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“O Caso do Inclusivismo”: Uma

Resposta Arminiana
20 de outubro de 2014 | Filed under: Não-evangelizados and tagged with: Não-
evangelizados
Brendan Paul Burnett
Eu recentemente li um artigo de 2012 escrito por Kevin Jackson no blog Wesleyan
Arminian sobre o caso do Inclusivismo (The Case of Inclusivism). Particularmente, este
blog me interessa como arminiano clássico, à medida que sou um Exclusivista, ainda que
Kevin também acredite que, “Todos os arminianos devem rejeitar o Exclusivismo pelas
mesmas razões que rejeitamo Calvinismo”. Seu blog tem muito a dizer sobre o amor, a
graça, o caráter e a natureza de Deus, a Bíblia e a tradição cristã. Vou procurar manter meus
pensamentos e respostas da forma mais gentil que eu puder, seguindo o mesmo espírito
dócil e carinhoso do blog original, que é característica de Kevin (que eu amo tanto). Mas
devo confessar que este será um longo post, visto este assunto ser de meu extremo interesse.
Aqui está a estrutura deste post: Primeiro, eu vou apresentara própria definição de
Inclusivismo de Kevin. Depois farei um breve comentário sobre as razões propostas por
Kevin a favor da adoção do Inclusivismo. Na sequência, vou apresentar um caso bíblico
muito breve do Exclusivismo a partir de Romanos 10:14-15. Finalmente, vou dar uma
ilustração lógica de por que o Exclusivismo é perfeitamente conciliável com todas as
doutrinas divinas que Kevin e eu prezamos como arminianos, isto é, a bondade de Deus
expressa de forma máxima em seu desejo salvífico universal e intenso amor ágape
demonstrado para todos através de Jesus.

1 A Definição de Kevin.
Kevin define Inclusivismo da seguinte forma:

“Inclusivismo é a doutrina cristã que ensina que é possível ser justificado por meio de Jesus
Cristo, sem o conhecimento explícito ou completo de quem ele é. Especificamente, os
inclusivistas sustentam que é possível que aqueles que nunca ouviram a palavra pregada
ainda possam ser salvos através de Cristo.”

A partir disso, eu assumo que Kevin define Exclusivismo como qualquer posição que rejeite
o Inclusivismo. Tudo bem então. Quais são as razões Kevin oferece em favor da visão
inclusivista?

2. Razões de Kevin em Favor do Inclusivismo.


Kevin nos fornece várias ideias ponderadas e importantes para serem consideradas ao
pensar nesse problema. Eu desejo descrever cada uma e apresentar alguns comentários.

2.1 Base Bíblica.


Kevin começa citando um texto após o outro que indicam a ele que o Inclusivismo é
verdadeiro. Eu não vou entrar em detalhes, mas todos seguem na linha de dizer algo como
Deus ama todo o mundo e enviou Jesus em favor de todo o mundo.
Sem dúvidas isto é verdade. Mas não está claro por qual motivo isso deve apoiar a tese
do Inclusivismo. De que forma decorre do amor de Deus por nós que esse amor não precisa
ser conscientemente retribuído por nós a Ele, a fim de entrarmos em um relacionamento de
salvação com Ele? Se a justificação pela fé significa alguma coisa, é que ela é uma relação
com o Santo Pai do Cristo vivo através da habitação do Espírito de Deus que fala aos nossos
corações. Assim, pode ser mais amigável interpretar estes versículos não como se fizessem
o Inclusivismo provável por si mesmo, ou como se fornecessem evidências para uma
premissa que é um dos passo de um argumento de suporte ao Inclusivismo; passo esse que
é, a saber, o amor, a graça e misericórdia de Deus, os quais são direcionados ao mundo
inteiro, o que eu acredito ser verdade. Mas o Exclusivismo pode fazer sentido, mesmo sob
esta noção, como espero demonstrar abaixo.
2.2 Cada Tribo e Nação?
Kevin aborda o problema dos não-evangelizados como um argumento em favor do
Inclusivismo. “Pessoas de todas as tribos e nações estarão representadas no céu”, diz ele. A
inferência de Inclusivismo parece funcionar afirmando haver certeza de que muitas tribos
existentes no passado do mundo não ouviram o Evangelho. Mas, uma vez que cada tribo
deve estar representada para que a Escritura em Apocalipse 7: 9 (e outras) seja verdadeira,
então é necessário que pelo menos uma pessoa de cada grupo particular dos povos seja
salva.

Eu tenho dois pensamentos em resposta a isso. Em primeiro lugar, como Kevin sabe que de
fato existiram tribos extintas fora do alcance do povo de Cristo e de sua mensagem? Em
segundo lugar, mesmo que tais grupos tribais (como o povo de Teotihuacan, a quem Kevin
cita) tenham deixado a existência como um povo sanguinário, porque não poderiam ser
representados em seus descendentes, os quais são conhecidos por Deus? A Escritura muitas
vezes identifica descendentes com seus pais (por exemplo, Mt 23:29-31, At 7:51,
especialmente Ezequiel 16, etc). O argumento de Kevin realmente faz necessário que pelo
menos uma pessoa diretamente de cada povo seja salva. Mas isso parece altamente contra-
intuitivo.
2.3 A Doutrina do Triunfo da Misericórdia – O Bom Samaritano
Kevin faz uso da Parábola do Bom Samaritano em Lucas 10:25-37 e a conecta com Mateus
25:31-46 como uma demonstração de Inclusivismo a partir do fato de que o Samaritano é,
aparentemente, um exemplo daquilo que é preciso para ser salvo, a medida que este semi-
Pagão (que é o que os samaritanos eram, por isso a correta citação de Kevin do ódio dos
discípulos judeus de Jesus contra eles) é, todavia, aquele que, sendo julgado de acordo com
o que fez, receberá a misericórdia de Deus.

Mas, claramente, a parábola de Jesus não é uma suposta demonstração do que é preciso para
ser salvo. Em vez disso, a parábola de Jesus parece uma demonstração de como deve ser o
amor ao próximo. Em resposta à pergunta “Quem é o meu próximo?” em Lucas 10:29,
Jesus assume a tarefa assim chamada de “Doutor” da Lei com a história, e mostra que a
nossa existência de amor ao próximo consiste em mostrar o nosso amor a eles de maneira
prática e auto-sacrifícial. Mas não é manifesto que o ensinamento de Jesus tem a suposta
implicação de que qualquer um que for uma boa pessoa receberá então misericórdia. De
fato, esse parece ser um erro de obras de justiça, que, com razão, Kevin quer evitar. E, de
fato, de um ponto de vista Exclusivista, certamente tal amor ao próximo flui de uma fé viva
em Deus! Nós devemos amar o nosso próximo, porque nós amamos a Deus em primeiro
lugar como um modo adequado e expressão desse amor. Assim, o mandamento de amar o
nosso próximo é secundário quanto ao primeiro e maior mandamento, que é amar a Deus.
E, certamente, o Senhor Jesus pregou a muitos Samaritanos que creram (Jo 4:1-42). Então,
talvez Jesus estivesse apontando para um Samaritanocrente e não um dos “pagãos
heterodoxos” do tempo de Jesus, a fim de contrastá-lo com um incrédulo “expert” na Lei!
De qualquer forma, não parece que esta história estritamente suporta o Inclusivismo como
uma tese.
2.4 As Deficiências do Argumento “Biblicista”
Kevin parece não estar convencido por argumentos que afirmam a falsidade do
Inclusivismo porque não há nenhuma referência bíblica explícita que indica tal coisa. Há
outras doutrinas, diz ele, que não são explícitas, mas que podemos inferir a partir de outras
passagens; por exemplo, a doutrina da Trindade, ou a doutrina da Graça Preveniente, ou a
salvação para aqueles que morrem na infância.

Bem, eu tenho um grande problema com isso. É verdade que podemos inferir aquilo que
não está explicitamente baseado em outros princípios. Mas será que Kevin seriamente pensa
que algo tão fundamental como a Trindade não tem respaldo bíblico explícito? Tente
compartilhar isso com uma Testemunha de Jeová. Ou será que Kevin realmente acha que a
Graça Preveniente — que é apenas o nome que damos ao chamado, convencimento,
capacitação realizada pelo Espírito Santo através da pregação da Palavra de Deus que
antecede a salvação — não é explicitamente afirmada? Certamente é. (Talvez Kevin, na
posição de um Wesleyano e não de um arminiano Clássico, tenha uma visão um pouco
diferente da minha sobre o que a graça preveniente é). Não, eu não acredito que se possa
obter uma formulação como três hipóstases (ou pessoas) em uma ousia (ou essência) da
Bíblia. Mas eu acho que você pode obter o monoteísmo, três pessoas distintas, em
igualdade, co-eternidade e completo amor e união em uma divindade; e isso é tudo o que
precisamos a fim de obter uma doutrina do que chamamos de uma divindade trina.
Eu, no entanto, concordo com o espírito geral do que Kevin diz. Claro que você pode inferir
doutrinas que formam princípios bíblicos gerais. É principalmente dessa forma que eu
deduzo e acredito na salvação infantil. Eu acredito que a Escritura ensina que as crianças
não são consideradas moralmente culpadas pelos pecados de seus pais (cf., por exemplo,
Ezequiel 18). Mas eu também deduzo isso do meu conhecimento sobre o amor e da
misericórdia de Deus revelada nas Escrituras de forma mais ampla, razão, tradição e
experiência (um tempero do quadrilátero Wesleyano aqui!). Deus não condenaria crianças
que não tenham conscientemente pecado e voluntariamente O rejeitado. O problema é que
eu também acho que os pagãos que estão fora do “alcance” da pregação do povo cristão, na
verdade, conscientemente rejeitam a Deus para fora de suas vidas. (Mais informações sobre
isso abaixo na parte 4). Além disso, eu acho que há alguma indicação bíblica explícita de
que as pessoas precisam ouvir, sendo assim convencidas a se arrepender e crer no
Evangelho para serem salvas dos seus pecados. (Mais sobre isso abaixo na seção 3).

2.5 Inclusivismo na Igreja Primitiva


Kevin também encontra suporte para o Inclusivismo entre alguns pais da igreja primitiva.
Certamente, o mundo clássico foi muito reprovável naquela época, e eles teriam consciência
da extensão dos não-alcançados. Eu duvido que o mundo moderno seja menos reprovável;
talvez até mais.

Bem, eu não tenho muito a dizer sobre isso dada a minha ignorância da patrística, salvo
exceto dois pensamentos. Em primeiro lugar, sem dúvida, o grande grau de paganismo é a
razão para a urgente necessidade de espalhar a mensagem. Por que viajar por todo o
Mediterrâneo como Paulo e por que ir à Índia como Tomé, sendo golpeado, ferido,
maltratado e finalmente assassinado, se você pensa que as pessoas poderiam ser salvas sem
ouvir sobre Cristo? Por que viajar sobre o Oceano Atlântico até os índios americanos, como
Wesley fez, se você pensa que eles poderiam ser salvos apesar de adorarem o Grande
Espírito e quem sabe o que mais? Segundo, mesmo que alguns dos pais digam isso, o que
acontece se alguns deles foram a favor de uma Eucaristia de corpo e sangue literais, ou a
veneração dos ícones, como os católicos romanos ou ortodoxos orientais alegam para apoiar
suas práticas? Parece-me que se algum bispo antigo tenha dito algo, a primeira coisa que
devemos fazer é desafiá-lo a mostrar-nos conformidade com a Palavra de Deus. E se ele não
puder fazer isso pelo simples fato de não possuir uma Bíblia, então como poderíamos
conscientemente concordar com eles? Eu certamente não poderia.

2.6 O Exclusivismo é Sinônimo do Pensamento Calvinista


Por último, Kevin fornece um verdadeiro golpe para um arminiano: o Exclusivismo
é Calvinista em seu caráter. Não há nenhuma diferença prática, diz ele, entre Deus não dar
graça a todos (Calvinismo) e Deus justamente deixar alguém em seus pecados fora do
alcance da palavra do Evangelho (Exclusivismo). “Todos os arminianos deveriam rejeitar o
Exclusivismo pelas mesmas razões que rejeitam o Calvinismo”, diz ele. “Nossa visão do
caráter de Deus exige.”
Mas, certamente, há uma diferença. Pois no caso exclusivista, Deus está sendo justo em
deixar as pessoas em seus pecados, mesmo de acordo com Kevin (“Deus justamente [grifo
nosso] deixar alguém em seus pecados”). Mas, no caso Calvinista, certamente Deus não é
justo. No Calvinismo, Deus chama o povo ao arrependimento, mas, em seguida,
especificamente não lhes dá a graça suficiente para o seu arrependimento. Então Deus os
responsabiliza por não se arrependerem, embora saiba que a única razão para eles não se
arrependerem é que Ele não lhes dá a graça necessária para esse fim. Isso não é justo. Isso é
um jogo tolo. Mas na minha história sobre o Exclusivismo, pelo menos, Deus dá graça às
pessoas em uma medida que elas podem ser consideradas moralmente responsáveis diante
dele por rejeitarem, embora esta graça não seja do tipo que, simplesmente respondendo a
ela da maneira correta, as pessoas possam ser salvas em virtude dela. Vou explicar essa
história abaixo.
Agora vamos passar para como eu penso ser o Exclusivismo tanto bíblico quanto coerente à
luz das doutrinas sobre o desejo universal de Deus de salvar e a maravilhosa graça livre que
Kevin e eu prezamos como arminianos.

3. O Exclusivismo é Suportado por Romanos 10: 14-15.


Para mim, a questão não é apenas o que parece mais correto dizer, mas importante também
é o que a Bíblia diz explicitamente. “Confie no Senhor de todo o teu coração, e não se apoie
em seu próprio entendimento”, diz o Senhor (Provérbios 3:5). E: “Não agirá com justiça o
Juiz de toda a terra?” (Gênesis18:25). Tenho certeza de que Kevin estaria totalmente de
acordo comigo neste ponto.
Mas é aqui, na Bíblia, onde o Inclusivismo falha — assim eu vou argumentar. Com isto em
mente, então, vamos voltar para Romanos 10: 14-15, que é para mim uma espécie de texto
base para o Exclusivismo, da mesma forma que João 3:16 é um texto base para o amor de
Deus pelo mundo inteiro por meio do Evangelho. Eis o que ele diz:

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não
ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não
forem enviados? Como está escrito: “Quão formosos são os pés dos que anunciam boas-
novas!” (Romanos 10: 14-15; cit Isaías 52:7).

Vamos colocar essa passagem no seu contexto próprio. Imediatamente, ela faz parte do
discurso de Romanos 9-11 sobre a incredulidade e a justificação dos judeus, de modo que o
objeto do discurso aqui (“eles”) será o povo judeu e não as pessoas em geral. Isto,
obviamente, tem lugar no contexto mais amplo de todo o livro de Romanos, que é sem
dúvida um discurso sobre a totalidade da salvação do começo ao fim: o seu motivo, a sua
causa, seus fundamentos, seus propósitos ou fins e suas conseqüências, e assim por diante.
Historicamente, Paulo estava claramente escrevendo à igreja culturalmente mista de Roma,
a qual era um pote de mistura metropolitana das culturas, das línguas e costumes de cerca
de 1,5 milhão de gregos, hebreus e latinos (etc.). A preocupação de Paulo parece ter sido a
de esclarecer os maus entendimentos sobre os judeus e gentios na salvação de Deus através
da morte e ressurreição de Jesus Cristo para todo o mundo.

Até aqui tudo bem. Mas como é que esta seção torna o Exclusivismo mais plausível?

Observe em Romanos 9-11 o quão preocupado Paulo estava com a transmissão da palavra
pregada ao seu próprio povo. Por quê? Considerando especialmente os textos 2:12-15 e 3:9-
19, temos visto que todo mundo quebra a lei da consciência ou a lei escrita em virtude da
rejeição ao Criador que se revelou na criação. Por isso todos estão sob o julgamento de
Deus e precisam ser justificado pela fé (Rm 4). O propósito da lei, então, é convencer os
corações humanos de sua pecaminosidade e necessidade de Jesus, o salvador.

Isso parece incompatível com o Inclusivismo no seguinte sentido: a fé é o instrumento pelo


qual nos unimos a Jesus Cristo. O que é fé? Não é uma confissão de seu senhorio, e uma
submissão aos fatos da propiciação pelos pecados e da ressurreição de Jesus dentre os
mortos pelo poder do Pai? “Porque, se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e
crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo (Rm 10:9). Esta
salvação pela fé é uma crença ativa e consciente. Portanto, crer é necessário para a salvação.
Isso, então, serve como motivador para a seleção dos nossos versículos. Paulo acreditava
que não seria possível para os judeus que tinham violado a lei — aquela mesma lei da
consciência que é quebrada pelos gentios em Romanos 2 — jamais ouvir falar de Cristo, ter
fé e serem salvos. Pois “a fé vem pelo ouvir” (10:17), e esta é a razão pela qual os pés do
evangelista são chamados “formosos” (10:15). Paulo caracteriza a fé como um requisito
necessário para a justificação, mas ele vê tanto a pregação quanto o ouvir a palavra do
evangelho como uma condição necessária para se ter fé. Disso segue-se que tanto a
pregação quanto o ouvir da palavra do evangelho são condições necessárias para a
justificação, e, portanto, a salvação. Não se pode ser salvo sem ouvir a palavra pregada e,
pela fé, obedecê-la. Mas então, segue-se que o Inclusivismo definido por Kevin é falso. Não
é verdade que alguém pode ser salvo através de Cristo sem um conhecimento explícito de
quem ele é. Pois a proclamação clara de Cristo está incluída na pregação da palavra do
evangelho como sua expressão essencial, de modo que não pode haver qualquer
proclamação do evangelho pregado se não houver uma compreensão clara de Cristo, sua
expiação e ressurreição que é comunicada.

Sem essa compreensão da passagem em um sentido exclusivista, como podemos dar sentido
a força retórica das perguntas de Paulo em Romanos 10:14-15? Para cada pergunta de
Paulo, o inclusivista tem uma resposta rápida e fácil. Mas esse é o problema. O apóstolo não
está à procura de uma resposta que derrotaria o seu argumento de motivação ao
evangelismo dos judeus incrédulos violadores da lei. “Como pois invocarão aquele em
quem não creram?” Resposta inclusivista: Eles não precisam invocar. “Como crerão
naquele de quem não ouviram falar?” Resposta inclusivista: Eles não crerão, mas isso não
importa. “E como ouvirão se não há quem pregue?” Resposta inclusivista: Eles não
precisam ouvir. A doutrina inclusivista simplesmente mina a justificativa que Paulo utiliza
para motivar a pregação. Portanto, devemos rejeitar a doutrina inclusivista como uma
contravenção bastante clara à Escritura neste ponto. Eu não vejo como encaixar o
Inclusivismo com o argumento de Paulo em Romanos 10.

4. O Exclusivismo Faz Sentido.


A despeito de o Exclusivismo parecer ser um caso bíblico altamente intuitivo, ele ainda
pode parecer injusto. Então deixe-me apresentar uma história que ilustra uma possibilidade
de como aquelas pessoas que perecem fora de Cristo (e da fé nele) em uma área não-
alcançada podem ser plausivelmentetotalmente culpadas por esse estado de coisas, e Deus
ainda permanece totalmente amoroso e justo.
Imaginem que o Exclusivismo é verdadeiro e há uma área “R” no mundo que é não foi
alcançada. Segue-se, portanto, que para qualquer número de pessoas pecadoras {1, 2, 3} em
R, ninguém pode ser salvo. Isso parece falta de amor ou injustiça. Mas agora imagine que
há um outro continente “C”, onde o evangelho está presente. Em C há um missionário
chamado “M”. Agora imagine que Deus revela-se a todas as pessoas em todos os lugares
por meio da revelação geral na natureza e na consciência. Segue-se que todos, {1,2, 3} e M,
têm consciência do Criador e podem ser responsabilizados de acordo com suas respostas a
essa revelação, conforme Romanos 1:18. Agora vamos imaginar que Deus tem a seguinte
disposição: ‘Para qualquer uma das pessoas {1, 2, 3 …} que responder à revelação geral de
forma positiva, enviarei um pregador a ela’. Agora imagine que em “R” a pessoa {1}
responde à revelação geral da forma esperada. Portanto, Deus enviará um pregador para a
pessoa {1}. Digamos que esse pregador é “M”. Deus, de alguma forma, move “M” de “C”
até a pessoa {1} que está em “R” para pregar o evangelho a ela. Isso pode ocorrer de várias
maneiras. Mas quando “M” se muda para “R” e prega a {1}, a esta última é concedida a
graça preveniente para crer e ser salva. Além disso, se {1, 2 e 3} estão todos em uma única
comunidade em R, pode também seguir-se do fato de “M” estar indo até “R”, que {1, 2 e 3}
ouçam o evangelho e sejam capacitados pela graça preveniente a responder e crer mesmo
que as pessoas 2 e 3 não tenham respondido da forma positiva à revelação geral de Deus na
natureza e na consciência. Assim, ainda é possível por mera graça de Deus que rebeldes não
alcançados ouçam o evangelho, creiam e sejam salvos. Agora, claramente, quando {1, 2 e
3} ouvem o evangelho (pregado), talvez {1 e 3} rejeitem-no, mas {2} crê. Nesse caso, a
graça preveniente tornou-se em graça salvadora eficaz, e {2} experimenta o novo
nascimento. Portanto, Deus salvou {2} pela graça mediante a fé através da palavra pregada,
e condenou justamente {1 e 3}. Mas e se {3} nunca ouviu a pregação? E se ele morreu? Eu
digo que ele pereceria com justiça. Por quê? Porque ele teria pecado e permanecido rebelde,
rejeitando a revelação geral de Deus na natureza e na consciência. Quem sabe quão
constante e contínua é a graça comum de Deus em sua revelação geral em nossa direção, de
forma que possamos ouvir e respondera ela, para que ele envie um pregador. Mas se nós
somos tão orgulhosos de tal forma que não responderíamos até mesmo a isso, então a
condenação parece justa.

5. Conclusão.
Assim, gostaria de aconselhar Kevin a repensar sua tese. Seu argumento não é muito forte, e
(a) parece fácil ver como o Exclusivismo trabalharia sob uma base arminiana, sabendo que
(b) a Bíblia indica que a fé consciente em Cristo é necessária para a salvação. Mas vamos
agora voltar-nos para uma perspectiva mais pastoral.

Se Paulo acreditava que o envio de um pregador era necessário para o seu próprio povo, os
judeus —aqueles que tinham a lei escrita! —, quanto mais aos gentios do lado de fora, que
nem mesmo mantinham a sua própria lei da consciência que Deus colocara em seus
corações? Lembre-se: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). Portanto,
dada a nossa doença desesperada e nosso pecado (Jr 17:9), Deus amorosamente deu a graça
comum para todas as pessoas ao redor do mundo, para que possam responder positivamente
à sua revelação geral, tenham um pregador enviado por Deus a eles, ouçam o Evangelho do
amor de Deus apresentado a eles, sejam convencidos por essa mensagem por meio do
Espírito, se arrependam, creiam e sejam salvos. Esta história parece perfeitamente aceitável.
Eu tomo como muita seriedade as Escrituras em Atos 17:24-28 (e com isso eu termino):

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra, não
habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos humanas,
como se necessitasse de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração e todas as coisas; e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre
toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua
habitação; para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual,
todavia, não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e
existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos
geração.

Aqui vemos a glória e o amor de Deus por cada homem. Paulo, em pé no lugar mais pagão,
o Areópago, fala o Evangelho do Senhor Jesus Cristo àqueles que nunca tinham ouvido
falar. Ele proclama que Deus fez toda e cada uma das pessoas em todo o mundo, e colocou
cada um nos seus respectivos locais e circunstâncias de forma que possam busca-lo e
conhecê-lo. Porque Deus quer ser conhecido por todos e cada homem que Ele criou, e pode
ser encontrado por eles. Ninguém se perde devido a um acidente de circunstância, ou
tempo, ou geografia. As pessoas estão perdidas por rejeitarem a Deus. E todos têm rejeitado
a Deus. Todos pecaram. Portanto, todos precisam do Evangelho. “Bem-aventurados são os
pés dos que anunciam as boas novas”. Isso nos motiva para a missão em partes do mundo
nas quais nunca fomos. Isso nos leva para os cantos deste mundo tenebroso, os quais estão
“sem Deus e sem esperança” (Ef 2:12). Vamos, então, levar a notícia do Senhor a todos os
confins da terra, e cumprir a grande comissão que Ele nos deu.
Tradução: Samuel Coutinho
Fonte: http://evangelicalarminians.org/the-case-for-inclusivism-an-arminian-response/

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