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PIAAR-R Níveis te 2
Programa de Intervenção Educativa para
Aumentar a Atenção e a Reflexividade
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Colecção Intervenção Psicopedagógica

Colecção dirigida por

ANTÓNIO MENEZES ROCHA

PIAAR-R Níveis 1e2


Programa de Intervenção Educativa para
Aumentar a Atenção e a Reflexividade

Guia do Professor

(1a Edição)

cegoc

CEGOC-TEA, Lda. — Av. António Augusto Aguiar, 21- 2°


1050-012 LISBOA
A coordenação dos trabalhos de adaptação deste programa à população portuguesa e a
elaboração deste Guia do Professor são da responsabilidade de Alexandra Figueiredo de
Barros, do Dept° de Investigação e Publicações Psicológicas da CEGOC-TEA.

Agradecemos a colaboração de Carla Fidalgo na tradução deste programa.

Nenhuma parte do Guia do Professor ou dos Cadernos dos Alunos pode ser impressa
ou reproduzida por qualquer meio sem a autorização escrita dos proprietários do
Copyright.

Autor: Bernardo Gargallo


Copyright 1997© by TEA Ediciones
Copyright 1998© by CEGOC-TEA para a adaptação portuguesa.
Edição CEGOC-TEA: Av. António Augusto Aguiar, 21 - 2° 1050-012 LISBOA.
Proibida a reprodução total ou parcial. Todos os direitos reservados.

NÃO FOTOCOPIE ESTES MATERIAIS.


RESPEITE OS DIREITOS DE AUTOR E APOIE A INVESTIGAÇÃO EM PSICOLOGIA.
PIAAR-R: Guia do Professor

ÍNDICE

CARACTERÍSTICAS GERAIS 8

1.1 Ficha técnica 8

1.2 Material 8

2, PERSPECTIVA TEÓRICA 9

2.1 A MEDIDA DA REFLEXIVIDADE 10

2.2 A INVESTIGAÇÃO ESPANHOLA. DADOS DISPONÍVEIS 12


2.2.1 Primeira investigação 12
2.2.2 Segunda investigação 12
2.2.3 Terceira investigação 14
3. OS PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO 17

3.1 TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO 17


3.1.1 Demora forçada 17
3.1.2 Ensino de estratégias cognitivas adequadas à procura e análise de
detalhes (scanning) 17
3.1.3 Auto-instruções. Ensino de estratégias de autocontrolo verbal por
intermédio de auto-verbalizações 18
3.1.4 Treino para a Resolução de Problemas 19
3.1.5 Modelagem Participativa 20
3.1.6 Reforços 20
3.2 EXERCICIOS EM QUE SE CONCRETIZAM AS TÉCNICAS 21

3.3 FUNÇÕES POTENCIADAS PELO PROGRAMA 21

3.4 POPULAÇÃO A QUE SE DIRIGEM 22

3.5 TÉCNICAS, OBJECTIVOS E FUNÇÕES QUE SE PRETENDE POTENCIAR EM


CADA SESSÃO E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS 22

3.6 DIÁRIO DA ACÇÃO EDUCATIVA. DESENVOLVIMENTO DAS SESSÕES DE


INTERVENÇÃO 23

4. BIBLIOGRAFIA 95

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PIAAR-R: Guia do Professor

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INTRODUÇÃO

Em 1993 publicámos o PIAAR, um programa educativo criado e validado pelo autor, cujo
âmbito de aplicação era a população escolar com mais de 12 anos. Este programa parece
ter cumprido os seus objectivos e decerto continuará a fazê-lo, aparecendo agora neste
novo manual com o nome de PIAAR-R 2. Com a continuação dos trabalhos do autor
sobre a reflexividade e a atenção e, fruto de diversas investigações, surge um novo
programa concebido para uma população escolar mais jovem. Concretamente, o
programa de que falamos, o PIAAR-R 1, foi posteriormente aplicado, com êxito, ao 10
ciclo do Ensino Básico, pelo que se considera válido para a faixa etária dos 7 aos 11
anos.

7
PIAAR-R: Guia do Professor

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

1.1 Ficha técnica


PlAAR-R
Nome PIAAR-R, Níveis 1 e 2. Programa de Intervenção
Educativa para o Aumento da Atenção e da Reflexividade.

Autor Bernardo Gargallo López (Universidade de Valência)

Editora CEGOC-TEA
Proprietária dos direitos
da versão original TEA Ediciones, S.A.

Administração Colectiva (preferencialmente em contexto escolar),


podendo também aplicar-se individualmente.

Duração Variável, dependendo do nível aplicado (entre 20 a 30


minutos para cada sessão do nível 1 e cerca de 20
minutos para o nível 2). Aconselha-se a aplicação de três
sessões semanais.

Aplicação Os limites aproximados de idade são: Nível 1, 7 a 11


anos; Nível 2, preferencialmente dos 12 aos 14 anos
(apesar de também poder ser aplicado a partir dos 9
anos).

Objectivo Potenciar, fundamentalmente, as capacidades de


reflexividade e atenção na execução de tarefas.

1.2 Material

• Guia do professor (comum para ambos os níveis).


• Caderno PIAAR-R 1 (que inclui a folha de acompanhamento) para o nível 1.
• Caderno PIAAR-R 2 (inclui também a folha de acompanhamento) para o nível 2.
• Conjunto de 6 Cartões ilustrativos para o nível 1.

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PIAAR-R: Guia do Professor

2. PERSPECTIVA TEÓRICA
O auge da psicologia cognitiva, determinado pela necessidade de clarificar e explicar
os processos cognitivos mediadores, ou seja, o que ocorre na mente do sujeito quando este
produz uma resposta face a estímulos ambientais, ou ainda por outras palavras, a forma
como é processada a informação recebida, levou à conceptualização dos estilos cognitivos
como constructos teóricos que fazem referência e explicam esses processos cognitivos
mediadores. Em última análise, os estilos cognitivos são os modos habituais do sujeito
processar informação.

Na tese de doutoramento de Gargallo (1989a), apresentou-se uma classificação dos


estilos cognitivos, sintetizando-se •os 14 estilos mais comuns. Posteriormente
(Gargallo,1996), incorporaram-se outros estilos, chegando-se a uma listagem de 20 estilos
cognitivos diferentes.

De entre estes estilos cognitivos, as nossas investigações centraram-se na


Reflexividade/Impulsividade, por ser o estilo que mais implicações tem nas questões
'educativos, de que sempre nos ocupámos.

Este estilo Reflexividade/Impulsividade (R-I), constitui um constructo teórico


demarcado por dois pólos ou variáveis:

1. A latência ou demora da resposta, que se refere ao tempo que precede a emissão


da resposta e consiste no período de tempo que o sujeito utiliza para reflectir e
analisar os dados disponíveis, em tarefas que apresentem um mínimo grau de
incerteza e nas quais, portanto, a resposta não é imediatamente óbvia. Isto conduz a
tempos longos versus breves.

2. A precisão ou exactidão da resposta, ou qualidade do rendimento, que conduz a


acertos versus erros.

Os sujeitos mais impulsivos gastam muito pouco tempo na análise dos estímulos, são
) pouco atentos, utilizam estratégias de análise inadequadas e cometem, por isso, mais erros
que os sujeitos mais reflexivos que são mais atentos e cuidadosos na análise dos mesmos,
utilizam estratégias pertinentes, gastam mais tempo e, também, se enganam menos.

Diversos estudos confirmaram as implicações que este estilo cognitivo tem na escola:
Assim, a R-I tem muito a ver com o rendimento académico (os sujeitos reflexivos obtêm
melhores notas que os sujeitos impulsivos); com a atenção (os sujeitos reflexivos são mais
atentos); com a capacidadè para controlar e inibir os movimentos (fundamentais nas tarefas
de aprendizagem como a leitura e a escrita); com o autocontrolo (os sujeitos reflexivos
possuem mais autocontrolo); com a linguagem interior como auto-reguladora do
comportamento; com a capacidade de usar competências metacognitivas (aprender a
aprender, controlar os próprios processos de aprendizagem); com a capacidade de resolver
de forma satisfatória os problemas, académicos ou do dia-a-dia, e com outros aspectos da
personalidade, da actividade intelectual e da aprendizagem. Em todos estes aspectos, os
sujeitos reflexivos superam os impulsivos. Deste modo, fica demonstrada a dimensão
eminentemente prática deste estilo cognitivo.

9
PIAAR-R: Guia do Professor

O estilo cognitivo Reflexividade/Impulsividade, goza já de alguma tradição nos EUA,


assim como nos países Anglo-saxónicos, desde que o professor Jerome Kagan, da
Universidade de Harvard, o conceptualizou e definiu na década de 60. No Japão, registam-
se também alguns trabalhos efectuados nesta área. Na Europa, foram os professores Cairns
e Cammock da Universidade da Irlanda do Norte, que mais se destacaram nesta área,
fornecendo novos dados muito interessantes, sobretudo a partir de 1978. Em Espanha,
tinha-se feito muito pouco até que começámos a abordar este tema em 1984.

Analisámos a fundo a literatura existente sobre o tema, nos seus aspectos empíricos
e teóricos, que nos interessou desde o início pela sua dimensão prática.

Constatámos que a reflexividade ajuda a criança a adaptar-se ao mundo que a


rodeia, muito mais que a impulsividade e, na nossa perspectiva de educadores, interessou-
nos de uma maneira especial a sua relação com o rendimento académico, já que sempre
nos preocupámos com o alto índice de insucesso escolar que encontramos. Além disso se,
como confirmavam os estudos existentes, o tema tinha repercussões ao nível da
personalidade, do desenvolvimento intelectual e do comportamento, valia a pena investir
esforços no seu estudo e investigação.

Como educadores, encontramos muitas vezes alunos com baixos rendimentos nos
exames e em tarefas quotidianas, por serem impulsivos. Muitas vezes, as crianças não
respondem, ou fazem-no de forma inadequada, a questões que estão dentro das suas
capacidades intelectuais e conhecimentos, porque não são capazes de parar e pensar "O
que é que eu tenho que fazer'?". Outras vezes, não respondem à segunda parte de uma
pergunta, quer porque entretanto se esqueceram, quer porque nem sequer repararam nesta.

Normalmente, face a estas situações, o professor limita-se a recomendar que se


concentrem um pouco mais, que estejam mais atentos e tenham mais cuidado no que
fazem, que reflictam mais e que não sejam tão precipitados e impulsivos. Contudo, a
experiência repete-se uma e outra veZ; e as crianças voltam a cometer os mesmos erros ou
outros similares.

Até agora, carecíamos de ferramentas científicas válidas para ensinar os alunos a


reflectir. Com este trabalho, apresentamos algumas alternativas que podem dar resposta a
esta questão. Elaborámos dois programas de ensino da reflexividade, cuja eficácia é
validada pelos resultados, e que são de fácil utilização na aula. Tal como qualquer matéria
escolar, a reflexividade também pode ser ensinada. Desta forma, poderemos melhorar o
rendimento escolar dos nossos alunos, bem como as suas classificações. Não quer dizer
que deste modo se tornem mais inteligentes, mas decerto aprenderão a tirar mais partido
dos seus conhecimentos e capacidades. Para além deste aspecto, o incremento da
capacidade de reflexividade contribuirá para a melhoria de alguns aspectos da sua
personalidade e do seu comportamento, tais como a agressividade, o auto-controlo, etc.

2.1 A MEDIDA DA REFLEXIVIDADE

Para determinar a R-I dos sujeitos, foi usado o já conhecido MFFT (Matching Familiar
Figures Test ou Teste de Emparelhamento de Figuras Familiares) de Kagan (1965a). É um
teste de emparelhamento perceptivo, composto por 12 itens e mais dois de exemplo, cada
qual apresentando simultaneamente ao sujeito um desenho igual ao modelo, e seis
variantes ou cópias quase idênticas do mesmo, das quais apenas uma é uma réplica exacta.

10
PIAAR-R: Guia do Professor

A tarefa do sujeito consiste em determinar qual dos seis desenhos corresponde exactamente
ao modelo. Anotam-se o tempo que o sujeito leva para dar a resposta e a ordem dos erros,
caso ocorram. Partindo da mediana dos erros e da latência da resposta do grupo,
classificam-se os sujeitos num dos quatro grupos clássicos: lentos-inexactos (levam mais
tempo que a média do grupo e cometem também mais erros); lentos-exactos ou reflexivos
(empregam mais tempo que a mediana do grupo e cometem menos erros que a mediana de
erros do grupo); rápidos-inexactos ou impulsivos (gastam menos tempo e cometem mais
erros), e rápidos-exactos (empregam menos tempo e cometem menos erros, sendo,
portanto, os que obtêm um- rendimento mais eficiente). Normalmente, os reflexivos e os
impulsivos ocupam dois terços da amostra e os rápidos-exactos e lentos-inexactos ocupam
o terço restante.

Desta forma, depois de realizar a prova, o sujeito é classificado como reflexivo ou


impulsivo (ou rápido-exacto e lento-inexacto), pelo procedimento de divisão pela mediana: o
sujeito que está acima da mediana do seu grupo no período de latência ou tempo empregue,
antes de dar a primeira resposta a cada item do teste e abaixo da mediana do seu grupo no
número de erros cometidos, é considerado reflexivo. O sujeito que está abaixo da mediana
do grupo na latência e acima desta nos erros, é considerado impulsivo.

Define-se assim uma matriz de dois por dois, em que os reflexivos e os impulsivos se
encontram nas duas células diagonais e ocupam cerca de dois terços na maioria das
amostras, enquanto que o terço restante, que recai nas células da diagonal contrária,
corresponde aos lentos-inexactos na parte superior e aos rápidos-exactos na parte inferior.

ERROS

-CS Altos (Mediana) Baixos


z Alta Lentos-Inexactos Reflexivos
a) Baixa Impulsivos Rápidos-Exactos
2
Não utilizámos o clássico teste de Kagan, mas sim o MFF20 (Teste de
) Emparelhamento de Figuras Familiares, de 20 itens), de Cairns e Cammock (1978), cuja
estrutura e utilização são idênticas às do teste de Kagan, com a única diferença de alguns
itens serem distintos e de incorporar outros novos, totalizando 20 itens, em vez dos 12 do
teste de Kagan. A razão é que este teste apresenta mais consistência e
fiabilidade/estabilidade que o teste do professor de Harvard. Por isso, recomendamos a
utilização desta prova a quem quiser investigar o R-1. Em breve, e na sequência de mais de
mil aplicações do teste a crianças dos 6 aos 14 anos, será publicada uma aferição
espanhola.

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PIAAR-R: Guia do Professor

2.2 A INVESTIGAÇÃO ESPANHOLA. DADOS DISPONÍVEIS

2.2.1 Primeira investigação

Entre 1984 e 1985, foi elaborado um programa de intervenção para o 5° e 6° ano de


escolaridade (Gargallo, 1985 e 1987), cujo objectivo consistia no incremento da
reflexividade. Pretendia-se comprovar se, através de um programa como aquele, seria
possível melhorar a reflexividade.. Foi efectuado um estudo quasi-experimental com 4
grupos: dois experimentais (um grupo do 5° ano e outro do 6° ano), e dois grupos de
controlo (um grupo do 5° ano e outro do 6° ano), num total de 92 alunos. A distribuição dos
sujeitos pelos grupos experimental e de controlo foi feita ao acaso. Os sujeitos pertenciam a
duas escolas públicas da zona agro-industrial de Valencia.

Foi aplicado um pré-teste, em conjunto com o MFF20, para determinar o grau de R-I
dos sujeitos, na segunda quinzena de Janeiro e na primeira de Fevereiro de 1985.
Seguidamente, foi aplicado o programa de intervenção composto por 27 sessões, ao ritmo
de três vezes por semana. A fase de aplicação do programa terminou na última semana de
Abril. Esta investigação foi desenvolvida pelo autor deste manual. A seguir, foi efectuado um
pós-teste, novamente em conjunto com o MFF20, para determinar a eficácia do programa de
intervenção, de forma a verificar se a sua aplicação tinha melhorado de modo significativo a
reflexividade dos sujeitos dos grupos experimentais comparativamente aos dos grupos de
controlo, onde não houve nenhuma intervenção.

As análises estatísticas revelaram o que se esperava de acordo com a hipótese delineada.


Os grupos experimentais e de controlo não apresentavam diferenças significativas nas
médias de erros e de latência antes da intervenção (tinham níveis similares de R-I) mas, no
pós-teste já se verificaram diferenças significativas entre os grupos: os sujeitos dos grupos
experimentais, submetidos ao programa de intervenção, tinham melhorado
significativamente ao nível da reflexividade ao contrário dos elementos do grupo de controlo.

2.2.2 Segunda investigação

Tendo como ponto de partida a primeira investigação efectuada, foi levada a cabo
outra, ainda mais ambiciosa, entre 1986 e 1987. O resultado desta investigação foi um dos
programas que aqui apresentamos — o PIAAR-2 - desenvolvido para o 3°ciclo do Ensino
Básico.

Já se tinha verificado que era possível melhorar a reflexividade, através de


intervenções grupais em sala de aula. Agora, era necessário determinar se essa melhoria
perdurava no tempo e se esta se consolidava e generalizava ou se os sujeitos, que
imediatamente depois da aplicação do programa se tornavam mais reflexivos, voltariam,
com o passar do tempo, ao nível de impulsividade anterior.

Juntamente com outros aspectos importantes no contexto do R-1, que podem ser
consultados na tese de doutoramento de Gargallo (1989a), publicada pela Universidade de
Valencia, assim como noutras publicações do mesm6 autor (Gargallo, 1989b, 1993a e b),
pretendia-se determinar a influência do R-1 no rendimento escolar dos alunos, defendida por
alguns investigadores anglo-saxónicos e rejeitada por outros. Pretendia-se determinar,
assim, se um programa de intervenção para o aumento da reflexividade podia, além de

12
PIAAR-R: Guia do Professor

melhorar a reflexividade, melhorar o rendimento académico dos alunos sujeitos ao programa


e fazer aumentar as suas classificações escolares.

Neste caso, o programa foi elaborado de forma mais cuidadosa, incluindo


informações recolhidas com base nos últimos estudos sobre o assunto, já posteriores à
primeira investigação, o que levou ao aumento do número de sessões para 30.

O estudo utilizado foi quasi-experimental e a amostra foi constituída por 201 sujeitos
distribuídos por 12 grupos de alunos do 8° ano de escolaridade. Destes, 6 grupos eram
experimentais e 6 de controlo. Os siijeitos eram originários de 5 escolas públicas diferentes
das quais 3 da província de Valencia, 1 de Castellón e 1 de Teruel. A atribuição das
condições experimental e de controlo foi efectuada de forma aleatória. Trabalharam neste
projecto 5 professores diferentes sendo que um deles era o autor deste programa e director
da investigação. Pretendia-se assim, evitar que as suas expectativas, mesmo que
inconscientes, influenciassem os alunos e os resultados obtidos.

Esta experiência durou todo o ano escolar de 1986-87. Foi efectuado um primeiro pré-
teste a todos os sujeitos com a prova MFF20, na primeira quinzena de Novembro de 1986.
Seguidamente, tiveram lugar as 30 sessões do programa de intervenção, durante Dezembro
de 1986, Janeiro e Fevereiro de 1987, ao ritmo de 3 sessões semanais. Foi efectuada uma
segunda aplicação do teste MFF2O (1° pós-teste), na segunda quinzena de Março de 1987.
A terceira aplicação ocorreu na segunda e terceira semanas de Junho de 1987 (2° pós-
teste). Entre as diferentes aplicações do teste, decorreu um intervalo de tempo de três
meses e meio a quatro meses. Apesar de, aparentemente, este intervalo de tempo parecer
curto, no contexto das investigações efectuadas em relação ao R-I, este período é
considerado amplo.

Os resultados obtidos foram muito satisfatórios. No pré-teste, não foram encontradas


diferenças significativas nas médias, nos erros e nas latências, entre os sujeitos dos grupos
experimentais e de controlo, o que significa que, antes da intervenção, ambos os grupos
tinham níveis semelhantes de R-I. No primeiro pós-teste, já se encontram diferenças
significativas tanto nos erros como nas latências: os sujeitos experimentais tinham-se
) tornado mais reflexivos do que os do grupo de controlo, em resultado da aplicação do
programa. Para determinar a durabilidade e consistência dos resultados, analisámos os
dados do segundo pós-teste, efectuado praticamente quatro meses depois do fim da
aplicação do programa. Verificámos que, não só se mantinha a melhoria da reflexividade,
como até aumentava: os sujeitos do grupo experimental eram, sem dúvida, mais reflexivos
do que os elementos do grupo de controlo. De facto, os resultados eram agora melhores do
que no primeiro pós-teste. Constatava-se, então, a durabilidade e consistência dos
resultados obtidos.

Os resultados vieram, assim, apoiar, um aspecto importantíssimo da hipótese.


Permitimo-nos salientá-los pois é pouco frequente encontrar resultados como estes, no
âmbito das investigações do R-I. Geralmente, os autores anglo-saxónicos, que mais têm
estudado o tema, encontram melhorias significativas imediatamente depois de intervir sobre
os sujeitos, mas estas acabavam por se diluir com o tempo e os sujeitos impulsivos voltavam
ao ponto de partida. Neste estudo verificou-se, sem dúvida, que as melhorias na
reflexividade se mantinham ou aumentavam.

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P1AAR-R: Guia do Professor

Posteriormente, tentou delimitar-se a influência do R-I sobre o rendimento académico


através das classificações em Língua Castelhana e em Matemática, duas áreas
instrumentais clássicas relacionadas com o R-I, concretamente a atenção, discriminação,
reflexividade e análise cuidadosa de detalhes. Encontramos diferenças significativas nas
médias dos sujeitos reflexivos e impulsivos no rendimento das duas áreas: os reflexivos
obtinham melhores classificações que os seus colegas impulsivos.

Para além disso, foi encontrada uma tendência consistente da melhoria das
classificações dos sujeitos submetidos ao programa (experimentais), face aos do grupo de
controlo, sobre os quais não existiu qualquer tipo de intervenção, mas que não chegou a
constituir uma diferença de médias significativa. Os sujeitos de controlo, no pré-teste,
obtiveram uma média de notas de 23,32 valores (média das avaliações de Língua
Castelhana e de Matemática) e no pós-teste de 23,06. Os elementos do grupo experimental
obtiveram, no pré-teste, anterior à aplicação do programa, uma média de 23,33 valores e,
depois desta, uma média de 24,09. Observou-se que, antes da intervenção, a média dos
sujeitos de controlo e a dos sujeitos do grupo experimental era exactamente idêntica — 23,33
no grupo de controlo e 23,33 no grupo experimental. Depois da intervenção, os elementos
do grupo de controlo obtiveram 23,06, um ligeiro decréscimo e os sujeitos experimentais
24,09, um resultado que representa uma clara melhoria.

Constatamos que, partindo de uma situação de igualdade de classificações, se


passou para uma situação em que os sujeitos do grupo experimental obtiveram uma média
de classificações superior em mais do que um valor relativamente ao grupo de controlo, o
que apoia a existência da generalização e transferência dos resultados obtidos: a partir da
melhoria da reflexividade chegou-se igualmente a uma melhoria do rendimento académico.

Posteriormente o programa foi aplicado aos 6° e 7° anos de escolaridade com êxito.

Considerou-se que a idade ideal para a aplicação deste programa seria a partir dos
12 anos.

2.2.3 Terceira investigação


Ao longo do ano escolar de 1994-95 (Gargallo e De Santiago, 1996), foi levada a
cabo uma segunda investigação, cujo objectivo principal consistia no melhoramento da
reflexividade em sujeitos do 2° ano do 1° ciclo para estender posteriormente o programa à
faixa etária dos 7 aos 11 anos. Este trabalho consistiu num verdadeiro desafio devido à
idade dos sujeitos seleccionados para a investigação: 7 anos. Habitualmente, esta idade é
considerada muito baixa para dar início ao ensino de estratégias reflexivas, pelo que,
geralmente só se começa a fazê-lo aos 9-10 anos. Dada esta situação, não se dispunha de
dados a respeito de trabalhos anteriores. Foram escolhidas crianças com 7 anos e não 6
pois era necessário que os sujeitos tivessem um certo domínio da leitura e da escrita. Existia
a convicção de que tal era possível, pois as crianças pequenas possuem mais competências
do que nós, intuitivamente, julgamos.

O estudo foi também quasi-experimental, e trabalhou-se com alunos do 2° ano de um


colégio próximo de Valencia. Esta amostra era constituída por 60 sujeitos, dos quais 30
pertenciam ao grupo experimental e os restantes ao de controlo. A atribuição dos sujeitos à
condição experimental ou de controlo foi aleatória.

14
PIAAR-R: Guia do Professor

O programa foi elaborado com extremo cuidado, tendo em conta a idade dos alunos.
Esta investigação decorreu durante todo o ano lectivo. O programa foi apresentado à
direcção do colégio e aos pais em Novembro de 1984. O pré-teste, realizado com a prova
MFF20, foi aplicado no mesmo mês e em Dezembro começaram as 25 sessões de
intervenção, ao ritmo de duas por semana, tendo terminado as aplicações na terceira
semana de Março. imediatamente a seguir, foi aplicado o primeiro pós-teste e, durante o
mês de Junho o segundo pós-teste. A aplicação do programa decorreu sob a
responsabilidade da tutora do grupo experimental que, para além de ser licenciada em
pedagogia e professora, tinha sido aluna do director desta investigação.

Tal como na investigação anterior, a análise dos resultados dos dois pós-testes
permitiu-nos determinar a estabilidade dos resultados obtidos relativamente ao aumento da
reflexividade. A análise das classificações escolares, antes e depois da aplicação do
programa, permitiu-nos avaliar a generalização e transferência do aumento da reflexividade
para o rendimento académico.

Os resultados obtidos foram os seguintes: tal como se supunha, não apareceu uma
diferença significativa entre as médias, os erros e as latências, dos sujeitos experimentais e
de controlo, no pré-teste, o que significa que ambos possuíam níveis de R-I semelhantes.
No primeiro pós-teste, encontramos diferenças significativas entre os dois grupos: os
sujeitos experimentais tinham menos erros e utilizavam maiores latências: tinham-se tornado
mais reflexivos, tendo em conta a situação inicial de equivalência. A consistência dos
resultados foi corroborada pelo segundo pós-teste, que só se pôde aplicar aos sujeitos do
grupo experimental. Para tal, foi efectuada uma análise intra-grupo, comparando os
resultados dos sujeitos experimentais consigo próprios, antes e depois da intervenção: estes
alunos que haviam aumentado a sua reflexividade do primeiro pré-teste para o primeiro pós-
teste ao nível de erros e das latências, continuavam a mostrar uma melhoria na reflexividade
no segundo pós-teste: os erros diminuíam relativamente ao primeiro pós-teste, e as
latências, embora de forma menos significativa, aumentavam o que implicava que os
sujeitos ganhavam eficiência, já que ao utilizarem mais tempo, cometiam menos erros.

Encontrou-se um aumento no rendimento académico ao nível da Língua: os sujeitos


experimentais, que tinham incrementado a reflexividade, aumentavam de forma significativa
as suas notas (a classificação anterior à intervenção foi de 6,66; a classificação posterior à
intervenção e simultânea ao primeiro pré-teste: 7,46; a classificação simultânea ao segundo
pós-teste foi de 7,15). Em Matemática estas diferenças não foram encontradas.

Durante o ano escolar de 1995/96 (Gargallo, 1996b) o mesmo programa foi aplicado
ao 2° ano num colégio com características semelhantes ao anterior. Foi também realizado
um estudo ouasi-experimental, com um grupo experimental e outro de controlo. Os
resultados obtidos foram muito promissores, verificando-se a consistência dos resultados e o
incremento da reflexividade, de acordo com os dados obtidos no segundo pós-teste, assim
como a generalização e transferência: neste caso os sujeitos do grupo experimental
obtiveram um aumento significativo nas classificações de Línguas e de Matemática face ao
grupo de controlo.

De uma forma menos sistematizada, o programa foi aplicado a outros níveis do 1°


ciclo, com muito bons resultados. Desta forma, a idade ideal de aplicação do programa inclui
todo o 1° ciclo, i.e. entre os 7 e os 11 anos.

15
PlAAR-R: Guia do Professor

• O êxito de ambos os programas, em consequência dos resultados positivos obtidos


com o incremento de reflexividade e com a generalização e transferência dos mesmos,
traduzidos por uma melhoria do rendimento académico, leva-nos a incentivar os
psicopedadgogos, os profissionais de educação e os investigadores no uso destes
programas. São simples, a sua aplicação não demora muito tempo e adequam-se
perfeitamente à dinâmica das aulas. Podem inclusivamente ajudar a quebrar alguma
monotonia, são eficazes e revelam-se atractivos e motivadores para os alunos. O PIAAR-1
para além disso, constitui o primeiro programa aplicado, coim êxito, a sujeitos tão jovens e
prova que se pode ensinar a reflexividade na sala de aula bastante mais cedo do que se
julgava ser possível.

Em último caso, trata-se de ensinar os alunos a tomar consciência dos processos


cognitivos utilizados na aprendizagem, para aprender a controlá-los, reconduzi-los e
optimizá-los. Esta tarefa é possível, necessária e extremamente útil. Com ela, situamo-nos
no campo do aprender a aprender e da metacognição.

Ambos os programas apresentam a mesma estrutura, no que diz respeito ao uso de


estratégias, funções trabalhadas, etc. Por isso, explicamos a sua estrutura conjuntamente,
introduzindo as especificidades necessárias para cada um deles.

16
PIAAR-R: Guia do Professor

3. OS PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO
Os programas de intervenção procuram trabalhar as duas variáveis do estilo
reflexividade-impulsividade: o tempo ou latência, para o aumentar quando necessário e a
precisão ou exactidão, para melhorar o rendimento, através do ensino de estratégias
cognitivas adequadas, reduzindo o número de erros. Para o efeito, utilizam-se uma série de
técnicas, exercícios e estratégias, fundamentados cientificamente.

3.1 TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO

3.1.1 Demora forçada

Consiste em impôr aos alunos um determinado tempo antes de darem a resposta ao


problema, exercício ou estímulo apresentado. Exige-se assim um tempo mínimo,
previamente fixado, para a realização de cada um dos exercícios de que consta o programa,
antes do qual não se pode emitir a resposta ou não se pode dar por concluído o exercício.
Para tal, baseámo-nos nos dados de trabalhos prévios (Gaines, 1971; Heider, 1971; Kagan,
Pearson e Welch, 1966 e Schewebel, 1966). Para conseguir forçar a demora, emprega-se a
mediação verbal utilizando instruções verbais claras e a modelagem participativa, levada a
cabo pelo educador ou professor que realiza a intervenção.

3.1.2 Ensino de estratégias cognitivas adequadas à procura e análise de detalhes


(scanning)

Não se trata apenas de levar o sujeito a usar mais tempo na realização da tarefa mas
também se pretende que este obtenha mais rendimento desse maior período de latência.
Há, pois, que o ensinar a analisar atentamente os detalhes, apresentando-lhe, de uma forma
clara, as estratégias pertinentes a utilizar.

Existem inúmeros estudos que suportam a eficácia desta técnica de ensino de


estratégias (Cow e Ward, 1980; Debus, 1976; Egeland, 1974; Heider, 1971; Meichenbaum,
1981; Meichenbaum e Goodman, 1969 e 1971; Solis-Cámara, 1985; Solis-Cámara e Solis-
Cámara, 1987).

Utilizámos o procedimento elaborado por Egeland (Egeland, 1974), um procedimento


desenvolvido, inicialmente, para tarefas semelhantes às propostas pelo teste MFF20, que
ensina ao sujeito os seguintes passos:

1) Observar o modelo e todas as variantes ou cópias.

2) Dividir as variantes nas partes que as constituem.

3) Seleccionar cada um dos fragmentos e compará-los, em todas as variantes,


procurando semelhanças e diferenças entre elas e comparando-os com o fragmento
modelo.

4) Determinar, no modelo, qual é a forma correcta do fragmento em questão.

5) Eliminar sucessivamente as alternativas que diferem do modelo em cada fragmento.

17
PIAAR-R: Guia do Professor

6) Continuar a eliminar as variantes até que reste apenas a correcta.

Complementamos este procedimento com o de Debus (Debus, 1976). Este autor teve
um especial interesse em ensinar, clarificar e fixar os componentes mais escondidos da
resposta reflexiva: os componentes do comportamento dos sujeitos reflexivos que não são
visíveis porque não se manifestam exteriormente nem se verbalizam. Debus pensava que,
para ensinar as estratégias de reflexividade, havia que as tornar explícitas: o professor, ou
uma pessoa treinada na reflexividade, deveria analisar cuidadosamente todos os
pormenores do exercício de emparelhamento utilizando como respostas adicionais a
verbalização de todos os passos que dava - tornando assim explícitos e claros os
componentes encobertos da estratégia reflexiva - e a realização de marcas ou sinais onde
conviesse.
As respostas adicionais foram desaparecendo gradualmente em experiências posteriores,
em que se chegou a uma melhoria das respostas da criança, que havia assimilado os
componentes ocultos da resposta reflexiva. Debus ensinou o seu procedimento com
modelagem participativa e os dados do seu estudo são especialmente relevantes porque
correspondem a uma das poucas investigações que referem efeitos duradouros do treino e
uma certa generalização de estratégias de reflexividade, oito meses depois de se ter
concluído o programa.

Os procedimentos que utilizámos foram integrados com mediação verbal, modelagem


participativa e reforços.

3.1.3 Auto-instruções. Ensino de estratégias de autocontroio verbal por intermédio de


auto-verbalizações
Baseiam-se no papel da linguagem como mediadora do comportamento, naquilo que
Luria (Luria, 1956 e 1961) denominou de função directiva da fala. Trata-se de ensinar as
crianças a usar as auto-verbalizações como reguladoras do comportamento e como
instrumento de autocontrolo.

Quanto à eficácia desta técnica, assim como à sua base teórica, encontram-se
diversos trabalhos: (Bornas, Servera, Serra e Escudero, 1990; Cow e Ward, 1980; Luria,
1959 e 1961, Meichenbaum, 1981; Meichenbaum e Goodman, 1969 e 1971 e Vigotsky,
1962).

O procedimento delineado por Meichenbaum e colaboradores (Meichenbaum, 1981,


Meichenbaum e Goodman, 1969 e 1971) é, sem dúvida, o mais conhecido dos que utilizam
auto-instruções, e consta dos seguintes passos:

1) Um adulto realiza a tarefa ao mesmo tempo que vai falando para si próprio em voz
alta (modelo cognitivo).

2) A criança realiza a mesma tarefa sob a orientação das instruções do modelo


(instrução externa e manifesta).

3) A criança realiza a tarefa ao mesmo tempo que dá as instruções em voz alta a si


própria (auto-instrução manifesta).

18
P1AAR-R: Guia do Professor

4) O aluno sussurra para si próprio as instruções à medida que realiza a tarefa (auto-
instrução manifesta atenuada).

5) Por último, a criança realiza a tarefa e guia a sua actuação mediante um discurso
interno inaudível, privado ou uma auto-orientação não verbal (auto-instrução
escondida).

Partindo deste procedimento geral, ensina-se aos alunos um método de resolução de


problemas, que consta dos seguintes passos:

1) Identificação do problema e tomada de consciência da tarefa a desempenhar ("O


que é que eu tenho que fazer?").

2) Focalização da atenção e orientação da resposta. Focalização da atenção na


resposta que se dá à pergunta 1 ("Bem, pára agora e repete as instruções").

3) Capacidades do domínio da auto-avaliação e auto-reforço; ensina-se a criança a


auto-avaliar-se e a auto-reforçar-se ("Bom, estou a fazer bem").

4) Não se desconcentrar da tarefa e correcção de erros, caso se produzam ("Está bem


feito e, se me enganar, não há problema pois poderei rever o que fiz").

Este é o formato que utilizamos com os sujeitos mais velhos, no P1AAR-2. No PIAAR-
1, tendo em conta que trabalhámos com crianças de sete anos, realizámos uma adaptação
do mesmo. Desenhámos uns lápis animados, cada um deles com uma mensagem visual
muito clara, que se referiam a seis situações diferentes, em que siaprimimos o procedimento
de resolução de problemas. As mensagens que as crianças deviam memorizar e integrar no
seu trabalho, eram as seguintes:

1) Atenção, o que tenho que fazer? Oiço".


2) Leio atentamente. Concentro-me muito.
3) Penso. Faço um plano.
4) Respondo. Faço o exercício. Faço-o com cuidado. Consigo fazê-lo bem.
5) Revejo o trabalho com atenção e, se encontro erros, corrijo-os.
6) Consegui! Sou bom nisto!

Estes lápis, com os seis passos, feitos em tamanho grande, ficavam sempre visíveis.

Este procedimento foi ensinado de maneira gradual, até ter sido integrado pelos
alunos e de acordo com os passos que se propõem classicamente: realização da tarefa pelo
modelo - professor ou educador - que falam explicitando os passos, orientação dos alunos
por parte do modelo através da fala, auto-direcção verbal explícita por parte dos próprios
alunos, auto-direcção atenuada e auto-direcção escondida ou auto-verbalização interna, não
audível.

3.1.4 Treino para a Resolução de Problemas

O treino na resolução de problemas revelou-se muito eficaz no desenvolvimento da


reflexividade. Os dados de uma investigação levada a cabo na Universidade de Tel-Aviv
(Zakay, Bar-El e Kreitler, 1984), são claros a esse respeito.

19
PIAAR-R: Guia do Professor

Estes investigadores utilizaram um procedimento específico, o "P.T.", - o Plan


Training ou Plano de Treino. Neste programa de treino apresentam-se problemas
hipotéticos, não necessariamente escolares, observados no dia-a-dia, e enfatiza-se a
produção de várias alternativas de solução e a análise das suas possíveis consequências
positivas e negativas, antes de se optar pela solução que, em termos de custo, risco e
precisão, seja considerada a melhor.

Esta técnica revelou-se muitb mais eficaz que outras utilizadas para a melhoria da
reflexividade, conduzindo à estabilidade dos resultados positivos que se mantinham oito
semanas depois da intervenção e revelavam alguma generalização.

Utilizámo-la em ambos os programas, com problemas simples extraídos do


quotidiano.

3.1.5 Modelagem Participativa

Existem dados decorrentes de muitos estudos que avaliam a eficácia do uso da


modelagem, concretamente da modelagem participativa para incrementar a reflexividade
(Cohen e Przybycien, 1974; Debus, 1970 e 1976; Denney, 1972; Meichenbaum, 1971 e
1981; Meichenbaum e Goodman, 1969 e 1971; Ridberg, Parke e Hetherington, 1971; Yando
e Kagan, 1968). A modelagem está sempre presente no programa, implícita noutras técnicas
e em todas as sessões: o educador exemplifica aos alunos como se realizam os exercícios
do programa para que estes aprendam a reflectir e corrige-os, verbalizando as estratégias
que conduzem à solução.

3.1.6 Reforços
O reforço contingente à realização do comportamento mostrou-se eficaz para
aumentar o tempo de latência da resposta, e também, ainda que em menor grau, para
diminuir os erros (Briggs,1968; Briggs e Weinberg, 1973; Errickson, Wyne e Routh, 1973;
Heider, 1971; Kendalle Finch, 1979; Loper, Hallahan e Mckinney, 1982; Peters e Rath, 1983;
e Yap e Peters, 1985).

Para reforçar de modo contingente o desempenho dos alunos deve utilizar-se em


cada exercício o reforço social: a aprovação, o encorajamento, o reconhecimento e a crítica
construtiva, estimúlando os que se enganam a melhorar. Estabelecemos também, em
ambos os programas, um sistema de pontos obtidos diariamente pelos exercícios bem
resolvidos (um por cada exercício), para os trocar no final do programa por recompensas
tangíveis, cujo valor em pontos havia sido previamente fixado: Baiões, livros infantis, réguas,
tesouras, material escolar, doces, quadros, etc. No PIAAR 2, tendo em conta que
trabalhámos com crianças mais velhas, utilizámos também a técnica do custo da resposta:
os alunos que cometiam erros em quatro sessões seguidas, perdiam o direito a parte do
tempo de uma sessão de recreio, aproveitando este tempo para rever os exercícios com
erros, com o professor. Yap e Peters (1985), acharam que este procedimento do custo da
resposta era muito eficaz, se utilizado como feedback negativo para os alunos impulsivos,
quando cometiam erros, muito mais que as recompensas para as respostas correctas. Os
dados de Kendall e Finch (1979), Peters (1979) e Peters e Rath, (1983) apontam no mesmo
sentido. No PIAAR 1 - , tendo em conta que as crianças eram muito pequenas, não utilizámos
o custo da resposta. Além disso, como o trabalho dos alunos foi excelente decidimos trocar
o reforço por um prémio final a distribuir por todos, um par de raquetes para cada um. Em
20
P1AAR-R: Guia do Professor

suma, é importante reforçar os alunos quer social quer materialmente, devendo ser o
professor ou o educador a estabelecer o sistema de reforços para o programa, de acordo
com as suas características e com as dos alunos.

3.2 EXERCÍCIOS EM QUE SE CONCRETIZAM AS TÉCNICAS

O P1AAR-R 1 compõe-se de 25 sessões e o P1AAR-R 2 de 30. Ambos são descritos


no ponto Diário da Acção Educativa. Praticamente todos os exercícios têm em comum a
incerteza da resposta e a apresentação de problemas com diversas alternativas de solução,
em que a resposta não é imediatamente óbvia.

3.3 FUNÇÕES POTENCIADAS PELO PROGRAMA

Atenção

Elemento fundamental da capacidade de reflexividade, de acordo com os dados de


Ault e Parsons (1972), Campbell (1973), Schawartz e Tursky (1969), Welch (1973) e
Zelniker, Jeffrey, Ault e Parsons (1972). Trabalha-se em todos e em cada um dos exercícios
do programa.

Discriminação

Fundamental nas tarefas em que a reflexividade está envolvida, de acordo com os


dados de Egeland (1974), Solis-Cámara (1985), Zelniker et al. (1972), Zelniker e
Oppenheimer (1973 e 1976). Todos eles afirmam que as tarefas de diferenciação e
discriminação de formas são excelentes para ensinar a prestar atenção aos detalhes e a
processar a informação.

Capacidade para adiar a resposta

É um pressuposto básico da resolução de tarefas que implicam incerteza e deste


) estilo cognitivo. Os dados de Albert (1969), Gaines (1971), Heíder (1971), Kagan, Pearson e
Welch (1966), e Scwebel (1966) são claros a esse respeito. Trabalha-se em todos os
exercícios.

Autocontrolo através de autoverbalizações internas e de auto-regulação

As crianças impulsivas têm índices muito baixos de auto-controlo e de auto-


regulação. Os exercícios do programa potenciam a regulação e o controlo do
comportamento através das auto-verbalizações internas e facilitam a previsão e antecipação
de metas e consequências do comportamento. Baseámo-nos nos dados de Meichenbaum
(1971 e 1981) e de Meichenbaum e Goodman (1969 e 1971).

Capacidade para observar e analisar cuidadosamente detalhes

É básica para a reflexividade. O treino na análise de detalhes e em estratégias


cognitivas pertinentes é eficaz no incremento da reflexividade. Existem diversos estudos que
se orientam neste sentido: Ault et ai. (1972), Cow e Ward (1980), Debus (1976), Egeland
(1974), Siegelman (1969), Solis-Cámara (1987), Zelniker et al. (1972), etc.

21
PIAAR-R: Guia do Professor

Capacidade de resolver problemas

Esta capacidade é deficitária nas crianças impulsivas. Trata-se de potenciar a


aproximação reflexiva aos problemas, o adiamento da resposta, a previsão e antecipação de
consequências, a sua análise cuidada e a tomada de decisões pertinentes. O nosso trabalho
apoia-se nos dados de Zakay, Bar-El e Kreitler (1984).

3.4 POPULAÇÃO A QUE SE DIRIGEM

Tal como se mencionou antes, o PIAAR-R 1 aplica-se ao grupo escolar dos 7 aos 11
anos e o PIAAR-R 2 ao grupo escolar dos 12 anos em diante, ainda que possa ser aplicado
desde os 9 anos.

3.5 TÉCNICAS, OBJECTIVOS E FUNÇÕES QUE SE PRETENDE POTENCIAR EM CADA


SESSÃO E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS

Tudo isto é apresentado com clareza no ponto Diário da Acção Educativa, que
apresenta detalhadamente o procedimento a seguir em cada uma das sessões de
intervenção de ambos os programas, com instruções muito precisas para a sua aplicação.

De qualquer das formas, apresentamos uma série de estratégias de actuação para os


professores ou educadores, que se devem aplicar em todas as sessões:

- O professor dirige sempre a realização dos exercícios.

- Distribui as folhas em que estes se realizam e recolhe-as ao concluir a correcção.

- Dirige a execução da tarefa de acordo com as normas vigentes para cada sessão.

- Fornece as instruções oportunas já que, para qualquer dos exercícios, os alunos só


dispõem das folhas em que figuram os estímulos, não havendo qualquer instrução escrita.
Isto serve para evitar que o professor se distraia na condução do processo, bem como para
impedir que os alunos actuem sem seguir as instruções. Deste modo, evita-se também um
treino prévio na realização da tarefa que o aluno poderia ir ensaiando se dispusesse
previamente das instruções.

- Controla o tempo necessário preestabelecido para cada sessão.

- Dirige a correcção explicitando os passos que conduzem à solução do exercício.


Utiliza depois a modelagem participativa, já que é ele quem reforça os sujeitos com
manifestações verbais de apoio, anotação dos pontos obtidos, etc.

A correcção dos exercícios pode decorrer sob a responsabilidade dos próprios alunos
no caso do PIAAR-R 2, com excepção das sessões em que se resolvem problemas (2, 13,
24 e 27), cuja correcção cabe ao professor. Cada aluno pode pois, corrigir o seu próprio
exercício ou, se isto for inadequado por se detectarem anomalias, pode-se trocar a
correcção dos exercícios entre os alunos. A correcção do PIAAR-R 1 processa-se em função
dos alunos e da dinâmica da classe. Haverá grupos de alunos, muito jovens, que
seguramente serão incapazes de corrigir os exercícios adequadamente, devendo a
correcção ser da responsabilidade do professor. Contudo, estas crianças podem corrigir
22
PIAAR-R: Guia do Professor

alguns dos exercícios mais simples, havendo, no entanto, que acompanhar esta correcção
de muito perto. Outras crianças, mais velhas, poderão corrigir a maioria dos exercícios. De
qualquer modo, é necessário que o professor realize o exercício explicitando os seus
passos, referindo os processos cognitivos e justificando as soluções, já que se deve exercer
também aqui a modelagem da reflexividade.

Uma vez corrigidos os exercícios o professor:

- Atribui a cada sujeito a pontuação obtida em cada sessão, anotando-a na folha de


acompanhamento.

- Reforça os alunos com elogios ou transmite-lhes críticas positivas, recordando


periodicamente a pontuação de cada sujeito, assim como os prémios a obter no final do
programa. Se necessário, aplica a técnica do custo da resposta.

- Toma nota das faltas de presença (bastando para isso deixar em branco a casa
correspondente à pontuação do sujeito na sessão actual), para o aluno realizar os exercícios
em falta quando regressar.

-É também o professor quem distribui os prémios no final do programa.

3.6 DIÁRIO DA ACÇÃO EDUCATIVA. DESENVOLVIMENTO DAS SESSÕES DE


INTERVENÇÃO

PIAAR-R1*

Introdução ao programa de intervenção

Antes de começar o programa explica-se aos alunos que, durante alguns meses, e duas
vezes por semana, em sessões de cerca de 20 a 30 minutos, irão realizar uma série de
exercícios, simples e divertidos, muitos deles jogos, que os ajudarão a melhorar a sua
atenção, a realizar melhor os seus trabalhos e a aprender com mais facilidade. Para isso, é
fundamental conseguir a sua cooperação e compromisso. Também o entusiasmo do
professor pode ajudar a contagiar os alunos. Estabelece-se o sistema de reforços que se
considere adequado (podem ser pontos que se troquem por objectos, recompensas gerais
para toda, a turma se o rendimento geral for satisfatório, etc. Em todo o caso, é
imprescindível o reforço social para os exercícios feitos correctamente, nas actividades do
dia a dia, elogiando e reconhecendo o esforço e os resultados. Mais do que criticá-los, é
preferível animar estes alunos, dar-lhes pistas e ajudá-los a fazer melhor) e este é
apresentado à turma.

*Antes de iniciar cada sessão do nível 1, é conveniente consultar algumas das sessões similares do Nível 2, já
que uma vez que foi o 2° nível que foi feito em primeiro lugar, as explicações sobre os métodos de aplicação,
desenvolvimento e correcção das sessões são mais amplas e detalhadas (Nota do editor).

23
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 1

Objectivos:
Potenciar a latência das respostas, a atenção, a discriminação, a auto-regulação e o
auto-controlo pessoal.

Técnicas utilizadas:
Auto-instruções, Demora forçada, Modelagem e Reforços.

Instruções:
Apresenta-se a mascote do programa: o nosso amigo "o lápis" Aproveita-se esta
primeira sessão, para introduzir o procedimento auto-instrutivo de Meichenbaum. Ensina-se
os passos a dar para a realização de qualquer tarefa:

1) Atenção, o que tenho que fazer? Oiço".


2) Leio atentamente. Concentro-me muito.
3) Penso. Faço um plano.
4) Respondo. Faço o exercício. Faço-o com cuidado. Consigo fazê-lo bem.
5) Revejo o trabalho com atenção e, se encontro erros, corrijo-os.
6) Consegui! Sou bom nisto!

. Estas instruções verbais apresentam-se associadas aos desenhos da mascote do


programa, feitos em tamanho grande numa cartolina e que acompanharão as aulas quer
durante o programa quer depois deste ter terminado.

Depois desta explicação, o professor passa a realizar o exercício, de acordo com os


passos ensinados, para que os alunos se familiarizem com o procedimento. Neste caso,
trata-se de uma tarefa em que é necessário pintar de vermelho os desenhos abertos do lado
esquerdo e pintar de azul os desenhos abertos do lado direito. Enquanto se realiza a tarefa
no quadro ou, com a ajuda do retroprojector, o professor vai dando em voz alta as instruções
acima mencionadas. Introduzem-se alguns erros propositadamente e corrigem-se ao rever o
trabalho. Ao conclui-lo o professor felicita-se a si próprio perante os alunos (auto-reforço).

Exercício de exemplo:

24
PIAAR-R: Guia do Professor

A seguir, os alunos vão realizar um exercício quase idêntico, sob a orientação verbal
do professor, que irá explicando os seis passos a dar, dirigindo a realização do exercício,
sem dar soluções e insistindo somente no processo. O exercício é entregue aos alunos em
folhas individuais.

É estabelecido um tempo mínimo de dez minutos que os alunos têm de utilizar


necessariamente, na realização e revisão do exercício. Como se verifica que alguns alunos
têm problemas na revisão do exercício, pois, para eles, não é muito claro como o podem
fazer, explica-se a toda a turma que rever significa fazer mentalmente o exercício de novo,
como se não o tivessem feito já, e verificar muito bem as respostas que deram, de acordo
com as instruções do trabalho, para verificar se estas estão correctas ou não, rectificando-as
se necessário.

Exercício da sessão n° 1. "Esquerda-direita". - Respostas correctas

azul vermelho) azul q: azul

<:razul

1 \\
azul vermelho) azul azul vermelho
1 7

1 1
I azul azul azul
1

Uma vez que todos os alunos tenham concluído o exercício, o professor passa a
corrigi-lo dando as instruções em voz alta de acordo com os seis passos mencionados.
Pede aos alunos que revejam o seu trabalho para verem se as respostas estão correctas ou
não. Felicita aqueles que fizeram o exercício correctamente e incita aqueles que cometeram
algum erro a serem mais cuidadosos da próxima vez e a pedirem ajuda se precisarem.

25
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 2. "De quem é o cãozinho?".

Objectivos:
Aumentar a latência, a atenção, a discriminação, o auto-controlo verbal e a auto-
regulação.

•Técnicas:
Auto-instruções, Demora forçada, Modelagem e Reforços.

Instruções:
Continuamos a trabalhar o processo auto-instrutivo de Meichenbaum. O professor
distribuí o exercício a cada criança, com a folha virada para baixo. Antes de começar,
recorda os seis passos do amigo "lápis" para realizarem bem as suas tarefas, assinalando
cada passo na cartolina presente na sala de aula. A seguir, pede-se aos alunos que virem a
folha de exercício e que vão actuando de acordo com as intruções do professor "Atenção.?
O que devo fazer?", etc...É exigido um tempo mínimo de 5 minutos para terminar a tarefa.
Aqueles que precisarem de mais tempo farão o exercício depois.
Exercício da sessão n° 2: "De quem é o cãozinho?" - Resposta Correcta

Quando todos tiverem terminado corrige-se com o auxilio do retroprojectar, ou


mostra-se a folha do professor aos alunos. Utiliza-se novamente o reforço social.

26
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 3. "Com tantas letras, fico confuso".

Objectivos:
Potenciar a latência, a atenção, a discriminação, o auto-controlo verbal e a auto-
regulação.

Técnicas empregues:
Auto instruções, Demora forçada, Modelagem e Reforços.

Instruções:
Entrega-se aos alunos a folha contendo dois conjuntos de pares de letras. Num, é
necessário assinalar o par de letras "LX" e no outro, o par "PZ". Pede-se aos alunos que,
antes de começarem com o exercício, verbalizem os passos do "lápis". Exige-se um tempo
mínimo de 10 minutos para cada parte do exercício. Uma vez que os passos tenham sido
explicitados pela turma, solicita-se aos alunos que realizem a tarefa enquanto verbalizam os
) passos em voz alta.

Exercício da sessão n° 3: "Com tantas letras, fico confuso" - Respostas correctas

Rodeia com um círculo o grupo de duas letras "LX" sempre que apareça:

HJ JK LK XI RT NY UK ML CV VH
JN HI KJ KL MN OL LI LK 511., PO LO JU
KN PL LJ LK YU TH XG YX XL LK
WE XI LW XL LK KM NK

Rodeia com um círculo o grupo de duas letras "PZ" sempre que apareça:

) ER TR PZ PO ZX XD WS KZ ZP PZ KL KI UH
LE OE WP C-
F ZD PC PV VH GF CZ)
I SP PX KJ UH
UV io (P-
Z) PF FD TO TE RE JH HZ JZ DC
PD DP DZ PC VI OV PZ OK UY TG RD EC

Quando todos os alunos tiverem terminado, o professor irá corrigir o exercício com o
retroprojector e verbalizará os passos convenientes. Ao terminar utilizará o reforço social,
elogiando os alunos que acertaram e encorajando aqueles que cometeram erros.

A partir da terceira sessão e, de acordo com a forma como foi assimilado o


procedimento, encoraja-se os alunos a utilizarem-no nas tarefas escolares habituais:
exercícios, problemas, trabalhos de casa, etc, das diferentes áreas escolares
(generalização). Se necessário, pode recorrer-se a exemplos concretos de utilização em que
este procedimento será útil.

27
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO NI° 4 "Quais são iguais?".

Objectivos:
Incrementar a latência, a atenção, a discriminação, a análise de detalhes, o auto-
controlo verbal e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem e Reforços.

Instruções:
O professor realiza o exercício que serve de exemplo para os alunos. Trata-se de
identificar a figura ou figuras que são iguais ao modelo. Fá-lo verbalizando os passos do
procedimento auto-instrutivo que se tem trabalhado. O aluno pode cometer erros ao realizar
a tarefa mas deve rectificá-los na altura de rever o trabalho. Pede-se aos alunos que vão
dizendo em voz alta os passos aprendidos de acordo com as instruções do "lápis". Neste
exercício, existem duas figuras iguais ao modelo e exige-se o tempo mínimo de 10 minutos
para a sua realização.

Exercício de exemplo: Soluções e localização dos erros

28
MAAR-R: Guia do Professor

Exercício da sessão n°4. Quais são iguais?


Soluções e localização dos erros

Terminado o exercício por todos os alunos, o professor faz de modelo e reforça


socialmente os alunos. Continua-se o procedimento auto-instrutivo nas tarefas escolares
quotidianas (generalização), exemplificando os casos em que se pode aplicar.

29
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 5. " Procuramos as diferenças".

Objectivos:
Aumentar a latência, a atenção, a discriminação, a análise dos detalhes, o auto-
controlo e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
Na folha de exercício entregue aos alunos surgem dois desenhos, um em cima e
outro em baixo, com seis diferenças entre ambos. Deve-se assinalar, no desenho de baixo,
as seis diferenças. Pede-se aos alunos que sigam os seis passos do procedimento auto-
instrutivo mentalmente, "com a cabeça", já sem utilizar as palavras. Estes podem socorrer-se
da cartolina presente na sala. Exige-se uma demora temporal de 10 minutos antes da
conclusão do exercício e insiste-se na revisão da tarefa.
Exercício da sessão n° 5. "Procuramos as diferenças" - Soluções

Ao concluir o exercício corrige-se e reforça-se socialmente os alunos. Incita-se a


generalização do procedimento.

30
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 6 "Temos um problema".


Objectivos:
Treinar a resolução de problemas prevendo e antecipando as consequências e a
tomada de decisão. Potenciar a latência, o auto-controlo e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem, Resolução de problemas e Reforços.

Instruções:
Antes de realizar o exercício, o professor faz de modelo expondo e resolvendo um
problema da vida perante os alunos, para começar a ensinar a previsão e a antecipação das
consequências.

Exemplo da sessão n° 6
António e o João são amigos mas estão zangados. Começaram por se insultar
na brincadeira, depois insultaram-se a sério e acabaram por lutar. Agora não falam um
com o outro. Têm um problema. Como o resolverão?

O professor aborda o tema dando as auto-instruções: "Atenção? O que tenho que


fazer? Leio atentamente e penso..."
O primeiro deve inteirar-se muito bem do que tem que fazer. Para isso, deve ler o
problema muito devagar e com cuidado. Uma vez que o problema esteja claro - verbaliza-se
o problema, com a ajuda dos alunos - vou tentar solucioná-lo. Para resolver este problema,
assim corno outro qualquer, temos que pensar nas soluções possíveis. Como posso resolver
o problema? Este será o meu plano para resolver o problema. Pensa-se pelo menos em três
soluções e tomamos nota:
Solução n° 1) O que devem fazer é nunca mais falarem um com o outro e deixarem
de ser. amigos.
Solução n° 2) O António deve mudar de colégio e assim acabam-se as brigas.
Solução n° 3) Devem pedir desculpa um ao outro e fazer as pazes.

Bom, já temos três soluções possíveis (se os alunos derem outras, anotam-se
também). Agora temos que ver as boas e más consequências de cada solução, quer dizer, o
que acontece depois se escolhermos cada urna dessas soluções. Vamos ver então as
consequências e tomamos nota a seguir:
Solução n° 1) Nunca mais se falarem.
***Boas consequências: Nenhuma.
***Más consequências: Nunca mais serão amigos, o que é muito triste.
Solução n° 2) O António muda de colégio.
***Boas consequências: Não"terão mais brigas no colégio.
***Más consequências: O António não verá mais os seus amigos. Ele gosta
muito do colégio actual e, se mudar, é possível que a nova escola não lhe agrade
tanto.
Solução n° 3) Pedir desculpas.
***Boas consequências: Farão as pazes e serão de novo amigos.

31
PIAAR-R: Guia do Professor

***Más consequências: Podem sentir um pouco de vergonha mas, se fizerem as


pazes, valerá a pena.

Muito bem, agora escolhemos a melhor solução. Qual é aquela que melhor soluciona o
problema? Qual tem melhores consequências? Neste caso, é a terceira: pedir desculpa.
Fizemos bem. Somos bons nisto.
Depois, se te acontecer o mesmo que aconteceu aos dois amigos da história, tens que
decidir quando vais pedir desculpa e como o farás. Se tudo correu bem, já está. Se a
solução não resultou, procuramos outras.

Exercício da sessão n° 6. "Temos um problema".


O professor entrega aos alunos a folha com o problema e os passos necessários para
o resolver. No mínimo, exige-se 10 minutos dedicados ao problema.
João e a Maria estão a brincar com a consola de jogos do irmão mais velho. Os
dois queriam ganhar e acabaram por se empurrar um ao outro. A consola de jogos
caiu no chão e já não funciona. O que vão fazer agora?
Solução n°1)
Solução n°2)
Solução n°3)

Solução n°1)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°2)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°3)
• Boas consequências:
• Más consequências:

4°) Agora escolho a solução que penso ser a melhor. Fizemos bem. UAU! Somos bons
nisto.

Neste caso o exercício é dirigido pelo professor relativamente aos passos a dar.
Pode-se solicitar aos alunos que dêem as suas soluções e ver se são aceites ou não. Em
ambos os casos pede-se que digam quais são as boas e más consequências que
encontraram e, em conjunto, reflecte-se sobre isso. Dão-se esclarecimentos e explicações
se necessário. Ao finalizar, o professor reforça os alunos (reforço social).

32
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°7. "Temos um problema".


Objectivos:
Potenciar os procedimentos adequados à resolução de problemas. Incrementar a
latência, a atenção, o auto-controlo e a auto-regulação.
Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções, Resolução de problemas e Reforços.
Instruções:
Entrega-se a folha do exercício aos alunos. Exige-se um tempo mínimo de 10 minutos
para este exercício. Tal como na sessão anterior, o professor dirige a realização do exercício
explicando os passos a dar.

Exercício da sessão n°7. "Temos um problema".


Pedro já há alguns dias que não faz os trabalhos de casa. Hoje, o professor
) ficou muito aborrecido e pô-lo de castigo. Para além disso, escreveu uma nota para
casa, que os pais devem assinar. O Pedro está muito preocupado. Tem um problema.
O que pode fazer para o resolver?
1°) Leio lentamente a história para ver qual é o problema.
2°) Faço um plano. O que é que o Pedro pode fazer para resolver o problema? Escolho pelo
menos três soluções e escrevo-as.
Solução n°1)
Solução n°2)
Solução n°3)
3°) Tomo nota, depois de cada solução, das boas e más consequências de que me vou
lembrando.

Solução n°1)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°2)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°3)
• Boas consequências:
• Más consequências:

4°) Agora escolho a solução que penso ser a melhor. Fizemos bem. UAU! Somos bons nisto.
Uma vez que todos os alunos tenham terminado, pede-se como no exercício anterior,
que estes dêem as suas soluções e analisam-se brevemente para ver se são boas ou más.
Em ambos os casos, pede-se aos alunos que digam quais foram as boas e más
consequências das suas soluções, para ver se o procedimento se vai interiorizando. O
professor dará os esclarecimentos e explicações que forem necessários. A seguir, dá-se
reforço social a toda a turma.

33
P1AAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°8

Objectivos:
Potenciar os procedimentos adequados à resolução de problemas. Incrementar a
latência, a atenção, o auto-controlo e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções, Resolução de problemas e Reforços.

Instruções:
Entrega-se a todos os alunos a folha do exercício. Exige-se, no mínimo, 10 minutos
de dedicação ao problema. O professor dirige, tal como na sessão anterior, a realização do
exercício explicando os passos a dar.

Exercício da sessão n° 8. "Temos um problema".

A Joana estava no hipermercado com a mãe. Ficou a olhar para os brinquedos


e, quando quis ir ter com a sua mãe, já não a viu. Deu uma volta e também não a
encontrou. A Joana tem um problema. O que pode fazer?

Solução n°1)
Solução n°2)
Solução n°3)

Solução n°1)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°2)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°3)
• Boas consequências:
• Más consequências:

A solução que eu escolho é:

Depois de terminar o exercício, o professor corrige-o, modelando os passos básicos,


analisando as soluções dos diferentes alunos aos problemas das outras sessões e dando os
esclarecimentos e explicações necessários. Em seguida, o professor incitará os alunos a
utilizarem este procedimento na vida quotidiana, na escola e em casa, colocando exemplos
concretos de quando e onde se podem utilizar (generalização).

34
P1AAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°9. "Um bom detective encontra as diferenças"

Objectivos:
Incrementar a atenção, a discriminação, a demora temporal, o auto-controlo e a auto-
regulação.

Técnicas empregues:
Demora temporal, Modelagem, Auto-instruções e Reforços

Instruções:
Entrega-se aos alunos a folha contendo dois pequenos textos quase idênticos. Nas
instruções, explica-se que o texto de baixo tem diferenças em relação ao de cima, mas sem
dizer em quantas palavras (são 10). As palavras diferentes devem ser assinaladas, no texto
) de baixo, com um círculo. Exige-se, no mínimo, 10 minutos para completar o exercício.
Pede-se aos alunos que utilizem os procedimentos do nosso amigo "lápis" para realizarem o
exercício

Exercício da sessão n° 9. "Um bom detective encontra as diferenças". Diferenças.

Rodeia com um círculo, todas as diferenças que o texto de baixo tem, em relação ao
de cirna. Não te esqueças de nenhuma diferença.

Júlia beijou com carinho o David. Ele estava a sonhar perto da janela. Tocou uma
campainha. Estava na hora da merenda. Depois iam dar um passeio. É o momento mais
divertido do dia. Iam encontrar-se com os seus primos.

com carinho o lavi. Ele estava a sona perto da janela. uma


campaín a. Es ava na hora da DepoiscT dar um passeio. É o momentoáis_j
"`
) divertido do dia. encontrar-se com os seu

Uma vez que todos os alunos tenham terminado, corrige-se o exercício. O professor
verbaliza todos os passos necessários para a sua resolução, cometendo omissões, revendo
várias vezes, etc. Uma vez terminada a correcção, reforça-se os alunos (reforço social).

35
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 10. "Temos um problema"


Objectivos:
Incrementar a atenção, a demora forçada, o auto-controlo, a auto-regulação da
conduta e a capacidade de resolução de problemas.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções, Resolução de problemas e Reforços.

Instruções:
O procedimento desta sessão é idêntico ao das anteriores (6, 7 e 8). Entrega-se a
cada aluno a folha do problema em questão, com os passos a dar para o resolver. Neste
caso, são os alunos que o devem resolver de forma autónoma.

Exercício da sessão n° 10. "Temos um problema"

David encontrou no pátio da escola uma bonita colecção de cromos. Não disse
nada a ninguém e ficou com eles mas, na sala de aulas, a Maria vê-os no seu bolso e
verifica que são os cromos da sua amiga Patrícia. Diz à professora. O David tem um
problema. O que pode fazer?

Solução n°1)
Solução n°2)
Solução n°3)
Solução n°1)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°2)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°3)
• Boas consequências:
• Más consequências:
A solução que eu escolho é:

A correcção faz-se da mesma forma que nas sessões anteriores. Utiliza-se ao


terminar o reforço social. De novo, incita-se os alunos a utilizar este procedimento na
resolução de problemas da vida quotidiana, dando exemplos (generalização).

36
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 11. "Um bom detective soluciona o caso"

Objectivos:
Melhorar a atenção, a discriminação e a análise dos detalhes, a latência, o auto-
controlo e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem e Reforços.

Instruções:
Entrega-se a cada criança uma folha com o desenho modelo e seis cópias quase
idênticas. Destas, só uma é exactamente igual ao modelo, apesar dos alunos não o
saberem. É-lhes dito que têm de procurar os desenhos iguais, utilizando o método do "lápis".
O exercício exige no mínimo 10 minutos.
Exercício da sessão n° 11. "Um bom detectivo soluciona o caso". Solução e
localização dos erros.

Uma vez concluído o exercício, o professor corrige verbalizando os passos


convenientes e reforça socialmente os alunos. Continua a incentivar-se a generalização do
procedimento.

37
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N92. "Que embrulhada".


Objectivos:
Potenciar a atenção, a discriminação figura-fundo, a latência, o auto-controlo e a auto-
regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem; Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
Entrega-se, a cada aluno, uma folha com vários desenhos misturados, devendo estes
descobrir quantos desenhos existem de cada categoria (apesar de serem de tamanho
diferente). A criança deverá escrever esse número ao lado de cada desenho. insiste-se na
utilização do método auto-instrucional. O tempo mínimo exigido é de 10 minutos.

Exercício da sessão n°12 "Que embrulhada" - Soluções

Uma vez terminado o exercício por todos os alunos, o professor corrigirá o mesmo
verbalizando o procedimento auto-instrutivo e reforçará socialmente os alunos. Pede-se aos
alunos que dêem exemplos de situações em que, fora das sessões, tenham utilizado as
auto-instruções (generalização). Esses exemplos, e outros que eventualmente se
acrescente, são comentados.

38
PlAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°13. "As laranjas do meu pomar".


Objectivos:
Incrementar a atenção, a discriminação, a demora temporal e o auto-controlo verbal.

Técnicas empregues:
Demora temporal, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
Entrega-se, a cada aluno, uma folha na qual se encontra o desenho modelo (uma
macieira com frutas) assim como as cópias deste. Nestas, surgem maçãs em número
diferente e colocadas em locais distintos Os alunos devem, então, assinalar todas as árvores
(as árvores iguais são três) que tenham o mesmo número de maçãs e na mesma posição.
Incita-se os alunos a utilizarem a auto-instrução.

Exercício da sessão n° 13. "As laranjas do meu pomar". - Soluções e localização dos
erros

A correcção é feita no mesmo sentido dos anteriores, insistindo-se na generalização


do procedimento.

39
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N94. "Que embrulhada"

Objectivos:
Aumentar a atenção, a discriminação, a latência e o auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
A realização deste exercício é idêntica à da sessão n° 12. O sistema de correcção é
também semelhante.

40
P1AAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N'15. "Temos um problema".

Objectivos:
Incrementar a atenção, a latência, o auto-controlo e melhorar a capacidade de
resolução dos problemas.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem, Reforços e Resolução de problemas.

Instruções:
A realização deste exercício, o tempo de realização e o sistema de correcção são
idênticos aos outros exercícios de resolução de problemas (sessões 6, 7, 8 e 9).

Exercício da sessão n°15. "Temos um problema".

A Ana esqueceu-se de trazer os trabalhos que a professora tinha mandado


fazer para casa. A professora tinha dito que hoje iria pedir os cadernos para os
corrigir e dar as notas. A Ana tem boas notas e gosta de trabalhar, mas hoje
pode ter um desgosto. A professora já começou a pedir os cadernos. O que é
que a Ana pode fazer?

O exercício tem que ser resolvido de forma autónoma pelas crianças. Na correcção,
irá insistir-se nos procedimento necessários para chegar à solução. Analisam-se as soluções
dos alunos. Mais uma vez, incentiva-se a generalização e solicitam-se exemplos da
utilização do procedimento de resolução de problemas no dia a dia.

41
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 16. "Existem dois iguais"

Objectivos:
Melhorar a atenção, a discriminação, a latência, a demora temporal, o auto-controlo
verbal e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
O exercício, apresentado em folhas individuais., consta de seis desenhos quase
idênticos ao modelo. Os outros desenhos apresentam pequenas diferenças que devem ser
assinaladas. A demora temporal mínima exigida é de 10 minutos. Pede-se que utilizem os
procedimentos do amigo "lápis".

Exercício da sessão n° 16. "Existem dois iguais" - Soluções e localização de erros

Uma vez concluído o exercício por todos os alunos, o professor corrige-o modelando
as estratégias reflexivas através de auto-instruções verbais. Reforça socialmente os alunos
e incita à generalização dos procedimentos.

42
MAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N97. "O bolo de Domingo"


Objectivos:
Potenciar a atenção, a discriminação, a latência, o auto-controlo verbal e a auto-
reg ulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
Na folha que se apresenta aos alunos surgem "bolos incompletos" que devem ser
completados com alguns elementos que surgem em baixo. Exige-se, no mínimo, 10 minutos
para a realização do exercício.

Exercício da sessão n°17 "O bolo de Domingo". Soluções

A correcção faz-se do mesmo modo que nos exercícios anteriores.

43
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°18. "Quais são as diferenças?"

Objectivos:
Incrementar a atenção, a discriminação, a demora temporal, o auto-controlo através
das auto-verbalizações internas e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

instruções:
O exercício apresenta dois desenhos entre os quais existem 6 diferenças que as
crianças devem encontrar. No mínimo, devem demorar 10 minutos. Insiste-se na revisão do
trabalho até o professor o dar como concluído.

Exercício da sessão n°18 "Quais são as diferenças?". Soluções

Quando os alunos terminarem o exercício este é corrigido como os anteriores.

44
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°19. "O pote dos caramelos"

Objectivos:
Aumentar a atenção, a análise dos detalhes, a latência e o auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem e Reforços.

Instruções:
A execução e a dinâmica de funcionamento deste exercício são idênticas .às da
sessão n° 13.

Apresentam-se uns desenhos de potes de caramelos. Um deles é o modelo. Deve


encontrar-se e assinalar todos aqueles que sejam exactamente iguais ao modelo (os potes
idênticos são dois).

) Exercício da sessão n° 19 "O pote dos caramelos". - Soluções e localização dos erros.

ifflormilljp

(CARA MEUS

0 1~
45
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 20. "Com tantas letras fico confuso"

Objectivos:
Potenciar a atenção, a discriminação, a latência verbal e o auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
A execução deste exercício é semelhante à da sessão número 3, pelo que se
recomenda a leitura da sessão.

Entrega-se aos alunos uma folha com grupos de letras. Os alunos devem assinalar
com um círculo, no primeiro grupo, o par de consoantes "MF" e no segundo grupo, o par

Rodeia com um círculo o grupo de duas letras "MF" sempre que apareça:

AS RT FH IJ FA WK 'WR MH FM 1:0 PO RT
GT TR MH MF KF LF KI OP JU HG HY PL

KI HT HF JT NF ( F) IJO PM I J OP &L,

GH NF JF KF MY MT l& MU HU JR UR UY

Rodeia com um círculo o grupo de duas letras "FL" sempre que apareça:

GF FH HJ UY TR MN ET NH CF-L) UY FN FI
LO LF IQ ER DR FC FR GH GY FM JK

KL JH HU JU FK FG FR FL RT JL HU

NJ NH HK TH TH YH TJ TK LF JU LK

46
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 21. "Temos um problema"

Objectivos:
Melhorar a atenção, incrementar a demora temporal, o auto-controlo verbal e a
capacidade de resolução de problemas.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções, Reforços e Resolução de problemas.

Instruções:
A execução deste exercício é semelhante à dos outros exercícios de resolução de
problemas. Com o fim de potenciar a generalização do procedimento, pede-se que sejam as
crianças a colocar problemas que já lhes tenham surgido na sua vida. Destes, escolhe-se
um para solucionar.

Solução n°1)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°2)
• Boas consequências:
• Más consequências:
Solução n°3)
• Boas consequências:
• Más consequências:

A solução que eu escolho é:

47
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 22. "Um bom detective encontra as diferenças"

Objectivos:
Incrementar a atenção, a capacidade de análise de detalhes, a discriminação, a
demora temporal e o auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem', Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
A execução e a dinâmica de trabalho deste exercício são idênticas às da sessão n° 9.
Os textos (que apresentam 11 diferenças) apresentam-se a seguir.

Exercício da sessão n° 22. "Um bom detective encontra as diferenças". Diferenças.

Rodeia com um círculo, todas as diferenças que o texto de baixo tem, em relação ao de
cima. Não te esqueças de nenhuma diferença.

O André chegou tarde a casa. Os seus pais já tinham jantado. Ralharam-lhe por
se ter atrasado e o castigo foi ficar sem comer a sobremesa. O seu avô fê-lo prometer
que não o faria mais e que seria obediente. O André decidiu que, quando saísse da
escola, iria directamente para casa para evitar problemas.

O André cheg tarde casa. Os seus pais já


atiZ antado. Ralharam-lhe
por se ter atrasa o e o castigo foi ficar sem comer ageb çav4 fê-lo prometer
ue não o fark-mái4 e que seria obediente. O André decidiu que, quando saísse(dd)
colég'4 iria directamente para casa para evitarg3rovlema_ú

48
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 23. "As margaridas enganadoras"

Objectivos:
Potenciar a atenção, a discriminação e a análise de detalhes, a demora temporal, o
auto-controlo verbal e a auto-regulação.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem, Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
Neste exercício apresenta-se o desenho de uma margarida e várias cópias quase
exactas da mesma. Destas cópias, algumas são iguais ao modelo e outras diferentes. As
crianças devem encontrar e assinalar todas as flores iguais (três) ao modelo. O tempo
mínimo exigido é de 10 minutos. Incita-se os alunos a usarem os procedimentos do "lápis".

Exercício da sessãon° 23. "As margaridas enganadoras". -Soluções e localização dos


erros

A correcção é feita no mesmo sentido das sessões anteriores, com o professor a


verbalizar as auto-instruções para o resolver. Utiliza-se o reforço social e incentiva-se a
generalização do procedimento.

49
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 24. "As borboletas escondidas"


Objectivos:
Incrementar a atenção, a discriminação e a análise dos detalhes, a demora temporal
e o auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Modelagem; Auto-instruções e Reforços.

Instruções:
A dinâmica de apresentação e correcção é a mesma da sessão anterior assim como
a demora temporal exigida. Apresenta-se um desenho onde se encontram escondidas 5
borboletas que as crianças devem encontrar.

Exercício da sessão n°24. "As borboletas escondidas". Soluções

50
PIAAR-R: Guia do Professor

Sessão n° 25. "O meu trabalho de hoje"

Objectivos:
Incrementar a demora temporal, a atenção, a capacidade de análise de detalhes e o
auto-controlo.

Técnicas empregues:
Demora forçada, Auto-instruções, Modelagem e Reforços.

Instruções:
Neste exercício, vamos utilizar os procedimentos das auto-instruções que temos
vindo a trabalhar para potenciar a atenção. Vamos escolher uma tarefa do dia, de qualquer
área do conhecimento, e vamos realizá-la de acordo com o dito procedimento. A correcção
será feita como nas sessões anteriores. A demora temporal exigida deverá ser adequada à
dificuldade da tarefa.

51
PIAAR-R: Guia do Professor

Recomendações aos pais.


Os trabalhos de casa.
Exercícios para aumentar a reflexividade e a atenção
Uma pessoa reflexiva leva o tempo necessário para estudar os problemas e as
tarefas, analisando os seus possíveis resultados, é capaz de antecipar as consequências
dos seus actos e é atenta. Por isso, obtém melhores resultados escolares.

Como princípio fundamental há que insistir:

1 Em levar o tempo necessário para pensar nas coisas antes de responder e


resolver os problemas e tarefas. Deve-se ajudá-los, ensinando-lhes a não
responder precipitadamente mas antes com calma.

2. Na importância da revisão das respostas aos exercícios e tarefas.

3. Na necessidade de considerar as consequências dos seus actos.

Exercícios sugeridos

11 Colocar-lhes problemas da vida quotidiana para que os resolvam. O procedimento a


seguir para chegar à solução deve ser sempre o mesmo. Face ao problema a criança deve
pensar em três soluções possíveis. No seguimento dessas soluções devem ser
apresentadas as suas consequências, quer positivas quer negativas, e por fim, deve
escolher-se a solução mais adequada ao problema de acordo com o seu critério.

Um exemplo de problema e a forma de chegar à sua solução:

Problema:
"Imaginem, que vocês são três irmãos. Tu és o filho mais novo. O teu pai
comprou uma consola de jogos como prenda de anos para o filho mais velho.
Os outros dois irmãos (isto é, tu que és o mais novo e o teu irmão do meio)
pediram, por favor, ao vosso irmão mais velho, para vos deixar jogar também.
Ele deixa-vos jogar e vai estudar para o quarto ao lado. Mas o teu irmão do meio
monopoliza o jogo o tempo todo. Tu que és o irmão mais novo também queres
jogar e, mesmo pedindo, não consegues que ele te deixe jogar. O que farias
para que o teu irmão do meio te deixasse jogar também?"

Soluções possíveis e as suas consequências:

1- Agarras no jogo e tiras-lho.


Consequência positiva: Talvez consigas jogar por algum tempo.
Consequência negativa: Talvez fiques sem jogar e ainda apanhes um estalo.

2— Parti-lo.
Consequência positiva: Nenhuma, a não ser irritar o teu irmão do meio.
Consequência negativa: Ficam os dois sem jogar e levam uma repreensão dos
vossos pais.

52
PIAAR-R: Guia do Professor

3 - Chamar o irmão mais velho.


Consequência positiva: Talvez ele te deixe jogar sozinho durante um bocado.
Consequência negativa: Não te liga nenhuma ou tira o jogo aos dois.

Perante estas três soluções e respectivas consequências, a criança pode escolher a solução
que julga ser a mais adequada para resolver o problema.

Outros exemplos de problemas:


Problema: "Foste numa excursão com a tua turma e família a uma cidade
desconhecida. Ficaste a ver uma montra, perdes-te e ficas sozinho. Não vês ninguém
conhecido. Estás perdido. O que fazes para sair desta situação."

Problema: "O teu melhor amigo tirou dinheiro à tua professora para comprar doces.
Não queres denunciá-lo porque é teu amigo, mas também gostas da tua professora e sabes
que ele está a proceder mal. O que farias?"

Problema: "Tens uma bonita colecção de cromos e também tens um irmão de 4


anos que é um terramoto e que te tirou cinco cromos e perdeu-os ou rasgou-os. O que
farias?"

Os pais podem também colocar outros problemas que exijam pensar, procurar
soluções e estudar as suas consequências.

Perante uma folha, desenho ou fotografia pode pedir-se que, durante algum tempo, olhe
para lá com muita atenção e repare nos detalhes. A seguir pede-se à criança que a descreva
referindo tudo o que estava presente. Se ela se esquecer de algo, pergunta-se-lhe
directamente por esse detalhe.

Li Face a uma história lida pela criança, ou contada pelos pais, podem ser feitos vários
exercícios:

***Pedir-lhe que conte a história e o seu enredo.


*"Perguntar-lhe pequenos detalhes que podem passar despercebidos.
**"Perguntar-lhe o que poderia ter feito se fosse o personagem do conto è como
poderia esse facto mudar a história.
***Perguntar o que poderia suceder se o protagonista da história tivesse feito algo
diferente.

Depois de ver um filme com a criança:

***Pode pedir-se-lhe que conte os pequenos detalhes de que se lembre.


***Pode perguntar-se-lhe por pequenos detalhes como: Objectos da casa, roupa do
protagonista, como era o carro, etc.

LI Para se ensinar a analisar as consequências, planeiam-se questões da vida corrente


modificando as circunstâncias actuais e pede-se que analisem as consequências dessas
mudanças. Por exemplo:

***O que aconteceria se partisses o telefone lá de casa?

53
PIAAR-R: Guia do Professor

***O que aconteceria se a mãe adormecesse e não se levantasse a horas de te ir pôr


à escola?
***O que aconteceria se não fizesses nenhum trabalho de casa?
***0 que aconteceria se fizesses tudo bem hoje?
***0 que aconteceria se o papá fizesse todo o trabalho de casa, comida, compras
etc?

J Na escola, o professor vai fazer de modelo reflexivo: vai ensinar como actuam as
pessoas reflexivas para que aprendam com ele. Os pais também podem fazer o mesmo,
realizando as tarefas com calma sem impulsividade e dizendo-lhes coisas do género: "O
trabalho faz-se com calma e bem feito, devagar, pensando nas coisas e procurando não
errar. Ao acabar os trabalhos de casa, devemos revê-los, etc."

ri Ensina-se às crianças um procedimento simples de resolução de problemas na escola,


através dos desenhos que são as mascotes do programa e que descrevem uma série de
passos:
1)Atenção, o que tenho que fazer?
2) Leio atentamente. Concentro-me muito.
3) Penso. Faço um plano.
4) Respondo. Faço o exercício. Faço-o com cuidado. Consigo fazê-lo bem.
5) Revejo o trabalho com atenção e, se encontro erros, corrijo-os.
6) Consegui! Sou bom nisto!

Os pais podem também colaborar no ensino deste procedimento, para que este seja
memorizado e utilizado perante as tarefas, especialmente perante algum problema.

LI Pode tapar-se os olhos à criança com um pano e perguntar-se-lhe que ruídos ouve e
donde vêm.

Pode pedir-se-lhe que feche os olhos e que cheire diferentes aromas, para identificar
donde vêm.
111111111111111~

O mesmo se pode fazer com diferentes sons pedindo que os identifique.

in Deve reler-se o que a criança escreve, as suas redacções, os exercícios já feitos e


revistos, já que nesta idade não o fazem por iniciativa própria. Os pais podem colaborar
ensinando-lhe a rever os seus trabalhos.

Outros exercícios de análise de detalhes que exigem algum cuidado são os


pass-atempos de revistas e jornais, ou livros de passatempos.
***Palavras cruzadas
***Labirintos
***Desenhos com diferenças
***etc

Se os fazem, deve insistir-se para não os fazerem apressadamente, mostrando como é


importante fazê-los bem, gastando o tempo necessário.

54
PIAAR-R: Guia do Professor

PIAAR-R 2

Introdução ao programa de intervenção:

Explica-se aos alunos que irão realizar uma série de exercícios, quase sempre jogos
divertidos, que implicarão o mínimo de esforço e atenção mas que os ajudarão a melhorar
as suas capacidades de atenção e reflexividade bem como o seu rendimento. Estas sessões
irão decorrer durante 3 meses, à razão de 3 sessões semanais, com cerca de 20 minutos
cada uma. Expõe-se também o sistema de recompensas que irá vigorar durante as 30
sessões do Programa. Este programa deverá ser determinado pelo professor ou agente
educativo. Quando se elaborou este programa, atribuímos 1 ponto a cada sessão sem erros
e foram estabelecidas as seguintes recompensas: uma bola de futebol ou de basquetebol
para quem obtivesse 30 pontos; livros juvenis, entre os 27 e os 29 pontos; livros de Banda
Desenhada dos 25 aos 26 pontos, e doces e guloseimas para todos que ultrapassassem os
22 pontos no final do programa. Apresentou-se também a técnica do custo da resposta, mas
esta não chegou a ser utilizada, pois nenhum aluno obteve erros em 4 sessões sucessivas.

Uma vez apresentado o programa, e esclarecidas as dúvidas dos alunos, dar-se-á início ao
programa propriamente dito com a sessão número 1.

55
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N9. "IDENTIFICAÇÃO DE PALAVRAS"


Objectivos:
Aumentar o tempo de latência e o adiamento da resposta; potenciar a capacidade de
discriminação e de atenção, iniciar os sujeitos no método de aprendizagem auto-
instrucional, auto-regulação do comportamento e autocontrolo verbal, segundo o
modelo de Meichenbaum.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Aprendizagem auto-instrucional, Reforços
e Custo da resposta.

Instruções:
O professor distribui a cada aluno a folha correspondente ao primeiro exercício.
Perante o exemplo explica que, por baixo da palavra sublinhada (modelo), surgem
uma série de palavras que parecem iguais à de cima. Contudo, apenas uma é
exactamente igual à palavra destacada. O que se pretende é que eles descubram
qual é a palavra igual, podendo, para o efeito, dispor de todo o tempo de que
precisarem (reforçar este aspecto). A tarefa deve ser feita sem pressas.

De seguida, o professor resolve o exercício do exemplo, verbalizando em voz alta os


passos • que deu para resolver a tarefa. Os alunos devem ser incitados a tomar
atenção ao seu procedimento para que possam depois fazer o mesmo.

O professor diz em voz alta:


1 - "O que é que eu tenho que fazer?" (Identificação e definição do problema e
tomada de consciência das suas exigências). O professor rèsponde à sua própria
pergunta em voz alta "Descobrir a palavra, entre estas 8, que é igual à palavra modelo
que está sublinhada em cima."

2 - "Bom, agora vou parar e repetir as instruções" (centralização da atenção na


pergunta autoformulada). "Tenho que examinar muito bem o modelo ou palavra
sublinhada e as oito palavras restantes, sem pressas e de forma a ter a certeza que
está bem. Uma boa estratégia é analisar palavra a palavra e comparar cada uma com
a palavra sublinhada, letra a letra. Começo pela primeira até chegar à última. Vou
pondo um risco, sempre que encontre diferenças e, quando achar a palavra que é
igual à sublinhada, faço um círculo à sua volta."

3 - "Bom, estou a fazer bem" (Auto-avaliação e auto-reforço).

4 - "Parece que está bem feito. Penso que esta é a palavra que estava à procura
porque é exactamente igual à palavra modelo sublinhada. Pelo menos parece-me que
sim. De qualquer das formas, vou verificar as palavras restantes para ver se me
enganei, e para ter a certeza vejo todas as palavras de novo, uma a uma. Assim se
me enganei, posso corrigir o meu erro e procurar a palavra certa." (Não se
desconcentrar da tarefa e corrigir, se necessário, os erros).

Este é o modelo de aprendizagem auto-instrucional ou de auto-regulação da conduta,


desenvolvido por Meichenbaum em 1969 e 1971.

56
PIAAR-R: Guia do Professor

O professor deve felicitar-se a si próprio (Auto-reforço), pela boa forma como realizou
o exercício, relembrando os passos que deu para a sua resolução passando à
realização do mesmo, por parte dos alunos.
O professor dirige a realização do exercício com a palavra número 1, verbalizando de
novo os passos dados e incitando os alunos a auto-orientarem-se a eles próprios nas
3 palavras seguintes (a n.° 2, 3 e 4). Pede-lhes que rodeiem com um círculo as
palavras que julgam ser iguais ao modelo, mas sem dizerem em voz alta quais são,
até que se faça a correcção do exercício.

Exige-se para cada palavra modelo um mínimo de quatro minutos antes de


assinalarem definitivamente a resposta que julgam ser a correcta. Este tempo deve
ser utilizado para examinar cada palavra (Demora forçada).

Quando todos os alunos tiverem concluído a palavra modelo, passa-se à seguinte, até
chegar ao final do exercício. Antes do professor dar indicação para tal, não se deve
passar à palavra seguinte. O professor deve, então, cronometrar os 4 minutos de
latência e esperar que os alunos utilizem esse tempo para a análise das palavras.
Concluída a prova, esta deve ser corrigida. O professor dá as soluções correctas,
apresentadas na página seguinte, verbalizando os passos necessários para chegar a
cada uma delas. Cada aluno deve corrigir a sua própria prova (contudo, se ocorrer
alguma batota, os alunos trocarão os exercícios com os colegas, procedendo-se só
•então à correcção).

O professor deverá anotar, na folha de acompanhamento, 1 ponto se não existir


nenhum erro nas 4 palavras, O pontos se existe um erro, por mais pequeno que seja.
Se o aluno não efectuar o exercício (por exemplo, faltou à aula) deverá ser deixado
em branco o quadrado correspondente para que, noutra ocasião este possa ser
realizado. Quem obteve erros deve ser animado e incitado a ser mais cuidadoso no
próximo exercício. Devem felicitar-se aqueles que conseguiram obter o primeiro ponto
pois foram muito cuidadosos e exactos.

57
PIAAR-R: Guia do Professor

Soluções da Sessão N°1

EXEMPLO
ARCHIPROTOEMPERADOR
ARCHIPORTOEMPERADOR
ARCHIPROTUEMPERADOR
IARCHIPROTOEMPERADOR
ARICHPROTOEMPERADOR
ARCIHPROTOEMPERADOR
ARCHIPROTAEMPERADOR
ARCHYPROTOEMPERADOR
ARCH1PATROEMPERADOR

LUDOVICORRESPINGOPTERO
LUDOBICORRESPINGOPTERO
ILuDOVICORRESPINGOPTEROI
LUDOVICORRESPINGOPTEREO
LUDOVICORRESPINGHOPTERO
1 LUDOVICORRESPYNGOPTERO LUDOVICORRESPINCOPTERO
LUDOVICORESPINGOPTERO
LUDOVOVICORRESPINGOPTERA

PAUPERRIMOENRIOIJECEDOR
PAUPERRIMOENRRIQUECEDOR PAUPERRIMOENRIQUEZEDOR
PAUPERRYMOENRIQUECEDOR PALPERRIMOENRIQUEZEDOR
2 PA'UPERRIMOENRIQUECIDOR PAUPERRIMOENRYQUECEDOR
PAUPERRIMOENRIQUELEDOR p-,AUPERRIMOENRIQUECEDORI

NICENOCONSTATINOPOLITANO
NICENOCONSTANTINOPLLITANO NIKENOCONSTANTINOPOLITANO
NICHENOCONSTANTINOPLITANO NICENOCONSTANTINOPOLITONO
3 INICENOCONSTANTINOPOL1'IAN9 NIZENOCONSTANTINOPOLITANO
NICENACONSTANTINOPOLITANO NICENOCOSTANTINOPOLITANO

ALHAJOMEZORRAZYGHSTAN
ALHAJOMEZORAZYGHSTAN
ALHOJOMEZORRAZYGHSTAN
IALHAJOMEZORRAZYGHSTAN
ALHAZOMERRAZYGHSTAN
4 ALHAJAMEZORRAYGHSTAN
ALHAJOMEZORAZYGHSTAN
ALHAJAMEZORRAZIGHSTAN
ALAJOMEZORRAZYGHSTAN

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PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°2" PLAN TRAINING: EXCURSÃO"


Objectivos:
Incrementar a reflexividade, através da formulação de soluções hipotéticas diferentes
e analisar os seus prós e contras, antecipando as suas consequências. Potenciar,
desta forma, o auto controlo. Aumentar a atenção e o raciocínio e forçar, assim, o
tempo de latência da resposta.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada no P.T: (Plan Training), para o aumento da
reflexividade na resolução de problemas que impliquem o estabelecimento de várias
alternativas e a consequente análise dos seus prós e contras, antecipando as
consequências positivas e negativas das mesmas, Reforços e Custo da Resposta.

Instruções:
Antes de dar início ao exercício, o professor deverá resolver o exemplo, referindo que
irá propor um problema, ao qual será necessário dar pelo menos 3 soluções. Em
seguida, deverão escrever-se e analisar-se as consequências positivas e negativas
dessas mesmas soluções. Uma vez analisadas as 3 ou mais hipóteses, deverá
escolher-se aquela que se considera como a mais adequada para a resolução do
problema com o mínimo de prejuízo pessoal, tendo por base as consequências
positivas e negativas previstas para cada hipótese (por escrito).

Exemplo:
"Imaginem, que vocês são três irmãos. Tu és o filho mais novo. O teu pai
comprou uma consola de jogos como prenda de anos para o filho mais velho.
Os outros dois irmãos (isto é, tu que és o mais novo e o teu irmão do meio)
pediram, por favor, ao vosso irmão mais velho, pára vos deixar jogar também.
Ele deixa-vos jogar e vai estudar para o quarto ao lado. Mas o teu irmão do meio
monopoliza o jogo o tempo todo. Tu que és o irmão mais novo também queres
jogar e, mesmo pedindo, não consegues que ele te deixe jogar. O que farias
para que o teu irmão do meio te deixasse jogar também?"

Acções possíveis ou soluções:


2- Agarras no jogo e tiras-lho.
Consequência positiva: Talvez consigas jogar por algum tempo.
Consequência negativa: Talvez fiques sem jogar e ainda apanhes um estalo.

2 — Parti-lo.
Consequência positiva: Nenhuma, a não ser irritar o teu irmão do meio.
Consequência negativa: Ficam os dois sem jogar e levam uma repreensão dos
vossos pais.

3 - Chamar o irmão mais velho.


Consequência positiva: Talvez ele te deixe jogar sozinho durante um bocado.
Consequência negativa: Não te liga nenhuma ou tira o jogo aos dois.

4 - Recorrer ao teu pai.


Consequência positiva: Idêntica à anterior.
Consequência negativa: Idêntica à anterior.

59
PIAAR-R: Guia do Professor

O professor vai escrevendo no quadro as alternativas e as respectivas consequências


e acabará por escolher uma das duas últimas como solução. Podem ser .aceites
sugestões dos alunos, desde que estas sejam igualmente válidas.

O procedimento seguido permanecerá escrito no quadro. Será, então, solicitado aos


alunos que façam o mesmo no exercício a realizar que exige uma resposta aberta,
constituída por diferentes hipóteses de actuação. Não existe tempo limite para a
realização deste exercício mas deverá ser exigido um período de tempo de 15
minutos, antes que este seja dado como concluído.

A folha da sessão número dois será então distribuída e ler-se-á em voz alta, enquanto
os alunos seguem em silêncio. Esta leitura deve ser feita na íntegra, inclusivamente o
último parágrafo.

Quando os alunos tiverem terminado, o professor corrigirá individualmente todos os


exercícios. Se a resposta inclui as três alternativas e todos os passos pedidos, será
atribuído 1 ponto. Se apenas tem duas alternativas e todos os passos, 0,5 pontos. Se
faltam alternativas ou a análise das consequências, etc., O pontos. Mesmo que a
solução apresentada não seja a mais indicada do ponto de vista do professor, deve
ser considerada, desde que siga todos os passos estabelecidos.

Na folha de acompanhamento, deve tomar-se nota dos acertos, pontos, erros e faltas
de presença.

Uma vez obtidos os resultados de todos os alunos, o professor deverá enumerar e


felicitar aqueles que concluíram o exercício sem qualquer erro e criticará, de uma
forma positiva, os que fizeram alguns erros, incitando-os a tomarem mais atenção no
próximo exercício.

É conveniente corrigir oralmente 3 ou 4 respostas, sem citar nomes, verbalizando o


que está correcto e criticando o que não constitui uma solução. Desta forma, o
professor actua como um modelo na modelagem participativa.

60
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N.° 3." PALAVRAS OCULTAS".

Objectivos:
Aumentar o tempo de latência anterior à resposta, incrementar a capacidade de
discriminação e análise de detalhes, melhorar a atenção, e instituir um domínio progressivo
da auto-regulação da conduta, também chamado autocontrolo verbal e aprendizagem auto-
instrucional, desenvolvido por Meichenbaum e Goodman.

Técnicas Empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Aprendizagem auto-instrucional e
Reforços.

instruções:
Nesta altura, deverá ser relembrado o programa de reforço e o sistema de pontuação,
assim como a pontuação de cada aluno até ao momento.

O professor distribuirá as folhas do exercício, que é constituído por uma "Sopa de


Letras". Para que os alunos não se distraiam, não foi incluída qualquer referência
acerca do tipo de palavras que devem prócurar, para assim obter a atenção destes
relativamente ao processo de aprendizagem auto-instrucional de Meichenbaum. O
professor repetirá o procedimento em voz alta para que os alunos o vão
mecanizando.

"O que tenho que fazer?"

O professor responde em voz alta à pergunta que acabou de formular.

"Devo procurar 15 nomes de ofícios ou profissões que estão escondidos entre as


letras na vertical, na diagonal, ou na horizontal. Não posso esquecer nenhum nome.

Vou parar e repetir as instruções.

Vou procurá-los um a um e vou fazendo uma marca à volta deles. Bom, estou a fazer
bem.

Está bem feito. Se me enganar, posso corrigir, porque não tenho pressa. Vou procurar
os nomes até os achar todos".

O tempo mínimo para a realização deste exercício é de 15 minutos. Deve-se dar


tempo suficiente para que todos o acabem.

Uma vez terminado o exercício, este deve ser corrigido em voz alta (cada aluno faz o
seu, ou pode trocar com os colegas; a correcção pode ainda ser feita de qualquer
outra forma ao critério do professor). A pontuação será registada da seguinte forma: 1
ponto para os 15 nomes, O pontos para os exercícios incompletos e com erros.

61
PIAAR-R: Guia do Professor

Soluções da Sessão N° 3

J E A L AMRLÇ_AN T OR)T E X L
V U A ZR MO.Z X I N I S T R O
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AT I I ASRC-É----.N'
ÍF ERME I R A
B A E ZP FUXB/E', ./M- DOY Z LiN
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62
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°4 "DIFERENÇA DE TEXTOS"


Objectivos:
Incremento da atenção, da capacidade discriminativa e da análise de detalhes, da
latência das respostas e aperfeiçoamento da auto-regulação, segundo Meichenbaum.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Auto-aprendizagem, Reforços positivos,
Referência ao sistema de pontuação, Custo de resposta, Elogios e Crítica como nas
sessões anteriores.

Instruções:
O exercício consiste em encontrar algumas diferenças entre dois textos quase
idênticos.

O professor distribui pelos alunos a folha de exercício contendo dois textos


aparentemente idênticos mas que apresentam algumas diferenças entre si, que os
alunos devem descobrir.

Salienta-se que os alunos deverão ser cuidadosos e que não se devem precipitar nas
respostas. Sugere-se que poderão utilizar as técnicas de autocontrolo verbal, auto-
regulação da conduta ou auto-aprendizagem, como se fez nas sessões anteriores.

Explica-se que devem sublinhar com um traço as diferenças que encontrarem no


segundo texto relativamente ao modelo. No primeiro texto, portanto, não será
necessário sublinhar nada. Todas as diferenças devem ser assinaladas. Somente
aqueles que tenham realizado o exercício totalmente correcto obterão um ponto.

Entre os dois textos existem 27 diferenças, mas este facto só será comunicado aos
alunos depois de concluírem o exercício.

O tempo mínimo de realização deste exercício será de 10 minutos, não existe um limite
máximo de tempo. O exercício será corrigido apenas quando todos os alunos tiverem
terminado a prova.

Quando todos os alunos tiverem terminado a prova passa-se à sua correcção. O


professor irá corrigir o exercício em voz alta, verbalizando todos os passos e utilizará o
auto reforço:

1. "O que é que eu tenho que fazer? Encontrar no segundo texto as diferenças deste
em relação ao primeiro, devo sublinhar estas diferenças e não esquecer nenhuma."
Uma vez identificado o problema passa-se à sua resolução.

2. "Bom, agora vou repetir as instruções" (Centralização da atenção na pergunta recém


formulada). "Leio primeiro o texto de cima lentamente e a seguir faço o mesmo com o
outro texto. Depois vou lendo cuidadosamente cada palavra do primeiro texto e vou
compará-la com o segundo. Vou sublinhar com um traço as palavras do segundo texto
que forem diferentes".

63
PIAAR-R: Guia do Professor

3. "Estou a fazer bem, sem pressas e sem deixar nenhuma palavra por comparar.
Quando chego a um ponto final revejo toda a frase". Auto-avaliação e auto-reforço.

4. "Se me enganar posso corrigir e devo tomar mais atenção. De qualquer das formas
quando chegar ao fim vou rever tudo de novo para verificar se me enganei ou se me
esqueci de alguma diferença" (não se desconcentrar da tarefa e da correcção dos erros
ou omissões).

Uma vez que os próprios alunos tenham corrigido o seu exercício, tomar-se-á nota na
folha de seguimento das pontuações obtidas, assim como dos erros ou faltas de
presença.

O professor deverá felicitar os alunos que tenham alcançado um ponto, recordará o


programa de reforço e de pontuação e criticará positivamente aqueles que cometeram
erros incitando-os a tomarem mais atenção no próximo exercício.

O texto com os erros assinalados é o seguinte:

A rã é um animal antigo, com olhos salientes e o corpo protegido por uma pele
rugosa e áspera. Tem uma língua vistosa. Alimenta-se de iniectos e reproduz-se
por meio de ovos. Os girinos passam por metamorposes até chegarem a adultos.
Primeiro têm a forma de uma colher, a seguir surgem as patas posteriores. Por fim,
saem as patas traseiras e perdem o rabo. Nesta fase respiram por intermédio de
bronguios e vivem exclusivamente em terra. Os adultos respiram pelos pulmões e
pela pele e podem viver indistintamente na terra e no ar. No Inverno os adultos
enterram-se no Iodo dos charcos e ali ficam dormitando. Quando o tempo piora,
acordam e assim se inicia um novo círculo biológico.

64
PlAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°5. "DESENHOS SEMELHANTES"

Objectivos:
Com este exercício pretende-se potenciar a atenção e a discriminação, assim como a
capacidade de análise de detalhes. Procura-se também aumentar a latência das
respostas. Tenta-se, por outro lado, iniciar a aprendizagem de estratégias cognitivas
adequadas à análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Ensino de estratégias cognitivas adequadas
à análise de detalhes. Reforços positivos, Críticas construtivas e Custo da resposta.

Instruções:
O professor entrega a cada aluno a folha com os dois desenhos, um na parte superior
e outro na parte inferior da mesma. Entre os dois desenhos existem 10 diferenças. Os
alunos terão que descobrir e assinalar com um círculo, no desenho de baixo, as
diferenças encontradas. Não existe tempo limite para a realização desta prova; no
entanto, esta não deve ultrapassar os 15 minutos. Antes de proceder à correcção, não
se deve revelar o número de diferenças existentes.

Antes de iniciar o exercício explica-se um truque que os ajudará na tarefa: consiste na


técnica desenvolvida por Egeland para analisar desenhos quase idênticos (alternativas)
face a um desenho (modelo). Como há apenas um desenho como alternativa, o seu
trabalho fica facilitado.

O professor verbaliza os passos que devem ser seguidos pelos alunos da seguinte
forma:

1. " Olhamos o primeiro desenho e o segundo de uma forma geral, sem no entanto
assinalar as diferenças.
2. Dividimos o desenho em partes: castelo, nuvem, chapéu, locomotiva, árvores,
campo, chão, sol, cara, roda etc.
3. Escolhemos uma dessas partes e vemos qual é a sua forma correcta no desenho de
cima.
4. Comparamos o mesmo bocado com o desenho de baixo e assinalamos as
diferenças se existirem algumas.
5. Continuamos a fazer o mesmo até termos analisado o desenho todo.
6. Desta forma evitamos ficar apenas com uma primeira impressão. Devemos
assegurar-nos de que não falta nenhuma diferença verificando tudo de novo. Não há
pressa nenhuma."

Uma vez que todos os alunos tenham acabado o exercício, este será corrigido de
acordo com a figura seguinte. Se um aluno obteve erros nas três sessões anteriores, o
professor deverá avisá-lo que este deverá evitar fazer um quarto erro pois isso implica
a perda da sessão de recreio para corrigir os erros que fez (custo da resposta).

As diferenças entre os desenhos encontram-se assinaladas na figura seguinte.

65
PIAAR-R: Guia do Professor

66
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°6. "IDENTIFICAÇÃO DE PALAVRAS"

Objectivos:
Aumentar a capacidade discriminativa e o período de latência, potenciar a capacidade
de análise de detalhes e de atenção, aperfeiçoar estratégias que se adequem ao
• controlo verbal e auto-regulação da conduta e auto-aprendizagem.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta e Auto-aprendizagem.

Instruções:
O professor entrega a cada aluno, a folha com as palavras referentes a este exercício.
A palavra modelo surge sublinhada e, por baixo desta, são apresentadas oito variantes
muito idênticas, sendo apenas uma delas exactamente igual ao modelo.

Será referido que este exercício é igual ao efectuado na primeira sessão e incitar-se-á
os alunos a utilizarem o modelo de auto-aprendizagem de Meichenbaum, à
semelhança de outros exercícios já realizados. Se o professor considerar que é
oportuno, pode dirigir a realização do exercício numa ou duas palavras mas logo a
seguir deve deixar que sejam os alunos a auto-orientar-se na realização dos restantes
exercícios.

Exige-se uma demora temporal mínima de quatro minutos por palavra.

Acabado o exercício, este será corrigido da forma habitual, utilizando as soluções que
aparecem na página seguinte.

67
PIAAR-R: Guia do Professor

Soluções da Sessão N°6

A UTARQUICOANANFIBOLENO

AUTARQICOANANFIBOLENO
lAUTARQUIC0ANANFIBOLEN01
AUTARQHICOANANFIBOLENO
AUTARQUICOANANFIVOLENO
1 AUTARQUICOANANPIBOLENO
AUTARQUICOANANFIBALENO
AUTARQUICOANANFYBOLENO
AUTARQUIKOANANFIBOLENO

BELHUCHYRRASIZYGHSTAN

B ELHUCHIRRASIZYG H STAN
BELHUCHYRRASIZIGHSTAN
BELHUHCIRRASIZYG H STAN BELHUCHYIRRASYIZYGHSTAN
2 IBELHUCHYRRASIZYGHSTANI BELHUCHYRRASIZYGSTHAN
BELHUCHIRRASIZIGHSTAN BELHUCHIRRASHIZYGHSTAN

AFROAMERICANINDIOFILO

AFROAMERYCANINDIOFILO AFROAMERICANINDIOFILOS
AFROAMERICANIDIOFILO A FROAM ERICANINDIOPILO
3 APROAMERICANINDIOFILO AFRAAMERICANINDIOFILO
AFROAMERICANINDIOFILIO IAFROAMERICANINDIONLOI

CARPENOVENOICOESTEROIDE

CARPENOBENOICOESTEROIDE CARPENOVENOICOIESTEROIDE
CARPETOVENOICOESTEROI DE CA RPENOVENOIC~ BROIDEI
4 CARPENOVENOICOESTEROIDEO CARPENOHENOICOESTEROIDE
CARPENOVENOICOESTROIDE CARFENOVENOICOESTEROIDE

68
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°7. "DESENHOS SEMELHANTES"

Objectivos:
Aumentar a capacidade de diferenciação e discriminação das formas, incrementar a
atenção, potenciar a análise cuidada de detalhes, aumentar o período de latência das
respostas e aperfeiçoar o uso das estratégias de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da Resposta e Ensino de estratégias cognitivas adequadas à observação e
análise de detalhes.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha com o desenho de um telefone, que
constitui o exemplo para esta sessão, e seis variantes quase idênticas do mesmo.

A cada aluno será explicado que a sua tarefa consiste em descobrir qual é o desenho,
de entre as seis hipóteses de solução apresentadas, que é igual ao exemplo.

O professor irá verbalizando os passos necessários para a realização do exercício,


segundo o modelo de Egeland, completado mais tarde por Debus.

1."Olhamos o modelo e todos os desenhos semelhantes sem assinalar as diferenças.


2. Dividimos o desenho nas partes que o compõem: Auscultador, Base e Roda de
números.
3. Escolhemos uma parte, por exemplo, o auscultador, e vamos compará-la com o
modelo para descobrir as semelhanças ou diferenças existentes.
4. Observamos no modelo qual é a forma correcta.
5. Eliminamos, sucessivamente, os desenhos que não correspondem ao modelo,
assinalando então as diferenças existentes.
6. Procedemos da mesma maneira até ficarmos só com um desenho igual ao modelo.
7. Assim, evitamos ficar com a primeira impressão. Devemos confirmar as vezes que
forem necessárias para chegar ao desenho correcto. Não temos pressa nenhuma.

Depois de todos os alunos terem chegado à solução do exemplo, serão aconselhados


a utilizarem as mesmas técnicas para o desenho seguinte.

Os alunos serão ainda avisados de que não deverão dar a resposta definitiva antes de
terem decorrido 5 minutos desde o início da prova. Deverão sempre assinalar o
desenho que é exactamente igual ao modelo apresentado.

O exercício termina do modo habitual, com a apresentação das soluções e a


localização dos erros, quer do exemplo quer do exercício.

69
MAAR-R: Guia do Professor

2 3 5 6

70
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° "SINÓNIMOS"

Objectivos:
Incrementar a atenção e o período de latência das respostas, aumentar a capacidade
discriminativa e aperfeiçoar as estratégias de auto-aprendizagem.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta e Auto-aprendizagem.

Instruções:
Apresentam-se 5 palavras diferentes (modelos). Entre cada uma delas existem mais
seis palavras das quais apenas uma coincide no seu significado com o modelo.
Deverão procurar a palavra que significa o mesmo que a palavra modelo.

Deve-se explicar aos alunos que, antes de darem uma resposta definitiva, devem
passar pelo menos 2 minutos por cada palavra. Incitar-se-ão os alunos a utilizarem o
método de auto-aprendizagem já referido e utilizado anteriormente.

Depois de todos os alunos terminarem o exercício, dever-se-á proceder à sua


correcção.

As respostas correctas são:


1. Cândido
2. Descarado
3. Malicioso.
4. Lástima.
5. Numeroso,

71
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°9. "FIGURAS OCULTAS"

Objectivos:
Potenciar as capacidades de atenção, discriminação e diferenciação, análise cuidadosa
de detalhes, período de latência das respostas, mecanização das estratégias de auto-
aprendizagem e as diferentes técnicas de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo da resposta,
Críticas construtivas, Ensino de técnicas cognitivas de observação e análise de
detalhes e Auto-aprendizagem.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos a folha referente ao exercício em que surgem, no
lado esquerdo, figuras geométricas e, do lado direito, um desenho em que estas se
encontram misturadas umas com as outras.

A tarefa consiste em descobrir quantas figuras iguais às do exemplo (com a mesma


forma e com tamanhos variáveis) existem no desenho apresentado no lado direito. Ao
lado de cada figura, deve anotar-se o número de vezes que esta surge no desenho do
lado direito.

Insiste-se para que disponham de todo o tempo necessário até chegar a uma resposta
correcta, pois só assim conseguirão obter pontos. Os alunos devem ainda ser incitados
a usar o método de Meichenbaum. Para cada exercício sem erros será atribuído 1
ponto e serão dados O pontos quando existirem erros.

Deve-se demorar cerca de 3 minutos com cada figura.

Depois de todos terem concluído o exercício, o professor vai corrigi-lo passo a passo e,
sempre que necessário, fará sinais tal como sugere Debus. As respostas certas,
contando a partir do triângulo para baixo são: 5, 7, 3, 4, 6, 2.

Fazem-se as anotações pertinentes na folha de seguimento e utiliza-se a mediação


verbal para reforçar os sujeitos.

72
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 10. "EMPARELHAMENTO DE PEÇAS"

Objectivos:
Aumentar a capacidade de discriminação visual, análise de detalhes, latência das
respostas, técnicas de auto-aprendizagem e de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta e Estratégias cognitivas de auto-aprendizagem e de observação e
análise de detalhes.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha de exercício, na qual surgem vinte peças
de puzzles, sendo apenas 10 numeradas. A tarefa do aluno é descobrir quais são as
peças não numeradas que encaixam nas peças numeradas e, deste modo, atribuir
números às peças não identificadas.

O professor deverá insistir numa análise cuidadosa das peças e, por forma a eliminar a
vontade de terminar rapidamente o exercício, irá exigir 15 minutos antes de dar o
trabalho por terminado.

Os alunos poderão socorrer-se das técnicas já utilizadas anteriormente, como o


Autocontrolo Verbal, a Auto-aprendizagem (Meichenbaum), e Técnicas de Observação
e Análise de detalhes (Egeland e Debus). A sessão termina como as anteriores.

As respostas correctas são 10, 7, 2, 4, 3, 8, 6, 1, 9, 5.

73
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°11 "FAMÍLIA DE PALAVRAS"

Objectivos:
Aumentar as capacidades discriminativa, de atenção, de raciocínio, potenciar o período
de latência das respostas e aperfeiçoar as estratégias de autocontrolo verbal que
englobam quer a auto-aprendizagem quer a auto-regulação da conduta.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços, Custo da resposta e Estratégias
de auto-aprendizagem.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha com um texto em que estes têm que
encontrar e sublinhar, sem esquecer nenhuma, as palavras que indiquem parentesco
ou que se refiram à pertença a uma família.

Insiste-se numa análise cuidadosa do texto, sem pressas. O tempo que se deve utilizar
para esta tarefa é, no mínimo de 5 minutos, antes do exercício ser dado por terminado.

Incitam-se os alunos a usarem o modelo de auto-aprendizagem de Meichenbaum, que


já conhecem.

O processo de conclusão do exercício é idêntico aos restantes.

O professor deverá relembrar o sistema de recompensa e irá incitar os alunos que têm
2 ou 3 erros em sessões sucessivas, para que não tenham mais erros pois arriscam-se
a perder o recreio.

A seguir encontram-se as palavras que constituem a solução desta sessão.

"O meu pai chama-se João e a minha mãe Ana. Eu sou filho deles. Somos cinco

irmãos: o meu irmão mais velho chama-se António. Eu sou o segundo dos irmãos. A

terceira irmã chama-se Maria, o quarto irmão José e a quinta irmã Amparo. Na minha

casa vive o meu avô e a minha avó.

Tenho vários tios e tias e muitos primos e primas. O meu cunhado José Maria é o

marido da minha irmã Maria e têm um filho que é meu sobrinho e se chama Pedro

mas que ainda não tem nenhum irmão. O sogro de José Maria é o meu pai, João; por

isso José Maria é genro do meu pai. O resto dos meus irmãos ainda não têm marido

ou mulher. Eu dou-me muito bem com o meu primo Jorge, que é filho do meu tio

Ricardo e da minha tia Remédios, que é irmã da minha mãe."

74
PIAAR-R: Guia do Pipfessor

SESSÃO N°12. "DEFINIÇÕES"

Objectivos:
Pretende-se melhorar a atenção, incrementar a capacidade de discriminação e
diferenciação, aumentar a capacidade de análise de detalhes, potenciar o-raciocínio e o
período de latência das respostas e, por último, reforçar o uso de estratégias de auto-
aprendizagem.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo de resposta,.
Críticas Construtivas e Auto-aprendizagem.

instruções:
O professor distribui pelos alunos a folha da sessão que contém, em letras maiúsculas,
três palavras, existindo, debaixo de cada urna, 5 definições possíveis dessa mesma
palavra, estando apenas uma delas correcta.

A tarefa consiste em descobrir qual das definições corresponde à palavra sublinhada,


devendo-se assinalá-la com o número desta.

Para efectuarem o exercício, os alunos poderão utilizar o método de Meichenbaum que


já conhecem.

O tempo mínimo para a realização da prova é de 5 minutos, devendo por isso os


alunos confirmar detalhadamente as respostas a dar. Uma vez respondida a primeira
palavra, passa-se à seguinte.

As soluções são:
ave: 2
peixe: 1
mesa: 3

75
PlAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N93. "PLAN TRAINING VIDEO"

Objectivos:
Incrementar a atenção e o raciocínio, reforçar o período de latência da resposta,
aumentar a capacidade de reflexividade através, quer da formulação de soluções
hipotéticas, quer da análise dos seus prós e contras, procurando desenvolver-se um
melhor autocontrolo.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo de resposta,
Críticas construtivas e Plan training (PT).

Instruções:
Este exercício apresenta uma estrutura idêntica à da 2a sessão, em que para um dado
problema se têm que apresentar diferentes hipóteses de solução. Embora não exista
limite de tempo, deverão ter decorrido 15 minutos antes do exercício ser dado como
terminado. Procede-se então de igual modo à 2a sessão.

O professor distribui a folha de exercício, pedindo aos alunos que o acompanhem na


leitura do enunciado do problema, finda a qual passará ao parágrafo seguinte.

A metodologia utilizada para a correcção do exercício e para a atribuição das


pontuações é igual à apresentada na 2a sessão.

76
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°14. "TEXTOS DIFERENTES"

Objectivos:
Aperfeiçoar a capacidade discriminativa, aumentar a capacidade de atenção,
incrementar o período de latência e mecanizar os procedimentos delineados por
Meichenbaum no âmbito da auto-aprendizagem.

Técnicas empregues:
• Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços, Custo da resposta e Auto-
aprendizagem.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha com dois textos quase idênticos, mas que
na realidade apresentam algumas diferenças. Procede-se então de forma idêntica à
sessão n° 4.

Para facilitar a correcção, inclui-se o segundo texto com as palavras diferentes já


sublinhadas.

"Joaninha entrou dentro da casa, trouxe uma banquinha redonda, cobriu-a com
uma toalha branquíssima, pôs em cima frutos, pão, vinho, queijo, chegou-a para o
pé da velha, tirou-lhe o novelo da mão e afastou a dobadoura. A velha comeu
alguns bagos de um cacho dourado que a neta lhe estendeu e pôs nas mãos,
bebeu um gole de vinho, e ficou-se calada e quieta, mas já sem a mesma
expressão de felicidade e contentamento sossegado que ainda lhe iluminava o
rosto. As animadas feições de Joaninha espelhavam simpaticamente a mesma
mudança. Joaninha não era bela, talvez nem galanteadora sequer no sentido
popular e expressivo que a palavra tem em inglês, mas era do tipo da gentileza, o
ideal da espiritualidade. Naquele rosto, naquele corpo de dezasseis anos, havia,
por dom natural e por formidável assimetria de feições, toda a elegância distinta,
todo o desembaraço modesto, toda a flexibilidade graciosa que a arte, o uso e a
conversação da corte e da mais escolhida companhia vêm a oferecer a alguns
raros e privilegiados cidadãos do mundo."
(Almeida Garrett: "As viagens da minha terra").

77
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°15. "GRUPO DE LETRAS"

Objectivos:
Aumentar a capacidade de atenção, de discriminação, de análise cuidadosa de
detalhes e incrementar o período de latência e o autocontrolo verbal.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços, Custo da resposta e Auto-
aprendizagem.

Instruções:
Este é um exercício de atenção e discriminação visual, constituído por dois rectângulos
com 5 linhas de letras seguidas. Na primeira série, trata-se de encontrar o grupo «HJ»,
fazendo um círculo à volta destas letras sempre que surjam no rectângulo. Se alguma
dessas sequências for deixada por assinalar, o exercício não poderá ser considerado
correcto, e por isso receberá O pontos. Para o segundo rectângulo o procedimento é
rigorosamente o mesmo, só que com as letras «AV».

O professor pode acompanhar a realização da tarefa nas primeiras linhas do


rectângulo, valendo-se do procedimento de Meichenbaum de autocontrolo verbal ou da
Auto-aprénd izagem.

1. "O que é que tenho que fazer? Localizar nestas 5 linhas de letras a sequência HJ.
2. Detectado o problema passa-se à solução: "Vou ler lentamente e com muita atenção
todas as letras e vou assinalar com um círculo aquelas que são iguais ao modelo. Se
me perder volto a começar".
3. Auto-reforço: "Estou a ir bem. A pressa é inimiga da perfeição".
4. Centralização na tarefa e correcção de erros: "Não tenho pressa. Se me enganar,
posso corrigir o erro. No final, posso rever todo o exercício para me assegurar de que o
resolvi bem.

Ao terminar o primeiro rectângulo, o professor incitará os alunos a resolverem o


exercício seguinte mas, desta vez, com a sequência AV, que deverá ser assinalada
com um círculo.

Cada parte do exercício deverá ser realizada em 5 minutos. Não se dá limite de tempo.
Espera-se que todos acabem e efectua-se a correcção como nos exercícios anteriores.
Toma-se nota dos acertos, dos erros e das faltas de comparência. Dever-se-á,
também, recordar as pontuações obtidas até à data, bem como o sistema de
recompensas.

Para a correcção do exercício utiliza-se a chave que aparece na página seguinte.

78
PIAAR-R: Guia do Professor

H I LMNKJHLJKU MNH I ZRK HZLXYJZSHSLHIJKLMNIKOLK


RMNJIEMI LEME JI KEHL I LJLMHMFJMRJVMHLVM BMH LMJg3MN
KEU IMJNHMJLN JHMZ6:3L I EJHKLJNMÉ3L IMNJMNKMJ KL IMJ
OMGKLMJNKLHMNJKMLHMNLGK LFH ZJXKJOKLMNRJMNKHMLJ
UKKVJSHXJNSJNKHMNKFHKJLMJKM LMNMHLJMLJ MNOPJMH

AEOMCU IMAU IME C I@E ILMANZ LEMVIALZMEL IENIOMNOEUV


LMCUJLOVOAMUVUAONUZ IABVMINAUNOMUNBCVRANVAUNGBK
AEQDJMKAUFVANUVTDUNMINREFVANINHUTGBVHNANOAU
AUENCUAIVO IMNAINVIUMAIMAU@IMUNC)IMINVIU0ABUN IVA
(3UAUNIOMVAUIMNUVOUIABVJNUNHJIMUBTNU NIBVUA

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PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°16 "DESENHOS DIFERENTES"

Objectivos:
Potenciar a atenção, a capacidade de análise dos detalhes, a discriminação, o período
de latência e melhorar as estratégias cognitivas de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas, •
Custo de resposta e Ensino de estratégias adequadas à observação e análise de
detalhes.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha com dois desenhos; entre estes existem
algumas diferenças. Os alunos devem então, descobrir estas diferenças e assinalá-las
no segundo desenho, com um círculo. Não existe tempo limite para a realização deste
exercício; apesar de tudo, não se deve dar o exercício como terminado antes de terem
decorrido 15 minutos. Só quando a correcção do exercício for feita, é que se revelará o
número de diferenças existente.

Antes de se iniciar o exercício, devem ser relembrados os princípios- de Egeland


(1974), para a análise de desenhos quase idênticos (alternativas) relativamente a um
modelo. Neste caso, só existe um desenho para além do modelo pelo que a tarefa se
encontra facilitada. Estes procedimentos, podem ser completados com os princípios de
Debus (1976).

O professor irá verbalizando os passos seguidos, tal como fez na sessão n° 7.

A conclusão e a correcção do exercício seguem os procedimentos habituais. As


soluções deste exercício, são apresentadas no desenho seguinte.

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PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°17 "AGRUPAMENTOS DIFERENTES"

Objectivos:
Aumentar a capacidade de diferenciação e discriminação de formas, incrementar a
atenção, potenciar a análise de detalhes, melhorar a latência das respostas e
aperfeiçoar a utilização do método de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos; Críticas construtivas e
Estratégias adequadas à observação e análise de detalhes.

Instruções:
A tarefa consiste na identificação de um conjunto de desenhos igual ao do modelo
(este encontra-se na parte superior da folha). Os alunos deverão identificar qual é o
conjunto de desenhos que coincide totalmente com o modelo. Todas as figuras que
diferem desse mesmo modelo devem ser assinaladas. A resposta pretendida consiste
na identificação do número do conjunto idêntico ao modelo.

Incita-se os alunos a utilizarem as estratégias de observação e análise de detalhes de


Egeland e Debus, já referidas em sessões anteriores.

Os alunos não devem dar como terminado o exercício antes de terem decorrido 10
minutos.

Na figura seguinte, encontram-se assinaladas as diferenças existentes entre os


desenhos e a solução do exercício é o número 3.

o
C()

1 2 3

81
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°18. "VERIFICAÇÃO DE OPERAÇÕES"

Objectivos:
Incrementar a atenção, latência das respostas, raciocínio e mecanização de estratégias
de autocontrolo verbal também designado por auto-aprendizagem ou auto-regulação
da conduta.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas, .
Custo da resposta e Auto-aprendizagem.

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha contendo duas séries de operações
(somas e subtracções) e apenas uma única solução. Dessas 6 operações deve-se
escolher aquela que corresponde à solução indicada (apenas uma operação de entre
as 6 está correcta).

Pede-se aos alunos que utilizem o método de Meichenbaum que já conhecem e que
tomem todo o tempo necessário para a realização do exercício já que as operações
têm resultados muito semelhantes. A demora temporal mínima do exercício é de 8
minutos.

Solução do 1° exercício C
2° exercício E

82
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°19. "DESENHOS DIFERENTES"

Objectivos:
Potenciar as capacidades de diferenciação e discriminação das formas, aumentar a
atenção, incrementar a análise dos detalhes, latência das respostas e aperfeiçoar o uso
das técnicas de observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos; Custo da resposta,
Críticas construtivas e Estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Instruções:
O procedimento a seguir é idêntico ao da sessão n°7.

Resta-nos salientar que para a utilização do método de Egeland em complemento com


o de Debus, o professor pode dirigir a realização do exercício dizendo em voz alta os
passos a seguir ou simplesmente recordar os seus pressupostos. Deverá igualmente
salientar que as diferenças devem ser assinaladas e que os alunos deverão fazer um
círculo em torno do número do desenho idêntico ao modelo.

As soluções podem ser encontradas na figura seguinte. A solução para o exercício é o


número 4.

83
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°20. "DETECTAR ERROS"

Objectivos:
Potenciar a atenção, a capacidade de discriminação e a análise cuidadosa de detalhes,
aumentar o autocontrolo e a latência das respostas.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos; Críticas construtivas,
Custo da resposta e Auto-aprendizagem

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha contendo um texto com erros evidentes
que deverão ser descobertos pelo aluno. Até que todos os alunos tenham terminado o
exercício não será revelado o número de erros existentes.

O professor explicará a tarefa e incitará os alunos a usarem as estratégias de auto-


aprendizagem do já conhecido método de Meichenbaum.

Apesar de não existir limite de tempo para a realização do exercício é exigido um


tempo mínimo de 10 minutos para se concluír a prova. Deve-se salientar que não há
pressa de acabar o exercício.

Quando todos os alunos tiverem terminado o exercício deve-se passar à correcção do


mesmo. O professor tomará nota dos resultados e deverá felicitar os alunos que não
têm erros e chamará a atenção dos restantes. Recordar-se-á o programa de reforços.

Na página seguinte, encontra-se reproduzido o texto com as palavras erradas


sublinhadas.

Soluções da sessão N° 20

OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES (SÉC.XV-XVI)

Que caminhos fizeram os portugueses dos séculos XX e XVI? Importantes navegadores,


aventureiros e destèmidos que deram novos mundos ao Mundo. Nomes importantes como os de
Vasco da Silva, na descoberta do caminho marítimo para o Índico ou de Pedro Álvaro Cunhal na
descoberta do caminho marítimo para o Brasil, marcaram a nossa História e são conhecidos de
todos.

Desbravando caminhos pelo mar e pelo ar, estes nobres astronautas imaginaram trajectos,
desafiaram perigos, criaram dificuldades e contribuíram para um melhor conhecimento destes
oceanos em que voamos. Desenharam novos mapas, encontraram novas rotas e conheceram
outras culturas.

Os descobrimentos portugueses constituíram um momento trágico na História de Portugal.

84
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°21. "PUZZLE"

Objectivos:
Potenciar a capacidade de discriminação visual, a análise de detalhes, aumento da
latência das respostas e aperfeiçoar as técnicas de autocontrolo verbal e de
observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo de resposta, Auto-aprendizagem (autocontrolo verbal e auto regulação da
conduta) e Estratégias adequadas à observação e análise de detalhes.

Instruções:
O procedimento a seguir é idêntico ao da sessão n° 10.

A solução do exercício é: 3, 1, 10, 8, 2, 7, 9, 5, 4, 6.

85
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°22. "FIGURAS OCULTAS"

Objectivos:
Potenciar a atenção, a capacidade de discriminação e diferenciação, aumentar a
capacidade de análise de detalhes, a iatência das respostas e aperfeiçoar as
estratégias de autocontrolo verbal.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo de resposta,
Críticas construtivas e Auto-aprendizagem.

Instruções:
O procedimento a seguir é idêntico ao da sessão número 9.

As soluções deste exercício são 7, 5, 5, 5, 4.

86
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 23. "SERIES DE NÚMEROS"

Objectivos:
Potenciar a atenção e a capacidade de discriminação, incrementar o autocontrolo
verbal, aumentar a latência das respostas, melhorar o raciocínio e mecanizar as
estratégias de auto-aprendizagem.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta e Auto-aprendizagem (autocontrolo verbal e auto-regulação da
conduta).

Instruções:
O professor distribui pelos alunos uma folha com 5 séries de números. Em cada série
encontram-se alguns números que não se enquadram na mesma. A tarefa dos alunos
consiste em identificar e assinalar os números que não fazem parte das séries
apresentadas.

Após a leitura das instruções, o professor deverá insistir para que os alunos tenham
cuidado e atenção e trabalhem sem pressas. Deve salientar que podem utilizar a
técnica de Meichenbaum.

Não existe limite de tempo, embora o tempo mínimo a utilizar com este exercício seja
de 10 minutos. Depois de acabarem o exercício, os alunos deverão proceder à sua
revisão para se assegurarem de que não cometeram erros.

Uma vez terminada esta revisão individual, o professor dará início à correcção oral do
exercício, verbalizando as estratégias de autocontrolo verbal.

As pontuações são registadas e insiste-se no programa de reforço.

Os números que deveriam ser assinalados são:


Na ia série: 5, 13, 15, 23, 37 e 49.
Na 2a série: 6, 18, 28 e 36.
Na 3a série: 14, 29, 30 e 39.
Na 4a série: 41, 75, 85, 131 e 177.
Na 5a série: 23, 51, 66, 83 e 102.

87
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°24. "PLAN TRAINING: PERDIDO"

Objectivos:
Incrementar a reflexividade formulando diversas soluções hipotéticas e analisando os
prós e contras das mesmas, gerando com isso o autocontrolo. Potenciar a atenção e o
raciocínio e forçar o período de latência prévio da resposta.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta, P.T. (Plan Training ou Plano de Treino para o incremento da
reflexividade).

Instruções:
O procedimento a seguir é o mesmo que se utilizou nas sessões n° 2 e n° 13, pelo que
remetemos para elas.

88
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 25. "DISCRIMINAÇÃO DE LETRAS"

Objectivos:
Potenciar a atenção e incrementar a capacidade de discriminação, a análise cuidada
dos detalhes, o período de latência da resposta e o autocontrolo pelas auto-
verbalizações internas.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo da resposta e Auto-aprendizagem.

instruções:
O processo a seguir é idêntico ao da sessão número 15, uma vez que se trata do
mesmo tipo de exercício, pelo que se recomenda que se sigam as instruções
apresentadas para aquela sessão.

Para o primeiro exercício dir-se-á:

"Assinala com um círculo o grupo de letras "MN" sempre que apareça nesta série, por
forma a não deixar nenhum grupo por assinalar".

Para o segundo:

"Faz o mesmo com o grupo "XS".

Em seguida, reproduz-se o exercício com as respostas correctas.

MASMHNMMOSMHMI OM NMLNMMIMNM1MINOLMHLM1NMLYM
MLXHZeONMOIOLSKMKMIMZ ENMAINML I LNLMUNRM

MIL JMLNMOMHKLMK I JMOAE H JI MK JML6-4MRNML I OMfi- NM


MAI JKNM NOR
- I LMOLMRKJLKE3HEN IKMLIZTJK I U,€... JNM&@
IMZ SN NKLRMJNKMLJHN@I JNHML I RN JNHLMHNMLJMHN

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89
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 26. "IDENTIFICAÇÃO DE DESENHOS"


Objectivos:
Incrementar a capacidade de discriminação, aumentar a atenção e a análise cuidada
de detalhes, potenciar a demora ou latência da resposta e aperfeiçoar o uso de
estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo da resposta,
Críticas construtivas e Estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Instruções:
O procedimento é o mesmo que o das sessões n° 7 e n° 19, pelo que se recomenda
que se sigam essas instruções.

A localização dos erros aparece na seguinte reprodução. A solução correcta é a n° 3.

90
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°27 "PLAN TRAINING: AVALIAÇÃO NEGATIVA"

Objectivos:
Potenciar a reflexividade formulando diversas soluções hipotéticas e analisando os
seus prós e contras, desenvolvendo assim o autocontrolo. Incrementar a atenção e o
raciocínio, assim como aumentar a demora ou latência da resposta.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo de resposta e P.T.(Plan Training) ou Plano de Treino para o incremento da
reflexividade.

Instruções:
O procedimento a seguir é o mesmo das sessões n°2, 13 e 24.

111011 :#
Agi&Pv'sql1
lihav4t1":
1-!'
fitv.
Adi
2 3

4 6

91
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N°28 "DESENHOS COM DIFERENÇAS"

Objectivos:
Incrementar a capacidade de discriminação, aumentar a atenção e a capacidade de
análise cuidada dos detalhes, potenciar a demora ou latência da resposta e
aperfeiçoar o uso de estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Custo de resposta,
Críticas construtivas e Estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Instruções:
O professor deve regular a sua conduta de acordo com as instruções apresentadas
para as sessões n° 7, 19 e 26.

As diferenças apresentam-se na reprodução seguinte. A solução correcta é a n°6.

92
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO N° 29. "DIFERENÇA DE TEXTOS"

Objectivos:
Potenciar a atenção e a capacidade de discriminação e diferenciação, aumentar a
demora ou latência da resposta e dominar o procedimento de autocontroio verbal
desenhado por Meichenbaum

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Reforços positivos, Custo de resposta, Críticas construtivas e
Auto aprendizagem (Autocontrolo Verbal ou Auto-regulação do Comportamento)

Instruções:
Segue-se o mesmo procedimento que nas sessões n° 4 e n° 14.

Apresenta-se então a reprodução do segundo texto, sublinhando as diferenças.

SOLUÇÕES DA SESSÃO N.° 29


"Clara era a filha do segundo casamento do pai daquela mesma Margarida ou Guida, cujos
amores de meninice tanto haviam já dado que entender ao reitor.
O pai de Margarida fora pela primeira vez casado com uma prima, que nada mais lhe havia dado
em dote, além de um carinho ilimitado e de uma alma excelente. Durante a vida da primeira
mulher viveu ele sempre, à custa de muito trabalho, pela profissão de carpinteiro, não podendo
até mandar aprender a ler à miúda, único fruto desta primeira ligação, pois que de criança a teve
de ocupar no trabalho.
A mãe de Margarida faleceu, porém, deixando-a de idade cinco anos. O pai, como já dissemos,
lhe deu em pouco tempo madrasta, e, na opinião do povo, fez um óptimo negócio o ferreiro. De
facto, a segunda mulher trouxe-lhe um dote vultuoso, e, dentro de alguns dias, viam-no deixar
a ferramenta do ofício e dar-se todo ao fabrico e administração de casas, tornando-se um dos
mais consideráveis agricultores dos arredores. Mas a próspera riqueza do recente lavrador se
,converteu em tormento e desventura para a desamparada menina."

(Júlio Dinis: "As pupilas do senhor reitor").

93
PIAAR-R: Guia do Professor

SESSÃO NI' 30. "DIFERENÇA NOS DESENHOS"

Objectivos:
Procuramos incrementar a capacidade de discriminação, aumentar a atenção e a
análise cuidada dos detalhes, potenciar a demora ou latência da resposta e
aperfeiçoar o uso de estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Técnicas empregues:
Modelagem participativa, Demora forçada, Reforços positivos, Críticas construtivas,
Custo de resposta e Estratégias cognitivas adequadas à observação e análise de
detalhes.

Instruções:
O procedimento a seguir é o mesmo das sessões n° 7, 19, 26 e 28, pelo que se
recomenda a sua leitura.

As diferenças estão indicadas na seguinte reprodução. A solução correcta é a n° 7.

1 2 3

7 a

94
PIAAR-R: Guia do Professor

4. BIBLIOGRAFIA
Briggs, C. H., & Weinberg, R.A. (1973). Effects of reinforcement in training chidren's
conceptual tempos. Joumal of Education& Psychology, 65, 383-394.

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data. (manuscrito não publicado).

Castillejo, J. L., & Gargano, B. (1989).Un programa de intervención para majorar la


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NOTA: Os interessados no tema podem consultar, para uma maior informação bibliográfica, a qualquer das publicações do autor,
principalmente à sua tese de doutoramento onde consta uma exaustiva relação bibliográfica entre as páginas 781 e 804.

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