiva comportamentalista, pode-se dizer que pais e educadores, por
exemplo, modelam o comportamento da criança por meio de procedimentos
que correspondem ao condicionamento operante. (Ibid., p. 30)

Nesse sentido, esses processos atuam como mecanismos que enquadra (molda) os
comportamentos de acordo como as exigências de cada necessidade (biológico e social),
fundamentalmente, baseando-se no comportamento operante, que uma vez reforçado tende a
permanecer.

Exemplos onde a Teoria Ambientalista se configura

 O contador de histórias (2009)

O filme é baseado na vida de Roberto Carlos Ramos e se passa em Belo Horizonte


datando de 1978. No tempo em que o filme se passa, vivia-se a Ditadura civil militar. Foi um
período em que a desigualdade social cresceu de forma alarmante e buscava-se impor uma
moral por meio da força.
FEBEM (Fundação para o Bem-Estar do Menor) era um lugar onde crianças infratoras
ficavam ou mesmo onde os pais, sem condição de criar o filho, deixava-o acreditando que a
criança teria uma boa educação e sairia de lá com um diploma de curso superior. Mas o filme
em questão denuncia que não.
Roberto cresceu em uma realidade de miséria. Sua mãe com nove filhos, motivada
pela vontade de querer o melhor para eles e por uma propaganda governamental, decidiu
deixar seu filho mais novo na FEBEM. Ele cresceu naquele ambiente sem ter nenhum contato
com sua mãe. Diferente do que era propagado sobre o lugar, o ambiente era educativo para o
que se vivia naquele tempo. Era um lugar violento tanto no que se refere aos responsáveis por
cuidar dos adolescentes como aos próprios adolescentes. Roberto sofreu diversas formas de
agressões ali e por isso fugiu inúmeras vezes.
Na rua ele foi estuprado e cogitou suicídio. Era de se esperar que diante de todas as
agressões sofridas pelo garoto que ele se tornasse, consequentemente, agressivo. O ambiente
em que Roberto cresceu o formou, o transformou, lá também aprendeu a falar palavrão, não
olhar no olho – características destacadas no filme como próprias da FEBEM.
Antes de fugir, ele conheceu Maria, uma pedagoga francesa, que decidiu estudá-lo e
depois de muita aproximação, Roberto passou a morar com Maria e lá recebeu amor, carinho,
educação e durante o filme foi notória a mudança. A casa de Maria era um ambiente calmo,
aconchegante e lhe oferecia segurança e inevitavelmente, o menino foi abandonando a postura
arredia. No fim, os dois vão embora pra Europa, lá Roberto estuda e depois volta para
reencontrar sua mãe.

 O cortiço (1890)

Escrito por Aluísio de Azevedo o romance O cortiço é marcado por uma visão
determinista, ou ambientalista, sobre quem mora no sobrado, um lugar insalubre e
barulhento por ser localizado, na maioria das vezes, atrás das fábricas e também pelo
grande número de pessoas que lá moravam. Como destaca Souza e Batista sobre a
intenção de Aluísio com a obra.

Considerado um dos mais distintos romances da literatura naturalista,


“O Cortiço” tem uma essência estritamente social, retratando a
exploração do homem pelo próprio homem e apresentando o
panorama dos aglomerados urbanos formados por indivíduos de tipos
incertos. Ou seja, a intenção de Aluísio de Azevedo não foi tão
somente demonstrar o cotidiano num cortiço, mas identificar como o
meio e o momento histórico influenciam o comportamento humano.
(2014, p. 7-8)

O livro é marcado por definições deterministas sobre as personagens, porém a


mais marcante é do Jerônimo, o português que veio morar no Brasil para trabalhar em
uma pedreira com sua esposa e filha. Quando chegou ao cortiço, ele se mostrava um
homem honesto, viril e trabalhador e o narrador afirma que era “tão metódico e tão
bom como trabalhador quanto o era como homem.” (AZEVEDO, 2017, p. 60). Porém,
com a convivência no cortiço foi transformando-o gradualmente. Isso tudo começou
quando teve uma festa em que ele foi tomado pela música brasileira e por uma vontade
ávida de trair sua esposa com as “mulatas”. Depois, fingiu de doente para fugir do
trabalho e começou a desenvolver um romance proibido com Ritinha. Jerônimo, como
destaca o narrador “abrasileirou-se”.

Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora


a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num
trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava
lentamente: fazia-se contemplativo e amoroso. A vida Americana e a
natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos imprevistos e
sedutores que o comoviam; esqueci-se dos seus primitivos sonhos de
ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas;
tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que
guardar; adquirir a desejos, tomavam gastos aos prazeres, e volvia-se
preguiçoso, resignando-se, vencido, às imposições do sol e do calor,
muralha de fogo com que o espírito eternamente revoltado do último
Tamoio entrincheirou a pátria contra os conquistadores aventureiros.
(AZEVEDO, 2017, p. 103)

As diferentes concepções do desenvolvimento humano

Para aprofundarmos nossos conhecimentos na Teoria Ambientalista é importante


conhecermos as outras duas teorias das concepções do desenvolvimento humano e suas
diferenças da Teoria Ambientalista.
A primeira teoria que vamos mencionar é a Inatista, é uma teoria baseada na crença de
que as características e capacidades básicas de cada ser humano são inatas, ou seja, já
estariam praticamente prontas no momento de nascimento ou potencialmente definida. Essa
teoria se diferencia bastante da teoria ambientalista pois ela acredita que o ser humano já
nasce pronto e que o destino individual do ser humano já estaria determinado antes do
nascimento. Por tanto, a teoria Inatista do desenvolvimento é inspirada nas premissas do
idealismo filosófico. O mundo real é um mero fenômeno da consciência. Enquanto a teoria
Ambientalista defende a ideia de que o ser humano constrói habilidades apenas pelo ambiente
em que ele é inserido na vida social.
Outra teoria do desenvolvimento é chamada de teoria Interacionista, ela também usa a
premissa que o ambiente é importante para a formação do ser, mas de uma forma diferente,
pois ela defende a interação do ser humano com o meio que vê a aquisição do conhecimento
como um processo construído pelo indivíduo durante toda sua vida, não estando pronto ao
nascer, como fala a teoria Inatista e nem sendo adquirido passivamente com ajuda do meio,
como diz a teoria Ambientalista. Com essa ideia da teoria interacionista, podemos afirmar que
somos sujeitos ativos e temos a capacidade de construir nossas características de acordo com
a relação que estabelecemos com o meio físico, social e cultural.

Referências

AZEVEDO, Aluísio. O CORTIÇO. Porto Alegre: L&PM, 2017.

DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma Ramos de. PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO. 2 ed. rev.
São Paulo: Cortez, 1994.

DESAFIOS DA PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL. Desafios da Pedagogia. 2013.


Disponível em: <http://desafiodapsicopedagogia.blogspot.com/2013/11/as-terias-inatista-
ambientalista-e.html> Acessado em: 18/18/2019

FONTANA, Roseli; CRUZ, Maria Nazaré da. PSICOLOGIA E TRABALHO


PEDAGOGICO. São Paulo: Atual, 1997.

Mandinha. Fichamento: AS CONCEPÇÕES INATISTA, AMBIENTALISTA E


INTERACIONISTA. Trabalhos Gratuitos. 2013. Disponível em:
<https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/Psicologia/Fichamento-As-
Concep%C3%A7%C3%B5es-Inatista-Ambientalista-E-Interacionista-18870.html> Acessado
em: 18/08/2019.

SOUZA. P. A. S.;BATISTA. R. A O DETERMINISMO CRIMINOLÓGICO NA OBRA


“O CORTIÇO” DE ALUÍSIO DE AZEVEDO EM RELAÇÃO O MODELO
SOCIOESPACIAL BRASILEIRO. Revista Panorâmica On-Line. Barra do Garças–MT, vol.
17, p. 01–22, ago/dez. 2014.

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