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Livro Eletrônico

AULA 14 - PARTE II

Contabilidade Geral p/ TCM-BA (Auditor de Controle Externo) - Pós Edital

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa


CONTABILIDADE GERAL PARA TCM BA – AULA 14 – PARTE II
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 14 (PARTE II): CPC 08 – CUSTOS DAS TRANSAÇÕES

SUMÁRIO
1 CONTINUAÇÃO... ..................................................................................................................... 1
2 CPC 08 - CUSTOS DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
(R1). ............................................................................................................................................. 2
3 OBJETIVO E CONCEITO INICIAIS ............................................................................................... 2
4 ALCANCE ................................................................................................................................ 4
5 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................... 4
5.1 DIFERENÇA JUROS E ENCARGOS FINANCEIROS ....................................................................... 6
6 CONTABILIZAÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE RECURSOS PARA O CAPITAL PRÓPRIO ............................... 6
6.1 EXEMPLO 1 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM GASTO NA EMISSÃO DE AÇÕES .............................. 7
6.2 EXEMPLO 2 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES .................... 7
6.3 EXEMPLO 3 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM GASTO NA EMISSÃO DE AÇÕES E PRÊMIO ................ 8
7 CONTABILIZAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE AÇÕES DE EMISSÃO PRÓPRIA (AÇÕES EM TESOURARIA) ........ 9
7.1 AÇÕES EM TESOURARIA! PREVISÃO NA LEI 6.404/76:............................................................ 11
8 CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS ................................................. 15
9 CUSTOS DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES............................................ 21
10 ENCARGOS FINANCEIROS PARA ATIVOS QUALIFICÁVEIS ........................................................ 22
11 CONTABILIZAÇÃO TEMPORÁRIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO ................................................ 23
12 DIVULGAÇÃO ..................................................................................................................... 26
13 RESUMO GERAL ................................................................................................................. 27
14 MAPA MENTAL DESTA AULA (*ELABORADO PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)........................ 28
15 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................... 29
16 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................. 50
17 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .......................................................... 59

1 CONTINUAÇÃO...

Olá, meus amigos. Como estão?!

Prazer revê-los novamente em mais uma aula do curso Contabilidade Geral


para TCM BA.

Hoje, falaremos sobre o CPC 08 – Custo das Transações.

Pedimos que enviem as dúvidas existentes ao fórum de dúvidas do site.

Vamos à aula?! Então, aos estudos!

Um abraço.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.


Periscope: @gabrielrabelo87 e @proflucianorosa
Instagram: @contabilidadefacilitada
Fórum de dúvidas e mapas mentais: Professor Julio Cardozo.

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2 CPC 08 - CUSTOS DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO DE


TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (R1).

3 OBJETIVO E CONCEITO INICIAIS

O objetivo do Pronunciamento Técnico CPC 08 é estabelecer o tratamento


contábil aplicável ao reconhecimento (contabilização), mensuração e divulgação
dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de
captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de
dívida.

Assim, identificamos duas formas diferentes de captação:

1) Dos sócios: através dos títulos patrimoniais (ações),


2) De terceiros: dívidas.

Podemos adiantar que “dinheiro dos sócios fica no Patrimônio Líquido (PL)”. E
dinheiro de terceiros fica no Passivo Exigível e na Demonstração dos
Resultados. Veremos isso com detalhes adiante.

Vamos começar com o básico sobre custo das transações!

Aqui é crucial entender que o custo de transação deve ser contabilizado ao


longo do tempo. Antigamente, o custo de transação ia diretamente para
o resultado.

Assim, se uma empresa captasse 10.000 com custo de transação de 800 para
pagar em 2 meses, com juros de 10% ao mês, a contabilização inicial ficava
assim:

(Observação: vamos usar juros simples, nesse exemplo, mas o correto é usar
juros compostos – método exponencial).

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D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos de transação (resultado) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Essa é a contabilização anterior, que foi mudada.

Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo tempo


do empréstimo.

Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400


no primeiro mês e 400 no segundo mês.

Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o resultado:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

Portanto, os custos de transação vão para o resultado de forma proporcional ao


tempo do empréstimo, e não de imediato, como era antigamente.

Além dos custos, a empresa também deve contabilizar os juros mensais (no
nosso exemplo, de 1.000 por mês, ou seja, 10% do principal).

Em alguns pontos, o conhecimento de matemática financeira é fundamental


para entender o assunto.

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4 ALCANCE

Este pronunciamento regula a contabilização e evidenciação dos custos de


transação e dos prêmios recebidos no caso de captação de recursos dos sócios
(emissão de ações, compra e alienação de ações próprias – “ações em
tesouraria”) e de terceiros (emissão de debêntures, empréstimos e
financiamentos).

5 DEFINIÇÕES

Para as definições, vale ler e reler o texto do pronunciamento, para o caso das
bancas cobrarem literalidade.

3. Para fins deste Pronunciamento, consideram-se os termos abaixo com os


seguintes significados:

Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis


às atividades necessárias exclusivamente à consecução das transações citadas
no item 2.

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido
evitados se essas transações não ocorressem.

Exemplos de custos de transação são:

i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;


ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimentos, corretores
etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;

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vi) custos de registro etc.

Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e


valores mobiliários, encargos financeiros, custos internos administrativos ou
custos de carregamento.

Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus


pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do
financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico
de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a
atualização monetária, a variação cambial etc., mas não inclui taxas, descontos,
prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de


transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a
pagar) a terceiros.

Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários


é o valor recebido que supera o de resgate desses títulos na data do próprio
recebimento ou o valor formalmente atribuído aos valores mobiliários.

Taxa interna de retorno (tir) é a taxa efetiva de juros que iguala o valor
presente dos fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos fluxos de
saída. Em outros termos, é a taxa efetiva de juros que faz com que o valor
presente líquido dos fluxos de caixa de determinado título de dívida ou
empréstimo seja igual a zero.

Título patrimonial é qualquer contrato (ou título ou valor mobiliário) que


evidencie um interesse residual nos ativos da entidade após a dedução de todos
os seus passivos. Como exemplo, citam-se ações, bônus de subscrição, etc.

Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes
entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

Atenção: neste pronunciamento, consta ainda a redação anterior de Valor


Justo. A definição atual é:

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre

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participantes do mercado na data de mensuração. (Alterada pela Revisão CPC


03)

5.1 DIFERENÇA JUROS E ENCARGOS FINANCEIROS

É importante destacar a diferença entre despesas financeiras e encargos


financeiros.

Despesas financeiras representam a remuneração direta do recurso tomado e


incluem juros, variação monetária, variação cambial, etc.

Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras com custos de


transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados. Trata-se,
portanto, de um conceito mais amplo.

(CESPE/TRT 17/Contabilidade/2013) Para fins de aplicação do conceito de


custo de transação, o conceito de encargos financeiros é mais amplo que o de
despesas financeiras, pois o cálculo dos encargos financeiros inclui, além da
soma das despesas financeiras, os custos de transação, prêmios, descontos e
ágios.

Gabarito  Correto.

6 CONTABILIZAÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE RECURSOS PARA O


CAPITAL PRÓPRIO

Já mencionamos que o dinheiro dos sócios fica no Patrimônio Líquido.

O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão


de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos
disponibilizados para a entidade, pois essas transações são efetuadas com
sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o
resultado da entidade.

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da


emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma
destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os
eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos
em conta de reserva de capital.

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Ou seja, as despesas com emissão de ações (os custos de transação) ficam em


conta redutora do Patrimônio Líquido, e não afetam o resultado do exercício.

6.1 EXEMPLO 1 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM GASTO NA EMISSÃO


DE AÇÕES

Uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de emissão (custos
de transação) de 500. A contabilização fica assim:

D – Caixa (Ativo) 9.500


D – Gastos com emissão (PL – retificadora do Capital Social) 500
C – Capital Social (PL) 10.000

Caixa (Ativo) Gastos emissão ações Capital social


9500 500 10000

No PL, aparece assim:

Patrimônio líquido

Capital Social 10.000


Gastos com emissão (500)

Mas a empresa também pode conseguir um prêmio na emissão das ações. Tal
prêmio (o ágio na emissão das ações) deve ser contabilizado como Reserva de
Capital.

6.2 EXEMPLO 2 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM PRÊMIO NA EMISSÃO


DE DEBÊNTURES

Uma empresa lançou ações no valor de $10.000 e conseguiu um prêmio de


$800.

D – Caixa (Ativo) 10.800


C – Reserva de prêmio na emissão de ações (PL) 800
C – Capital Social (PL) 10.000

Caixa (Ativo) Prêmio - Ações Capital social


10800 800 10000

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6.3 EXEMPLO 3 – CAPTAÇÃO DE RECURSO COM GASTO NA EMISSÃO


DE AÇÕES E PRÊMIO

Muito bem. Agora vamos complicar. E se a empresa tiver, ao mesmo tempo,


gastos na emissão (custos de transação) e prêmio?

Nesse caso, abatemos um com o outro (o prêmio com o custo de


transação) e só consideramos o que sobrar.

Se o gasto for maior, a sobra fica como retificadora do Capital Social. Se


o prêmio for maior, fica como reserva de capital.

Exemplo: uma empresa lançou ações no valor de 10.000, com gastos de


emissão de 500 e prêmio de 800.

Nesse caso, abatemos os gastos do prêmio e contabilizamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo) 10.300


C – Reserva de prêmio na emissão de ações (PL) 300
C – Capital Social (PL) 10.000

Caixa (Ativo) Prêmio - Ações Capital social


10300 300 10000

Se o valor dos gastos de emissão superar o prêmio, o excesso fica contabilizado


no PL, em conta retificadora do Capital Social.

Se a captação não for concluída, os custos de transação devem ser baixados


como perda no resultado do exercicio.

Custo das transações – CPC 08 (Dica Importante!)

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(CESPE/MJ/Contabilidade/2013) A emissão de ações por um preço superior


ao seu valor nominal provoca aumento simultâneo no valor do capital social e
das reservas de capital da companhia emissora.

Comentários:

O ágio ou o prêmio na emissão de ações é contabilizado assim:

D – Caixa (Ativo)
C – Reserva de prêmio - emissão de ações (PL)  Aumenta reservas de capital
C – Capital Social (PL)  Aumenta Capital Social

Gabarito  Certo.

7 CONTABILIZAÇÃO DA AQUISIÇÃO DE AÇÕES DE EMISSÃO


PRÓPRIA (AÇÕES EM TESOURARIA)

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria


empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria
e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios
e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.
A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

Este assunto aparece na Lei 6404/76:

Negociação com as Próprias Ações

Art. 30. A companhia não poderá negociar com as próprias ações.

§ 1º Nessa proibição não se compreendem:

a) as operações de resgate, reembolso ou amortização previstas em lei;


b) a aquisição, para permanência em tesouraria ou cancelamento, desde que
até o valor do saldo de lucros ou reservas, exceto a legal, e sem diminuição do
capital social, ou por doação;
c) a alienação das ações adquiridas nos termos da alínea b e mantidas em
tesouraria;

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d) a compra quando, resolvida a redução do capital mediante restituição, em


dinheiro, de parte do valor das ações, o preço destas em bolsa for inferior ou
igual à importância que deve ser restituída.

§ 2º A aquisição das próprias ações pela companhia aberta obedecerá, sob


pena de nulidade, às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários,
que poderá subordiná-la à prévia autorização em cada caso.

§ 3º A companhia não poderá receber em garantia as próprias ações, salvo


para assegurar a gestão dos seus administradores.

§ 4º As ações adquiridas nos termos da alínea b do § 1º, enquanto mantidas


em tesouraria, não terão direito a dividendo nem a voto.

§ 5º No caso da alínea d do § 1º, as ações adquiridas serão retiradas


definitivamente de circulação.

A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para evitar
negociação com informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode
negociar suas próprias ações de forma habitual. É permitida, entretanto, a
aquisição, para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital Social.
Para isso, a compra é suportada pelo saldo das reservas, exceto a
Reserva Legal.

Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do


capital mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o
preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser
restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto.

Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da


própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de
aquisição de tais ações.

Os custos de transação incorridos na alienação de ações em tesouraria devem


ser tratados como redução do lucro ou acréscimo do prejuízo dessa transação,
resultados esses contabilizados diretamente no patrimônio líquido, na
conta que houver sido utilizada como suporte à aquisição de tais ações, não
afetando o resultado da entidade.

Operações com ações em tesouraria


Custos de transação na aquisição Acréscimo do custo de aquisição
Custos de transação na alienação Redução do lucro ou acréscimo do prejuízo

A ESAF já cobrou:

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(ESAF/STN/2013) Os gastos com corretagem decorrentes da compra de


ações da própria empresa, para manutenção em tesouraria, devem ser
registrados como:

a) outras despesas operacionais, no resultado.


b) acréscimo do custo de aquisição das ações no Patrimônio Líquido.
c) despesa diferida no ativo, sendo apropriada no resultado quando da venda
das ações.
d) diminuição do valor do investimento no ativo não circulante.
e) redução do lucro ou prejuízo diretamente no Patrimônio Líquido.

Gabarito  B

7.1 AÇÕES EM TESOURARIA! PREVISÃO NA LEI 6.404/76:

Lei 6404/76

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como


dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição.

O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:

(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o


valor do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os
sócios resolvem aumentar o capital da empresa em dinheiro.

O item está correto. O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:

D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)


C – Caixa (- Ativo)

Pela alienação, lançamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo)
C – Ações em tesouraria (PL)

Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de
reserva de capital, pelo seguinte lançamento: (supondo que a empresa
vendeu ações em tesouraria que custaram $1000 por $2500).

D – Caixa (Ativo) 2.500


C – Ações em tesouraria (PL) 1.000
C – Reserva de capital-lucro na alienação de ações em tesouraria (PL) 1.500

A previsão para constituir reservas de capital com estes valores encontra


respaldo na seguinte legislação:

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Instrução CVM nº 10 de 14 de fevereiro de 1980.

Dispõe sobre a aquisição por companhias abertas de ações de sua própria


emissão, para cancelamento ou permanência em tesouraria, e respectiva
alienação.

Art. 18. O resultado líquido proveniente da alienação de ações em tesouraria


será apurado com base no custo médio ponderado na data da operação e será
contabilizado:

a) se positivo, como reserva de capital, a crédito de conta específica;


b) se negativo, a débito das contas de reservas ou lucros que registrarem a
origem dos recursos aplicados em sua aquisição.

A compra e a alienação de ações em tesouraria é transação com sócios.


E o lucro ou prejuízo (melhor dizer "ganho ou perda") em transações com
sócios fica no PL, não no Resultado.

- Se tiver ganho na venda das ações em tesouraria: fica no PL, numa reserva
de capital, semelhante à reserva de prêmio na emissão de ações.

- Se tiver perda, também fica no PL, e vai diminuir a reserva que serviu de
lastro para a aquisição das ações em tesouraria.

Operações com ações em tesouraria


Ganho com ações em tesouraria PL: Reserva de capital
Perda com ações em tesouraria PL: diminuindo a reserva

Exemplo de contabilização:

A empresa ABC comprou $10.000 de ações em tesouraria, suportadas por uma


reserva estatutária no valor de $50.000:

D – Ações em Tesouraria (Retificadora do PL) 10.000


C – Caixa (Ativo) 10.000

Ações em tesouraria Caixa


10000 10000

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No balanço, fica assim:

Patrimônio Líquido

Capital Social xxxxx,xx


Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 50.000
Ações em Tesouraria (10.000) 40.000

Digamos que a empresa venda tais ações por 7.000. A contabilização fica
assim:

D – Caixa (Ativo) 7.000


D – Reserva Estatutária (PL) 3.000
C – Ações em tesouraria (PL) 10.000

No Balanço, após a alienação:

Patrimônio Líquido

Capital Social xxxxx,xx


Reserva Legal xxx,xx
Reserva Estatutária 47.000

Muito bem. Vejamos agora uma questão que propicia uma boa revisão da
matéria:

(FGV/2014) Com o objetivo de retirar ações de circulação, uma companhia


adquire suas próprias ações.

Sobre esse fato, assinale a afirmativa correta.

A) As ações mantidas em tesouraria têm direito a voto, mas não a dividendos.


B) A operação de resgate de ações pode ser realizada com redução, ou não, do
capital social.
C) A operação de resgate de ações afeta o resultado da empresa.
D) A aquisição de ações pode ser vinculada, ou não, ao saldo das reservas
existentes.
E) O preço de aquisição das ações só poderá ser superior ao valor de mercado
se justificado pela empresa.

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Comentários:

Vamos analisar as alternativas:

A) Errado. As ações em tesouraria não têm direito a votos e nem a dividendos.

B) Certo. É permitida a compra quando, resolvida a redução do capital


mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o preço
destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser restituída.
Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

C) Errado. Como é transação com sócio, os ganhos ou perdas ficam no PL. Não
afeta o resultado.

D) Errado. A banca considerou que as aquisições devem ser vinculadas ao saldo


das reservas, para não afetar o Capital Social. Mas no caso de diminuição do
Capital (como vimos acima), não ocorre a vinculação da Reserva. Portanto, essa
questão tem uma falha nessa alternativa, que pode ser considerada correta.

E) Errado. Não existe justificativa para a empresa pagar mais que o valor de
mercado.

Gabarito  B

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8 CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

Trata-se de empréstimos, financiamentos, lançamentos de debêntures e


outros títulos de dívidas que não sejam com sócios.

O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis


no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos
custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro.

Vamos expor um exemplo que consta do anexo do Pronunciamento CPC.

Uma empresa efetua a captação de $ 1.000.000,00 para pagamento em 8


prestações anuais e consecutivas de $ 161.035,94. A taxa de juros contratada é
de 6,0% ao ano. A empresa incorreu em custos de transações no montante de
$ 108.695,18.

Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 891.304,82


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 108.695,18
C – Empréstimos e financiamentos (Passivo) $ 1.000.000,00

Caixa Gastos emissão ações Empréstimos


891.394,82 108.695,18 1.000.000,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:

Passivo

Empréstimos e Financiamentos: $ 891.304,82

Ou, analiticamente:

Passivo

Empréstimos e financiamentos $ 1.000.000,00


(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 108.695,18

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Os custos a amortizar são transferidos para o resultado por


competência, usando o método do custo amortizado. Veja item 12 do
pronunciamento do CPC 08, abaixo.

12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a


terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do
prazo, com base no método do custo amortizado usando o método dos
juros efetivos. Esse método considera a taxa interna de retorno (tir) da
operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a vigência da
operação. A utilização do custo amortizado faz com que os encargos
financeiros reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não
somente a taxa de juros contratual do instrumento, ou seja, incluem-se
neles os juros e os custos de transação da captação, bem como prêmios
recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária e outros. Assim, a
taxa interna de retorno considera todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido
recebido pela concretização da transação até os pagamentos todos feitos ou a
serem efetuados até a liquidação da transação.

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros que iguala as entradas e


saídas de um determinado fluxo de caixa. Ou seja, é a taxa que torna o valor
presente do fluxo de caixa igual a zero.

Vamos dar continuidade ao exemplo do item 11, para explicar esse ponto. A
empresa captou 1.000.000,00, com taxa de juros nominal de 6,0 anuais, 8
pagamentos anuais e consecutivos de $ 161.035,94 e custos de transação de
$108.695,18.

Os juros nominais são de 6% ao ano. Se não existissem os custos de transação


(ou seja, se a empresa captasse exatamente $1.000.000), essa seria a taxa
interna de retorno, conforme tabela abaixo:

Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final


Ano Saldo Inicial (a)
(b) = (a) x 6% (c) (a) + (b) – (c)
1 1000 60 -161 899

2 899 54 -161 792

3 792 48 -161 678

4 678 41 -161 558

5 558 33 -161 431

6 431 26 -161 295

7 295 18 -161 152

8 152 9 -161 0

TOTAL 288

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A coluna “efeito na DRE” representa os juros (1000 x 6% = 60). O saldo final


é o saldo inicial + juros – pagamento.

Repare que o saldo final, no ano 8, é zero. E o efeito na Demonstração de


Resultado (DRE) é de 288.

Ocorre que há custos de transação. Assim, o valor recebido pela empresa não
foi 1000. Foi de 891 (1000 – 109 de custos de transação). Assim, a TIR vai ser
alterada, como veremos a seguir.

O fluxo de caixa é o seguinte:

Ano Fluxo líquido Caixa

0 891
1 -161
2 -161
3 -161
4 -161
5 -161
6 -161
7 -161
8 -161

A Taxa Interna de Retorno (TRI) do fluxo acima é de 9% ao ano (calculamos


usando o Excel). Assim, embora a taxa nominal seja de 6% a.a., a taxa que
será usada para apropriar os encargos financeiros ao resultado será TIR de 9%.

A planilha de controle fica assim:

Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final


Ano Saldo Inicial (a)
(b) = (a) x 9% (c) (a) + (b) – (c)

1 891 80 -161 810


2 810 73 -161 722
3 722 65 -161 626
4 626 56 -161 521
5 521 47 -161 407
6 407 37 -161 283
7 283 25 -161 148
8 148 13 -161 0
TOTAL 397

O “Efeito na DRE” aumentou para 397, que é o valor dos juros nominais de 288
mais os custos de transação de 109.

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Muito bem. Os valores que serão apropriados como despesas na DRE somam o
total de 397. Para controlar e contabilizar corretamente, precisamos separar os
juros dos custos de transações, para todos os anos.

O valor total pode ser separado facilmente, pois sabemos que os custos de
transações são de $ 109. Mas para separar mês a mês, precisamos calcular os
juros, conforme abaixo:

Ano Saldo Inicial Juros 6% Pagamentos Saldo Final


1 1000 60 -161 899
2 899 54 -161 792
3 792 48 -161 678
4 678 41 -161 558
5 558 33 -161 431
6 431 26 -161 295
7 295 18 -161 152
8 152 9 -161 0
TOTAL 288

Partimos do valor nominal da captação e calculamos os juros nominais de 6%.


Assim, temos o valor mensal dos juros. O valor mensal dos custos de transação
sai por diferença:

Efeito na DRE Juros 6% Custos de transações


Ano (a) (b) (c) = (b) – (a)
1 80 60 20
2 73 54 19
3 65 48 17
4 56 41 16
5 47 33 13
6 37 26 11
7 25 18 8
8 13 9 4
TOTAL 397 288 108

No Pronunciamento, a tabela aparece dessa forma, em milhares, e a


contabilização aparece com o valor completo.

Contabilização no final do período 1:

Apropriação dos encargos financeiros:

D– Encargos Financeiros (DRE) $ 80.217,43


Despesas financeira juros $ 60.000,00
Amortização de custos $ 20.217,43

C– Empréstimos e financiamentos $ 60.000,00


C– Custos a amortizar $ 20.217,43

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Fim do período 1 – Parcela de pagamento do empréstimo:

D– Empréstimos e financiamentos $ 161.035,94


Pagamento de juros ($ 60.000,00)
Amortização do principal ($ 101.035,94)

C– Caixa $ 161.035,94

Apresentação no Balanço, no Passivo, fim do período 1:

Empréstimos e financiamentos $
810.486,31

Ou, analiticamente
1
Empréstimos e financiamentos $ 898.964,06 (1)
(-) Custos a amortizar ($ 88.477,75 (2))
--------------------
$ 810.486,31 (3)

Destacamos os valores (1) e (3) nas planilhas, acima, em negrito.

E o valor de 88.477,75 é calculado da seguinte forma:

Custo de transação: $108.695,18.


(-) custo amortizado ($ 20.217,43)

(=) Custo a amortizar $ 88.477,75

OBS 1: Não se preocupem com os cálculos da planilha de controle. A questão


deverá fornecê-la ou pedir algo fácil de calcular, como os juros do primeiro ou
do segundo ano. Simplesmente não dá tempo para calcular a tabela de controle
inteira, na mão.

O importante é entender a forma de cálculo.

Para calcular o valor dos encargos (juros, despesas financeiras) do primeiro


período, localize o valor inicial (considerando os custos de transação) e
multiplique pela taxa efetiva. No nosso exemplo, seria: $890 x 9% = $80.

E agora uma questão:

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(FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada realizou a


emissão de debêntures para captação de recursos no valor de R$
10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes características:

 Prazo total: 5 anos


 Taxa de juros: 10% ao ano
 Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em
5 150.000,00.
custos de transação no valor total de R$

No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um


aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior
ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de custo
efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,

A) 2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.

Comentário:

Vamos calcular o valor inicial recebido, e aplicar a taxa de juros efetiva.

“Mas é só isso?”

Sim, isso mesmo. Se cair na prova, resolva em um minuto. Assim:

$9.500.000,00 - $150.000,00 = $ 9.350.000,00


$9.350.000,00 x 12,6855% = $1.186.094,25

Gabarito  E

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9 CUSTOS DE TRANSAÇÃO E PRÊMIOS NA EMISSÃO DE


DEBÊNTURES

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da


contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos
de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários)
devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente
reconhecido do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do
valor líquido recebido. E devem ser apropriados por competência, pelo tempo
da operação.

Já os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor


justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento financeiro,
apropriando-se ao resultado também em função do prazo.

9
A contabilização dos prêmios na emissão de debêntures foi alterada. Antes, ia
direto para o PL, como Reserva de Capital. Supondo emissão de debêntures no
valor de 1.000, alienadas com prêmio de 100:

D – Caixa 1.100
C – Debêntures a pagar (Passivo) 1.000
C – Prêmio na emissão de Debêntures (Reserva de Capital-PL) 100

Essa era a contabilização anterior, que foi modificada.

Atualmente, os prêmios na emissão de debêntures são contabilizados no


Passivo, como Receita Diferida ou Receitas a Apropriar. Depois, transitam pelo
Resultado do Exercício, apropriados por competência durante o prazo da
operação. Finalmente, para que não tenham efeito fiscal (pagamento de IR), a
empresa poderá constituir Reserva Específica de Prêmio de debêntures. Essa é
uma Reserva de Lucro, pois os valores passaram pelo resultado do exercício.

Agora, a contabilização fica assim:

Pela captação dos recursos (venda das debêntures):

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D – Caixa 1.100
C - Debêntures a pagar (Passivo) 1.000
C – Prêmio a amortizar ou Receita Diferida (Passivo) 100

Pela apropriação do Prêmio ao resultado (supondo que seja apropriado o valor


de 15)

D - Prêmio a amortizar (Passivo) 15


C – Receita de Prêmio de Debêntures (Resultado) 15

O Resultado do Exercício é transferido para Lucros Acumulados. E, finalmente, a


Reserva Específica é constituída:

D – Lucros Acumulados 15
C – Reserva Específica – prêmio de debêntures
2 15

(FCC/2012) A partir de 1o de janeiro de 2008, de acordo com as novas


normas brasileiras de contabilidade, o prêmio recebido na emissão de
debêntures passou a ser contabilizado, na data do fato contábil, como

a) receita diferida a apropriar.


b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.
e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.

Gabarito  A.

10 ENCARGOS FINANCEIROS PARA ATIVOS QUALIFICÁVEIS

Muito bem. Vejamos agora o tratamento dos encargos financeiros para os


Ativos Qualificáveis:

15. No caso de capitalização de encargos financeiros durante o período de


formação ou construção de ativos qualificáveis, os mesmos procedimentos
devem ser utilizados para definição dos valores a serem ativados. O valor a ser
capitalizado corresponde aos encargos financeiros totais e não apenas às
despesas financeiras.

“Ativos qualificado” ou “qualificáveis” são aqueles que levam


necessariamente tempo substancial para ficar pronto para o uso ou
venda. Podem ser integrantes do imobilizado ou estoques. No caso de

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empréstimos para a construção dos ativos qualificados, a definição dos valores


dos juros apropriados são os mesmos descritos acima. A grande diferença é
que os encargos financeiros incorridos durante o período de formação ou de
construção do ativo qualificado são somados ao valor do ativo.

Exemplo: Vamos supor que determinada empresa estime gastar 100.000 reais
para construir um ativo qualificado. A empresa pega um empréstimo para
financiar o ativo qualificado. Ao final de um ano, o ativo foi construído ao custo
de 105.000, e a empresa incorreu em encargos financeiros no valor de 7.000.

O ativo será registrado por 112.000 reais (105.000 da construção + 7.000 dos
encargos financeiros).

11 CONTABILIZAÇÃO TEMPORÁRIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO

Os custos de transação, enquanto não5 captados os recursos a que se referem,


devem ser apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo
como pagamento antecipado. O saldo dessa conta transitória deve ser
reclassificado para a conta específica, conforme a natureza da operação, tão
logo seja concluído o processo de captação, ou baixado como despesa se a
operação não se concretizar.

Ou seja: a empresa resolve captar dinheiro através de debêntures ou resolve


emitir ações, e começa a gastar para viabilizar tal captação. Gastos com
auditores, consultores, advogados, folhetos, estudos de viabilidade, etc.

Esses gastos ficam no ativo, como “pagamento antecipado”.

Quando a operação se concretizar, os gastos vão para o PL (se for o caso de


ações, ou seja, “dinheiro dos sócios”) ou para o Passivo (como “Encargos
financeiros a apropriar”).

E se a captação fracassar? Nesse caso, vão para o Resultado, como perdas


(despesas) no período em que se frustrar a captação.

Vejamos agora um último ponto. Se a empresa capta recursos de terceiros e


tem gastos, a contabilização inicial fica assim (vamos supor que a empresa
lançou debêntures no valor de 20.000, com custos de transação de 1000):

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D – Caixa (Ativo) 19.000


D – Custos de transação a apropriar (ret. Passivo) 1.000
C – Debêntures a pagar (Passivo) 20.000

Se a empresa lançar debêntures com prêmio, temos: (supondo lançamento de


Debêntures no valor de 20.000 e prêmio no valor de 2.000):

D – Caixa (Ativo) 22.000


C - Debêntures a pagar (Passivo) 20.000
C – Prêmio a amortizar (Passivo) 2.000

E se a empresa tiver, ao mesmo tempo, custos de transação e prêmio na


emissão de debêntures? Podemos jogar uma contra a outra, abater e só
aparecer a maior?

Prezados, não podemos. No caso de debêntures, o prêmio deve ser


contabilizado separadamente dos custos de transação. Afinal, o prêmio das
debêntures pode ser base para constituição da Reserva específica de prêmio de
debêntures, para evitar a tributação do IR.

Assim, se uma empresa lança debêntures com valor de 20.000, com gastos de
500 e prêmio de 2000, a contabilização inicial fica assim:

D – Caixa (Ativo) 21.500


D – Custos de transação a apropriar (ret. Passivo) 500
C - Debêntures a pagar (Passivo) 20.000
C – Prêmio a amortizar (Passivo) 2.000

Então ficamos assim:

Emissão de ações (dinheiro dos sócios) com custos de transação e prêmio:


abata um do outro e só considere o excesso (o que sobra do maior deles).

Emissão de debêntures (dinheiro de terceiros) com custos de transação e


prêmio: contabilize separadamente.

Uma questão sobre o assunto:

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(FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta,


sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via
debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de
transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das
debêntures de R$ 200 mil.

Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.


(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Comentários:

A contabilização vai ficar, pois, assim:

D – Caixa (ativo) 2.300.000,00


D – Custo da transação a apropriar (retificadora passivo) 100.000,00
C – Debêntures a resgatar (passivo) 2.200.000,00
C – Prêmio na emissão de debêntures (passivo) 200.000,00

Os custos de transação e o prêmio devem ser apropriados ao resultado pró rata


temporis, por competência.

Analisemos agora as assertivas:

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.

Errado. O ativo reconhecido foi de R$ 2,3 milhões.

(B) despesa financeira de R$ 100 mil.

Errado. A despesa financeira vai ser reconhecida conforme o regime de


competência, em contrapartida ao custo de transação.

(C) passivo de R$ 2,3 milhões.

Correto. Este é o saldo do passivo a ser reconhecido.

(D) receita financeira de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio é reconhecido no passivo, sendo apropriado ao resultado pelo


regime de competência.

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(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de


capital.

Gabarito  C.

12 DIVULGAÇÃO

A entidade deve divulgar as seguintes informações para cada natureza de


captação de recursos (títulos patrimoniais ou de dívida):

(a) a identificação de cada processo de captação de recursos agrupando-os


conforme sua natureza;
(b) o montante dos custos de transação incorridos em cada processo de
captação;
(c) o montante de quaisquer prêmios obtidos no processo de captação de
recursos por intermédio da emissão de títulos de dívida ou de valores
mobiliários;
(d) a taxa de juros efetiva (tir) de cada operação; e
(e) o montante dos custos de transação e prêmios (se for o caso) a serem
apropriados ao resultado em cada período subsequente

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13 RESUMO GERAL

1 - Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente


atribuíveis às atividades necessárias para captação de recursos de terceiros ou
recursos próprios. São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam
ou teriam sido evitados se essas transações não ocorressem.

2 – O registro inicial dos recursos captados dos sócios (através da emissão de


títulos patrimoniais, ou seja, ações da empresa) deve ser o valor líquido
disponibilizado. As transações com sócios não devem afetar o Resultado do
Exercício. Assim, podemos dizer que “dinheiro dos sócios fica no Patrimônio
Líquido”.

3 - As despesas com emissão de ações (os custos de transação) ficam em conta


redutora do Patrimônio Líquido, e não afetam o resultado do exercício.

4 - A empresa também pode conseguir um prêmio na emissão das ações. Tal


prêmio (o ágio na emissão das ações) deve ser contabilizado como Reserva de
Capital.

5 – Se houver, ao mesmo tempo, gastos na emissão das ações (custos de


transação) e prêmio, abatemos um com o outro (o prêmio com o custo de
transação) e só consideramos o que sobrar.

6 - A aquisição de ações de emissão própria (“ações em tesouraria”) e sua


alienação são também transações de capital da entidade com seus sócios e
igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

7 - O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros,


classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo
líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do
passivo financeiro

8 - Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a


terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do
prazo.

9 - Emissão de ações (dinheiro dos sócios) com custos de transação e


prêmio: abata um do outro e só considere o excesso (o que sobra do maior
deles).

10 - Emissão de debêntures (dinheiro de terceiros) com custos de transação


e prêmio: contabilize separadamente.

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14 MAPA MENTAL DESTA AULA (*ELABORADO PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)

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15 QUESTÕES COMENTADAS

1. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2013, uma empresa


obteve um empréstimo no valor de R$ 200.000,00 que será liquidado
integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros compostos
contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de
preços que variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de
31/12/2013. Considere que os meses são de 30 dias corridos.

O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste


empréstimo foi, em reais:

a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00
e) 280.160,00

Comentários:

Questão de matemática financeira:

1,03 x Valor
1,01 x Valor anterior anterior
Principal Outubro Novembro Dezembro Correção
R$ R$ R$ R$ R$
200.000,00 202.000,00 204.020,00 206.060,20 212.242,01

Gabarito  B.

2. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada


realizou a emissão de debêntures para captação de recursos no valor de R$
10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes características:

 Prazo total: 5 anos


 Taxa de juros: 10% ao ano
 Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81

Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em


custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.

No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um


aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior
ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de custo
efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,

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B) 2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.

Comentário:

Vamos calcular o valor inicial recebido, e aplicar a taxa de juros efetiva.

“Mas é só isso?”

Sim, isso mesmo. Se cair na prova, resolva em um minuto. Assim:

$9.500.000,00 - $150.000,00 = $ 9.350.000,00


$9.350.000,00 x 12,6855% = $1.186.094,25 letra e.

O valor total a pagar é 5 x $2.637.974,81 = $ 13.189.874,05

A contabilização inicial é a seguinte:

D – Caixa (Ativo) 9.350.000,00


D – Encargos financeiros a apropriar (ret. Passivo) 3.839.874,05
C – Debêntures a pagar (Passivo) 13.189.874,05

A planilha completa fica assim (arredondando centavos):

Ano Valor inicial Juros 12,6855% Subtotal Pagamento Saldo final


1 9.350.000 1.186.094 10.536.094 - 2.637.975 7.898.119
2 7.898.119 1.001.916 8.900.035 - 2.637.975 6.262.061
3 6.262.061 794.374 7.056.434 - 2.637.975 4.418.459
4 4.418.459 560.504 4.978.963 - 2.637.975 2.340.988
5 2.340.988 296.966 2.637.954 - 2.637.975 - 20
TOTAL 3.839.853,63 - 13.189.874,05

Localize, na contabilização inicial, o valor dos juros (encargos financeiros a


apropriar) e o valor das debêntures a pagar.

Gabarito  E

3. (FCC/Analista/CNMP/2015) No dia 01/12/2014 uma empresa obteve


um empréstimo bancário no valor total de R$ 2.000.000,00 que será liquidado
da seguinte forma:

− Principal: pagamento integral em 01/12/2017

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− Juros: pagamentos trimestrais, com a primeira parcela vencendo em


01/03/2015

As demais características do empréstimo são as seguintes:

− Taxa de juros contratada: 1,3% ao mês


− Valor dos juros trimestrais: R$ 79.018,39
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (custos de transação): R$ 150.000,00
− A taxa de custo efetivo da operação: 1,57% ao mês

Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de


2014 e do saldo apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2014 para o
empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,

a) 29.045,00 e 1.879.045,00.
b) 31.400,00 e 2.031.400,00.
c) 26.339,46 e 2.026.339,46.
d) 33.755,00 e 2.183.755,00.
e) 24.050,00 e 1.874.050,00.

Comentários:

Lançamento inicial:

D – Disponibilidade (ativo) 1.850.000,00


D – Custos da transação a amortizar 150.000,00
C – Empréstimos a pagar (passivo) 2.000.000,00

Agora, como o custo efetivo foi de 1,57%, no primeiro mês teremos:

Custo da Custo da
Capital Juros Juros
transação transação
R$ R$ R$
1,30% 0,27%
1.850.000,00 24.050,00 4.995,00

Portanto, os lançamentos são:


D – Encargos financeiros (despesa) 29.045 (24.050 + 4.995)
C – Empréstimos e financiamentos 24.050
C – Custos a amortizar 4.995

O balanço ficará assim:

Empréstimos a pagar (passivo) 2.024.050,00


(-) Custos a amortizar (retificadora passivo) (145.005)
Saldo contábil 1.879045,00

Gabarito  A.

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4. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Uma empresa fez a emissão de


10.000.000 de debêntures pelo valor nominal unitário de R$ 3,00 para
obtenção de um total de recursos no valor de R$30.000.000,00. As
características dos títulos emitidos foram as seguintes:

− Data da emissão: 31/12/2012


− Prazo total: 10 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 666.672,90

Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma
queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$ 32.000.000,00
e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.

O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo


apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2013 para as debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,

A) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.
B) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.
C) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
D) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
E) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.

Comentário:

Repare que não há valor para as despesas repetido. Portanto, podemos calcular
as despesas apropriadas em 2013 e indicar a resposta. Assim:

Valor líquido recebido x taxa de juros efetiva (9%)

$32.000.000,00 - $ 666.672,90 = $31.333.327,10

Despesa 2013 = $31.333.327,10 x 9% = $2.819.999,44

Já podemos apontar a resposta: letra E.

Mas vamos calcular também o saldo do balanço em 31/12/2013:

Valor líquido recebido $31.333.327,10


(+) Juros (9%) $2.819.999,44
(-) Pagamento anual ($4.882.361,85)
Saldo em 31.12.2013 $29.270.964,69

A planilha completa fica assim:

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Ano Inicial Juros subtotal pagamento Final


1 31.333.327 2.819.999 34.153.327 - 4.882.362 29.270.965
2 29.270.965 2.634.387 31.905.352 - 4.882.362 27.022.990
3 27.022.990 2.432.069 29.455.059 - 4.882.362 24.572.697
4 24.572.697 2.211.543 26.784.240 - 4.882.362 21.901.878
5 21.901.878 1.971.169 23.873.047 - 4.882.362 18.990.685
6 18.990.685 1.709.162 20.699.847 - 4.882.362 15.817.485
7 15.817.485 1.423.574 17.241.058 - 4.882.362 12.358.696
8 12.358.696 1.112.283 13.470.979 - 4.882.362 8.588.617
9 8.588.617 772.976 9.361.593 - 4.882.362 4.479.231
10 4.479.231 403.131 4.882.362 - 4.882.362 - 0
TOTAL 17.490.291 - 48.823.619

Contabilização inicial:

D – Caixa (Ativo) 31.333.327


D – Encargos a apropriar (retificadora do Passivo) 17.490.291
C – Debêntures a pagar (Passivo) 48.823.619

Gabarito  E

5. (FCC/MANAUSPREV/Contabilidade/2015) A Cia. Alfa obteve, em


01/12/2014, um empréstimo bancário para financiar seu capital de giro. O valor
do empréstimo obtido foi R$ 3.000.000,00, para pagamento integral (principal
e juros) em 01/02/2015, e a taxa de juros compostos contratada foi 10% ao
mês. Os custos de transação pagos, em 01/12/2014, para a obtenção deste
empréstimo foram R$ 100.000,00. Em 01/12/2014, ao reconhecer este
empréstimo, a Cia. Alfa aumentou o

A) ativo total em R$ 3.000.000,00.


B) passivo total em R$ 2.900.000,00.

C) passivo total em R$ 3.630.000,00 e reduziu o resultado do período em R$


630.000,00.
D) passivo total em R$ 3.000.000,00 e reduziu o resultado do período em R$
100.000,00.
E) ativo total em R$ 2.900.000,00 e reduziu o resultado do período em R$
100.000,00.

Comentário:

Vamos lá: o valor líquido recebido foi de $3.000.000,00 menos os custos de


transação de $100.000,00.
Portanto:

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D – Caixa (Ativo) 2.900.000


D – Custos de transação a apropriar (Ret. do Passivo) 100.000
C - Empréstimo a pagar (Passivo) 3.000.000

A contabilização inicial não envolve as contas de resultado, portanto podemos


descartar as letra C, D e E.

Sobram:

A) ativo total em R$ 3.000.000,00.


Errado, o ativo total aumentou 2.900.000

B) passivo total em R$ 2.900.000,00.


Correto. Somando as contas Empréstimo a pagar e a conta retificadora do
passivo “Custos de transação a apropriar”, chegamos ao aumento de
2.900.000.

Observação: “Custos de transação a apropriar” também pode ser chamada de


“Encargos financeiros a apropriar”.

Gabarito  B

6. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Determinada empresa obteve, em


01/12/2014, um empréstimo para financiar seu capital de giro. O valor do
empréstimo obtido foi de R$ 8.000.000,00 para pagamento integral (principal e
juros) em 01/12/2015 e a taxa de juros compostos contratada foi 12% ao ano.
Os custos de transação incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo
foram R$ 160.000,00. Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo
custo amortizado, o valor reconhecido no Balanço Patrimonial, em 01/12/2014,
foi, em reais,

a) 8.000.000,00 no ativo.
b) 8.000.000,00 no passivo.
c) 8.160.000,00 no ativo.
d) 8.000.000,00 no passivo e 160.000,00 no resultado do período.
e) 7.840.000,00, no passivo.

Comentários:

Como dissemos na aula, o valor dos recursos capitados por meio de


empréstimo é feito do seguinte modo:
Atualmente, os custos de transação devem ser apropriados pelo tempo
do empréstimo.

Dessa forma, ao invés de contabilizar 800 no resultado, vamos contabilizar 400


no primeiro mês e 400 no segundo mês.

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Assim:

D – Caixa (ativo) 9200


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 800
C – Empréstimo a pagar 10.000

Depois de um mês, a empresa contabiliza metade dos custos para o resultado:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

No segundo mês, a empresa contabiliza o restante:

D – Despesa financeira (resultado) 400


C - Custos a amortizar (redutora do passivo) 400

Portanto, os custos de transação vão para o resultado de forma proporcional ao


tempo do empréstimo, e não de imediato, como era antigamente.

Além dos custos, a empresa também deve contabilizar os juros mensais (no
nosso exemplo, de 1.000 por mês, ou seja, 10% do principal).

Na nossa questão, será o seguinte:

D – Disponibilidades (ativo) 7.840.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) 160.000,00
C – Empréstimos a pagar (passivo) 8.000.000,00

Gabarito  E.

7. (FCC/Analista Júnior/Metrô/SP/2014) Em 31/12/2011 uma empresa


obteve um empréstimo no valor de R$ 20.000.000,00 com as seguintes
características:

- Prazo total: 10 anos.


- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.
- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.

Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no


valor total de R$ 850.000,00.
A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos
financeiros reconhecido no resultado de 2012 e o saldo líquido apresentado no
balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,

a) 1.800.000,00 e 18.683.598,20.
b) 2.000.000,00 e 18.883.598,20.

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c) 1.915.000,00 e 17.948.598,20.
d) 1.800.000,00 e 17.833.598,20.
e) 1.915.000,00 e 18.798.598,20.

Comentários

O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis


no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos
custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro.

Em 31/12/2011 uma empresa obteve um empréstimo no valor de R$


20.000.000,00 com as seguintes características:

- Prazo total: 10 anos.


- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.
- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.

Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no


valor total de R$ 850.000,00.

A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos
financeiros reconhecido no resultado de 2012 e o saldo líquido apresentado no
balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,

Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 19.150.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 850.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 20.000.000,00

Apresentação no Balanço, no Passivo, momento 0:

Empréstimos e financiamentos $ 20.000.000,00


(-) Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 850.000,00

Os Custos a Amortizar são transferidos para o Resultado por competência,


usando o Método do Custo Amortizado. Veja item 12 do pronunciamento CPC
08, abaixo.
12. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a
terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do
prazo, com base no método do custo amortizado usando o método dos
juros efetivos. Esse método considera a taxa interna de retorno (tir) da
operação para a apropriação dos encargos financeiros durante a vigência da
operação. A utilização do custo amortizado faz com que os encargos
financeiros reflitam o efetivo custo do instrumento financeiro e não
somente a taxa de juros contratual do instrumento, ou seja, incluem-se

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neles os juros e os custos de transação da captação, bem como prêmios


recebidos, ágios, deságios, descontos, atualização monetária e outros. Assim, a
taxa interna de retorno considera todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido
recebido pela concretização da transação até os pagamentos todos feitos ou a
serem efetuados até a liquidação da transação.

Vamos dar continuidade ao exemplo, para explicar esse ponto.

A taxa de juros efetiva foi de 10% ao ano. Com efeito, no primeiro ano o valor
dos encargos financeiros (incluindo os custos de transação) serão:
19.150.000,00 x 10% = 1.915.000,00.

Já o saldo líquido apresentado no balanço será de:

Ano Saldo Inicial Efeito na DRE Pagamentos Saldo Final


1 19.150.000 1.915.000 -3.116.401,80 17.948.598,20

Gabarito  C.

8. (FCC/Analista Contábil/SABESP/2014) A Cia. Bem Gelada S.A.


obteve, em 01/11/2013, um empréstimo para financiar seu capital de giro. O
valor do empréstimo obtido foi de R$ 5.000.000, para pagamento integral
(principal e juros) em 31/10/2014 e taxa de juros compostos de 7% ao ano. Os
custos incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 125.000.
Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado, ao
reconhecer este empréstimo obtido, em 01/11/2013, a Cia. Bem Gelada S.A.
aumentou o

a) passivo total em R$ 4.875.000.


b) ativo total em R$ 5.000.000.
c) passivo total em R$ 5.000.000.
d) passivo total em R$ 5.350.000 e reduziu o resultado do período em R$
475.000.
e) ativo total em R$ 4.875.000 e reduziu o resultado do período em R$
125.000.

Comentários
Contabilização no momento 0 (captação):

D – Caixa (pela captação líquida) $ 4.875.000,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 125.000,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 5.000.000,00

Gabarito  A.

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9. (FCC/SABESP/Contabilidade/2014) Uma empresa obteve recursos


por meio da emissão de debêntures no valor de R$ 40.000.000. As debêntures
apresentaram as seguintes características:

− Data da emissão: 31/12/2011.


− Taxa de juros contratada: 12% ao ano.
− Prazo total de resgate: 8 anos.
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.

Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de


serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa
de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,

A) 4.800.000.
B) 5.040.000.
C) 4.704.000.
D) 8.052.114.
E) 4.939.200.

Comentário:

(1) Calcule o valor inicial que a empresa recebeu:

$40.000.000,00 – custos transação $800.000,00 = $39.200.000,00

e (2) multiplique pela taxa efetiva de 12,6%:

$39.200.000,00 x 12,6% = $4.939.200,00.

Gabarito  E

10. (FCC/Analista/Contabilidade/DPE/RS/2013) Considere as seguintes


assertivas:

I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não efetivada


devem ser reconhecidos como despesa no resultado do período em que se
frustrar essa captação.
II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da
própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de
tais ações.
III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da
contratação de instrumento de dívida devem ser contabilizados como redução
do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I
b) II
c) III
d) I, II e III.
e) II e III.

Comentários

Comentemos item a item...


I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não
efetivada devem ser reconhecidos como despesa no resultado do
período em que se frustrar essa captação.

Segundo o CPC 08: 17. Os custos de transação de captação não efetivada


devem ser reconhecidos como despesa no resultado do período em que se
frustrar essa captação.

Item correto.

II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão


da própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de
aquisição de tais ações.

Segundo o CPC 08:

8. A aquisição de ações de emissão própria e sua alienação são também


transações de capital da entidade com seus sócios e igualmente não devem
afetar o resultado da entidade.

9. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da


própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de
aquisição de tais ações.

Item correto.

III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio


da contratação de instrumento de dívida devem ser contabilizados
como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento
financeiro emitido.

Conforme o CPC 08;

Contabilização da captação de recursos de terceiros

11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros,


classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido

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dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo


financeiro.

(...)

13. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da


contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos
de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários)
devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido
do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido.

Portanto, os custos de transação devem ser contabilizados como redução do


valor justo inicialmente reconhecido.

Gabarito  D.

11. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta,


sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via
debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de
transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das
debêntures de R$ 200 mil.

Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.


(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.
Comentários

A contabilização dos prêmios na emissão de debêntures foi alterada. Antes das


alterações contábeis, ia direto para o PL, como Reserva de Capital.

Hodiernamente, os prêmios na emissão de debêntures transitam pelo Resultado


do Exercício. Depois, para que não tenham efeito fiscal (pagamento de IR), a
empresa poderá constituir Reserva Específica de Prêmio de debêntures. Essa é
uma Reserva de Lucro, pois os valores passaram pelo resultado do exercício.

O lançamento pela emissão de debêntures, com ágio, se dá do seguinte modo


(desconsiderando quaisquer outras informações).

D – Caixa (Ativo)
C - Debêntures a pagar (Passivo)
C – Prêmio a amortizar (Passivo)

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Pela apropriação do Prêmio ao resultado.

D - Prêmio a amortizar (Passivo)


C – Receita de Prêmio de Debêntures (Resultado)

Portanto, parte da questão será resolvida com os lançamentos acima. Já os


custos das transações, dispõe o CPC 08.

CONTABILIZAÇÃO DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS


11. O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros,
classificáveis no passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido
dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo
financeiro.

A contabilização dos custos desta transação pode ser feito pelo intermédio do
seguinte lançamento:

D – Custos de transação a amortizar (redutora do passivo)


C – Caixa (ativo)

Portanto, na nossa questão, ficamos assim:

Valor recebido pelas debêntures: 2.200.000,00 + 200.000,00.


Valor dos custos na emissão dessas debêntures: 100.000,00.
Valor líquido que entrou em caixa: 2.300.000,00 [2.400.000,00 – 100.000,00].
A contabilização vai ficar, pois, assim:

D – Caixa (ativo) 2.300.000,00


D – Custo da transação a apropriar (retificadora passivo) 100.000,00
C – Debêntures a resgatar (passivo) 2.200.000,00
C – Prêmio na emissão de debêntures (passivo) 200.000,00

Os custos de transação e o prêmio devem ser apropriados ao resultado pró rata


temporis, por competência.
Analisemos agora as assertivas:

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.

Errado. O ativo reconhecido foi de R$ 2,3 milhões.

(B) despesa financeira de R$ 100 mil.

Errado. A despesa financeira vai ser reconhecida conforme o regime de


competência, em contrapartida ao custo de transação.

(C) passivo de R$ 2,3 milhões.

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Correto. Este é o saldo do passivo a ser reconhecido.

(D) receita financeira de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio é reconhecido no passivo, sendo apropriado ao resultado pelo


regime de competência.

(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

Errado. O prêmio recebido na emissão de debêntures deixou de ser reserva de


capital.

Gabarito  C.

12. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A Cia. Financia


Tudo S.A foi constituída, em 30/06/X10, mediante integralização de 100% de
seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em dinheiro.

Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:

Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em
31/07/X10, era, em reais,

(A) 137.000.
(B) 137.892.
(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

Comentários

Fornecedores 27.000,00
Adiantamento de clientes 15.000,00
Arrendamento mercantil a pagar 90.000,00
(-) Encargos financeiros a transcorrer (15.000,00)
Debêntures a resgatar (2.981,00 x 10) 29.810,00
(-) Ajuste a valor presente sobre a emissão de debêntures (9.810,00)
(-) Custos da transação a amortizar (600,00)
Prêmio na emissão de debêntures 892,00

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Total do passivo 137.292,00

Gabarito  C.

13. (FCC/APOFP/2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a


R$ 10,00 cada, com taxa de juros compostos de 6% ao ano, com prazo de 5
anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de transação incorridos e
pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no valor
de R$ 278,00. Na data de emissão das debêntures, a empresa:

(A) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.


(B) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
(C) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
(D) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
(E) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.

Comentários

A contabilização, na data de emissão das debêntures, é a seguinte:

Valor nominal: 1000 x 10,00 = R$ 10.000,00


Pagamentos: 5 x R$ 2.374,00 = R$ 11.870,00
Valor recebido: R$ 10.000,00 + R$ 278,00 – R$ 100,00 = R$ 10.178,00

Contabilização:

D – Caixa (Ativo Circulante) 10.178,00


D – Juros a Transcorrer (Retificadora do Passivo) 1.870,00
C – Prêmio a amortizar (Menos despesas incorridas – Passivo)178,00
C – Debêntures a pagar (Passivo) 11.870,00

Contabilização no Passivo: 11870,00 + 178,00 – 1870,00 = R$ 10.178,00.

Observação: O correto seria diferenciar entre o Passivo Circulante e o Passivo


Não Circulante. Mas, como a questão pedia a contabilização no “Passivo”,
entende-se que é o Passivo Total. Assim, não há necessidade de separar
conforme o prazo de vencimento.

Gabarito  E.

14. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO


CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) do CFC
– 2009) De acordo com a Resolução n.º 1.142/08, que aprovou a norma NBC T
19.14, quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão
de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou
emissão de bônus de subscrição, os custos de transação devem ser:

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a) baixados como perda contra lucros/prejuízos acumulados.


b) baixados como perda em conta do resultado do exercício.
c) mantidos em conta de ativo para apropriação ao custo de futura operação.
d) apropriados ao ativo intangível, sujeitos ao teste de recuperabilidade.

Comentários

A questão menciona “títulos patrimoniais”, portanto trata-se de captação de


dinheiro dos sócios. Mas se fossem títulos mobiliários (captação de recursos de
terceiros), o tratamento seria o mesmo. Os custos de transações de captação
não efetivadas devem ser reconhecidos no resultado, como perda, no exercício
em que a captação se frustrar.

Gabarito  B.

15. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO


CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) do CFC
– 2009) Os custos de transação na emissão de títulos e valores mobiliários de
que trata a Resolução CFC n.º 1.142, que aprovou a NBC T 19.14, enquanto
não captados os recursos a que se referem, devem ser:

a) apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como


pagamento antecipado.
b) apropriados de imediato ao resultado do período, pois são despesas a partir
do momento de sua ocorrência.
c) transferidos para o ativo intangível tão logo concluído o processo de
captação.
d) apropriados a conta de lucros ou prejuízos acumulados

Comentários

Conforme item 19: “Os custos de transação de que trata este Pronunciamento
Técnico, enquanto não captados os recursos a que se referem, devem ser
apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como
pagamento antecipado”.

Gabarito  A.

16. (Inédita) Nos itens abaixo, assinale o único que se classifica como
“Despesa Financeira”, nos temos no Pronunciamento CPC 08:

A) Descontos
B) Prêmios
C) Variação cambial
D) Taxas
E) Honorários

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Comentários

Conforme o item 3 – Definições:

Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus


pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do
financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico
de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros, a
atualização monetária, a variação cambial etc., mas não inclui taxas, descontos,
prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

Portanto, a resposta correta é a alternativa C.

Gabarito  C.

17. (Inédita) Uma empresa incorreu em despesas com honorários de


advogados e com consultoria especializada, ao realizar o lançamento de novas
ações.
Tais despesas deverão ser contabilizadas:

A) No resultado do exercício em que ocorrerem


B) No Patrimônio Líquido
C) No Ativo Circulante
D) No Passivo Circulante
E) No Ativo Intangível

Comentários

Por se tratar de operação com sócios novos ou atuais, os custos de transação


na emissão de novas ações não devem influenciar o resultado do exercício,
ficando destacadas em conta redutora do Patrimônio Líquido.

Gabarito  B.

(Questão inédita) A empresa KLR captou recursos de terceiros no valor de


R$100.000,00, com taxa de juros nominal de 10,0% anuais, 3 pagamentos
anuais e consecutivos de $ 40.211,00 e custos de transação de $ 6.644,00.

18. A contabilização no momento da captação é:

A) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000.00


C – Custos de transações (redutora do ativo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00

B) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


D – Custos de transações (resultado do exercício) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

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C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00

D) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

Comentários

O valor contabilizado na conta Caixa deve ser o valor líquido disponibilizado


para a empresa. No caso, o valor captado menos os custos de transações.

D – Caixa: 100.000 – 6,644 = $ 93.356

O diferencial entre os valores efetivamente pagos e a pagar a qualquer título


(principal, juros, custos de transação e outros) deve ser tratado como encargos
financeiros, e ser apropriado ao resultado por competência,.

Portanto, o lançamento completo fica assim:

D – Caixa (Ativo Circulante) $ 93.356,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00
Gabarito  D.

(Continuação da questão anterior): O fluxo de caixa a ser considerado na


captação é o seguinte:

Ano Valor
0 93.356
1 (40.211)
2 (40.211)
3 (40.211)

O fluxo acima apresenta uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 14% ao ano.

19. (Inédita) O valor dos Encargos financeiros que afetarão a DRE no ano 2
é de:

A) 9.270
B) 9.660
C) 10.230
D) 11.500

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E) 12.340

Comentários

Para calcular o valor dos encargos financeiros que afetarão a DRE, devemos
partir do fluxo demonstrado acima, com TIR de 14%.

Assim, temos:

Saldo inicial 93.356


x TIR 14 % 13.070
Sub total 106.426
(-) pagamento (40.211)
= Saldo final ano 1 66.214
x TIR 14 % 9.270 Encargos financeiros 2º. Ano

Gabarito  A.

20. (Inédita) A despesa financeira com juros no segundo ano é:

A) 4.979
B) 5.459
C) 5.799
D) 6.359
E) 6.979

Comentários

Para calcular o valor dos juros, devemos partir do valor nominal ($ 100.000) e
considerar a taxa nominal de 10% ao ano.

Saldo inicial 100.000


x Juros 10% 10.000
Sub total 110.000
(-) pagamento (40.211)
= Saldo final ano 1 69.789
x Juros 10% 6.979 Despesa financeira (juros) 2º. Ano

Gabarito  E.

21. (Inédita) O valor do custo de transação apropriado no segundo ano é


de:

A) 991
B) 1.491
C) 1.991
D) 2.291

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E) 2.391

Comentários

O valor do custo de transação apropriado ao resultado é a diferença entre os


Encargos Financeiros e as Despesas Financeiras (juros).

9.270 – 6.979 = 2.291

Gabarito  D.

OBS: reproduzimos abaixo os quadros de controle da apropriação dos encargos


financeiros e dos juros.

ENCARGOS FINANCEIROS
Ano Principal TIR 14% Total Pagamento Saldo final
1 93.356 13.070 106.426 40.211 66.214
2 66.214 9.270 75.484 40.211 35.273
3 35.273 4.938 40.211 40.211 0
TOTAL 27.278

DESPESAS FINANCEIRAS (JUROS)


Ano Principal Juros 10% Total Pagamento Saldo final
1 100.000 10.000 110.000 40.211 69.789
2 69.789 6.979 76.767 40.211 36.556
3 36.556 3.656 40.211 40.211 0
TOTAL 20.634

22. (Questão inédita) O valor dos juros de um empréstimo incorridos


durante a construção ou formação de um ativo imobilizado qualificado deve ser:

A) Lançado como despesa do exercício em que ocorrer.


B) Lançado no Patrimônio Líquido
C) Lançado no Imobilizado
D) Lançado no Intangível
E) Lançado em conta redutora do passivo

Comentários

Neste caso os encargos financeiros devem ser capitalizados, ou seja, somados


ao custo do ativo qualificado.

Gabarito  C.

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23. (Questão inédita) A empresa KLS planeja emitir ações e lançar


debêntures, para captação de recursos destinados a financiar a expansão
prevista da empresa. No ano de X1, ocorreram os seguintes gastos:

1 – contratação de advogados para analisar e adequar o estatuto da empresa,


antes da emissão de ações - $ 20.000,00.

2 – Contratação de empresa especializada para orientar sobre o lançamento das


debêntures e realizar o estudo de viabilidade - $ 35.000,00.

Indique a contabilização correta dos gastos acima, no balanço de 31.12.X1:

A) Despesa, no Resultado do Exercício


B) No Ativo Intangível
C) No Patrimônio Líquido
D) Como Pagamentos Antecipados, no Ativo
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial

Comentários

Os custos de transação de que trata este Pronunciamento Técnico, enquanto


não captados os recursos a que se referem, devem ser apropriados e mantidos
em conta transitória e específica do ativo como pagamento antecipado.

Gabarito  D.

24. (Questão inédita) Suponha que em X2 a empresa KLS desistiu da


emissão das ações e do lançamento das debêntures, sem qualquer captação de
recursos. Nesse caso, os gastos efetuados com advogados e empresa de
assessoria devem ser:

A) Reconhecidos como perda no resultado do exercício de X2.


B) Contabilizados como Ajustes de Exercícios anteriores, no PL
C) Transferidos de pagamentos antecipados para Ativo intangível.
D) Transferidos para Ajuste de Avaliação Patrimonial
E) Contabilizados como Reserva de Capital

Comentários:

Veja os seguintes itens do Pronunciamento:

7. Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de


títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou
emissão de bônus de subscrição, os custos de transação devem ser baixados
como perda destacada no resultado do período em que se frustrar a
transação.

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17. Os custos de transação de captação não efetivada devem ser


imediatamente baixados como perda no resultado do período em que se
frustrar essa captação.

Portanto, a resposta correta é a Alternativa A.

Gabarito  A.

16 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2013, uma empresa


obteve um empréstimo no valor de R$ 200.000,00 que será liquidado
integralmente (principal e juros) em 30/09/2016. A taxa de juros compostos
contratada foi 1% ao mês e o saldo do empréstimo é corrigido por um índice de
preços que variou 3% entre a data da obtenção do empréstimo e a data de
31/12/2013. Considere que os meses são de 30 dias corridos.

O valor contábil evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 deste


empréstimo foi, em reais:

a) 206.000,00
b) 212.242,01
c) 212.180,00
d) 272.000,00
e) 280.160,00

2. (FCC/SEFAZ PI/AFFE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Financiada


realizou a emissão de debêntures para captação de recursos no valor de R$
10.000.000,00. As debêntures apresentaram as seguintes características:
 Prazo total: 5 anos
 Taxa de juros: 10% ao ano
 Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em
custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.

No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um


aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior
ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de custo
efetivo da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2014 foi, em reais,

A) 2.637.974,81.
B) 1.150.000,00.
C) 1.268.550,00.
D) 1.355.122,50.
E) 1.186.094,25.

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3. (FCC/Analista/CNMP/2015) No dia 01/12/2014 uma empresa obteve


um empréstimo bancário no valor total de R$ 2.000.000,00 que será liquidado
da seguinte forma:

− Principal: pagamento integral em 01/12/2017


− Juros: pagamentos trimestrais, com a primeira parcela vencendo em
01/03/2015

As demais características do empréstimo são as seguintes:

− Taxa de juros contratada: 1,3% ao mês


− Valor dos juros trimestrais: R$ 79.018,39
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (custos de transação): R$ 150.000,00
− A taxa de custo efetivo da operação: 1,57% ao mês

Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de


2014 e do saldo apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2014 para o
empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,

a) 29.045,00 e 1.879.045,00.
b) 31.400,00 e 2.031.400,00.
c) 26.339,46 e 2.026.339,46.
d) 33.755,00 e 2.183.755,00.
e) 24.050,00 e 1.874.050,00.

4. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Uma empresa fez a emissão de


10.000.000 de debêntures pelo valor nominal unitário de R$ 3,00 para
obtenção de um total de recursos no valor de R$30.000.000,00. As
características dos títulos emitidos foram as seguintes:

− Data da emissão: 31/12/2012


− Prazo total: 10 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 4.882.361,85
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 666.672,90

Tendo em vista que havia expectativa de que as taxas de juros sofreriam uma
queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
emitidas e a empresa conseguiu vendê-las pelo valor total de R$ 32.000.000,00
e, com isto, a taxa de custo efetivo da emissão foi 9% ao ano.

O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 e o saldo


apresentado no balanço patrimonial em 31/12/2013 para as debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,

A) 3.666.672,90 e 28.117.638,15.
B) 2.700.000,00 e 27.817.638,15.

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C) 2.880.000,00 e 29.997.638,15.
D) 3.546.672,90 e 29.997.638,15.
E) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.

5. (FCC/MANAUSPREV/Contabilidade/2015) A Cia. Alfa obteve, em


01/12/2014, um empréstimo bancário para financiar seu capital de giro. O valor
do empréstimo obtido foi R$ 3.000.000,00, para pagamento integral (principal
e juros) em 01/02/2015, e a taxa de juros compostos contratada foi 10% ao
mês. Os custos de transação pagos, em 01/12/2014, para a obtenção deste
empréstimo foram R$ 100.000,00. Em 01/12/2014, ao reconhecer este
empréstimo, a Cia. Alfa aumentou o

A) ativo total em R$ 3.000.000,00.


B) passivo total em R$ 2.900.000,00.
C) passivo total em R$ 3.630.000,00 e reduziu o resultado do período em R$
630.000,00.
D) passivo total em R$ 3.000.000,00 e reduziu o resultado do período em R$
100.000,00.
E) ativo total em R$ 2.900.000,00 e reduziu o resultado do período em R$
100.000,00.

6. (FCC/Auditor/TCM GO/2015) Determinada empresa obteve, em


01/12/2014, um empréstimo para financiar seu capital de giro. O valor do
empréstimo obtido foi de R$ 8.000.000,00 para pagamento integral (principal e
juros) em 01/12/2015 e a taxa de juros compostos contratada foi 12% ao ano.
Os custos de transação incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo
foram R$ 160.000,00. Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo
custo amortizado, o valor reconhecido no Balanço Patrimonial, em 01/12/2014,
foi, em reais,

a) 8.000.000,00 no ativo.
b) 8.000.000,00 no passivo.
c) 8.160.000,00 no ativo.
d) 8.000.000,00 no passivo e 160.000,00 no resultado do período.
e) 7.840.000,00, no passivo.

7. (FCC/Analista Júnior/Metrô/SP/2014) Em 31/12/2011 uma empresa


obteve um empréstimo no valor de R$ 20.000.000,00 com as seguintes
características:

- Prazo total: 10 anos.


- Taxa de juros compostos: 9% ao ano.
- Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 3.116.401,80.

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Para a obtenção do empréstimo a empresa incorreu em custos de transação no


valor total de R$ 850.000,00.

A taxa de custo efetivo da emissão foi 10% ao ano. O valor dos encargos
financeiros reconhecido no resultado de 2012 e o saldo líquido apresentado no
balanço patrimonial referente à transação, em 31/12/2012, foram,
respectivamente, em reais,

a) 1.800.000,00 e 18.683.598,20.
b) 2.000.000,00 e 18.883.598,20.
c) 1.915.000,00 e 17.948.598,20.
d) 1.800.000,00 e 17.833.598,20.
e) 1.915.000,00 e 18.798.598,20.

8. (FCC/Analista Contábil/SABESP/2014) A Cia. Bem Gelada S.A.


obteve, em 01/11/2013, um empréstimo para financiar seu capital de giro. O
valor do empréstimo obtido foi de R$ 5.000.000, para pagamento integral
(principal e juros) em 31/10/2014 e taxa de juros compostos de 7% ao ano. Os
custos incorridos e pagos para a obtenção deste empréstimo foram R$ 125.000.
Sabendo-se que este empréstimo é mensurado pelo custo amortizado, ao
reconhecer este empréstimo obtido, em 01/11/2013, a Cia. Bem Gelada S.A.
aumentou o

a) passivo total em R$ 4.875.000.


b) ativo total em R$ 5.000.000.
c) passivo total em R$ 5.000.000.
d) passivo total em R$ 5.350.000 e reduziu o resultado do período em R$
475.000.
e) ativo total em R$ 4.875.000 e reduziu o resultado do período em R$
125.000.

9. (FCC/SABESP/Contabilidade/2014) Uma empresa obteve recursos


por meio da emissão de debêntures no valor de R$ 40.000.000. As debêntures
apresentaram as seguintes características:

− Data da emissão: 31/12/2011.


− Taxa de juros contratada: 12% ao ano.
− Prazo total de resgate: 8 anos.
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 8.052.114.

Para a colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em custos de


serviços de assessoria jurídica e financeira que totalizaram R$ 800.000. A taxa
de custo efetivo da emissão foi 12,6% ao ano. O valor dos encargos financeiros
apropriados no resultado de 2012 foi, em reais,

A) 4.800.000.
B) 5.040.000.

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C) 4.704.000.
D) 8.052.114.
E) 4.939.200.

10. (FCC/Analista/Contabilidade/DPE/RS/2013) Considere as seguintes


assertivas:

I. Os custos de transação de captação de recursos de terceiros não efetivada


devem ser reconhecidos como despesa no resultado do período em que se
frustrar essa captação.
II. Os custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da
própria entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de
tais ações.
III. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da
contratação de instrumento de dívida devem ser contabilizados como redução
do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido.
Está correto o que se afirma APENAS em

a) I
b) II
c) III
d) I, II e III.
e) II e III.

11. (FCC/Auditor Fiscal/ISS SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta,


sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via
debêntures, cujo valor de emissão foi R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorreu em custos de
transação no montante de R$ 100 mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das
debêntures de R$ 200 mil.

Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1,

(A) ativo de R$ 2,1 milhões.


(B) despesa financeira de R$ 100 mil.
(C) passivo de R$ 2,3 milhões.
(D) receita financeira de R$ 200 mil.
(E) reserva de capital de R$ 200 mil.

12. (FCC/Analista de Controle Externo/TCE/PR/2012) A Cia. Financia


Tudo S.A foi constituída, em 30/06/X10, mediante integralização de 100% de
seu Capital Social, no valor de R$ 150.000,00, em dinheiro.

Durante o mês de julho de X10, a Cia. realizou as seguintes operações:

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Após o registro das operações acima, o Passivo da Cia. Financia Tudo S.A., em
31/07/X10, era, em reais,

(A) 137.000.
(B) 137.892.
(C) 137.292.
(D) 152.000.
(E) 152.292.

13. (FCC/APOFP/2010) A empresa Gama S.A. emitiu 1.000 debêntures a


R$ 10,00 cada, com taxa de juros compostos de 6% ao ano, com prazo de 5
anos e pagamentos anuais de R$ 2.374,00. Os custos de transação incorridos e
pagos foram de R$ 100,00 e houve prêmio na emissão desses títulos, no valor
de R$ 278,00. Na data de emissão das debêntures, a empresa:

(A) debitou na conta Disponível o valor de R$ 10.000,00.


(B) debitou na conta Despesa Financeira o valor de R$ 100,00.
(C) creditou no Passivo o valor de R$ 10.000,00.
(D) creditou na conta Receita Financeira o valor de R$ 278,00.
(E) creditou no Passivo o valor de R$ 10.178,00.

14. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO


CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) do CFC
– 2009) De acordo com a Resolução n.º 1.142/08, que aprovou a norma NBC T
19.14, quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão
de títulos patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou
emissão de bônus de subscrição, os custos de transação devem ser:

a) baixados como perda contra lucros/prejuízos acumulados.


b) baixados como perda em conta do resultado do exercício.
c) mantidos em conta de ativo para apropriação ao custo de futura operação.
d) apropriados ao ativo intangível, sujeitos ao teste de recuperabilidade.

15. (EXAME DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA PARA REGISTRO NO


CADASTRO NACIONAL DE AUDITORES INDEPENDENTES (CNAI) do CFC
– 2009) Os custos de transação na emissão de títulos e valores mobiliários de
que trata a Resolução CFC n.º 1.142, que aprovou a NBC T 19.14, enquanto
não captados os recursos a que se referem, devem ser:

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a) apropriados e mantidos em conta transitória e específica do ativo como


pagamento antecipado.
b) apropriados de imediato ao resultado do período, pois são despesas a partir
do momento de sua ocorrência.
c) transferidos para o ativo intangível tão logo concluído o processo de
captação.
d) apropriados a conta de lucros ou prejuízos acumulados

16. (Inédita) Nos itens abaixo, assinale o único que se classifica como
“Despesa Financeira”, nos temos no Pronunciamento CPC 08:

A) Descontos
B) Prêmios
C) Variação cambial
D) Taxas
E) Honorários

17. (Inédita) Uma empresa incorreu em despesas com honorários de


advogados e com consultoria especializada, ao realizar o lançamento de novas
ações.
Tais despesas deverão ser contabilizadas:

A) No resultado do exercício em que ocorrerem


B) No Patrimônio Líquido
C) No Ativo Circulante
D) No Passivo Circulante
E) No Ativo Intangível

(Questão inédita) A empresa KLR captou recursos de terceiros no valor de


R$100.000,00, com taxa de juros nominal de 10,0% anuais, 3 pagamentos
anuais e consecutivos de $ 40.211,00 e custos de transação de $ 6.644,00.

18. A contabilização no momento da captação é:

A) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000.00


C – Custos de transações (redutora do ativo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00

B) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


D – Custos de transações (resultado do exercício) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 93.356,00

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D) D – Caixa (pela captação líquida) $ 93.356,00


D – Custos a amortizar (redutora do passivo) $ 6.644,00
C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

C) D – Caixa (pela captação líquida) $ 100.000,00


C – Empréstimos e financiamentos $ 100.000,00

(Continuação da questão anterior): O fluxo de caixa a ser considerado na


captação é o seguinte:

Ano Valor
0 93.356
1 (40.211)
2 (40.211)
3 (40.211)

O fluxo acima apresenta uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 14% ao ano.

19. (Inédita) O valor dos Encargos financeiros que afetarão a DRE no ano 2
é de:

A) 9.270
B) 9.660
C) 10.230
D) 11.500
E) 12.340

20. (Inédita) A despesa financeira com juros no segundo ano é:

A) 4.979
B) 5.459
C) 5.799
D) 6.359
E) 6.979
21. (Inédita) O valor do custo de transação apropriado no segundo ano é
de:

A) 991
B) 1.491
C) 1.991
D) 2.291
E) 2.391

22. (Questão inédita) O valor dos juros de um empréstimo incorridos


durante a construção ou formação de um ativo imobilizado qualificado deve ser:

A) Lançado como despesa do exercício em que ocorrer.

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B) Lançado no Patrimônio Líquido


C) Lançado no Imobilizado
D) Lançado no Intangível
E) Lançado em conta redutora do passivo

23. (Questão inédita) A empresa KLS planeja emitir ações e lançar


debêntures, para captação de recursos destinados a financiar a expansão
prevista da empresa. No ano de X1, ocorreram os seguintes gastos:

1 – contratação de advogados para analisar e adequar o estatuto da empresa,


antes da emissão de ações - $ 20.000,00.
2 – Contratação de empresa especializada para orientar sobre o lançamento das
debêntures e realizar o estudo de viabilidade - $ 35.000,00.

Indique a contabilização correta dos gastos acima, no balanço de 31.12.X1:


==15925==

A) Despesa, no Resultado do Exercício


B) No Ativo Intangível
C) No Patrimônio Líquido
D) Como Pagamentos Antecipados, no Ativo
E) Como Ajuste de Avaliação Patrimonial

24. (Questão inédita) Suponha que em X2 a empresa KLS desistiu da


emissão das ações e do lançamento das debêntures, sem qualquer captação de
recursos. Nesse caso, os gastos efetuados com advogados e empresa de
assessoria devem ser:

A) Reconhecidos como perda no resultado do exercício de X2.


B) Contabilizados como Ajustes de Exercícios anteriores, no PL
C) Transferidos de pagamentos antecipados para Ativo intangível.
D) Transferidos para Ajuste de Avaliação Patrimonial
E) Contabilizados como Reserva de Capital

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17 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO
1 B
2 E
3 A
4 E
5 B
6 E
7 C
8 A
9 E
10 D
11 C
12 C
13 E
14 B
15 A
16 C
17 B
18 D
19 A
20 E
21 D
22 C
23 D
24 A

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