Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Av. Lúcio José de Menezes n°885, Croatá II – CEP: 62870-000 Tel: (85) 3348-7317
CGC: 13137532/0001-17 – Pacajus - CE - www.politecnicoce.com.br
APOSTILA
CÁLCULOS
FARMACÊUTICOS
Coordenação :
Turma: ________________________________________________
PACAJUS, CEARÁ
2017
CÁLCULOS FARMACÊUTICOS
Competências Habilidades Bases Tecnológicas
Calcular quantidades Efetuar cálculos de Revisão de cálculos simples:
necessárias para o conversão de unidades de porcentagem; regra de três simples e
preparo e dispensação medida, regra de três, composta (razão e
das diversas formas porcentagem, densidade e proporção);sistemas de medidas e
farmacêuticas concentração. interconversões: sistemas métricos
de medidas e de volume
Diferenciar as unidades de
concentração no preparo Cálculos em farmacotécnica para:
das formas farmacêuticas. unidades de concentração de
preparações farmacêuticas;
Realizar cálculos proporção (1:10; 1:100; 1:1000);
farmacotécnicos. densidade (grama/ml);título (massa/
massa, massa/ volume, volume/
Realizar cálculos relativos volume);densidade aparente e
à produção de volume aparente;calibração de
medicamentos. gotas; composição de uma fórmula;
quantidade dos componentes de
Realizar cálculos relativos formulações a ser pesada; diluição
à dispensação de geométrica; fator de correção;fator
medicamentos. de equivalência
Cálculos na dispensação de
medicamentos: posologia, dose,
dosagem; medidas caseiras; diluição
de soluções; diluição de
comprimidos; ajuste de doses (adulto
e infantil); cálculos de insulina;bolsa
de soro (solução hipertônica,
hipotônica e isotônica)
SUMÁRIO
1.
REGRA DE TRÊS SIMPLES........................................................................................ 3
2.REGRA DE TRÊS COMPOSTA ................................................................................4
3.PORCENTAGEM....................................................................................................... 6
4.CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDAS E EQUIVALÊNCIAS..........................8
5.PROPORÇÃO............................................................................................................ 8
6.TÍTULO...................................................................................................................... 9
7.CALIBRAÇÃO DE GOTAS......................................................................................11
8.CÁLCULO DO VOLUME A SER ADMINISTRADO.................................................11
9.CALCULO DA DOSAGEM A SER ADOMINISTRADA .........................................12
10.CÁLCULO DE CONCENTRAÇÃO........................................................................14
11.FATOR DE CORREÇÃO........................................................................................ 17
12.DILUIÇÃO GEOMÉTRICA.....................................................................................20
13.COMPOSIÇÃO DE UMA FÓRMULA FARMACÊUTICA.......................................21
14.CÁLCULOS DA COMPOSIÇÃO DE UMA FÓRMULA DE SÓLIDOS...................23
15.CÁLCULOS DE SÓLIDOS ENVOLVENDO PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. 25
16.CÁLCULOS DO TAMANHO DA CÁPSULA .........................................................26
17.CÁLCULOS DE PREENCHIMENTO DE CÁPSULAS .........................................27
18.CÁLCULOS DE VOLUME DE CÁPSULA POR DENSIDADE .............................27
19.CÁLCULOS DE VOLUME DOBRADO PARA PREENCHIMENTO DE CÁPSULA...28
20.CÁLCULOS DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS......................................30
21.REFERÊNCIAS..................................................................................................... 36
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos.
Passos:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo
na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplo 1: Um paciente toma 1000 mg de um antibiótico por sete dias, totalizando 7 g por
tratamento. Qual a dosagem final do tratamento se o paciente fosse tomar por cinco dias de
tratamento?
Passo 1: Montar a tabela
7 g = 7000 mg 7
X 5
3 Porcentagem
5 Proporção
6 Titulo
Resumindo....
7 Calibração de gotas
Exemplo 1: Para um determinado líquido tenho 60 gotas em 2mL. Quantas gotas eu terei em
0,20 mL deste líquido?
Exercícios
Exercícios
Exercício 1: A dose prescrita pelo médico é de 50mg/Kg/dia a ser dada de 12/12hs. Sabendo
que a criança pesa 20Kg e o frasco é de 250mg/4ml. Indique dose diária, dose por horário e
quantos ml por horário?
Exercício 2: O médico prescreve a uma criança: 500mg de 6/6hs durante 10 dias. Temos em
estoque um antitérmico cuja concentração é de 200mg/5ml com um volume de 250ml. Pergunta:
quantos ml o paciente deverá tomar em cada dose? Quantos ml serão dados por dia? E para o
tratamento completo? Quantos frascos serão necessários?
- 1,8% em 500ml =
- 7% em 100ml =
- 15% em 200ml=
- 19% em 150ml=
- 3,5% em 50ml=
10 Cálculo de Concentração
Para calcular a concentração de uma solução preparada através da diluição de outra solução de
concentração conhecida, uma proporção pode ser empregada:
Q1 x C1 = Q2 x C2
Onde:
Q1 = quantidade conhecida
C1 = concentração conhecida
Q2 = quantidade final a ser obtida após diluição
C2 = concentração final após diluição
Exemplo: Se 10 mL de uma solução aquosa de furosemida 10% p/v for diluída para 20mL, qual
será a concentração final de furosemida?
Q1 x C1 = Q2 x C2
Expressa quantas gramas de soluto há em 100 mL de solução. Assim, por exemplo uma
solução de NaCl a 0,9 % contém, 0,9 gramas de NaCl em 100 mL de solução, cujo solvente,
quando não explicito, é a água. A água usada no preparo de soluções pode ser desde a água
destilada ou dependendo da pesquisa uma água altamente purificada indo desde a livre de íons
minerais até aquela livre de DNAse, RNAse. Quando uma solução porcentual é expressa em p/v
fica implícito que se refere a g %, isto é, gramas de soluto em 100 mL de solução. Portanto não
é necessário colocar a unidade de medida, NaCl 0,9 g %, basta NaCl a 0,9 %.
CNPJ: 13137532/0001-17 Páá giná 14
INSTITUTO POLITÉCNICO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO CEARÁ
Av. Lúcio José de Menezes n°885, Croatá II – CEP: 62870-000 Tel: (85) 3348-7317
CGC: 13137532/0001-17 – Pacajus - CE - www.politecnicoce.com.br
Entretanto, quando a porcentagem do soluto não está em gramas é necessário especificar, por
exemplo, solução de glicose a 100 mg %. Embora possa parecer simples preparar uma solução
em %, um cuidado especial deve ser tomado com relação aos solutos na forma cristalina (sólida,
pó). Assim, algumas substâncias possuem na sua estrutura química, água de cristalização
enquanto outras são sólidos cristalinos anidros. Isso consta dos rótulos dos frascos dos produtos
e é o primeiro detalhe para o qual devemos estar alertas quando do preparo de solução em %.
Por exemplo, NaCl geralmente é um sólido cristalino anidro (sem moléculas de água de
cristalização em sua estrutura molecular). Assim, para ser preparado 100 mL de NaCl a 0,9%
bastaria pesar 0,9 g do produto, dissolver e completar para 100 mL com água purificada.
Por outro lado, sulfato de cobre é um sal que geralmente contém em sua estrutura 5 moléculas
de água de cristalização (CuSO4.5H2O) e isso precisa ser levado em consideração nos cálculos
quando do preparo de soluções. Assim, se por exemplo for preciso preparar 250 mL de sulfato
de cobre a 5% essa solução deverá conter 5 g de CuSO 4 em 100 mL de solução. Como preciso
de 250 mL a solução deverá conter 12,5 g de CuSO 4 nesse volume.
Entretanto, se for pesado 12,5 g do CuSO4.5H2O será pesado menos do necessário porque se
estará pesando a água de cristalização. Desse modo, deve ser feito um cálculo para compensar
essas moléculas, o que daria um peso final de 19,5 g de CuSO 4.5H2O.
Além do cálculo de compensação das águas de cristalização, também devem ser feitas as
correções quanto a pureza do soluto, pois nem todos são 100% puros.
A ferramenta de cálculos, encontrada no final dessa exposição teórica, faz automaticamente
todas essas operações matemáticas a partir das informações fornecidas pelo usuário.
a massa (g) de ácido necessária para preparar uma solução de determinada concentração
desejável.
11 Fator de correção
12 Diluição geométrica
A diluição geométrica é uma forma de homogeneizar conteúdo de pó, de modo que um ou
mais fármacos possam estar geometricamente diluídos de forma uniforme na quantidade de pó
usada na diluição. A diluição geométrica é utilizada em casos que o fármaco possui um baixo
índice terapêutico e necessita ser diluído para minimizar a porcentagem de erro na sua
manipulação.
Exemplos: T3, T4, Digoxina e Vitamina B12.
A correção do teor deve ser feita de acordo com a diluição realizada.
Exemplo:
Triac 350mcg
Dados: diluição 1:100
350/1000000= 0,00035 x 100 = 0,035g
Exercícios:
1 - Tiroxina 125mcg: diluição 1:1000 =
2 – Diazepam 1mg: diluição 1:10 =
3 – Vitamina D 200mcg: diluição 1:100 =
a.1) Princípio ativo (PA): exerce função principal na fórmula (ação terapêutica).
Ex: processo inflamatório = anti-inflamatório.
Podemos ter 1 ou + PAs.
13.2 Densidade
Densidade ou gravidade específica: combinação de massa e volume. É definida como massa
por unidade de volume de uma substância em uma temperatura e pressão fixas.
Internacionalmente: g/mL.
Exemplo:
Paracetamol 500mg. Tomar 1caps de 12/12hs. Mande 60 capsulas. Lembrete: conversão de
unidades. Balança pesa em g e nosso medicamento esta em mg. Então:
Exercícios:
1 – Dipirona 200mg. Mande 30caps. Tomar 1 capsula ao dia.
6 – Calcule:
Vitamina B1......................100mg
Vitamina B12....................200mcg
Colágeno...................................1g
Cisteína....................................50mg
Aerosil......................................1%
Vitamina A..............................300mcg
Vitamina D.............................2000UI
Carbonato de cálcio...............500mg
Mde 30caps. Tomar 1 caps ao dia.
Dados:
Vitamina B1: teor umidade 8%
Vitamina D: 40.000 UI equivale 1mg
Carbonato de cálcio: teor concentração 95%
Vitamina A: diluição 1:100
Vitamina B12: FCc= 1,20
EXEMPLO:
Sinvastatina 20mg – 30 cápsulas.
1º passo
30caps x 20mg/1000 = 0,6g
Coloco este numa proveta e verifico quanto este peso representa em volume.
No caso: 0,6g = 2mL (volume da proveta).
2º passo
2mL (volume da proveta) dividido 30 (total de cápsulas) = 0,066mL (volume para cada cápsula).
3º passo
Tabela: na menor cápsula 04 cabe 0,2mL, logo, teremos que completar volume com excipiente.
Exemplo:
Captopril 25mg. Mande 30caps.
Então:
Captopril = 25/1000x30= 0,75g
Excipiente = 3,92g
Cápsula no3 = 30 caps
Exemplo:
Volume 25 ml para 30 cápsulas.
Densidade do pó é 0,357g/ml. Cada cápsula pesa 0,5g, portanto ocupa um volume de:
D=M/V
V= 0,5g/0,357ml
V= 1,4ml
Exemplo:
Paracetamol..................750mg................22,5g
Carisoprodol..................150mg..................4,5g
Diclofenaco Na................50mg...................1,5g
Famotidina.......................50mg...................1,5g
Mde. 30caps. USO INTERNO. Tomar 1caps ao dia.
Volume
Peso Volume
1g (peso)----------------------- 1,9mL
Tabela:
0,95mL (00)--------------------- 1caps
1,90mL------------------------------xcaps x= 2caps
Então:
1dose ----------------------2caps
30 doses---------------------x x= 60caps
Portanto:
Será manipulado o dobro de capsulas para comportar 1,9mL. Ficará 30caps manipulado em
meia dose = 60caps (30=60). Portanto o paciente deverá tomar 2caps para dar a dosagem de
1caps(1000mg).
Exercícios:
1 – Atenolol 50mg
Mande 30caps. USO INTERNO
Tomar 1caps pela manhã.
Dados: 1g de Atenolol equivale a 1,8mL. Excipiente 1g equivale 2,5mL.
2 – Paracetamol..................800mg
Carisoprodol..................200mg
Cafeína............................30mg
Famotidina.......................40mg
Dipirona............................0,43g. Mde 30caps. USO INTERNO. 1caps ao dia.
Dados: 1g equivale a 2,85mL
DOSE: quantidade de droga a ser administrada capaz de provocar o efeito terapêutico desejado.
PERMANGANATO DE POTÁSSIO:
1) Preparar 1 litro de uma solução de KMnO4 diluída 1:10.000 para utilização em limpeza da
pele, úlceras e ferimentos cutâneos.
2) Numa prescrição consta: KMnO4 banho com solução 1:4000. Quantos comprimidos de
100mg serão necessários para preparar 1 litro da solução?
Diluição de comprimidos:
Ex. Para um paciente diabético foram prescritos 20UI de insulina. No posto de Enfermagem há
frascos de 40UI e seringa graduada em 80UI. Qual será a quantidade de insulina a ser
administrada?
Solução Isotônica
Uma solução isotônica é uma solução na qual a mesma quantidade de soluto e solução está
disponível dentro da célula e fora da célula. A solução e a porcentagem de soluto são as
mesmas dentro da célula que na solução fora da célula. Portanto, usando os números acima,
uma célula colocada em uma solução de água com NaCl de 0,9% está em equilíbrio. Assim, a
célula permanece do mesmo tamanho. A solução é isotônica em relação à célula.
Solução Hipertônica
Uma solução hipertônica é uma solução que contém mais soluto do que a célula que é colocada
nele. Se uma célula com uma concentração de NaCl de 0,9% é colocada numa solução de água
com uma concentração de NaCl de 10%, a solução é dita ser hipertônica. Hiper significa mais, o
que significa que a solução em que a célula é colocada contém mais soluto do que a solução
dentro da célula. Quando a solução contém mais soluto, isso significa que contém menos água.
A solução fora da célula é 10% de NaCl, o que significa que é 90% de água. A solução dentro da
célula é 0,9% de NaCl, o que significa que é 99,1% de água. Lembre-se, a solução flui de uma
maior concentração de água para uma menor concentração de água. Isto é para diluir áreas com
maiores concentrações de soluto, de modo que o equilíbrio possa ser alcançado. Sendo que a
solução externa é de 90% de água, enquanto o interior contém 99,1% de água, a água flui do
interior da célula para a solução externa para diluir as áreas altas da concentração de soluto.
Portanto, a célula perde água e encolhe.
Novamente, quando fazemos referência a uma solução para dizer que é hipertônica ou
hipotônica, estamos nos referindo à quantidade de soluto presente na solução em comparação
com o soluto dentro da célula que está na solução. Se a solução fora da célula tiver mais soluto
do que a solução dentro da célula, a solução é hipertônica. Se a solução dentro da célula tiver
mais soluto do que a solução fora da célula, a solução é hipotônica. Se a solução fora da célula
contém o mesmo soluto que a solução dentro da célula, a solução é isotônica.
Solução Hipotônica
Uma solução hipotônica é uma solução que contém menos soluto que a célula que é colocada
nela. Se uma célula com uma concentração de NaCl é colocada numa solução de água
destilada, que é água pura sem substâncias dissolvidas, a solução no exterior da célula é 100%
de água e 0% de NaCl. Dentro da célula, a solução é 99,1% de água e 0,9% de NaCL. A água,
novamente, passa de uma concentração mais alta para uma concentração mais baixa para
dissolver a concentração de soluto para alcançar o equilíbrio. Assim, a água vai da solução de
água destilada para o interior da célula para diluir a concentração de soluto dentro da célula.
Como consequência, a célula inunda e, possivelmente, “explode”. Assim, colocar uma célula
com soluto em uma solução de água destilada causará inchaço e possível rompimento da
célula.
Exemplos:
SG 5% 250mL
21. Referências
1. DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto & aplicações. 3. ed. São Paulo: Ática, 2013.
2. DEGENSZAJN, David; HAZZAN, Samuel. IEZZI, Gelson. Fundamentos de Matemática
Elementar. Matemática Comercial, Matemática Financeira, Estatística Descritiva. Vol. 11.
São Paulo: Atual, 2004.
3. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Título ou Porcentagem em Massa"; Brasil Escola.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/titulo-ou-porcentagem-
massa.htm>. Acesso em 01 de abril de 2018.
4. Reginaldo Greghi – Apostila de Cálculos Farmacológicos.