Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Não admitiam que o culto da Divindade pudesse ter lugar dentro de templos
construídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas,
principalmente onde existissem carvalhos, os locais das suas cerimónias,
formando círculos mágicos visando a concentração e canalização da energia.
O começo dos dias para os celtas, bem como para outros povos pagãos, é
celebrado ao anoitecer. Cada anoitecer traz-nos à memória que a Deusa, com
a sua magia e os seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das
intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam
depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o
semear de um novo dia. O Deus também descansa durante a escuridão,
preparando-se para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo
amanhecer.
Tal como existem quatro momentos no dia (24h) que são pontos vitais, e há
quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio, temos no ano (365
dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto,
sétimo e décimo meses – dias que marcam a divisão exacta do ano em quatro
partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos
secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos
solstícios e equinócios. Está assim formada a roda do ano celta, em eterna
harmonia com o universo. Os celtas reuniam-se em clareiras e templos para
festejar ritualmente essas oito datas.
SAMHAIN
31 de Outubro/1 de Novembro
(pronuncia-se SOUEN)
Esta é a mais importante de todas as Festividades, pois, dentro do círculo,
Samhain marca tanto o fim como o início de um novo ano, sendo por isso o
tempo ideal para términos e começos. Nesta noite, o véu entre o nosso mundo
(mundo material) e o outro mundo (mundo espiritual) torna-se mais ténue. É
desta aproximação entre os dois mundos, os dois planos que nos surge hoje
esta festividade com o nome de festa dos planos. Esta é considerada, por
todos os pagãos, a noite mais mágica do ano.
Durante esta noite o véu que separa estes dois mundos está o mais fino
possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem
grandes dificuldades. Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos
lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É a hora de
honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e
comemorem connosco este momento tão especial da Roda do Ano.
“…E o ano chega ao final! Os últimos alimentos são colhidos após o equinócio
de Outono, marcando o início dos meses em que viverão com o que
conseguiram armazenar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem
agora alimentar os seus filhos famintos e nutrir o Deus na sua caminhada pelo
"outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a
promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas
que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo da vida, morte e
renascimento volta a estabelecer o equilíbrio, a Roda do Ano.”
Esta é a noite mais longa do ano. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que
é reverenciado como a Criança Prometida ou Deus Sol, que nasceu para trazer
Luz ao mundo. Em Yule é tempo de reencontrarmos as nossas esperanças,
pedindo para que os Deuses rejuvenesçam os nossos corações e nos dêem
forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de
descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com a sua pureza e
alegria.
Imbolc quer dizer: dentro do útero. O Inverno ainda não se foi embora, mas por
baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante
dos nossos olhos, mas já lá estão, latentes, pulsando, esperando o momento
certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda
sob a energia revigorante do Sol.
Este é também o chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas, para
anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus o seu caminho. O Deus está
crescendo e tornando-se mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo.
Equinócio de Primavera – Ostara ou Festa da Fertilidade
21 de Março
Pela primeira vez no ano o dia e a noite são iguais. É, portanto, uma data de
equilíbrio e reflexão. Os dias escuros acabam, e a terra está pronta para ser
plantada. O Deus e a Deusa apaixonam-se, e deixam de ser mãe e filho. Nesta
data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada
e cheia de vida e alegria.
O Deus é devidamente armado para sair para a sua viagem no mundo das
trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.
Neste dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus
chega ao ponto máximo do seu poder. É o tempo de pedirmos coragem,
energia e saúde. Mas sem nos esquecermos que, embora o Deus esteja na
sua plenitude, é nesta hora que ele começa a declinar. Em breve Ele dará o
último beijo à sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da
Terra do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho
do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, pelo que devemos não só
nos ligar à plenitude, mas também aceitar o declínio e a morte.
Nessa data deve-se agradecer tudo o que colhemos durante o ano, sejam
coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa
evolução.
O período negro do ano aproxima-se aos poucos. É uma data especial para
evocarmos espíritos familiares, guardiães e antepassados, para pedirmos a
sua ajuda e aconselhamento para o período mais negro da Roda, que em
breve chegará.
Disse.
A.´.S.´.
M.´.M.´.