Sei sulla pagina 1di 8

.

CURSO DE GREGO – INTRODUÇÃO AO GREGO BÍBLICO

AULA 3 – As estruturas gramaticais da língua portuguesa e do grego

PARTE I – MORFOLOGIA NOMINAL

Em sua GRAMÁTICA METÓDICA DA LINGUA PORTUGUESA, o mestre Napoleão Mendes de


Almeida apresenta uma divisão da Gramática em três partes: Fonética, Morfologia e Sintaxe.
Essa divisão também é válida para línguas antigas como o latim e o grego. Façamos uma breve
revisão das noções de morfologia na língua portuguesa. Em seguida, passaremos ao grego.

Tudo o que vimos na segunda aula do nosso curso em matéria de alfabeto grego, pronúncia,
acentos, vogais longas e breves, consoantes, etc, pertence ao campo da Fonética.

A Morfologia, como o próprio nome indica, estuda as palavras em si mesmas segundo a sua
forma aparente (μορφή = morphé significa forma), enquanto a Sintaxe analisa a palavra em
sua relação com as demais palavras numa frase.

A seção da Gramática denominada Morfologia subdivide-se, por sua vez, em 10 classes


gramaticais. As classes gramaticais são as seguintes:

1. ARTIGO: individualiza uma coisa ou pessoa


o, a, os, as; um, uma, uns, umas (não existe artigo indefinido em grego).

2. NUMERAL: indica um número


um, dois, três; primeiro, segundo, terceiro.

1
.

3. PRONOME: ocupa o lugar de um substantivo


Pessoal: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Possessivo: meu, teu, dele, nosso, vosso, deles.
Demonstrativo: esse, este, aquele
Reflexivo: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo.
Relativo: o qual, a qual, cujo, cuja.
Interrogativo: quem? o quê?
Indefinido: alguém, algum, alguma.
Recíproco: uns aos outros.

4. PREPOSIÇÃO: liga palavras


a, de, perante, antes, desde, até, em, sem, após, entre, sobre, com, por, sob, contra, para, trás.

5. CONJUNÇÃO: liga frases


e, que, se, mas, porém, portanto, pois, embora, quando.

6. INTERJEIÇÃO: expressam sentimentos


ó; ai de mim!

7. ADVÉRBIO: modifica um verbo, adjetivo ou mesmo um advérbio


- de tempo: ontem, hoje, amanhã.
- de lugar: ali, acolá.
- de modo: bem, mal, melhor, pior, certo, também, depressa, devagar, delicadamente.
- de afirmação: sim, certamente.
- de negação: não, nunca, jamais.
- de dúvida: talvez, provavelmente.
- de intensidade: muito, pouco, menos, mais, tão, tanto, excessivamente.
- de quantidade: bastante.
- de frequência: amiúde, raramente.
- locução adverbial: às pressas; de propósito.

2
.

8. SUBSTANTIVO: designa uma substância, ser que tenha existência real ou imaginária
exemplos – sabedoria, sereia, cachorro, casa, pureza.

9. ADJETIVO: posto ao lado de um substantivo, qualifica-o ou indica-lhe um atributo


exemplos – sábio, inteligente, alta.

10. VERBO(*): indica ação ou estado


exemplos – fazer, estar, comer, aprender, ensinar.

(*) A Morfologia divide-se também em MORFOLOGIA NOMINAL e MORFOLOGIA VERBAL,


sendo que o verbo ocupa sozinho esta última categoria. Todas as demais classes gramaticais
são portanto “nomes”, apresentando um comportamento morfológico parecido, debaixo das
mesmas regras, que chamamos de morfologia nominal.

Segundo a sua flexão, é possível ainda adotar outro critério de classificação dentro da
Morfologia e agrupar as classes gramaticais em palavras variáveis ou invariáveis:

VARIÁVEIS

As palavras variáveis (sobretudo os substantivos, adjetivos e verbos) são geralmente as


responsáveis pela frustração do aluno ao estudar uma língua estrangeira. É com elas que
devemos nos preocupar um pouco mais em termos de vocabulário, pois é nesse grupo de
palavras que nunca deixarão de surgir vocábulos novos. São os seguintes:
artigo
substantivo
adjetivo
numeral
pronome
verbo

3
.

INVARIÁVEIS

Quanto às invariáveis, podemos e devemos dominar e decorar todas as preposições e


conjunções da língua que estamos estudando. Isso porque o número de preposições e
conjunções é limitado e fixo:
advérbio
preposição
conjunção
interjeição

DICA: Apesar de serem palavras variáveis, os artigos, os pronomes, os numerais e alguns


advérbios têm uma variação limitada e esta variação obedece a critérios lógicos. Assim, é de
enorme ajuda memorizá-los, assim como as preposições e conjunções, que são invariáveis,
porque, uma vez absorvidas essas classes de palavras, elas não mais nos darão qualquer
espécie de trabalho e, além disso, nos ajudarão a entender o contexto de frases que tenham
palavras desconhecidas para nós.

Agora, repare:

sabedoria (σοφία)
sábio (σοφός)
sabiamente (σοφῶς)

Note como uma mesma ideia assume formas distintas conforme a classe gramatical.

Assim, tudo o que foi dito a respeito da dificuldade com as classes variáveis pode ser suavizado
a partir do momento em que compreendemos os padrões de variação das palavras. Isso torna
o nosso estudo bem mais fácil e prazeroso. Por exemplo, a terminação ῶς em grego é uma
marca do advérbio que equivale ao nosso sufixo “mente” em português (rapidamente,

4
.

lentamente, curiosamente, lastimosamente, etc). Assim, uma vez que conheçamos o radical da
palavra (no caso σοφ), já somos capazes de derivar as outras formas e encontrar o adjetivo ou
advérbio ou substantivo correspondente, conforme o caso, já que dominamos o padrão de
variação das palavras. Porém, para isso é necessário também esforçar-se para conhecer as
raízes das palavras, isto é, adquirir vocabulário! Pois pouco aproveitaria ler uma frase e saber
que ali está um advérbio ou um adjetivo ou um substantivo, se não sabemos o que ele
significa.

Aquelas classes gramaticais são ditas variáveis porque SE FLEXIONAM.

Na Morfologia Nominal, a flexão dá-se quando as palavras concordam em GÊNERO, NÚMERO,


GRAU E PESSOA e – no caso da língua grega – acrescentamos ainda o CASO e a DECLINAÇÃO.

Observe, porém, que os critérios de flexão não se aplicam todos a cada uma das classes dos
nomes. Os substantivos, por exemplo, não admitem variação de pessoa, enquanto os numerais
não possuem variação de grau, e assim por diante. Em todo caso, conhecer um nome (artigo,
substantivo, adjetivo, numeral ou pronome) é saber situá-lo em relação a cada um dos
critérios a ele cabíveis.

Ex.  (nominativo, masculino, singular, de 2ª declinação)


Ἐγώ (nominativo, primeira pessoa, singular)

Conhecer a palavra  é saber que é palavra masculina (gênero), que está no singular
(número); que, aplicada como sujeito de uma frase (Deus ensina), exigirá um verbo na terceira
do singular (pessoa); é saber que está no nominativo (caso), isto é, que pode assumir função
de sujeito; e é saber, por fim, que a palavra pertence à 2a declinação, e que, portanto, o seu
plural se faz com   (deuses).

Como as noções de gênero, número, pessoa e grau são já bem conhecidas, neste curso
estudaremos mais detidamente as noções de CASO e DECLINAÇÃO.

5
.

OS GÊNEROS: MASCULINO, FEMININO E NEUTRO

A língua grega possui 3 gêneros (masculino, feminino e neutro) e não apenas 2 como em
português. Esse fenômeno não deve causar espanto, pois também ocorre em línguas
modernas como o alemão e o inglês (he, she, it). Assim, por exemplo, a palavra árvore em
grego (τό δένδρον) não é feminina como em português, mas neutra.

A forma mais fácil de se informar sobre o gênero de uma palavra é olhar para o seu artigo, pois
o artigo acompanha e concorda com o substantivo:

ὁ ἀνήρ (o homem) = masculino ἡ γυνή (a mulher) = feminino

τό πνεῦμα (o espírito) = neutro


τό μέτρον (a medida) = neutro
τό παιδίον (a criança) = neutro
τό ὄνομα (o nome) = neutro
τό μάθημα (a lição) = neutro

Também é possível que algumas palavras que são masculinas em português nós as
encontremos em grego com outro gênero. Você já ouviu um alemão falando português e como
às vezes ele pode escorregar no gênero das palavras, dizendo “a minha carro está quebrada”?
Isto acontece porque, se a gente parar pra pensar, objetos e coisas como carro, sol, casa, etc
não têm sexo como o homem e a mulher.

A palavra “caminho” em grego é feminina: ἡ ὁδός (o caminho). É bem verdade que nada nos
obriga a traduzi-la como caminho; ἡ ὁδός poderia ser traduzida perfeitamente como “a
senda”, que também significa caminho e é feminina. Mas a traduzimos como “caminho”
porque “senda” é uma palavra menos conhecida em português. Experimente traduzir a frase a
seguir:

6
.

Ἐγώ εἰμι ἡ ὁδὸς καὶ ἡ ἀλήθεια καὶ ἡ ζωή (Jo 14,6)

ADJETIVOS TRIFORMES

Assim como os artigos e os substantivos em grego possuem 3 gêneros diferentes, também os


adjetivos – por uma questão de concordância – têm os mesmos gêneros masculino, feminino e
neutro. É por isso que, em grego, quando aprendemos um adjetivo novo, convém logo
mentalizá-lo nas suas três formas possíveis. Por exemplo, “belo, bela, belo/a”:
καλός, καλή, καλόν

Se um adjetivo feminino termina com ή, já ficamos sabendo que as suas formas masculina e
neutra terminam em ός e όν, respectivamente.

Agora, é preciso dizer que nem todos os adjetivos femininos terminam em ή. Às vezes, em vez
do padrão ός - ή - όν encontraremos adjetivos femininos terminados em α, como nos
seguintes casos:

δίκαιος, δικαία, δίκαιον (justo)


ἅγιος, ἁγία, ἁγίον (santo)
ἐλεύθερος, ἐλευθέρα, ἐλεύθερον (livre)
μικρός, μικρά, μικρόν (pequeno)

Como saber então se os adjetivos triformes seguem o padrão ός - ή - όν ou o padrão ός - α -


όν? É muito fácil. Basta observar a “regra do rei”, isto é, do  - Repare que o alfa só
substitui o éta quando alguma dessas três letrinhas  é a penúltima. Nos demais casos,
encontraremos sempre o modelo καλός, καλή, καλόν. Veja a seguinte frase:

ὁ ἑλληνικὸς κόσμος ἐστί ἡ ἑλληνικὴ γλῶττα.


O mundo grego é a língua grega.

7
.

Agora, está na hora de trabalhar um pouco. Pesquise na internet o significado dos adjetivos
abaixo. Eles são adjetivos muito comuns no Novo Testamento e na língua grega em geral. São
de enorme utilidade para enriquecer o nosso vocabulário:

ἀγαθός, ἀγαθή ἀγαθόν =

κακός, κακή, κακόν =

Potrebbero piacerti anche