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Cuidados de Enfermagem à

Pacientes com Pênfigo,


Psoríase e Farmacodermia.

Ana Paula Mermejo Bontempo


Angela Vieira Pimentel
Mirela Modolo Martins do Val
Enfermeiras Dermatologia/Imunologia 4º Andar
Pênfigo
Definição
Pênfigos são dermatoses autoimunes
bolhosas, causadas por um mecanismo
imunológico, de autoagressão, onde os
anticorpos produzidos pelo próprio paciente
se depositam na pele, provocando a perda
da aderência entre as células da camada
superficial da pele, causando as bolhas.
Causas
Ainda não se sabe qual é a causa da
doença. Sabe-se que tem fatores genéticos,
estressantes e ambientais envolvidos. O
grupo de pesquisa de Ribeirão Preto do HC
FMRP USP estuda esses fatores já há
algum tempo, incluindo a genética e fatores
de estresse, picadas de insetos, algum tipo
de infecção viral, e intoxicação com o meio
ambiente.
Pênfigos:
Existem distintos tipos de pênfigos.
Os dois principais são:
• Pênfigo Vulgar (acomete pele e mucosas)
• Pênfigo Foliáceo (acomete pele)
A confirmação do diagnóstico é feita por meio de
uma detalhada análise ao microscópio de um
fragmento de pele lesada (bolha) e a diferenciação
entre os tipos de pênfigos existente.
Pênfigo Vulgar
É o tipo mais grave e, na maioria das vezes, aparece em
indivíduos entre 30 a 60 anos de idade. Normalmente inicia-se
com dolorosas lesões na mucosa oral, que lembram aftas.
Algum tempo depois, aparecem na pele, bolhas que contêm um
líquido translúcido, turvo ou sanguinolento, que convergem e se
rompem, resultando em erosões na mucosa, similares a
queimaduras. Como as lesões são dolorosas, o
comprometimento da mucosa oral leva a dor ao deglutir,
atrapalhando a alimentação, contribuindo assim para a queda
do estado geral do paciente.
Um sinal semiológico do pênfigo vulgar é a verificação do sinal
de Nikolsky, quando ocorre a formação de uma bolha ao se
friccionar o epitélio nas proximidades das lesões já existentes,
devido à facilidade de separação das células epiteliais.
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Vulgar
Pênfigo Foliáceo
Popularmente conhecido como Fogo Selvagem, acomete
principalmente adultos jovens e crianças que habitam
áreas rurais, perto de rios e em algumas populações
indígenas. A afecção é caracterizada pelo aparecimento de
bolhas superficiais, que convergem e se rompem com
facilidade, resultando em uma lesão erosada e áreas
eritematosas cobertas por crostas. Essas lesões iniciam-se
na cabeça, pescoço e parte superior do tronco,
espalhando-se, posteriormente, por todo o corpo, exceto
nas mucosas. As lesões são dolorosas e apresentam a
sensação de queimação, derivando daí o nome Fogo
Selvagem.
Pênfigo Foliáceo
Pênfigo Foliáceo
Pênfigo Foliáceo
Pênfigo Foliáceo
Assistência de enfermagem aos
pacientes acometidos por pênfigos
O tratamento objetiva abolir a auto-agressão, impedindo
que os anticorpos ataquem a pele. O principal fármaco
usado é o corticosteróide em altas doses. É comum que
seja necessária a hospitalização do paciente até que a
fase mais grave seja controlada.
As infecções secundárias são tratadas com medicamentos
coadjuvantes. Os cuidados gerais com a higiene das
lesões, hidratação e alimentação do paciente são
imprescindíveis. Outros fármacos imunossupressores
podem ser associados nos casos mais complicados e que
não respondem positivamente ao tratamento com os
corticosteróides.
Cuidado integral
As ações de enfermagem devem objetivar um cuidado
holístico ao paciente e promoção do autocuidado. Entre as
ações citadas destacam-se:
• Manter isolamento preventivo (se possível);
• Ambiente limpo e livre de fontes de infecção;
• Assistência ao ajustamento psicológico do paciente à
nova situação vivenciada;
• Verificação da condição do paciente e determinação de
prioridades;
• Estimular o autocuidado e inserir pacientes e famíliares
na prática do autocuidado;
• Estimular alimentação e cuidados tópicos como
hidratação da pele.
Cuidado integral
Teoria Necessidades Humanas Básicas de Wanda
de Aguiar Horta ressalta que o desequilíbrio de
uma necessidade afeta as demais, tanto em nível
fisiológico como psicossocial.
Assim, destaca que o êxito do atendimento de
enfermagem é dependente da correta
identificação dos problemas do cliente e
intervenção sobre eles.
Cuidados de higiene
As ações de enfermagem devem estimular
os cuidados de higiene ao paciente e
promoção do autocuidado. Entre as ações
citadas destacam-se:
• Estimular banho de chuveiro;
• Auxiliar nas práticas de higiene corporal,
oral e íntima.
Cuidados com a cavidade oral
As mucosas da cavidade oral ou gengivas podem ou não
estar acometidas por lesões decorrentes do pênfigo. Entre
os cuidados de enfermagem destacam-se:
• Estimular o paciente a realizar higiene oral 3 vezes ao
dia;
• Incentivar o uso de antisséptico bucal (solução de
clorexedina) 3 vezes ao dia;
• Utilizar medicamentos anestésicos (Hexomedine solução)
antes das refeições ou se dor em lesões da cavidade
oral.
Cuidados com os olhos
As mucosas oculares e palpebrais podem ou não
estar acometidas por lesões decorrentes do
pênfigo, mesmo na ausência de lesões ativas, as
membranas oculares podem apresentar
ressecamento. Entre os cuidados de enfermagem
destacam-se:
• Lavagem ocular com SF 0,9% de 2 a 3 vezes ao
dia e limpar secreções com gaze umidecida;
• Pingar colírios lubrificantes (hipromelose) de 2
em 2 horas ou se necessário;
Banhos de imersão
Banhos de imersão
Banhos de imersão
Entre os produtos indicados, o permanganato de
potássio (KMNO4) diluído é a única escolha do
tratamento para banhos de imersão. Devido ao
seu poder antisséptico, este produto é utilizado
com a intenção de prevenir ou diminuir
complicações infecciosas, além de suavizar o odor
característico da doença.
A diluição padrão é diluir um pacote de 3g de
KMNO4 em 80 litros de àgua e imergir o paciente
por cerca de 20 minutos
Cuidados com a pele
As ações de enfermagem devem estimular os cuidados
com a pele e promoção do autocuidado. Entre as ações
citadas destacam-se:
• Hidratação da pele com óleo mineral quando as lesões
acometerem toda superfície corporal ou segmentos;
• Uso de Rayon quando a pele estiver fríavel e sangrante
principalmente na região dorsal e glútea (áreas de
contato com o lençol);
• Uso de Sulfadiazina de Prata 1% em lesões ulceradas e
com aspecto de infectadas e com secreções;
• Uso de corticóides tópicos em face ou lesões únicas
(pequenas);
• Uso de compressas com água boricada em lesões
ulceradas da região na face
Tratamento
• Corticóide em altas doses com redução
gradativa;
• Pulsoterapia: Dexametasona 100 mg /dia
durante 3 dias;
• Dexametasona associada a Ciclosfosfamida
durante 3 dias (em torno de 11 ciclos);
• Ciclofosfamida vo;
• Carbonato de Cálcio/ Vitamina D.
Psoríase
• A psoríase é uma condição inflamatória crônica cutânea que afeta
aproximadamente 1-3% da população mundial . Surge como placas
vermelhas cobertas por escamas prateadas que se soltam da pele.

• As placas psoriáticas surgem muitas vezes nos cotovelos, couro cabeludo e


joelhos, mas podem igualmente afetar outras partes do corpo como a face,
os pés e as membranas mucosas.

• A psoríase não é contagiosa, nem é causada por uma alergia. No entanto, a


tendência para desenvolver a condição pode ser geneticamente transmitida.

• A psoríase causa prurido em 60% a 70% dos casos. 


Tipos de psoríase
De acordo com a localização e características das
lesões, existem vários tipos de psoríase:
a) Psoríase Vulgar – lesões de tamanhos variados,
delimitadas e avermelhadas, com escamas secas,
aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no
couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
Tipos de psoríase
b) Psoríase Invertida – lesões mais úmidas, localizadas em
áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos, cotovelos e
inframamária;
Tipos de psoríase
c) Psoríase Gutata – pequenas lesões localizadas,
em forma de gotas ou arredondadas, associadas a
processos infecciosos. Geralmente, aparecem no
tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros
e quadril) e ocorrem com maior frequência
em crianças e adultos jovens;
Tipos de psoríase
d) Psoríase Eritrodérmica – lesões generalizadas em 75%
ou mais do corpo;
Tipos de psoríase
e) Psoríase Ungueal – surgem depressões puntiformes ou
manchas amareladas principalmente nas unhas da mãos;
Tipos de psoríase
f) Psoríase Artropática – em cerca de 8% dos casos, pode
estar associada a comprometimento articular. Surge de
repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos
pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
Tipos de psoríase
g) Psoríase Postulosa – aparecem lesões com pus nos pés
e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
Tipos de psoríase
• h) Psoríase Palmo-plantar – as lesões aparecem como
fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Cuidados de Enfermagem
• Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como
prevenir a doença, embora seja possível controlar a
reincidência.
• Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser
controlados com o uso de medicação local, hidratação da
pele e exposição ao sol.
• Medicamentos por via oral só são introduzidos nos casos
mais graves de psoríase refratária a outros tratamentos.
Recomendações
• Estimular cuidados com a pele e banho diário, higiene
ocular e oral;
• Hidrate a pele com óleo mineral ou hidratante (cold
cream), para evitar seu ressecamento excessivo que
favorece a possibilidade de desenvolver lesões, fissuras
ou infecções secundárias;
• Estimular exposição solar moderada;
• Evite a ingestão de bebidas alcoólicas e fumo;
• Oriente o paciente a evitar situações de desgaste
emocional. O estresse tem papel importante no
aparecimento das lesões;
• Estimular ingesta hídrica e alimentação adequada.
Tratamento Medicamentoso
FOTOTERAPIA Sem resposta após 20 sessões, intolerância, contra – indicação ou
indisponibilidade

METOTREXATO ou ACITRETINA Sem resposta ou intolerância ou contra-indicação

CICLOSPORINA Sem resposta ou intolerância ou contra-indicação

BIOLÓGICOS (Etanercept e Infliximb)

A não resposta ao metotrexato deve ser avaliada após 4 a 6 semanas de uso enquanto a não
resposta à acitretina somente após 3 meses de uso.
Farmacodermia
• Farmacodermia é uma erupção cutânea que surge em
decorrência de uma reação alérgica, provocada pelo uso de
drogas (medicamentos). Qualquer tipo de medicamento pode
causar uma farmacodermia. Entre as drogas mais comumente
envolvidas estão os antibióticos, antiinflamatórios,
quimioterápicos, anticonvulsivantes e psicotrópicos.

• As erupções podem ser provocadas por diferentes tipos de


reações imunes que desencaderão variadas respostas na
pele.

• A maioria das farmacodermias são leves e tem resolução


espontânea após a interrupção do uso do medicamento.
Algumas podem ser graves e potenciamente letais, como a
Síndrome de Stevens-Johnson e a Necrose epidérmica tóxica.
Manifestações Clínicas
• As formas de manifestação de uma farmacodermia podem ser
as mais variadas possíveis como manchas avermelhadas
disseminadas pelo corpo, placas de urticária, descamação,
pústulas e bolhas, que podem ser acompanhadas de sintomas
como queimação e coceira.

• Além das lesões da pele, pode haver o surgimento de lesões


nas mucosas oculares, da boca e dos genitais, e também
edema (inchaço) da face e da laringe levando à dificuldade
respiratória.

• Em casos graves pode ocorrer a necrose da pele, aumento de


gânglios linfáticos, febre e baixa da pressão arterial.
Manifestações Clínicas
Erupção acneiforme: as lesões se parecem com as
de acne.
Manifestações Clínicas
DRESS (drug rash with eosinophilia and systemic
symptoms): erupção cutânea, febre, envolvimento de
órgãos internos e eosinofilia (aumento de eosinófilos no
sangue), comumente associada ao uso de
anticonvulsivantes.
Manifestações Clínicas
Eritema multiforme ou eritema polimorfo: acometimento
extenso com lesões avermelhadas, elevadas, algumas
com formato de alvo, que atingem principalmente os
membros
Manifestações Clínicas
Síndrome de Stevens-Johnson: acometimento cutâneo
extenso e das mucosas, sintomas gerais, descolamento da
pele de até 10%.
Manifestações Clínicas
Necrose epidérmica tóxica: reação cutânea severa que
provoca um rápido descolamento da pele de 30% ou mais
da superfície corporal.
Tratamento
Uma vez que seja identificado o medicamento que provocou a
erupção, este deve ser imediatamente suspenso, sempre que
possível. Se ele for fundamental para o tratamento de outras doenças,
deve-se buscar um substituto.

Quadros graves e com risco de morte, exigem internação hospitalar


para garantir o suporte necessário à vida do paciente e para evitar
e/ou tratar as possíveis complicações e infecções.
Cuidados de Enfermagem
• Máximo de restrição medicamentosa, inclusive em
relação a analgésicos e antitérmicos;
• Estimular banho de chuveiro;
• Auxiliar nas práticas de higiene corporal, oral e íntima;
• Estimular o paciente a realizar higiene oral 3 vezes ao
dia;
• Incentivar o uso de antisséptico bucal (solução de
clorexedina) 3 vezes ao dia;
• Utilizar medicamentos anestésicos (Hexomedine solução)
antes das refeições ou se dor em lesões da cavidade
oral;
• Lavagem ocular com SF 0,9% de 2 a 3 vezes ao dia e
limpar secreções com gaze umidecida;
Cuidados de Enfermagem
• Pingar colírios lubrificantes (hipromelose) de 2 em 2
horas ou se necessário;
• Hidratação da pele com óleo mineral quando as lesões
acometerem toda superfície corporal ou segmentos;
• Uso de Rayon quando a pele estiver fríavel e sangrante
principalmente na região dorsal e glútea (áreas de
contato com o lençol);
• Uso de Sulfadiazina de Prata 1% em lesões ulceradas e
com aspecto de infectadas e com secreções;
• Enfaixamento de segmentos corporais para melhor
controle da dor e cisalhamento;
• Manutenção do equilíbrio hídroeletrolítico pelas
importantes perdas através da pele e pelas dificuldades
de ingestão de alimentos e líquidos.
Obrigada!!!
Referências Bibliográficas
Consenso Brasileiro de Psoríse da Sociedade Brasileira de Dermatologia,
2008.

Arruda LHF, Campbell GAM, Takahashi MDF. Psoríase. An bras Dermatol


2001; 76: 141-167.

Brandão E S; Santos I; Carvalho M R; Pereira S K. Evolução do cuidado de


enfermagem ao cliente com pênfigo: revisão integrativa de literatura . Rev.
enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 jul/set; 19(3):479-84.

João Paulo De Carli, J P et al. Pênfigo e suas variações. UPF Odonto 2011;
19 (38): 15-29 15.

SILVA LM & ROSELINO AMF. Reações de hipersensibilidade a drogas


(farmacodermia). Revista Medicina, 36: 460-471, abr./dez. 2003.

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