Neste capitulo a autora (Rute), propôs apresentação de Jesus e Pilatos e a
entrevista entre ambos diante da multidão e dos lideres judeus, segundo o livro do evangelho de Marcos 15. 6-15. Uma abordagem de percepção da narrativa estrutural textual. Para ela o evangelho de Marcos, tem uma proposta de despertar seus ouvintes/leitores para a composição da narrativa. O texto e narrado com propósito da inclusão da dominação romana e da guerra judaica, ou seja, ela relata o texto na compreensão de uma paródia interdiscursiva que dialoga com a realidade e subverte essa realidade. Seria inversão de valores. O livro de Marcos é descrito e marcado por símbolos e referencia do Império romano e dessa denominação. Quando é apresenta a cena do julgamento de Jesus por Pilatos, a autora discorre um julgamento de teve dois momentos, sendo primeiro momento do discurso da interrogativa e o segundo momento que encerre o episodio de Barrabás. Sendo Jesus submetido ao um tribunal romano e um processo judicial romano. A estrutura da descrição de Marcos dos fatos ocorridos, que apontam o julgamento de Jesus não seria o único caso a ser julgado naquele dia, pois Pilatos cumpria suas obrigações diárias normalmente. Esse processo, a autora identifica como “instituição do processo” contra Jesus diante do tribunal romano, que certamente foi realizado diante do publico e em local aberto. Após os relatos do processo e a sentença da condenação de Jesus, compõe com o castigo de alguém condenado por crime político contra Roma. Entretanto o que chama a atenção da autora que a condenação de Jesus que foi declarado réu de morte, entre a cena da multidão. Sendo neste momento Jesus, apresentado com Barrabás, dois homens condenados a morte por crime político conta Roma. Porem surge uma anistia, um deles poderia alcançar a liberdade, através do “costume de libertar um prisioneiro”, de acordo com o direito romano. Entretanto a autora vai descrever no seu artigo, pontos relevantes que basea-se nas pesquisas da historicidade, épocas em que os fatos ocorreram e quando foram escritos, datas diferentes. Por isso pode perde a detalhes durante este período. A problemática sugerida para argumentar o artigo será a ocorrência da menção de Marcos, ao costume de libertar um preso na ocasião da Páscoa- a “anistia pascal.” Durante a pesquisa encontrou dificuldade de encontrar na historia esse “costume”. Afirma que a cena descrita pelo evangelista, seja considerada uma possibilidade como plausível, sendo não possível afirmar de tal prática, se representaria um “costume” judeu, romano ou pessoal. Nas possibilidades do levantamento referencial, outros autores afirmam que esse “costume” foi sugerido por Marcos para eximir Pilatos e consequentemente os romanos a culpa pela crucificação de Jesus, colocando assim a culpa de tal condenação na multidão. Portanto para autora, quando a multidão entra em cena, Jesus já esta condenado, por isso ela não compartilha a ideia de outros autores. Pois deve considera que o contexto é de denominação romana na Palestina e as expectativas messiânicas estão presentes em sua população, sendo comemorada a Páscoa uma principal festa religiosa e de valor simbólico, um período perigoso em que afloravam os sentimentos de nacionalismo. Era um período de atenção, por ser propicio revoltas populares. Todavia, a proposta do texto e estudar o livro de Marcos na compreensão histórica, geográfica e cultural. Sendo importante resaltar que foi sugerido uma pesquisa de transtextualidade do texto, e aperfeiçoar a intertextualidade para esclarecer elementos presentes, e como se relacionam dentro do contexto. Ideias que compõem o texto no intuito de uma intenção e um objetivo direcionado. A autora propôs uma paródia, que tem por finalidade de um processo de desconstrução e reconstrução de ideias que propõe o ouvinte/leitor a reconhecer a obra ou cena original e compreender a inversão sugerida.
Referências:
CUESTA, Rute Ventura. Entre Jesus e Barrabás: realidade, expectativa e a
escolha da multidão em Marcos 15.6-15. São Bernardo do Campo: Umesp. 2009. Dissertação de Mestrado. - Um pouco sobre o texto: pag. 97 a 111.