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RESUMO
1 Artigo apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção
do título de Bacharel em psicologia.
2 Graduanda em Psicologia pela Universidade Potiguar – marimenezesilvino@gmail.com
3 Graduanda em Psicologia pela Universidade Potiguar – re_psic@yahoo.com.br
4 Orientadora. Mestre em Psicologia. Professora da Universidade Potiguar –
carolpsilemos@yahoo.com.br
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e através destes, viver seus conflitos na ficção, levando esta solução para a
sua própria realidade, por meio do processo de elaboração.
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
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Dados retirados da Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN/
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.p
df
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Relatório da Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde
(CASSAUDE) do Senado Federal de 9 de junho de 2009. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/atividade/comissoes/comissao.asp?com=1324&origem=SF
8De maneira geral, auto-conceito é definido como sendo a percepção que o indivíduo tem de si
mesmo e essa percepção se constrói a partir da influência das experiências nos vários
contextos de vida. Nas crianças e nos adolescentes, um dos domínios que mais contribui para
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Os contos infantis são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: ‘era
só um conto!’ E a gente sorri de si mesma. Mas, no fundo, não
estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos são a única
verdade da vida (SAINT-EXUPÉRY, 2009, p. 21).
2.2 MÉTODO
2.2.3 Participantes
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Para que uma história? Quem não compreende pensa que é para
divertir. Mas não é isto. É que elas têm o poder de transfigurar o
cotidiano. Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o
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MATERIAL ITENS
Lápis grafite
Borracha
Apontador
CAIXA LÚDICA Lápis de cor em madeira
Giz de cera
Lápis de cor hidrocor
Maleta médica com brinquedos/instrumentos que
fazem parte dos procedimentos e rotinas
hospitalares
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O paulista Ricardo Azevedo é escritor, ilustrador e pesquisador na área de cultura popular.
Ganhou quatro vezes o prêmio Jabuti e têm livros publicados na Alemanha, Portugal, México,
França e Holanda e textos em coletâneas publicados na Costa Rica e no Kuwait. O trecho
acima citado é de autoria do mesmo e pode ser encontrado no endereço eletrônico
http://www.ricardoazevedo.com.br.
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Em relação a sua estadia no hospital, relata que o que mais lhe causa
tristeza é a distância dos pais, em especial da mãe, o que se repete quando da
leitura dos contos de literatura infantil, ao longo dos quatro encontros. Outro
tema recorrente é seu medo de alguns procedimentos específicos: As injeções,
trocas de curativos, mas especialmente a cirurgia, esta lhe causa o temor da
morte.
Nos demais aspectos, mostra-se bastante adaptado:
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Personagem infantil criada pelos publicitários Juliano Prado e Marcos Luporini, em 2010,
bastante apreciada pelas crianças.
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Outra novidade desse dia foi que tanto Lino como sua mãe estavam muito
felizes por ele ter retirado pela manhã os últimos pontos que restavam na sua
perna direita.
No momento da leitura, as pesquisadoras decidiram investigar um pouco
mais sobre a pequena pedra que ele falou que carregava (a perda de um
grande amigo). Com o objetivo de usar os contos para ajudá-lo nessa
superação, optou-se em ler com ele o conto Lino. Corso e Corso (2006)
descrevem que as histórias nem sempre são contadas apenas para dar prazer,
mas também como modo de amparar as angústias, ajudar a nomear o que não
pode ou não consegue ser dito e ampliar o espaço do pensamento e da
reflexão, ou seja, é uma saída para que certas verdades sejam reveladas.
Durante a contação foi observado que Lino ficou sério, com o olhar
distante e os olhos cheios de lágrimas. Após a leitura as pesquisadoras
começaram a dialogar com ele:
O segundo conto escolhido por Lino foi “Quem tem medo de que”? A
leitura foi muito divertida e descontraída e Lino não esperou que ela chegasse
ao fim para interagir, a cada medo que o conto descrevia, ele abria um grande
sorriso e dizia que não tinha medo de nada e começava a contar também suas
histórias no sítio.
No último encontro, Lino escolheu ouvir a história do livro “O patinho
feio”. Foi uma tarde movimentada, a enfermaria estava cheia e barulhenta,
muita gente entrando e saindo o tempo todo. Lino dividia sua atenção entre o
conto que estava sendo lido e tudo que acontecia ao seu redor.
No final da leitura ele se limitou a responder apenas que o que tinha
mais gostado na história era que no final o patinho terminou feliz, amado e
aceito por todos do jeito que ele era. Também não quis usar a caixa lúdica.
Então a pesquisadora comunicou que aquele era seu último encontro com ele.
E esse diálogo foi emocionante, pois foi capaz de mostrar o quanto foi
positiva a intervenção dos contos de Literatura; o quanto eles puderam tocar os
adolescentes, entretê-los, levar um pouco de alegria ao ambiente hospitalar
que costuma ser tão hostil e despersonalizante.
Ao revés da criança, o adolescente pensa hipoteticamente, constrói
sistemas, teorias, possui uma grande capacidade de reflexão (pensar sobre o
próprio pensamento). Obviamente, nem todo adolescente é totalmente lógico
nas suas ações (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2010). O universo adolescente
permite, pois, a construção de um mundo de sentimentos e ações com
significados sócio-afetivos novos e críticos. Afinal, através do lúdico é permitido
ao sujeito organizar seu mundo, exercitar sua criatividade, fantasiar, dominar
papéis e situações e se preparar para o futuro.
Assim é que, desde tempos imemoriais, a contação de histórias tem
assumido um caráter terapêutico, possibilitando a tradução dos sentidos e
significados da existência humana, contribuindo para que as pessoas sejam
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3 CONCLUSÃO
ABSTRACT
hospital in the city of Natal/RN, therefore, we used the technique of reading fairy
tales for teens and also-application forms of semi-structured interviews with
parents and adolescents, and a playful box. It was possible to glimpse the
potential of fairy tales in adolescence as an important resource for coping,
allowing the person who experiences this step in the process of hospitalization
project themselves in the characters and, through them, to live their own
conflicts in fiction bringing this solution to their own reality, through the drafting
process.
Key words: Adolescence. Hospitalization. Playful. Fairy tales.
REFERÊNCIAS
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo. Ática,
1990.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. O Jardineiro que tinha Fé. Rio de Janeiro: Editora
Rocco, 1996.
FRANZ, Marie Louise Von. A individuação nos contos de fadas. São Paulo.
Paulus, 1984.
GUTFREIND, Celso. O terapeuta e o lobo: a utilização do conto na
psicoterapia da criança. Rio de Janeiro: Artes e Ofícios, 2010.
SOUZA, Maria Das Graças Gazel; SANTO, Fátima Helena Espírito. O Olhar
que Olha o Outro...: Um Estudo com Familiares de Pessoas em
Quimioterapia Antineoplásica. Revista Brasileira de Cancerologia, Instituto
Nacional de Câncer - Ministério da Saúde, v. 54, n. 1, p.31-41, 2008.
APÊNDICE
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Assinatura do coordenador
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IDENTIFICAÇÃO
Nome
Idade
Sexo
Escolaridade
Ocupação
Composição
familiar
Acompanhante
Relação com a
criança
QUESTIONAMENTOS GERAIS:
3. Costumava ler para ele na infância? Ele tem o hábito de ler? É uma
atividade que ele gosta? Quais as histórias infantis que ela mais gosta
de ouvir/ler?
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4. Possuiu algum amigo imaginário na infância? Em caso afirmativo, fale
um pouco sobre ele (nome, sexo, histórias e até que idade
permaneceu).
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6. Quais suas expectativas quanto ao tratamento do adolescente?
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7. Como acredita que ele reagirá à pesquisa?
APÊNDICE D - Formulário de entrevista inicial com os adolescentes
IDENTIFICAÇÃO
Nome
Idade
Sexo
Escolaridade
Leito
Tempo de
internação
Data da
entrevista
Tempo de
internação
Acompanhante
Diagnóstico
QUESTIONAMENTOS GERAIS:
6. O que você não gosta de fazer e de que você não gosta de brincar?
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1. Você sabe por que você está no hospital? É a primeira vez que você
vem aqui ou já veio outras vezes?
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3. O que lhe deixa mais triste, mais alegre e com mais raiva aqui?
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2. Qual história você mais gostou? Por quê? Qual a história que menos
gostou? Por quê?
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AGRADECIMENTOS
O percurso foi longo, mas nem por isso difícil; ou foi difícil, mas nem por
isso menos doce. Há exatos 18 meses começamos a percorrer a trajetória que
nos levaria ao que construímos, temos construído e continuaremos a construir:
um sonho, em forma de projeto.
Agradecer, então, se faz necessário a todas aquelas pessoas que, de
alguma forma, contribuíram para a realização do que foi tão cuidadosamente
projetado e desejado.
Em primeiro lugar a Ele, artífice da vida, luz que guia meus passos e
pensamentos; minha existência.
Aos meus pais, obrigada pelas noites em que velaram meu sono
inquieto; pelo abraço apertado que me recebia ao fim do dia na Escola; pelas
risadas que sempre alegraram nossa casa; pelos conselhos sábios que me
ajudaram a tomar minhas decisões; pelo alento nas horas de incerteza, abraço
que abarca todas as alegrias e dores, sorrisos e lágrimas, esperanças e
desesperanças; por mais que eu tente, por toda a vida, jamais conseguirei
agradecer suficientemente pelo que são e representam para mim; vocês são
meu esteio, o porto seguro para onde sei que sempre poderei ir quando as
águas parecerem turbulentas e tormentosas.
Ao meu irmão, amigo, com quem dividi tantos momentos... A infância
que teimou em correr feito menino arteiro, os momentos de alegria, os de dor,
as descobertas, as dúvidas, e tantas coisas que só a cumplicidade que existe
entre dois grandes amigos (porque assim somos um para o outro), é capaz de
permitir tal compartilhamento. Tenho orgulho do grande homem que se tornou,
íntegro, batalhador, competente, capaz, brilhante! embora em meu coração vá
ser sempre o menino birrento, danado e trabalhoso que insistia em me tirar do
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sério só para chamar minha atenção e atrair minha companhia. O menino dos
meus olhos e do meu coração.
Aos meus avós, José Nogueira (in memoriam), Rosália, Antônio e Elza
(in memoriam), meus grandes exemplos; obrigada por todo o carinho, que me
transmitiram e transmitem; vô e vó fazem a gente ver a vida de uma maneira
mais leve e tenra; a vocês toda a ternura que há em meu coração.
A minha família, tios e primos-irmãos, por serem parte de mim e eu de
vocês, nosso amor não se explica, nem se mede; se sente.
Ao meu namorado, meu amor, Rafael, pela cumplicidade que é só
nossa, pelo entendimento telepático, pelo cuidado, pela compreensão e por
esse amor que nos une, tão velho e tão novo; E apesar de tantas coisas já
experienciadas, tenho a convicção de que ainda estamos no começo de tudo,
de que virão ainda mais momentos a serem partilhados.
Aos meus amigos, grandes amigos, que carrego comigo por toda uma
vida, pela sinceridade, pela honestidade e verdade que existe em nossa
amizade, mesmo em meio a um mundo onde tantas coisas apontam para o
oposto.
À equipe do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, que tão bem nos
acolheu: Rejane, que nos abriu as portas para a pesquisa, Luciana, Odete e Ju
(Juliana) pela seriedade com que a encararam, pelas contribuições, enfim,
pelos braços abertos e mãos estendidas, e, principalmente, pelo que de bom
resultou de tudo isso: um laço invisível, uma amizade que foi além dos muros
da instituição.
À Carol, nossa orientadora, mais que isso, nossa amiga, por sonhar
junto com a gente, desde o primeiro momento, quando tudo ainda era um
simples devaneio de alguém com vontade de mudar o mundo. Pelos Wapp fora
de hora, por acolher nossas angustias, mesmo do outro lado do país, em seus
momentos de lazer.
À Ariane, nossa inspiradora, por toda a colaboração, pelo cuidado e
carinho que teve por nosso projeto fruto do amor que tem pela Literatura infantil
e sua aplicação terapêutica, a nós transmitido e por nós assimilado.
À Priscilla Araújo, por aceitar nosso convite a partilhar das páginas deste
artigo.
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Mariana Menezes
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AGRADECIMENTOS