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GEOPOSICIONAMENTO
Mais de 50 satélites como este NAVSTAR já foram lançados
desde 1979.
Receptores GPS vêm numa variedade de formatos, de dispositivos integrados dentro de carros,
telefones, e relógios, a dispositivos dedicados somente ao GPS como estes das marcas
Trimble, Garmin e Leica.
Tipos de receptores
Atualidades
Em 24 de Março de 2009 foi lançado o primeiro satélite GPS equipado com uma amostra
de hardware funcionando em frequência l5. Entre outras novidades, este satélite foi o primeiro a emitir
o sinal GPS numa frequência de 1.176,45 MHz (±1.2 GHz). E suas vantagens são:
CARTOGRAFIA
Mapa antigo de 1627
Cartografia matemática é o ramo da cartografia que trata dos aspectos matemáticos ligados à
concepção e construção dos mapas, isto é, das projecções cartográficas. Foi desenvolvida a partir do
final do século XVII, após a invenção do cálculo matemático, sobretudo por Johann Heinrich
Lambert e Joseph Louis Lagrange. Foram especialmente relevantes, durante o século XIX, os
contributos dos matemáticos Carl Friedrich Gausse Nicolas Auguste Tissot.
Cartometria é o ramo da cartografia que trata das medições efetuadas sobre mapas, designadamente
a medição de ângulos e direções, distâncias, áreas, volumes e contagem de número de objetos.
Os primeiros mapas
A função dos mapas é prover a visualização de dados espaciais e a sua confecção é praticada desde
tempos pré-históricos, antes mesmo da invenção da escrita. Com esta, dispomos de mapas em placas
de argila sumérias e papiros egípcios. Na Grécia antiga, Aristóteles e Hiparco produziram mapas com
latitudes e longitudes. Em Roma, Ptolomeu representou a Terradentro de um círculo.
A cartografia grega
Na cartografia grega podemos destacar Erastótenes de Cirene, que fez um experimento para
comprovar a esfericidade da Terra. Ele colocou um gnómon em Siena no Egito e outro em Alexandria.
As 12 horas do solstício de verão pode perceber que não havia sombra em Siena, entretanto em
Alexandria havia sombra projetada, sendo a primeira comprovação que a terra não era plana como se
pensava, servindo de base para a projeção de mapas.
No poema Odisseia e Ilíada, de Homero o autor faz uma descrição gráfica do mundo conhecido na
época. Em Ilíada Homero descreve o escudo de Aquiles que representa o primeiro mapeamento
cósmico. Anaximandro de Mileto construiu o primeiro mapa-múndi gravado em pedra, também é
atribuído a ele a medição das estrelas e o cálculo de sua magnitude. Já Hecateu de Mileto fez uma
descrição sistemática dos lugares, essa obra chama-se Periegesi, sendo considerado a primeira obra
geográfica. Demócrito de Abdera introduz os termos latitude (latu = largura) e longitude (longo =
alongado) indicando as medidas de distâncias no sentido vertical e horizontal,
respectivamente. Erastótenes foi o primeiro a determinar com precisão científica o tamanho da Terra.
No seu mapa-múndi desenhou sete linhas paralelas que passavam por lugares conhecidos da época.
Claúdio Ptolomeu escreveu por volta de 150 a.C a sua famosa obra Geographike Syntaxis (Síntese da
Geografia) que era composta de oito volumes de pergaminhos manuscritos e ilustrados por um mapa-
múndi, além de 26 mapas regionais que apresentavam detalhes continentais. O volume I dissertava
sobre a construção do globo de Crates e a técnica de projeção de mapas. Do volume II ao VII era
guias com uma extensa relação de aproximadamente 8000 nomes de lugares com coordenadas
geográficas, latitude e longitude. O volume VIII contém os princípios da cartografia, geografia e
matemática. Ensinava a construir e desenhar um mapa em projeção cônica. O mundo conh ecido por
Ptolomeu tinha 180° de longitude, 63° de latitude norte e 180° de latitude sul.
A cartografia medieval
Na Idade Média as representações cartográficas perdem as concepções que os gregos tinham,
passando a representar o mundo com um conceito religioso e os explicando conforme os
ensinamentos bíblicos.
Em geral esses mapas apresentavam um quadro conceitual com as seguintes linhas:
1ª Linha: O mundo era representado em forma retangular dentro de um tabernáculo chamado
de mundo tabernáculo, do tratado Topografia Cristã de Cosme Indicopleustes. No tratado Topografia
Cristã ele nega a ideia de esfericidade da Terra e dos Céus. Indicopleustes tem uma visão de mundo
fechado e finito, em que a terra está inserida dentro de uma caixa fechada semelhante a um
tabernáculo.
Globo com representação polar. Incluso no Livro de Marinharia, assinado por João de Lisboa em 1514.
Em poucos séculos, os mapas de navegação marítima, que passaram a ser grandemente valorizados
na região mediterrânica, associados aos progressos técnicos representados pela bússola,
pelo astrolábio e pela caravela, permitiram o processo das grandes navegações, marcando a
passagem para a Idade Moderna. Os portulanosintroduziram a rosa-dos-ventos e motivos temáticos
passaram a ilustrar as lacunas do conhecimento geográfico.
A cartografia moderna conhece um progresso imenso com os Descobrimentos portugueses, de que
são exemplo os primeiros mapas a escala mundial, de Pedro Reinel, João de Lisboa, Lopo Homem,
entre outros conhecidos cartógrafos do início do Século XVI. A compilação Portugaliae Monumenta
Cartographica contém mais de 600 mapas desde 1485 até 1700. Essa capacidade foi
progressivamente exportada para outros países, nomeadamente Itália, França ou Holanda, de que nos
chegaram muito mais cópias. Os cosmógrafos dos Países Baixos vão transformar este período da
história da Cartografia, em um dos períodos mais ricos e de maior produção cartográfica da história da
humanidade. A Cartografia produzida nesta época é uma cartografia de primeira categoria, que
passou a ser conhecida na história, como a “Idade de ouro da cartografia”, entre estes
confeccionadores de mapas estão:
Mercator (1512 - 1594) - geógrafo, astrônomo e matemático, flamengo, natural de Rupelmonde,
Flandres (hoje norte da Bélgica); ele representou a ruptura da influência da geografia e dos métodos
geográficos de Ptolomeu, na visão e representação da Terra, durante o Renascimento. - introduz a
projeção cilíndrica, que irá influenciar a cartografia seguinte nos séculos seguintes. Hoje é considerad o
o pai da cartografia moderna.
Em 1578, Mercator corrigiu e publicou uma versão atualizada dos 27 mapas da obra de Ptolomeu,
com os quais compôs a primeira parte da sua nova coleção de mapas, que recebeu o título “Nova et
aucta orbis terrae descriptio”. Esta obra pioneira apresentava 448 páginas in-fólio, ou seja, 56 páginas
de impressão, pela dobradura em duas iguais, constituindo 4 páginas.
Mercator atribuiu o nome de "Atlas“ a sua primeira coleção de mapas em 1578, em homenagem ao
Titã Atlas, da mitologia grega que foi condenado por Zeus a carregar eternamente em seus ombros o
peso da Terra e da abóbada celeste, além de carregar em suas costas uma grande coluna que
separava a Terra do Céu
Abraão Ortélio (1527-1598) - em 1570 encorajado por Mercator, compilou uma série de mapas de
autores diferentes e confeccionou a primeira coleção de mapas do Mundo moderno o “Theatrum Orbis
Terrarum”, o qual passou a ser considerado como o primeiro “Atlas Moderno”
Willem Janszoom Blaeu (1571-1638) -
Os mapas atuais
2-O Estatuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estabeleceu uma divisão territorial
que divide o Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
“Possui a segunda maior extensão territorial somando 1.606.371,505 km². De acordo com dados
divulgados no ano de 2013 pelo IBGE, possui uma população de aproximadamente 14,95 milhões
de habitantes, sendo que a densidade demográfica é de aproximadamente 9,4 habitantes para cada
km². A economia da região está baseada de uma forma geral na agricultura e na pecuária de bovinos,
equinos e bufalinos. Apresenta um clima tropical semiúmido e duas estações bem definidas. O
inverno é ameno e seco e o verão é quente, úmido e chuvoso. Muito marcada pelos processos
erosivos do tempo geológico, a região possui muitos planaltos e planícies, sem grandes áreas de
depressão. Os principais rios da região são o rio Xingu, rio Juruena, rio Teles Pires, rio Paraguai, rio
Araguaia, rio Paraná e rio Tocantins. Além disso, a região abriga três usinas hidrelétricas e tem como
predominância a produção de alguns principais produtos agrícolas, como o milho, soja, mandioca,
arroz, feijão, café, abóbora, trigo e amendoim.”
1. Lugar
2. Território
3. Paisagem
4. Escala
5. Globalização
( ) Porção do espaço apropriável para a vida, que é vivido, reconhecido e cria identidade.
( ) Aborda os fenômenos decorrentes da implementação de novas tecnologias de comunicação e
informação.
( ) Compreende o visível do arranjo espacial possuindo um caráter social, pois também é formada de
movimentos impostos pelo homem.
( ) Espaço definido e delimitado por e a partir das relações de poder.
( ) Compreende não apenas a questão dimensional, mas também fenomenal, quando dedicada ao
fenômeno espacial que se discute.
4-Atente para o seguinte excerto: “A cartografia é considerada uma linguagem, um sistema de código
de comunicação imprescindível em todas as esferas da aprendizagem em geografia, articulando
fatos, conceitos e sistemas conceituais que permitem ler e escrever as características do território”.
Fonte: CASTELLAR, Sonia. A psicologia genética e a aprendizagem no ensino de geografia. In:
CASTELLAR, Sonia (organizadora). Educação e geografia – Teorias e práticas docentes. 3ª edição.
São Paulo: Contexto, 2014. p. 45.
5-Conceitos cartográficos e conceitos geográficos tais como localização, natureza e paisagem podem
ser construídos e melhor trabalhados a partir de práticas cotidianas como
a)aulas expositivas sobre o conteúdo formal.
b)construção coletiva de maquetes de um lugar.
c)revisões conceituais desta literatura.
d)avaliações formais aplicadas bimestralmente.
I . Mapas temáticos, geralmente, são mais detalhados e usados para tratar áreas e/ou assuntos
específicos.
PORQUE
II . Apresentam pequena escala, com poucas reduções, possibilitando visualizações mais amplas.
13-A respeito dos mapas temáticos, estão corretas as afirmativas a seguir, exceto:
a)Os mapas que representam a superfície física da Terra, como as formas de relevo, a hipsometria,
a hidrografia e o clima, são chamados de mapas físicos.
b)A representação de divisas e fronteiras entre países e/ou entre unidades federativas
estabelecidas e consolidadas politicamente é utilizada nos mapas políticos.
c)Mapas como os das Capitanias Hereditárias no Brasil ou do Tratado de Tordesilhas são
econômicos. Esse tipo de mapa é utilizado para representar algum acontecimento em algum
período histórico.
d)Nos mapas estilizados, não há a representação fiel das proporções das diferentes áreas do
espaço geográfico.
e)A dinâmica, índices e distribuição das populações são representados por um tipo específico de
mapa temático: o mapa demográfico.
14-O professor de Geografia solicitou que um dos alunos fosse ao quadro para resolver duas
questões de escala.
• Questão 1: Em um mapa com escala 1:200.000 apresenta uma distância 20 cm entre os pontos A
e B. Dessa forma, a correta distância entre os dois pontos na realidade é: Resolução 200.000 x 20 =
1 cm para cada 200.000 cm x 20 cm = 4.000.000 transformando para Km 400 km.
• Questão 2: As escalas abaixo podem ser classificadas como, respectivamente: Resolução a)
numérica e b) gráfica.
15-Representar a superfície terrestre com a maior precisão possível tem sido um desafio
enfrentado pela humanidade desde a Antiguidade. Diante disso, vêm sendo criadas, desde o
século XVI e por diversos cartógrafos, as projeções cartográficas, que são técnicas usadas
para representar a superfície terrestre num plano, como o mapa-múndi ou planisfério. O termo
projeção sugere que continentes, oceanos, mares e demais porções da superfície terrestre
são “projetados” num plano, sobre o qual se desenha um sistema de coordenadas
geográficas. Observe a imagem da projeção cartográfica a seguir.
“Tal projeção mantém a proporção real entre terras e águas. Possibilita a visão de conjunto
da superfície terrestre, associada à esfericidade, graças ao seu ‘formato de coração’. As
distorções da forma dos continentes são menores ao longo do Meridiano de Greenwich e do
Polo Norte, que estão no centro dessa projeção.” Trata-se de:
a)Goode.
b) Lambert.
c)Mollweide.
d)Cordiforme de Werner.
I. Menos relacionado à escala ou área de abrangência, o conceito deve ser entendido como um
sistema complexo de relações entre os fatores bióticos e abióticos; pode ser um lago, um rio ou parte
dele, um oceano, uma floresta, um aquário ou mesmo um outro ambiente construído pelo ser
humano, por exemplo, uma cidade.
II. O conceito diferencia-se de “formação vegetal” por incluir a fauna e os fatores abióticos como
características do clima, solo e relevo – para identificar as unidades espaciais. Abrange áreas com
dimensões superiores a um milhão de quilômetros quadrados que apresentam certa uniformidade de
ambiente.
III. É essencial para o estudo das características naturais na perspectiva geográfica, pois permite
analisar as transformações vegetais de forma integrada com os demais elementos naturais, como o
relevo, o solo, o clima e os fluxos hidrológicos.
IV. Abrange extensas áreas subcontinentais, onde predominam determinadas características
fitogeográficas, ou seja, de distribuição das formações vegetais, bem como de clima e relevo. Pode
ser formado por distintos biomas, como ocorre no Cerrado brasileiro.
18-A um cartógrafo foi solicitado que fizesse um mapa baseado em uma maquete de um parque
florestal. Como ele não teve acesso ao mundo real e a outras informações, fez o mapa com a escala
de 1:100 em relação à maquete.
Sabendo-se que a escala da maquete era de 1:10.000 para o mundo real, qual a escala que o mapa
deveria ter para representar a realidade?
a)1:0,001
b)1:0,1
c)1:10
d)1:1.000
e)1:1.000.000
19-Sobre a Rosa dos Ventos e os pontos cardeais e colaterais, julgue verdadeiras (V) ou falsas (F)
as proposições.
I - Os pontos colaterais são nornordeste (NNE), nor-noroeste (NNW), sul-sudeste (SSE), sul-sudoeste
(SSW), lés-nordeste (ENE), léssudeste (ESE), oés-sudeste (WSE) e oés-sudoeste (WSW).
II - Os pontos cardeais são Norte (N), Sul (S), Leste (E) e Oeste (W).
III - Nordeste (NE), Sudeste (SE) não são pontos colaterais.
IV - Noroeste (NW) e Sudoeste (SW) são pontos colaterais.
A sequência correta é:
a) F V F V.
b)F V V F.
c)V V F V.
d)F V F F.
e)V V V F.
20- Os ângulos horizontais tomados a partir da direção Norte - Sul recebem nomes especiais
de acordo com a posição da origem da contagem. É chamado__________ o ângulo contado a
partir do Norte até o alinhamento, no sentido horário. Se esse ângulo é contado a partir da
direção mais próxima, Norte ou Sul, recebe o nome de __________ . Assinale a alternativa que
completa correta e respectivamente as lacunas.
a)interno; externo
b)azimute; rumo
c)externo; interno
d)rumo; azimute
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:
22-O Brasil é um país com grande extensão territorial que determina diferenças entre os horários das
unidades da federação. Sendo assim, não considerando o período do horário de verão, quando for
cinco horas da tarde (17:00) no Mato Grosso será, respectivamente, os seguintes horários no Distrito
Federal, Pará e Rondônia:
a)16:00; 17:00 e 18:00
b)16:00; 16:00 e 17:00.
c)17:00; 18:00 e 16:00.
d)18:00; 18:00 e 17:00.
e)18:00; 17:00 e 16:00.
23-O Brasil é um país com grande extensão territorial que determina diferenças entre os horários das
unidades da federação. Sendo assim, não considerando o período do horário de verão, quando for
cinco horas da tarde (17:00) no Mato Grosso será, respectivamente, os seguintes horários no Distrito
Federal, Pará e Rondônia:
a)16:00; 16:00 e 17:00.
b)18:00; 18:00 e 17:00.
c)17:00; 18:00 e 16:00.
d)16:00; 17:00 e 18:00.
e) 18:00: 17:00 e 16:00.
24-O Brasil é um país com grande extensão territorial que determina diferenças entre os horários das
unidades da federação. Sendo assim, não considerando o período do horário de verão, quando for
cinco horas da tarde (17:00) no Mato Grosso será, respectivamente, os seguintes horários no Distrito
Federal, Pará e Rondônia:
a)16:00; 16:00 e 17:00
b)16:00; 17:00 e 18:00
c)18 00; 17:00 e 16:00
d)17:00; 18:00 e 16:00
e)18:00: 18:00 e 17:00
28-A origem do horário de verão data do início do século XX. No Brasil, foi adotado pela primeira vez
em 1931, mas não permanentemente desde então. Com a publicação do Decreto 6558, de 08 de
setembro de 2008, o horário de verão passou a ter caráter permanente: é adotado em parte do
território brasileiro entre zero hora do terceiro domingo de outubro e zero hora do terceiro domingo
de fevereiro do ano seguinte. Nesse período, os estados em que for implantado, os relógios são
adiantados em 1h em relação a hora legal de Brasília.
Assinale a alternativa CORRETA sobre a porção do território brasileiro em que ocorre o horário de
verão.
a)Todos os estados litorâneos entram no horário de verão, pois a partir do solstício de verão no
hemisfério sul, o período de insolação é maior, tendo em vista que o sol nasce mais cedo e se põe
mais tarde, até o equinócio de outono.
b)Os estados cortados pela linha do Equador possuem horário de verão tendo em vista a ampla
incidência de radiação solar e insolação durante todo o ano.
c)Na região sul do país, não ocorre horário de verão, uma vez que esta encontra-se na zona
climática temperada sul, caracterizada por quatro estações bem definidas e uma menor taxa de
insolação durante todo o ano, se comparada com as demais regiões do país.
d)Todos os estados da região sul, sudeste e centro-oeste, juntamente com os Estados da Bahia e
Rondônia, em função da posição latitudinal, possuem horário de verão.
e)O horário de verão é adotado nos estados mais distantes da Linha do Equador, onde a diferença
de fotoperíodo permite que essa medida proporcione economia no consumo de energia elétrica.
29-Segundo Castrogiovani (2001), é fundamental que o aluno aprenda a fazer uma leitura crítica da
representação cartográfica, sendo necessário conhecer e saber utilizar os elementos do mapa em
diferentes e possíveis leituras. Na coluna abaixo relacione corretamente as operações mentais
preparatórias com os elementos cartográficos.
I) Proporcionalidade
II) Conservação da forma
III) Interioridade/ exterioridade
IV) Função simbólica
( ) Projeções cartográficas
( ) Legenda
( ) Escalas
( ) Limites e fronteiras
30-Segundo Fitz (2008), os mapas temáticos, gerados a partir do uso das técnicas de
geoprocessamento devem apresentar determinadas características básicas para que possam ser
facilmente entendidos por qualquer usuário, profissional ou leigo. Para se ter uma informação objetiva
e de fácil compreensão da realidade espacial, deve-se atentar para:
a)as tonalidades e hachuras;
b)a forma do símbolo;
c)a escala;
d)o sistema de projeções utilizadas;
e)a hipsometria.
31-Qual será a escala utilizada no produto cartográfico se o município de Planaltina (GO) realizar um
mapeamento de uma área com precisão gráfica de 0,2 mm, em que o detalhamento exige que sejam
distinguidas feições de mais de 3 m de extensão?
a)1/1500.
b)1/150.
c)1/15000.
d)1/150000.
e)1/1500000.
32-Tipo particular de mapa temático em que as áreas dos territórios são mostradas em tamanhos
proporcionais à importância de sua participação no fenômeno representado.
38-A distância entre duas cidades é de 360 km. No mapa de um livro de Geografia, a distância é
representada por um segmento de reta medindo 1,5 cm.
Logo, pode-se dizer que a escala em que foi feito esse mapa é a de
a)1 : 24.000.000.
b)1 : 2.400.000.
c)1 : 240.000.
d)1 : 2.400.
39-
40-
Os pontos intermédios nor-nordeste e su-sudoeste localizam-se, respectivamente, entre os pontos
cardeais
a)norte e nordeste; sul e sudoeste
b)norte e leste; sul e leste
c)norte e sudeste; sul e sudoeste
d)norte e leste; sul e oeste
e)norte e oeste; sul e oeste
Respostas 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32
: 33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
Construções e Energia Rural
Construções rurais é uma parte da Engenharia Rural de grande importância em qualquer tipo de
planejamento para fomento de atividades agropecuárias. Seja na criação de animais, seja na agricultura em
geral, eles estão sempre presentes. O seu campo de atuação é bastante amplo, visando ao aumento da
produtividade, através de métodos de racionalização da produção, podendo-se citar as instalações para
animais, armazenamento e beneficiamento da produção, aproveitamento de subprodutos, industrialização e
mercado, como os principais.
Pelas suas características próprias, requer conhecimentos intimamente relacionados com a área
agronômica e zootécnica, os quais, aliados à simplicidade e a economia de execução, irão proporcionar,
dentro da técnica, o desejável funcionamento das instalações.
Em se tratando de instalações rurais, existem aquelas destinadas às atividades agrícolas (galpões de
armazenamento, de beneficiamento, as edificações destinadas ao armazenamento de agrotóxicos, adjuvantes
e produtos afins, viveiros, estufas) e as instalações destinadas à produção animal, que são as Instalações
Zootécnicas. Fatores econômicos e técnicos, bem como a preferência por um determinado sistema, irão
influenciar o produtor na escolha do tipo de instalação de acordo com o seu sistema de produção.
As construções compreendem o conjunto de prédios que o produtor deve possuir para racionalizar sua
produção e sua criação. Em geral, devem obedecer às seguintes condições básicas:
- serem higiênicas: terem água disponível e destino adequado dos resíduos;
- serem bem orientadas no terreno;
- serem simples e funcionais;
- serem duráveis e seguras: utilização de materiais e técnicas construtivas adequadas;
- serem racionais: rapidez e eficiência no uso de materiais e mão-de-obra;
- permitirem controle das variáveis climáticas;
- permitirem expansão; e
- serem de baixo custo.
Deverá, ainda, atender as legislações federal, estadual e municipal, relativas ao meio ambiente,
controle sanitário e segurança. É desejável que o sistema seja eficiente na movimentação, manejo dos
dejetos, de forma que promova condições de trabalho favorável e confortável para os funcionários, e, por
fim, mas não menos importante, ser economicamente viável.
O princípio que deve nortear qualquer construção, grande ou pequena é o de fazer uma obra
praticamente perfeita no menor tempo possível e ao menor custo, aproveitando o máximo rendimento das
ferramentas e da mão-de-obra. Logicamente é muito difícil, senão impossível, fazer-se a obra perfeita, mas
deve-se procurar, por todos os meios, aproximar-se dessa situação.
Para que isso seja possível, torna-se necessário muita atenção em todas as fases da construção. Estas
fases são:
a) Preliminares: São os trabalhos iniciais que antecedem a construção propriamente dita e são os
seguintes: elaboração do programa (finalidade da obra); escolha do local; organização do local de trabalho;
estudo do solo e subsolo; terraplenagem ou acerto do terreno; projeto.
b) Execução: Consta da abertura das valas de fundação; consolidação do terreno; alicerces;
baldrames; obras de concreto armado ou simples; levantamento das paredes; cobertura ou telhado; pisos.
Planejamento
É a organização dos recursos disponíveis, sejam naturais, materiais, financeiros e humanos,
aproveitando o máximo de sua potencialidade, com o intuito de se atingir metas pré-estabelecidas. Consiste
no cuidadoso estudo técnico e econômico do sistema produtivo que culmina com o projeto físico das
instalações.
No planejamento deve-se ter como foco:
- Para os animais e plantas, as instalações devem proporcionar proteção contra a adversidade climática
e um ambiente saudável.
- Para o produtor, as instalações devem ser práticas e funcionais, de tal modo que permitam a
execução das tarefas rotineiras com o máximo de eficiência.
Tendo como visão da engenharia: Máximo rendimento pelo mínimo custo de produção.
O planejamento deve ser realizado, pois após o término da obra, as modificações são difíceis. Além
disso, os custos de produção são muito afetados pela funcionalidade das instalações.
É bom lembrar que em qualquer ramo de atividade o pior planejamento é melhor que a melhor das
improvisações e que se faz necessário sintetizar em projeto, os dados coletados sobre a área e sempre que
possível ter a disposição para consultas, projetos complementares com detalhamentos específicos do que se
deseja construir e explorar.
Etapas do planejamento
a) Estudo de mercado
- Comercialização é o objetivo do sistema produtivo
- Deve-se conhecer o comportamento do mercado: Curvas de demanda, oferta e de preços
- Previsões e perspectivas para o futuro
- Economia: conhecimento do mercado local
b) Fatores considerados na escolha do local
Todas as obras rurais começam pela escolha do terreno. Ele deve ser pouco inclinado, firme e seco.
Também é muito importante a posição do terreno dentro da propriedade. Para isso vários fatores devem ser
observados, como: proximidade de estradas, facilitando o acesso de veículos; facilidade de captação de água;
facilidade de acesso à rede elétrica.
A escolha do local de implantação de qualquer tipo de instalações impõe uma série de averiguações a
fim de que se possa tirar do local, o máximo de vantagens. As principais são:
• Se não há impedimento legal para uso do terreno;
• Se a topografia permite implantação econômica da obra;
• Se a natureza do subsolo permite uma construção estável e pouco onerosa;
• Se permite um fluxo eficiente;
• Se oferece boas condições quanto a vias de acesso, direção de ventos, clima;
• Se há possibilidade de escoamento de águas pluviais, águas servidas e dejetadas.
Em função da Topografia da área, devem-se aproveitar as quedas d’água por gravidade para as
diferentes necessidades da propriedade, incluindo aí as criações e irrigações de hortas e viveiros.
Manejo dos dejetos
Cuidados para se evitar problemas ambientais. Local adequado deve:
• Satisfazer exigências legais referentes ao Meio Ambiente;
• Topografia deve permitir armazenamento e drenagem;
• A área deve ser suficiente para armazenar ou depositar os efluentes
• Direção/sentido de ventos dominantes e distâncias adequadas devem ser observadas para que
habitações e vizinhos não sejam incomodados por odores.
Drenagem
Fator importante a ser observado. Topografia deve permitir boa drenagem a fim de:
- assegurar boas condições de piso;
- manter as fundações secas;
- evitar a ocorrência de encharcamentos (presença de lençol freático superficial pode facilitar sua
poluição e carrear contaminação a longas distâncias).
Água
Quantidade, qualidade e acessibilidade.
Expansões
Antecipar possibilidade de crescimento do empreendimento.
Distâncias:
Visar maior eficiência da mão-de-obra e controle de doenças e de odores.
Orientação solar:
É importante verificar a posição do sol, a predominância dos ventos em relação ao terreno. Várias
benfeitorias (galpão para criação de aves, etc) necessitam de uma proteção contra o sol, ventos ou frio. Essa
proteção pode ser feita mediante a localização correta das benfeitorias na área.
- Regiões quentes e úmidas: direção adequada leste-oeste:
- Evitar insolação direta no interior da instalação (quanto maior a latitude, maior o beiral para proteção
de insolação direta).
- Regiões de temperaturas amenas e umidade elevada: orientação norte-sul:
- Insolação direta nas primeiras e últimas horas do dia.
Em alguns casos, como na avicultura, o sol não é imprescindível, e se possível, o melhor é evitá-lo
dentro dos aviários. Assim, devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-
oeste (Figura 1). Esta condição é de preferência, pois sabemos que nem sempre é possível executar esta
orientação, devido a uma série de fatores como: topografia, ventos dominantes, outras instalações existentes,
etc.
Nessa posição nas horas mais quentes do dia a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga
calorífica recebida pelo aviário será a menor possível. Por mais que se oriente adequadamente o aviário em
relação ao sol, haverá incidência direta de radiação solar em seu interior em algumas horas do dia na face
norte, assim, pode-se utilizar alternativas como forma de evitar a incidência do sol (árvores, beiral, etc).
Para a construção de estufas, a recomendação é que deve-se observar a orientação dos ventos
predominantes, ou seja, a construção nunca deve ser perpendicular à direção do vento, e sim, construída no
sentido da sua direção. Mas, para se obter a máxima vantagem da radiação solar, principalmente no inverno,
a estufa deve ter seu eixo maior na direção leste-oeste. Esta posição reduz a um mínimo o sombreamento das
vigas da estrutura e as mesmas se tornam mais eficientes na transmissão da radiação solar.
Na fase da elaboração do projeto, deve-se levar em conta o fim a que se destina a área rural, quais as
necessidades e perspectivas de aproveitamento da propriedade, se apenas para lazer ou proporcionar lucro.
Neste último caso, é preciso identificar com clareza, que procedimentos são mais recomendáveis para
atingirem objetivos e metas capazes de tornar viável a execução do projeto, garantindo assim sua
rentabilidade.
O projeto é o conjunto de instruções necessárias à execução de uma obra. É composto de desenhos,
placas e até, em alguns casos, de especificações. O importante é que defina o local onde será feita a obra,
todas as suas dimensões, os materiais a serem utilizados e as suas quantidades. Quando bem elaborado o
projeto pode reduzir o custo da obra, pois evita desperdícios e aumenta a qualidade e a durabilidade da
construção.
Ao executar o projeto de uma benfeitoria, é preciso pensar sempre em como ela ficará depois de
construída, mesmo que seja executada em etapas ou ampliada aos poucos. Isso evita desperdícios em
demolições, geralmente necessárias quando se dá continuidade à obra. Sempre que houver necessidade de
fazer modificações na benfeitoria, é recomendável consultar primeiro o autor do projeto, sobretudo nas obras
de maior responsabilidade. Ele ajudará a encontrar a melhor solução.
Para organizar o projeto de uma construção, é importante saber que este compreende duas partes: a
parte gráfica e a parte descritiva.
• Planta Baixa - É a principal representação gráfica de uma construção, pois consiste na visualização
superior da construção. São seções horizontais da edificação e representam informações relativas à largura e
comprimento planta de situação e diagrama de cobertura. A planta deve ser desenhada sempre com a frente
voltada para baixo.
• Cortes – consiste na visualização da construção, após a mesma ter sido cortada por um plano vertical
e retirada a parte anterior. Tem por finalidade apresentar as várias das paredes (pé direito), altura de janelas e
portas, altura de peitoris, vigas, vergas, etc. Além disso, através dos cortes apresenta-se os principais detalhes
das fundações, lajes, coberturas e outros. Deve ser feitos, no mínimo, dois cortes, escolhendo aqueles mais
significativos (com mais detalhes);
Os telhados são vistos em ambos os cortes, geralmente são sustentados pelas tesouras que aparecem
sempre de frente quando é transversal ao telhado. Nos cortes longitudinais, para efeito de representação do
telhado, considera-se o corte passando pela parte mais alta do telhado, ou seja, pela cumeeira.
• Fachadas - são vistas externas ao objeto e tem por finalidade mostrar as faces (aparência) da
construção exteriormente, após ser concluída a obra.
2. Parte descritiva - É onde, de forma clara, direta e simples, descrevem-se as técnicas construtivas e
os materiais a serem utilizados na construção. Os temas são abordados na sequência das fases de construção
(trabalhos preliminares, de execução e de acabamento). Inclui-se também o orçamento, que é uma previsão
de custos necessária para os cálculos do capital de desenvolvimento (custo da obra). É quantificar insumos,
mão de obra, ou equipamentos necessários a realização de uma obra ou serviço bem como os respectivos
custos e o tempo de duração dos mesmos.
Outro fator importante em relação às construções são os materiais que serão utilizados. Os materiais
de construção podem ser simples ou compostos, obtidos diretamente da natureza (Ex.: pedra, areia) ou
podem ser de origem industrial (Ex.: cimento, telha). O seu conhecimento é que permite a escolha dos mais
adequados à cada situação. Do seu correto uso depende em grande parte a solidez, a durabilidade, o custo e a
beleza (acabamento) das obras.
Para que sejam considerados adequados, deve ser considerado:
a) Resistência: material deve apresentar resistência compatível com os esforços a que será
submetido.
c) Durabilidade: resistência que o material oferece à ação dos agentes atmosféricos, biológicos e
químicos, oriundos de causas naturais ou artificiais, tais como luz, calor, umidade, insetos, microorganismos,
sais, etc.
d) Higiene e Saúde: material não deve causar danos à saúde do trabalhador e nem do usuário da obra.
e) Econômico: o material, respeitadas as considerações técnicas, deve ser adequado do ponto de vista
econômico.
1. AGREGADO (Aglomerados)
Definição: Entende-se por agregado o material granular, sem forma e volume definidos, geralmente
inerte (não reagem com o cimento), de dimensões e propriedades adequadas para uso em obras de
engenharia.
Obtenção: São agregados as rochas britadas, os fragmentos rolados no leito dos cursos d’água e os
materiais encontrados em jazidas, provenientes de alterações de rochas.
Utilização: São utilizados em lastros de vias férreas, bases para calçamentos, pistas de rolamento das
estradas, revestimento betuminoso, e como material granuloso e inerte para a confecção de argamassas e
concretos.
Classificação
- Quanto à origem:
• Naturais - são denominados naturais aqueles que são extraídos da natureza na forma de
fragmentos como areia e pedregulho.
• Artificiais - são os materiais que passam por processos de fragmentação, como pedra britada.
- Quanto à densidade:
• Agregados leves - pedra pomes, vermiculita, argila expandida, etc.
• Agregados pesados - barita, magnetita, limonita, etc.
• Agregados normais - areia, pedregulhos e pedra britada.
2. AGLOMERANTES
Aglomerantes ou aglutinantes são produtos empregados para rejuntar alvenarias ou para a execução de
revestimentos de peças estruturais. Apresenta-se sob a forma pulverulenta e, quando misturados com água,
formam pasta capaz de endurecer por simples secagem, ou, o que é mais geral em consequência de reações
químicas, aderindo às superfícies com as quais foram postas em contato.
Classificação:
c) Aglomerantes naturais: são os que procedem da calcinação de uma rocha natural, sem adição
alguma. Como exemplo temos a cal, que pode ser utilizada em argamassas (reduz a permeabilidade, aumenta
a plasticidade e a trabalhabilidade); e o gesso, utilizado para cobrir paredes, chapas para paredes e tetos,
usados exclusivamente para interiores e não podem ter função estrutural.
3. ARGAMASSAS
Classificação:
• Argamassas Simples - com um aglomerante.
• Argamassas Mistas – com mais de um aglomerante.
Blocos de Concreto
Peças regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água. O
equipamento para a execução dos blocos é a prensa hidráulica. O bloco é obtido através da dosagem racional
dos componentes, e dependendo do equipamento é possível obter peças de grande regularidade e com faces e
arestas de bom acabamento. Em relação ao acabamento os blocos de concreto podem ser para revestimento
(mais rústico) ou aparentes.
5. MATERIAIS CERÂMICOS
Tijolos comuns
São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas, obtidos após a queima das
peças em fornos contínuos ou periódicos com temperaturas da ordem de 900 a 1000°C. Pode ser
caracterizado como um material de baixo custo, usado exclusivamente para fins estruturais e de vedação,
sem muitas exigências quanto à aparência. Independente da qualidade, há muitos formatos de tijolos. O mais
comum é o tijolo cheio, também chamado maciço ou caipira.
Podem ser crus, quando não sofrem cozeduras, sendo simplesmente secos ao ar ou ao sol e são
utilizados em construções modestas. Podem se apresentar como tijolos ordinários, quando cozidos em forno,
lhe garantindo dureza e resistência. Como tijolos refratários, que são preparados com argila quase pura e
resistem a elevadas temperaturas sem se deformarem. Podem ser produzidos manualmente ou
mecanicamente e são utilizados basicamente em alvenaria de embasamento e de elevação.
Tijolo furado (baiano)
Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas retilíneas. São produzidos a partir da cerâmica
vermelha, tendo a sua conformação obtida através de extrusão. A seção transversal destes tijolos é variável,
existindo tijolos com furos cilíndricos e com furos prismáticos.
No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos estão dispostos paralelamente à superfície
de assentamento o que ocasiona uma diminuição da resistência dos painéis de alvenaria.
As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas
de assentamento e revestimento, por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que aumentam a
aderência.
Telhas
As telhas de barro utilizadas como material de cobertura podem ser curvas ou planas, devendo ser
duráveis tanto quanto econômica. Podem ser do tipo Marselha ou Francesa e telhas coloniais. Os processos
de fabricação são semelhantes aos dos tijolos.
6. MADEIRA
É um material de largo emprego e grande importância na construção. Na condição de material de
construção, as madeiras incorporam todo um conjunto de características técnicas, econômicas e estéticas que
dificilmente se encontram em outro material existente. Assim, esse material possui as seguintes vantagens:
- Apresenta resistência mecânica tanto a esforços de compressão como de tração e flexão: foi o
primeiro material a ser utilizado tanto em colunas como em vigas e vergas;
- Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações, onde pode ser trabalhado com
ferramentas simples;
Além disso, possui outras vantagens:
- Boas características de isolamento térmico e acústico;
- Grande variedade de padrões;
- Reservas renováveis.
Desvantagens:
- Material heterogêneo;
- Formas limitadas: alongadas e de seção transversal reduzida;
- Deterioração fácil (depende do tipo de madeira e do tratamento).
FUNDAÇÕES
A primeira etapa efetiva da construção é a execução das fundações. As fundações são obras enterradas
no terreno, com a finalidade de receber todas as cargas da construção, transmitindo-as, uniformemente, sobre
o leito de fundação. Por isto, as fundações devem ser resistentes e dimensionadas para as condições do local.
Importância das fundações: serão à base das construções. Se uma fundação não for realizada
corretamente, poderá comprometer a construção (obra) posteriormente, acarretando custos mais elevados e
paralisação das atividades.
Nas propriedades rurais, alguns cuidados devem ser tomados:
• Preferir terreno de natureza geológica boa, se possível, protegido de ventos dominantes da região;
• Evitar terrenos baixos, de lençol freático muito próximo à sua superfície;
• Escolher locais afastados de pontos insalubres;
• Terrenos turfosos e resultantes de aterro de lixo devem ser evitados, por serem fracos e úmidos,
sujeitos à decomposição da matéria orgânica.
A necessidade de enterrar das fundações se deve a duas razões:
• Evitar o escorregamento lateral da construção;
• Eliminar a camada superficial, geralmente composta de material em decomposição ou aterro.
Leito da fundação refere-se ao plano que se prepara no subsolo para o assentamento dos alicerces. O
alicerce serve como ancoragem da fundação, e suporta as lajes, sendo feito até a altura do solo.
Tipos de Fundações
Há vários tipos de fundações, dependendo do tipo de solo (resistência) e das condições do local onde a
benfeitoria será construída.
Quanto à profundidade da cota de apoio, estão divididas em: Rasas e Profundas.
Fundações Rasas: cotas de apoio até 2 metros de profundidade.
Fundações Profundas: cotas de apoio acima de 2 metros de profundidade.
Baldrame ou Sapata Corrida: Acompanha as paredes da construção, sendo usada como apoio a elas. É
uma fundação continua, com formato de viga, feita de concreto simples ou armado, armado, de solo-cimento,
cimento ou de blocos de concreto (blocos-canaletas).
Radier ou Laje Radier: é uma fundação em formato de laje, feita de concreto armado e apoiada
diretamente sobre o solo compactado. Possui a mesma área da benfeitoria, podendo ser um pouco maior que
o seu contorno (geralmente, 60 cm para cada um dos lados), para já servir de calçada.
Blocos e Sapatas: composta de elementos de concreto, construída nos pontos que recebem as cargas
dos pilares.
ALVENARIA
Alvenaria é a arte ou ofício de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais ou
artificiais, ligadas ou não por argamassa. Também pode ser definida como o sistema construtivo de paredes e
muros, ou obras similares, executadas com pedras, com tijolos cerâmicos, blocos de concreto, cerâmicas,
assentados com ou sem argamassa de ligação.
Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela é chamada alvenaria
resistente, pois além do seu peso próprio, ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, etc.). Quando a
alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além de seu peso próprio é denominada alvenaria
de vedação.
Os dois tipos principais de alvenarias são as naturais (pedras irregulares e regulares) e artificiais
(blocos de concreto, cerâmicos, solo-cimento, adobe).
As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais utilizadas, mas existem
investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrialização de sistemas construtivos
aplicando materiais diversos.
TIPOS DE PAREDES
A espessura das paredes é sempre múltiplo das dimensões dos tijolos. São colocadas em camadas
horizontais (fiadas) e com juntas desencontradas. Podem ser dispostas de diversos modos conforme a
espessura das paredes, que é indicada pelo número de tijolos.
Parede de espelho (cutelo) – feitas com tijolos assentados segundo a espessura e o maior comprimento.
Empregadas nas divisões internas de edificações.
Parede de meio tijolo (frontal) – tijolos assentados segundo a sua face maior e de modo que a largura
corresponda à espessura da parede. Servem para vedação e para suportar esforços.
Parede de um tijolo – tem como espessura o comprimento do tijolo. São recomendadas para paredes
externas, pois oferecem boa resistência e impermeabilidade (quando revestidas).
Parede de um tijolo e meio – tem como espessura um tijolo e meio, sendo dispostos de várias
maneiras. Recomendadas para paredes que necessitarão de resistência.
Em função do tamanho dos tijolos e da espessura da junta podemos calcular quantas unidades de
tijolos precisamos para preencher um metro quadrado de alvenaria, e, a partir daí, chegar ao consumo de
material.
Seja:
N TH x TV
Onde:
N= número de tijolos por m2
TH = Quantidade de tijolos na horizontal (metro linear)
TV = Quantidade de tijolos na vertical (metro linear)
(C=comprimento tijolo, J=junta)
Portanto, para esta parede são necessários 70 tijolos por m². Acrescentar 10% para perdas.
Outro método:
Tijolo furado, assentamento em pé (½ tijolo). Medidas (m): 0,14 x 0,19 x 0,29
Área de 1 tijolo, incluindo juntas: 0,21m (21cm) x 0,31m (31cm) = 0,0651m2;
Quantidade de tijolos por m2: 1,00m2 ÷ 0,0651m2 = 15 peças. Acrescentar 10% para perdas.
PISO E CONTRAPISO
Contrapiso
Importância:
• Servir de suporte para o revestimento de piso e seus componentes,
• Corrigir pequenos desníveis na laje do piso,
• Resistir às cargas atuantes durante a utilização, sem apresentar rupturas,
• Embutir tubulações elétricas e hidráulicas,
• Incorporar sistemas de impermeabilização,
• Complementar sistemas de isolamento acústico ou térmico,
• Proporcionar os caimentos necessários para os diversos tipos de uso dos ambientes.
Características do contrapiso
A argamassa para contrapiso geralmente possui o seguinte traço e o rendimento (Tabela 3).
PISOS
A argamassa para pisos possui geralmente uma espessura de 3 cm, mas pode variar em função do uso.
A Tabela 3 traz os traços e rendimentos para alguns tipos de pisos que poderão ser utilizados em construções
e instalações rurais.
A cobertura, parte superior da edificação que a protege das intempéries, é constituída por uma parte
resistente (laje, estrutura de madeira, estrutura metálica, etc.) e por um conjunto de telhas com função de
vedação (telhado), podendo apresentar ainda um forro e uma isolação térmica.
Deve cumprir as seguintes funções básica:
• Proteção das partes internas das construções;
• Dar inclinação adequada, de acordo com o tipo de telha utilizada, para drenar águas pluviais;
• Formar um "colchão de ar" entre o forro e a telha, possibilitando controle da temperatura interna,
melhorando as condições de conforto térmico.
A estrutura é considerada como o conjunto de componentes ligados entre si, com a função de suportar
o telhado. A estrutura é composta por uma armação principal e outra secundária.
A estrutura principal é um conjunto de componentes ligados entre si com a função de suportar a
estrutura secundária e o telhado, pode ser constituída por tesouras, pontaletes ou por vigas e a estrutura
secundária constituída pelas ripas, caibros e terças. Para estruturas metálicas e de madeira onde são
assentadas telhas do tipo ondulada a estrutura secundária resume-se basicamente em terças, frechais e
pontaletes.
A estrutura secundária é um conjunto de componentes ligados entre si com a função de suportar o
telhado, podendo ser constituída das seguintes peças:
• Ripas: Peças de madeira pregadas sobre os caibros, atuando como apoio das telhas cerâmicas;
• Caibro: Peças de madeira, apoiadas sobre as terças, atuando por sua vez como suporte das ripas;
• Terças: Peças de madeira ou metálica, apoiadas sobre tesouras, pontaletes ou ainda sobre paredes,
funcionando com sustentação dos caibros (caso das telhas cerâmicas) ou telhas onduladas (fibra de vidro,
cimento-amianto, zinco, alumínio);
• Frechal: Viga de madeira ou metálica, colocada no topo das paredes com a função de distribuir as
cargas concentradas provenientes de tesouras, vigas principais ou outras peças da estrutura. E comum,
também, chamar de frechal a terça da extremidade inferior do telhado;
• Terça cumeeira: Terça da parte mais alta do telhado;
• Pontaletes: Peças dispostas verticalmente, constituindo pilares curtos sobre os quais apoiam-se as
vigas principais ou as terças;
• Chapuz: Calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral para a terça;
• Contra ventamento: Peça disposta de forma inclinada, ligando as tesouras com a finalidade de
travar a estrutura. Esta disposição aumenta a estabilidade das tesouras, pois com o seu intermédio a uma
maior resistência à ação lateral do vento.
O telhado pode assumir diversas formas, em função da planta da edificação a ser coberta. As formas
fundamentais na constituição de um telhado são chamadas elementares e podem ser combinadas resultando
várias outras formas mais complexas ou até mesmo especiais para uma determinada atividade específica.
a) Telhado de meia-água ou uma água: É um telhado muito simples, constituído por uma única
água. Neste caso não estão presentes nem a cumeeira, espigão e rincão;
b) Telhado de duas águas: Apresenta dois planos inclinados que se encontram para formar a
cumeeira.
MATERIAIS ALTERNATIVOS
• Adobe
• Ferrocimento
• Bambu
• Solocimento
Adobe
É uma técnica de construção natural onde o principal recurso utilizado para construí-lo é o barro, que é
encontrado no próprio local da construção. O adobe foi utilizado por todas as grandes civilizações, podemos
tomar por exemplo a Muralha da China, onde em boa parte de sua construção o bloco de adobe foi utilizado.
A fabricação dos blocos de adobe requer a mistura de barro, palha e água, sendo o material pisoteado
até formar uma massa homogênea. Após este processo, a massa é colocada em fôrmas de madeira chamadas
de ''adobeiras'' e finalmente os blocos são deixados em locais reservados para secar.
Vantagens:
• Rapidez no preparo dos tijolos;
• Em locais onde o sol é frequente sua produção é mais rápida garantindo qualidade e durabilidade;
• Bom conforto térmico;
• Baixo custo (se obtido no próprio local da construção);
• Os tijolos podem ser usados em vários tipos de construção.
Ferrocimento
Bambu
Bambu é uma técnica de construção milenar, muito utilizada no oriente. Possui alta flexibilidade a
resistência de suas fibras sendo uma ótima alternativa para a construção.
Vantagens:
• Baixo custo;
• A resistência e qualidade da construção;
• O crescimento em grande escala do bambu garante a disponibilidade de recurso para construir
habitações;
• É uma material multi-função, podendo ser utilizado na confecção dos mais variados produtos.
Grande parte do uso mais comum do bambu no Brasil decorre de tradição do meio rural, onde são
empregados em cercas e em pequenas construções, como galinheiros, currais, pequenos abrigos rústicos,
taperas, gaiolas etc.
Uma das grandes possibilidades da aplicação do Bambu nas construções rurais é na utilização de
estruturas para Casa de Vegetação ou Viveiros. Acredita-se que seja uma das mais promissoras aplicações,
pois o alto custo na aquisição de estufas convencionais dificulta o acesso ao homem do campo a essa
tecnologia.
Solocimento
O solo-cimento é um material alternativo de baixo custo, obtido pela mistura de solo, cimento
(aglomerante hidráulico) e um pouco de água. No início, essa mistura parece uma "farofa" úmida. Após ser
compactada, ela endurece e com o tempo ganha consistência e durabilidade suficientes para diversas
aplicações no meio rural. Uma das grandes vantagens do solo-cimento é que o solo um material local,
constitui justamente a maior parcela da mistura.
Vários fatores podem influir nas características do produto final e entre elas pode-se citar: dosagem do
cimento, natureza do solo, teor de umidade e compactação ou prensagem.
A coesão do solocimento é determinada pela constituição do cimento, sua finura, quantidade de água e
temperatura ambiente. Algumas impurezas que possam aparecer na água de mistura podem ser agressivas ao
cimento como sulfatos e matéria orgânica.
É uma evolução de materiais de construção do passado, como o barro e a taipa. Só que as colas
naturais, de características muito variáveis, foram substituídas por um produto industrializado e de qualidade
controlada: o cimento.
Há 4 modos de utilização do solo-cimento: tijolos ou blocos, pavimento, parede maciça, ensacado. Os
tijolos ou blocos de solo-cimento são produzidos em prensas, dispensando a queima em fornos. Eles só
precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes. Além de grande resistência, outra vantagem desses
tijolos ou blocos é o seu excelente aspecto. As paredes maciças são compactadas no próprio local, em
camadas sucessivas, no sentido vertical, com o auxílio de formas ou guias. O processo de produção
assemelha-se ao sistema antigo de taipa de pilão, formando painéis inteiriços, sem juntas horizontais. Os
pavimentos também são compactados no local, com o auxílio de fôrmas, mas em uma única camada. Eles
constituem placas maciças, totalmente apoiadas no chão. O solo-cimento ensacado resulta da colocação da
"farofa"úmida em sacos, que funcionam como fôrmas. Depois de terem a sua boca costurada, esses sacos são
colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um. O processo de execução
assemelha-se à construção de muros de arrimo com matacões de pedra.
O silo trincheira é uma construção permanente (benfeitoria). O tipo trincheira é caracterizado por uma
vala feita no chão, preferencialmente em lugar alto e contra um barranco, na qual se deposita a silagem,
compactada com um trator e posteriormente fechada a sua frente com tábuas e com lona plástica recoberta
por terra, areia ou pneus.
Para reduzir custos de construção, pode ser utilizado sem revestimento de alvenaria, porém há
deterioração rápida das paredes laterais, mesmo que se utilize lona plástica nas laterais e no fundo do silo.
As paredes laterais devem ser inclinadas (25%), como também deve haver uma inclinação das laterais
para o meio do silo e do fundo para a boca do silo. Esse procedimento facilita o escoamento de um possível
efluente. Quando revestidos com alvenaria ou tijolos em espelho, reduzem acentuadamente as perdas. Deve
haver atenção com relação a profundidade do lençol freático.
A execução do silo-trincheira começa pela marcação previa do terreno. Depois é feita a escavação
manual ou mecânica (com trator), dependendo do seu tamanho e do local onde o silo vai ser construído.
O fundo do silo deve ser bem compactado, com caimento mínimo de 2% (2cm por metro) do fundo
para a entrada. As paredes laterais devem ter inclinação, em relação a vertical, correspondente a 25% da
profundidade do silo.
Depois devem ser preparadas as fundações das paredes. Elas podem ser do tipo baldrame, com altura
de 30cm e largura igual a da parede. Se o revestimento do talude das paredes for de solo-cimento, o baldrame
também poderá ser desse material.
O revestimento das paredes e do piso do silo-trincheira deve ser feito com materiais de boa qualidade,
resistentes a ação do tempo e a trepidação gerada por tratores ou carretas forrageiras no seu interior.
Dependendo da situação, do tipo de solo local e das condições gerais da região, podem ser adotadas
várias soluções de revestimento.
As paredes laterais podem ser revestidas com:
• Concreto
• Placas de concreto
• Blocos de concreto
• Solo-cimento
• Ferrocimento
A definição do melhor tipo de revestimento para as paredes vai depender das condições do local onde
o silo será construído. Por exemplo, em regiões de boa drenagem e com solos arenosos, o usa do solo-
cimento pode proporcionar grande economia.
O piso do silo trincheira pode ser feito com: concreto ou solo-cimento. O piso de concreto, com uma
camada maciça moldada no próprio local, tem as seguintes vantagens:
• Elevada resistência ao peso e ao desgaste produzido por tratores ou carretas forrageiras
• Maior resistência a ação das chuvas, por ser impermeável
• Facilidade de limpeza
• Possibilidade de construção na propriedade, sem o auxílio de equipamentos especiais
• Utilização de materiais de construção fáceis de comprar
• O piso do silo-trincheira também pode ser feito com uma camada maciça de solo-cimento executada
no próprio local da obra. Essa solução é a mais econômica, principalmente quando há disponibilidade de solo
adequado (arenoso) para a execução do solo-cimento no local da obra ou próximo a ela, porque esse material
constitui a maior parcela da mistura. Além disso, o piso de solo-cimento tem outras vantagens:
• Menor consumo de materiais comprados no comércio
• Grande durabilidade
Tanto no caso do piso de concreto como no de solo-cimento, a espessura recomendada é variável: para
silos com compactação e trânsito de carroça e microtrator, é de 10 cm; para silos com compactação e trânsito
de trator e caminhão, é de 15 cm.
Para maior proteção e garantia da estabilidade do talude, deve ser feita uma calçada de concreto ou
solo-cimento de 1m de largura, ao longo de toda a extensão do silo. A calçada deve ter espessura de 8cm e
caimento de 5% (5cm por metro) para o lado externo e uma canaleta para escoamento das aguas de chuva.
Também é recomendável a execução, na borda externa da canaleta, de uma guia (meio-fio) de
concreto com 15cm de altura, para evitar eventual aproximação de veículos das bordas das paredes durante o
carregamento do silo-trincheira.
Devem ser previstos pilares laterais na entrada do silo ou sulcos nas paredes laterais, para possibilitar
o fechamento com pranchões de madeira. Os silos de maior capacidade, com carregamento nas duas
extremidades e compactação mecânica da silagem, devem ter rampa de saída semelhante a de entrada. Elas
facilitam a movimentação de tratores, para descarregar, carregar e compactar o material, e evitam o risco de
acidentes por manobras arriscadas.
GALPÕES RURAIS
O galpão é uma das principais benfeitorias da propriedade rural. Serve para guardar máquinas,
implementos e equipamentos agrícolas, para armazenar a produção e também como depósito e materiais e
insumos rurais. Pode ser usado ainda como estábulo, pocilga, aviário e para a criação de bicho-da-seda,
cabras, ovelhas e outros animais.
O comprimento, a altura, a largura, as condições de ventilação e iluminação e a facilidade de limpeza
dos galpões rurais devem atender às necessidades funcionais da atividade a ser desenvolvida dentro deles,
porque todos esses itens têm muita importância na produtividade. Por esse motivo, um galpão só deve ser
construído em local adequado à sua finalidade e depois de feito o respectivo projeto. Além disso, o ideal é
que o espaço interno do galpão rural seja inteiramente livre, sem pilares.
Os galpões rurais pré-moldados de concreto oferecem algumas vantagens como:
• Permite atender às necessidades funcionais;
• Possibilita um espaço interno inteiramente livre;
• São mais duráveis;
• Dispensam a manutenção rotineira;
• São fáceis de construir e simples de montar;
• São muito resistentes à intempéries (temporais, chuvas e ventos fortes);
• Têm custo bastante reduzido.
O que garante o espaço interno inteiramente livre nos galpões rurais pré-moldados de concreto é a
colocação dos pilares apenas no contorno da construção, no sentido do comprimento.
Existem várias soluções técnicas para construção de galpões rurais pré-moldados de concreto. As
duas mais econômicas e simples são:
- Galpão de uma água, para vãos de até 6,5m;
- Galpão de duas águas, para vãos com mais de 6,5m.
BIODIGESTOR
O biodigestor é um equipamento que tem a finalidade de promover a finalização de resíduos orgânicos
de uma forma economicamente aproveitável, sendo a maneira mais correta de evitar a poluição ambiental
por resíduos de criações.
O biodigestor produz de forma direta e simples 2 produtos, o biogás e o biofertilizante.
De maneira geral o biogás poderá ser utilizado como fonte de energia variada. No caso agrícola o
melhor do aproveitamento deste equipamento será o biofertilizante, que terá retorno imediato ao solo e com
bom resultado de fertilização orgânica.
O biogás produzido a partir de resíduos agropecuários pode promover a autonomia energética de
diversos produtores rurais. Seu uso pode contribuir para agregação de valor de produtos agroindustriais,
suprimento autônomo de combustível para muitas utilidades, como para alimentação de sistemas de
bombeamento para irrigação, podendo viabilizar tais empreendimentos.
A utilização do gás metano como gás combustível contribui para a diminuição do efeito estufa. O
biodigestor promove o saneamento rural, prevenindo a poluição e conservando os recursos hídricos, os quais
são finitos e vulneráveis, e portanto devem ser utilizados racionalmente para consumo humano e outros usos
prioritários e não como veículo para dejetos.
Esta tecnologia possibilita a utilização do biofertilizante como adubo orgânico, em substituição aos
adubos químicos que em seus processos de produção causam impactos ambientais e consomem energia.
Assim, os biodigestores podem converter os dejetos animais de um problema em uma solução.
O biodigestor tem o mesmo princípio da fossa asséptica, trata-se de uma caixa hermética, onde o
material (excrementos) tem um tempo para passar da entrada até a saída, quando ocorre a fermentação
anaeróbica, produzindo o biogás (metano). Desta forma, o material após a fermentação resultará em
biofertlizante.
Os biodigestores também são utilizados como solução para despoluição, podendo dar
reaproveitamento para água no próprio sistema de produção, além de eliminar o poder de poluição dos
excrementos, já que os mesmos passam a ganhar valor como adubo e ter sua utilização mais racional.
O problema do biodigestor está em seu custo de implantação, que normalmente é alto, já que se trata
de um equipamento, e como tal também necessita de cuidados e atenção especial para sua utilização, ou seja,
não funciona sem ter um operador com alguma dedicação, já que o material tem que ser constantemente
manipulado para evitar entupimentos e acúmulos de resíduos
Em resumo o biodigestor é composto por três partes distintas:
1. Caixa de entrada – Esta é a parte do biodigestor em que é feito o carregamento dos resíduos animais
e vegetais.
2. Biodigestor propriamente dito – Parte interna do biodigestor, onde ocorre a biodigestão anaeróbia
pelas bactérias, e como resultado desse processo é produzido o biogás.
3. Caixa de saída - A cada volume de carga na entrada corresponde à saída do mesmo volume de
líquido do biodigestor. Este líquido deve ser armazenado em condições aeróbicas para que posteriormente
possa-se usá-lo como biofertilizante.
FOSSAS SÉPTICAS
As fossas sépticas são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a
separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.
As fossas sépticas, uma benfeitoria complementar e necessária às moradias, são fundamentais no
combate a doenças, verminoses e endemias (como a cólera), pois evitam o lançamento dos dejetos humanos
diretamente em rios, lagos, nascentes ou mesmo na superfície do solo. O seu uso é essencial para a melhoria
das condições de higiene das populações rurais.
Esse tipo de fossa nada mais é que um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e águas
servidas), retém a parte sólida e inicia o processo.
Não devem ficar muito perto das moradias (para evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar
tubulações muito longas). A distância recomendada é de 4 metros.
Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações. Também devem
ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de qualquer outra fonte de captação de água (no
mínimo 30 metros de distância), para evitar contaminações, no caso de um eventual vazamento.
O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela a dimensionada em função
de um consumo médio de 200 litros de água por pessoa, por dia. Porem a capacidade nunca deve ser inferior
a 1000 litros.
As fossas sépticas podem ser de dois tipos:
-Pré-moldadas
-Feitas no local
As fossas sépticas pré-moldados, de formato cilíndrico, são encontradas no mercado. A menor fossa
pré-moldada tem capacidade de 1000 litros, medindo 1,1 x 1,1 metros (altura x diâmetro).
Para volumes maiores é recomendável que a altura seja major que o dobro do diâmetro.
Para a sua montagem, observar as orientações dos fabricantes.
A execução desse tipo de fossa séptica começa pela escavação do buraco onde a fossa vai ficar
enterrada no terreno.
0 fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5 cm de concreto
magro, (1 saco de cimento, 8 latas de areia, 11 latas de brita e 2 latas de água, a lata de medida a de 18 litros)
sobre o concreto magro é feito uma laje de concreto armado de 6 cm de espessura (1 saco de cimento, 4 latas
de areia, 6 latas de brita e 1,5 It de água), malha de ferro 4.2 a cada 20 cm.
As paredes são feitas com tijolo maciço, ou cerâmico, ou com bloco e concreto. Durante a execução da
alvenaria, já devem ser colocados os tubos de entrada e saída da fossa (tubos de 100 mm) e deixa ranhuras
para encaixe das placas de separação das câmaras, caso de fossa retangular.
As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassa a base de cimento (1 saco de
cimento, 5 latas de areia e 2 latas de cal).
A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por um caixa de inspeção, que serve para fazer
a manutenção do sistema, facilitando o desentupimento, essa caixa deve ter 60cm x 60 cm e profundidade de
50 cm, construída a cerca de 2 metros de distância da casa. Caixa construída em alvenaria, ou pré-moldada,
com tampa de concreto.
CERCAS
As cercas em um projeto pecuário podem ter alta representatividade nos custos de implantação, assim
como na manutenção, alguns fatores devem ser considerados por momento das projeções dos modelos a
serem utilizados em um projeto onde haja uso intensivo de cercas.
O projeto deverá privilegiar alguns modelos básicos, onde serão respeitados os princípios de máxima
economia e realização dos objetivos propostos com o uso das cercas.
Em propriedade rural as cercas podem ser divididas basicamente em 2 objetivos, os de proteção ou
contenção e os de manejo alimentar, lembrando que o que deve segurar um animal dentro de um pasto é a
pastagem e não as cercas.
Basicamente as cercas de proteção e/ou contenção deverão ser as cercas que fazem o perímetro da
propriedade, onde a função de se evitar fugas ou acessos de animais indesejáveis tem que ser prioridades,
para tanto deverão ser nestas cercas onde os custos serão mais significativos.
Nas cercas de manejo, ou seja, aqueles que estarão dividindo pastos e piquete deverá ser adotado outra
filosofia, onde a função básica será de conduzir as rotinas de pastejo da propriedade ou projeto.
As cercas deverão sempre ser projetadas com base em um módulo básico para cada objetivo, onde o
parâmetro de custo será a orçamentação de 1 (um) km, devendo conter todas as despesas e volumes gastos no
tal módulo.
A definição do módulo deverá ser dada a partir da média topográfica da propriedade, ou seja, quanto
mais plana a topografia maior a possibilidade de distanciar os moirões ou estacas, normalmente o fator que
mais onera o custo do quilômetro de cerca.
De maneira geral a cerca tem um padrão básico, e todas as variações devem ter este padrão como
ponto de partida, sendo ele com 2,20m entre moirões ou estacas e 4 fios de arame farpado, seria esta a cerca
de maior capacidade de contenção e portanto a mais cara.
Fatores usados para “ancoragem” (pontos de fixação dos arames) das cercas serão sempre comuns em
qualquer modelo, às chamadas âncoras ou escoramentos, sempre estará localizado ou em extremos
topográficos, em cantos ou nos limites para se tencionar os arames.
As cercas para currais, estábulos ou piquetes de contenção de animais de grande porte devem ser
construídas com mourões mais robustos, dotados de furos. Essas cercas utilizam: mourões intermediários e
mourões de canto (ou mourões de cruzamento).
Essas cercas são executadas com cordoalhas ou arame liso avalado. Em geral, tanto os mourões
intermediários como os de canto têm seção quadrada.
Os mourões intermediários são colocados a cada 3m, no máximo. Os mourões de canto (ou de
cruzamento), utilizados nas esquinas e cruzamentos, como o nome indica, devem ser mais reforçados.
A construção dessas cercas começa com a colocação dos mourões de canto, enterrados a uma
profundidade de 1m. Depois de aprumados, é preciso lançar solo em torno deles, em camadas sucessivas,
compactadas uma a uma, até atingir 90cm. Os 10cm restantes devem ser preenchidos com concreto magro. A
seguir, os mourões de canto devem ser escorados. Depois são colocados os mourões intermediários, no
mesmo alinhamento.
Para aumentar a resistência da cerca é recomendado travar os mourões entre si, no sentido do
comprimento. Isso pode ser feito com peças de madeira.
O biodiesel é POTENCIALMENTE uma fonte de energia, mas é preciso que o mesmo seja utilizado
em um motor diesel de tal forma que a energia armazenada nas moléculas de biodiesel (ésteres)
seja liberada a fim de mover um pistão que através de um mecanismo biela-manivela fará girar um
eixo (eixo de manivelas ou virabrequim), que movimentará um trator. Por outro lado se o biodiesel
for usado, por exemplo, somente como lubrificante, este não liberará sua energia POTENCIAL,
aliás, as empresas que extraem petróleo nem querem que suas perfuratrizes comecem a liberar a
energia potencial do biodiesel, pois o interesse é somente que o mesmo as lubrifique.
QUESTÕES:
1-Com relação às construções e à energia rural, julgue os itens que se seguem.
Os circuitos elétricos alimentados com tensão de 110 volts demandam disjuntores de menor amperagem e são,
portanto, mais econômicos que os circuitos alimentados com tensão de 220 volts.
Certo
Errado
5-Com referência ao imposto sobre propriedade territorial rural (ITR), assinale a opção correta.
a)O ITR não incide sobre o imóvel declarado como de interesse social para fins de reforma agrária.
b)Não há previsão constitucional para a progressividade do ITR.
c)O enfiteuta não pode ser sujeito passivo do ITR
d)Não há fato gerador do ITR em relação ao imóvel rural por acessão física.
e)A base de cálculo do ITR corresponde ao valor da terra nua, incluindo os valores de mercado relativos a
construções, instalações e benfeitorias.
a)a distribuidora pode atender a unidades consumidoras localizadas em outra área de concessão ou permissão.
b)o atendimento é realizado por meio do uso ou compartilhamento das instalações de outra distribuidora ou
cooperativa de eletrificação rural.
c)a distribuidora de energia aplicar aos seus consumidores tarifa aplicada e homologada outra distribuidora ou
cooperativa de eletrificação rural.
d)os contratos firmados para unidades consumidoras tiverem prazo de vigência não superior a doze meses.
e)em decorrência de desastres ou catástrofes naturais, houve a necessidade de as geradoras de energia
promoverem a distribuição direta aos consumidores finais.
7-
O aumento do consumo de energia elétrica teve como um fator principal, no período, a(o)
8-No que concerne à área de reserva legal, relativa a imóvel rural, pode-se afirmar que
a)em caso de fracionamento do imóvel rural, não será considerada, para fins de reserva legal, a área do imóvel
antes do fracionamento.
b)será de 30% em todas as regiões do País, com exceção da Amazônia Legal.
c)os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não estão sujeitos à
constituição de Reserva Legal.
d)será exigida Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de autorização para
exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia
elétrica.
e)será exigida Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e
ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias.
a)naturais e artificiais.
b)leves, pesados ou normais.
c)pequeno, médio ou grande.
d)miúdo, graúdo ou mesclado.
e)simples ou composto.
12-No Brasil, as tarifas de energia elétrica estão estruturadas em dois grandes grupos de consumidores: grupo
A e grupo B. As tarifas do grupo B destinam-se às unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 2,3
kV e são estabelecidas para determinadas classes (e subclasses) de consumo. NÃO pertence ao grupo B a
classe de tarifa
a)industrial.
b)rural.
c)residencial.
d)de iluminação pública.
e)subterrânea.
13-Para religação normal de unidade consumidora localizada em área rural, a Distribuidora de Energia
Elétrica deverá restabelecer o fornecimento no prazo máximo de:
16-A Resolução ANEEL no 414 estabelece, de forma atualizada e consolidada, as condições gerais de
fornecimento de energia elétrica.
Quanto à classificação, verifica-se que NÃO consiste em uma classe estabelecida para efeito de aplicação das
tarifas a(o)
a)residencial
b)rural
c)urbana
d)poder público
e)consumo próprio da concessionária
17-A energia elétrica, nas áreas rurais, traz benefícios, tais como a redução do êxodo rural, o aumento da
quantidade e da qualidade da produção rural e a ampliação do mercado consumidor de energia. Diversos estudos
analisam a melhor forma de suprimento de energia elétrica nas áreas rurais, abordando a eletrificação rural
descentralizada como opção no atendimento energético dessas áreas.
O que gera o questionamento quanto ao fornecimento de energia elétrica das áreas rurais apenas pelas plantas
de geração centralizada e distribuída por redes?
a)O consumo excessivo de correntes harmônicas e/ou de potência reativa das cargas rurais.
b)Os tipos de cargas rurais, que não seguem o padrão de energia fornecido pelas plantas de geração
centralizada.
c)A rejeição da população rural ao consumo da energia elétrica provinda dos grandes centros urbanos.
d)A inviabilidade técnico-econômica de transporte e distribuição da energia frente à baixa demanda das áreas
rurais.
e)As acentuadas depredações das instalações elétricas devido às condições ambientais das áreas rurais.
a)as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares.
b)o mar territorial, os terrenos de marinha e seus acrescidos.
c)as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
d)as ilhas fluviais e lacustres não-pertencentes à União.
e)os potenciais de energia hidráulica.
20-Na maior parte do Brasil o preço do etanol ficou muito próximo daquele da gasolina. Ao se considerar o
maior poder calorífico da gasolina, apesar da maior taxa de compressão permitida pelo etanol, com os preços
atuais deixou de ser compensador o uso desse último. Seu consumo tinha superado aquele da gasolina, mas
retrocedeu recentemente. E, pior, a produção nacional caiu de modo que se importa uma parcela do etanol dos
EUA, atualmente o maior produtor mundial do biocombustível. O problema é que o etanol americano é feito
de milho, que não dispõe de bagaço e obriga a queima de óleo combustível na destilação.
Revista Carta Capital. São Paulo: Ed. Con fi ança, edição especial, ano XIX, Nº 781, p.61.
De acordo com o que se depreende da leitura do texto, a importação de etanol dos EUA provoca.
a)atraso nas construções de novas refinarias da Petrobras
b)aumento das tarifas de energia elétrica
c)aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera
d)redução do consumo de gasolina no mercado interno
e)dificuldade de fluxo de caixa para investimentos do pré-sal
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:
21-Na maior parte do Brasil o preço do etanol ficou muito próximo daquele da gasolina. Ao se considerar o
maior poder calorífico da gasolina, apesar da maior taxa de compressão permitida pelo etanol, com os preços
atuais deixou de ser compensador o uso desse último. Seu consumo tinha superado aquele da gasolina, mas
retrocedeu recentemente. E, pior, a produção nacional caiu de modo que se importa uma parcela do etanol dos
EUA, atualmente o maior produtor mundial do biocombustível. O problema é que o etanol americano é feito
de milho, que não dispõe de bagaço e obriga a queima de óleo combustível na destilação.
Revista Carta Capital. São Paulo: Ed. Confiança, edição especial, ano XIX, Nº 781, p.61.
De acordo com o que se depreende da leitura do texto, a importação de etanol dos EUA provoca
a)atraso nas construções de novas refinarias da
b)aumento das tarifas de energia elétrica
c)aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera
d)redução do consumo de gasolina no mercado interno
e)dificuldade de fluxo de caixa para investimentos do pré-sal
22-Considerando a avaliação de imóvel rural regulamentada pela NBR 14653-3:2004, assinale a
alternativa correta.
a)As avaliações de construções e instalações, quando não usado o método comparativo direto de dados de
mercado, devem ser feitas por meio de orçamentos qualitativos e quantitativos, compatíveis com o grau de
fundamentação.
b)A pontuação de classificação é obtida utilizando-se o método comparativo direto de dados de mercado,
conjugado ou não com os métodos de custo e da capitalização da renda.
c)Para o laudo classificado no Grau II, a pontuação limite é = 35 e = 71.
d)Os frutos e direitos devem ser avaliados pelo método comparativo direto de dados de mercado ou pela
aplicação de taxa de rentabilidade sobre o valor do capital envolvido.
e)O grau de precisão da estimativa de valor, no caso de utilização do método comparativo direto de dados de
mercado, considerando a amplitude do intervalo de confiança de 80% em torno do valor central da estimativa,
é classificado em: Grau I > 50%; Grau II 30% - 50%; e, Grau III 30%.
23-A energia no meio rural, além de possibilitar o conforto, constitui-se em insumo necessário à
verticalização de diversos produtos.
Acerca da produção e distribuição de energia no meio rural, julgue os itens que se seguem.
Os biodigestores constituem alternativa para produção de energia elétrica na zona rural. A fonte mais
largamente utilizada em biodigestores hoje em dia no Brasil são os dejetos bovinos.
Certo
Errado
24-A energia disponível na Terra e que não é aproveitada, ou que o homem simplesmente desperdiça, é
suficiente para sustentar a humanidade em crescimento por tempo indefinido. Sobre a produção e uso de
energia no meio rural, assinale a alternativa correta.
a)O biodigestor é um sistema complexo, em que, basicamente, numa câmara fechada, a biomassa é fermentada
anaerobicamente e o biogás resultante é canalizado para ser empregado nos mais diversos fins.
b)O biodiesel é a energia obtida a partir da madeira, basicamente lenha, que pode ser produzida e obtida de
maneira sustentável a partir de florestas plantadas ou nativas.
c)O grande obstáculo na comercialização do biodiesel é o custo de produção. Atualmente, os custos de
matéria- prima e o custo de produção fazem com que o preço de venda do biodiesel seja muito alto.
d)O biogás, à semelhança do álcool da cana-de-açúcar e de óleos extraídos de outras culturas, compete com a
produção de alimentos em busca de terras disponíveis para cultivo.
e)Dendrocombustível é uma denominação genérica para combustíveis e aditivos derivados de fontes não
renováveis, como dendê, babaçu, soja, palma, mamona, entre outras.
(O Globo, 6/10/2015)
“ruas e construções abandonadas”; entende-se, por essa estrutura, que estão abandonadas as ruas e as
construções, mas em caso de só querermos qualificar como abandonadas as ruas, a estrutura adequada seria:
a)as ruas abandonadas e as construções;
b)as abandonadas ruas e construções;
c)as construções e as ruas abandonadas;
d)as construções abandonadas e as ruas;
e)as construções e as ruas também abandonadas.
26-Tendo em vista que os meios de transporte e os materiais de construção têm impactos múltiplos em
construções ambientalmente sustentáveis, como na conservação de recursos naturais, na eficiência de energia e
na qualidade do ar do ambiente interno, assinale a opção correta.
a)Os projetos não devem considerar a desconstrução, o que aumenta o impacto ambiental na hora da
demolição.
b)Os materiais, produtos e sistemas antropogênicos possuem energias incorporadas.
c)Para um melhor condicionamento dos produtos, os fabricantes devem aumentar a quantidade de embalagem
ao transportar materiais para o canteiro de obras.
d)A manutenção reduzida ou infrequente não tem relação com a durabilidade de um produto nem com custos
mais baixos ao longo de sua vida útil.
e)O transporte marítimo afeta mais o meio ambiente que o uso de caminhões e ferrovias; por isso, estes dois
últimos são considerados transportes sustentáveis.
27-A respeito dos sistemas de certificação ambiental de construções, julgue o item subsequente.
O sistema PROCEL EDIFICA teve origem no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que permitia aos
consumidores avaliar e aperfeiçoar o consumo de energia dos equipamentos eletrodomésticos.
Certo
Errado
28-Leia os dados contidos na tabela sobre o meio ambiente nas conferências Rio 92 e Rio+10.
De acordo com a tabela, o único indicador que melhorou entre os anos de 1992 e 2002 foi:
a)Energia.
b)Pobreza.
c) Floresta.
d)Emissão de CO².
29-Texto 1
Considerando construções linguísticas do texto e a norma- padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa
que apresenta, corretamente, a reescrita dos períodos “O homem, dessa forma, passa maior parte de sua vida
em seus locais de trabalho, dedicando sua força, energia e esforços para as organizações. Ou seja,
disponibilizando maior parte do seu tempo ao trabalho do que propriamente com suas famílias e amigos.”
(linhas de 6 a 10).
a)O homem tem dedicação ao trabalho, mas não às famílias e aos amigos porque dedica sua força, energia e
esforços para as organizações, onde passam bastante tempo.
b)Disponibilizando maior parte de seu tempo para as famílias e os amigos, o homem poupa sua força, energia
e esforços para as organizações, passando parte expressiva de sua vida em locais de trabalho.
c)O homem dedica grande parte de sua vida e, consequentemente, de seu tempo, às organizações, empregando
sua força, energia e esforços em detrimento da família e dos amigos.
d)O homem dedica força, energia e esforços para as organizações, onde passa a maior parte de sua vida,
dedicando bastante parte do tempo às atividades laborais, reduzindo assim a disponibilidade para a família e os
amigos.
e)Disponibilizando maior parte de seu tempo ao trabalho, o homem passa maior parte de sua vida em locais de
trabalho, dedicando sua força, energia e esforços para as organizações, famílias e amigos.
a)O cônjuge que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade,
sobre imóvel urbano de até 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-
cônjuge que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio
integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
b)A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia
hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. O proprietário, contudo,
tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não
submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial;
c)São formas de perda da propriedade imóvel a alienação, a renúncia, o abandono, o perecimento da coisa e a
desapropriação. Os efeitos da perda da propriedade imóvel, nos casos de renúncia e desapropriação, não estão
subordinados ao registro no Ofício de Registro de Imóveis correspondente;
d)As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos
fronteiros, podendo-se afirmar que aquelas que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos
sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha
que dividir o álveo em duas partes iguais; bem como, que aquelas que se formarem pelo desdobramento de um
novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram;
e)São formas de aquisição da propriedade imóvel por acessão: formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono
de álveo e plantações ou construções.
33-Segundo o Manual de Crédito Rural (MCR), em seu capítulo 1 (Disposições Preliminares), na seção 4
(Beneficiários), é considerado beneficiário do Sistema Nacional de Crédito Rural: a) produtor rural (pessoa
física ou jurídica); b) cooperativa de produtores rurais. No entanto, o mesmo manual ressalta a existência de
outros beneficiários, pessoa física ou jurídica que, embora não sejam classificados como produtor(es)
rural(ais), ainda podem ser beneficiários do crédito rural, desde que se dediquem na execução de algumas
atividades vinculadas ao setor. Analise as assertivas abaixo sobre as atividades destacadas pelo MCR:
a)o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestação e consequências das situações em que
as construções ou partes delas se mostram com um funcionamento abaixo do pré-estabelecido, não atendendo
aos mínimos impostos pela normas vigentes.
b)o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestação e consequências das situações em que
as construções ou partes delas se mostram com um funcionamento abaixo do pré-estabelecido, mesmo
atendendo aos mínimos impostos pela normas vigentes.
c)o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestação e consequências das situações que
caracterizem apenas o mau funcionamento da construção como um todo.
d)o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestação e consequências das situações que
caracterizem apenas o mau funcionamento de partes das construções.
e)o estudo das origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestação e consequências das situações em que
as construções ou partes delas não atendam aos mínimos impostos pela normas de saúde vigentes.
-_______________________________________________________________________________
35- As fontes de energia, os transportes e as telecomunicações constituem três elementos básicos da
infraestrutura econômica — e, em particular, industrial — de um país. São condições para a sua
modernização e, ao mesmo tempo, indicadores de desenvolvimento e da sustentabilidade ambiental.
José William Vesentini. Geografia: o mundo em construção. Ática, vol. 2, 2013, p. 41 (com
adaptações)
Acerca do assunto abordado nesse fragmento de texto, bem como de múltiplos aspectos a ele relacionados,
julgue o item a seguir.
O projeto de transposição do rio São Francisco é uma política pública que objetiva gerar mais energia hidráulica
para o produtor rural do sertão nordestino.
Certo
Errado
36-A companhia de energia elétrica de determinado estado da Federação, empresa pública exploradora de
atividade econômica, pretende instalar o serviço de energia elétrica em determinada comunidade rural. Para
isso, será necessário instalar a rede em diversas propriedades rurais.
Com base nessas informações, assinale a opção correta acerca da intervenção do Estado no domínio
econômico.
a)A companhia em tela tem prerrogativa para declarar as áreas das referidas propriedades privadas que serão
utilizadas na edificação da rede de energia elétrica como de utilidade pública, para depois promover a
respectiva desapropriação.
b)A declaração de utilidade pública na espécie é da competência da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL).
c)Ao contrário do que ocorre na desapropriação, o Poder Executivo do estado tem, nesse caso, direito de optar
pela limitação administrativa.
d)O ato administrativo de desapropriação pode ser conceituado como ato genérico.
a)São terrenos de marinha, em uma profundidade de 35 (trinta e cinco) metros, medidos horizontalmente, para
a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831: os que contornam as ilhas situadas em zona
onde se faça sentir a influência das marés e os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos
rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés.
b)São bens da União: as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e as terras devolutas indispensáveis à
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, definidas em lei; os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica
inclusiva; os potenciais de energia hidráulica; e os recursos minerais, exceto os do subsolo.
c)Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade, salvo os
imóveis públicos que serão adquiridos por usucapião.
d)os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação e na forma que a lei determinar, sendo que uso desses bens é sempre gratuito.
e)A alienação de bens imóveis da União ocorrerá quando não houver interesse público, econômico ou social
em manter o imóvel no domínio da União, nem inconveniência quanto à preservação ambiental e à defesa
nacional, no desaparecimento do vínculo de propriedade. A alienação depende de autorização por meio de ato
do Presidente da República, precedida de parecer da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) quanto à sua
oportunidade e conveniência, sendo que a competência para autorizar a alienação poderá ser delegada ao
Ministro de Estado da Fazenda, permitida a subdelegação
Respostas 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32:
33: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40:
SOCIOLOGIA E
DESENVOLVIMENTO RURAL
Conceito de Sociologia
No tocante ao papel da Sociologia Rural, talvez mais do que a preocupação com sua extinção
ou desaparecimento, seria interessante sugerir uma discussão sobre sua readequação para lidar
com a gama de novos fenômenos sociais ou nova roupagem dos que já se faziam presentes outrora.
Além disso, dado o nível de complexidade do sistema capitalista de produção que pressupõe uma
relação centro periferia entre os países, na qual a produção agrícola, a agropecuária e a exploração
da terra, de maneira geral, geram insumos para os mais diversos ramos industriais, a proximidade
rural urbano se torna ainda mais patente. Assim, conceitos, categorias e uma terminologia que deem
conta dessas novas realidades se fazem necessários. As mudanças econômicas, políticas e sociais
vividas pelo campo conduziram a uma preocupação direta com a recolocação da finalidade da terra
e da atividade do homem.
Para exemplificar, surge dessa forma a preocupação com a questão da multifuncionalidade e
pluriatividade. Tais conceitos são exemplos das transformações do aparato metodológico da
Sociologia Rural para lidar com a realidade do campo. A multifuncionalidade estaria associada ao
sentido da criação de meios (pelo poder público) para o desenvolvimento e promoção da terra, do
território. Não se trataria do desenvolvimento setorial, isto é, do produtor rural ou do agricultor
familiar, mas de um conceito que engloba as questões de planejamento para garantir o
desenvolvimento local como políticas públicas, no sentido da segurança alimentar, do tecido social,
do patrimônio ambiental, entre outras imprescindíveis ao desenvolvimento territorial. Quanto à
pluriatividade, esta estaria remetida ao novo comportamento do homem do campo diante das
transformações sociais ocorridas, o qual teria agregado outras funções que não apenas a de
agricultor. Do turismo rural à produção de produtos alimentícios, característicos do campo, em
grande escala (comumente por meio de cooperativas e pequenas empresas familiares), estariam as
novas funções do indivíduo pluriativo do campo. Dessa forma, nas palavras de Aldo Solari (1979), o
homem do campo vai se convertendo cada vez mais em um empresário, manejando uma organização
de caráter econômico, através da qual deve obter um rendimento. Assim, tais conceitos e categorias
seriam, na verdade, resultado do esforço da Sociologia Rural diante desses novos desafios. A
criação de mecanismos de classificação e leitura desses espaços é de extrema importância para a
formulação de políticas públicas em todas as esferas (municipal, estadual e federal).
Embora a Sociologia tenha seu campo de estudo predeterminado – a saber, os fenômenos
sociais erigidos da vida no campo –, talvez seja possível afirmar que ela não poderia prescindir dos
elementos constitutivos dos fenômenos estritamente urbanos, mas, ao contrário, deveria travar um
diálogo com estes, haja vista que o que aqui se chamou de sobreposição nada mais é do que este
diálogo propriamente dito entre o rural e o urbano. Se há uma ruralidade na cidade, há também uma
urbanidade no campo. Mesmo diante da complexidade das análises sociais em tempos de constantes
mudanças, cabe à Sociologia se adequar do ponto de vista metodológico e epistemológico. Mais do
que a preocupação com sua extinção enquanto braço da Sociologia Geral, o que importa é conseguir
ultrapassar o desafio de continuar apontando alternativas e leituras sobre as questões do mundo
rural de modo pertinente. O rural está se transformando, o que não significa que ele está acabando.
Da mesma forma, isso vale para a Sociologia Rural. Nos assuntos sobre Sociologia Rural destacam-
se o agronegócio na área da economia, da agricultura local e do impacto das grandes empresas de
produção de alimentos nas comunidades rurais. Outras áreas de estudo incluem a migração rural e
outros padrões demográficos, a sociologia ambiental, os cuidados com a saúde rural e a educação,
etc.
A estrutura fundiária
O estado da terra é um conjunto de leis criado em novembro de 1964 para possibilitar a
realização de um censo agropecuário. Para a sua realização, surgiu a necessidade de classificar os
imóveis rurais por categorias. Para resolver a questão, foi criada uma unidade de medidas de
imóveis rurais o módulo rural assim definida: “área explorável que, em determinada porção do país,
direta e pessoalmente explorado por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas adultas,
correspondendo a 1000 jornadas anuais, lhe absorva toda força e, conforme o tipo de exploração
considerado proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistência e o progresso social
e econômico”. Em outras palavras, módulo rural é a propriedade que deve proporcionar condições
dignas de vida a uma família de quatro pessoas adultas. Assim, ele possui área de dimensão
variável, levando em consideração basicamente três fatores que, ao aumentar o rendimento da
produção e facilitar a comercialização, diminuem a área do módulo:
Os sistemas agrícolas
Os sistemas agrícolas podem ser classificados como intensivos ou extensivos. Essa
classificação está ao grau de capitalização e ao índice de produtividade. As propriedades que,
através da utilização de modernas técnicas de preparo do solo, cultivo e colheita, apresentam altos
índices de produtividades e conseguem explorar a terra por um bom período, praticam agricultura
intensiva. Já as propriedades que utilizam a agricultura tradicional, apresentando baixos índices de
produtividade, praticam a agricultura extensiva.
A agricultura itinerante
Esse tipo de sistema agrícola é aplicado em regiões onde a agricultura é descapitalizada. A
produção é obtida em pequenas e medias propriedades ou em parcelas de grande latifúndio, com
utilizações de mão-de-obra familiar e técnicas tradicionais. Por falta de recursos, não há
preocupação com a conservação do solo, as sementes são de qualidade inferior e não há
investimentos em fertilizantes, por isso, a rentabilidade e, as produções são baixas. Depois de
alguns anos de cultivo, há uma diminuição da fertilidade natural do solo. Quando percebem que o
rendimento está diminuindo, a família desmata uma área próxima e pratica queimada para acelerar o
plantio, dando inicio a degradação acelerada de uma nova área, que em breve também será
abandonada. Daí o nome da agricultura itinerante.
Em algumas regiões do planeta, a agricultura de subsistência, itinerante e roça, está voltadas
as necessidades de consumo alimentar dos próprios agricultores. Tal realidade ainda existe em boa
parte dos países africanos, em regiões do Sul e Sudeste Asiáticos e na América Latina, mas tem
prevalecido hoje é uma agricultura de subsistência voltada ao comercio urbano. O agricultor e sua
família cultivam um produto que será vendido na cidade mais próxima, mas o dinheiro que recebem
só será suficiente para garantir a subsistência de cultivo e aumentar a produtividade. Esse tipo de
agricultura é comum em áreas distantes dos centros urbanos, onde a terra é mais barata;
predominam as pequenas propriedades, cultivadas em parceria.
Agricultura de jardinagem
Essa expressão tem origem no Sul e no Sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de
arroz em planícies inundáveis, com a utilização de mão-de-obra. Tal como a agricultura de
subsistência, esse sistema é praticado em pequenas e medias propriedades cultivadas pelo dono da
terra e sua família. A diferença é que nelas se obtém alta produtividade, através do selecionamento
de sementes, da utilização de fertilizantes e de técnicas de preservação do solo que permitem a
fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. Em países como as Filipinas, a
Tailândia, devido a elevada densidade demográfica, as famílias obtém áreas muitas vezes inferiores
a um hectare e as condições de vida são bem precárias. Em países em que fizeram reforma agrária,
Japão e Taiwan, após a comercialização da produção e a realização de investimentos para a nova
safra, há um excedente de capital que permite melhor, a cada ano, as condições de trabalho e a
qualidade de vida da família. Na China, desde que foram extintas as comunas populares, houve um
significativo aumento da produtividade. Devido a grande população, o excedente a modernização da
produção agrícola foi substituída pela utilização de enormes contingentes de mão-de-obra. Em
algumas províncias, porém, está havendo um processo de modernização, impulsionando pela
expansão de propriedades particulares e da capitalização proporcionada pela abertura econômica a
parti de 1978. Sua produção é essencialmente voltada para abastecer o mercado interno.
As empresas agrícolas
São as responsáveis pelo desenvolvimento do sistema agrícola dos países desenvolvidos.
Nesses sistemas, a produção é obtida em medias e grandes propriedades altamente capitalizadas. A
produtividade é bem alta devido ao selecionamento de sementes, uso intensivo de fertilizantes,
elevado de mecanização no preparo do solo, no plantio e na colheita, utilização de silos de
armazenagem, sistemático de todas as etapas da produção e comercialização por técnicas.
Funciona como uma empresa e sua produção são voltadas ao abastecimento tanto do mercado
interno como o externo. Nas regiões onde se implantou esse sistema agrícola, há uma tendência a
concentração de terras.
Plantation
É a propriedade monocultura, com produção de gêneros tropicais, voltadas para a
exportação. Esse sistema agrícola foi amplamente utilizado durante a colonização européia na
América. Na atualidade, esse sistema persiste em várias regiões do mundo subdesenvolvido,
utilizando, além de mão-de-obra assalariada, trabalho semi-escravo ou escravo, que não envolve
pagamento de salário. Trabalha em troca de moradia e alimentação. No Brasil, encontramos
plantation em várias partes de territórios, com destaque para as áreas onde se cultivam café e
cana-de-açúcar. Próximo das platations sempre se instalam pequenas e medias propriedades
policulturas, cuja produção alimentar abastecer os centros urbanos próximos.
Prancha 5.7
Os mapas da prancha 5.7 indicam que a região em que a migração tem maior importância na
população total é aquela da fronteira agropecuária, para onde se destinaram os migrantes de todas
as regiões principalmente a partir de 1950. Esta região compreende o sudeste do Pará, Mato
Grosso, Rondônia e o sul de Roraima. Os mapas mostram que os migrantes provenientes da região
Norte são significativos apenas no noroeste e nordeste do Mato Grosso, imediatamente no limite
entre as regiões Centro-Oeste e Norte, o que indica um movimento migratório no interior da
própria fronteira agropecuária. Os migrantes nordestinos são importantes particularmente na região
da fronteira agropecuária, mais intensamente no Pará e no norte do Tocantins, e em menor grau em
Rondônia, Roraima e também no Centro-Oeste. Os nordestinos também são o contingente de
migrantes que mais tem representatividade no estado de São Paulo.
Os migrantes do sudeste são representativos nas regiões de divisa de São Paulo com Mato
Grosso do Sul e Paraná, de Minas Gerais com Goiás, no oeste de Mato Grosso e no estado de
Rondônia. Os sulistas são representativos em Mato Grosso e Rondônia, resultado do grande fluxo
de gaúchos e paranaenses para a região da fronteira agropecuária. Por fim, os naturais do Centro-
Oeste são importantes no limite da região com o Norte, o que indica o avanço da fronteira
agropecuária e da migração interna da fronteira.
Sobre esta abordagem do continuum, Siqueira e Osório (2001) afirmam que o conceito deve
ser utilizado com ponderação, pois esta concepção rural-urbano pode ser adequada para o campo
em países desenvolvidos e em algumas regiões dos países subdesenvolvidos, contudo, não pode ser
generalizada. As autoras ressaltam que os argumentos de Graziano da Silva (1996 e 1997) não são
necessariamente desqualificáveis, porém não são aplicáveis a todo o Brasil. Esses argumentos
poderiam ser aplicados a algumas áreas rurais próximas aos grandes centros metropolitanos.
Outra leitura próxima à visão de continuum de Graziano da Silva (1999) é a de Grammont
(2005), que escreve sobre o processo de urbanização do campo e a ruralização da cidade. O autor
afirma que:
Falamos na urbanização do campo porque foram incrementadas as
ocupações não agrícolas no campo, os meios de comunicação em massa
(rádio, televisão, telefone, rádio de ondas curtas) chegam até as regiões
mais distantes, as migrações permitiram o estabelecimento de redes sociais
e a reconstrução das comunidades camponesas nos lugares de migração
com o qual nasce o conceito de comunidade transnacional. Porém, também
falamos em ruralização da cidade tanto porque as cidades latino-americanas
se parecem com “grandes fazendas” devido à falta de desenvolvimento
urbano, como pela reprodução das formas de organização e a penetração de
cultura de migrantes camponeses e indígenas em bairros periféricos onde se
estabelecem. (GRAMMONT, 2005, não pag., grifo nosso)
O IBGE utiliza oito classes de localização da área do domicílio nos censos. Para contabilizar
a população rural e urbana o instituto agrupa essas classes. Segundo o IBGE a população urbana é
formada pelos habitantes das seguintes localizações de área:
1. Áreas urbanizadas de cidades ou vilas: “são aquelas legalmente definidas como urbanas,
caracterizadas por construções, arruamentos e intensa ocupação humana; as áreas afetadas por
transformações decorrentes do desenvolvimento urbano, e aquelas
Reservadas à expansão urbana.”
2. Áreas não-urbanizadas de cidades ou vilas: “são aquelas legalmente definidas como urbanas,
caracterizadas por ocupação predominantemente de caráter rural.”
3. Áreas urbanas isoladas: “áreas definidas por lei municipal, e separadas da sede municipal ou
distrital por área rural ou por um outro limite legal.” (IBGE, 2000. v.7 não pag.).
Desde 1988 foram realizadas mais de sete mil ocupações de terra, das quais
participaram cerca de um milhão(30) de famílias cujos lares foram (ou ainda são), por vários
anos, os barracos de lona dos acampamentos. Em resposta, os governos criaram desde então
7.230 assentamentos rurais, cuja área total de 57,3 milhões de hectares comporta cerca de 900
mil famílias. Poderíamos então concluir que restariam apenas cerca de 100 mil famílias para
serem assentadas e a reforma agrária estaria concluída? A resposta positiva à qual conduz a
matemática da reforma agrária conservadora é facilmente derrubada pela análise geográfica. O
aspecto geográfico (aqui como referência ao localizacional) da política de assentamentos não
constitui uma resposta local às demandas/denúncias dos movimentos socioterritoriais. A
geografia da política de assentamentos rurais é um dos elementos que denunciam seu caráter
conservador.
1-A Política de Crédito Rural é um mecanismo de concessão de crédito à agropecuária, a taxas de
juros e condições de pagamento diferentes das vigentes no mercado livre, que são determinadas pela
política monetária. São tipos de cré- dito rural:
2-O crédito rural pode ter as seguintes finalidades: crédito de custeio, investimento e comercialização.
O crédito de custeio destina-se:
a)a converter em espécie os títulos oriundos de sua venda ou entrega, pelos produtores ou suas
cooperativas.
b)a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos.
c)a aplicar em bens ou serviços, cujo desfrute se estende por vários períodos de produção.
d)a converter em espécie os títulos oriundos de sua venda ou entrega, pelos produtores ou suas
cooperativas, e a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos.
e)a cobrir prejuízos ocorridos durante a comercialização.
3-Sobre o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) instituído em 1965, pode-se afirmar:
a)sistema criado no II PND com o intuito de garantir aos produtores a safra e os preços mínimos dos
produtos, na época da comercialização.
b)tinha como objetivo fundamental construir agrovilas na zona rural.
c)foi instituído para assegurar recursos aos grandes, médios e pequenos produtores do Complexo
Agroindustrial exclusivos da região Nordeste.
d)tinha como objetivo propiciar aos agricultores linhas de crédito acessíveis e baratas, a fim de
viabilizar o investimento e a modernização do setor agrícola.
e)tinha como objetivo modernizar a agricultura somente na região Nordeste.
4-O sistema agroalimentar é impactado pelo maior dinamismo interno e por uma reestruturação
produtiva que responde às novas circunstâncias criadas nos marcos de uma economia aberta.Entre os
elementos desse processo e as questões que ele coloca para a segurança alimentar temos:
6-Acerca de crédito rural, comercialização, contabilidade e seguro agrícola, julgue o item seguinte.
As operações de crédito rural com recursos livres não estão sujeitas às exigências de vistoria prévia,
medição e fiscalização, salvo se abrangidas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária
(PROAGRO).
Certo
Errado
7-Com relação à contratação de assistência técnica na operação de crédito rural, de acordo com o
Banco Central do Brasil, assinale a alternativa correta.
a)É obrigatória, pois é considerada indispensável pelo financiador.
b)É obrigatória, pois é exigida em regulamento de operações com recursos oficiais.
c)Somente é obrigatória quando exigida em regulamento de operações com recursos oficiais.
d)Cabe ao produtor decidir acerca da contratação dessa assistência, salvo quando considerada
indispensável pelo financiador ou quando exigida em regulamento de operações com recursos oficiais.
e)Cabe ao produtor e à cooperativa mais próxima decidir a respeito da contratação dessa assistência,
salvo quando considerada indispensável pelo financiador ou quando exigida em regulamento de
operações com recursos oficiais.
9-Segundo o Manual de Crédito Rural, é correto afirmar que o Sistema Nacional de Crédito Rural
(SNCR) possui linhas com finalidades de crédito para:
a)seguros privados.
b)crédito rural e de endividamento público.
c)política internacional.
d)assuntos tributários.
e)mercado futuro.
11-Entre as alternativas abaixo, marque aquela em que só figuram beneficiários do Crédito Rural.
a)Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que pessoa física.
b)Não podem financiar atividades de comercialização da produção.
c)É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento.
d)Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações
relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF.
e)Devem ser apresentados orçamento, plano ou projeto nas operações de desconto de Nota
Promissória Rural.
a)São quatro as modalidades de cédulas de crédito rural: 1) a Cédula Rural Pignoratícia; 2) a Cédula
Rural Hipotecária; 3) a Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária; e 4) a Nota de Crédito Rural. As três
primeiras gozam de garantia real (de bens móveis ou imóveis) e só a Nota de Crédito Rural tem
apenas garantia fidejussória.
b)A Cédula de Produto Rural (CPR), representativa de promessa de entrega de produtos rurais, com
ou sem garantia cedularmente constituída (Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994) é uma espécie d o
gênero “Cédula de Crédito Rural”, e a ela se aplicam subsidiariamente as disposições do Decreto-Lei
167/1967.
c)Ao prever a lei que as garantias são constituídas cedularmente, quer significar que do próprio
documento em que é firmado o financiamento (cédula) constam as garantias estatuídas para o
cumprimento da obrigação.
d)É lícito o mutuante-financiador cobrar, desde que previstos na cédula de crédito rural, juros
superiores a 12% ao ano – estes em havendo autorização do Conselho Monetário Nacional -,
capitalizados mensalmente e, ainda, em caso de inadimplemento, apenas a taxa de juros
remuneratórios pactuada, elevada de 1% ao ano, a título de juros de mora, além da multa de 2% e
correção monetária, não se admitindo a cobrança de comissão de permanência.
a)Por serem documentos de dívida, as cédulas de crédito podem ser objeto de protesto por falta de
aceite ou por falta de devolução do título.
b)Dada a aplicação das normas de direito cambial à cédula de crédito rural, é necessário, para a
garantia futura do direito de regresso, o protesto contra os endossantes e seus avalistas.
c)A instituição financeira que opere com cédulas de crédito rural deve ser parte do sistema nacional de
crédito rural, podendo o beneficiário do título ser uma cooperativa, no caso dos financiamentos
concedidos a seus associados ou a suas filiadas.
d)Para ter eficácia contra terceiro, a cédula de crédito rural deve ser inscrita no cartório de títulos e
documentos do local de situação dos bens objeto do penhor ou da alienação fiduciária.
e)A inadimplência de qualquer obrigação convencional ou legal do emitente do título ou do terceiro
prestador da garantia real somente importará o vencimento antecipado da cédula de crédito rural após
o aviso ou interpelação judicial ou extrajudicial.
16-A respeito do crédito rural, é correto afirmar que ele possui as finalidades de crédito
17-Acerca de crédito rural, comercialização, contabilidade e seguro agrícola, julgue o item seguinte.
O crédito de comercialização, criado para viabilizar a comercialização dos produtos agropecuários no
mercado, contempla o financiamento de despesas inerentes à fase de estocagem e pré-
comercialização.
Certo
Errado
18-Não representa objetivo das atividades de assistência técnica rural, de acordo com a Lei n.º 4.504,
Art 75:
Crédito rural é o suprimento de recursos financeiros para aplicação conforme condições estabelecidas
em manual próprio. Atualmente, ele tem sido aplicado segundo três finalidades: o crédito de custeio, o
crédito de investimento em bens ou serviços que contemplem vários ciclos da cultura e o crédito de
comercialização.
Certo
Errado
a)assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até cinco anos de idade em
creches e pré-escolas.
b)seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, com exclusão da indenização a que
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
c)ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de dois anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de
trabalho.
d)proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos e de qualquer
trabalho a menores de quinze anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
e)ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de três anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de
trabalho.
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:
1- O modelo de Extensão Rural no Brasil, durante muito tempo, foi caracterizado como:
2-Os objetivos da Extensão Rural são de natureza educacional e se destinam a provocar mudanças de
comportamento do povo rural, visando a contribuir para o desenvolvimento rural.
Quanto às características da Assistência Técnica e Extensão Rural, sabe-se que a Extensão Rural
a)deve ser um sistema político.
b)adota a família como unidade de trabalho.
3-A assistência técnica e a extensão rural são serviços de importância fundamental no processo de
desenvolvimento rural e da atividade agropecuária. Sobre a extensão rural no Brasil, assinale a
alternativa correta.
a)A extensão rural prioriza a prestação de serviços de assistência técnica, em detrimento da difusão
educacional.
b)Como processo eminentemente de execução de técnicas agrícolas, ela está dissociada da pesquisa
e da difusão de tecnologias.
c)Os serviços de assistência técnica e extensão rural se confundem, não sendo possível a sua
dissociação.
d)Disciplinas como economia, contabilidade e administração, a despeito de serem matérias
importantes para o desenvolvimento agropecuário, não são consideradas pela extensão rural, a qual
aplica apenas técnicas agronômicas.
e)Extensão rural pode ser entendida como um processo educativo de comunicação de conhecimentos
de qualquer natureza, técnicos ou não.
4-A assistência técnica e a extensão rural são serviços fundamentais para o desenvolvimento rural. O
Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural − EMATER do Piauí implementa atividades para
a)a concepção pedagógica da metodologia participativa foi inspirada nos princípios teóricos de Jean
Piaget, com referências teóricas e filosóficas de “Educação de adultos”, de Paulo Freire e didática
“Aprender a aprender”, de Pedro Demo.
b)os extensionistas devem ter conhecimentos técnicos de formação acadêmica, habilidades individuais
e de equipe para resgatar, respeitar e valorizar o conhecimento dos agricultores familiares.
c)montagem e implementação de estratégias para o desenvolvimento rural sustentável.
d)a vivência de um processo metodológico fundamentado nos princípios da participação ativa e
persuasiva do extensionista.
e) os agricultores familiares são os sujeitos do seu próprio desenvolvimento.
6-A Lei nº 8.171/1991 teve vetos apostos pelo presidente da República, em relação ao texto aprovado
pelo Congresso Nacional. Acerca desse assunto, assinale a alternativa que indica o capítulo dessa lei
que restou por totalmente esvaziado em face da aposição dos referidos vetos.
7-Área fixada pelo imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes
absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico,
com extensão máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalhado com
a ajuda de terceiros, configura o conceito de:
a)imóvel rural.
b)propriedade familiar.
c)módulo rural.
d)minifúndio.
e)latifúndio.
8-Acerca das classificações legais aplicáveis ao imóvel rural, é correto afirmar que o conceito de
a)propriedade familiar é basilar ao direito agrário, sendo sua extensão fixada por pluralidade de
módulos rurais para cada região econômica.
b)média propriedade rural se refere a imóveis com extensão de seis a quinze módulos rurais.
c)pequena propriedade rural está compreendido entre um e quatro módulos rurais
d)minifúndio se refere a imóvel de extensão inferior à propriedade familiar
e)latifúndio se define pelos imóveis com extensão superior à media propriedade rural.
10-Os serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER) foram iniciados no Brasil no final da
década de 1940, no contexto da política desenvolvimentista do pós-guerra, com o objetivo de promover
a melhoria das condições de vida da população rural e apoiar o processo de modernização da
agricultura, inserindo-se nas estratégias voltadas à política de industrialização do país.
a)inexigível a licitação
b)obrigatória a licitação na modalidade concorrência.
c)obrigatória a licitação na modalidade convite.
d)dispensável a licitação.
e)obrigatória a licitação na modalidade concurso.
13-A Lei n° 12.188, de 11 de janeiro de 2010, instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e
Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER). Um dos objetivos da
PNATER é
14-A Lei no 12.188, de 11 de janeiro de 2010, instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e
Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER). É(São) princípio(s) da
PNATER:
15-No Brasil, têm-se renovado os conceitos da extensão rural. O antigo conceito de assistência
técnica com viés intervencionista cedeu lugar ao de assistência técnica de caráter participativo, fruto
do crescimento crítico e organizacional.
A respeito das características da extensão rural, julgue os itens seguintes.
Em razão da fragilidade do bioma Amazônia, o trabalho da extensão rural para difundir tecnologias do
sistema agrossilvopastoril deve considerar a competição entre indivíduos da mesma espécie e de
espécies diferentes.
Certo
Errado
16-Considere a seguinte situação hipotética: o Estado de São Paulo pretende contratar empresa pública
estadual constituída com finalidade própria de assistência técnica e extensão rural e com longa
experiência no atendimento à agricultura familiar no Município de São Paulo. Dessa forma, a contratação
visa à prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional
de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei
federal. No caso narrado e, conforme preceitua a Lei n° 8.666/1993, a licitação é
17-O Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é um imposto instituído pela
Constituição Federal, sendo sua competência do município. Diante das alternativas, indique o fato
gerador do importo:
a)A propriedade, o domínio útil ou a posse de um imóvel localizada em zona urbana ou extensão
urbana.
b)A propriedade, o domínio útil ou a posse de um bem móvel localizada em zona urbana ou extensão
urbana.
c)A compra de um bem móvel ou imóvel localizada em zona urbana ou extensão urbana.
d)A compra de um bem móvel ou imóvel localizada em zona rural ou extensão rural.
e)Transferência de um bem móvel, localizada em zona urbana ou extensão rural.
18-Paulo é trabalhador urbano, Pedro é trabalhador rural e Mario é empregado doméstico. De ac ordo
com a Constituição Federal brasileira, os três têm direito
19-De acordo com a legislação vigente, estabelecida pelo Decreto nº 6.170/2007, a transferência
voluntária de recursos financeiros a cargo do Ministério do Desenvolvimento Agrário a entidades
públicas estaduais de assistência técnica e extensão rural se processará através de normas
específicas, registradas no:
20-A recomposição da reserva legal florestal, nos casos em que ela tenha extensão menor do que a
definida na legislação,
a)poderá ser conduzida mediante a simples regeneração natural da área degradada, sem qualquer
outra medida indutora, se tal método se provar eficaz para a recomposição.
b)é providência que não incumbe ao proprietário do imóvel, se, quando de sua aquisição, a reserva
legal já estiver em extensão menor do que a exigível.
c)depende de licença ambiental e estudo prévio de impacto ambiental, sem os quais não poderá ser
efetuada pelo proprietário.
d)não poderá ser efetuada com espécies exóticas, nem poderá ensejar o manejo sustentável da área
recomposta.
e)poderá ser efetuada por meio de compensação com área localizada em outra propriedade rural,
independentemente de sua localização, desde que com autorização do órgão ambiental.
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:
ZOOTECNIA
30
25
20
15
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Precipitação (mm)
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
100
Umidade Relativa do Ar (%)
80
60
40
20
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
700
650
Radiação Solar (MJ/Mês)
600
550
500
450
400
350
300
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Figura 4 - Dados de radiação solar média mensal do período de Janeiro a Novembro de 2011
O relevo da área experimental classifica-se como ondulado e o solo foi
classificado como Latossolo Vermelho Mesotrófico (EMBRAPA, 2006). Antes do
preparo de solo para o estabelecimento das pastagens da área experimental, o solo
foi amostrado nas profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm. Estas amostragens foram
enviadas ao LABAS (Laboratório de Análise de Solo da Universidade Federal de
Uberlândia), onde foram realizadas as análises químicas e físicas (Quadro 1).
Os resultados revelaram que o solo da área experimental é de classe textural
argilosa e possui níveis insuficientes de alguns nutrientes para as espécies de
forrageiras estudadas. Apesar disso, não foi necessária a aplicação de corretivos,
como calcário ou gesso, uma vez que o solo já havia sido corrigido no ano anterior.
Foi realizada adubação de plantio no ato da semeadura, com a aplicação de 190
kg.ha-1 de Fosfato Monoamônico, garantindo em torno de 100 kg.ha-1 de P2O5 e 19 kg.ha-1
de N. Para a adubação de cobertura foi utilizado 125 kg.ha-1 do adubo formulado (30-00-20),
aplicado 30 dias depois da semeadura, o que forneceu aproximadamente 38 kg.ha-1 de N e
25 kg.ha-1 de K2O (SOUSA; LOBATO, 2004).
Densidade
Altura Planta Folha Colmo Matéria Morta
Perfilhos
Nº Perfilho/m2 cm % % %
Quadro 3. Teores médios de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente
ácido (FDA), fibra em detergente neutro (FDN), teor de lignina (LIG) e
degradabilidade in vitro da matéria seca (DIVMS)
Figura 8 – Teor de matéria seca (%) da Brachiaria híbrida cv. Mulato II e da Brachiaria
brizantha cv. Piatã, nas oito colheitas avaliadas
Figura 10 – Teor médio de fibra em detergente neutro (%) da Brachiaria híbrida cv. Mulato II
e da Brachiaria brizantha cv. Piatã, nas oito colheitas avaliadas
Figura 13 – Degradabilidade in vitro da matéria seca (%) da Brachiaria híbrida cv. Mulato II
e da Brachiaria brizantha cv. Piatã, nas oito colheitas avaliadas
O desaparecimento da matéria seca foi maior nas plantas jovens (p<0,05), o
que pode ser explicado pelo aumento do teor de lignina e redução dos compostos
solúveis, conferidos pelos estádios de maturação da planta (DEHORITY e
JOHNSON,1961; JUNG e VOGEL, 1986). O estádio de desenvolvimento é um
importante fator a influenciar o valor nutritivo de gramíneas forrageiras, segundo
relatos de Buxton e Fales (1994). Porém, vale ressaltar a influência genética da
forrageira na qualidade nutricional, uma vez que em todas as etapas de maturação
avaliadas a cultivar Mulato II deteve menor concentração de lignina (p<0,05) e,
consequentemente, maior degradabilidade da matéria seca.
Produção animal
Tabela 2. Ganho de peso médio diário proporcionado pelas forrageiras, média de seis
animais para cada tratamento, durante 120 dias de avaliação
Ganho de peso diário Ganho de peso por hectare Taxa de Lotação Média
g/animal/dia g/ha/dia UA/ha
Considere que, para o arraçoamento de 50 vacas, durante 120 dias, sejam necessárias 120 t de
determinada forragem, cuja densidade é de 600 kg/m 3 . Nessa situação, um silo cilíndrico com 10,4
m de altura e 4,0 m de diâmetro é suficiente para armazenar essa quantidade de forragem.
Certo
Errado
A circovirose suína, disseminada em rebanho suíno em diversas partes do mundo, afeta animais
entre 5 e 16 semanas de vida e é caracterizada por apatia, dispnéia e emagrecimento progressivo,
podendo causar a morte dos animais infectados. Essa doença não foi ainda diagnosticada no
Brasil.
Certo
Errado
O cultivar Piatã de Brachiara brizantha tem apresentado maior acúmulo de folhas e maior tolerância
a solos mal drenados que o cultivar Marandu em solos corrigidos da região central do Brasil.
Apresenta ainda resistência à cigarrinha das pastagens Deois flavopicta. Entretanto, não é indicado
para solos de baixa fertilidade.
Certo
Errado
6-No laboratório de Nutrição Animal são considerados EPC (Equipamento de Proteção Coletiva):
7-Os procedimentos técnicos recomendados para a produção animal na pecuária orgânica são
a)pastagem mista de gramínea, leguminosa e outras plantas forrageiras / fogo controlado para
limpeza de pastagens;
b)monocultura de forrageiras / mineralização com sal marinho / uréia;
c)pastagens com rodízio de animais de exigências e hábitos alimentares diferenciados / adubação
mineral de alta solubilidade nas pastagens;
d)pastoreio rotativo racional com divisão de piquetes evitando o pisoteio excessivo / suplementos
vitamínicos (óleo de fígado de peixe e levedura);
e)monta natural para reprodução / estabulação permanente dos animais.
8-O confinamento de bovinos de corte exige muito conhecimento em nutrição animal. Um erro na
formulação das dietas pode levar a sérios problemas nos animais.
Dois problemas de natureza alimentar que acometem os bovinos de corte confinados são:
a)cetose e babesiose;
b)cetose e febre do leite;
c)cetose e brucelose;
d)laminite e febre catarral maligna;
e)acidose ruminal e timpanismo espumoso.
a)No momento da morte do animal (abate), o músculo é mole e extensível, mas em poucas horas
converte-se em uma estrutura inextensível e relativamente rígida (Rigor mortis).
b)A produção de ATP durante o período post-mortem mantém-se graças à degradação anaeróbica
do glicogênio.
c)Após o abate, a fibra muscular deve modificar seu metabolismo e provoca modificações químicas
muito importantes que são: queda da taxa de ATP e de glicogênio e acúmulo de ácido lático.
d)O conteúdo de glicogênio independe da espécie e da raça animal, como também do grau de
nutrição e de fadiga prévia ao abate.
e)O pH do músculo de um animal sadio e devidamente descansado no momento imediatamente
após o abate varia de 7,0 a 7,3. Após o sacrifício do animal, o pH diminui devido a degradação do
ATP até chegar pH final entre 5,5 e 5,4.
12-A receita resultante da produção estatal no campo vegetal e na produção animal denomina-se
a)ambiental.
b)serviço.
c)agropecuária.
d)patrimonial.
e)florestal.
a)utilização de adubo mineral como base para a manutenção da fertilidade do solo e a nutrição das
plantas.
b)utilização de material de propagação originário de espécies vegetais adaptadas às condições
edafoclimáticas locais e tolerantes a pragas e doenças.
c)utilização de insumos que, em seu processo de obtenção, utilização e armazenamento, não
comprometam a estabilidade do habitat natural e do agroecossistema, não representando ameaça
ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
d)adoção de manejo de pragas e doenças que respeite o desenvolvimento natural das plantas, a
sustentabilidade ambiental, a saúde humana e animal, inclusive em sua fase de armazenamento,
além de privilegiar métodos culturais, físicos e biológicos.
Certo
Errado
______________________________________________________________________________
15-A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia cansada. Portadora
de um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2 toneladas com mais dificuldade. Ainda
assim, atravessou aquele 27 de julho em relativa normalidade. Comeu feno, caminhou na areia, rolou
na poça de lama para proteger-se do sol. Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma
área fechada no zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e nunca mais
acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda como “terrível”, definindo-a
como “um símbolo do declínio catastrófico dos rinocerontes devido à ganância humana”.
Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A espécie está extinta
na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa reserva ecológica no Quênia, protegidos
por homens armados. O restante – uma fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados
Unidos. São todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como a juba, no caso do
leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do paquiderme. Passou a ser usado para tratar
diversas doenças na medicina oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a
inocuidade da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça.
Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era representada por
um plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas 29 mil, divididos em cinco espécies. A
que está em estado mais crítico é a subespécie branca-do-norte.
O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre os efeitos de uma
guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao menos 5 milhões de pessoas mortas.
Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo animal.
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro, no próprio
zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze anos mais tarde, nenhuma outra
fêmea de rinoceronte-branco-do-norte conseguiu engravidar. Por isso, em 2009, os quatro
rinocerontes-brancos-do-norte que faziam companhia a Nabiré foram levados para um reserva no
Quênia. Como nem a inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última de que um
habitat selvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve resultado.
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com ovário policístico, o
que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico”, disse o diretor de
projetos internacionais do zoológico. “Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da
família.”
Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por fertilização in vitro. “Nossa
única esperança é a tecnologia”, completou o diretor. “Mas é triste atingir um ponto em que a salvação
está em um laboratório. Chegamos tarde. A espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”
(Adaptado de: KAZ, Roberto. Revista Piauí. Disponível
em: http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/eramos-cinco)
Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo animal.
Mantendo-se a correção da frase, o segmento grifado pode ser corretamente substituído pelo que
se encontra em:
A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia cansada. Portadora de
um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2 toneladas com mais dificuldade. Ainda assim,
atravessou aquele 27 de julho em relativa normalidade. Comeu feno, caminhou na areia, rolou na
poça de lama para proteger-se do sol. Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma área
fechada no zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e nunca mais acordou.
No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda como “terrível”, definindo-a como “um
símbolo do declínio catastrófico dos rinocerontes devido à ganância humana”.
Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A espécie está extinta
na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa reserva ecológica no Quênia, protegidos
por homens armados. O restante – uma fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados
Unidos. São todos idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como a juba, no caso do
leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do paquiderme. Passou a ser usado para tratar
diversas doenças na medicina oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a
inocuidade da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça.
Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era representada por um
plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas 29 mil, divididos em cinco espécies. A que
está em estado mais crítico é a subespécie branca-do-norte.
O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre os efeitos de uma
guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao menos 5 milhões de pessoas mortas.
Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo animal.
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro, no próprio
zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze anos mais tarde, nenhuma outra
fêmea de rinoceronte-branco-do-norte conseguiu engravidar. Por isso, em 2009, os quatro
rinocerontes-brancos-do-norte que faziam companhia a Nabiré foram levados para um reserva no
Quênia. Como nem a inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última de que um
habitat selvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve resultado.
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com ovário policístico, o
que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que tivemos no zoológico”, disse o diretor de
projetos internacionais do zoológico. “Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da
família.”
Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por fertilização in vitro. “Nossa
única esperança é a tecnologia”, completou o diretor. “Mas é triste atingir um ponto em que a salvação
está em um laboratório. Chegamos tarde. A espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”
Diante desse quadro, não houve quem zelasse pelo animal.
Mantendo-se a correção da frase, o segmento grifado pode ser corretamente substituído pelo que se
encontra em:
a)retesse os caçadores do animal.
b)mantesse o animal fora de perigo.
c)oponha resistência aos combatentes do animal.
d)cuidasse da segurança do animal.
e)sabesse como resguardar o animal.
17-A Ambiência Animal estuda a qualidade do ar, o ambiente térmico, acústico e lumínico nas
diferentes fases da produção animal e na qualidade do produto final. Marque a alternativa incorreta.
a)A temperatura é um dos importantes fatores ambientais que interfere na reprodução de suínos, e
alterações no ambiente térmico podem levar à redução do desempenho e à incidência de patologia
nos machos reprodutores
b)Umidade relativa também interfere na eficiência reprodutiva dos machos suínos e, quando
associada às altas temperaturas, afeta a morfologia espermática, sendo um dos maiores problemas
que atingem machos suínos sexualmente ativos.
c)Os gases gerados dentro do abrigo dos reprodutores afetam o desempenho desses animais. Os
principais gases relatados na literatura que interferem na reprodução de suínos são: NH 3, CO2, H2S
e NaCl.
d)Suínos vocalizam em várias situações, e sua expressão vocal é citada como padrão de
reconhecimento de estado de bem-estar, frustração ou sofrimento
e)A ambiência exerce grande influência na adaptação do animal ao ambiente no qual se encontra
inserido.
18-
No texto, a justificativa para a expressão “...um certo folclore..." (L. 2) atribuída à seda deve-se à
a)divulgação da existência de um novo tipo de tecido
b)fantasia que envolve sua origem
c)constatação da ocorrência de um fato real
d)descoberta de um produto de origem animal
e)produção efetuada por um animal em extinção
a)à nuca.
b)ao tórax.
c)à cabeça.
d)às costas.
e)ao pescoço.
a)crab
b)lamb
c)shrimp
d)lobster
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11:
12: 13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20:
A TRANSFORMAÇÃO DOS ALIMENTOS
Na unidade anterior vimos que os alimentos vêm da
natureza, podendo ser de origem animal, mineral ou
vegetal.
No entanto, os alimentos também podem ser classificados tendo em
conta o tratamento a que são sujeitos, ou seja, são naturais e
frescos ou transformados ou processados, se sofreram alterações
na fábrica.
Tanto os alimentos naturais como os processados podem ser
consumidos diretamente ou cozinhados antes de serem consumidos.
Alimentos transformados:
Sofreram alterações numa fábrica.
Encontram-se normalmente em embalagens.
Necessitam de rótulo que indique os
ingredientes e as transformações a que foram
sujeitos.
Exemplos: bolachas, bolos, doces, iogurtes,
sumos, pão de forma, produtos em conserva,
etc...
Alimentos pré-cozinhados:
Pratos praticamente prontos
a consumir que foram
cozinhados numa fábrica,
embalados, rotulados e
colocados á venda.
Por ejemplo: croquetes e
pizzas congeladas, lasanha e
canelones refrigerados…
Pratos e receitas
Exemplo 1
É possível que um agricultor opte por produzir todos os insumos necessários ao plantio de
sua lavoura. Isso é até recomendável em sistemas de produção nos quais se propõe o menor
uso de adubos químicos, defensivos e sementes híbridas. Entretanto, mesmo nestes casos,
não é possível que o agricultor atinja a plena autossuficiência em todos os aspectos da
produção. Caso ele opte por produzir seus próprios utensílios e maquinários, por exemplo,
não lhe sobrará tempo para se dedicar àquilo que mais sabe fazer, a produção agrícola. Por
isso, ele será mais eficiente especializando-se como agricultor, deixando as atividades de
metalurgia e engenharia para outros indivíduos. Estes, por sua vez, serão mais eficientes
especializando-se em suas atividades. Haverá, portanto, a necessidade de troca de maqui-
nário e equipamentos por alimentos e outras matérias-primas agrícolas.
CONCEITOS DE MERCADOS
Produto Mercado
Grãos
Alimentação (humana)
Arroz
Alimentação (humana e animal) e bebidas
Cevada
Alimentação (humana e animal), bebidas e combustíveis
Milho
Alimentação (humana e animal), bebidas e combustíveis
Soja
Alimentação (humana)
Trigo
FLVs
Alimentação (humana) e bebidas
Frutas
Alimentação (humana)
Legumes
Alimentação (humana)
Verduras
Outras lavouras
Fibras
Algodão
Alimentação (humana e animal), bebidas e combustíveis
Cana-de-açúcar
Bebidas
Café
Bebidas, fitoterápicos e fibras
Ervas
Cigarros
Fumo
Alimentação (animal)
Pastagens
Celulose, madeira e combustíveis
Pinus e eucalipto
Produção animal
Alimentação (humana), adubos e combustíveis
Aves
Alimentação (humana) e terápicos
Apicultura
Alimentação (humana), lácteos, couro e adubos
Bovinos
Alimentação (humana), lácteos, fibras e adubos
Ovinos
Alimentação (humana)
Pesca e piscicultura
Alimentação (humana), adubos e combustíveis
Suínos
Elaborado pelos autores.
A análise dos mercados também deve considerar a forma como os produtos são
diferenciados. De um lado, estão as mercadorias em estado bruto ou com um grau
muito pequeno de industrialização e baixo grau de diferenciação (ZUIN; QUEI-
ROZ, 2006). Enquadra-se nesta categoria a maioria dos produtos da agropecuária,
como os grãos, os FLVs, os animais para abate, leite e ovos.
Dentro desse grupo, destacam-se as commodities. São produtos padronizáveis,
que podem ser estocados e transacionados internacionalmente (características que
serão abordadas adiante). As principais commodities são os grãos (milho, soja e trigo),
o álcool, o algodão e carnes (meia carcaça e cortes congelados).
Por outro lado, os produtos podem receber um maior grau de processamento e
diferenciação antes de serem vendidos pelos agricultores, o que lhes confere atribu-
tos de qualidade não atendidos quando estão em estado bruto. São os bens especiais
agrícolas (ZUIN; QUEIROZ, 2006).
Alguns produtos podem compor tanto o mercado de commodities quanto o de
bens especiais, dependendo de seu grau de processamento e diferenciação.
Exemplo 2
Na produção de suínos, os animais podem ser vendidos em estado bruto para serem aba-
tidos por agroindústrias (pagos pelo preço do kg vivo) ou ser processados na propriedade
e vendidos como embutidos.
Quadro 2
Agricultores no Brasil
Fonte: ICEPA.
Exemplo 3
Com os episódios da doença da vaca louca nos rebanhos bovinos da Europa e dos EUA
nos anos de 2000 e 2003, respectivamente, verificou-se, entre os consumidores, maior
preocupação com a qualidade dos alimentos. Eles passaram a consumir carne de frango e
suína em detrimento da carne bovina (deslocamento para produtos substitutos em função
da mudança de gostos e preferências), levando a reduções de 15% a 20% na cotação dos
animais (cf. figura 11).
Preço
O
p1
D1
p2
D2
q2 q1 Quantidade
Figura 11 – Deslocamentos da curva de demanda por carne bovina em função dos episódios
de vaca louca que reduziram a quantidade demandada
Exemplo 4
É importante salientar que no mundo real ocorrem mudanças simultâneas nas cur-
vas de demanda e de oferta. Assim, é possível que um aumento da oferta não seja acom-
panhado por uma redução de preços, porque também pode ter ocorrido um aumento da
demanda. No quadro 1, abaixo, apresentam-se os possíveis efeitos do deslocamento da
oferta e da demanda sobre o preço e a quantidade de equilíbrio de mercado (EM).
Quadro 1
Efeitos do deslocamento simultâneo da demanda e da oferta
Demanda Redução da
Aumento da demanda
constante demanda
Preço ↑ Preço ↓
Oferta constante Não há mudanças
Quantidade ↑ Quantidade ↓
O que o produtor poderá fazer para eliminar as apreensões com relação aos
preços no mercado e garantir tranquilidade para acompanhar sua lavoura ou cria-
ção? A gestão de risco de preços poderá ser feita por meio do chamado mercado de
derivativos agrícolas, local onde ocorre a negociação de contratos que estabelecem
a fixação dos preços para liquidação futura, na modalidade física ou financeira. De
acordo com BM&F (2007a, p. 6), derivativos “é nome dado à família de mercados
em que as operações com liquidação futura são implementadas, tornando possível a
gestão do risco de preço de diversos ativos”.
Diferentemente do mercado à vista (ou spot), onde, no momento da transação
entre comprador e vendedor, ocorrem o pagamento e a entrega dos bens comercia-
lizados, nos mercados de derivativos as partes negociam contratos que estabelecem
volume, qualidade e preço dos produtos que deverão ser disponibilizados no mo-
mento da transação, ou seja, em data futura (por exemplo, na safra) acordada entre
os agentes do mercado. Esses contratos de comercialização são firmados entre com-
pradores e vendedores com o objetivo de facilitar as trocas e alterar as características
de risco futuro de preços das commodities agrícolas.
O negócio com derivativos segue a lei da oferta e da demanda, já que é nego-
ciado livremente sem controle de preços, podendo ser definido como “uma opera-
ção que deriva de algum negócio tradicional do mercado físico ou de algum título
negociado no mercado financeiro” (CORRÊA; RAÍCES, 2005, p. 9). O mercado
físico é caracterizado pela comercialização de produtos como soja, milho, boi gordo,
bezerro, café, petróleo, ouro, álcool, açúcar, algodão, etc; e o mercado financeiro,
pela comercialização de ações de empresas, taxas de câmbio, taxas de juros, moeda
estrangeira, índice de preços, títulos do governo, etc.
O termo derivativo se explica porque os preços futuros dos produtos agrícolas
derivam ou sofrem influência do mercado físico desses mesmos produtos nas dife-
rentes regiões de produção. Dessa forma, é importante destacar que as referências
para a formação dos preços futuros derivam, fundamentalmente, do mercado físico
(comercialização à vista ou a prazo) dos produtos agrícolas e são influenciados por
expectativas futuras com relação ao comportamento dos preços.
Para atuar no mercado de derivativos, o produtor deverá fixar um preço ade-
quado para cobrir os custos de produção e realizar lucros que possibilitem a manu-
tenção das atividades produtivas por meio de investimentos em máquinas, equipa-
mentos, treinamentos, infraestrutura e novas tecnologias. A operacionalização da
comercialização no mercado de derivativos é realizada mediante a utilização de ins-
trumentos chamados contratos de derivativos, que permitem ao produtor planejar
a produção e novos investimentos na propriedade, já que eliminam ou minimizam
riscos e incertezas com relação aos preços dos produtos.
Ressalte-se que esse instrumento de comercialização, o contrato de deriva-
tivos, é utilizado na negociação de produtos considerados commodities no mercado.
Um produto, ou uma mercadoria, para ser considerado commodity, além de serem os
preços definidos pelo mercado devido à interação entre oferta e demanda, deve ser
padronizado em diferentes países e contar com possibilidade de transporte, entrega
e armazenagem (controle da perecibilidade e garantia de manutenção das caracterís-
ticas do produto).
Utilizando contratos de derivativos, os agricultores estarão fixando (travando)
preços futuros para os seus produtos, eliminando, dessa forma, as incertezas com
relação às oscilações do mercado spot e protegendo os investimentos realizados na
propriedade. Para tanto, o produtor terá que se inserir em um dos tipos de mercados
descritos na próxima seção: mercado a termo, mercado futuro e mercado de opções.
Os contratos de derivativos podem ser negociados tanto em mercado de balcão
como em mercado de bolsa. No mercado de balcão, as partes negociam diretamente
entre si, estabelecendo contratos específicos e flexíveis, livremente, conforme as ne-
cessidades dos compradores e vendedores e as possibilidades de aportes de garantias
para a realização da transação.
Já no mercado de bolsa, as partes não se identificam, e os contratos são pa-
dronizados (qualidade e quantidade dos produtos, datas de vencimentos e locais de
entrega), ficando sob a responsabilidade da bolsa a criação de um ambiente favorável
à negociação, com oferta de mecanismos de registro de entrada e saída do mercado
e normas para regulação e acompanhamento das transações (BM&F, 2007a). No
mercado de balcão, são negociados contratos a termo e opções flexíveis; no mercado
de bolsa, são negociados contratos futuros e contratos de opções.
TIPOS DE MERCADOS DE DERIVATIVOS AGRÍCOLAS
Elaborado a partir de: MARQUES; MELLO; MARTINE FILHO, 2008; BM&F, 2007a, 2007b; HULL,
2005; CORRÊA; RAÍCES, 2005; AZEVEDO, 2001; SILVA NETO, 2002.
COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA
Numa visão mais limitada, a comercialização agrícola pode ser pensada como
um simples ato do agricultor que consiste na transferência de seu produto para ou-
tros agentes que compõem a cadeia produtiva em que ele está inserido. Esta é uma
visão tradicional da comercialização agrícola, definida pela transferência de proprie-
dade do produto num único ato após o processo produtivo, ainda dentro ou logo
depois dos limites da unidade de produção agrícola.
Entretanto, a comercialização agrícola pode (e deve) ser entendida de forma
bem mais abrangente, como um “processo contínuo e organizado de encaminha-
mento da produção agrícola ao longo de um canal de comercialização, no qual o
produto sofre transformação, diferenciação e agregação de valor” (MENDES; PA-
DILHA JUNIOR, 2007, p. 8). Em um enfoque mais atual, estes autores associam o
conceito de comercialização à coordenação existente entre a produção e o consumo
dos produtos agropecuários, incluindo a transferência de direitos de propriedade, a
manipulação de produtos e os arranjos institucionais que contribuem para a satis-
fação dos consumidores. Trata-se de um conceito amplo, em que se atribui a essa
atividade a função de transferir os produtos ao consumidor final, considerando a
influência de todas as atividades nesse processo (produção agrícola, industrialização,
transporte dos produtos, relações com o consumidor, etc.).
Dessa forma, o conceito de comercialização distancia-se do conceito de simples
venda dos produtos agrícolas (pós-colheita da safra, por exemplo), devido à sua amplitu-
de e complexidade. A partir dessa perspectiva, as estratégias de comercialização agrícola
começam a ser pensadas na propriedade rural, e até mesmo na aquisição dos insumos.
Tipo de canal de
Definição Exemplos
comercialização
Trading de exportação,
Canal de quatro níveis Canal que possui quatro intermediários. centrais de abasteci-
mento.
Valores Características
I
Portando a Nota Fiscal válida para trânsito
II
Acompanhados de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART
III
Mediante recolhimento da taxa de emissão de Atestado de Desinfestação
É correto afirmar:
a)A primeira afirmação é incorreta, a segunda incompleta e a terceira é desconexa ao contexto.
b)As duas primeiras afirmações estão incorretas, mas a terceira é parcialmente correta.
c)As duas afirmações são corretas e a terceira é complementar.
d)Todas as afirmações estão incorretas, entretanto, tratam de assuntos correlatos.
e)Todas as afirmações estão corretas, mas tratam de assuntos díspares.
___________________________________________________________________________________
7-Segundo a Portaria 210, de 10 de novembro de 1998, congelamento é o processo de refrigeração e
manutenção a uma temperatura de:
a)não maior que -40°C dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados)
tolerando-se uma variação de até 1°C, medidos na intimidade dos mesmos.
b)não maior que -35°C dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados)
tolerando-se uma variação de até 1°C, medidos na intimidade dos mesmos.
c)não maior que -25°C dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados)
tolerando-se uma variação de até 1°C, medidos na intimidade dos mesmos.
d)não maior que -12°C dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados)
tolerando-se uma variação de até 2°C, medidos na intimidade dos mesmos.
e)não maior que -1°C dos produtos de aves (carcaças, cortes ou recortes, miúdos ou derivados)
tolerando-se uma variação de até 2°C, medidos na intimidade dos mesmos.
___________________________________________________________________________________
8-Julgue os próximos itens, relativos à defesa sanitária animal e vegetal.
Uma empresa poderá importar produtos de origem animal sem apresentação do certificado sanitário,
desde que os regulamentos de inspeção de produtos de origem animal dos países de procedência
sejam aprovados e reconhecidos pelas autoridades sanitárias brasileiras.
Certo
Errado
___________________________________________________________________________________
9-Acerca do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e da classificação, inspeção e
padronização de produtos de origem animal e vegetal, julgue os itens que se seguem.
De acordo com a legislação brasileira, a inspeção sanitária dos produtos de consumo humano, durante
o processo de produção, deve ser realizada tanto pelo serviço de inspeção federal, quanto pela
vigilância sanitária.
Certo
Errado
___________________________________________________________________________________
10-Acerca do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e da classificação, inspeção e
padronização de produtos de origem animal e vegetal, julgue os itens que se seguem.
Todos os alimentos, sejam eles produtos de origem vegetal ou animal, estão sujeitos à fiscalização pela
vigilância sanitária após o processo produtivo, a qualquer momento, durante o transporte, a
armazenagem e(ou) a comercialização.
Certo
Errado
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10:
Cultura do Milho
Origem e Histórico
Apesar de parecer ser nativo do Brasil, o milho tem como centro de origem o
México e a Guatemala, sendo encontrada a mais antiga espiga de milho no vale do Tehucan na dat a de
7000 a.C, essa região atualmente é onde se localiza o México. O Teosinte ou “alimento dos deuses”,
chamado pelos maias, foi originado por meio do processo de seleção artificial, feito pelo homem. O
mesmo ainda é encontrado na América Central.
Sendo uma espécie da família das gramíneas, o milho é o único cereal nativo do Mundo, como suas
altitudes vão desde o nível do mar até 3 mil metros, sua cultura é encontrada numa grande região do
globo.
Conforme foi passando o tempo, a domesticação desta cultura feita pelo homem foi evoluindo cada vez
mais através da seleção visual no campo, destacando as principais características como produtividade,
resistência a doenças e capacidade de adaptação, dentre outras originando as variedades hoje
conhecidas.
Importância Econômica
A cultura do milho é cultivada em todas as partes do mundo. Sendo os maiores produtores mundiais os
Estados Unidos, a China e o Brasil que ocupa terceiro lugar com média de produção atual em torno de
53,2 milhões de toneladas. O Brasil destaca-se mundialmente em relação à cultura do milho como
produtor, consumidor e exportador. E com a grande multiplicidade de usos que o cereal apresenta, as
estimativas de procura pelo grão é aumentar. A primeira ideia com a descoberta da espécie foi para
alimentação humana, basicamente para as regiões de baixa renda por ser uma rica fonte de energia,
mas sua safra tem como principal destino as indústrias de rações para animais e até indústrias de alta
tecnologia.
Atualmente, a maior parte da utilização do milho está concentrada à fábrica de rações para animais,
sobretudo devido às suas características nutricionais, constituído da maioria dos aminoácidos, além de
ser um cereal com produção de baixo custo, comparado à obtenção de outros grãos. No Brasil, a
produção do grão destinado à alimentação animal está representada entre 70-80%. Há espécies da
planta do milho que também é utilizada na elaboração de silagem, como ingrediente único ou
complemento A cultura do milho além de apresentar qualidades nutricionais relevantes, destaca-se
também na geração de empregos, sobretudo na época da safra. Geralmente, o cultivo do milho é
mecanizado, beneficiado por técnicas modernas de plantio e colheita, principalmente nas grandes
lavouras, nesse caso a geração de empregos é menor do que em pequenas propriedades, onde o cultivo
é semimecanizado na maioria das produções, há um grande índice de emprego nas zonas rurais,
atraindo famílias, pessoas de baixa renda, logo evitando situações de êxodo rural.
Botânica e Cultivares
De acordo com a classificação botânica, o milho é um monocotiledônea, pertencente a família Poaceae,
Subfamília Panicoidae, gênero Zea e espécie Zea mays L. É uma planta herbácea, monóica, portanto
possuem os dois sexos na mesma planta em inflorescências diferentes, completa seu ciclo em quatro a
cinco meses caracterizando uma planta anual.
Sendo uma espécie alógama e originada do México, o milho apresenta uma grande variabilidade,
existindo atualmente cerca de 250 raças. Com um aumento significativo na segunda m etade do século
X houve uma grande evolução com desenvolvimento de variedades e híbridos.
Uma colheita realizada com sucesso dentro do planejamento e com grande produção é o resultado de
um trabalho realizado com potencial genético da semente e das condições edafoclimáticas do local de
plantio, além do manejo da lavoura, levando a cultivar o maior responsável por 50% do rendimento final,
a escolha correta da semente pode levar ao sucesso ou insucesso da lavoura.
Segundo Carlos Cruz (2002) antes da escolha da cultivar, o produtor deve fazer um levantamento
completo das sementes que ele deseja utilizar, avaliação de pesquisas, assistências técnicas, quais as
empresas produtoras das sementes, experiências regionais e o comportamento em safras passadas.
Visando obter sucesso em sua lavoura o produtor deve ter em mente os aspectos: Adaptação a região,
produtividade e estabilidade, ciclo, tolerância a doenças, qualidade do colmo e da raiz, textura e cor do
grão.
Adaptação a Região Conhecer a região onde será implantado o milho é crucial para a escolha da cultivar,
a mesma deve ser bem adaptada a região. Sendo o Brasil dividido em quatro grandes microrregiões
homogêneas de cultivo do milho diferencias pelos fatores latitude, altitude e clima. São eles, região
subtropical, de transição, tropical e nordeste.
Produtividade e Estabilidade
O potencial produtivo e a estabilidade de produção determinada em função do seu comportamento nos
cultivos em diferentes locais e anos, também devem ser consideradas pelos produtores no ato da
compra das sementes. As cultivares estáveis ao passar dois anos e dentro de uma determinada área
geográfica oscila pouco em resposta a melhoria do ambiente, além de evitar perdas maiores em
ambientes desfavoráveis.
Conforme foi crescendo o melhoramento genético, houve o acompanhamento de uma maior variedade
no mercado, com híbridos duplos, híbridos triplos e híbridos simples, sendo que os híbridos triplos e
simples podem ser dos tipos modificados ou não. Sementes de menores custos são aquelas variedades
melhoradas, portanto multiplicadas com os devidos cuidados podem ser reutilizadas por alguns anos,
sem diminuição substancial da produtividade.
O milho híbrido possui alta produtividade, devido seu melhoramento genético, contudo depois de colhido
não se deve plantar novamente, pois o seu potencial genético tem maior produtividade somente na
primeira geração (F1), no caso do replantio a produção vai ter uma queda significativa acarretando
prejuízos ao produtor.
Ciclo
Através do numero de dias da semeadura até o pendoamento, até a maturação fisiológica ou até mesmo
a colheita é determinado o ciclo de uma cultivar, seus grupos variam de acordo com seu ciclo, descritos
como: superprecoce, precoce, semiprecoce e normal.
Tecnicamente, o ciclo de uma cultivar leva em consideração as unidades de calor necessárias para
atingir o florescimento. O agricultor deve ter em mente que essa determinação de ciclo das cultivares
não é muito rígida, a diferença entre as cultivares mais tardias e as mais superprecoces pode não chegar
a dez dias. Além da classificação não ser rigorosa, uma cultivar classificada como superprecoces pode
comportar-se como precoce e vice- versa. Por outro lado a colheita pode acontecer mais cedo devido
as diferentes taxas de secagem após a maturação fisiológica
Portanto não tem como fazer o perfeito ajuste entre as culturas usadas na rotação ou sucessão sem a
escolha da cultivar de ciclo adequado, para compor o sistema de produção da propriedade.
Tolerância a Doenças
As doenças podem causar grandes danos as lavouras ou até mesmo atingir toda a cultura, elas se
instalam com facilidade e demoram na maioria das vezes mais de anos para se tornar ausente.
É de fundamental importância a escolha de cultivares tolerantes as principais doenças, para evitar a
redução de produtividade. A sanidade dos grãos também é importante para a escolha da cultivar, essa
característica é função principalmente da resistência genética da cultivar aos fungos que atacam o grão
e está normalmente associada a um bom empalham ento
Irrigação
A implantação do sistema de irrigação na produção de milho somente é necessário em regiões áridas e
semiáridas, pois em regiões onde ocorre muita chuva é suficiente para suprir as necessidades da planta
em pelo menos uma safra. Portanto, é fundamental antes de comprar os equipamentos para instalação
do sistema de irrigação, saber se é necessário e se é possível. Se for preciso a instalação do sistema
de irrigação, verificar se fatores como a distribuição de chuva e disponibilidade de água, o efeito da
irrigação na produção, a necessidade de água das cultivares e a qualidade de água da fonte.
A quantidade de água que o milho utiliza é variável durante o ciclo e aumenta de acordo com a região
de cultivo. Há variedades que responde melhor a irrigação, sendo proporcionado um aumento na
produtividade da cultura, maior eficiência na aplicação de fertilizantes e a possibilidade do emprego do
emprego de uma maior densidade de plantas numa mesma área. Se optar por uma cultura irrigada, é
essencial verificar se o volume de água disponível é de qualidade e suficiente para atender a
necessidade sazonal de água da cultivar, respeitando as leis de uso da água, em vigor no país, sendo
obrigado a requerer a outorga para uso da água junto as agências responsáveis.
Se atender as exigências e for necessário o uso da irrigação, o próximo passo é escolher o método a
ser implantado na lavoura. Os principais métodos são: superfície, aspersão, localizada e subirrigação.
Conhecendo quais são os métodos, deve analisar fatores que podem influenciar no sucesso do sistema,
como declividade do terreno, taxa de infiltração dos solos, sensibilidade da cultura ao molhamento e o
efeito do vento. Além desses fatores, é recomendável pesquisar se o custo do material é viável, se a
implantação da atividade agrícola vai trazer retorno econômico ao produtor e escolher implementos de
qualidade. Para a cultura do milho, o sistema de irrigação mais apropriado é o que se adapta as
condições do ambiente, do que precisa e das condições financeiras do produtor .
Plantas Daninhas
Os fatores que o milho precisa para seu desenvolvimento são basicamente os mesmo exigidos pelas
plantas daninhas, tais como: água, luz, nutriente e espaço físico, se torna um processo competitivo
quando a cultura e a planta daninha se desenvolvem conjuntamente.
O milho pode assumir uma arquitetura diferente por estar em competição com as plantas daninhas,
diferente de quando cresce livre da presença de outras plantas. A presença da alelopatia liberadas por
plantas daninhas no meio prejudicando o desenvolvimento de outro, podendo ocorrer inclusive entre
indivíduos da mesma espécie.
Para evitar danos irreversíveis a cultura e prejudicar o rendimento da cultura, é realizado o manejo de
plantas daninhas visando elimina-las durante o período crítico de competição. Outro aspecto importante
é dar condições para que a colheita mecanizada tenha a máxima eficiência, e evitar a proliferação de
plantas daninhas, garantindo assim a produção nas próximas safras.
O produtor deve entender que as perdas podem variar de ano a ano, em virtude das condições
climáticas, e de propriedade a propriedade, devido as variações de solo, população de plantas daninhas,
sistemas de manejo incluindo rotação de culturas no plantio direto, além do beneficiamento na colheita
evitando assim perdas na produção.
O solo não pode ser colocado em pousio para evitar altas taxas de germinação de plantas daninhas,
por isso é importante plantar leguminosas para aumentar a fertilidade do solo e não deixar as plantas
daninhas encontrar condições adequadas.
O controle cultural é utilizado pelos produtores e não se encaixa como um processo de manejo de
plantas daninhas, e sim visando aumentar a capacidade competitiva da cultura em detrimento das
plantas daninhas. O menor espaçamento entre linhas, maior densidade de plantio, época adequada de
plantio, uso de variedades adaptadas às regiões, uso de cobertura morta, adubações adequadas,
irrigação bem manejada, rotação de culturas, são técnicas que tornam a cultura mais competitiva com
as plantas daninhas.
Outros tipos de controles podem ser feitos através de capina manual, mecânica, controle químico e
aplicações de herbicidas na quantidade adequada.
Pragas e Doenças
A importância de se entender a evolução das doenças e o ataque pragas em determinada cultura é
imprescindível para um controle eficiente de danos à produção. Para amenizar a ocorrência de prejuízos
a lavoura, é recomendável um estudo prévio sobre a cultivar ou híbrido que deseja cultivar. Verificar se
a área escolhida não é propícia a incidência de doenças e pragas.
O emprego de sementes selecionadas, tratos culturais, o uso de agrotóxicos contribuem para a
disseminação de pragas e doenças da cultura. O descuido com as lavouras ainda é um forte fator
responsável pela baixa produtividade do milho na maioria dos casos. Se não conhece o invasor e
apresenta-se em grande quantidade, o ideal é procurar ajuda técnica e orientações e recomendações
de como proceder a fim de diminuir os danos econômicos.
As principais pragas que atacam a cultura do milho são os cupins, lagarta do cartucho, lagarta da espiga,
lagarta rosca, cigarrinha e as pragas de armazenamento, por exemplo, Sitophilus zeamais. E as doenças
mais conhecidas que atacam o milho são: Cercosporiose, ferrugem comum, antracnose do colmo,
antracnose foliar e mancha branca. A maioria das cultivares do milho apresenta vulnerabilidade à
incidência de patógenos. O controle químico ainda é a grande solução para o ataque de doenças.
Algumas medidas contribuem para prevenção e disseminação dos invasores, podendo preparar o solo
adequadamente, realizar a colheita em época certa, seguida de destruição dos restos culturais e entorno
dos mesmos; manter a cultura e das áreas próximas ao limpo, isentas de ervas daninhas e outros tipos
de vegetação que servem de hospedeiros. A realização de rotação de culturas é fundamental, pois além
de contribuir no controle cultural das pragas, ainda fertiliza e c onserva o solo. Aplicação do controle
biológico, a maioria das pragas tem inimigos naturais. O produtor deve estar atento a lavoura, pois esses
invasores podem diminuir o número de plantas, reduzir a população; outras ainda promovem a perda e
o apodrecimento das raízes das plantas.
Comercialização
A cultura do milho apresenta uma multiplicidade de usos. Logo, a comercialização é bastante difundida,
apresentando fluxos de comercialização direcionados para fabricas de rações, indústrias químicas,
mercado de consumo in natura e exportações. Nesta atividade, há os agentes intermediários que
movimentam este setor, reduzindo a produtividade média dos estabelecimentos que usam este meio
para venda.
O avanço tecnológico tem contribuído para o aumento da produção do milho, apresentando vantagens
em permitir, por exemplo, a antecipação da colheita, liberando terra para outras culturas; utilização de
um sistema de armazenamento mais simples e econômico, evitando o ataque de roedores e carunchos
nos grãos, diminuindo deste modo às perdas a campo; e conservação do valor nutritivo por um maior
período de tempo, com isso, a comercialização do produto ganha um incentivo, possibilitando maior
retorno econômico ao produtor.
O milho verde, comparado com o milho destinado para grão, apresenta resultados mais satisfatório e
expressivo no valor comercial. Nos períodos de entressafra, os preços de comercialização do milho são
mais altos, principalmente o milho verde. E os produtores que destinam a produção de milho para grãos,
aproveitam esta época para comercializar esse produto na forma de milho verde e o restante da lavoura
sendo triturada, destinada a compor a produção de silagem para alimentação animal . É importante que
o produtor faça um planejamento da semeadura para evitar o acúmulo da produção em uma só época,
obtendo, assim, quantidades adequadas do produto para um maior período de comercialização. Nas
pequenas propriedades, costumam destinar seus produtos ao comércio por meio de sacas e por varejo,
na base de espigas. Já em grandes lavouras, a comercialização é feita em estoques elevadíssimos,
vendido no atacado.
A CULTURA DA SOJA
Grão de soja
Farinha de soja
Floco de soja desengordurado Lecitina de soja
Óleo de soja bruto
Proteína isolada de soja
Proteína concentrada de soja
Composição das sementes: Proteínas 45 a 50%, gorduras ±21%, carboidratos ±34%, constituintes
biologicamente ativos como ácidos fético, saponinas, inibidores da tripsina, etc.
FENOLOGIA DA SOJA
Uma folha é considerada completamente desenvolvida, quando a folha do nó acima se estende
suficientemente, de tal modo que os dois bordos de cada folíolo não estejam se tocando.
Estádios de desenvolvimento: Fase vegetativa: VE; VC; V1 a Vn. Fase reprodutiva: R1 = Início do
florescimento até R8/9 = Maturação plena.
O conhecimento da fenologia possibilita otimizar os recursos naturais e insumos norteando as ações
de manejo no intuito de obter altas produtividades.
– Época de semeadura
– População
– Aplicação de Herbicidas
– Aplicação de Fertilizantes
– Aplicação de Fungicidas
– Colheita
A soja floresce, em condições de campo, somente quando os dias são diminuídos abaixo do valor
crítico para a variedade sendo denominada planta de dias curtos;
Existem variedades que apresentam um período de juvenilidade bastante longo, independente do
fotoperiodismo.
O fotoperiodismo é o fator mais importante na determinação da proporção relativa entre os períod os
vegetativos e reprodutivos, influenciado, também no período de florescimento até a formação da
vagem e, daí até a maturação, no número de nós e na altura da planta.
Comprimento do dia; Temperatura: -18 a 21°C –Germinação 5 a 7 dias; -Ideal –25°C;
-Extremos –10°C e 38°C; TºC Aumenta o período vegetativo.
Precipitação pluviométrica: O problema não é a falta de chuva e sim a sua distribuição;
Época de semeadura: Na época das chuvas (Final de outubro, novembro e início de dezembro).
População de plantas: 200 a 500 mil / plantas / ha, (devido a sua alta plasticidade)
Bradyrhyzobium japonicum → específico para soja; Pico máximo de fixação vai até o enchimento do
grão.
Avaliação da FBN – (Fixação Biológica de Nitrogênio):
Nódulos maiores e em menor número (ideal);
Mais de meio centímetro de diâmetro e de coloração rósea (avermelhada) bem forte;
1º semana após a germinação, já se observa a formação de nódulos;
IMPORTANTE: Para melhor eficiência da operação, deve-se sempre aplicar primeiro o fungicida,
depois os micronutrientes (Mo e Co) e somente depois o inoculante.
1) Umidade e Temperatura do solo: Para germinação e emergência a soja requer a absorção de água
de pelo menos 50% do seu peso seco (T 25º ideal);
2) Cuidados na semeadura: Mecanismos de semeadura (Tipo de dosador de semente, Limitador de
profundidade, Compactadores de sulco);
3) Velocidade de operação da semeadora (entre 4 a 6 Km/h);
4) Profundidade: Entre 3 a 5 cm;
5) Posição semente / adubo: Ao lado e abaixo da semente;
Fungicida:
•Derosal plus = 200 ml •Monceren = 150 g
Inseticida: •Standak = 100 ml
Inoculante e micronutriente:
•1 dose de inoculante(líquido ou turfa)
•Cofermol (Cobre, ferro e molibidênio) = 100 ml/ ha.
Responsabilidade social
Preocupação com o meio ambiente
Manejo e conservação para gerações futuras; Condições adequadas de trabalho, alimentação e
moradia aos colaboradores
Investimentos em recursos humanos, capacitação, orientação e supervisão adequados, e não
somente em tecnologia
Preservação de matas ciliares,e proteção às nascentes de água;
Combate a erosão, Terraceamento, semeadura em nível, Sistema de Plantio Direto (SPD);
Destinação final de embalagens vazias, triplice lavagem, MIP, produtos menos tóxicos.
“Operação de semeadura de culturas em solos não preparados mecanicamente, abre-se apenas um
sulco suficiente para obter boa profundidade e cobertura do solo.”
OBJETIVO DO SPD
Contenção dos processos erosivos do solo;
Exploração Agropecuário com práticas Agrícolas ordenadas e
Vantagens do sistema de plantio direto (SPD) na palha:
Controle da erosão;
Redução do tempo de plantio;
Consumo de combustível;
Conservação da umidade no solo;
Melhoria das condições físicas e químicas do solo;
Maior sustentabilidade ambiental;
Melhoria da qualidade de vida(Microbiologia do solo).
Desvantagens do Plantio Direto:
Maior custo de implantação do Sistema (descompactação do solo, aquisição de calcário e de adubos,
compra de implementos...);
Normalmente há necessidade de maior uso de herbicidas, principalmente no início;
Poderá haver maior incidência de pragas (lesmas e lagarta rosca) e doenças do solo.
A produtividade inicial (primeiros 3 anos) é um pouco reduzida quando comparada ao Sistema
Convencional, salvo exceções na cultura da soja.
Com um quadro (de ferro) de 1m², coletar 3 amostras a cada 2 horas de colheita, em três pontos
diferentes no fundo da colheitadeira, fazendo assim, uma média das três amostras.
Média das amostras:
∑ das amostras ÷ 3 = nº de sementes.
Cálculo de perda de sementes por hectare (PSha):
Peso do grão (Peso médio de 1000 sementes, ex. 0,14) Valor da média das amostras coletadas
Cultura do Arroz (Oryza sativa)
O arroz cultivado é uma planta herbácea incluída na classe
Liliopsida (Monocotiledônea), ordem Poales, família Poaceae,
gênero Oryza. É uma planta da família das gramíneas que
alimenta mais da metade da população humana. É a terceira
maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo
milho e trigo.O arroz é uma gramínea anual, classificada no
grupo de plantas C-3, adaptada ao ambiente aquático. Esta
adaptação é devida à presença de aerênquima no colmo e nas
raízes da planta, que possibilita a passagem de oxigênio do ar
para a camada da rizosfera. Para expressão de seu potencial
produtivo, a cultura requer temperatura ao redor de 24 a 30°C e
radiação solar elevada, considerando que a disponibilidade
hídrica não é um fator limitante quando cultivada em condição
de solo inundado.
O ciclo de desenvolvimento do arroz pode ser dividido em três
fases principais: plântula, vegetativa e reprodutiva. A duração de
cada fase é função da cultivar, época de semeadura, região de
cultivo e das condições de fertilidade do solo. A duração do ciclo
varia entre 100 e 140 dias para a maioria das cultivares
cultivadas em sistema inundado, sendo que a maior parte da variação entre cultivares ocorre na fase
vegetativa. As cultivares de arroz de sequeiro tem duração de ciclo entre 110 e 155 dias.
As distintas variedades diferem no tamanho dos grãos e na altura da planta. Quase todas elas se
cultivam em planícies alagadas que podem continuar inundadas, mesmo durante o período de
crescimento do vegetal. Há variedades de sequeiro, cultivadas em terras altas. O sistema radicular
da planta é constituído por numerosas raízes fibrosas, longas e finas que permitem sua rápida
fixação no solo.
Até frutificar, a planta emite novas raízes que, ao se ramificarem, aumentam a capacidade de
absorção de nutrientes, o que possibilita o cultivo mesmo em solos pobres como, por exemplo, no
cerrado brasileiro. Das raízes surgem numerosas hastes formadas por uma série de nós e entrenós.
Cada nó traz uma folha e uma gema. O perfilhamento das hastes (cilíndricas) é maior nos solos mais
férteis e quando as plantas estão distanciadas entre si. As touceiras variam de três a cinquenta
colmos e cada colmo termina por uma inflorescência, uma panícula semelhante à aveia. As
espiguetas nascem em uma panícula aberta, que é ereta no florescimento e decumbente na
maturação. As flores são hermafroditas. O androceu possui seis estames que se reúnem em dois
verticilos de três estames cada um. O gineceu tem um único pistilo. O ovário contém um único óvulo.
O estigma, formado por três pequenos lobos, é séssil.
Os estames e os pistilos ficam contidos em duas glumas de forma navicular. Essas glumas aderem à
semente depois da maturação, formando a cariopse, que caracteriza o arroz em casca e é eliminada
após o beneficiamento. Cada panícula pode conter de 70 a 300 sementes, de 5 a 11 milímetros de
comprimento, com formas variando de oblonga, oblonga-estreita, arredondada ou recurvada.
Figura 1 - Características botânicas das plantas de Oryza sativa.
Dessa forma vai depender o valor econômico na hora da comercialização. As sementes são divididas
em grupos e subgrupos, cada qual com preço diferenciado. Não há uma base científica para a
classificação dos grãos, cuja nomenclatura varia conforme a região produtora. No Brasil, as
variedades mais comuns são:
a) agulha (de grãos finos e alongados, branco, dourado ou creme);
b) americano;
c) amarelo ou amarelão;
d) angola;
e) carioquinha (amarelo, branco ou quase preto);
f) pérola;
g) catete;
h) japonês.
Desenvolvimento
Plântula
Para germinar a semente de arroz precisa absorver água. Nas sementes em germinação, tanto o
coleóptilo quanto a radícula podem emergir primeiro. Em condições de ambiente seco, a radícula
pode emergir primeiro, mas em condições de semeadura em água o coleóptilo pode emergir
primeiro.
O número de dias da semeadura à emergência depende da temperatura e umidade do solo, nos
sistemas de semeadura em solo seco. Na semeadura em solo inundado (sistema pré germinado), a
duração deste sub período é função das temperaturas do solo, do ar, da água e do grau de
desenvolvimento da plântula por ocasião da semeadura.
A emergência da plântula de arroz ocorre devido ao alongamento da estrutura denominada
mesocótilo. A capacidade de desenvolvimento do mesocótilo depende da temperatura do solo, se a
água não for limitante. Por essa razão, em solos frios, a profundidade de semeadura deve ser menor
que a realizada em solos com temperatura mais alta.
Após a emergência, a plântula de arroz mantém-se através do uso das reservas presentes no grão,
por 10 a 14 dias. As raízes seminais, que se originam da semente, são as responsáveis pela
sustentação da plântula durante esse período. Este sistema radicular é temporário, pois entra em
degeneração logo que começam a surgir as raízes adventícias dos nós do colmo, logo abaixo da
superfície do solo.
Este segundo sistema radicular passa a constituir-se no principal mecanismo de extração de água e
nutrientes e de fixação da planta ao solo até o final do ciclo de desenvolvimento.
Vegetativo
Após o estabelecimento inicial, a planta começa a desenvolver a sua estrutura foliar, formando uma
folha em cada nó, de forma alternada no colmo. Durante as primeiras quatro a cinco semanas de
desenvolvimento, todas as folhas já estão formadas, sendo que o número total de folhas por planta
varia com a cultivar e época de semeadura.
Quando a quarta folha do colmo principal está com o colar formado, correspondendo
aproximadamente a três a quatro semanas após a emergência, a planta de arroz começa a emitir
perfilhos, que surgem dos nós do colmo numa ordem alternada. Esta capacidade de perfilhamento
faz com que o arroz tenha uma resposta elástica à densidade de semeadura, podendo compensar
baixas populações de plantas com maior número de perfilhos emitidos por planta. A capacidade de
perfilhamento depende da cultivar, densidade de semeadura, temperatura do solo, disponibilidade de
nitrogênio no solo e da altura da lâmina de água de irrigação. A duração do estádio de perfilhamento
é de três a quatro semanas.
Reprodutivo
A partir da diferenciação do primórdio da panícula (DPP), os entrenós do colmo começam a se
alongar rapidamente e a planta cresce a taxas muito elevadas. Este é um mom ento crítico no
desenvolvimento da planta, pois está sendo formado o número de grãos por panícula. Por isto é
importante que, durante este período, a planta não sofra estresses, principalmente os causados por
temperatura baixa (inferior a 17°C) e deficiência de nutrientes.
O subperíodo que antecede imediatamente à floração é denominado emborrachamento, o qual inicia
entre 7 e 10 dias antes da floração com a divisão das células-mãe dos grãos de pólen. O momento
em que ocorre essa divisão é o mais crítico a temperaturas baixas. Por isto, a semeadura deve ser
realizada em época que possibilite a coincidência dessa fase com o mês que tenha as menores
probabilidades de ocorrência de temperaturas baixas.
O arroz é uma planta autofecundada, com a polinização ocorrendo primeiro nas espiguetas da
extremidade superior da panícula, seguindo para a base. Ventos quentes, secos ou úmidos afetam
seriamente a fecundação dos estigmas, reduzindo o número de grãos formados. Por outro lado,
baixas temperaturas da água e do ar também podem causar efeito similar. Por ocasião da floração, a
planta de arroz atinge sua máxima estatura e área foliar. Boas condições de luminosidade no período
compreendido entre 20 dias antes a 20 dias após a floração aumenta a eficiência de uso do N e,
consequentemente, contribuem para maior rendimento de grãos.
A duração do período de formação e enchimento de grãos oscila entre 30 a 40 dias. Essa diferença
decorre, principalmente, da variação da temperatura do ar, havendo pouca influência do ciclo da
cultivar. Os grãos passam pelas etapas de grãos leitosos, grãos pastosos e grãos em massa, que
dura até atingirem a maturação fisiológica. Considera-se que o grão atingiu a maturação fisiológica
quando está com o máximo acúmulo de massa seca. Teoricamente, o arroz poderia ser colhido
nesta fase, desde que fossem dadas condições para secagem imediata, uma vez que a umidade dos
grãos ainda é elevada, na faixa de 30%. Normalmente, espera-se que a umidade caia para 22% para
se iniciar a colheita mecanizada. Ao se atingir a maturação fisiológica o peso de grãos já está
determinado. Contudo, qualquer deficiência nutricional ou ocorrência de pragas ou moléstias durante
o período de formação e enchimento de grãos reflete-se em menor peso de grãos.
No período compreendido entre a maturação fisiológica e a maturação de colheita, os grãos passam
por um processo físico de perda de umidade. Sua duração pode variar de uma a duas semanas,
dependendo das condições climáticas vigentes. Temperatura do ar elevada e umidade relativa baixa,
associadas à ocorrência de ventos, aceleram o processo de perda de umidade nos grãos.
Escala de desenvolvimento
A eficiência da adoção de uma dada tecnologia agrícola depende da aplicação correta e da
determinação do momento oportuno de sua aplicação. O uso de uma escala apropriada para
expressar o desenvolvimento da planta permite maior precisão na época de aplicação de práticas de
manejo, além de melhorar a comunicação entre técnicos e produtores.
Não é correto relacionar-se o desenvolvimento da planta à idade cronológica, expressa em dias após
a emergência, uma vez que ela pode variar amplamente em função de cultivar, temperatura do solo,
do ar e da água, disponibilidade de radiação solar, condições hídricas e nutricionais, época de
semeadura, região de cultivo e estação de crescimento.
Assim, é importante que sejam identificados com maior precisão os estádios de desenvolvimento:
a) em que são aplicadas as práticas de manejo;
b) em que as respostas das plantas aos diferentes tratamentos são avaliadas;
c) em que ocorrem algumas condições meteorológicas adversas, tais como baixas temperaturas e
danos por granizo, que causam prejuízos às plantas.
Desta forma, haverá maior entendimento do desenvolvimento da planta e melhoria nas condições de
manejo da cultura.
As escalas de desenvolvimento são formadas de letras e números, sendo:
a) S – semente e plântula (Figura 2);
b) V – vegetativo;
c) R – reprodutivo.
As escalas fenológicas do arroz podem ser resumidas em fase de plântula, vegetativa e reprodutiva
(Figura3 e Tabela 1).
Figura 3 - Estádios fenológicos da cultura do arroz. Autoria de José Luis da Silva Nunes (2010).
Tabela 1 - Escala fenológica da cultura do arroz. Autor: José Luis da Silva Nunes (2010).
Os componentes de rendimento de grãos para a cultura do arroz são definidos conforme os estádios
de desenvolvimento da planta (Tabela 2).
CULTURA DO FEIJÃO
O gênero Phaseolus originou-se nas Américas e compreende aproximadamente 55 espécies, das
quais apenas cinco é cultivado: o feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris); o feijão de lima (P. lunatus);
o P. polyanthus; o feijão Ayocote (P. coccineus) e o feijão tepari (P. acutifolius).
Existem diversas hipóteses para explicar a origem e domesticação do feijoeiro. Tipos selvagens,
similares a variedades criolas simpátricas, encontrados no México e a existência de tipos
domesticados, datados de cerca de 7.000 a.C., na Mesoamérica, suportam a hipótese de que o
feijoeiro teria sido domesticado na Mesoamérica e disseminado, posteriormente, na América do Sul.
Por outro lado, achados arqueológicos mais antigos, cerca de 10.000 a.C., de feijões domesticados na
América do Sul (sítio de Guitarrero, no Peru) são indícios de que o feijoeiro teria sido domesticado na
América do Sul e transportado para a América do Norte.
Dados mais recentes, com base em padrões eletroforéticos de faseolina, sugerem a existência de três
centros primários de diversidade genética, tanto para espécies silvestres como cultivadas: o
mesoamericano, que se estende desde o sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como
zonas principais o México e a Guatemala; o sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até as
províncias do noroeste da Argentina; e o norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e
Venezuela até o norte do Peru. Além destes três centros americanos primários, podem ser
identificados vários outros centros secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África, onde
foram introduzidos genótipos americanos.
IMPORTÂNCIA DA CULTURA
O feijão tem extrema importância econômica e social no Brasil. De acordo com os valores divulgados
pela Companhia de Abastecimento (Conab), na safra 2005-06, o feijão representou o quinto granífero
mais produzido, ficando atrás apenas da soja, do milho, do arroz e do trigo.
A cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) tem grande importância na alimentação humana, em vista
de suas características protéicas e energéticas. Em nosso país, esta leguminosa tem importância
social e econômica, por ser responsável pelo suprimento de grande parte das necessidades
alimentares da população de baixo poder aquisitivo, que ainda tem apresentado taxas de crescimento
relativamente altas e também pelo contingente de pequenos produtores que se dedicam à cultura.
Os grãos representam uma importante fonte protéica na dieta humana dos países em
desenvolvimento das regiões tropicais e subtropicais. De toda a produção mundial 47% provem das
Américas e cerca de 10% do leste e sul da África.
PRINCIPAIS PRODUTORES
A produção mundial de feijão vem crescendo progressivamente desde os anos 60. Nessa década, os
produtores repassavam o produto diretamente para consumidores da própria região, cooperativas,
comerciantes primários e governo. Nessa época existiam apenas duas safras (das águas e da seca), e
maior parte do feijão era cultivado em consórcio.
No início da década de 80 alcançou cerca de 15 milhões de toneladas e desde o seu final passou a
oscilar em torno de 16 milhões de toneladas.
Cerca de 65% da produção mundial provem de apenas seis países (Brasil, Índia, México, Mianmar,
Estados Unidos e China). O Brasil é o maior produtor mundial de feijão, responsável por 16,5% da
produção mundial, seguido pela Índia e México, responsáveis, respectivamente, por 16,4% e 9% da
produção.
Em 2005, Minas Gerais (559.570 t) suplantou ligeiramente o Paraná (557.019 t), até então o maior
produtor nacional de feijão. O produto é cultivado em todos os estados, sendo que cinco deles (MG,
PR, BA, GO e SP) foram responsáveis por cerca de 69% da safra total.
A produção nacional de feijão em 2005 totalizou 3.021.495 t, um incremento de 1,8% frente ao ano
anterior, conseqüência do aumento no rendimento médio, de 745 kg ha-1 em 2004 para 806 kg ha-1 em
2005, uma vez que a área colhida de 3.748.407 ha, foi inferior à do ano anterior (3.978.660 ha).
O excedente exportado é muito pequeno, pois, os principais consumidores também são os principais
produtores da cultura, sendo o volume transacionado entre países muito pequenos, girando em torno
de 5% (Spers & Nassar, 2004).
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as importações de
feijão foram de: 78 mil toneladas (safra 1999-00), 129 mil toneladas (safra 2000-01), 82 mil toneladas
(safra 2001-02), 103 mil toneladas (safra 2002-03) e 100 mil toneladas (safra 2003-04), enquanto que
as exportações foram de 2 mil toneladas em cada uma das referidas safras, exceto na safra 2003-04,
que foi de 3 mil toneladas.
É possível explorar a cultura em três épocas distintas, divididas em três safras consecutivas: Primeira
safra ou “safra das águas”, Segunda safra ou “safra da seca” e Terceira safra ou “safra de inverno”.
A safra das águas, cujo plantio é realizado entre os meses de agosto e novembro e a colheita entre
novembro e abril, está concentrada nas regiões Sul e Sudeste e no Estado da Bahia, na região de
Irecê. É a maior das três safras, em produção e rendimento.
A safra da seca é normalmente plantada entre janeiro e março e colhida entre abril e julho. Essa safra
abrange os estados das regiões Sudeste e Sul, com concentração na Região Nordeste que, em anos
normais, contribui com mais de 50% da produção. Segundo a Embrapa Arroz e Feijão, a safra da
seca, tanto no sistema solteiro quanto consorciado, representa a maior área de cultivo na produção
nacional de feijão, cerca de 48% da área plantada. No entanto, apresenta a menor produtividade
quando comparada às outras safras.
Na safra de inverno, cultiva-se o feijão irrigado. A plantação ocorre entre abril e julho e a colheita entre
agosto e outubro. A decisão de plantio influenciada pelo comportamento dos preços na
comercialização do feijão colhido na safra da seca.
Atualmente, as duas primeiras safras são responsáveis por cerca de 80% da produção nacional, que
provém de 3,5 milhões ha de lavouras de pequenos e médios produtores que utilizam na sua maioria,
mão-de-obra familiar com baixo nível tecnológico, o que reflete como conseqüência uma produtividade
média de 752 kg ha-1, considerada baixa.
A safra de inverno, de aproximadamente 800 mil ha, garante os 20% restantes da produção e tem
como origem lavouras com alto nível tecnológico, onde a irrigação é essencial para alcançar
produtividades médias de 1.546 kg ha-1. A cultura de feijão, na safra de inverno, vem aumentando e
existem previsões de que a produção dessa safra vai se equilibrar e superar as outras duas.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
Do ponto de vista taxonômico o feijão comum é o verdadeiro protótipo do
gênero Phaseolus, classificado por Linneo em 1753.
Reino: Vegetal
Ramo: Embryophytae syphonogamae
Sub-ramo: Angiospermae
Classe: Dicotyldoneae
Ordem: Rosales
Família: Fabaceae
Subfamília: Faboideae (Papilioideae)
Tribo: Phaseoleae
Gênero: Phaseolus
Espécie: Phaseolus vulgares L.
MORFOLOGIA
1. Raiz: o sistema radicular do feijoeiro é formado por uma raiz principal, ou primária, da
qual se desenvolvem, lateralmente, as raízes secundárias e terciárias. Ademais, os pêlos absorventes
estão sempre presentes nas proximidades das regiões de crescimento. Em geral, a raiz primária
possui maior diâmetro do que as demais, especialmente na fase jovem da planta.
O sistema radicular é bastante superficial 20 – 40 cm do solo. Esta pequena profundidade das raízes
torna-o bastante sensível à deficiência hídrica, e torna a planta com baixa eficiência em absorver
nutrientes, exigindo por isso solos férteis ou boas adubações, de modo que os nutrientes estejam
próximos das raízes, em quantidades suficientes e no momento adequando.
1. Caule: é herbáceo (haste), constituído por eixo principal, formado por uma sucessão de
nós e entre-nós. O primeiro nó constitui os cotilédones, o segundo corresponde à inserção das folhas
primárias e o terceiro, das folhas trifolioladas; a porção entre as raízes e os cotilédones é o hipocótilo e
entre os cotilédones e as folhas primárias, o epicótilo.
2. Folhas: são simples e opostas nas folhas primárias; e compostas, constituídas de três
folíolos (trifolioladas), com disposição alterna, características das folhas definitivas. Quanto à
disposição dos folíolos, um é central ou terminal, simétrico, e dois são laterais, opostos e assimétricos.
A cor e a pilosidade variam de acordo com a cultivar, posição na planta, idade da planta e condições
do ambiente.
1. Flores: São agrupadas em inflorescências do tipo rácimo axilar (no hábito de
crescimento indeterminado) e rácimo terminal (no hábito determinado). É uma planta autógama, com
taxa de cruzamento natural em torno de 2%. Apresentam cálice verde e a corola é composta por cinco
pétalas: uma mais externa e maior denominada estandarte; duas laterais menores, estreitas,
chamadas asas, e duas inferiores, fusionadas, enroladas em espiral, envolvendo os
FENOLOGIA
Fenologia é o estudo dos eventos periódicos da vida vegetal em função da sua reação às condições
de ambiente e sua correlação com aspectos morfológicos da planta. Assim, percebe-se que o conceito
de fenologia envolve o conhecimento de todas as etapas de crescimento e desenvolvimento da vida
vegetal como a germinação, emergência, elaboração do aparato fotossintético, florescimento,
aparecimento de estruturas reprodutivas e maturação dos frutos e sementes.
O desenvolvimento do feijoeiro compreende duas grandes fases distintas, denominadas de Fases
Vegetativas e Reprodutivas, diferenciadas entre si pela manifestação de diferentes eventos. A fase
vegetativa tem seu início compreendido entre a germinação até o aparecimento dos primeiros botões
florais. A fase reprodutiva transcorre desde a emissão dos botões florais até o pleno enchimento de
vagens e a maturação das sementes. Nessa fase evidencia-se notória sensibilidade à deficiência
hídrica e excesso de água.
Estádio Reprodutivo:
1. Estádio R5 (Botões florais): esse estádio é caracterizado pelo aparecimento dos
primeiros botões florais. Nas variedades de hábito de crescimento indeterminado (II, III e IV) o
desenvolvimento vegetativo prossegue, mediante a emissão de novos nós, ramos e folhas. O
genótipo, a temperatura, restrições hídricas e fotoperíodo constituem-se nos principais elementos
determinantes do momento do aparecimento dos botões florais.
1. Estádio R6 (Florescimento): a abertura das primeiras flores define o presente estádio.
Nas plantas de hábito de crescimento determinado (TIPO I), a floração tem início no último nó da haste
principal e prossegue em sentido descendente. Nas plantas de hábito de crescimento indeterminado
(TIPOS II, III e IV), a abertura das flores segue sentido ascendente. Quanto à necessidade de água,
períodos de estresses hídricos de uma semana por ocasião da floração podem acarretar queda de
rendimento ao redor de 48%.
1. Estádio R7 (Início da formação das vagens): o presente estádio é caracterizado pelo
aparecimento das primeiras vagens, após a murcha da corola, apesar da planta continuar emitindo
novas flores, por tempo variável relacionado aos tipos de plantas correspondentes. Deficiências
hídricas nesse estádio proporcionam a diminuição da produção pela redução da fotossíntese e do
metabolismo da planta, pela queda de vagens jovens (abortamento) e pela retração do tamanho das
vagens em fase de crescimento. Perdas correspondentes a 58% podem ocorrer quando a limitação
hídrica ocorre no período efetivo de formação de vagens.
1. Estádio R8 (Enchimento das vagens): a etapa R8 inicia com o enchimento da primeira
vagem. Nesse estádio, o tamanho da vagem já se encontra definido e a ocorrência de condições
climáticas desfavoráveis, principalmente falta de água e nutrientes, poderão concorrer para a redução
da produção, em número e peso de grãos. No final da presente etapa, evidencia-se o início do
processo de pigmentação das sementes e em seguida das vagens. No estádio R 8 finaliza-se,
normalmente, a emissão de novas folhas por parte das variedades com hábito de crescimento
indeterminado, além de se observar o início do amarelecimento e queda das folhas inferiores da
planta.
1. Estádio R9 (Maturidade das vagens): o referido estádio é caracterizado pela mudança
da cor das vagens (amarela ou pigmentada de acordo com a variedade). As sementes adquirem sua
cor e brilho final. O processo de senescência da planta (amarelecimento e queda das folhas) se
acelera. A evolução normal dessa etapa exige a ausência ou baixa disponibilidade de água no
sistema.
CLIMA
Temperatura
Para que o feijoeiro possa atingir seu rendimento potencial, torna-se necessário que a temperatura do
ar apresente valores mínimo, ótimo e máximo como sendo 12ºC, 21ºC e 29ºC, respectivamente. Com
relação à germinação do feijoeiro, valores de temperatura em torno de 28°C são considerados ótimos.
Se as baixas temperaturas ocorrerem imediatamente após a semeadura, podem impedir, reduzir ou
atrasar a germinação das sementes e a emergência das plântulas, podendo resultar em baixa
população de plantas e, conseqüentemente, baixa produtividade. Durante o crescimento vegetativo,
baixas temperaturas reduzem a altura da planta e o crescimento de ramos, conduzindo à produção de
pequeno número de vagens por planta.
Alta temperatura talvez seja o fator climático que exerce maior influencia sobre o aborto de flores e
sobre o vigamento e a retenção final das vagens no feijoeiro, sendo responsável pela redução no
número de sementes por vagem. É importante ressaltar que altas temperaturas também podem ser
decisivas na ocorrência de diversas enfermidades que acometem a cultura do feijão, principalmente se
associada à alta umidade relativa do ar.
O rendimento de grãos do feijoeiro é bastante afetado quando a temperatura do ar, na floração,
apresenta valores acima de 35°C. Da mesma forma, temperaturas do ar abaixo de 12°C podem
provocar abortamento de flores, concorrendo para um decréscimo no rendimento do feijoeiro. Além
disso, áreas que apresentem umidade relativa e temperatura do ar acima de 70% e 35°C,
respectivamente, podem provocar a ocorrência de várias doenças.
Umidade do solo
A cultura do feijão requer boa disponibilidade de água no solo durante todo o ciclo, principalmente nas
etapas de germinação/emergência, floração e enchimento do grão, as mais críticas com relação a este
aspecto.
Exigências hídricas
A cultura exige um mínimo de 300 mm de precipitação pluviométrica bem distribuídos durante o ciclo.
É mais suscetível a déficit hídrico durante a floração e no estádio inicial de formação das vagens. O
período crítico ocorre 15 dias antes da floração. O déficit hídrico causa redução do rendimento devido
ao menor número de vagens/planta e, em menor escala, à diminuição do número de sementes/vagem.
O efeito negativo causado pela redução de água fornecida a cultura pode ser minimizado conhecendo-
se as características pluviais de cada região e o comportamento das culturas em suas fases
fenológicas, ou seja, semeando nos períodos em que a probabilidade de redução da pluviosidade é
menor durante o florescimento e enchimento de grão.
Excesso de água no solo
A época de ocorrência do excesso de água no solo poderá ocasionar diferentes tipos de prejuízos à
cultura do feijão. Durante o período de estabelecimento da cultura, o excesso de água no solo
prejudica a germinação e limita o desenvolvimento das raízes, tornando ainda mais superficial o
deficiente sistema radicular do feijoeiro. Além disso, pode favorecer a incidência de doenças
radiculares, reduzindo a sobrevivência das plântulas. Se o excesso de umidade ocorrer durante o
crescimento vegetativo, a superfície muito úmida do solo pode também favorecer a ocorrência de
algumas enfermidades da parte aérea. É comum ainda o alongamento excessivo da primeira porção
da haste principal do feijoeiro, o hipocótilo, tornando a planta mais sensível ao acamamento.
As etapas de florescimento e frutificação são as mais sensíveis à má aeração do solo. A inundação no
período de florescimento por dois, quatro ou seis dias pode ocasionar reduções na produção da ordem
de 48%, 57% ou 68%, respectivamente.
Excesso de água no solo na fase de maturação do feijão pode ainda prolongar o ciclo cultural e
atrasar as operações da colheita, além de provocar a brotação e o aparecimento de manchas no grão,
principalmente em cultivares de hábito de crescimento semiprostado ou prostado, nos quais as vagens
podem ficar em contato com o solo.
SOLO
O feijoeiro é uma cultura relativamente exigente no que diz respeito a condições físicas e químicas do
solo. Dessa forma, é importante a escolha da área onde a cultura vai ser implantada para se obter o
potencial máximo de produtividade da cultura. O feijoeiro pode ser cultivado em solos de textura
variando de arenosa leve até argilosa. Solos muito argilosos e com problemas de drenagem devem
ser evitados. O feijoeiro não tolera excesso contínuo de água no solo.
Também devem ser evitados solos argilosos com tendência a formação de crosta superficial como
também aqueles sujeitos a formação de camada compacta subsuperficie (pé-de-grade) que interfere
no crescimento radicular do feijoeiro e conseqüentemente na produtividade final.
O feijoeiro deve ser cultivado em solos sem impedimentos físicos, de pH 5,5 a 6,0; de boa fertilidade e
disponibilidade de água. Quanto menor o pH do solo, maior o efeito de íons tóxicos (Al +++, Mn++, e H+)
que limitam o crescimento radicular, o desenvolvimento da parte aérea e a produção, menor a
disponibilidade de nutrientes para as plantas e menor fixação simbiótica de nitrogênio, resultando em
menor crescimento e menor rendimento de grãos.
A disponibilidade de nutrientes logo após a germinação é essencial para o estabelecimento da cultura.
Qualquer limitação no suprimento de nutrientes no período logo após a germinação da semente atrasa
e diminui a formação de raízes, comprometendo o crescimento das plantas.
Solos com elevado teor de sais podem trazer sérios inconvenientes à implantação de lavouras de
feijão, uma vez que o feijoeiro é uma das espécies mais sensíveis a elevados teores de sódio trocável
e também à alta condutividade elétrica no solo.
Cuidado especial deverá ser tomado com o controle da erosão nas lavouras, pelo fato do feijão possuir
um crescimento inicial muito lento, o solo fica demasiadamente exposto à ação erosiva nesta fase,
principalmente na semeadura das “águas”, quando chuvas fortes são mais freqüentes.
Sempre que possível deve-se evitar áreas cultivadas recentemente com feijão. A semeadura de feijão
na mesma área pode favorecer a incidência de doenças de solo e da parte aérea da cultura.
O procedimento de inoculação das sementes com rizóbio é simples, bastando misturar as sementes
com o inoculante de rizóbio para o feijão. Este inoculante é, geralmente, vendido em embalagens
contendo a bactéria em veículo turfoso, o mais recomendado atualmente pela pesquisa.
Deste modo, recomenda-se que a inoculação seja feita à sombra, preferencialmente nas horas mais
frescas do dia, utilizando uma solução açucarada a 10% como adesivo, ou outros produtos como
goma arábica a 20%. Mistura-se 200 a 300 ml desta solução ao inoculante (500 g) até formar uma
pasta homogênea. Em seguida, mistura-se esta pasta a 50 kg de sementes de feijão até que fiquem
totalmente recobertas com uma camada uniforme de inoculante. Deixar as sementes inoculadas
secando a sombra, em local fresco e arejado, realizando o plantio até, no máximo, dois dias após.
PREPARO DA ÁREA
Esta operação pode ser realizada manualmente ou com trator de esteiras ou de pneus, equipados com
lâmina e/ou correntão.
O enleiramento deve ser em nível, com equipamentos apropriados, para evitar a perda da camada
superficial do solo. Logo após, deve-se proceder a retirada de raízes e galhos, a fim de facilitar as
operações subseqüentes.
PREPARO DO SOLO
Um dos fatores que mais contribui para a obtenção de bons rendimentos na cultura do feijão é o
preparo do solo. Esta operação deve ser realizada de maneira adequada, a fim de facilitar a operação
do plantio, favorecer a geminação das sementes, propiciar melhor desenvolvimento radicular e
promover o controle natural das ervas daninhas.
CUTIVARES
Dentre os insumos que concorrem para aumentar a produtividade da cultura do feijoeiro, a utilização
de uma cultivar melhorada ou tradicional, que se adapte às condições da região, é uma das
tecnologias de mais baixo custo para o agricultor.
Na escolha da cultivar a ser plantada deve-se dar atenção a sua recomendação para o Estado,
ponderando sobre as seguintes características: produtividade, resistência ou tolerância às principais
doenças e pragas da região e a aceitação comercial do tipo de grão pelo mercado consumidor.
Vale salientar o grande número de variedades de feijão (Phaseolus vulgaris L.), tais como feijão-preto,
feijão-mulatinho, feijão-carioquinha, feijão-pardo, feijão-roxinho, entre outros. Entre as culturas de
grãos, o feijoeiro é a que exibe o mais alto nível de variabilidade quanto à cor, tamanho e forma da
semente, sendo que estas características influenciam as pessoas quanto à preferência por
determinada variedade.
No Brasil há maior aceitação dos feijões de sementes pequenas e opacas. O feijão preto é mais
popular no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná, Rio de Janeiro, sudeste de
Minas Gerais e sul do Espírito Santo. No restante do país, este tipo de grão tem pouco ou quase
nenhum valor comercial ou aceitação. O feijão do tipo carioca é aceito em praticamente todo o país.
No Brasil, a recomendação de novos cultivares de feijão tem sido feita em função de suas
características agronômicas. Algumas delas são as produtividades e resistências às principais
doenças que atacam o feijoeiro. Porém, nos últimos anos os pesquisadores do Programa de
Melhoramento Genético do Feijoeiro têm reconhecido a importância das características físicas e
sensoriais dos grãos de cultivares de feijão na sua aceitação pelos consumidores.
Os métodos mecânicos mais utilizados referem-se a capina manual e ao cultivo mecânico (tração
animal = um a dois ha/dia e tratorizado = um a dois ha/h). A capina manual é empregada em áreas
pequenas (inferiores a 10 ha), sendo destinada a pequenos produtores e a lavoura de subsistência.
Por outro lado, o controle de plantas daninhas baseado no uso de cultivadores mecânicos, possibilita a
obtenção de maior rendimento operacional.
O método químico é representado pelo uso de herbicidas, cuja eficiência de controle é dependente de
fatores técnicos, econômicos e climáticos. Em decorrência de seu custo o emprego de herbicidas tem
proporcionado resultados econômicos satisfatórios em lavouras de feijão onde o rendimento tem se
mostrado superior a 1.200 kg ha-1 (20 sc ha-1).
Em áreas comerciais não é possível controlar as plantas daninhas apenas com métodos mecânicos;
assim, é utilizada a integração dos métodos mecânico, cultural, como espaçamento e densidade, e
químico, pelo uso de herbicida.
IRRIGAÇÃO
A irrigação por aspersão, nos sistemas: convencional, autopropelido e pivô central, tem sido o método
mais utilizado na cultura do feijoeiro. Em menor escala também têm sido utilizadas as irrigações por
sulcos e a subirrigação em solos de várzeas. Considerando-se o método de irrigação por aspersão, o
sistema pivô central é o mais apropriado para irrigar áreas individuais maiores e, por isto mesmo, é o
mais usado na cultura do feijoeiro em terras altas na região dos Cerrados, visto que a lucratividade
final obtida com esta cultura depende, entre muitos fatores, do tamanho da área plantada.
A irrigação por sulcos tem sido usada na cultura do feijoeiro, tanto em terras altas como em várzeas
sistematizadas e drenadas. Os sulcos normalmente apresentam a forma de V, com 0,15 a 0,20 m de
profundidade e 0,25 a 0,30 m de largura. O espaçamento entre sulcos depende da textura do solo e
do perfil de umedecimento. Para o feijoeiro, geralmente é utilizado o espaçamento de 0,9 a 1,2 m, com
duas linhas de plantas entre os sulcos.
A subirrigação é mais apropriada para terras baixas ou solos de várzeas e, por isso mesmo, funciona
como uma drenagem controlada. Neste sistema, a umidade atinge as raízes das plantas por meio da
ascensão capilar. Em várzeas, o lençol freático deve ser mantido a uma profundidade tal que permite
obter a melhor combinação entre água e ar na zona radicular. O manejo da água de irrigação e/ou a
drenagem reveste-se de fundamental importância, uma vez que a planta é extremamente sensível aos
excessos de água e, da mesma forma, à toxidez de alguns elementos químicos comuns nesses solos.
PRINCIPAIS PRAGAS
Dentre as principais pragas com ocorrência generalizada nas regiões produtoras incluem Mosca-
branca (Bemisia tabaci); Vaquinhas(Diabrotica speciosa); Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri);
Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus); Lagarta das vagens (Elasmopalpus lignosellus); Larva
minadora (Liriomyza spp.); Tripes (Calyothrips spp).
CONTROLE:
Tecnologias de manejo integrado de pragas do feijoeiro (MIP-Feijão), se bem implementadas, podem
reduzir, em média, 50% a aplicação de químicos, sem aumentar o risco de perdas de produção devido
ao ataque de pragas.
PRINCIPAIS DOENÇAS
Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum ); Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum); Mancha
angular (Phaeoisariopsis griseola); Ferrugem (Uromyces appendiculatus); Mancha de
Alternaria (Alternaria sp); Oídio (Erysiphe polygoni); Crestamento Bacteriano Comum (Xanthomonas
campestris); Mosaico dourado que tem como vetor a mosca branca e o Mosaico comum; Carvão
(Microbotryum phaseoli. sp).
CONTROLE:
Para o controle das doenças causadas por fungos existe no mercado vários produtos registrados, que
aliados ao bom manejo cultural apresentam bons resultados no controle destas enfermidades. Além
disso, muitos cultivares também apresentam resistência a algumas doenças.
COLHEITA E BENEFICIAMENTO
A colheita do feijão é feita manualmente, ou mecanicamente ou por um combinação de colheita
mecânica e colheita manual.
Na colheita totalmente manual, as plantas são arrancadas quando o produto atinge teor de umidade
na faixa de 30 a 35 % em base úmida. O produto é enleirado no próprio campo para a secagem ao
sol. Quando o produto atinge teor de umidade na faixa de 15 a 20%, ele é recolhido e colocado sobre
terreiros ou lonas onde é debulhado geralmente por meio de batedura utilizando-se varas flexíveis.
Na colheita totalmente mecânica do feijão são utilizadas máquinas arrancadoras e máquinas
recolhedoras. As máquinas arrancadoras tem a função de arrancar o produto e enleirá-lo. Essas
máquinas são acopladas ao trator e acionadas pela tomada de potência (TDP). As máquinas
recolhedoras trabalham recolhendo o material de cada linha individualmente. Elas trabalham
acopladas a um trator e são acionadas pela TDP.
Quando a colheita é feita utilizando-se uma combinação de colheita mecânica e colheita manual as
opções são as seguintes:
1. arranquio manual e recolhimento mecanizado
2. arranquio manual, recolhimento manual e trilha mecanizada
As máquinas trilhadoras, utilizadas no sistema de combinação entre colheita manual e colheita
mecânica, são máquinas estacionárias acionadas pela TDP do trator, responsáveis pela trilha,
separação e limpeza do feijão. A capacidade de trilha das máquinas existentes no mercado
geralmente atingem a capacidade de até 30 sacas por hora.
Conforme a colheita, o beneficiamento do feijão também se constitui numa operação de grande
importância, pois os métodos de colheita não proporcionam um produto final limpo e padronizado em
condições de ser comercializado. É necessário que o produto colhido passe por um processo de
limpeza para melhorar a pureza, germinação e vigor. O beneficiamento é feito, geralmente, por dois
equipamentos principais: a máquina de ar e peneira e a máquina densimétrica, que possui mais
recursos para separar impurezas de tamanho e densidade próximos aos da semente. Após o
beneficiamento, o feijão armazenado, destinado ao plantio ou ao consumo, deve receber tratamentos
especiais para evitar sua depreciação.
A qualidade final do feijão é influenciada pelas condições do armazém e pelas condições iniciais dos
grãos. Os cuidados devem começar na lavoura, com providências contra danos mecânicos, ataques
de insetos e germinação na vagem. Bem como, a limpeza dos equipamentos de trilha, de transporte e
o local de armazenamento, para eliminar focos de contaminação.
EXPURGO
Antes de ser destinado ao mercado ou ao armazém, o feijão deve ser submetido
ao expurgo com fosfina (fosfeto de alumínio), para controle do caruncho, à base de três pastilhas para
cada 15 sacos do produto.
O material a ser expurgado deve ser coberto com lona impermeável e, após 120 horas da distribuição
das pastilhas, ser lentamente descoberto.
ARMAZENAMENTO
O local de armazenamento do feijão deve ser seco, ventilado e completamente limpo, livre de
quaisquer resíduos de outras safras, mesmo que de outras culturas.
A sacaria não deve ficar em contato direto com o piso, e as janelas, port as e outras aberturas devem
ser protegidas com telas.
A CULTURA DA BATATA:
Batata pertence a ao género Solanum, o maior da família Solanaceae, que contém cerca de 1400
espécies, aproximadamente metade das espécies registradas para a família. A espécie Solanum
tuberosum pode ser dividida em duas subespécies: Solanum tuberosum subsp. tuberosum, produzida
na Europa e América do Norte, e Solanum tuberosum subsp. andigena, restrita as plantações nos
Andes e América do Sul. As diferenças morfológicas entre as duas espécies são diminutas, sendo a
principal distinção entre as subespécies é a necessidade absoluta de fotoperíodo curto para tuberização
em andigena, não sendo verificado o mesmo para tuberosum.
A planta possui caules aéreos e subterrâneos especializados. Os caules aéreos são herbáceos,
erectos, de secção angulosa e ramificação simpoidal. Os caules subterrâneos pode ser divididos em
dois tipos os estolhos e os tubérculos. O tubérculo é um caule modificado que se forma na extremidade
de um estolho, acumula amido como substância de reserva e possui entrenós cuja as gemas se
distinguem por olhos. Um vez maduro o tubérculo possui periderme (casca), córtex, anel vascular e
medula central. A forma é geralmente redonda e oval alongada. A cor da polpa geralment e é branca ou
amarela. A cor da casca varia de castanho-claro, vermelho ou violeta.
Idade Fisiológica:
Corresponde a idade de um tubérculo desde do início da dormência ao final da fase incubação, sendo a
fase de incubação compreendida entre o início do abrolhamento e início da formação de tubérculos nos
brolhos.
A idade fisiológica está associado cronologicamente, porém é acelerada com o aumento de temperatura
do ambiente durante o armazenamento.
A idade fisiológica da batata semente afecta diversas características das plantas, podendo estabelecer-
se alguns padrões gerais de comportamento. Quando se comparam batata sementes mais velhas com
mais novas pode-se estabelecer as seguintes características:
1. Emergem mais rapidamente
2. Taxa de crescimento inicial superior
3. Tem mais caules
4. Tuberizam mais cedo
5. Período de crescimento de tubérculos inferior.
6. Produzem maior número de tubérculos de menor calibre
7. Desenvolvem menos folhagem 8. Senescem mais cedo.
Assim para se obter uma produção precoce e ciclo cultural mais curto é preferível utilizar batas semente
de idade fisiológica avançada e com brolhos bem desenvolvidos.
Para ciclos culturais mais longos e colheitas tardias que permitam maior produtividade deve preferir-se
batata semente fisiologicamente mais jovens.
Abrolhamento:
Logo após a quebra da dormência inicia-se uma fase de dominância apical, com o desenvolvimento de
apenas um brolho. Posteriormente novos brolhos crescem, mas em estádio fisiológicos avançados os
brolhos começam a ramificar e tuberizar.
O número de brolhos por tubérculo é determinado pelo tamanho do tubérculo e pela temperatura e
duração do armazenamento. A temperatura base para o crescimento dos brolhos é variável entre
cultivares, mas oscila entre 2 e 6 ºC.
Emergência:
No período de pré-emergência a planta é completamente dependente das reservas de amido contidas
no tubérculo. A planta se torna autotrófica quando a área foliar atinge entre 200 e 400 cm2 . Este
crescimento depende principalmente da temperatura do solo e do tamanho dos brolho no momento da
plantação. A luz inibe o alongamento dos brolhos, o tipo de crescimento que se faz na pré emergência
difere das condições de pré-abrolhamento.
Radiação e fotoperíodo:
Em condições de baixa intensidade luminosa (125-300 µmol/m2 s) os caules alongam-se mais,
ramificam-se menos e as folhas tornam mais largas, menos espessas e de coloração mais pálida do
que em condições de intensidade luminosa elevada (500-1200 µmol/m2 s). Em condições de baixa
intensidade luminosidade a redução na biomassa, sendo na repartição de fotoassimilados favorecida as
folhas e caule, em detrimentos dos tubérculos.
Cultivares de S. tuberosum subsp. tuberosum são consideradas de dias neutros, embora entre
cultivares possa existir diferenças na sensibilidade ao fotoperíodo. As cultivares precoces tendem a ser
mais sensíveis a alterações do fotoperíodo.
A maturação dos tubérculos é antecipada em condições de dias-curtos, enquanto dias-longos
favorecem o crescimento da parte aérea, prolongam o período de maturação e favorecem a
acumulação de reservas nos tubérculos.
A cultura se adapta melhor em solos de textura ligeira ou média. Se os solos argilosos não forem bem
estruturados dificultam o crescimento regular dos tubérculos. Os melhores teores de matérias seca são
obtidos em solos de textura franca. Solos arenosos quando acrescidos de matéria orgânica, são
Tubérculo
Os tubérculos, que correspondem aos talos subterrâneos modificados, se originam do engrossamento
na extremidade dos rizomas e começam a se formar cerca de cinco semanas depois do surgimento do
caule acima da superfície do solo. A pele do tubérculo é composta de duas camadas de células: uma
camada exterior de células únicas chamadas epiderme e outra, logo abaixo, chamada periderme. As
células da periderme podem conter um pigmento que produz batatas coloridas. Abaixo da periderme
está o córtex, seguido por um anel vascular, que contém células que transportam nutrientes para o
tubérculo. Mais adentro está a medula, que representa a região primária de armazenamento no
tubérculo. O excesso de alimento produzido pela planta é transportado para a medula pelo tecido
vascular. As células da medula aumentam em quantidade e em tamanho enquanto lhes é fornecido
alimento, causando o crescimento do tubérculo.
Crescimento e desenvolvimento
Subespécies
No gênero Solanum existem mais de mil espécies reconhecidas, mas provavelmente existem bem mais.
Esse gênero é dividido em diversas seções, das quais a potatoe contém todas que produzem
tubérculos, e essa seção, por sua vez, é dividida em séries, uma delas é a tuberosa, onde se encontram
cerca de 54 espécies selvagens ou cultivadas. Uma delas é a Solanum tuberosum. Essa espécie é
dividida em duas subespécies:tuberosum e andigena. A primeira é a mais cultivada e consumida no
mundo todo, enquanto a segunda é cultivada somente em algumas regiões das Américas Central e do
Sul. A subespécie tuberosum cultivada na Europa e em outras partes do mundo possui uma pequena
parte do seu material genético proveniente da subespécie andigena, que é
originada no Chile, graças ao cruzamento feito depois do ataque de fungos que causou a destruição de
lavouras na Europa. Com isso, as plantas ficaram mais resistentes. As diferenças entre as duas
subespécies são muito pequenas, sendo a principal delas a dependência de um dia curto para a
subespécie andigena.
Variedades
Apesar da batata cultivada em todo mundo pertencer a somente uma espécie (Solanum tuberosum),
existem milhares de variedades com diferentes características de tamanho, cor, textura e sabor. Por
meio da seleção e cruzamento de variedades é possível criar novas diversidades de batatas mais
resistentes a doenças. Esse processo envolve cerca de onze anos por meio de uma sofisticada seleção
criando novas cultivações com uma qualidade satisfatória para a sua comercialização. As variedades
atuais são mais resistentes graças a esse processo que permite produzir tubérculos com maior
qualidade e variedade de tamanho e sabor. A seguir estão alguns exemplos dessa diversidade:
Cultivo
Plantação de batatas na Inglaterra.
Para o plantio da batata, que é feito atualmente em mais de cem
países, é necessária uma temperatura média entre 10 °C e 30 °C,
sendo que a temperatura ideal para a maior produção está entre 18 °C e 20 °C. Por isso, o plantio
geralmente ocorre no início da primavera nas zonas temperadas e no fim do inverno nas regiões mais
quentes, e nos países tropicais ela cresce nos períodos mais frios. Em algumas regiões subtropicais
onde o relevo é mais elevado, é possível plantar o ano todo, e colher os tubérculos noventa dias após o
plantio, sendo que nas regiões temperadas, a colheita pode acontecer até 150 dias após o plantio.
De fato a batata pode produzir bem sem as condições ideais para seu crescimento, pois é uma planta
que se adapta facilmente, mas as plantas ficam mais sujeitas à ação de pragas e doenças. Para evitar o
reaparecimento de doenças, os agricultores não plantam na mesma área duas safras seguidas. Em vez
disso, utilizam a técnica de rotação de culturasdurante três ou mais anos, alternando com lavouras de
milho e feijão, por exemplo. Com as práticas agrícolas necessárias, um hectare de batatas pode
produzir, no clima temperado europeu e norte-americano, mais de quarenta toneladas de tubérculos
com quatro meses de plantio. Nos países em desenvolvimento, entretanto, a produção é de cerca de 25
toneladas. Isso acontece por causa da falta de qualidade das sementes e dos cultivares, além dos usos
pouco explorados de fertilizantes e irrigação.
conservação da água no solo), enquanto plantações irrigadas geralmente são encontradas nas
encostas.
Doenças e pragas
Myzus persicae
Geralmente a lavoura de batata possui uma grande quantidade de outros seres vivos, como insetos e
ácaros, cujas espécies variam de uma região para outra. Entretanto, alguns seres vivos podem se
hospedar na planta e causar danos excessivos que, na maioria das vezes deve-se à alimentação nas
folhas com redução da área fotossintética, à alimentação nas raízes e estolhos e à alimentação nos
tubérculos, que prejudica a quantidade e a qualidade dos mesmos.
As principais pragas que atingem as lavouras são os pulgões, que estão distribuídos entre algumas
espécies das quais as mais perniciosas são o Myzus persicae e o Macrosiphum euphorbiae. A primeira
espécie pode transmitir mais de 100 espécies de vírus que atacam plantas de mais de 30 famílias
diferentes e é considerado o principal vetor de viroses na cultura da batata. Os pulgões p odem ter
formas aladas ou ápteras (sem asas), em resposta ao ambiente no qual vivem, seja por causa da
planta, seja por causa do clima e geralmente os indivíduos vivem cerca de vinte dias e as fêmeas
podem produzir até oitenta descendentes. Os problemas causados pelos insetos não se restringem
somente à disseminação de vírus, a alimentação na folhagem pode comprometer o desenvolvimento da
planta, e a saliva das duas espécies citadas tem ação tóxica nas plantas, o que faz surgir o
aparecimento de necroses ao longo de nervuras.
Outro inseto que causa muitos problemas é a mosca minadora (Liriomyza huidobrensis) cuja
população tem aumentado por causa do uso de inseticidas e em algumas regiões o cultivo se tornou
inviável. Sua permanência no ambiente é favorecida pois a mosca se desenvolve em mais de 40
hospedeiros diferentes, como na beterraba, girassol, espinafre,
melão, melancia e outras. O indivíduo adulto tem cerca de dois
milímetros de comprimento, de cor marrom escura a preta, com
brilho metálico e manchas amareladas no dorso e na cabeça, e seu
ciclo de vida pode durar de 19 a 40 dias, dependendo da estação do
ano. A moscas "picam" as folhas para oviposição (os ovos se
transformam em larvas que se alimentam da folha) e alimentação, o
que reduz a área fotossintética e debilita a planta, que fica prateada
ou acinzentada nas regiões atingidas das folhas.
Epicauta atomaria (burrinho)
Cigarrinha.
Outros insetos atacam a lavoura em áreas mais localizadas e esporadicamente. O burrinho (Epicauta
atomaria), por exemplo, é um besouro de cor cinza que chegam em bandos, comem as folhas da planta
em pequenas áreas, e depois saem subitamente também em bando. A infestação do ácaro
branco(Polyphagotarsonemus latus) ocorre quando há desequilíbrio causado pelo uso intenso de
inseticidas na parte superior da planta para controlar outras pragas. O surgimento de manchas indicam
a presença do ácaro que se alastra rapidamente pela lavoura, fazendo com que as plantas fiquem
parecendo queimadas e em sequência ocorre a morte antes da formação dos tubérculos.
A cigarrinha (Empoasca spp.) é um inseto com cerca de 3 milímetros de comprimento que se alimenta
das seiva da planta e, além disso, injeta saliva tóxica na planta, o que causa o paralisação do
crescimento e a necrose das folhas, que ficam com bordas amareladas.
Uma das principais doenças originadas de bactérias na batata é a murchadeira, causadas
por Ralstonia solanacearum, que provoca o murchamento e o secamento das hastes e posterior morte
da planta. A rotação de culturas é um método eficiente para controle desta doença. Outra doença
bacteriana é a sarna comum, causada por Streptomyces scabies, que se dissemina facilmente nos
solos cultiváveis. Provoca pequenas lesões superficiais nos tubérculos.
penetrans) provoca lesões nas raízes e manhas circulares castanho-púrpura nos tubérculos infectados,
impróprios para o comércio.
Batata geneticamente modificada
Estatística de Produção
Os 10 maiores produtores mundiais de trigo são: União Européia, China, Índia, Estados Unidos, Rússia,
Canadá, Austrália, Paquistão, Ucrânia e Turquia.A área de produção de trigo no Brasil encontra-se
dividida em três regiões distintas: Sul, Centro-Sul e Brasil Central, de acordo com características
climáticas, variedades e sistemas de produção. A região do Cerrado, no Brasil Central, apresenta um
dos maiores potenciais para a produção de trigo no mundo, podendo proporcionar produtividades
superiores a 6.0 kg/ha. Isso corresponde a uma eficiência de produção de 50kg de trigo por hectare ao
dia, um recorde mundial. Essa região, que no século passado chegou a exportar trigo para outros
estados, atualmente importa quase todo o trigo necessário ao seu consumo. Naquela época, devido à
falta de variedades adaptadas e produtivas, o trigo perdeu espaço para as culturas tropicais, como o
milho, mandioca e arroz, e foi sendo esquecido. Por isso, não foi criada a tradição de se cultivar trigo
nas pequenas propriedades. Nos últimos anos, por motivos estratégicos e em busca da auto-suficiência
de trigo no Brasil , a Embrapa, Emater de diversos estados, cooperativas e escolas de agronomia da
região, vêm realizando pesquisas com o trigo no Cerrado. Os resultados dessas pesquisas têm sido
utilizados com sucesso apenas pelos médios e grandes produtores. Isso porque foi criado o mito de que
o cultivo de trigo e seu beneficiamento só são possíveis com o emprego de máquinas e equipamentos
sofisticados.
Nas últimas safras a área semeada com trigo no Brasil Central, foi em torno de 50 mil hectares no
regime irrigado e aproximadamente 15 mil hectares no sequeiro. No curto prazo podemos atingir
facilmente uma área de mais de 120 mil hectares somadas as lavouras em regime irrigado e de
sequeiro. A região produziria mais de 700 mil toneladas de trigo anualmente, colhido em uma época de
escassez de trigo no mercado, de junho a setembro, e quando os preços de mercado geralmente estão
com os valores máximos durante o ano.
Em maio do ano passado o Brasil importava trigo da Argentina por US$ 120 a tonelada. Atualmente o
produto está sendo comprado por US$ 200. Mesmo com essa alta, o trigo argentino é o que chega com
melhor preço ao Brasil, pois as regras do Mercosul oneram muito e até inviabilizam as importações
procedentes de outros países. Por isso, a farinha de trigo e o pão estão encarecendo.
Não há escassez de trigo no mundo. O problema é regional. A Argentina, que sempre foi o maior
fornecedor do Brasil, não vem conseguindo acompanhar o aumento da demanda e instituiu uma política
interna que restringe as exportações.
A produção brasileira de trigo também encolheu, de quatro milhões para dois milhões de toneladas. O
trigo brasileiro é caro, mas serve como regulador de mercado.
A saída seria importar trigo de outros países, porém isso provocaria uma tempestade no Mercosul, já
que se trata do carro-chefe das exportações da Argentina para o Brasil.
De acordo com o 6º levantamento da produção de grãos 2006/2007, divulgado oficialmente em abril de
2007, as lavouras de trigo encontram-se completamente colhidas. A área cultivada foi de 1,76 milhão de
hectares, inferior à da safra passada em 25,6%, redução essa, impulsionada pelos baixos preços do
produto e pelas condições climáticas adversas na época da implantação da cultura (estiagem) e no
período de floração e frutificação (geadas). Como resultado, a produtividade da safra caiu para 1.271
kg/ha, sendo inferior à da safra anterior em 38,4%.
Em função da redução da área plantada e da produtividade, a produção foi de 2,23 milhões de
toneladas, inferior à da safra passada em 54,2% (2,64 milhões de toneladas).
Cultivares
Atualmente, cultivam-se trigos de inverno e de primavera. Os trigos de inverno, em seu estádio inicial de
desenvolvimento, necessitam passar por um período de vernalização, a temperaturas próximas a zero
grau centígrados, para completar o ciclo reprodutivo. O trigo cultivado no Brasil é de hábito primaveril e
a maioria das cultivares é insensível ao fotoperíodo.
A pesquisa liderada pela Embrapa vem redirecionando seus objetivos no sentido de compatibilizar as
demandas da industria moageira da região com o trigo produzido pelo agricultor. As cultivares criadas
pela Embrapa, Embrapa 2, Embrapa 42, BRS 207 e BRS 210 indicadas para cultivo irrigado e BR 18 e
Embrapa 21 para cultivo de sequeiro, estão disponíveis no mercado atualmente, e algumas delas como
a Embrapa 2, Embrapa 42 e BR 18 possuem qualidade industrial excelente para a panificação, nos
mesmos padrões de qualidade dos trigos importados. As cultivares BRS 207, BRS 210 e Embrapa 21
possuem qualidade industrial excelente para fabricação de massas, pão doméstico e biscoitos. Em
2006, a Embrapa lançou duas novas cultivares para o sistema irrigado da região, BRS 254 e BRS 264.
Cultivares com alto potencial de rendimento de grãos e excelente qualidade industrial para panificação.
Nas safras 2003, 2004 e 2005 no cultivo irrigado, houve vários triticultores que obtiveram rendimentos
de grãos superiores a 7 toneladas/ha utilizando a cultivar BRS 207. Com a utilização do redutor de
crescimento (trinexapac-ethyl) nas cultivares Embrapa 2 e Embrapa 42, os produtores tem alcançado
rendimentos de 6 toneladas de grãos/ha. Entretanto a média da região está em torno de 5 toneladas/ha.
No cultivo de sequeiro a média é de aproximadamente 1,5 toneladas/ha, as melhores produtividades
podem chegar até 3,0 toneladas/ha, em anos que a chuva se estende até finais de abril.
Para a expansão da cultura do trigo no cerrado, há necessidade da pesquisa com o uso da moderna
tecnologia, desenvolver maior número de cultivares, pelo uso de marcadores moleculares, mapeamento
molecular de genes, aumento da diversidade genética e aprimoramento na técnica de obtenção de
genótipos duplohaplóides. A produção de linhagens “Duplo-haplóides” reduziu o tempo de criação de
novas linhagens de trigo para apenas dois anos. Isso representou um aumento na produção de
linhagens para testes visando a indicação de novas cultivares e, também representou maior rapidez na
incorporação de novos genes de resistência ou qualidade em cultivares adaptadas. Além do
melhoramento a pesquisa deve também aprimorar o manejo do sistema de produção.
Para o sistema irrigado, novos trigos continuam a ser desenvolvidos, anualmente. A melhoria da
resistência, do potencial de rendimento de grãos e da qualidade, em novos ideótipos de planta,
adaptados às condições do cerrado, estão sendo buscados pela pesquisa. Estão sendo desenvolvidas
novas linhagens contendo o gene de nanismo (Rht). Este gene diminui a altura das plantas, tornando os
genótipos mais resistentes ao acamamento, mesmo em doses maiores de nitrogênio. Estas novas
linhagens tem potencial para produzir em torno de 8 toneladas de grãos por hectare a nível de lavoura.
O trigo de sequeiro, como é um cultivo de risco, não permite altos investimentos. Com um rendimento
de grãos bem abaixo do irrigado, necessita que a pesquisa desenvolva um pacote tecnológico com
cultivares rústicas e tolerantes à seca, eficientes em retirar nutrientes do solo e mais resistentes às
doenças fúngicas, principalmente a bruzone. Estes cultivares, aliados a um manejo menos oneroso,
diminuiria os custos de produção, garantindo um rendimento, que embora menor que o irrigado, garanta
uma rentabilidade ao triticultor.
Região de produção de trigo no Brasil Central.
Aproximadamente uma semana mais precoce que os demais cultivares classificados como precoces.
Aproximadamente 10 cm mais alta que os demais materiais classificados como baixos.
Aproximadamente 10 cm mais alta que os demais materiais classificados como baixos. R = Resistente,
MR = Moderadamente Resistente, MS = Moderadamente Sensível ao acamamento. Qualidade de
panificação inferior aos demais materiais classificados como pão.
concentrações baixas, sendo necessária a aplicação de doses elevadas para fornecer esses nutrientes
em quantidades suficientes às plantas.
Não se dispondo da análise química do solo, sugere-se aplicar para o trigo de sequeiro, cerca de
500kg/ha da fórmula 4-14-8, ou 250kg/ha da fórmula 4-30-16 (mais concentrada em fósforo e potássio),
que são facilmente encontradas no comércio.
Para o trigo irrigado, recomendam-se doses maiores de fertilizantes, pois o potencial de rendimento de
grãos é maior. Além disso, há a garantia de que, sob irrigação, não haverá o problema de quebra de
rendimentos devido aos veranicos, o que frequentemente ocorre no sistema de sequeiro. Assim,
sugere-se para o trigo irrigado, doses em torno de 350kg/ha da fórmula 4-30-16, que corresponde a 105
e 56kg/ha de fósforo e potássio, respectivamente.
As fórmulas de baixa concentração, como a 4-14-8, contêm, além de NPK, o enxofre (S), o que não
ocorre com as fórmulas de alta concentração de nutrientes, como a 4-30-16. Assim, para que haja a
garantia de que o enxofre não falte ao trigo, sugere-se dar preferência às fórmulas de baixa
concentração, ou utilizá-las pelo menos uma vez a cada três anos. Outras opções para garantir o
suprimento de enxofre são a aplicação de gesso agrícola, ou utilização na adubação nitrogenada em
cobertura, o sulfato de amônio, que contêm enxofre.
Quanto ao nitrogênio, recomenda-se aplicar apenas uma pequena dose (10 a 20kg/ha), através das
formulações NPK, sendo a maior parte aplicada em cobertura, no início do perfilhamento, cerca de duas
a três semanas após a emergência. A dose depende, principalmente, do sistema de cultivo (sequeiro ou
irrigado) e da variedade plantada.
Não é necessário aplicar os demais nutrientes em cobertura, pois não se perdem facilmente pelo
excesso de chuvas. Os adubos devem ser aplicados à lanço, próximo à data da semeadura, e em
seguida incorporados com arado ou grade, ou manualmente, com enxada.
Alguns micronutrientes são deficientes em muitos solos do Brasil Central. Para o trigo, as deficiências
mais generalizadas são as de Zinco e Boro, sendo a deficiência de cobre mais comum em solos
arenosos ou solos orgânicos de várzeas (pretos na camada superficial). As deficiências de boro ou
cobre causam o chochamento do trigo. Muitas espiguetas permanecem chochas (sem grãos), o que
resulta em menor rendimento.
Efeito da deficiência de Boro: espigas da esquerda menores, mais verdes e com poucos grãos.
A correção dessas deficiências também é efetuada através de fertilizantes contendo esses
micronutrientes, sendo os principais o sulfato de zinco (que contêm 20% de zinco), sulfato de cobre
(25% de cobre) e o bórax (1% de boro). A aplicação de doses em torno 3kg de zinco, 2kg de cobre e
2kg de boro, por hectare, uma única vez, apresenta efeito de, no mínimo, quatro anos, não sendo
necessárias reaplicações durante este período. Como as doses destes produtos são pequenas,
recomenda-se misturá-las aos adubos NPK, para facilitar a adubação no campo.
Além da falta ou baixo teor de um ou mais nutrientes, a acidez do solo na Região do Cerrado brasileiro
limita o crescimento das plantas, devido ao alumínio presente em formas tóxicas às raízes, o que
prejudica o crescimento e a absorção de água e nutrientes. A acides deve ser determinada em
laboratórios de análise química, a partir de amostra adequadamente colhida na área de lavoura, antes
do plantio.
Estima-se que 80% das perdas na colheita do trigo ocorrem na plataforma da colheitadeira, por
operação defeituosa do molinete ou da barra de corte. Aquelas atribuídas a problemas na trilha
dificilmente ultrapassam 10% das perdas totais, decorrendo na maioria dos casos de inadequado fluxo
de ar ou má regulagem do cilindro. A Tabela abaixo apresenta alguns procedimentos recomendados
para solucionar problemas na colheita do trigo.
Espigas caindo em frente à barra de corte: Excesso de velocidade do molinete. Reduzir a
velocidade do molinete.
Plantas cortadas amontoadas na barra de corte, Molinete muito alto,Plataforma muito alta:
Baixar o molinete e deslocá-lo para trás se necessário. Baixar a plataforma para cortar o talo mais
comprido.
Plantas se enrolam no molinete, Molinete muito alto, Excesso de velocidade do molinete;
Baixar o molinete.Reduzir a velocidade do molinete
Corte irregular das plantas ou plantas arrancadas, Navalha ou dedo da barra de corte
danificados Barra de corte empenada Placas das navalhas apertadas: Trocar as peças
danificadas. Desempenar a barra de corte .Ajustar as placas permitindo às navalhas deslizarem.
Excesso de vibração da barra de corte, Dedos não alinhados, Folga excessiva das peças da
barra de corte: Alinhar os dedos Eliminar o excesso de folga
Espigas não trilhadas caindo do saca-palhas e peneiras, Baixa velocidade do cilindro Muita
distância entre o cilindro e o côncavo Plantas muito verdes ou úmidas: Aumentar a velocidade
do cilindro. Levantar o côncavo. Suspender a colheita até que as plantas sequem.
A trilha ou separação do grãos da palha pode ser feita diretamente após a colheita nas colheitadeiras
com sistema de trilha tangencial e separação por saca-palhas
Após a debulha, os grãos de trigo devem ser limpos para eliminar totalmente restos de palha e outros
resíduos, como pedras, paus, torrões e sementes de outras plantas. Esta limpeza pode ser feita tanto
manualmente, com peneira, quanto artificialmente, em usinas de beneficiamento.
A secagem é a etapa seguinte após a debulha e limpeza, onde o trigo deve atingir teores de umidade
inferiores a 13%. Neste ponto, o grão torna-se difícil de ser quebrado com o dente. Na Região do
Cerrado, não tem sido necessário fazer a secagem dos grãos após a colheita. Devido à baixa umidade
relativa do ar, estes atingem teores de umidade de 13%, quando ainda estão no campo. Os grãos secos
podem ser armazenados por mais de um ano, devendo-se observar, frequentemente, se está ocorrendo
ataque de pragas. As principais pragas do trigo armazenado que ocorrem na Região do Cerrado são o
gorgulho-do-milho e a traça-dos-cereais.
Em grande escala, os grãos são armazenados em silos (Figura 21). Os grãos também podem ser
armazenados com eficiência em latas ou tambores de metal ou de plástico. Esses recipientes devem
ser lavados com água e sabão e secados ao sol e não devem conter resíduos ou cheiro de espécie
alguma. Recipientes de defensivos agrícolas, produtos químicos ou tóxicos ao ser humano, jamais
devem ser reutilizados.
Após colocar os grãos nos recipientes, socá-los com uma vara ou bastão, para diminuir a presença de
ar. Uma vez completado o volume do recipiente, este deve ser totalmente fechado, para evitar o ataque
de insetos. Para garantir a vedação da tampa, aplica-se uma camada de cera de abelha ao redor da
mesma, para que não ocorra troca de ar.
A comercialização internacional do trigo é maior que a soma de todos os outros grãos alimentícios, o
que aumenta mais ainda a sua importância econômica. O trigo fornece cerca de 20% das calorias
provenientes dos alimentos consumidos pelo homem. Seu grande trunfo é possuir um tipo de proteína
com certa elasticidade, o glúten, não encontrada em outros grãos. O glúten representa um conjunto de
proteínas insolúveis, responsável pelo crescimento da massa quando a farinha de trigo é misturada a
água. Ele retém o gás carbônico produzido durante o processo de fermentação, fazendo com que o pão
cresça, originando um produto leve, de fácil elaboração, nutritivo e saboroso. Em forma de pão e de
outros derivados, o trigo constitui um dos alimentos mais importantes da cesta básica brasileira e um
componente essencial da alimentação humana.
Qualidade panificativa
Dois aspectos devem ser considerados referentes à qualidade do trigo. Um referente à moagem. Aos
moinhos interessa que o trigo não seja nem muito duro (a ponto de requerer demasiada energia para
moagem e ainda produzir farinha com maior teor de cinzas) nem demasiado suave e que produza alto
rendimento de farinha, preferencialmente de cor clara.
O outro aspecto da qualidade do trigo relaciona-se com o potencial para panificação e para produção de
sucedâneos do trigo (bolachas, massas, bolos, etc). Uma farinha de boa qualidade panificativa deve ter
alta capacidade de absorção de água, satisfatória tolerância ao amassamento, glúten de tenacidade
entre média e forte e ser capaz de produzir pão de grande volume, leve e macio. Essas qualidades
decorrem da capacidade de produzir e reter gás na massa durante o processo de fermentação. Para
uma adequada produção de gás a farinha deve ter força suficiente, elasticidade e extensibilidade,
atributos estes que dependerão da qualidade e quantidade de glúten na farinha, características estas
determinadas, fundamentalmente, por fatores genéticos, sendo também influenciadas por condições
ambientais ocorrentes durante o cultivo (adubação, insolação, precipitação etc.).
Diversos testes de avaliação de qualidade panificativa têm sido desenvolvidos, sendo mais utilizados os
seguintes:
a) Alveograma: informa sobre a força do glúten. Mede a pressão do ar necessária para arrebentar um
disco de massa da farinha em teste. Nele é injetado ar comprimido até
b) Mixograma: fornece uma estimativa relativamente precisa do tempo de amassamento requerido por
determinada farinha, que deve, preferencialmente, situar-se entre 2 e 3,5 min. Valores menores do que
2 min indicam trigo inferior. Tempo longo, acima de 3,5 min, indica trigo excessivamente tenaz, de difícil
amassamento.
c) Farinógrafo: informa sobre a plasticidade e a mobilidade da massa submetida a amassamento sob
temperatura constante. A resistência oferecida pela massa às pás do misturador é transmitida por um
dinamômetro a uma pena que traça uma curva, proporcionando ainda informações adicionais relativas à
capacidade de absorção de água, tempo ótimo de mistura e tolerância ao amassamento.
Aproveitamento do trigo
O trigo é o componente básico da alimentação humana. Sua farinha é largamente utilizada na
confecção de pães, massas e biscoitos. A qualidade do grão produzido é que determina a sua utilização
pela indústria. A substância que está por trás dessa classificação é o glúten. É ele que determina o
volume e a consistência da massa, ou tecnicamente, a elasticidade da farinha de trigo.
Para a confecção de bolachas, pizzas e biscoitos, o trigo deve ter pouca capacidade de expansão,
também chamada de baixa força de glúten (trigo brando). Nestes casos, o teor de glúten fica entre 25 e
30%. Já o pão de forma e o pão francês precisam de uma alta força de glúten (trigo pão e trigo
melhorador), pois a massa precisa crescer bastante. Essa categoria responde pela maior parte do
mercado de farinha de trigo. O macarrão é uma massa que não pode expandir, mas que precisa ter
Nesse caso, sua força de glúten é baixa, mas a farinha precisa ser muito tenaz.
Para produzir farinha de trigo, as indústrias separam as cascas dos grãos. A casca da semente é
utilizada para fazer ração animal e o restante segue para moagem. Existem três tipos de farinha:
especial, de trigo e integral.
A farinha especial (branca), encontrada nos mercados, é produzida a partir de grãos puros, onde há
mínima mistura de farelo. A farinha de trigo admite um pouco de mistura de farelo d a casca. A farinha
integral, como o próprio nome diz, utiliza todo o grão no processo de moagem.
Na tabela abaixo são mostrados os valores alimentícios de alguns produtos derivados do trigo, onde se
observa que o pão integral é três vezes mais rico em ferro e duas vezes mais rico em outros minerais e
vitaminas, que o pão francês, feito com farinha branca. Na farinha integral, há o aproveitamento de
todas as partes do grão (endosperma, casca e embrião) enquanto na farinha branca, só o endosperma
é aproveitado. Devido suas qualidades nutritivas e sua versatilidade, alguns panificadores chegam a
oferecer mais de 200 produtos diferentes, elaborados à base de trigo. Os alimentos à base de trigo
(pães, bolos, massas, biscoitos e outros) são recomendados pelos profissionais das áreas de saúde e
nutrição humana, estando presentes em quase todas as refeições diárias.
A industrialização exagerada dos alimentos tem reduzido o teor de fibras da dieta humana, favorecendo
o surgimento de algumas doenças como a prisão de ventre, hemorróidas e câncer de cólon e do reto.
As chances de desenvolver essas doenças podem ser diminuídas com o uso de uma alimentação
integral e rica em fibras. O farelo de trigo, subproduto da farinha branca, rico em fibras e usado na
fabricação de rações para animais, pode ser um remédio barato e eficiente contra esses males. A
ingestão de uma ou até cinco colheres de sopa de farelo de trigo, misturado ao cardápio diário, em
mingaus, sucos e outros tipos de alimentos, é suficiente para o bom funcionamento do aparelho
digestivo, nos protegendo de enfermidades como o câncer do cólon e do reto, complicações cardíacas
isquêmicas (principal causa dos ataques cardíacos), doença diverticular do cólon, apendicite, flebite e
obesidade. Na impossibilidade de aquisição do farelo de trigo, o uso de produtos feito à base de trigo
integral apresenta efeitos semelhantes ao farelo.
O germe de trigo (embrião) é um alimento ideal para ser usado nos casos de desnutrição e na
recuperação do desgaste físico nos atletas, podendo ser usado diariamente na alimentação. É muito
utilizado pela indústria farmacêutica, para a extração de óleos e vitaminas. O farelo de trigo pode ser
usado também como um complemento mineral e vitamínico.
CULTURAS DE AVEIA
A cultura da aveia tem uma grande importância dentro do sistema de produção de grãos no sul do
Brasil, caracterizando-se por ser uma excelente alternativa para o cultivo de inverno e para o sistema de
rotação de culturas, pois pode ser inserida conforme a necessidade dos produtores.Usada como
produção de grãos, na alimentação humana e animal e como forrageira para cobertura do solo.
CARACTERÍSTICAS
A aveia é uma planta da família das gramíneas, como milho, o trigo e os capins. Ela divide-se em três
espécies:
Aveia preta – Avena strigosa, Aveia amarela – avena bysantina e Aveia branca- avena sativa.
AVEIA PRETA
Avena strigosa S.
A aveia preta é uma gramínea de clima temperado e subtropical, anual, de hábito ereto, com
desenvolvimento uniforme e bom perfilhamento. A produção de sementes varia de 600 a 1.600
quilos/hectare.
Apresenta excelente valor nutritivo, podendo atingir até 26% de proteína bruta no início de pastejo, com
boa palatabilidade e digestibilidade (60% a 80%).
Tem sua origem na Europa, tem se adaptado bem na região sul do Brasil e nos estados de São Paulo e
do Mato Grosso do Sul. A aveia preta é bastante conhecida pelos produtores de leite e carne como
pastagem temporária de inverno.
É uma planta atóxica aos animais em qualquer estádio vegetativo. A produtividade varia de 10 t a 30 t
de massa verde/hectare, com duas t/ha a Seis t/ha de matéria seca. Adapta-se bem a vários tipos de
solo, não tolerando baixa fertilidade, excesso de umidade e temperaturas altas. Responde muito bem à
adubação, principalmente com nitrogênio e fósforo. Suporta o estresse hídrico e geadas.
Sua utilização pode ser, tanto para o pastejo, como para silagem e fenação e para adubação verde.
AVEIA BRANCA
Avena sativa L.
A aveia branca, além de ter todas as utilidades da aveia preta, é uma excelente produtora de grãos, é
cultivada tanto para a produção de grãos para alimentação humana e animal como pastejo.
A aveia branca é preferida em produção de grãos, pois produz alimentos ricos em fibras *, vitaminas e
minerais, indispensáveis em dietas para todas as idades.
É cultivada em toda a região sul, mas a produção local não chega a atender a necessidade do país em
grãos para a alimentação animal ou para suprir as indústrias.
Dentro da alimentação animal pode ser consumida descascada ou com casca. Para eqüídeos deve ser
esmagado, o que aumenta a sua digestibilidade. Na formulação de rações, pode ser desintegrada com
ou sem casca, dependendo da espécie a ser consumida e do nível de fibra ou energia que se deseja.
Para pássaros ela pode ser fornecida com casca ou descascada, dependendo da espécie.
A aveia branca caracteriza-se por possuir um grão maior do que o grão da aveia preta.
É uma planta menos rústica do que a aveia preta, mais exigente em fertilidade de solo e com menor
resistência a períodos de estiagem.
* Pesquisas recentes confirmam a importância do consumo de fibras alimentares associadas a
vitaminas. A aveia em flocos possui 10,5 % de fibras e o farelo 15,9.
Características nutricionais
Os cereais normalmente consumidos têm concentração protéica que varia de 6 a 18%. Os grãos de
aveia têm um dos mais altos teores de proteínas, com valores médios entre 15 a 20%, se comparado a
outros cereais, possui uma maior porcentagem de lipídios que a maioria dos cereais. O benefício mais
evidente do consumo da aveia na alimentação humana é a sua eficiência na redução dos níveis de
colesterol, quando parte de uma dieta equilibrada.
Do processamento da aveia branca podemos obter os seguintes produtos:
- Flocos inteiros: usado principalmente na produção de granola, cereais em barra e na panificação.
- Flocos médios e finos: usado na produção caseira de mingaus e sopas.
- Farelo: usado para mingaus, pães, bolachas e na alimentação de pessoas com hipercolesterolemia.
- Farinha: usada em panificação, confeitaria e me mingaus para bebê.
Produção
A produção mundial de aveia se mantém em 50 milhões de toneladas por ano. Os maiores produtores
são: Rússia, EUA, Canadá, Alemanha, Polônia, Finlândia e Austrália. É cultivada para vários propósitos;
pastagens, forragem e grãos. A produção mundial é distribuída da seguinte maneira: 78% para a
produção animal, 18% para alimentação humana e 4% para o uso industrial, de sementes e exportação.
No Brasil a região sul é a maior produtora deste cereal.
O consumo deste cereal limita-se muito a alimentação animal e a área plantada é insignificante se
comparada ao potencial para cultivo, isto está relacionado principalmente com a falta incentivo, falta de
conhecimento em relação aos seus benefícios nutricionais, além da escassez de produtos atrativos e
variados, utilizando a aveia como base.
AVEIA AMARELA
Avena bysantina L
FERRUGEM DA FOLHA
Puccinia coronata f.sp avenae
GIBERELA DE AVEIA
Gibberella zeae
Fusarium graminearum
Esta podridão radicular está presente em praticamente todas as regiões produtoras de aveia do Brasil.
Os danos no rendimento de grãos foram estimadas
em aproximadamente 20 %. Com o aumento da
incidência dos fungos na semente, principalmente, F.
graminearum, a podridão comum tem sido detectada
mais frequentemente, levando à morte precoce de
plantas de aveia.
É uma doença do tipo MONOCÍCLICA, ou seja, a
infecção ocorre uma apenas uma única vez durante
o ciclo da cultura, e a distribuição na lavoura ocorre
de forma generalizada.
Os sintomas mais comuns caracterizam-se pela
descoloração dos tecidos radiculares, que se tornam
pardos, em contraste com o mal do pé que são
negros.
Os fungos Fusarium graminearum e Cochliobolus
sativus (Bipolaris sorokinana) são os agentes
causais desta doença. A principal fonte deste inoculo
é a semente infectada. A transmissão e a severidade
dos danos são influenciados por fatores como
umidade e temperatura do solo e profundidade da
semeadura. A taxa de transmissão de B.
sorokinana para plântula é superior a 70%. No caso
de B. sorokinana, os conídios dormentes presentes
no solo também se constituem em fonte de inóculo.
As medidas de controle da doença se concentram no
tratamento de sementes com fungicidas e no
emprego de rotação de culturas com espécies não
suscetíveis aos patógenos por, no mínimo, um inverno.
BRUSONE DE AVEIA
Magnoporthe grisea
Pyricularia grisea
A brusone do trigo ocorre, principalmente n o norte do PR, sul de SP, MS e na região central do Brasil.
Os danos podem alcançar 50% no rendimento de grãos.
Pyricularia grisea apresenta uma ampla gama de hospedeiros dentre os quais destacam-se o arroz e o
trigo. Numerosas gramíneas cultivadas, nativas ou invasoras, são mencionadas como hospedeiros
deste patógeno. As fontes de inóculo mais importantes são os hospedeiros secundários e os restos
culturais de plantas cultivadas. O agente causal também pode sobreviver em sementes infectadas.
É uma doença do tipo POLICÍCLICA, ou seja, uma nova infecção pode ocorrer á partir de 05 á 07 dias e
a distribuição na lavoura ocorre de forma generalizada. Os propágulos do patógeno são disseminados
pelo vento a longas distâncias.
As condições ambientais requeridas à infecção são temperaturas entre 21°C e 27°C e 08 á 18 horas de
molhamento dos cachos.
Juntamente com a giberela esta é, uma doença de difícil controle. A estratégia mais viável de controle é
o uso de cultivares resistentes ou tolerantes. O controle químico não tem se mostrado eficiente sob
condições de campo, provavelmente pela dificuldade de deposição dos fungicidas nos sítios de
infecção. Como medida complementar recomenda-se semeadura precoce.
O manejo de pragas nas mais diversas culturas deve ser realizado a fim de obtermos melhores
resultados de produção, começando a ser monitorado desde a sua emergência até a maturação, visto
que o período mais crítico na cultura da aveia é o período de emergência das inflorescências (floração)
onde os insetos causam os maiores danos, período que também está sujeito a qualquer tipo de
estresse ambiental.
A presença de insetos causa reais danos seja pela redução da área folhar, diminuindo assim a
fotossíntese, reduzindo os fotoassimilados para os grãos, como também pela sucção de seiva.
Das pragas da cultura da aveia destacam-se duas, as lagartas e os pulgões *:
1. Quando a cultura da aveia for utilizada para pastejo animal, para o controle de
lagartas e pulgões lagartas e pulgões são utilizados inseticidas com curto período de carência,
em torno de 10 a 15 dias, para não retardar o início de pastejo e não deixar resíduo do inseticida
para os animais.
Lagarta-da-aveia ou lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax)
Pulgão-da-espiga (Sitobion avenae)
Pulgão-da-folha (Metopolhophium dirhodum)
Pulgão-verde-do-cereais (Rhopalosiphum graminum).
PULGÕES
Pulgão-da-folha
Os danos causados pelos pulgões podem ser importantes na redução do peso de mil sementes, do pH
(peso hectolitro), do poder germinativo e do número de grãos por espiga, além desses danos os
pulgões podem ser vetores de viroses (VNAC).
Sintomas de VNAC
Para determinar o momento ideal para a aplicação de inseticidas e o tipo de inseticida deve-se seguir os
seguintes critérios:
- Fase de emergência ao afilhamento: controlar quando, encontrar, em média, 10% de plantas com
pulgões.
- Fase de alongamento ao emborrachamento: controlar quando a população média atingir 10 pulgões
por afilho.
Pulgão-da-folha
- Fase reprodutiva (do espigamento ao grão em massa):
controlar quando a população média atingir 10 pulgões por
espiga.
As aplicações devem ser repetidas sempre que forem
constatados esses níveis, durante os períodos
considerados. Após o grão em massa, não é necessário o
controle de pulgões.
A determinação da população média de pulgões deve ser
efetuada semanalmente, através de amostragem de
plantas em vários pontos representativos da lavoura.
LAGARTAS
O efeito dos inseticidas para controle dessa praga torna-se mais eficaz pela ação de ingestão dos
produtos do que pela ação de contato. Recomenda-se, portanto, o início do controle nos focos de
infestação quando ainda existirem folhas verdes nas plantas da aveia.
COLHEITA
A colheita deverá ser realizada quando os grãos tiverem atingido umidade aproximada de 15%, no final
do ciclo da cultura, que varia de 140 a 180 dias. Pode-se fazer o uso da dessecação da aveia para um
melhor aproveitamento de tempo/máquina com o uso de herbicidas de contato, na dosagem de 1,0 a
2,0 litros /há. O atraso da colheita determina a ação de fatores adversos, com prejuízos no rendimento
quali - quantitativo.
Se o objetivo for somente como cobertura de solo ou adubação verde, o manejo da fitomassa deve ser
realizado na fase de grão leitoso, que corresponde a, aproximadamente, 120 a 140 dias após a
semeadura. Nesta fase não há grãos viáveis e ocorre o menor índice de rebrota após o manejo,
podendo ser dessecada, rolada ou roçada.
CULTURAS DO SORGO
O sorgo é uma planta C4, de dia curto e com altas taxas fotossintéticas. A grande maioria dos
materiais genéticos de sorgo requerem temperaturas superiores a 21 o C para um bom crescimento e
desenvolvimento. A planta de sorgo tolera mais, o déficit de água e o excesso de umidade no solo, do
que a maioria dos outros cereais e pode ser cultivada numa ampla faixa de condições de solo. Durante
a primeira fase de crescimento da cultura, que vai do plantio da germinação até a iniciação da panícula
(EC1) é muito importante a rapidez da germinação, emergência e estabelecimento da plântula, uma
vez que a planta é pequena, tem um crescimento inicial lento e um pobre controle de plantas daninhas
nesta fase pode reduzir seriamente o rendimento de grãos. Embora não exista dados concretos
disponíveis, acerca de como os estádios iniciais da cultura pode afetar o rendimento, é lógico pensar
que um bom estande, com rápida formação de folhas e sistema radicular tornará aquela cultura apta a
enfrentar possíveis estresses ambientais durante o seu ciclo. Os híbridos de maneira geral tem uma
formação de folhas e sistema radicular mais rápidos do que linhagens ou variedades. Quando se
compara materiais forrageiros, principalmente variedades, estas são mais lentas que os graníferos.
Na fase seguinte (EC2) que compreende a iniciação da panícula até o florescimento, vários processos
de crescimento, se afetados, poderão comprometer o rendimento. São eles: desenvolvimento da área
foliar, sistema radicular, acumulação de matéria seca e o estabelecimento de um número potencial de
sementes. Esse último é provavelmente o mais critico desde que maior número de grãos tem sido
geralmente o mais importante componente de produção associado ao aumento de rendimento em
sorgo. Na terceira fase de crescimento (EC3) que vai da floração a maturação fisiológica os fatores
considerados mais importantes são aqueles relacionados ao enchimento de grãos. Durante as três
etapas de crescimento, a fotossíntese, o particionamento de fotoassimilados e a divisão e expansão
celular devem estar ajustados visando um bom rendimento da cultura. É lógico pensar que o
rendimento final é função tanto da duração do período de enchimento de grãos como da taxa de
acumulação de matéria seca diária.
Altura da planta e desenvolvimento inicial das folhas Perfilhamento Sistema radicular Desenvolvimento
da parte aérea Florescimento Aspectos gerais dos efeitos ambientais sobre o crescimento do sorgo
Altura da planta e desenvolvimento inicial das folhas
A altura da planta é importante para sua classificação relacionada ao seu porte. Pode variar desde 40
cm até 4 m. A altura do caule até o extremo da panícula varia segundo o número e a distância dos
entrenós e também segundo o pedúnculo e a panícula. A quantidade de nós está determinada pelos
genes da maturação e por sua reação ao fotoperíodo e a temperatura. A distância dos entrenós varia
segundo as combinações de 4 ou mais fatores genéticos e segundo o ambiente. Por outro lado a
distância do pedúnculo e da panícula com fregüência são independentes.
A altura da planta portanto é controlada por quatro pares de gens principais (dw1, dw2, dw3 e dw4), os
quais atuam de maneira independente e aditiva sem afetar o número de folhas e a duração do período
de crescimento. As plantas com os gens recessivos nos quatro loci resultam em porte mais baixo (60-
80 cm), caracterizadas pelo nanismo e são chamadas "anãs-4"; enquanto que as plantas com gens
recessivos em três loci e dominante no outro locus são chamadas "anãs-3". Cultivares graníferos
normalmente são "anãs-3 e cultivares forrageiras são "anãs-2 ou "anãs-1", com gens recessivos em
dois ou um loci respectivamente. A taxa de produção de matéria seca no sorgo é fortemente afetada
pela área foliar no primeiro estádio de crescimento (germinação a iniciação da panícula). A área foliar
final é determinada pelas taxas de produção e duração da expansão, pelo número de folhas
produzidas e a taxa de senescência, os quais são fatores bastante afetados pelo ambiente.
A temperatura, o déficit de água e as deficiências pelos nutrientes, afetam as taxas de expansão das
folhas, altura da planta e duração da área foliar, sobretudo nos genótipos sensíveis ao fotoperíodo.
Esses efeitos podem ser modificados por mudanças na duração do dia. A insuficiência de água é uma
das causas mais comuns de redução de área foliar e está relacionada com a expansão das células. A
temperatura noturna do ar baixa, geralmente atrasa o desenvolvimento dos estádios EC 2 e EC 3.
Existem diferenças consideráveis das taxas diurnas de crescimento das folhas de sorgo,
provavelmente como reflexo das diferenças ambientais. Tem-se observado taxas de expansão foliar
de aproximadamente 60 cm2 planta-1 dia-1 o qual se traduz em taxa de crescimento relativo de 70%
por dia. As folhas mais velhas mostram taxas de fotossíntese e de crescimento mais baixas, devido a
mudanças causadas pela senescência. A quantidade e qualidade de luz também são importantes para
a expansão foliar. Folhas que crescem em altas intensidade de luz, têm freqüentemente um maior
número de células maiores que aquelas que crescem em intensidade de luz mais baixas.
O estádio de três folhas completamente desenvolvidas é caracterizado pelo ponto de crescimento
ainda abaixo da superfície do solo. Enquanto a taxa de crescimento da planta depende grandemente
da temperatura, esse estádio usualmente ocorrerá cerca de 10 dias após a emergência. Como o ponto
de crescimento ainda está abaixo da superfície do solo, caso aconteça algum problema com a parte
aérea, como por exemplo chuva de granizo ou alguma outra intemperia da natureza, isto não matará a
planta, ela terá condição de sobreviver. O sorgo no entanto não recupera tão vigorosamente como o
milho. No estádio de 5 folhas, aproximadamente 3 semanas após a emergência o ponto de
crescimento ainda está abaixo da superfície do solo. A perda das folhas igualmente não matará a
planta. O crescimento nesse caso será mais vigoroso que no estádio anterior, porém ainda menos
vigoroso que o milho. Nos estádios iniciais da planta de sorgo, ela entra no chamado período de
crescimento rápido, acumulando matéria a taxas aproximadamente constantes até a maturação, desde
que as condições sejam satisfatórias.
Com cerca de 30 dias após a emergência ocorre a diferenciação do ponto de crescimento (muda de
vegetativo, "produtor de folhas" para reprodutivo, "produtor de panícula"). O número total de folhas
nesse estádio, já foi determinado e o tamanho potencial da panícula será brevemente determinado.
Cerca de 1/3 da área total foliar está totalmente desenvolvida. Neste estádio a planta se encontra com
7 a 10 folhas, dependendo do seu ciclo, sendo que 1 a 3 folhas baixeiras já foram perdidas.
Crescimento do colmo aumenta rapidamente, absorção de nutrientes também é rápida. O tempo
compreendido entre o plantio até a diferenciação do ponto de crescimento geralmente é cerca de 1/3
do tempo compreendido entre semeadura e maturidade fisiológica.
Perfilhamento
O perfilhamento no sorgo forrageiro é uma característica considerada vantajosa, ao passo que para o
sorgo granífero pode não ser, sobretudo quando não há coincidência de maturação entre planta mãe e
perfilhos. Neste caso o perfilhamento pode ter efeito negativo no rendimento por sombrear as folhas
da planta mãe e pela competição do uso de água e nutrientes do solo.
O perfilhamento é influenciado pelo grau de dominância apical, que é regulado por fatores hormonais,
ambientais e genéticos. O perfilhamento pode ser basal ou axilar. O perfilhamento axilar é originado
nas axilas das folhas, enquanto que o basal origina-se de gemas basais (1 º nó) logo após o início do
desenvolvimento das raízes secundárias ou depois do florescimento. Todas as gemas dos nós são
morfologicamente idênticas e possuem potencial para formar perfilho. No entanto são mantidos em
"dormência" através do fenômeno da dominância apical.
A dominância apical é uma característica herdável e pode ser modificada por fatores ambientais como:
temperatura do ar, fotoperíodo e umidade do solo. Fatores de manejo da cultura igualmente afetam o
perfilhamento, como por exemplo a população de plantas, quanto menor a população de plantas maior
a possibilidade de perfilhamento.
O sorgo geralmente produz mais perfilhos em dias curtos e a temperaturas do ar mais baixas. Os
perfilhos naturalmente são mais sensíveis ao déficit hídrico que a planta mãe. Acredita-se que quanto
maior a disponibilidade de fotoassimilados de reserva na planta maior será o grau de perfilhamento.
Dentro deste contexto quando não há fotoassimilados suficientes para a planta mãe e perfilhos, esses
ainda que iniciados, podem simplesmente não se desenvolverem. Qualquer dano no ápice de
crescimento na planta pode iniciar o processo de perfilhamento, uma vez que a dominância apical ser á
quebrada. Ex.: dano no ápice por insetos, estresse severo de água ou temperatura. Danos causados
por insetos na panícula principal vai originar os perfilhos axilares, os quais se desenvolvem de gemas
laterais.
Sistema Radicular
O crescimento das raízes de sorgo está relacionado com a temperatura do ar e é limitado pela falta de
umidade no solo e disponibilidade de fotoassimilados oriundos das folhas. Um dos fatores mais
importantes que afetam o uso de água e a tolerância a seca é um sistema radicular eficiente.
Os tipos de raízes encontrados no sorgo são: primárias ou seminais, secundarias e adventícias. As
primárias podem ser uma ou várias, são pouco ramificadas e morrem após o desenvolvimento das
raízes secundarias. As secundarias desenvolvem no primeiro nó, são bastante ramificadas e formam o
sistema radicular principal. Já as adventícias podem aparecer nos nós acima do solo. Geralmente
aparecem como sinal de falta de adaptação. São ineficientes na absorção de água e nutrientes, sua
função é mais de suporte.
Se fizermos uma comparação entre raízes primárias de milho e sorgo será encontrado que ambas as
culturas apresentam basicamente a mesma quantidade de massa radicular, porém as raízes
secundarias do sorgo são no mínimo o dobro daquelas encontradas no milho. Além do mais o sistema
radicular do sorgo é mais extenso, fibroso e com maior número de pêlos absorventes. A profundidade
do sistema radicular chega até 1,5 m (sendo 80% até 30 cm de profundidade no solo), em extensão
lateral alcança 2,0 m. O crescimento das raízes em geral termina antes do florescimento, nessa fase a
planta passa a priorizar as partes reprodutivas (panículas) as quais apresentam grande demanda por
fotoassimilados. Em solos ácidos com alta saturação de Al tóxico a formação do sistema radicular é
reduzido. Plantas com gens para tolerância a Al tóxico desenvolvem um sistema radicular mais
profundo e mais eficiente na aquisição de água e nutrientes. Geralmente variedades de sorgo
resistentes a seca tem mais biomassa radicular e maior volume de raízes e também maior proporção
raiz/caule que os materiais susceptíveis a seca.
O estresse de fósforo, comum em solos dos Cerrados, pode ser corrigido através de adubações
fosfatadas. Neste caso, os subsolos do cerrado geralmente aumentam a proporção raiz / parte aérea
das plantas na tentativa de explorar um perfil maior do solo.
contém um grande número de estômatos, por sinal tem sido estimado que estas possuem 50% a mais
de estômatos por unidade de área do que a planta de milho, porém os estômatos do sorgo são
menores. O número total de folhas numa planta varia de 7 a 30, sendo geralmente de 7 a 14 para
genótipos adaptados de sorgo granífero. O comprimento da folha pode chegar a mais de 1 metro,
enquanto que a largura de 0,5 a 15 cm. Os fatores que determinam o número de folhas no sorgo são:
cultivar, fotoperíodo, e temperatura. As partes da folha incluem: limbo no qual estão presentes os
estômatos localizados nas 2 faces; bainha a qual liga-se ao nó e envolve o internódio acima e a lígula,
que é a junção da bainha com o internódio. A posição da folha na planta pode variar de vertical a
horizontal, concentrando-se se mais na base ou ainda serem uniformemente distribuídas na planta. As
folhas do sorgo possuem depósito de substância cerosa na junção da bainha com o limbo, o que leva
a planta perder menos água na transpiração, sendo importante para a economia de água sobretudo
em condições de estresse hídrico.
Leva-se de 3 a 6 dias entre a diferenciação de uma folha e a próxima no meristema. A expansão foliar
pode continuar mesmo durante o desenvolvimento da panícula, o que pode gerar nesse caso
competição por fotoassimilados disponíveis. O embrião em um grão maduro já possui 6 a 7 primórdios
foliares. Fato interessante é observado na epiderme superior da folha, onde se observa filas de células
especializadas que permitem a folha enrolar em condições de estresse hídrico, se constituindo
portanto numa defesa da planta.
Florescimento
O florescimento corresponde ao EC3 que engloba a polinização, fertilização, desenvolvimento e
maturação do grão. A diferenciação floral do sorgo é afetada principalmente pelo fotoperíodo e pela
temperatura do ar. O período mais crítico para a planta, onde ela não pode sofrer qualquer tipo de
estresse biótico ou abiótico vai da diferenciação da panícula a diferenciação das espiquetas (2 a 3
semanas de duração). Em condições normais a diferenciação da gema floral iniciase 30 a 40 dias
após a germinação (pode variar de 19 a mais de 70 dias). Em climas quentes o florescimento em geral
ocorre com 5 a 70 dias após a germinação (pode variar de 30 a mais de 100 dias). Normalmente a
formação da gema floral ocorre 15 a 30 cm acima do nível do solo, fato esse ocorre quando as plantas
têm cerca de 50 a 75 cm de altura.
A diferenciação da gema floral bloqueia a atividade meristemática (divisão celular). Dai para frente,
todo crescimento é devido ao elongamento das células já existentes. Cerca de 6 a 10 dias antes do
aparecimento da inflorescencia ela pode ser vista como algo semelhante a um "torpedo" dentro da
bainha da folha bandeira. As flores na panícula desenvolvem-se sucessivamente do topo para a base
(demora de 4 a 5 dias). Como nem todas as plantas num campo de sorgo florescem ao mesmo tempo,
a duração do florescimento no campo pode variar de 6 a 15 dias. O número de espiguetas por
panícula varia de 1500 a 7000. Existem mais de 5000 grãos de polen por antera na maioria dos
híbridos e variedades, o que equivale dizer que há mais de 20 milhões de grãos de polen por panícula.
Fertilização
A fertilização inicia-se no topo da panícula e procede para a base (duração de 4 a 5 dias). Predomina
a autofecundação e a taxa de fecundação cruzada pode variar de 2% a 10%. Há casos em que a
fecundação ocorre sem a abertura das espiquetas (cleistogamia). A panícula do sorgo varia muito
quanto a forma e tamanho (compacta, aberta, grande, pequena). Seu comprimento vai de 4 a 25 cm e
o diâmetro de 2 a 20 cm. O pólen germina imediatamente se caí num estígma receptivo e a fertilização
tem lugar ao redor de 2 horas depois, no entanto a luz é necessário para a germinação e o pólen
espalhado a noite não germina até o amanhecer.
O grão de sorgo igualmente varia muito quanto a cor, dureza, forma e tamanho. A massa de 100
sementes varia de menos de 1g a mais de 6 g.
Fotoperíodo
O sorgo é sensível ao fotoperiodismo, o qual pode ser definido como a resposta do crescimento a
duração dos períodos, de luz e escuro. O comprimento do dia varia de acordo com a estação do ano e
com a latitude. O sorgo é uma planta de dias curtos, ou seja floresce em noites longas.
Em cultivares sensíveis, a gema vegetativa (terminal) permanece vegetativa até que os dias encurtem
o bastante para haver a sua diferenciação em gema floral, esse é portanto o que se clama fotoperíodo
crítico. O fotoperíodo crítico do sorgo poderia então ser colocado da seguinte maneira: se o
comprimento do dia aumenta, a planta não floresce, ao passo que se o comprimento do dia decresce a
planta floresce.
Diferentes materiais genéticos variam quanto ao fotoperído crítico. Por exemplo: algumas variedades
tropicais têm dificuldade de florescerem em regiões temperadas, onde os dias têm mais de 12 horas.
Salienta-se que o fotoperíodo crítico para estas variedades tropicais é em torno de 12 horas. Por outro
lado variedades temperadas sensíveis tem um fotoperíodo crítico maior, florescendo com facilidade
nos trópicos.
O fotoperíodo crítico das variedades temperadas é em torno de 13,5 horas. Portanto é a duração do
período sem luz que é importante para estimular o florescimento. Os dispositivos que as plantas
possuem os quais são responsáveis pela captação e medição do comprimento dos dias são pigmentos
chamados fitocromos. A grande maioria dos materiais comerciais de sorgo granífero foram melhorados
geneticamente para insensibilidade ao fotoperíodo, somente os genótipos de sorgo forrageiro são
sensíveis ao fotoperíodo.
Aspectos gerais dos efeitos ambientais sobre o crescimento do sorgo Água
O sorgo requer menos água para desenvolver quando comparado com outros cereais, sendo que o
período mais crítico a falta de água é o florescimento.
Ex: Sorgo - Necessita 330 kg de água para produzir 1 kg de matéria seca.
Milho - 370 kg de H 2 O/kg de matéria seca Trigo - 500 kg H 2 O/kg de matéria seca
Quando comparado com o milho, o sorgo produz mais sobre estresse hídrico (raiz explora melhor o
perfil do solo), murcha menos e é capaz de se recuperar de murchas prolongadas.
A resistência a seca é uma característica complexa pois envolve simultaneamente aspectos de
morfologia, fisiologia e bioquímica. A literatura cita três mecanismos relacionados a seca: resistência,
tolerância e escape. O sorgo parece apresentar duas características: escape e tolerância. O escape
através de um sistema radicular profundo e ramificado o qual é eficiente na extração de água do solo.
Já a tolerância está relacionada ao nível bioquímico. A planta diminui o metabolismo, murcha (hiberna)
e tem um poder extraordinário de recuperação quando o estresse é interrompido. Um dos fatores que
mais complica a seleção para tolerância a seca num programa de melhoramento de plantas é a falta
de uma característica clara (marcador) para medir o grau no qual o genótipo é considerado tolerante
ou susceptível ao estresse de seca. Medidas fisiológicas tais como: potencial de água na folha e
ajustamento osmótico não correlacionam com diferenças em rendimento sob estresse. Este fato pode
levar, freqüentemente, a uma situação no qual materiais mais susceptíveis, porém com potencial
produtivo maior supere materiais genéticos considerados resistentes, mas com potencial produtivo
mais baixo em condições de estresse hídrico. Para evitar situações semelhantes a esta, a pesquisa
tem concentrado esforços em estudar estresse hídrico durante o enchimento de grãos, e tem sugerido
utilizar a "porcentagem de trilhamento" como melhor característica a ser utilizada em programas de
seleção de genótipos tolerantes a seca. Esta taxa é a relação entre a massa do grão/massa total da
panícula.
Em geral parece haver no sorgo uma correlação grande entre resistência ao calor e a falta de água.
Também parece haver correlação entre resistência a seca e a teores de alumínio no solo. O déficit
hídrico quando acontece no estádio EC1, provoca menos danos a planta do que em EC2. No estádio
EC2 a escassez de água vai resultar na redução das taxas de crescimento da panícula e das folhas e
no número de sementes por panícula. Esses efeitos são devidos provavelmente a uma redução na
área foliar, resistência estomatica aumentada, fotossíntese diminuída e a uma desorganização do
estado hormonal da panícula em diferenciação. Quando a falta de água acontece no EC3, o resultado
é a senescencia rápida das folhas inferiores, com consequente redução no rendimento de grãos.
O sorgo para produzir grãos requer cerca de 25 m de água após o plantio, 250 m durante o
crescimento e 25 a 50 m durante a maturidade.
Luz
Em condições não estressantes, fotossíntese é afetada pela quantidade de luz fotossinteticamente
ativa, proporção desta luz interceptada pela estrutura do dossel e pela distribuição ao longo do dossel.
O efeito do sombreamento no sorgo, com a consequente redução da fotossíntese, tem um efeito
menor quando acontece em EC1 do que quando em EC2 e EC3. Isto pode ser explicado pela maior
atividade metabólica da planta nesses dois estádios. Além da maior atividade, a demanda por
fotoassimilados também é maior, portanto requer da planta uma taxa fotossintética alta para satisfazer
os órgãos reprodutivos em crescimento.
Muito embora o sombreamento vai sempre resultar numa redução de crescimento da cultura, em
proporção direta a redução da radiação, o efeito final no rendimento de grãos pode ser pequeno.
Temperatura do ar
Devido a sua origem tropical o sorgo é um dos cultivos agrícolas mais sensíveis a baixas temperaturas
noturnas. A temperatura ótima para crescimento está por volta de 3 a 34 º C. Acima de 38 º C e abaixo
de 16 º C a produtividade decresce. Baixas temperaturas durante o desenvolvimento vegetativo,(< 10 º
C) causam redução na área foliar, perfilhamento, altura, acumulação de matéria seca e um atraso na
data de floração. Isto é devido a uma redução da síntese de clorofila, especialmente nas folhas que se
formam primeiro na planta jovem com conseqüente redução da fotossíntese.
Os efeitos da temperatura durante EC2 se manifesta no número de grãos por panícula afetando
diretamente o rendimento final de grãos. Temperaturas mais altas geralmente tendem a antecipar a
antese, assim como pode causar aborto floral. O desenvolvimento floral e a fertilização dos grãos pode
ocorrer até com temperaturas de 40 a 43 º C, 15% a 30% de umidade relativa, desde que haja
umidade disponível no solo. Altas e baixas temperaturas estimulam perfilhamento basal.
Quando comparado ao milho, o sorgo é mais tolerante a temperaturas altas e menos tolerante a
temperaturas baixas. A temperatura baixa afeta, o desenvolvimento da panícula principalmente por
seu efeito sobre a esterilidade das espiguetas. A sensibilidade a temperaturas baixas é maior durante
a meiose.
Solos
O cultivo do sorgo, assim como qualquer outra cultura inserida num sistema de rotação e/ou sucessão,
necessita de condições mínimas de solo para que a cultura se estabeleça e se desenvolva
normalmente. Especialmente no caso da safrinha é importante manejar adequadamente o solo para
proporcionar o rápido estabelecimento da segunda safra, uma vez que essa se desenvolverá em
condições menos favoráveis especialmente quanto à umidade disponível no solo. Com este enfoque,
o sistema de plantio direto (SPD) apresenta vantagens comparativas aos métodos tradicionais de
preparo do solo, que envolvem aração e gradagens, devido ao ganho de tempo que se consegue na
implantação da cultura em sucessão, com menor consumo de energia e, a maior infiltração da água
associado a menor perda por evaporação que resulta em maior conservação de umidade.
Cultivares
O sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] é o quinto cereal mais importante no mundo, sendo precedido
pelo trigo, arroz, milho e cevada. É utilizado como principal fonte de alimento em grande parte dos
países da África, Sul da Ásia e América Central e importante componente da alimentação animal nos
Estados Unidos, Austrália e América do Sul. Os grãos, também, podem ser utilizados na produção de
farinha para panificação, amido industrial, alcool e a palhada como forragem ou cobertura de solo.
No Brasil, as zonas de adaptação da cultura se concentram no Sul (região de fronteira) em plantios de
verão, no Brasil Central em sucessão a plantios de verão e no Nordeste em plantios nas condições do
semi-árido com altas temperaturas e precipitação inferior a 600 m anuais. Atualmente, tem sido
verificado grande expansão do cultivo do sorgo, principalmente, em plantios de sucessão em algumas
regiões, com destaque para o Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Região do Triângulo Mineiro, onde se concentram aproximadamente 85% do sorgo granífero plantado
no Brasil.
A planta do sorgo se adapta a uma gama de ambientes, principalmente, sob condições de deficiência
hídrica, desfavoráveis à maioria de outros cereais. Essa característica permite que a cultura seja apta
para se desenvolver e se expandir em regiões de cultivo com distribuição irregular de chuvas e em
sucessão a culturas de verão.
O potencial de rendimento de grãos de sorgo, normalmente, pode ultrapassar as 10t/ha e 7 t/ha,
respectivamente , em condições favoráveis no verão e em plantios de sucessão. Entretanto, as
condições em que predominantemente o sorgo se desenvolve não possibilitam a expressão de todo o
seu potencial uma vez que a produtividade média alcançada nas lavouras está em torno de 2,5t/ha. O
uso de cultivares adaptadas aos sistemas de produção em uso e às condições de ambiente
encontradas nas regiões de plantio, com planejamento e manejo adequado, constituem fatores de
grande importância para a obtenção de rendimentos elevados, para a expansão da cultura, para o
aumento da oferta de grãos e estabilidade de produção.
Dentre as cultivares disponíveis, tem predominado o uso de híbridos simples para plantios em
sucessão, para as condições do Sul e atualmente para o Nordeste. Esses materiais apresentam ampla
adaptabilidade e estabilidade de produção. Na escolha do híbrido principalmente para o plantio em
sucessão, devem ser observadas as seguintes características:
1. tolerância a períodos de deficit hídrico principalmente em pós-florescimento;
2. resistência ao acamamento e ao quebramento;
3. ausência de tanino nos grãos. O uso de cultivares com tanino está restrito ao Rio Grande do Sul;
4. porte entre 1,00m e 1,50m com boa produção de massa residual;
5. ciclo precoce a médio; 6. resistência às doenças predominantes na região de plantio.
A indústria de sementes oferece condições para o atendimento da demanda das várias regiões de
cultivo de sorgo e o plantio da safra de 2007-8 poderá contar com 26 híbridos oriundos de empresas
dos setores público e privado. Essas opções possibilitam ao produtor a escolha de alternativas
adequadas ao sistema de produção a ser adotado. Considerando-se o risco inerente ao sistema de
plantio em sucessão, principalmente, com a ocorrência de doenças e deficiência hídrica, recomenda-
se que o produtor utilize uma combinação de cultivares. Os híbridos expressam a produtividade
máxima na primeira geração, sendo necessária a aquisição de sementes todos os anos. O plantio de
sementes da segunda geração (F2) proporcionará redução na produtividade, dependendo do híbrido,
de 15 a 40% e grande variação entre plantas com efeito negativo na qualidade do produto. As
cultivares de sorgo granífero são aptas para produção de rebrota e o seu aproveitamento, para
produção de grãos, forragem ou cobertura de solo, pode ser viável desde que a temperatura e
umidade do solo sejam favoráveis ao seu desenvolvimento. A produtividade de grãos da rebrota pode
alcançar valores médios de 80% do rendimento obtido na primeira colheita. A intensidade e a
produção da rebrota é proporcional à sanidade das plantas na primeira colheita e do número de
plantas sobreviventes. Assim, as melhores cultivares são aquelas com maior resistência às doenças
foliares e maior capacidade de se manterem verdes (não senescência) após a maturação fisiológica
dos grãos.
Plantio
Sorgo é uma espécie de origem tropical e se adapta, com relativa facilidade, a condições existentes
entre 30º de latitude norte até 30º de latitude sul. Desta forma, cultivares desenvolvidos no Sul e
Sudoeste dos Estados Unidos apresentaram boa adaptação no Brasil no período mais recente da
reintrodução da cultura no país. No entanto, outras características agronômicas como resistência a
doenças, insetos-pragas, resistência à seca, tolerância à acidez do solo, finalidade de uso, têm sido de
grande importância para recomendação de cultivares destinadas aos diferentes sistemas de produção
de sorgo no Brasil. Sorgo adapta-se igualmente a uma gama de tipos de solo. No Brasil a cultura é
plantada desde os solos heteromórficos das regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul, passando pelos
latossolos das regiões do Cerrado, até os solos aluviais dos vales das regiões semi-áridas do
Nordeste. O sorgo é uma cultura 100% mecanizável e em sua exploração podem ser utilizados os
mesmos equipamentos de plantio, cultivo e colheita utilizados para outras culturas de grãos como a
soja, o arroz e o trigo. Por outro lado, a cultura pode ser, também, conduzida manualmente com boa
adaptação a sistemas utilizados por pequenos produtores. Sorgo pode ser plantado por dois
processos básicos: convencional e direto na palha (PD). No processo convencional o solo é arado,
gradeado, desterroado e nivelado, enquanto que no processo de semeadura direta o revolvimento do
solo é localizado apenas na região de deposição de fertilizante e da semente.
A implantação da cultura
Sorgo é uma espécie de origem tropical e, portanto exigente em clima quente para poder expressar
seu potencial. A planta de sorgo não suporta baixas temperaturas e porisso, no Brasil, sorgo é
cultivado em regiões e situações de temperaturas médias superiores a 20º C.
A adaptação de cultivares de sorgo é relativamente boa nos trópicos ou numa amplitude que vai de
30º de latitude norte até 30º de latitude sul. Por causa disso, cultivares desenvolvidos no Sul e
Sudoeste dos Estados Unidos tiveram boa adaptação no Brasil no período mais recente da
reintrodução da cultura no país. No entanto, outras características agronômicas como resistência a
doenças e a patotipos locais, resistência a insetos-pragas, resistência à seca, tolerância à acidez do
solo, finalidade de uso, é que verdadeiramente têm balizado a recomendação de cultivares para os
diferentes sistemas de produção de sorgo no Brasil.
Sorgo adapta-se igualmente a uma gama de tipos de solo. No Brasil a cultura é plantada desde os
solos heteromórficos das regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul, passando pelos latossolos das
regiões do Cerrado, até os solos aluviais dos vales das regiões semi-áridas do Nordeste. As cultivares
comerciais originalmente importadas não tiveram boa adaptação a solos com acidez elevada e
A semeadura
Sorgo pode ser plantado por dois processos básicos: convencional e direto na palha (PD). No
processo convencional o solo é arado, gradeado, desterroado e nivelado, enquanto que no processo
de semeadura direta o revolvimento do solo é localizado apenas na região de deposição de fertilizante
e semente.
Qualquer que seja o processo de semeadura, alguns cuidados devem ter sido tomados com relação à
correção da acidez e do alumínio tóxico, bem como com o controle de plantas daninhas e insetos
praga do solo.
A regulagem do equipamento de plantio A densidade de semeadura conforme o espaçamento
Uma boa semente fiscalizada de sorgo no Brasil deve ter, no mínimo, 75% de poder germinativo
(padrão federal). No entanto, as mais conceituadas marcas já distribuem sementes de sorgo com
padrão mínimo de 80%. Portanto, para uma boa regulagem do equipamento de plantio, o produtor
deve procurar saber qual o padrão de qualidade da semente que está adquirindo e exigir o boletim de
análise do fabricante ou distribuidor. Para iniciar o procedimento de regulagem da plantadeira, além
dessa informação, o produtor deve procurar saber se o fabricante da semente indica um disco pré
perfurado que se adapte à sua semente e ao equipamento de que o produtor dispõe. Caso contrário, o
produtor deve seguir as instruções do fabricante da máquina, que normalmente indica o número de
furos e seu diâmetro para semear sorgo. O produtor deve se basear também nas indicações de
densidade e população de plantas recomendadas para a cultivar que vai ser plantada e que devem ser
fornecidas pelo produtor de semente.
O ciclo de uma planta de sorgo pode ser dividido em três partes: da emergência aos 30 dias; dos 30
dias até inicio do florescimento; e do florescimento até maturação fisiológica. A seguir uma sucinta
descrição dos fatos mais importantes do ciclo de vida da planta e as recomendações básicas de
manejo da lavoura.
A maturação fisiológica
Próximo da idade de 90 dias após emergência a planta está fisiologicamente madura, mas não está
pronta para colher sem secagem artificial.
No período que antecede o ponto de maturação fisiológica ocorre uma rápida translocação de
nutrientes acumulados no colmo e folhas para os grãos. Quando a planta está mal nutrida e/ou é
submetida a um estresse de umidade, pode ocorrer um acamamento severo e a produtividade ficar
comprometida. No caso de estabelecimento da cultura em épocas ou situações que sejam de alto
risco para deficiência hídrica no ponto de maturação fisiológica, a recomendação é trabalhar com uma
população de plantas final que seja de 15 a 20 % inferior à recomendada para situações normais. É a
situação comumente encontrada no sistema de produção de sucessão de culturas do Brasil Central. O
ponto de maturação fisiológica pode ser facilmente visualizado pelo produtor: é só observar a
formação de uma camada preta no ponto de inserção do grão na gluma ou palha que o envolve. O
aparecimento da camada preta nos grãos de sorgo se dá da ponta para a base da panícula,
acompanhando a marcha da maturação que é no mesmo sentido. Na maturação fisiológica o grão de
sorgo estará com 25 até 40% de umidade, mas se o produtor dispuser de condições para a secagem
artificial, a colheita poderá ser feita. Após atingir a maturação fisiológica não há mais acumulação de
matéria seca no grão; como conseqüência disso, a irrigação suplementar pode ser suprimida, em caso
de lavoura irrigada.
A colheita
O ponto ideal para colheita depende do tipo e da finalidade de uso da cultivar de sorgo.
Para a colheita de grãos o ponto ideal está entre 17 e 14 % de umidade com secagem artificial. Sem
recursos para secagem artificial, a colheita só poderá ser feita quando a umidade cair para 12 a 13 %.
O produtor de sorgo granífero deve se lembrar que após a colheita a umidade dos grãos sobe sempre
1 a 1,5 pontos percentuais em relação à umidade da amostra sem detritos verdes.Para ensilagem o
ponto ideal é quando a planta inteira atinge pelo menos 30% de matéria seca. Na prática o produtor
poderá se basear no ponto de formação da camada preta ou ponto de maturação fisiológica.Para corte
verde o ponto ideal é quando a planta atinge o estádio de emborrachamento ou a idade de 50 a 5 dias
pós-semeadura.Para pastejo e fenação o ponto ideal está entre 0,80 a 1,0 de altura, ou a idade de 30
a 40 dias pós-semeadura ou inicio da rebrota.Para cobertura morta a planta deverá ter mais ou menos
1,5m de altura.
Semeadura
No plantio do sorgo, um importante aspecto é a regulagem da densidade de plantio, onde a densidade
ótima que promoverá o rendimento máximo da lavoura, varia basicamente, com a cultivar, e com a
disponibilidade de água e nutrientes. A recomendação de densidade de sorgo granífero pode variar de
140 a 170 mil plantas por hectare na colheita. Associado a densidade de plantio está o espaçamento
entre fileiras. No Brasil esse espaçamento é muito variável, indo de 50 a 90 cm, mas verifica-se uma
tendência de se utilizar cada vez mais os espaçamentos reduzidos pelas seguintes razões: aumento
no rendimento de grãos, por propiciar uma distribuição melhor de plantas na área, aumentando a
eficiência na utilização de luz solar, água e nutrientes; melhor controle de plantas daninhas, em função
do mais rápido fechamento dos espaços disponíveis; e redução da erosão, pela cobertura antecipada
da superfície do solo. O objetivo seria utilizar o mesmo espaçamento para o milho e a soja, evitando
ajustes adicionais na semeadora.
A ocorrência de densidade de plantio aquém da desejada é comum em plantio direto onde as
condições de solo e da semeadora não são favoráveis. Onde há excesso de palha, palhada mal
distribuída, microrelevo irregular, normalmente associados a solo com maior teor de umidade do que o
adequado, pode haver uma redução na densidade de plantio, além de causar emergência desuniforme
e atraso no desenvolvimento inicial. Estes problemas podem ser agravados para cultura do sorgo, se a
qualidade da semeadora não for boa. Além disso, MANTOVANI et al. (1992) avaliaram nove
semeadoras com sementes de milho e concluíram que, de maneira geral, a distribuição longitudinal de
sementes era irregular e fora dos limites aceitáveis, tendendo a se tornar mais irregular, à medida que
a velocidade de semeadura aumentava. No caso do sorgo, este problema é menor, em razão da
compensação de estande por perfilhamento, onde se pode obter um rendimento de produção próximo
ao de uma cultura com estande adequado. Por causa deste problema e outros causados por inseto,
seca, doenças, etc, sugere-se, aumentar, na regulagem da semeadora, a quantidade de sementes de
5 a 10% comparado com o plantio convencional. Também é importante manter a velocidade de
semeadura dentro dos limites recomendados de 4 a 6 km/h. Várias marcas e modelos de semeadoras-
adubadoras, são disponíveis hoje no mercado brasileiro que basicamente utilizam os seguintes
sistemas de distribuição de sementes:
Pratos ou discos: utiliza discos rotativos perfurados, que devem ser trocados conforme as dimensões
das sementes e a quantidade a ser distribuída no solo, além de exigirem regulagem na rotação
conforme a velocidade de deslocamento da máquina, permitindo ao agricultor uma regulagem de
acordo com o estande desejado;
Dedinhos: caracteriza-se por um disco onde se fixam uma série de pequenas chapas curvas,
pivotadas, que, sob o efeito de molas, ao mergulhar dentro do leito de sementes, fecham -se,
prendendo uma única semente, elevando-a até a cavidade de distribuição. É mais utilizado para
sementes graúdas. Este tipo de semeadora também deve ser regulado a exemplo dos outros
sistemas.
Pneumático. opera também com discos dosadores perfurados rotativos, nos quais as sementes
aderem a cada furo devido ao vácuo criado por uma corrente de ar que os atravessa, causando a
sucção de um ventilador, sendo as sementes liberadas, quando o vácuo é neutralizado por um
obturador, e captadas por tubos distribuidores. Como nos outros sistemas, para cada tipo de semente,
deve-se dispor de um disco dosador e fazer uma regulagem de velocidade adequada.
O tratamento de sementes de sorgo com inseticidas, utilizado para combater pragas de solo durante o
plantio, altera a rugosidade da superfície delas, pelo aumento do ângulo de repouso, afetando o
desempenho da semeadora, pela dificuldade de movimentação no depósito e também nos sistemas
distribuidores (discos ou dedos prensores). Uma maneira de contornar este problema de escoamento
pode ser o uso de uma substância inerte lubrificante, como o grafite, que diminua tanto o coeficiente
de atrito entre as sementes como destas com a parede do reservatório. De acordo com Mantovani et
all(1999) a dose de grafite indicada para uso no depósito é de no mínimo , 4 g/kg de sementes.
O sorgo pode ser plantado por dois processos básicos: convencional e direto na palha (PD). No
processo convencional o solo é arado, gradeado, desterroado e nivelado, enquanto que no processo
de semeadura direta o revolvimento do solo é localizado apenas na região de deposição de fertilizante
e semente.
Qualquer que seja o processo de semeadura, alguns cuidados devem ter sido tomados com relação à
correção da acidez e do alumínio tóxico, bem como com o controle de plantas daninhas e insetos
praga do solo.
Plantas daninhas
As plantas daninhas têm grande importância na produção agrícola devido ao alto grau de interferência
(ação conjunta da competição e da alelopatia) imposta as culturas. Ao contrário dos ataques de pragas
e doenças, ocasionados normalmente por uma ou poucas espécies, a infestação de plantas daninhas
é representada por muitas espécies, emergindo em épocas diferentes, dificultando sobremaneira o seu
controle. Um dos principais problemas na cultura do sorgo tem sido o controle de plantas daninhas.
Silva et al. (1986) verificaram que não havendo o controle das plantas daninhas nas quatro primeiras
semanas após a emergência do sorgo, pode ocorrer uma redução na produção de grãos da ordem de
35%. Em caso de não se empregar nenhum método de controle esta redução pode chegar a
aproximadamente 71%.
O manejo integrado de plantas daninhas na cultura do sorgo deve ser empregado para racionalizar o
uso dos recursos de produção, aproveitar os benefícios das plantas daninhas, evitar ao máximo danos
ao ambiente e permitir à cultura obter a sua máxima produção. Os principais métodos de controle de
plantas daninhas na cultura do sorgo são:
Método Preventivo
O controle preventivo tem como objetivo evitar a introdução ou disseminação de plantas daninhas na
área de produção. A introdução de novas espécies geralmente ocorrem através de sementes
contaminadas, máquinas agrícolas e animais. O uso de sementes de qualidade e boa procedência
livres de sementes de plantas daninhas, a limpeza de máquinas e equipamentos agrícolas antes de
movimenta-los de um campo para outro e a interrupção do ciclo reprodutivo das invasoras presentes
em cercas, pátios, estradas, terraços, canais de irrigação ou em qualquer outro lugar da propriedade
são técnicas recomendadas para evitar a disseminação das plantas daninhas (Gazziero et al., 1989).
Baixas infestações de plantas daninhas permite um manejo mais fácil e mais eficiente possibilitando
que a cultura do sorgo um melhor crescimento e desenvolvimento.
Método Cultiral
O método cultural deve ser utilizado como uma técnica de manejo importante, pois em relação às
demais possui baixo custo e faz parte naturalmente dos sistemas de produção. O método cultural visa
aumentar a capacidade competitiva das plantas de sorgo em relação as plantas daninhas. Para isso
podem ser empregados espaçamento mais reduzido entre as fileiras de plantio, maior densidade de
semeadura, época adequada de plantio, uso de variedades adaptadas as regiões de cultivo, uso de
coberturas mortas, adubações adequadas.
Método Mecânico
Capina Manual
É um método amplamente utilizado em pequenas propriedades; utiliza duas a três capinas com
enxada durante os primeiros 40 a 50 dias da lavoura. A partir daí,o crescimento do sorgo contribuirá
para a redução das condições favoráveis à germinação e ao crescimento/desenvolvimento das plantas
daninhas. A capina deve ser realizada com o solo seco, preferencialmente em dias quentes. Cuidados
devem ser tomados para evitar danos às plantas, principalmente às suas raízes. Esse método de
controle demanda grande quantidade de mão-de-obra, visto que a produtividade dessa operação é de
aproximadamente 8 dias.homem por hectare.
Capina Mecânica
O uso de cultivadores (tracionados por animal ou trator) ainda são equipamentos utilizados no controle
de plantas daninhas na cultura do sorgo. O cultivo mecânico apresenta a desvantagem de causar
injúrias ao sistema radicular e de não eliminar as plantas daninhas na fileira de plantio. O cultivo
mecânico é incompatível também com o sistema de plantio direto, ficando restrito aos plantios no
sistema convencional de aração e gradagem. Em relação a capina manual tem a grande vantagem de
maior rendimento operacional, de 0,5 a 1 dia.homem por ha, no caso de tração animal, e de 1 a 2
homem por ha, com trator.
Controle Químico
O método de controle químico consiste na utilização de produtos herbicidas registrados no Ministério
da Agricultura para o controle das plantas daninhas. Em alguns casos as Secretarias Estaduais de
Agricultura podem baixar portarias proibindo o uso de determinados produtos. Ao se pensar em
controle químico em sorgo, várias considerações devem ser feitas, sendo necessário conhecer a
seletividade do herbicida para a cultura, a sua eficiência no controle das principais espécies daninhas
presentes na área cultivada e o efeito residual no solo para evitar problemas de fitotoxicidade nas
culturas utilizadas em sucessão ou em rotação. O uso de herbicidas, por ser uma operação de maior
custo inicial, é indicado para lavouras médias e grandes com alto nível tecnológico, onde a expectativa
é de uma alta produtividade. A aplicação de herbicidas representa uma solução viável para o controle
de plantas daninhas, no período em que elas mais competem com o sorgo. O seu uso está vinculado
aos cuidados normais recomendados nos rótulos pelos fabricantes e à assistência de um técnico
responsável. Embora seja o método de controle que mais vem crescendo ultimamente, o controle
químico, se utilizado indiscriminamente, pode vir a causar problemas de contaminação ambiental e
seleção de plantas daninhas resistentes a herbicidas. Cuidados adicionais devem ser tomados com o
descarte de embalagens, armazenamento, manuseio e aplicação dos herbicidas.
Efeito Residual
De acordo com a estrutura química e das condições edafoclimáticas, os herbicidas podem ser
totalmente degradados ou podem deixar resíduos no solo que podem prejudicar o crescimento e
desenvolvimento das culturas em suscessão como é o caso da cultura do sorgo para as dinitroanilinas
(pendimethalin e trifluralin) ou imidazolinonas (imazaquin e imazethapyr). Resíduos de trifluralin
acumulados ao longo de várias aplicações podem reduzir o sistema radicular do sorgo e,
conseqüentemente, a sua produtividade. Se atrazine for usado como herbicida na cultura do sorgo,
deve-se atentar para a posssibilidade de injúrias na cultura de soja em sucessão.
QUESTÕES
1-Além do principal produtor, o Rio Grande do Sul é o maior processador de arroz do Brasil. As três formas
mais conhecidas de processamento de arroz são para a produção de arroz integral, arroz parboilizado e
arroz polido ou branco. A lista a seguir apresenta a sequência e parte das etapas do processamento do
arroz parboilizado.
2-A técnica de plantio direto para o cultivo de grãos no Brasil passou a ser empregada nos estados do Sul
do país, nos anos 70. Já nas décadas de 80 e 90, experimentou uma grande expansão para as áreas do
Sudeste e Centro-Oeste. Essa técnica tem sido utilizada, muitas vezes, de forma incorreta. Existem, porém,
pilares técnicos nos quais ela se apoia para que sejam obtidos todos os benefícios advindos de sua
aplicação.
A opção na qual esses pilares estão considerados na sua totalidade é:
a)plantio sem revolvimento do solo, rotação de culturas e manutenção do solo com cobertura viva ou
morta, durante todo o ano;
b)revolvimento do solo a cada 3 (três) anos para incorporar a matéria orgânica e uso de monocultura;
c)deixar o solo arado e gradeado no período de pousio (entre uma lavoura e outra) e utilizar enxada
rotativa para desagregar o solo antes da semeadura;
d)plantio fazendo um revolvimento superficial com enxada rotativa para incorporar a palhada do cultivo
anterior deixada sobre o solo e uso sequencial de uma mesma espécie a ser cultivada;
e)queimar os restos de cultura depositados anteriormente para promover mais rápida mineralização da
matéria orgânica e revolver o solo a cada 2 (dois) anos para incorporar adubos e calcário.
3-Em que momento as plantas de milho definem o Potencial Teórico Produtivo?
a)Estádio V8.
b)Estádio V12.
c)Período compreendido entre os estádios V 3 e V6.
d)Estádio V6.
4-A chamada linha do leite (milk line) é observada em qual estádio reprodutivo do milho?
a)R2
b)R3
c)R4
d)R5
6-Se a deficiência de nutrientes visual estiver na parte superior da soja, quais dos seguintes nutrientes são
os prováveis responsáveis?
a)Mg e P.
b)B e Ca.
c)N e Ca.
d)B e Mg.
7-Em relação à evolução do manejo do solo cultivado em áreas de grandes culturas anuais, analise as
assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) O plantio direto, desde o estabelecimento dos primeiros imigrantes europeus, foi um manejo
preponderante nas lavouras de trigo, milho e soja no Sul do Brasil.
( ) A grande conversão das áreas sob preparo convencional e cultivo mínimo para plantio direto no Sul do
Brasil ocorreu na década de 90.
( ) A redução das perdas de solo é um dos principais benefícios imediatos da adoção do plantio direto, com
o mínimo revolvimento.
( ) Com a adoção do plantio direto, a médio e longo prazos, houve aumento significativo nos teores de
Carbono Orgânico (CO) na camada superficial. Esse aumento de CO é importante, pois contribui para o
aumento da CTC do solo, juntamente com os minerais 2:1, que também são abundantes na camada
superficial de Latossolos e Argissolos do PR, SC e RS.
8-A operação de pós-colheita é uma etapa importante no processo de produção. Caso seja feita de
maneira inadequada, acarreta perda elevada de grãos, o que compromete a cadeia produtiva.
Com relação à secagem de grãos e sementes de arroz, julgue os itens seguintes.
Nos sistemas de secagem que utilizem ar não aquecido, o fluxo de ar deve ser superdimensionado em
relação ao fluxo de ar usado em silos secadores que utilizam ar quente, para evitar que a lentidão do
processo proporcione a deterioração do grão de arroz durante a própria operação; já naqueles que
empregam ar aquecido, os danos e os choques térmicos devem ser evitados, pois o arroz é
termicamente sensível.
Certo
Errado
9-A fitotecnia congrega as práticas utilizadas no empreendimento agrícola com os objetivos de maximizar
a relação custo-benefício e diminuir o impacto ambiental.
Considerando esse assunto e as diferentes técnicas agronômicas disponíveis atualmente, julgue os itens
de 07 a 16.
O milho Bt é um milho transgênico resistente a insetos sugadores.
Certo
Errado
10-Os híbridos de milho modernos, apesar de serem mais prolíficos, são menos tolerantes a altas
densidades de plantio.
Certo
Errado
11-As doenças provocam severos danos às plantas de arroz, diminuindo a produtividade dos grãos.
17-Apesar do grande potencial apresentado pela maioria das regiões brasileiras para a produção de
grãos e sementes, e da importância econômica, social e alimentar das culturas graníferas
nacionais, os grãos e sementes produzidos no Brasil ainda apresentam problemas de qualidade que
podem dificultar a comercialização. Assim sendo, é grande o prejuízo anual que a
economia das nações em desenvolvimento possuem em conseqüência das perdas pós-colheita. A
respeito da tecnologia pós-colheita de grãos e sementes de feijão, julgue os itens de 112
a 116.A colheita antecipada, seguida da secagem, é benéfica para a qualidade da semente do feijão,
podendo ser utilizada a secagem tanto por meio da energia solar como por estufa. Para não haver perda
da viabilidade das sementes, os tempos de secagem pela exposição à luz solar ou pelo uso da estufa
não devem ultrapassar 2 dias e 24 horas, respectivamente.
Certo
Errado
18-Na região nordeste do Brasil, qual a melhor época para o plantio do milho não irrigado?
a)No início do período chuvoso, a partir do mês de setembro.
b)Entre a metade da estação chuvosa e o início da estação seca, a partir do mês de outubro.
c)Na primavera, a partir do mês de outubro.
d)No outono, a partir do mês de outubro até o mês de fevereiro.
e)No início do período chuvoso, período que se estende entre os meses de abril a maio.
19-Em relação à classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e resíduos de valor econômico,
julgue os itens que se seguem, de acordo com o Decreto n.º 6.268/2007 e com a Lei n.º 9.972/2000.
O padrão oficial de classificação do feijão definido pelo Regulamento Técnico do Feijão de acordo com a
Instrução Normativa n.º 12, de 28/3/2008, do MAPA, discrimina que o feijão é classificado nos grupos I ou
II, segundo a espécie a que pertença, bem como em quatro distintas classes conforme a coloração do
tegumento e, de acordo com os percentuais de tolerância de defeitos previsto classificados em três tipos,
podendo ainda ser enquadrado como "fora de tipo" ou "desclassificado".
Certo
Errado
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12:
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19:
PASTAGENS
Até a década de setenta, a pecuária utilizava predominantemente pastagens de capim -gordura (Melinis
minutiflora), colonião e guiné (Panicum maximum), jaraguá (Hyparrhenia rufa) e angola (Brachiaria
mutica). Na década de setenta, teve início o ciclo das braquiárias, destacando-se a B. decumbens, a B.
ruziziensis e a B. humidicula, especialmente nas regiões do Cerrado e na região amazônica. Sua
implantação nas áreas do Cerrado proporcionou aumentos de 5 a 10 vezes na taxa de lotação,
comparadas às pastagens anteriormente existente.
A partir da década de 80, outras forrageiras foram introduzidas nas regiões do Cerrado e na Amazônia,
destacando-se, por sua grande expansão, a Brachiaria brizantha, cultivar Marandu, forrageira resistente
à cigarrinha das pastagens e, em menor escala, o capim andropogon (Andropogon gayanus), cultivar
Planaltina e Baeti.
Mesmo com a introdução de novas gramíneas, as pastagens brasileiras estão aquém de suas reais
potencialidades. A capacidade de suporte das pastagens é bastante variável em função do solo, clima,
estação do ano, espécie ou cultivar da forrageira e do manejo aplicado. O desempenho animal
necessário ou desejado e o sistema de produção adotado têm também efeito marcante sobre a
capacidade de suporte da pastagem.
Em efeito, a degradação das pastagens é um dos maiores problemas da pecuária brasileira e tem
influência direta na sustentabilidade do sistema produtivo. Considerando a fase de recria e engorda de
bovinos, a produtividade de carne de uma pastagem degradada está em torno de 2 arrobas/ha/ano,
enquanto em uma pastagem em bom estado ela pode atingir, em média, 16 arrobas/ha/ano.
Os diferentes métodos de manejo dos bovinos nas pastagens podem ser agrupados em três sistemas:
contínuo, rotacionado e diferido. As opiniões sobre qual é o melhor sistema de utilização são muitas e
divergentes, principalmente com relação às alternativas de pastejo contínuo e rotacionado. Diversos
estudos têm mostrado efeito significativo da pressão de pastejo sobre o desempenho animal,
independentemente do sistema de pastejo utilizado. Um elemento comum nesses experimentos tem
sido a interação entre a taxa de lotação e o sistema de pastejo. Com taxas de lotação de leve a
moderada, o desempenho animal em pastejo contínuo pode ser igual ou maior do que o obtido em
pastejo rotacionado. Por outro lado, o pastejo em manejo rotacionado favorece o desempenho animal
por área e não individual, em pastagens onde são utilizadas taxas de lotação mais altas. Como
exemplo, podemos citar a produtividade de B. brizantha cv. Marandu que, quando sob pastejo em
manejo rotacionado e adubação nitrogenada, foi 50% maior do que aquela obtida em sistema de
pastejo contínuo sem aplicação de nitrogênio. Da mesma forma, acréscimos de 75% e 100% foram
observados em pastagens de P. maximum cv. Tanzânia submetidas a pastejo de animais em rotação
e adubação nitrogenada de 50 kg e 100 kg de nitrogênio/hectare/ano em relação às pastagens da cv.
Tanzânia, em pastejo contínuo e sem o uso de fertilização nitrogenada.
A título de ilustração, o ganho de peso por área em sistemas de pastejo com manejo rotacionado e
adubado pode chegar de 620 a 820 kg/ha/ano em forrageiras do gênero Panicum sp., com rotação de
7 períodos de 35 dias, sendo maiores do que os ganhos observados em áreas de pastejo contínuo,
que variaram de 140 a 450 kg/ha/ano (ver tabela).
Ao comparar a URT com a média de cada fazenda, observa-se maior lotação e produção de arrobas,
resultado da adubação de manutenção das pastagens (34 kg de potássio e 110 kg de nitrogênio por
hectare) e do rodízio dos animais nos piquetes (oito piquetes por módulo de URT). O mínimo de
lotação e produção na URT de 2,43 UA/ha e 17,67 arrobas/ha/ano foram superiores à média da região
de Alta Floresta-MT, que é de 1,12 UA/ha e 4,7 arrobas/ha/ano. Enfim, o valor máximo encontrado de
3,10 UA/ha e 27,34 arrobas/ha/ano para o primeiro ano de implantação e monitoramento demonstra a
capacidade da tecnologia de manejo intensivo de pastagens no aumento da produtividade.
Irrigação de Pastagens
A irrigação de pastagens é uma estratégia que pode proporcionar crescimento da forragem quando há
limitação por déficit hídrico e quando as condições de solo, temperatura (máxima e mínima),
luminosidade (qualidade e quantidade), nível de adubação e correção estiverem adequadas. A
espécie forrageira a ser implantada deve ter alta resposta de crescimento (produção) quando
adubada, boa capacidade de rebrota e bom valor nutritivo e de consumo, além de alta produção por
área durante o ano. As espécies mais utilizadas são Panicum sp. (Tanzânia e Mombaça), Brachiaria
sp. (Marandú e Xaraés), Cynodon sp. (Tifton e Coast cross) e Pennisetum sp. (Elefante). Todas essas
espécies possuem vantagens e desvantagens associadas e devem ser escolhidas em função do
tamanho da área a ser formada, tipo de solo, nível de adubação, localidade geográfica (latitude),
produtividade e custo de implantação.
O potencial de produção animal em pastagens irrigadas pode ser bem maior do o obtido de fazendas
médias, extensivas melhoradas e intensivas (ver tabela). Cabe ressaltar, porém, que o uso de
irrigação vai se tonar cada vez mais problemático diante de um cenário de mudanças climáticas e com
crises hídricas mais frequentes.
QUESTÕES
1-ANULADA
2-A taxa de lotação das pastagens é uma medida muito importante e deve ser sempre considerada no
manejo das pastagens.
Taxa de lotação é:
a)o plantio de forrageiras de elevada produtividade e o manejo correto da pastagem;
b)o número de unidades animais por hectare;
c)a calagem, aração, gradagem, o plantio de forrageiras de elevada produtividade e o manejo correto
da pastagem;
d)o número de vacas por hectare;
e)o número de garrotes por hectare.
3-Na avaliação de imóveis rurais, as terras são classificadas quanto ao seu estágio de exploração
atual.Dessa forma, ao se atribuir “valor da terra nua", considera-se o valor da gleba de terra
a)com benfeitorias
b)com floresta plantada
c)apenas com pastagem
d)sem produção vegetal ou vegetação natural
e)não trabalhada, com ou sem vegetação natural
a)precário.
b)péssimo.
c)regular
d)ótimo
e)bom.
5-As terras impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo servir apenas como abrigo
da fauna silvestre, como ambiente para recreação ou para fins de armazenamento de água são
denominadas terras de classe:
a)III
b)VIII
c)IV
d)V
6-As terras cultiváveis apenas em casos especiais com algumas culturas permanentes e adaptadas
emgeral para pastagemou reflorestamento, semnecessidade de práticas especiais de conservação
são denominadas terras de classe:
a)V
b)IV
c)III
d)II
9-Considerando conceitos e normas técnicas relativos à avaliação de imóveis rurais, julgue o item que
se segue.
Na pecuária, o cálculo do valor das pastagens feitas deve ser realizado com base no tempo de formação
da pastagem.
Certo
Errado
10-Segundo Lespch (2002), as práticas conservacionistas permitem o cultivo do solo sem depauperá-
lo, permitindo um equilíbrio entre o homem e o meio ambiente.
De acordo com esse autor, as práticas conservacionistas de caráter edáfico baseiam-se em medidas,
como o (a)
11-Para se implementar o sistema de pastejo com Lotação rotacionado, é preciso dividir a área da
pastagem em piquetes. O número de piquetes necessários irá depender do período de descanso e do
período de ocupação de cada piquete. Considerando uma situação em que o período de descanso é
de 30 dias, e o período de ocupação é de dois dias, o número de piquetes necessários são
a)14.
b)15.
c)16.
d) 30.
e)31.
12-Na classificação do solo segundo sua capacidade de uso, a descrição “terras cultiváveis apenas
em casos especiais com algumas culturas permanentes e adaptadas em geral para pastagem e
reflorestamento, com problemas mais simples de conservação, mas onde ocorrem, com forte
expressão, um ou mais fatores limitantes do uso agrícola” corresponde ao solo:
a)classe III
b)classe IV
c)classe V
d)classe VI
e)classe VII
13-O Pastejo Rotativo com Parcelas Fixas é um método de pastejo bastante difundido e caracteriza-se
pela divisão da área de pastagem em parcelas menores ou “piquetes” fixos. Nesses piquetes, os animais
entram quando há um volume de forragem significativo e são posteriormente retirados quando a
quantidade de forragem atinge um limite inferior.
15-O sistema da capacidade de uso das terras baseia-se nas possibilidades e nas limitações à utilização
das mesmas.
Analise as afirmativas abaixo:
I- Os grupos de capacidade de uso baseiam-se no grau de limitação de uso.
II- O grupo B é impróprio para cultivo intensivo, adaptado à pastagem e ao reflorestamento.
III- O grupo A é apropriado apenas para a proteção da flora e da fauna silvestre, recreação ou
armazenamento de água.
IV- As classes de capacidade de uso são em número de oito, designadas por algarismos romanos.
São corretas apenas as afirmativas
a)I e II.
b)I e III.
c)II e III.
d)II e IV.
e)I, II e IV
16-Algumas práticas culturais, como o consórcio de gramíneas com leguminosas, constituem maneiras
efetivas de uso racional do solo. Em relação às práticas culturais e de manejo em explorações
pecuárias, julgue o item seguinte.
O consórcio de Brachiaria brizantha, cv. Marandu, com leguminosas herbáceas ou de porte baixo,
dificulta a manutenção da pastagem consorciada, razão pela qual se recomenda a utilização, nos pastos,
de bancos de proteínas de leguminosas herbáceas ou do consórcio de leguminosas arbustivas.
Certo
Errado
a)A aptidão agrícola de determinado tipo de solo independe dos níveis de manejo, visto que a aptidão
está diretamente relacionada aos atributos físicos, químicos e microbiológicos do solo.
b)Solos com drenagem deficiente, como Planossolos e Gleissolos, possuem aptidão agrícola para a
cultura do arroz irrigado e da soja, desde que adotadas técnicas de drenagem para mitigar o excesso
hídrico, e também para o cultivo de macieras.
c)A aptidão agrícola leva em consideração os tipos de utilização e pode ser classificada em boa,
regular, restrita e inapta.
d)A aptidão agrícola considera os tipos de utilização de lavoura, pastagem cultivada, silvicultura,
pastagem natural, mata natural e mineração.
e)As terras classificadas como inaptas para os diversos tipos de utilização considerados no setor
primário da economia são indicadas para a preservação de flora e fauna, recreação ou implantação de
lavouras com culturas anuais, desde que adotadas práticas de manejo conservacionistas.
18-Na produção animal, o manejo de pastagens pode ser caracterizado como o controle das relações
do sistema solo – planta – animal, o que permite a definição de diferentes sistemas de pastejo, cada
um com características próprias de concepção e planejamento, a partir de variáveis dependentes e
independentes.
Considerando a adoção do Sistema de Manejo Rotacionado, tendo como variáveis independentes 12
vacas e 1 touro, 30 dias de período de descanso de cada piquete, 15 dias de período de pastejo de
cada piquete, 1 UA = 450 Kg de PV, 1 vaca 400 Kg de PV, 1 touro 600Kg de PV, taxa de lotação 1,5
UA/há e com adubação só na formação, as variáveis dependentes número de piquetes, área total de
pastagem e área de cada piquete serão, respectivamente:
a)2 piquetes, 8 há e 4,0 há;
b)3 piquetes, 8 há e 2,67 há;
c)3 piquetes, 9 há e 3,0 há;
d)4 piquetes, 8 há e 2,0 há;
e)4 piquetes, 10 há e 2,5 há.
19-A Mata Atlântica é um dos 25 hotspots do mundo, abrigando um dos mais altos graus de riqueza de
espécies e taxas de endemismo do planeta, encontrando-se em estado de extrema degradação. No
Nordeste brasileiro, boa parte deste bioma, compreendido pelos estados de Alagoas, Rio Grande do
Norte, Pernambuco e Paraíba, vem sendo destruído pela ocupação da cana-de-açúcar, bem como
pela expansão da pastagem. Como estratégia para conter ações degradativas, tem -se criado unidades
de conservação, aliando-se a isso a execução de uma boa gestão dessas áreas protegidas. A esse
respeito, dadas as seguintes afirmativas,
são incorretas
a)I e II.
b)I e III.
c)II e III.
d)II e IV.
e)III e IV.
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