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CRUZEIRO DO IGUAÇU
2013
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2013
Disciplina/Área: História
Introdução
O patrimônio cultural é um conjunto de bens que estão presentes na história
de um grupo e tem grande importância para muita gente, pois se liga a pessoas,
conhecimentos que foram transmitidos entre várias gerações. Dessa maneira, o
patrimônio cultural é sempre algo coletivo, em torno dos quais muitas pessoas de
um mesmo grupo se identificam, fazendo parte da vida das pessoas de uma maneira
tão profunda, que se elas o perdessem, sentiriam sua falta.
Patrimônio Cultural não são somente aqueles bens que se herdam dos
nossos antepassados. São também os que se produzem no presente como
expressão de cada geração, nosso “Patrimônio Vivo”: artesanatos,
utilização de plantas como alimentos e remédios, formas de trabalhar,
plantar, cultivar e colher, pescar, construir moradias, meios de transporte,
culinária, folguedos, expressões artísticas e religiosas, jogos etc.
(GRUNBERG, Evelina 2007 p. 5)
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Unidade 1
Objetivos:
- Sensibilizar a comunidade escolar sobre o tema “Educação Patrimonial” como
apoio pedagógico necessário para a Implementação Pedagógica, estabelecendo
assim uma possível relação de respeito entre os educandos;
- Demonstrar a problemática deficitária sobre a questão Patrimonial em nossa
localidade;
Atividades
Ciente do papel de sensibilizador, a apresentação da implementação da
Unidade Didática terá como atividades propostas e recursos disponibilizados neste
primeiro encontro tendo como eixos:
1) Contextualização: Com o uso de Banner com frase sobre o tema da Unidade
Didática- História, Educação Patrimonial e preservação da Memória
afrodescendente de Linha Marioti: uma proposta de intervenção pedagógica; a
comunidade escolar compreenderá a proposta apresentada e com o auxílio de slides
com os principais objetivos e conceitos da Unidade Didática. Para complementar a
atividade um grupo de alunas da sala do 2º ano usando vestimentas africanas,
realizarão uma dança como recurso pedagógico apontando as tradições africanas e
as suas concepções históricas.
2) Exibição da proposta: O professor utilizará através de vídeos, imagens, slides,
cartazes e Banner com a finalidade de direcionar as atividades propostas;
3) Debate em grupo: Conversar com o grupo para a constituição de conhecimentos
prévios. As discussões sobre os principais conceitos apresentados adentrarão sobre
os principais conceitos, dentre eles: Memória/ história Oral/ Educação Patrimonial/
Patrimônio Cultural- Tangíveis e intangíveis;
Em um segundo momento as discussões terão como base sobre o não
figurantes da história, esboçados na frase de Sérgio Buarque de Holanda e a
interligação dos conceitos: Memória/ Educação Patrimonial/ história oral;
Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não
basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição
escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que
enchem o panorama da História e são muitas vezes mais interessantes e
mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a História.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil [4a ed.]. Brasília: Ed. Da UNB, 1963.
Unidade 2
Problematização e Revisão da Literatura
Essas questões postas pela autora nos permite trabalhar com a Memória
histórica. É comum com populações de baixa renda certo distanciamento em relação
ao patrimônio cultural. Gabinatto enfoca ainda que a memória carrega marcas
sociais, são povos que possuem memória (histórica, coletiva e social)mas que
muitas vezes não são registradas.
Não podemos esquecer que a memoria é seletiva. Nem tudo ela registra. O
estado constrói a memória da vitória do Estado Nacional através de seus
heróis. Nessa perspectiva, o reconhecimento de outros setores sociais deve
ser anexado.(GARBINATTO 2000, p.40)
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
Apresentação:
Objetivos da Unidade:
Questões para serem realizadas em sala de aula com a interpretação dos textos:
a) O que é Memória? Cite momentos em a Memória esteve presente na história
brasileira:
b) Todos nós temos memória? Como revivê-las?
c) Na historiografia nacional, está presente a memória de toda a sociedade
Brasileira?
d) Quem ficou excluso em sua opinião da descrição da memória nacional?
http://www.iphan.gov.br/bcrE/pages/conCategoriaE.jsf?ordem=1
Fonte: http://www.folhape.com.br/blogdafolha/?p=64868
Patrimônio Cultural
UNIDADE 3
História Oral: forma possível de reconstrução do passado
A História Oral é uma metodologia de pesquisa que se expandiu nas últimas
décadas, por apresentar um grande volume de pesquisas voltadas ao presente.
Assim cada vez mais, vem sendo utilizada e exposta como meio investigativo da
trajetória e memória social.
Essa perspectiva que explora as relações entre memoria e historia, ao
romper com uma visão determinista que limita a liberdade dos homens,
coloca em evidencia a construção dos atores de sua própria identidade e
reequaciona as relações entre passado e presente ao reconhecer, de forma
inequivoca, que o passado e construído segundo as necessidades do
presente, chamando a atenção para os usos políticos do passado. (Alberti,
1990, p. 16)
Vamos às atividades...
É sofrida a vida, mas fazer o que se temo que trabaiá. Eu sou aposentada, ganho
também de viuvez e nunca mais quis casá.
Aqui no Marioti é bom de morar, tem igreja, agora postinho de saúde e se precisa
o médico vem na casa me consulta, quando o piá não pode me levar no
postinho.
Meus filhos moram uns aqui no redor, outros em Dois Vizinhos e tenho uma fia
que mora em Foz do Iguaçu. Ela até que tá bem lá, sempre vem me visita, casou
com um pastor de uma igreja que não sei o nome. Mas a coitada nunca pode
estuda muito, porque era longe e tinha que ir a pé até o Cruzeiro do Iguaçu, mas
todos estão bem, graças a Deus(...)
Eu e meu veio, hoje falecido, já tem uns oito ano, viemo morar aqui depois de
casado, eu tinha dezessete ano e ele já tinha completado dezenove(...)
Nóis viemo pra cá porque já tinha parente do falecido aqui no Marioti, viemo de
Guarapuava do Turvado, foi melhor mora aqui, porque lá a terra era muito ruim
pra prantá. Aqui já não, a terra é boa, parece uma parma de mão(...)
Se nóis tivesse ficado lá, acho que nossos fios tinham passado muita fome,
porque a terra era fraca.(...)
Aqui não, tem um pedaço de terra bem boa, com água boa e encanada e proteiro
pros bichos. Aqui nóis é feliz.
Mesmo de forma bastante simples, em seu relato Dona Maria Júlia usa em seu
vocabulário e em sua expressão carregado de grandes significados. Através dele
conhecemos um pouco da história local, da identidade de Dona Maria Júlia,
situações econômicas na região e migração, além de demonstrar determinadas
crises em uma época anterior a que mora atualmente. Observe o relato de Dona
Julia através de história em quadrinhos, forma que também podemos utilizar no uso
da História Oral.
Título da História: O resgate de uma história através da oralidade
A partir das informações acima, da narrativa e da história em quadrinhos, temos
várias questões a ser discutidas no grupo:
Atividade Reflexiva:
1. No relato de Dona Maria Júlia, você saberia destacar separadamente os traços
econômicos, familiares e sociais dessa comunidade?
2. Observando a narrativa e revendo o conteúdo estudado, Memória/ Patrimônio,
você conseguiria diferenciá-los?
3. Para você o que é memória individual e coletiva? E como a memória coletiva se
perpetua?
UNIDADE 4
Vamos às atividades...
DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
Apresentação da oficina
1. Quando alguém fala em Museu Comunitário o que você imagina que possa ser?
Sites Consultados: