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ESTRUTURA DE FUNDAÇÕES

FUNDAÇOES SUPERFICIAIS
Recalques em Fundações
Dimensionamento de Recalques em
Fundações Superficiais
AULA 4

Professor: Celso Luis da Silva Pedreira


Curso de Engenharia civil
2017
Recalques
• De acordo com a NBR 6122, a tensão admissível e a
carga admissível dependem da sensibilidade da
construção projetada aos recalques, especialmente
aos recalques diferenciais (ou distorção angular), os
quais geralmente são os que podem prejudicar sua
estabilidade ou funcionamento.

• Milititski, Consoli & Schnaid (2006): patologia de


fundações.
Definições de recalques e deformações

ESTRUTURA

SP1 SP2 SP3 SP4

A B C D
min
max max
max
max

 = recalque  = rotação  = deformação angular  = Recalque diferencial


Definições de recalques e deformações

ESTRUTURA

SP1 SP2 SP3 SP4

A L AB D

max

 = Deflexão relativa
Definições de recalques e deformações

ESTRUTURA

SP1 SP2 SP3 SP4


max
A B C D
max max

 = Distorção angular ou rotação relativa  = Desaprumo


Tolerância a recalques

• Com base em observações de cerca de uma


centena de edifícios, Skempton & MacDonald
(1956), associaram a ocorrência de danos com
valores limite para distorção angular /ℓ, em que 
é o recalque diferencial entre dois pilares e ℓ a
distância entre eles.
Tolerância a recalques
• Segundo Skempton & MacDonald (1956)
– /ℓ = 1:300 – trincas em paredes de edifícios
– /ℓ = 1:150 – danos estruturais em vigas e colunas
de edifícios correntes.
• Bjerrum (1963) e Vargas e Silva apresenta uma
relação mais completa.
Tolerância a recalques
1/100 1/200 1/300 1/400 1/500 1/600 1/700 1/800 1/900 1/1000  /ℓ
Limite a partir do qual
são temidas dificuldades
com máquinas sensíveis
a recalques.
Limite de perigo para pórticos com
contraventamento.
Edifícios estreitos: não são produzidos
danosou inclinações.
Limite de segurança para edifícios em
que não são admitidas fissuras.
Edifícios largos: não são produzidos
danos ou inclinações.
Edifícios largos (B>15m) fissuras na alvenaria
Edifícios estreitos (B<15m) fissuras na alvenaria
Limite em que são esperadas dificuldades com pontes rolantes.
Limite em que são esperadas as primeiras fissuras em paredes divisórias.
Edifícos estreitos: fissuras na estrutura e pequenas inclinações.
Limite em que o desaprumo de edifícios altos e rígidos se torna visível.
Edifícios estreitos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidae de reforço.
Edifícios Largos: fissuras graves, pequenas inclinações.
Limite de segurança para paredes Flexíveis de alvenaria (h/l <1/4).
Limite em que são temidos danos estruturais nos edifícios em geral.
Edifícios largos: fissuras na estrutura, inclinação notável, necessidade de reforço.

Bjerrum Vargas e Silva


Tolerância a recalques
Recalques totais limites
• Para estruturas usuais de concreto e de aço, Burland
et al (1977) consideram aceitáveis como valores
limite, em casos rotineiros, as seguintes
recomendações de Skempton & MacDonald para
valores de recalques diferenciais e de recalque totais
limite:
– Areias: max = 25 mm
• max = 40 mm para sapatas isoladas
• max = 40 a 65 mm para radiês
– Argilas: max = 40 mm
• max = 65 mm para sapatas isoladas
• max = 65 a 100 mm para radiês
Recalques totais limites
• Terzaghi & Peck (1967) recomendam valores
admissíveis para o recalque diferencial e total
em areias de:

–  (recalque diferencial) = 20 mm
–  (recalque total) = 25 mm
Recalques totais limites
• A prática brasileira tem adotado:

– max = 25 mm
– tensão admissível = 10 mm
Recalques de Fundações Diretas
Recalques - Introdução
• Três parcelas contribuem para recalques de Fundações
diretas

– t = i + a + s

– onde:
• t = recalque total
• i = recalque imediato
• a = recalque por adensamento
• s = recalque secundário.
Recalques - Introdução
• Cálculo dos recalques
– i = Teoria da elasticidade e métodos empíricos;
• Parâmetros Elásticos obtidos por:
– Prova de carga de placa;
– Ensaios de laboratório;
– Sondagens (correlações)
– a = Teoria do adensamento;
• Parâmetros de adensamento obtidos por:
– Ensaio de adensamento;
– Correlação com limites de Atterberg;
– Tempo de adensamento ensaio de CPTU;
– s = Métodos empíricos;
• Não há prática consagrada na literatura geotécnica.
Recalque em Argila - Imediato
• Teoria da Elasticidade – Camada infinita
– Para uma sapata de diâmetro B apoiada em uma camada
argilosa homogênea com módulo de deformabilidade
constante Es constante com a profundidade.

1   2 
i   B   Ip
 Es 
– onde:
•  = coeficiente de poisson;
• Ip = fator de influência que depende da rigidez da sapata.
Recalque em Argila - Imediato
Fator de influência Ip (Perloff & Baron, 1976)
Sapata Flexível Rígida
Forma Centro Canto Médio
Circular 1,00 0,64* 0,85 0,79
Quadrada 1,12 0,56 0,95 0,99
L/B = 1,5 1,36 0,67 1,15
2 1,52 0,76 1,30
3 1,78 0,88 1,52
5 2,10 1,05 1,83
10 2,53 1,26 2,25
100 4,00 2,00 3,70

*borda
Recalque em Argila - Imediato
• Exercício
– Calcular o recalque médio, no centro e no canto
de uma sapata retangular de 12m x 36m,
aplicando uma tensão de 40kPa numa camada
semi-infinita de argila homogênea, saturada, com
módulo de deformabilidade de 30MPa.
Recalque em Argila - Imediato
• Teoria da Elasticidade – Camada finita
– Em muitos casos a camada de argila possui uma espessura finita,
sobreposta a um material que pode ser considerado como rígido
(rocha ou areia muito compacta). Nesse caso a recalque
imediato em uma camada argilosa é dado pela equação (Janbu
et al, 1959).
B B
i  Iu i   o1
Es Es

– onde:
• Iu = fator de influência dado pelo produto de o por 1
Recalque em Argila - Imediato
Recalque em Argila - Imediato
• Calcular o recalque imediato do exercício anterior,
supondo-se apoiada a 3m da superfície do terreno,
considerando que a camada de argila se estende
somente até a cota -28m, onde se encontra uma
base rígida.
Recalque em Argila - Imediato
• Teoria da Elasticidade – Perfil estratificado
– A camada de solo argiloso pode apresentar
subcamadas de diferentes valores de módulo de
deformabilidade. Nesse caso pode-se ter três
maneiras distintas de se estimar o valor do
recalque.
• Calcular o valor do recalque considerando um Es médio;
• Calcular o valor do recalque considerando o
propagações das tensões;
• Solução de Simons e Menzies (1981).
Recalque em Argila - Imediato
10m

 = 50 kPa
3m

10m Camada 1 Es = 20MPa

5m Camada 2 Es = 30MPa

10m Camada 3 Es = 40MPa

Base rígida
Recalque Módulo de deformabilidade e
Coeficiente de Poisson

• Correlações empíricas
– Argilas não drenadas
• Eu/Su = 400 a 500 (pequenas deformações, alto FS)
• Eu/Su = 100 (grandes deformações, próximo à ruptura
– Demais solo:
• Es =  qc
• qc = K Nspt
• Es =  K Nspt

• Ensaios de laboratório, ensaios de campo (pressiômetro


e placa) são meios confiáveis de determinação de
módulo
Recalque Módulo de deformabilidade e
Coeficiente de Poisson

Coeficientes  e K (Teixeira & Godoy, 1996)


Solo 
Areia 3
Silte 5
Argila 7

Solo K (MPa)
Areia com pedregulho 1,1
Areia 0,9
Areia Siltosa 0,7
Areia Argilosa 0,55
Silte arenoso 0,45
Silte 0,35
Argila arenosa 0,30
Silte argiloso 0,25
Argila siltosa 0,20
Recalque Módulo de deformabilidade e
Coeficiente de Poisson

Coeficientes  (Teixeira & Godoy, 1996)

Solo 
Areia pouco compacta 0,2

Areia compacta 0,4


Silte 0,3 a 0,5
Argila saturada 0,4 a 0,5
Argila não Saturada 0,1 a 0,3
Recalques – Estimativa de Es
• Sandroni (1991) compilou resultados de provas de
carga em placa realizadas em solos residuais de
gnaisse ( a maioria do Brasil e uns poucos dos EUA),
com vistas a determinar o módulo de
deformabilidade Es. A figura a seguir apresenta o
resultado desta pesquisa. O módulo de
deformabilidade foi determinado para tensões que
não ultrapassem 200 kPa, consideradas muito aquém
dos níveis de plastificação.
Recalques – Estimativa de Es

Sandroni (1991)
Recalques em Areias - Imediatos

• Para a estimativa de recalques imediatos em areias,


baseado na teoria da elasticidade, pode-se utilizar a
mesma equação utilizada para argilas majorada de 1,21
para corrigir os fatores de o e 1, desenvolvidos para
 = 0,5.

B
i  1,21  o1
Es
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann
– O autor verificou que o perfil de deformação específica
medidos abaixo de uma placa de prova tem um pico a uma
profundidade B/2 e se anula cerca de 2B. O autor criou o
índice de deformação específica Iz.
– O recalque de uma fundação direta sobre areias pode ser
obtido pela seguinte expressão:

 Iz 
2B
i  C1C2  p    z
0  Es 
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann
– onde:
• i = recalque;
• p = aumento da pressão efetiva devido ao peso
próprio ao nível da fundação;
• z = espessura da camada em estudo;
• C1 = fator de embutimento com a profundidade;
• C2 = fator empírico de deformação lenta devido à
aplicação contínua de tensão;
• Iz = coeficiente de influência da deformação.
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann

 po' 
C1  1  0,5 
 
 p
 t 
C2  1  0,2 log 
 0,1 
– onde:
• p’v = tensão efetiva inicial devido ao peso próprio do terreno;
• t = período de tempo, em anos, para o qual o recalque deve ser
calculado;
• Es = módulo de deformabilidade do solo.
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann (1978)


0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
0
Prof. Z a partir da base da

B/2 L/B = 1
B
sapata

2B
L/B > 10

3B

4B
Recalques em Areias - Imediatos

• O valor de Iz pode ser obtido por semelhança


de triângulos
– Sapata quadrada
• Iz = 0,1 + 2(Izmax – 0,1) z/B para z ≤ B/2
• Iz = (2/3) Izmax (2 – z/B) para B/2 ≤ z ≥ 2B
– Sapata corrida
• Iz = 0,2 + (Izmax – 0,2) z/B para z ≤ B
• Iz = (1/3) Izmax (4 – z/B) para B ≤ z ≥ 4B
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann

• Es = 2 qc (proposta de Schmertmann, 1970)


• qc = 4 Nspt (kgf/cm2) (segundo Meyerhof 1956)

• Es = 2,5 qc para sapatas circulares e quadradas


• Es = 3,5 qc para sapatas corridas
Recalques em Areias - Imediatos

• Método de Schmertmann

Descrição do solo qc / Nspt


Silte Arenoso 250
Areia fina e areia siltosa fina 400
Areuia fina a média 480
Areia com pouco pedregulho 800
Areia média a grossa 800
Areia com pedregulho 800 a 1800
Pedregulho arenoso 1200 a 1600
Recalques
• Prova de Carga em placa são os métodos mais
confiáveis para estimar recalques de fundações
superficiais.
• Estimativa de recalques é fundamentada na teoria da
mecânica dos solos, incluindo recalque elástico e por
adensamento.
• Estimativas de recalques baseadas em métodos
empíricos (deve-se ser usada somente para ante-
projeto).
Recalque – Método empírico - SPT

• Terzaghi e Peck – Modificado por Meyrhof(1965)


Conservador – valor histórico

– B<1,2m i = 2,1(/Nspt)
– B>1,2m i = 3,23(/Nspt) (B/ (B+0,3))2

– onde:
•  = tensão de contato (kN/m2)
• B = largura da sapata;
• Nspt = número de golpes da base da sapata até uma profundidade B;
• i = recalque (mm)
Recalque – Método empírico - SPT

• Schultze e Sherif (1973)


S 
i  0,87
N spt [1  0,4( D / B)]
• onde:
– S = coeficiente de recalque (cm3/kg)
– i = recalque (cm)
– Nspt – valor médio de SPT
– D = profundidade da fundação (m)
– B = largura da fundação (m)
– L =comprimento da fundação (m)
–  = pressão de contato (kg/cm2)
– ds espessura da camada granular compressível (m)
Recalque – Método empírico - SPT

• Schultze e Sherif (1973)


Recalque – Método empírico - SPT

• Burland, Broms & de Mello (1977)

– Limites superiores de recalques baseados no SPT

– max =  (0,32 B0,3) areias fofas Nspt < 10


– max =  (0,07 B0,3) areias med. compactas 10< Nspt < 30
– max =  (0,035 B0,3) areias compactas Nspt > 30
– provável = ½ max
Recalque – Método empírico - SPT

• Burlnad, Broms e de Mello (1977)


Recalque em Argila - Adensamento

e
a  H
1  eo
 a  mv H p
Cc  i' 
a  H log  ' 
1  eo  
 f 
onde: e = incide de vazios;
H = espessura da camada
Cc = índice de compressibilidade;
mv = coeficiente de compressibilidade volumétrica;
p = variação da tensão efetiva;
’i = tensão efetiva inicial;
’f = tensão efetiva final;
Recalque em Argila - Adensamento

• Correlações de LL e Cc

– Cc = 0,009(LL-10) Argilas da cidade de Santos;


– Cc = 0,004(LL-6) Argilas da baixada terciária de São Paulo;
– Cc = 0,015(LL-10) Argilas orgânicas de Recife;
– Cc = 0,009(LL+24) Argilas orgânica do Canal de Florianópolis e o
continente;
– Cc = 0,0042(LL+39) silte arenoso pouco argiloso;
– LL = Limite de liquidez.
• Recomendação: realização de ensaios oedométricos em
amostras indeformadas
Referências:
NBR 6122
Notas de Aula Antônio Alves, FURG 2011.
Notas de Aula Fernando Schnaid, UFRGS 2011.

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