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A.´.G.´.D.´.G.´.A.´.D.´.U.´.

Retrocedendo no tempo até à origem das festas solares e lunares, chegamos


ao tempo dos celtas, um povo pagão, povo dos bosques, um povo que vive em
comunhão com a natureza, que a respeita e com ela entra em harmonia. Como
tal venera as divindades que permitem manter viva essa natureza e essa
harmonia, enfatizando a terra e a deusa mãe.

Acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento


através das reencarnações, admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam
que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas com a
certeza de que cada um era responsável pelo seu próprio destino, de acordo
com os actos que livremente praticasse. Toda a acção era livre, mas traria
sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas.

Não admitiam que o culto da Divindade pudesse ter lugar dentro de templos
construídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas,
principalmente onde existissem carvalhos, os locais das suas cerimónias,
formando círculos mágicos visando a concentração e canalização da energia.

Para os celtas concepção de tempo difere do conceito que temos actualmente,


pois para eles o tempo não é linear, mas sim circular, cíclico. Não há um
princípio e um fim, ou um caminhar para o fim mas sim ciclos temporais que se
repetem infinitamente. O seu calendário levava em conta não só o ciclo solar
mas também o ciclo lunar.

Na roda do ano celta aparecem-nos oito períodos festivos ou sabbaths, dois


em cada estação. Nestas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a
Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e que
se apresenta de três formas distintas, a Deusa virgem, a Deusa mãe e a Deusa
anciã, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protector dos animais, dos rebanhos e
da vida selvagem.

O começo dos dias para os celtas, bem como para outros povos pagãos, é
celebrado ao anoitecer. Cada anoitecer traz-nos à memória que a Deusa, com
a sua magia e os seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das
intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam
depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o
semear de um novo dia. O Deus também descansa durante a escuridão,
preparando-se para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo
amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e


da noite momentos preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e
feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para
que a Natureza se possa manter equilibrada. Da mesma maneira, como a
imagem reflectida é o complemento da imagem projectada, homens e mulheres
precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa se
possa reflectir em momentos de intensa união e perfeição.

Tal como existem quatro momentos no dia (24h) que são pontos vitais, e há
quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio, temos no ano (365
dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto,
sétimo e décimo meses – dias que marcam a divisão exacta do ano em quatro
partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos
secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos
solstícios e equinócios. Está assim formada a roda do ano celta, em eterna
harmonia com o universo. Os celtas reuniam-se em clareiras e templos para
festejar ritualmente essas oito datas.

Sabbat Oito datas Festivas Data - Norte


Samhain Fim e Início de um Novo Ano 31 de Outubro
Yule Solstício de Inverno 21 de Dezembro
Festa do Fogo (Luz, Sol) – Noite de
Imbolc 1º de Fevereiro
Brigit
Equinócio de
Ostara ou Spring – Festa da Fertilidade 21 de Março
Primavera
Beltane A Fogueira de Belenos - Beltane 1º de Maio
Midsummer Solstício de Verão 21 de Junho
Lughnasadh Festa da Colheita 1º de Agosto
Mabon Equinócio de Outono 21 de Setembro

SAMHAIN
31 de Outubro/1 de Novembro
(pronuncia-se SOUEN)
Esta é a mais importante de todas as Festividades, pois, dentro do círculo,
Samhain marca tanto o fim como o início de um novo ano, sendo por isso o
tempo ideal para términos e começos. Nesta noite, o véu entre o nosso mundo
(mundo material) e o outro mundo (mundo espiritual) torna-se mais ténue. É
desta aproximação entre os dois mundos, os dois planos que nos surge hoje
esta festividade com o nome de festa dos planos. Esta é considerada, por
todos os pagãos, a noite mais mágica do ano.

Durante esta noite o véu que separa estes dois mundos está o mais fino
possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem
grandes dificuldades. Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos
lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É a hora de
honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e
comemorem connosco este momento tão especial da Roda do Ano.

“…E o ano chega ao final! Os últimos alimentos são colhidos após o equinócio
de Outono, marcando o início dos meses em que viverão com o que
conseguiram armazenar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem
agora alimentar os seus filhos famintos e nutrir o Deus na sua caminhada pelo
"outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a
promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas
que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo da vida, morte e
renascimento volta a estabelecer o equilíbrio, a Roda do Ano.”

Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O


Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao
Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a
ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como
a natureza, renascerão.

O "Outro Mundo" celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os


Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar onde todos
procuram respostas para as perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura
com a realidade e o consciente com o inconsciente. O Abismo é o local onde
os heróis são levados para que possam confrontar os seus maiores inimigos:
os seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada
mais são que os seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar
como verdadeiros heróis.
É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período nas
nossas vidas, pelo que se formulam desejos para o novo ano e afastam-se os
aspectos mais negativos das nossas vidas. Os mortos são lembrados mas
nunca com uma conotação de tristeza! A Roda continua a girar para sempre.
Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nesta vida
irão renascer, e, um dia, encontrar-nos-emos novamente, nesta jornada infinita
de evolução.

A versão cristã do samhain é o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados,


introduzida pelo Papa Bonifácio IV, no séc VII.

Yule - Solstício de Inverno


21 de Dezembro

Esta é a noite mais longa do ano. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que
é reverenciado como a Criança Prometida ou Deus Sol, que nasceu para trazer
Luz ao mundo. Em Yule é tempo de reencontrarmos as nossas esperanças,
pedindo para que os Deuses rejuvenesçam os nossos corações e nos dêem
forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de
descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com a sua pureza e
alegria.

Foi desta data e festividade que teve origem o Natal Cristão.

Imbolc ou Candlemmas - Festa do Fogo


01 de fevereiro

Imbolc quer dizer: dentro do útero. O Inverno ainda não se foi embora, mas por
baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante
dos nossos olhos, mas já lá estão, latentes, pulsando, esperando o momento
certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda
sob a energia revigorante do Sol.

Este é também o chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas, para
anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus o seu caminho. O Deus está
crescendo e tornando-se mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo.
Equinócio de Primavera – Ostara ou Festa da Fertilidade
21 de Março

Pela primeira vez no ano o dia e a noite são iguais. É, portanto, uma data de
equilíbrio e reflexão. Os dias escuros acabam, e a terra está pronta para ser
plantada. O Deus e a Deusa apaixonam-se, e deixam de ser mãe e filho. Nesta
data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada
e cheia de vida e alegria.

O Deus é devidamente armado para sair para a sua viagem no mundo das
trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.

Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade,


cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.

Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa


01 de Maio

É o festival do casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a


Virgem. BELTANE, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta.
Incitados pelas energias da Natureza, pela força das sementes e flores que
desabrocham, a Deusa e o Deus apaixonam-se.

Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas fogueiras são


acesas. Em Beltane acendem-se duas fogueiras, pois é costume passar entre
elas para se livrarem de todas as doenças e energias negativas. As fogueiras
de Beltane simbolizam o calor da paixão e a intensidade da interacção entre a
Deusa e o Deus, e a crescente fecundidade da Terra.

Belenos é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Nos


tempos antigos,

Também esta festividade foi cristianizada. Assim, as fogueiras de Beltane e o


Maypole (mastro adornado com as fitas coloridas trançadas) tornaram-se as
fogueiras e os mastros das festas dos santos "casamenteiros" cristãos, bem
como o mês de Maio foi consagrado à Virgem Maria e tido como benévolo aos
casamentos.
Midsummer - Solstício de Verão
21 de Junho

Neste dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus
chega ao ponto máximo do seu poder. É o tempo de pedirmos coragem,
energia e saúde. Mas sem nos esquecermos que, embora o Deus esteja na
sua plenitude, é nesta hora que ele começa a declinar. Em breve Ele dará o
último beijo à sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da
Terra do Verão.

Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho
do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, pelo que devemos não só
nos ligar à plenitude, mas também aceitar o declínio e a morte.

Lughnasadh ou Lammas - Festa da Colheita


01 de Agosto

Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela


primeira colheita do ano.
Lugh é o Deus Sol. Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou
os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo.

Nessa data deve-se agradecer tudo o que colhemos durante o ano, sejam
coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa
evolução.

Este é o primeiro dos três Sabbats da colheita. O Deus já dominou o mundo


das trevas, e agora passará por leves mudanças, com o seu poder declinando
subtilmente com o passar dos dias. Por isso, o honramos, e agradecemos pela
energia dispensada sobre as colheitas.

Mabon - Autumn - Equinócio de Outono


21 de Setembro

Este é o segundo dos festivais da colheita (sendo Samhain o terceiro). A


fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos
desaparecendo, enquanto os armazéns se enchem. Derrama-se leite sobre a
terra para agradecer pela fertilidade e bondade da mesma. Agora, fechamo-
nos, e os nossos corações voltam-se para nós mesmos.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do
Amor. Nestaa noite devemos pedir harmonia no amor e protecção para as
pessoas que amamos.

O Deus está agonizado e em breve morrerá. Este é o Festival em que devemos


pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam da
nossa ajuda e conforto.

O período negro do ano aproxima-se aos poucos. É uma data especial para
evocarmos espíritos familiares, guardiães e antepassados, para pedirmos a
sua ajuda e aconselhamento para o período mais negro da Roda, que em
breve chegará.

Disse.
A.´.S.´.
M.´.M.´.

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