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Definição:
Uma antiderivada da função f é uma função F tal que
F ′ x = fx
em todo ponto onde fx é definida.
Teorema:
Se F ′ x = fx em todo ponto do intervalo aberto I, então
toda antiderivada G , de f em I, tem a forma
Gx = Fx + C
onde C é uma constante.
Assim, uma única função tem muitas antiderivadas. O conjunto de todas as antiderivadas da função F ′ x é chamada
integral indefinida (ou antidiferencial) de f com relação a x e denotada por ∫ fxdx.
∫ fxdx = Fx + C
1
A integração e a diferenciação são operações inversas uma da outra. Este fato nos permite obter fórmulas de integração
diretamente das fórmulas de diferenciação.
FÓRMULAS:
∫ x n dx = 1
n+1
x n+1 + C (se n ≠ −1) ∫ sin xdx = − cos x + C ∫ tan udu = ln|sec u| + C
∫ dx = x + C ∫ sec 2 xdx = tan x + C ∫ cot udu = ln|sin u| + C
∫ e x dx = e x + C ∫ csc 2 xdx = − cot x + C ∫ sec udu = ln|sec u + tan u| + C
∫ 1x dx = ln x + C ∫ sec x tan xdx = sec x + C ∫ csc udu = ln|csc u − cot u| + C
∫ cos xdx = sin x + C ∫ csc x cot xdx = − csc x + C
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS:
sin 2 x + cos 2 x = 1
1 + tan 2 x = sec 2 x
1 + cot 2 x = csc 2 x
sec x = cos 1
x
csc x = 1
sin x
sin x
tan x = cos x
cot x = cos x
sin x
LISTA DE EXERCÍCIOS 1:
13 ∫ x + 1
3 dx 14 ∫3 sin t − 2 cos tdt 15 ∫5 cos x − 4 sin xdx
3 x
16 ∫ sin2x dx 17 ∫ cos2x dx 18 ∫4 csc x cot x + 2 sec 2 xdx
cos x sin x
3tgθ − 4 cos 2 θ
19 ∫3 csc 2 t − 5 sec t tan tdt 20 ∫2 cot 2 θ − 3 tan 2 θdθ 21 ∫ dθ
cos θ
2
Respostas:
1) − 2x12 + C 22u 5/2 + C 33x 2/3 + C
4 95 t 10/3 + C 5x 4 + 1
3
x3 + C 6 13 y 6 − 3
4
y4 + C
1 3
73t − t 2 + 3
t +C 8 85 x 5 + x 4 − 2x 3 − 2x 2 + 5x + C 9 25 x 5/2 + 2
3
x 3/2 + C
10 25 x 5/2 − 1 2
2
x +C 11 − 1
x2
− 3
x + 5x + C 12 25 x 5/2 + 8
3
x 3/2 − 8x 1/2 + C
13 34 x 4/3 + 3
2
x 2/3 + C 14 − 3 cos t − 2 sin t + C 155 sin x + 4 cos x + C
16 sec x + C 17 − csc x + C 18 − 4 csc x + 2 tan x + C
19 − 3 cot t − 5 sec t + C 20 − 2 cot θ − 3 tan θ + θ + C 213 sec θ − 4 sin θ + C
Seja a função y = fgx com y = fu e u = gx funções diferenciáveis. Para calcular y ′ devemos utilizar a Regra da
Cadeia e obteremos:
y ′ = d fgx = f ′ gx. g ′ x = f ′ u. u ′
dx
3
Exemplo: Derive a função composta y = x 2 + 3 : Seja u = x 2 + 3 . Então y = u 3 . Utilizando a Regra da
Cadeia, obtemos:
y ′ = 3u 2 . u ′ = 3u 2 . x 2 + 3 ′ = 3. x 2 + 3 2 . 2x
Teorema:
Sejam f e g duas funções tais que f ∘ g e g ′ são contínuas em um intervalo I.
Se F é uma antiderivada de f em I, então:
∫ fgxg ′ xdx = Fgx + C
3
Ex. 6: Calcule ∫ tdt Resp.: 2
3 t + 3 − 6 t + 3 + C
t+3
3
LISTA DE EXERCÍCIOS 2:
Calcule a integral de:
1) ∫ 3 3x − 4 dx 13) ∫ csc 2 2θdθ 25) ∫ x 3 dx
1 − 2x 2
2) ∫ 5r + 1 dr 14) ∫ r 2 sec 2 r 3 dr 26) ∫ sec x tan x cossec xdx
3) ∫ 3x 4 − x 2 dx 15) ∫ 4 sin xdx 27) ∫ dx
1 + cos x 2 3 − 2x
4) ∫ x2x 2 + 1 dx
6
16) ∫ 1t − 1 dt2 28) ∫ 3x dx
t x2 + 4
2
5) ∫ xdx
3
17) ∫ sin 2x 2 − cos 2x dx 29) ∫ 3x3
dx
x 2 + 1 5x − 1
6) ∫ sds 18) ∫ sin 3 θ cos θdθ 30) ∫ cos t dt
3s 2 + 1 1 + 2 sin t
1 cos 14 x
7) ∫ x 4 3x 5 − 5 dx 19) ∫ 2
dx 31) ∫cot 5x + csc 5xdx
sin 14 x
sec 2 3 t
32) ∫ 2 − 3 sin 2x dx
4
8) ∫x 2 + 1 xdx . 20) ∫ dt
t cos 2x
3
9) ∫ x 3 2 − x 2 12 dx 21) ∫ xx 2 + 1 4 − 2x 2 − x 4 dx 33) ∫ 22x dx
x −4
10) ∫x 3 + 3 1/4 x 5 dx 22) ∫ 3 + s s + 1 ds 2
34) ∫ dx
x ln x
2
11) ∫ sin 13 xdx 23) ∫2t 2 + 1 1/3 t 3 dt 35) ∫ ln x3x dx
3/2
12) ∫ 12 t cos 4t 2 dt 24) ∫ t + 1 t 2 − 1 dt 36) ∫ 2t + 3 dt
t t2 t+1
Respostas
4 3/2 1/2
1 1 1 1
1) 4
3 3x − 4 +C 13) − 2
cot 2θ + C 25) 12 1 − 2x 2 − 4 1 − 2x 2
3
2 1
2) 15 5r + 1 +C 14) 3
tan r 3 + C 26) sinsec x + C
3
3) − 4 − x 2 +C 15) 4 +C 27) - 12 ln|3 − 2x| + C
1 + cos x
3/2
16) − 23 1 − 1
1 7
4) 28 2x 2 + 1 + C +C 28) 32 lnx 2 + 4 + C
t
5) − 1 +C 17) 13 2 − cos 2x 3/2 + C 29) 15 ln|5x 3 − 1| + C
4x 2 + 1 2
6) 13 3s 2 + 1 + C 18) 14 sin 4 θ + C 30) 12 ln|1 + 2 sin t| + C
3 1
2 1
7) 45 3x 5 − 5 +C 19) 4 sin 2 4
x+C 31) 15 ln1 − cos 5x + C
1 5
8) 10 x 2 + 1 + C 20) 23 tan 3 t + C 32) ln1 + sin 2x + 1
2
ln|cos 2x|
13 14
2 − x 2 2 − x 2 1
3
9) − + +C 21) − 4 − 2x 2 − x 4 +C 33) x 2 + 4 ln|x 2 − 4| + C
13 28 6
7 5 3
+ 3 9/4 −
4 4 5/4
10) 27 x 3 5
x 3 + 3 + C 22) 27 3 + s − 8
5
3 + s + 8
3
3 + s 34) ln|ln x| + C
7/3 4/3
11) − 3 cos 13 x + C 3
23) 56 2t 2 + 1 − 3
32 2t 2 + 1 + C 35) 13 ln 3 3x + C
5/2
1
12) 16 sin 4t 2 + C 24) 25 t+ 1 +C 36) 2t + ln|t + 1| + C
t
4
Somatório:
Trabalhamos no capítulo anterior com o conceito de integral indefinida ou antidiferencial. A partir deste momento
trabalharemos com um novo problema: Como encontrar a área de uma região no plano. Essas duas noções estão
relacionadas pelo Teorema Fundamental do Cálculo.
O cálculo da área de uma região envolve a notação de somatório, que é uma forma abreviada de escrever somas de
muitos termos. Esta notação utiliza a letra grega maiúscula sigma ∑ .
Definição;
A soma de n temos a 1 , a 2 , . . . , a n é denotada por
n
∑ a i = a 1 + a 2 +. . . +a n
i=1
onde i é o índice do somatório, a i é o i-ésimo termo da soma e n e 1 são, respectivamente, os limites superior e
inferior do somatório.
Exemplos:
4
1) ∑ i = 1 + 2 + 3 + 4
i=1
5
2) ∑ j 2 = 2 2 + 3 2 + 4 2 + 5 2
j=2
n
3) ∑ fx i Δx = fx 1 Δx + fx 2 Δx +. . . +fx n Δx
i=1
Observações:
1) Os limites superior e inferior do somatório tem que ser constantes.
2) O limite inferior não precisa ser 1. Pode ser qualquer valor inteiro menor ou igual ao limite superior.
3) Qualquer variável ( i, j ou k) pode ser usada como índice do somatório.
5
Exemplo: Calcule a área abaixo da função y = x 2 de x = 0 à x = 1.
2 2 2
R4 = 14 ⋅ ( 14 ) + 14 ⋅ ( 12 ) + 14 ⋅ ( 34 ) + 14 ⋅12
= 15
32
= 0.46875
Observação: Quanto menor escolhermos a largura Δx , melhor será a aproximação da área sob a curva. Quando Δx → 0,
o número de termos n da somatória de aproximação S n aumenta. De fato, quando Δx → 0 , n → ∞ e a somatória S n se
aproxima da área exata A sob a curva. Este processo pode ser simbolizado por:
lim S = A.
n→∞ n
No exemplo anterior,
2 2 2 2
11 1 2 1 3 1n
Rn = + + + ... +
n n n n nn nn
1 1
= ⋅ 2 (12 + 2 2 + 32 + ... + n 2 )
n n
1
= 3 (12 + 2 2 + 32 + ... + n 2 ) lim R n = lim
( n + 1)(2 n + 1)
n n→∞ n →∞ 6n2
1 n + 1 2n + 1
n(n + 1)(2n + 1) = lim
n →∞ 6
12 + 22 + 32 + ... + n 2 = n n
6 1 1 1
= lim 1 + 2 +
n →∞ 6 n n
1 n(n + 1)(2n + 1) 1
Rn = ⋅ = ⋅1 ⋅ 2
n3 6 6
( n + 1)(2n + 1) 1
= =
6n 2 3
A Integral Definida:
A área definida acima é chamada a integral de f no intervalo a, b, a qual é indicada com o símbolo
b
∫ a fxdx
6
Por definição:
n
b
∫ a fxdx = lim
n→∞
∑ ft i Δx.
i=1
Quando este limite existe, dizemos que a função f é integrável no intervalo a, b.
Nota: Toda função contínua num intervalo fechado é integrável nesse intervalo.
A integral no intervalo a, b é lida como ” integral de a até b” e esses números a e b são chamados os limites de
integração (inferior e superior, respectivamente), a função f é chamada integrando. O símbolo ∫ de integral é devido a
Leibniz, uma antiga grafia da letra S de soma, usado para lembrar que estamos trabalhando com o limite de uma
seqüência de somas (soma de Riemann).
Observação:
Dada uma função f :
Observe que quando fx > 0 o retângulo está ”acima” do eixo x e quando fx < 0 o retângulo está ”abaixo” do eixo
x. A soma de Riemann é a soma das áreas, considerando os sinais dos retângulos, isto é, se o retângulo está para cima do
eixo x a soma das áreas é ”positiva” e se o retângulo está para baixo do eixo x, a soma das áreas é ”negativa”. Isto sugere
b
que a ∫ fxdx será a soma das áreas dos retângulos acima do eixo x , mais a soma das áreas dos retângulos abaixo do
a
eixo x (A acima + A abaixo ).
1
Por exemplo, fx = 2x. ∫ −2 fxdx = −3 , pois a soma das áreas dos retângulos que estão abaixo do eixo x é −4 e a
soma das áreas dos retângulos que estão acima do eixo x é 1. Portanto, A acima + A abaixo = −4 + 1 = −3. Note que
1
∫ −2 fxdx não representa a área da região limitada pela curva, pelo eixo x e pelas retas x = −2 e x = 1. Para que a integral
represente a área, a função f deverá verificar as seguintes condições:
Aí sim, a área da região limitada pelo gráfico da função f, o eixo dos x e as retas verticais x = a e x = b é dada por
b
Área=∫ fxdx
a
Atenção:
b
1) Quando fx < 0, a Área = − ∫ fxdx.
a
2) É importante notar que, a integral definida é um número e a integral indefinida é uma família de funções.
Exercício:
3
Calcule ∫ x − 1dx e construa os gráficos das funções envolvidas:
0
7
3
∫ 0
( x − 1) dx = A1 − A2 = 21 (2 ⋅ 2) − 12 (1 ⋅ 1) = 1.5
Integrais Particulares:
a
∫ a fxdx = 0 , para f definida em x = a.
b a
∫ a fxdx = − ∫ b fxdx , para f integrável em a, b.
x
Exemplo 2: Ache a derivada da função Fx = ∫ t 2 − 2tdt.
0
Parte 2:
Seja f contínua no intervalo fechado a, b e F uma função tal que F ′ x = fx
para todo x ∈ a, b. Então,
b
∫ a fxdx = Fx ba = Fb − Fa
2
Ex. 1: Calcule ∫ x 3 dx. Resposta: 15
4
1
6
Ex. 2: Calcule ∫ x 2 − 2xdx. Resposta:36
3
8
LISTA DE EXERCÍCIOS 3:
Calcule a integral de:
2 2
1) ∫ x +2 1 dx
π/2 5
R.: 3/2 5) ∫ sin 2xdx R.: 1 9) ∫ |x − 3|dx R.: 29/2
1 x 0 −2
1 2 3
2) ∫ z
3
dz R.: 3/16 6) ∫ t 2 t 3 + 1 dt R.: 2/927 − 2 2 10) ∫ x + 2 x + 1 dx R.: 256/15
0 2 1 0
z + 1
y 2 + 2y 1 3
R.: 2 − 3 2 11) ∫ x + 1 dx
10 1
3) ∫ 5x − 1 dx R.: 134/3 7) ∫ dy R.: 5/6
1 0 3 3 0 x+1
y + 3y 2 + 4
0 15 1
4) ∫ 3w 4 − w2 dw R.: -8 8) ∫ wdw
3/4
R.: 104/5 12) ∫ sin πx cos πxdx R.: 0
−2 0 1 + w 0
Respostas
Seja uma região num plano xy , limitada em cima pela função y = fx , embaixo pela curva y = gx e que se estenda
desde x = a até x = b . Se as integrais de fx e gx de x = a até x = b existem então a área da região é
b
A = ∫ fx − gxdx
a
9
Ex. 1: Calcule a área limitada pelas parábolas y = e x e y = x e pelas reta verticais x = 0 e x = 1.
1 1
A = ∫ ( e x − x ) dx = e x − 12 x 2
0 0
1
= e − − 1 = e − 1.5
2
1 1
A = ∫ ( 2 x − 2 x 2 ) dx = 2∫ ( x − x 2 ) dx
0 0
2 3 1
x x 1 1 1
= 2 − = 2 − =
2 3 0 2 3 3
Ex. 3: Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções y = senx e y = cos x de x = 0 até x = π .
2
π 2
A= ∫ cos x − sin x dx = A1 + A2
0
π 4 π 2
=∫ ( cos x − sin x ) dx + ∫π 4 ( sin x − cos x ) dx
0
π 4 π 2
= [ sin x + cos x ]0 + [ − cos x − sin x]π 4
1 1 1 1
= + − 0 − 1 + −0 − 1 + +
2 2 2 2
= 2 2 −2
Ex. 4: Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções y = x 2 e y = x de x = 0 até x = 1 :
Resposta: 13 u.a.
Ex. 5: Calcule a área limitada pelas parábolas y = x 2 e y = −x 2 e pela reta vertical x = 2 :
Resposta: 16
3
u.a.
Ex. 6: Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções y + x 2 = 6 e y + 2x − 3 = 0 de x = −1 até x = 3 :
Resposta: 32
3
u.a.
10
Seja uma região limitada à direita pela curva x = My e à esquerda pela curva x = Ny de y = c embaixo até y = d em
cima. A área da região é
d d
A = ∫ My − Nydy ou A = ∫ x r − x l dy
c c
Ex. 1: Trace a região limitada pela parábola y 2 = 2x + 6 e pela reta x = y − 1 , calcule a área:
4
A= ∫ ( xR − xL ) dy
−2
4
= ∫ ( y + 1) − ( 12 y 2 − 3) dy
−2
4
=∫ (− 1
2 y 2 + y + 4) dy
−2
4
1 y3 y 2
= − + + 4 y
2 3 2 −2
= − 16 (64) + 8 + 16 − ( 43 + 2 − 8 ) = 18
Ex. 2: Trace a região limitada pela parábola x = y 2 e pelas retas x = y − 1 , y = −1 e y = 1 , calcule a área:
Resposta: 83 u.a.
Ex. 3: Trace a região limitada pela parábola x = −y 2 e pelas retas x − y = 4 , y = −1 e y = 2 , calcule a área:
Resposta: 33
2
u.a.
LISTA DE EXERCÍCIOS 4:
1) Ache a área da região limitada por:
a) y = x 2 − 2x + 3, eixo x, x = −2 e x = 1. R.: 15
b) y = 6 − x − x 2 , eixo x. R.: 125/6
c) y = x 2 − 6x + 5, eixo x. R.: 32/3
d) y = x 2 , y = 18 − x 2 . R.: 72
e) x = 4 − y 2 , x = 4 − 4y. R.: 32/3
f) x = y 2 − y, x = y − y 2 . R.: 1/3
2) A área da região limitada pelos gráficos de y = x 3 e y = x não pode ser calculada utilizando-se apenas a integral
1
∫ −1 x 3 − xdx. Explique por quê. Em seguida use um argumento de simetria para escrever uma só integral que represente
a área em questão.
3) Utilize integração para calcular a área do triângulo cujos vértices são 0, 0, 4, 0 e 4, 4. R.: 8.
4) Ache, por integração, a área do triângulo tendo vértices 3, 4, 2, 0 e 0, 1. R.:9/2
5) Determine a área da região limitada pelos gráficos das equações y = e x e y = x , x = 0 e x = 1. Resposta: 1,05 u.a.
6) Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções y = x e x + y = 4 de x = 0 até x = 2 :
Resposta: 4 u.a.
7) Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções x = y 2 e x = 2y de x = 0 até x = 4 :
Resposta: 43 u.a.
11
8) Trace a região limitada pela parábola x = 4Y − y 2 e pelas retas x = 0 e y = 0 , calcule a área:
Resposta: 323
u.a.
9) Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções x = y 2 e x = 2y de y = 0 até y = 2 :
Resposta: 43 u.a.
10) Ache a área da região delimitada pelos gráficos das funções x = y 2 e x − y = 2 de y = −1 até y = 2 :
Resposta: 92 u.a.
11) Calcule as áreas das regiões abaixo.
a) Limitada pela reta y = −3x + 2, pelo eixo x e pelas retas x = −5 e x = −1. R.: 44
b) Limitada pela curva y = 4 − x 2 , pelo eixo x e pelas retas x = 1 e x = 2. R.: 5/3
c) Limitada pela curva y = 12 − x − x 2 , pelo eixo x e pelas retas x = −3 e x = 2. R.: 305/6
d) Limitada pela curva y = x 3 − 4, pelo eixo x e pelas retas x = −2 e x = −1. R.: 31/4
Suponhamos que a parte superior de uma região R seja uma função y = fx e a parte inferior, a reta y = L, de x = a até
x = b. Então, o sólido gerado pela rotação da região R em torno da reta y = L tem volume:
b b
V = ∫ Axdx = ∫ πfx − L 2 dx
a a
Ex. 1: Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela função y = x , girando em torno da reta y = 0 para x = 0 até
x=1:
1
V = ∫ A( x) dx
0
1
= ∫ π xdx
0
1
x2 π
=π =
2 0 2
Ex. 2: Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela função y = x 3 , girando em torno do eixo y = 0 para y = 0 até
y=8
8
V = ∫ A( y ) dy
0
8
= ∫ π y 2 3 dy
0
8
96π
= π 35 y 3 =
5
0 5
12
Ex. 3: Calcule o volume do sólido de revolução gerado pela função y = x 3 , girando em torno da reta y = −1 para x = −1
até x = 1 :
Resposta: 167
π u.v.
Ex. 4: A região delimitada pelo eixo x, pelo gráfico da função y = x 2 + 1 e pelas retas x = −1 e x = 1 gira em torno do
eixo x. Determine o volume do sólido resultante:
Resposta: 5615
π u.v.
Ex. 5: A região delimitada pelo eixo y e pelos gráficos de y = x 3 , y = 1 e y = 8 gira em torno do eixo y. Determine o
volume do sólido resultante:
Resposta: 935
π u.v.
Suponhamos que a parte de cima de uma região R seja y = fx e a parte de baixo seja y = gx de x = a até x = b, então
o volume do sólido gerado pela rotação da região R em torno da reta horizontal y = L é
b b
V = ∫ Axdx = ∫ πRx 2 − rx 2 dx
a a
onde Rx é o raio exterior da seção em x e rx é o raio interior da seção em x.
Ex. 6: A região delimitada pelos gráficos de y = x 2 e y = x e pelas retas verticais x = 0 e x = 1, gira em torno do eixo x.
Determine o volume do sólido resultante:
1
V = ∫ A( x ) dx
0
1
= ∫ π ( x 2 − x 4 ) dx
0
1
x3 x 5
=π −
3 5 0
2π
=
15
Ex. 7: A região delimitada pelos gráficos de y = x 2 e y = x e pelas retas verticais x = 0 e x = 1, gira em torno do eixo
y = 2. Determine o volume do sólido resultante:
1
V = ∫ A( x) dx
0
1 2
= π ∫ ( 2 − x 2 ) − (2 − x)2 dx
0
1
= π ∫ ( x 4 − 5 x 2 + 4 x ) dx
0
1
x5 x3 x 2 8π
=π −5 +4 =
5 3 2 0 5
Ex. 8: A região delimitada pelos gráficos de y = x 2 e y = x e pelas retas verticais x = 0 e x = 1, gira em torno do eixo
x = −1. Determine o volume do sólido resultante:
13
1
V = ∫ A( y)dy
0
= π ∫ 1+ y − (1 + y ) dy
1 2 2
0
( )
1
(
= π ∫ 2 y − y − y 2 dy
0
)
1
4 y 32 y 2 y 3 π
=π − − =
3 2 3
0
2
Ex. 9: Dado o triângulo delimitado pelas retas y = 14 x + 3 e y = − 14 x + 3 de x = 0 até x = 4. Calcule o volume do sólido
gerado pela rotação deste triângulo em torno do eixo horizontal y = 1. Resposta: 16π u.v.
Ex. 10: A região delimitada pelos gráficos de x 2 = y − 2 e 2y − x − 2 = 0 e pelas retas verticais x = 0 e x = 1, gira em
torno do eixo x. Determine o volume do sólido resultante:
Resposta: 79
20
π u.v.
LISTA DE EXERCÍCIOS 5:
1) Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da região delimitada pelos gráficos de x 2 = y − 2 e 2y − x − 2 = 0 e
pelas retas verticais x = 0 e x = 1, girando em torno da reta y = 3.
Resposta: 5120
π u.v
1
2) A região do primeiro quadrante delimitada pelos gráficos de y = 8
x 3 e y = 2x, gira em torno do eixo y. Determine o
volume do sólido resultante:
Resposta: 512
15
π u.v.
3) A região delimitada pelos gráficos de x = y 2 e 2y − x = 0 , gira em torno do eixo y. Determine o volume do sólido
resultante:
Resposta: 6415
π u.v.
4) A região delimitada pelos gráficos de y 2 = x e y − x = −2 , gira em torno do eixo y. Determine o volume do sólido
resultante: Resposta: 72
5
π u.v.
5) A região delimitada pelos gráficos de x = y e y + x = 4 , gira em torno do eixo x. Determine o volume do sólido
resultante:
Resposta: 16π u.v.
6) Estabeleça uma integral que permita achar o volume do sólido gerado pela revolução da função x + 2y = 4 no primeiro
quadrante, girando em torno da reta:
a) y = −2 Resp.: 64 3
π u.v.
248
b) y = 5 Resp.: 3 π u.v.
c) x = 7 Resp.: 136
3
π u.v.
128
d) x = −4 Resp.: 3 π u.v.
14
Comprimento de arco
n Pi −1 Pi = ( xi − xi−1 ) 2 + ( yi − yi −1 ) 2
L = lim ∑ Pi −1Pi
n →∞
i =1 = (∆ x)2 + (∆ yi )2
f ( xi ) − f ( xi −1 ) = f '( xi * )( xi − xi −1 ) ∆ yi = f '( xi * )∆ x
2 2
L = lim ∑ Pi −1 Pi
Pi −1Pi = (∆x ) + (∆yi ) n →∞
i =1
n
2
= lim ∑ 1 + f '( xi* ) ∆x
2
= ( ∆x ) + f '( xi* )∆x
2
n→∞
i =1
2
= 1 + f '( xi )
*
( ∆x ) 2
2 b 2
= 1 + f '( xi* ) ∆x (since ∆ x > 0) ∫a
1 + [ f '( x ) ] dx
y = x3 2 10
L = 49 ∫ u du
13 4
dy 3 1 2 10
= x = 94 ⋅ 23 u 3 2
dx 2 13 4
= 8 103 2 − ( 13 )3 2
2
27 4
4 dy 4
L∫ 1 + dx = ∫ 1 + 94 x dx
1
dx 1 = 1
27 (80 10 − 13 13 )
15
2
2 1 1 1 s( x) = ∫
x 2
1 + [ f '(t ) ] dt
1 + [ f '( x ) ] = 1 + 2 x − = 1 + 4 x 2 − +
8x 2 64 x 2 1
x 1
1 1 = ∫ 2t − dt
= 4 x2 + + 1
8t
2 64 x 2
x
1
2 = t 2 + 18 ln t ]1
= 2x +
8x = x 2 + 18 ln x − 1
Para a curva, de (1, 1) até (3, f(3)) temos:
s (3) = 32 + 18 ln 3 − 1
ln 3
=8+
8
≈ 8.1373
∫ u dv = uv − ∫ v du
16
Exemplo 1. Encontre ∫ xsenxdx
dv v v
}u 6
47 48 }u 6 474 8 6474 8} du
OBSERVAÇÃO
Em geral, ao decidir sobre uma escolha para u e dv, geralmente tentamos escolher u como uma função que se torna mais
simples quando derivada. ou ao menos não mais complicada. Contanto que dv possa ser prontamente integrada para
fornecer v.
∫ t e dt = t e − 2 ∫ tet dt
2 t 2 t
u = t 2 dv = et dt du = 2t dt v = et
⇒ ⇒
A integral que obtivemos , ∫ te dt, É mais simples que a integral original, mas ainda não é óbvia. Portanto, usamos
t
∫ te dt = te − ∫ e dt − te
t t t t
− et + C
Substituindo na equação original, temos
∫ t e dt = t e − 2∫ tet dt
2 t 2 t
= t 2et − 2(tet − et + C )
= t 2et − 2tet − 2et + C1
onde C1 = −2C.
Exemplo 4: Calcule ∫ e x senxdx.
Tentamos escolher u = e x e dv = sinx. Então du = e x dx e v = − cos x.
17
∫e sin x dx = −e x cos x + ∫ e x cos x dx
x
Mas ∫ e x cos xdx não é mais simples que a integral original. Tentamos integrar novamente. Desta vez usaremos u = e x e
dv = cos xdx, então, du = e x dx e v = −senx, e
− ∫ e x sin x dx
Somando ∫ e x senxdx, nos dois lados da equação obtemos:
INTEGRAIS DEFINIDAS
∫ a udv = uv|ba − ∫ a vdu
b b
LISTA DE EXERCÍCIOS 6:
1)∫ xe x dx . Resp.: xe x − e x + C
2x
2) ∫ xe 2x dx R.: e 2x − 1 + C
4
3) ∫ xe x dx
2 1 2
R.: 2
ex + C
5) ∫ x 3 e x dx R.: e x x 3 − 3x 2 + 6x − 6 + C
3 3
6) ∫ x 2 ln xdx . Resp.: x ln x − x + C
3 9
4
7) ∫ x 3 ln xdx R.: x 4 ln x − 1 + C
16
ln x 2 ln x 3
9) ∫ x dx R.: +C
3
18
11 Resolva os exercícios numero 3 ao 30 da seção 7.1 página 476 do livro texto.
Calcule as integrais Respostas dos exercícios ímpares
= ∫ (1 − sin 2 x) cos x dx
= ∫ (1 − u 2 )du = u − 13 u 3 + C
= sin x − 13 sin 3 x + C
Exemplo 2: Calcule ∫ sen 5 x cos 2 xdx
Poderíamos converter cos 2 x para 1 − sen 2 x. Mas ficaríamos com uma expressão em termos de senx sem um fator extra
cos x. Em vez disso, separamos um único fator de seno e reescrevemos o fator sin 4 x restante em termos de cos x. Então,
temos:
= ∫ (1 − cos 2
x) 2 cos 2 x sin x dx = ∫ (1 − u 2 ) 2 u 2 ( −du )
u3 u5 u7
= − ∫ (u 2 − 2u 4 + u 6 )du = − − 2 + + C
3 5 7
= − 13 cos3 x + 52 cos5 x − 71 cos7 x + C
Nos exemplos anteriores, uma potência ímpar de seno ou cosseno nos permitiu separar um único fator e converter a
potência par remanescente. Se um integrando contém potências pares tanto para seno como para cosseno, essa estratégia
falha.Nesse caso, podemos aproveitar as identidades dos ângulos-metade. sen 2 x = 12 1 − cos 2x e
2 1
cos x = 2 1 + cos 2x.
π
Exemplo 3: Calcule ∫ sen 2 xdx.
0
Se escrevermos sin 2 x = 1 − cos 2 x, a integral não é mais simples de calcular. Usando a fórmula do ângulo-metade para
sin 2 x, temos:
π π
∫0
sin 2 x dx = 1
2 ∫0
(1 − cos 2 x ) dx
π
= [ 12 ( x − 21 sin 2 x ) ]0
= 12 (π − 12 sin 2π ) − 12 (0 − 12 sin 0)
= 12 π
Observe que mentalmente fizemos a substituição u = 2x quando integramos cos2x .
Exemplo 4. Calcule ∫ sen 4 xdx
∫ sin x dx = ∫ (sin 2 x )2 dx
4
2
1 − cos 2 x
= ∫ dx
2
∫ (1 − 2 cos 2 x + cos
2
= 1
4 2 x ) dx
usando:
cos 2 2 x = 12 (1 + cos 4 x )
∫ sin ∫ [1 − 2 cos 2 x +
4
x dx = 1
4
1
2
(1 + cos 4 x) ] dx
= 1
4 ∫ ( − 2 cos 2 x +
3
2
1
2
cos 4 x ) dx
= 1
4 ( 32 x − sin 2 x + 81 sin 4 x ) + C
Podemos usar uma estratégia semelhante para avaliar integrais da forma ∫tan m xsec n xdx. Caso n seja par, como
d
dx
tanx = sec 2 x, podemos separar um fator sec 2 x. Em seguida, converter o restante usando a identidade
sec 2 x = 1 + tan 2 x e usar u = tan x.
20
∫ tan x sec 4 x dx = ∫ tan 6 x sec 2 x sec 2 x dx
6
= ∫ u 6 (1 + u 2 ) du = ∫ (u 6 + u 8 ) du
u7 u9
= + +C
7 9
= 7 tan x + 19 tan 9 x + C
1 7
21
LISTA DE EXERCÍCIOS 7:
Resolva as integrais número 1 ao 18 da página 484.
Respostas ímpares
22
7.4 Integração de Funções Racionais por Frações Parciais
Nesta seção mostraremos como integrar qualquer função racional (um quocientede polinômios) expressando-a como
uma soma de frações mais simples, chama das frações parciais, que já sabemos como integrar. Para ilustrar o método,
observe que, levando as frações 2/x − 1 e 1/x − 2 a um denominador comum, obtemos:
2 1 2( x + 2) − ( x − 1)
= =
x −1 x + 2 ( x − 1)( x + 2)
x+5
= 2
x + x−2
Se revertermos o procedimento, veremos como integrar a função no lado direito dessa equação:
x+5 2 1
∫x 2
+ x−2
dx = ∫ −
x −1 x + 2
dx
= 2 ln | x − 1| − ln | x + 2 | + C
Para ver como esse método de frações parciais funciona em geral, consideramos a função racional
P ( x)
f ( x) =
Q ( x) onde P e Q são polinômios.
É possível expressar f como uma soma de frações mais simples, desde que o grau de P seja menor que o graude Q.
Essa função racional é denominada própria.
Se f e impropria, isto e, grauP ≥ grauQ, entao devemos fazer uma etapa preliminar dividindo P por Q (pordivisaode
polinomios). Até o resto Rx ser obtido, com grauR < grauQ. O resultado da divisão é
P( x) R( x)
f ( x) = = S ( x) +
Q ( x) Q ( x ) onde S e R são polinômios também.
x3 + x
Exemplo 1. Encontre
∫ x − 1 dx
Como o grau do numerador é maior que o grau do denominador, primeiro devemos fazer a divisão. Isso nos permite
escrever:
x3 + x 2 2
∫ x − 1 dx = ∫ x + x + 2 + x − 1 dx
x3 x 2
= + + 2 x + 2 ln | x − 1| + C
3 2
A próxima etapa é fatorar o denominador Qx o máximo possível. É possível demonstrar que qualquer polinômio Q pode
ser fatorado como um produtode fatores lineares (da forma ax + b) e fatores quadráticos irredutíveis (da forma
ax 2 + bx + c, onde b 2 − 4ac < 0). Por exemplo, se Qx = x 4 − 16, poderíamosfatorá-lo como:
Q ( x) = ( x 2 − 4)( x 2 + 4)
= ( x − 2)( x + 2)( x 2 + 4)
A terceira etapa é expressar a função racional própria Rx/Qx como uma soma de frações parciais da forma: A
ax + b i
ou Ax + B .
ax 2 + bx + c j
23
Um teorema na álgebra garante que é sempre possível fazer isso. Explicamos os detalhes para os quatro casos que
ocorrem.
CASO 1
O denominador Q(x) é um produto de fatores lineares distintos. Isso significa que podemos escrever.
Qx = a 1 x + b 1 a 2 x + b 2 . . . . a k x + b k onde nenhum fator é repetido (e nenhum fator é múltiplo constante do outro).
Nesse caso o teorema das frações parciais afirma que existem constantes A1, A2, . . . , Ak talque:
R( x) A1 A2 Ak
= + + ⋅⋅⋅ +
Q ( x) a1 x + b1 a2 x + b2 ak x + bk
Essas constantes podem ser determinadas como no exemplo seguinte.
Exemplo 2. Calcule
x2 + 2x −1
∫ 2 x 3 + 3x 2 − 2 x dx
Como o grau do numerador é menor que o grau do denominador, não precisamos dividir. Fatoramos o denominador
como:
2x 3 + 3x 2 − 2x = x2x 2 + 3x − 2 = 2xx − 1/2x + 2 = x2x − 1x + 2
Como o denominador tem três fatores lineares distintos.
A decomposição em frações parciais do integrando tem a forma:
x2 + 2x − 1 A B C
= + +
x (2 x − 1)( x + 2) x 2 x − 1 x + 2
Para determinar os valores de A, B e C multiplicamos ambos os lados dessa equação pelo produto dos denominadores,
x2x1x + 2, obtendo:
x 2 + 2x + 1 = A2x − 1x + 2 + Bxx + 2 + Cx2x − 1
Expandindo o lado direito da Equação e escrevendo-a na forma-padrão para os polinômios, temos:
x 2 + 2x + 1 = 2A + B + 2Cx 2 + 3A + 2BC − 2A
Isso resulta no seguinte sistema de equações para A, B e C:
1
2A + B + 2C = 1 A= 2
3A + 2BC = 2 B = 1/5
3A + 2BC = 2 C = 1/10
E assim,
x2 + 2x −1
∫ 2 x3 + 3x 2 − 2 x dx
1 1 1 1 1 1
= ∫ + − dx
2 x 5 2 x − 1 10 x + 2
= 12 ln | x | + 101 ln | 2 x − 1| − 101 | x + 2 | + K
CASO 2
Qx é um produtode fatores lineares, e alguns dos fatores são repetidos. Suponha que o primeiro fator linear a 1 x + b 1
seja repetido r vezes. Isto é, a 1 x + b 1 r ocorre na fatoração de Qx. Então, em vez de um único termo A 1 /a 1 x + b 1 ,
usaríamos.
A1 A2 Ar
+ 2
+ ⋅⋅⋅ +
a1 x + b1 (a1 x + b1 ) (a1 x + b1 ) r
Para ilustrar, poderíamos escrever.
24
x3 − x + 1 A B C D E
2 3
= + 2+ + +
x ( x − 1) x x x − 1 ( x − 1) ( x − 1)3
2
Exemplo 4. Encontre
x4 − 2x2 + 4 x + 1
∫ x3 − x 2 − x + 1 dx
A primeira etapa é dividir. O resultado da divisão de polinômios é:
x4 − 2 x2 + 4 x + 1
x3 − x 2 − x + 1
4x
= x +1+ 3
x − x2 − x + 1
A segunda etapa é fatorar o denominador
Qx = x 3 − x 2 − x + 1.
Como Q1 = 0, sabemos que x − 1 é um fator e obtemos:
x 3 − x 2 − x + 1 = ( x − 1)( x 2 − 1)
= ( x − 1)( x − 1)( x + 1)
= ( x − 1) 2 ( x + 1)
Como o fatorl inear x − 1 ocorre duas vezes, a decomposição em frações parciais é:
4x A B C
2
= + 2
+
( x − 1) ( x + 1) x − 1 ( x − 1) x +1
Multiplicando pelo mínimo denominador comum, x − 1 2 x + 1, temos:
4 x = A( x − 1)( x + 1) + B ( x + 1) + C ( x − 1) 2
= ( A + C ) x 2 + ( B − 2C ) x + ( − A + B + C )
Agora igualamos os coeficientes:
A+C = 0
B − 2C = 4
−A+ B + C = 0
Resolvendo, obtemos:
A = 1, B = 2, C = -1.
Assim
25
x4 − 2 x 2 + 4 x + 1
∫ x3 − x 2 − x + 1 dx
1 2 1
= ∫ x +1+ + − dx
x − 1 ( x − 1) 2
x + 1
x2 2
= + x + ln | x − 1| − − ln | x + 1| + K
2 x −1
x2 2 x −1
= + x− + ln +K
2 x −1 x +1
CASO 3
Qx contém fatores quadráticos irredutíveis, nenhum dos quais se repete. Se Qx tem o fator ax 2 + bx + c, onde
b 2 − 4ac < 0, então, além das frações parciais, a expressão para Rx/Qx terá um termo daforma
Ax + B
ax 2 + bx + c
em que A e B são as constantes a serem determinadas.
Exemplo 5. Calcule
2x2 − x + 4
∫ x3 + 4 x dx
Como x 3 + 4x = xx 2 + 4 não pode ser mais fatorado, escrevemos:
2 x 2 − x + 4 A Bx + C
= + 2
x ( x 2 + 4) x x +4
Multiplicando por xx 2 + 4, temos:
2 x 2 − x + 4 = A( x 2 + 4) + ( Bx + C ) x
= ( A + B ) x 2 + Cx + 4 A
Igualando os coeficientes, obtemos:
A + B = 2, C = 1, 4A = 4. Então, A = 1, B = 1, e C = 1. Logo
2 x2 − x + 4 1 x −1
∫ x3 + 4 x dx = ∫ x + x 2 + 4 dx
Para integrar o segundo termo, o dividimos em duas partes:
x −1 x 1
∫ x 2 + 4 ∫ x 2 + 4 ∫ x 2 + 4 dx
dx = dx −
26
2x2 − x + 4
∫ x( x 2 + 4) dx
1 x 1
= ∫ dx + ∫ 2 dx − ∫ 2 dx
x x +4 x +4
= ln | x | + 12 ln( x 2 + 4) − 12 tan −1 ( x / 2) + K
CASO 4
Qx contém fatores quadráticos irredutíveis repetidos. Se Qx tem um fator ax 2 + bx + c r onde b 2 − 4ac < 0.
Então, em vez de uma única fração parcial, a soma
A1 x + B1 A2 x + B2 Ar x + Br
+ + ⋅⋅⋅ +
ax 2 + bx + c ( ax 2 + bx + c) 2 ( ax 2 + bx + c )r
ocorre na decomposição em frações parciais de Rx/Qx.
Cada um dos termos pode ser integrado primeiro completando o quadrado.
Exemplo 6. Calcule
1 − x + 2 x 2 − x3
∫ x( x 2 + 1)2 dx
A forma da decomposição em frações parciais é:
1 − x + 2 x 2 − x 3 A Bx + C Dx + E
= + 2 +
x ( x 2 + 1) 2 x x + 1 ( x 2 + 1) 2
Multiplicando por xx 2 + 1 2 , temos:
− x3 + 2 x 2 − x + 1 A+ B = 0
C = −1
= A( x 2 + 1) 2 + ( Bx + C ) x( x 2 + 1) + ( Dx + E ) x
2A + B + D = 2
= A( x 4 + 2 x 2 + 1) + B ( x 4 + x 2 ) + C ( x3 + x) + Dx 2 + Ex
C + E = −1
= ( A + B ) x 4 + Cx 3 + (2 A + B + D ) x 2 + (C + E ) x + A A =1
Que tem a solução A = 1, B = −1, C = −1, D = 1, E = 0.Então,
1 − x + 2 x2 − x3
∫ x( x 2 + 1)2 dx
1 x +1 x
= ∫ − 2 + 2 2
dx
x x + 1 ( x + 1)
dx x dx x dx
= ∫ −∫ 2 dx − ∫ 2 +∫ 2
x x +1 x +1 ( x + 1)2
1
= ln | x | − 12 ln( x 2 + 1) − tan −1 x − +K
2( x + 1) 2
2
27
O algoritmo de Briot-Ruffini
O algoritmo de Briot-Rufini é um dispositivo prático para efetuar a divisão de um polinômio f de grau n ≥ 1 por um
polinômio do tipo x − u. Para facilitar representamos f e o quociente q na forma
fx = a 0 x n + a 1 x n−1 + a 2 x n−2 +. . . +a n−1 x + a n
qx = b 0 x n−1 + b 1 x n−2 +. . . +b n−2 x + b n−1
em vez de usar a forma padrão.
a0 a1 ... a n−1 an u
ub 0 ... ub n−2 ub n−1
b 0 = a 0 b 1 = ub 0 + a 1 ... b n−1 = ub n−2 + a n−1 r = ub n−1 + a n
Proposição: Seja f um polinômio sobre Zx. Se um número racional u = rs é raiz de f, então r | a 0 (r divide a 0 e s | a n
(s divide a n .
Exemplo:
1 O polinômio fx = 2 + x + x 2 não tem raízes racionais. De fato, se as tivesse, elas seriam números inteiros divisores de
2, que são ±1, ±2. como f1 = 4, f−1 = 2, f2 = 8 e f−2 = 4, então f não tem raízes racionais.
28
Lista de Exercícios 8
Exercícios 7 ao 30 da página 500 seção 7.4
Resolva as seguintes integrais usando frações parciais
Respostas
29
Integrais Impróprias
A existência da integral definida
b
∫ f ( x) dx
a
com a função fx sendo Contínua no intervalo fechado [a, b], nos foi garantida pelo Teorema fundamental do Cálculo.
Nosso objetivo é definir o conceito de integrais deste tipo, chamadas de Integrais Impróprias.
Observe na figura que a área da integra é menor que a soma das áreas dos retangulos
30
onde em (*) usamos a soma de uma P.G.
a1 1
S= , a1 = 1, r = .
1− r 2
Logo a área obtida pela integral está limita por uma área finita, portanto, também será finita.
31
Assim, dizemos que a área da região infinita S é iguala 1 e escrevemos:
∞ 1 t 1
∫1 x2
dx =
t →∞ ∫1 x 2
lim dx = 1
logo, definimos a integral de f(x) (não necessariamente uma função positiva) sobre um intervalo infinito como o limite das
integrais sobre os intervalos finitos.
Convergência e divergência
As integrais improprias:
b
∫ −∞
f ( x) dx
e Figure
São ditas convergentes se o limite correspondente existe (como um número finito), caso contrário, são ditas divergentes.
∞ 1
Exemplo 3: Verifique se a integral ∫ dx é convergente ou divergente.
1 x
32
1 t 1 t
dx = lim ∫ dx = lim ln x
∞
∫1 x t →∞ 1 x t →∞ 1
= lim(ln t − ln1)
t →∞
= lim ln t = ∞
t →∞
Observe que este limite não existe como número, portanto esta integral diverge.
∞ 1 ∞ 1
Observe que ∫ dx converge como vimos no exemplo 2, mas ∫ dx diverge apesar da semelhança das funções.
1 x2 1 x
0
Exemplo 4: calcule ∫ xe x dx
−∞
Solução: Usando a definição 1 b)
0 0
∫ −∞
xe x dx = lim
t →−∞ t∫ xe x dx
Integrando por partes com u = x, du = 1, dv = e x e v = e x
0
0 0 0 ∫ xe x dx = lim (−tet − 1 + et )
∫ t
xe x dx = xe x − ∫ e x dx
t t
−∞ t →−∞
= −0 − 1 + 0
= −te − 1 + et t
= −1
então
onde
t
lim te t = lim
t → −∞ t → −∞ e − t
1
= lim
t → −∞ − e − t
= lim ( − e t )
t → −∞
=0
Exemplo 5: calcule
∞
1
∫ 1 + x 2 dx
−∞
33
∞ 1 0 1 ∞ 1
∫−∞ 1 + x 2 dx = ∫−∞ 1 + x 2 ∫0 1 + x 2 dx
dx +
Como a integral acima pode ser interpretada como a área representada na figura:
t dx 0 dx
= lim ∫ = lim ∫
t →−∞ t 1 + x 2
t →∞ 0 1 + x 2
0
= lim tan −1 x
t
= lim tan x −1
t
t →∞ 0 t →−∞
b t b b
∫
a
f ( x) dx = lim− ∫ f ( x ) dx
t →b a ∫a
f ( x ) dx = lim+ ∫ f ( x) dx
t→a t
se estes limites existirem (como um número), a integral imprópria é dita convergente, caso contrário, a integral é
divergente.
34
Definicão 2 c): Se f tiver uma descontinuida de em c, onde a < c < b, e as integrais
c b
∫ a
f ( x) dx
e c ∫ f ( x ) dx
forem ambas convergentes, então definimos:
b c b
∫
a
f ( x) dx = ∫ f ( x ) dx + ∫ f ( x) dx
a c
5 1
∫ 2
x−2
dx
Exemplo 6: calcule
Observamos que essa integral é imprópria, porque f ( x ) = 1 / x − 2 tem uma assíntota vertical em x = 2. Como a
descontinuidade infinita ocorre no extremo esquerdo de [2, 5], usamos a Definição 2 b):
5 dx 5 dx
∫2
x−2
= lim+ ∫
t →2 t
x−2
5
= lim+ 2 x − 2
t →2 t
= lim+ 2( 3 − t − 2)
t →2
=2 3
Portanto, a integral imprópria é convergente.
3 dx
Exemplo 7: calcule
∫ 0 x −1
Observamos que essa integral é imprópria, porque f(x) tem uma assíntota vertical x = 1. Como a descontinuidade infinita
ocorre no interior de [0, 3], usamos a Definição 2 c) com
c = 1:
t
1 dx t dx
∫ = lim− ∫ = lim− x − 1
0 x − 1 t →1 0 x − 1 t →1 0
= lim(ln t − 1 − ln −1 )
3 dx 1 dx 3 dx −
t →1
∫ 0
=∫ +∫
x − 1 0 x − 1 1 x − 1 onde = lim− ln(1 − t ) = −∞
t →1
35
3
∫
1
dx /( x − 1)
Observamos então que ∫0
dx /( x − 1)
é divergente, Portanto 0 é divergente, sendo desnecessário o
3
calculo de
∫1
dx /( x − 1).
Observação: Se não considerarmos as descontínuidades de f(x) calculando a integral diretamente pelo teorema
fundamental do cálculo, teremos um resultado errôneo, por exemplo no exemplo anterior teríamos o seguinte resultado:
3
3 dx
∫0 x −1
= ln x − 1
0
= ln 2 − ln1
= ln 2
Isto é errado, porque a integral é imprópria e deve ser calculada em termos de limite. Portanto, devemos sempre nos
certificar se a integral é imprópria ou não antes de resolve-la.
.
Exemplo 8: calcule
1
∫ ln x dx
0
Observamos que essa integral é imprópria, porque fx tem uma assíntota vertical em x = 0, pois
lim ln x = −∞
x→0 +
Como a descontinuidade infinita ocorre na extremidade esquerda de [0, 1], usamos a Definição 2 a)
1 1
∫ ln x dx = lim ∫ ln x dx
0 t →0+ t
= 1ln1 − t ln t − (1 − t )
= −t ln t − 1 + t
Para calcular o limite do primeiro termo, usamos a regra de LHospital da seguinte forma
ln t
lim+ t ln t = lim+
t →0 t →0 1/ t
1/ t 1
= lim+
t →0 −1/ t
2 ∫ ln x dx = lim(−t ln t − 1 + t )
0 t → 0+
= lim(+
−t ) = −0 − 1 + 0
t →0
=0 = −1
36
Lista de Exercícios 9
Exercícios 5 ao 38 da página 532 seção 7.8
Determine se cada integral é convergente ou divergente. Avalie aquelas que são convergentes.
Respostas
37
SEQÜÊNCIAS E SÉRIES
Seqüências
Seqüência é uma função de N em R , em outras palavras, uma seqüência em R associa a cada número
natural n = 1, 2, . . . , um único e bem determinado elemento de R. Tradicionalmente, usa-se a notação a n ou
xn.
Exemplos de seqüências:
i) 1, 1/2, 1/3,..., 1/n,... ou a n = 1/n com n = 1, 2, . . .
ii) 1, 3, 1/2, 3, 1/3, 3, 1/4, 3, ...
iii) 2, -2, 2, -2,...
iv) 1, 2, 3, 4, ...
v) a n = n
n+1
Definição 1:
Uma seqüência é dita:
i) crescente se a n+1 ≥ a n .
ii) estritamente crescente se a n+1 > a n .
iii) decrescente se a n+1 ≤ a n .
iv) estritamente decrescente se a n+1 < a n .
v) monótona se for de um dos tipos acima.
Exemplo 1: Escreva os cinco primeiros termos da seqüência e verifique se é monótona:
i) a n = 3 + −1 n ii) b n = 2n
1+n
Definição 2:
i) Uma seqüência a n é dita limitada se |a n | ≤ M ∈ R, para todo n ∈ N.
38
ii) Uma seqüência pode ser divergente (para infinito), oscilante ou converge para um valor l ∈ R.
Lista de Exercícios 10
1) Escreva os primeiros cinco termos das seguintes seqüências.
39
−1 n
c a n = 3 ,
n
a a n = 2 n , b a n = ,
2 n!
nn + 1
−1 2 2n − 1 , −1 n−1 x 2n−1
d a n = , e a n = f a n = .
n2 3n + 2 2n − 1!
2) Determine se as seguintes seqüências são monótonas. Justifique:
cosn
a a n = 4 − 1n , b a n = n , c a n = −1 n 1
n,
d a n = 2 n , e a n = sennπ, f a n = n 2n+1
3
3) Use o teorema 1 para provar que as seguintes seqüências são convergentes. Calcule o seu limite.
a a n = 5 + 1n , b a n = 1 1 − 1n ,
3 3
c a n = 3 − 4n , d a n = 4 + 1n .
2
4) Determine se as seqüências convergem ou divergem e encontre o seu limite.
2 1 + −1 n 2
a a n = n + n ,
1 b a n = 3n −2 n + 4 , c a n = n , d a n = n − 1 ,
2n + 1 n+1
n−1
2 −1
e a n = 3 n , f a n = 3 + 5n2 , g a n = 2n+1 ,
n n n
h a n = ,
4 n+n 3 n2 + 1
n n
i a n = 6 56 j a n = 1 − n k a n = 1 + 1n l a n = n n
Solução da Lista de Exercícios 10:
1) a a n = 2 n = 2, 4, 8, 16, 32
−1 n
b a n = = −21 , 12 , −21 , 12 , −21 , 12
2
c a n = 3 = 1, 3, 9/2, 9/2, 27/8, 81/40
n
n!
nn + 1
−1 2
d a n = 2
= −1, −1/4, 1/9, 1/16, −1/25
n
e a n = 2n − 1 = 1/5, 3/8, 5/11, 1/2, 9/17
3n + 2
−1 n−1 x 2n−1
f a n = = x, −1/6 ∗ x 3 , 1/120 ∗ x 5 , −1/5040 ∗ x 7 , 1/362880 ∗ x 9
2n − 1!
2)
a a n = 4 − 1n , a n+1 = 4 − 1 ,
n+1
1≥ n >1 1 ⇒ 4 − n < 4 − 1 ⇒ a n < a n+1
1
n+1 n+1
a n é monotona estritamente crescente.
cosn
b a n = n ,
. 5403023059, −. 2080734182, −. 3299974988, −. 1634109052, . 05673243710
não é monotona (oscila).
c a n = −1 n 1n , − 1, 12 , − 13 , 14 , − 15 , . . . oscila também!
2
n
2
d a n = , a n+1 = ,
n 2 n+1 3 = 12 = 32 > 1 ⇒ a n > a n+1
3 3 2
n+1 3
3
monótona estritamente decrescente.
e a n = sennπ, 0, 0, 0, 0, . . . monótona decrescente ou crescente
f a n = n 2n+1 , a n+1 = n 2 +n+2n1+2 a n+1 ≤ a n , ou seja, 1 ≤ n 2 + n ∀n = 1, 2, 3, . . .
3) a 5, b 1/3, c 3, d 4.
40
4)
a lim n+1 = 1 b lim 3n 2 − n + 4 = 3
n→∞ n n→∞ 2n 2 + 1 2
1 + −1 n
n2 − 1 = ∞
c lim
n→∞ n = 0 d lim
n→∞ n + 1
e lim 3 n
= 0 f lim 3 + 5n 2 = 5
n→∞ 4 n n→∞ n + n 2
2n = 0 −1 n−1 n
g lim
n→∞ 3 n+1
h lim
n→∞ n 2 + 1
=0
n
i lim
n→∞
6 56 = 0 j lim
n→∞
1 − n = −∞
1 n
k lim
n→∞
1 + n =e l lim
n→∞
n n = 1
Séries
Aqui, serão apresentados os teoremas mais importantes da teoria de séries com relação à
convergência.
Costuma-se definir uma série como uma expressão da forma a 1 + a 2 + a 3 +. . . +a n +. . .
Uma série pode ser:
a Finita: ∑ i=1 a i = a 1 + a 2 + a 3 +. . . +a n
n
∞
b Infinita: ∑ i=1 a i = a 1 + a 2 + a 3 +. . . +a n +. . .
Formalmente, define-se uma série como: se a n é uma seqüência, então a série gerada por a n é a
seqüência S k , definida por:
S1 = a1
S2 = a1 + a2 = S1 + a2
S3 = a1 + a2 + a3 = S2 + a3
⋮
S n = a 1 + a 2 +. . . +a n = S n−1 + a n
Se S k converge, chamamos o limite S de soma da série. Os elementos a n são os termos e os
elementos S n são as somas parciais da série.
∞
Exemplo 6: Série geométrica: ∑ n=0 ar n = a + ar + ar 2 + ar 3 +. . . , |r| < 1.
S1 = a
S 2 = a + ar
S 3 = a + ar + ar 2
⋮
S n = a + ar +. . . +ar n−1
a1 − r n
supondo rS n = ar + ar 2 +. . . +ar n−1 + ar n , então, S n − rS n = a − ar n , logo, S n = e:
1−r
a1 − r n
lim S n = lim = a , já que lim r n = 0
n n→∞ 1−r 1−r n→0
∞ ∞
a desde que |r| < 1.
Portanto: ∑ n=0 ar n é convergente e, ainda, ∑ n=0 ar n =
1−r
Observação 1: Se S for infinito ou simplesmente não existir, então S = ∑ a n é divergente.
Exemplo 7: Determine se as seguintes séries são convergentes ou divergentes:
∞
1) ∑ n=1 −1 n+1 = 1 − 1 + 1 − 1 + 1 − 1 +. . .
0, se n é par
Sn = ∴ lim S
n→∞ n
∄ logo, é divergente.
1, se n é ímpar
2) A série telescópica ∑ n=1
∞ 1 :
nn + 1
41
Usando a decomposição em frações parciais, ∑ n=1
∞ 1 = ∑ n=1 1
∞ 1
nn + 1 n − n+1 ,
então S n = 1 − 1 + 1 − 1 +. . . . + 1 − 1
n + 1 1
n − n+1 = 1− n+1
1
2 2 3 n−1
lim S = lim
n→∞ n
1− 1 = 1.
n→∞ n+1
3) A série geométrica ∑ n=1 6 n :
∞
10
S n = 0. 6 + 0. 06 + 0. 006 + 0. 0006 +. . . . = 0. 666666. . . . = 2 .
3
Propriedades das Séries Convergentes
Teorema 4 (Teste do enésimo termo): Se ∑ a n converge, então lim a = 0.
n→∞ n
Solução: a n = 1
n a n+1 = 1 ⇒ a n+1 < a n (seqüência monótona decrescente) e lim a = 0, portanto,
n→∞ n
∞
n +n+11
−1
pelo critério de Leibniz ∑ n converge.
n=1
Lista de Exercícios 11
∞
1) Mostre que a série ∑ 1 converge e ache a sua soma.
n=1 2n − 12n + 1
2) Mostre que a série cujo enésimo termo é a n = n + 1 − n diverge, embora lim a = 0.
n→∞ n
∞
3) Prove que a série ∑ 3 n diverge.
n=1 2
4) Use o Critério de Leibniz para verificar a convergência das seguintes séries.
∞ ∞ ∞
−1 n+1 −1 n+1 −1 n
a ∑ , b ∑ , c ∑
n=0 2n − 1 n=1 2n − 1!
2
n=2 nlnn
∞
5) Mostre que a série ∑ 1 − 1 converge e encontre sua soma.
n=1 n+3 n+4
42
6) Determine se as séries abaixo convergem ou divergem:
∞ ∞ ∞
a ∑ 2 +n 7 b ∑ 6 − 6
n n
c ∑ 4 n e −2n
n=0 9 n=1 4n − 1 4n + 3 n=0
∞ ∞ ∞
d ∑ πn+3 e ∑ n4+1 f ∑ 72n+1
n n
Solução
1 1 1
1) S = lim
n→∞ 2
1 − 2n+1 = 2
converge
2) S = lim
n→∞
n+1 −1 = ∞ diverge
3
3) Série geométrica com razão r = 2
> 1, diverge
4)
a) a n+1 = 2n1+1 2n + 1 > 2n − 1 1
2n+1
< 1
2n−1
monótona descrescente
1
e lim
n→∞ 2n−1
=0 Portanto, converge.
1 1 1
b) a n+1 = 2n+1 !
, 2n + 1 ! > 2n − 1 ! 2n+1 !
< 2n−1 !
monótona descrescente
1
e lim
n→∞ 2n−1 !
=0 Portanto, converge.
c) a n+1 = 1 n + 1 ln 2 n + 1 > n ln 2 n pois lnx é crescente
n + 1 ln 2 n + 1
Então, a n+1 < a n monótona descrescente e lim 1 =0 Portanto, converge.
n→∞ n ln 2 n
1
5) S = lim
n→∞ 2
− 1 = 12 converge
n+4
6)
a) converge para 81
b) converge para 2 c) converge para e2
14 2
e −4
d) converge para 1 e) converge para 1
f) converge para 5
164 − π 2 18
1
7) lim a =
n→∞ n 5
≠0 portanto, diverge.
8) Série geométrica com S = 6.
Testes de Convergência
Teorema 6 (Teste da Integral):
Seja f uma função contínua, positiva e decrescente, definida para x ≥ 1, e seja a n = fn. Então ambas, a
∞ ∞
série e a integral, ∑ n=1 a n e ∫ fxdx convergem ou ambas divergem.
1
Ilustração:
43
1 1 1 1 1 ∞
1
2
+ 2
+
1 2 3 4 52
+ 2
+ 2
+ ... = ∑
n =1 n
2
1 ∞ 1
2
+ ∫ 2 dx = 2
é menor que 1
1 x
1 1 1 1 1 ∞
1
+ + + + + ... = ∑
1 2 3 4 5 n =1 n
é maior que
∫
1
(1/ x ) dx
= 1 ∴ ∑ n=1 12 converge.
b 1 ∞
fx = 1
x2
⇒∫ dx = − 1b + 1 ⇒ lim b→∞ − 1
+ 1 = lim b→∞ b−1
1 x2 b b n
Observação 4: O valor encontrado na integral NÃO é o valor para o qual a série converge.
2
i) ∑ n=1 12 = π (Euler 1736)
∞
n 6
∞ 1
ii) ∑ n=1 3 problema em aberto ainda hoje.
n
44
∞ ∞
a) Se L > 0 ⇒ as séries ∑ a n e ∑ b n são ambas convergentes ou ambas divergentes
n=1 n=1
∞ ∞
b) Se L = 0 e ∑ b n converge, então ∑ a n também converge
n=1 n=1
∞ ∞
c) Se L = ∞ e ∑ b n é divergente, então ∑ a n também é divergente.
n=1 n=1
∞
Exemplo 14: ∑ 3n +n 5 converge?
n=1 n2
∞ 2
Exemplo 15: ∑ 2n3 + n diverge?
n=1 n + 1
Corolário (Teste da Razão ou de D’Alembert):
a n+1 < 1, então ∞ a é convergente.
Se a n > 0 e se lim
n→∞ a n
∑ n
n=1
∞
Exemplo 16: Use o teste da razão para determinar se ∑ 2 converge:
n
n=1 n!
Observação 5:
a n+1 > 1, então ∞ a diverge.
i) Se lim
n→∞ a n
∑ n
n=1
ii) Se lim
a n+1 = 1 , não se pode afirmar nada.
n→∞ a n
∞ ∞
Exemplo 17: Use o teste da razão para determinar se ∑ 1 n e ∑ 12 convergem ou divergem.
n=1 n=1 n
∞
Exemplo 18: Use o teste da razão para determinar se ∑ 1 converge ou diverge.
n=1 n!
Teorema 9 (Teste da Raiz ou de Cauchy):
∞
Se a n > 0 e se lim n a n = r < 1 então a série ∑ a n converge .
n→∞
n=1
∞
Observação 6: Se r > 1, então ∑ a n diverge e se r = 1 nada se pode afirmar.
n=1
∞ ∞
Exemplo 19: Use o teste da raiz para determinar se ∑ 1 n e∑
1 convergem ou divergem:
2
n=1 n=1 n
∞
Exemplo 20: Use o teste da raiz para determinar se ∑ 1 n
converge:
n=2 lnn
Lista de Exercícios 12
45
5 Use o teste da raiz para determinar se as seguintes séries convergem ou divergem
∞ ∞ ∞ ∞
b ∑ 2 3 c ∑ 1 − 1 lnn n
n n n
a ∑ x n n d ∑ n
n=1 n n=1 n n=1 n=1
Respostas
1) a) converge para p > 1 e diverge para p < 1
b) diverge c) diverge
2) convergem
3) converge
4)
a) converge b) converge c) diverge d) diverge e) nada se pode afirmar
5)
a) converge b) nada se pode afirmar c) nada se pode afirmar d) converge
Séries de Potência:
∞
Definição 4: Uma série do tipo a 0 + a 1 x + a 2 x 2 +. . . = ∑ a n x n é chamada série de potências com centro em
n=0
zero.
∞
Definição 5: Uma série do tipo a 0 + a 1 x − x 0 + a 2 x − x 0 2 +. . . = ∑ a n x − x 0 n é uma série de potências com
n=0
centro em x 0 .
∞ ∞
Observação 1: É suficiente considerar séries de potências do tipo ∑ a n x n , pois séries do tipo ∑ a n x − x 0 n
n=0 n=0
ficam reduzidas ao caso anterior mediante a uma mudança de variável y = x − x 0 .
∞
Observação 2: A série de potências ∑ a n x n sempre converge no ponto x = 0 (no centro). Se x = 0 ,
n=0
∞
∑ a n x n = a 0 + a 1 0 + a 2 0 +. . . = a 0
n=0
∞
Teorema 8: A série ∑ a n x n
n=0
a) converge somente se x = 0 ou
b) converge absolutamente ∀ x ∈ R ou
c) existe r > 0 tal que a série converge absolutamente se |x| < r e diverge quando |x| > r.
∞
Exemplo 12: ∑ n!x n = 1 + x + 2x 2 + 6x 3 +. . .
n=0
an +1 ( n + 1) ! x n +1
lim = lim
n →∞ a
n
n→∞ n! x n
= lim ( n + 1) x = ∞ ∞
n →∞ então ∑ n!x n converge somente se x = 0.
n=0
∞
−1 n x 2n
Exemplo 13: ∑ 2n 2
n=0 2 n!
46
an+1 (−1) n +1 x 2( n+1) 22 n (n !)2
= 2( n +1) .
an 2 [(n + 1)!]2 ( −1)n x 2 n
x 2 n+ 2 2 2n ( n !) 2
= .
2 2n + 2 ( n + 1) 2 ( n !) 2 x 2n
x2
= →0 <1 for all x
4( n + 1) 2
converge absolutamente ∀ x ∈ R
∞
x − 3 n
Exemplo 13: ∑ n
n=0
an+1 ( x − 3) n +1 n
= ⋅
an n + 1 ( x − 3)n
1
= x−3 → x −3 as n → ∞
1
1+
n converge absolutamente se |x − 3| < 1 e diverge quando |x − 3| > 1
∞ ∞ n
Exercícios: a ∑ x n = 1
x+ 1
x2 + 1
x 3 +. . . b ∑ x
n=1 2
2 4 8
n=1 n!
Observação 1: Nada é dito no caso de |x| = r. Neste caso, a série pode convergir ou divergir.
Observação 2: r é chamado raio de convergência. Por convenção, caso a) r = 0 e b) r = ∞.
Observação 3: O intervalo −r, r é chamado intervalo de convergência.
∞
Dada uma série de potências ∑ a n x − x 0 n podemos usar o teste da razão ou o teste da raiz para
n=0
determinar o raio de convergência.
n ∞
Exemplo 14: Determine o raio de convergência da série ∑ x 2
n=0 n
Teorema 9: (Fórmula de Taylor e de Maclaurin)
Se f é diferenciável em todas as ordens num intervalo aberto I , onde x, a ∈ I, então
∞
f n a x − a ′ x − a 2 ′′ x − a n n
fx = ∑ x − a n = fa + f a + f a +. . . + f a +. . . . . .
n=0 n! 1! 2! n!
∞
f n a
onde ∑ x − a n é a série de Taylor de fx em a. Além disso, se a = 0, essa série é também
n=0 n!
conhecida como série de Maclaurin de f.
Exemplo 15:Determine a série de Maclaurin de fx = e x
∞
f n 0 2 n
fx = ∑ x − 0 n = f0 + xf ′ 0 + x f ′′ 0 +. . . + x f n 0 +. . . . . . . . .
n=0 n! 2! n!
1 1
⇒ fx = e x = 1 + x + 2
x2 + 6
x 3 +. . . . . . . .
Exemplo 16: fx = sinx
47
f ( x ) = sin x f (0) = 0 f '(0) f ''(0) 2 f '''(0) 3
f (0) + x+ x + x + ⋅⋅⋅
f '( x ) = cos x f '(0) = 1 1! 2! 3!
x3 x5 x7
f ''( x ) = − sin x f ''(0) = 0 = x − + − + ⋅⋅⋅
3! 5! 7!
f '''( x ) = − cos x f '''(0) = −1 ∞
x 2 n+1
= ∑ (−1)n
f ( 4) ( x ) = sin x f (4 ) (0) = 0 n =0 (2n + 1)!
Observe:
x3
T1 ( x) = x T3 ( x ) = x −
3!
x3 x 5 x3 x 5 x 7
T5 ( x ) = x − + T7 ( x) = x − + −
3! 5! 3! 5! 7!
f ( x) = 3 x = x1/ 3 f (8) = 2
f '( x) = 13 x −2/ 3 f '(8) = 121
f '(8) f ''(8)
f ''( x) = − 29 x −5 / 3 f ''(8) = − 144
1 T2 ( x ) = f (8) + ( x − 8) + ( x − 8) 2
1! 2!
f '''( x) = 10
27 x −8 / 3 = 2 + 12 ( x − 8) − 288 ( x − 8)
1 1 2
7. 9 − 8 7. 9 − 8 2
f7. 9 ≅ 2 + − = 1. 991 6
12 288
Lista de Exercícios 13
∞
1) Determine o raio de convergência da série ∑−1 n+1 x n . resp: (-1,1)
n=0
48