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Avila
2016
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS
E O NOVO CPC
Prof. Dr. Felipe Cunha de Almeida
Ação de Exigir Contas
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CAPÍTULO II
DA AÇÃO DE EXIGIR CONTAS
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a
citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15
(quinze) dias.
§ 1o Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas
quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa
necessidade, se existirem.
§ 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar,
prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada
e específica, com referência expressa ao lançamento questionado.
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§ 4o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355.
§ 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as
contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as
que o autor apresentar.
§ 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5o, seguir-se-á o
procedimento do § 2o, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15
(quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame pericial, se
necessário.
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Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada,
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se
houver.
§ 1o Havendo impugnação específica e fundamentada pelo autor, o juiz
estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos
justificativos dos lançamentos individualmente impugnados.
§ 2o As contas do autor, para os fins do art. 550, § 5o, serão apresentadas na
forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos, especificando-
se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem
como o respectivo saldo.
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Art. 552. A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de
qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo
em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o
saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens
sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar
as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
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Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery:
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Teresa Arruda Wambier:
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Assim, que tipo de relação jurídica pode justificar a
ação de exigir contas?
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1) Relação de administração patrimonial (locação);
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Procedimento especial também previsto no CPC/1973,
denominado de ação de prestação de contas, tendo
como espécies:
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Na sistemática do NCPC, contudo, não se cogita mais da
possibilidade de ação de prestação de contas stricto
sensu, ou seja:
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A ação é processada pelo rito ordinário!
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a) Advogado (EOAB):
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
[...]
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias
recebidas dele ou de terceiros por conta dele;
[...]
b) Tutor (CC/NCPC):
Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos
tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração.
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de
qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do
processo em que tiver sido nomeado.
c) Gestor de negócios (CC):
Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de
negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de seu
dono, ficando responsável a este e às pessoas com que tratar.
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Procedimento da ação de exigir contas: previsto nos parágrafos do
art. 550.
Petição inicial:
Interesse de agir (mediante comprovação) e vedação à impugnação
genérica:
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas
requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça
contestação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1o Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as
razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos
comprobatórios dessa necessidade, se existirem.
[...]
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Citado, o réu:
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Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas
requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no
prazo de 15 (quinze) dias.
[...]
§ 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar,
prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste
Livro.
§ 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar
as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito
impugnar as que o autor apresentar.
§ 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5o, seguir-se-á
o procedimento do § 2o, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo
de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame
pericial, se necessário.
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Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a
citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15
(quinze) dias.
[...]
§ 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar,
prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser
fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento
questionado.
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Há duas fases bem delineadas:
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. MANDATOS. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. [...] O
MANDATO E O EXERCÍCIO DOS PODERES POR MEIO DELE CONFERIDOS AO
ADVOGADO GERAM O DEVER DE PRESTAR CONTAS DOS ATOS PRATICADOS NO
SEU CUMPRIMENTO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA SENTENÇA. IMPROCEDENTE.
PRIMEIRA FASE. A AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DESENVOLVE-SE EM DUAS
FASES, SE O RÉU CONTESTA A OBRIGAÇÃO DE PRESTÁ-LAS: - NA PRIMEIRA,
VERSA A DECISÃO SOBRE O DIREITO DE EXIGIR E A OBRIGAÇÃO A ESSA
PRESTAÇÃO; E, NA SEGUNDA FASE, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA
SENTENÇA PROFERIDA NA PRIMEIRAFASE, APURA-SE O VALOR DO DÉBITO OU
CRÉDITO. NO CASO, A OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS É INERENTE AO
PRÓPRIO MANDATO CONFERIDO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA
PRIMEIRA FASE, RECONHECENDO O DEVER DE PRESTAR CONTAS QUE SE
CONFIRMA [...] (Apelação Cível Nº 70069451458, Décima Quinta Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Otávio Augusto de Freitas Barcellos, Julgado em
28/09/2016)
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Hipóteses de revelia:
Art. 550:
§ 4o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art.
355.
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Observação:
Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e
presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor.
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Art. 550.
§ 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a
prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe
ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
§ 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5o, seguir-
se-á o procedimento do § 2o, caso (obs: as contas serão julgadadas
com ou sem instrução dependendo do caso) contrário, o autor
apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz
determinar a realização de exame pericial, se necessário.
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Forma exigida para a prestação de contas
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Pergunta:
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Vejamos a sistemática de 1973:
Art. 917. As contas, assim do autor como do réu, serão
apresentadas em forma mercantil, especificando-se as receitas e a
aplicação das despesas, bem como o respectivo saldo; e serão
instruídas com os documentos justificativos.
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL [...] AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE
CONTAS - INÉRCIA DO BANCO RÉU EM PRESTÁ-LAS [...] CONTAS DA ASSISTENTE
NÃO APRESENTADAS NA FORMA MERCANTIL, PORÉM COM EXPOSIÇÃO DE
JUSTIFICATIVA PLAUSÍVEL PARA A NÃO DISPONIBILIZAÇÃO DOS CÁLCULOS NO
ASPECTO ESTABELECIDO NO ARTIGO 917 DO CPC - ACÓRDÃO DESTE ÓRGÃO
FRACIONÁRIO QUE DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL DA
INSTITUIÇÃO BANCÁRIA, ADMITINDO A PRESTAÇÃO DE CONTAS NA FORMA NÃO
MERCANTIL E DETERMINANDO FOSSE OPORTUNIZADA A PRODUÇÃO DE PERÍCIA
TÉCNICA - AUSÊNCIA DE RIGOR, SE AS CONTAS SÃO FORMULADAS DE MANEIRA
INTELIGÍVEL ANTE A COMPLEXIDADE DOS CÁLCULOS - HARMONIZAÇÃO COM A
CONCEPÇÃO FINALÍSTICA DO PROCESSO – RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
[...] 2. A prestação de contas em forma mercantil é uma necessidade do processo, uma
vez que o exame, a discussão e o julgamento dos cálculos devem ser facilitados para os
sujeitos processuais. No entanto, as contas apresentadas de forma não mercantil
podem ser consideradas boas diante do oferecimento de justificativa plausível pela
parte, principalmente quando a complexidade dos cálculos imprescindir de realização
de perícia contábil [...]. (STJ, EDcl no REsp 1218899 / PR, Rel. Min: Marco Buzzi, J:
25/11/2014).
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Portanto, eis a redação do NCPC:
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Sentença e apuração de saldo:
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Esta ação apresenta caráter dúplice, ou seja:
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Quando as posições de autor e réu, no processo,
podem se confundir!
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS DE CARTÃO DE CRÉDITO.
PROCEDIMENTO ESPECIAL DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. CLÁUSULA-
MANDATO. CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA FINANCIAMENTO DE SALDO
DEVEDOR. [...] 1. O ordenamento jurídico não proíbe, em princípio, a
postulação de tutela jurisdicional que imponha o dever de prestar contas no
âmbito de contrato de cartão de crédito entabulado entre consumidor e
instituição financeira. Não há falar, portanto, em impossibilidade jurídica do
pedido formulado na petição inicial. Prefacial desacolhida. 2. A ação de
prestação de contas é demanda de caráter dúplice, ou seja, depois de
reconhecida a obrigação de prestar contas (primeira fase), a determinação do
valor devido será alvo de segunda fase, oportunidade em que o saldo pode
ser declarado para qualquer das partes, sendo possível, ainda, a declaração
de saldo zero. 3. [...] (Apelação Cível Nº 70064662836, Vigésima Terceira
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Eduardo Richinitti,
Julgado em 24/11/2015)
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Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do
depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em
apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado
a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo,
sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a
gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas
necessárias à recomposição do prejuízo.
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Surgindo o interesse em exigir contas, devemos, sempre,
ajuizar a ação como nos termos aqui analisados?
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Nem sempre!
Quando o dever de prestar tiver origem em administração
patrimonial judicial (inventário, curatela, por exemplo), o
dever de exigir por quem administra, por encargo judicial,
é feito por simples petição:
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Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do
depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em
apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado
a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo,
sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a
gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas
necessárias à recomposição do prejuízo.
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Além do dever de prestar as contas (quando decidido),
haverá outras sanções, nos termos do § único do art.
553.
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Alguns julgamentos do TJRS acerca da matéria:
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. [...] AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. SÓCIO
COM PODERES DE ADMINISTRAÇÃO. ADMINISTRAÇÃO CONJUNTA. DIREITO
DE EXIGIR A PRESTAÇÃO DE CONTAS NÃO EVIDENCIADO. [...] PRESTAÇÃO
DE CONTAS - Na fase primeira fase da ação de prestação de contas, demanda
de caráter dúplice, decide-se a respeito do dever de prestação de contas por
parte dos réus. "In casu", pretende o autor, na qualidade de sócio com
poderes de administração, compelir o réu à prestação de contas da sociedade
da qual ambas as partes integravam. A administração exercida de forma
conjunta pelas partes não autoriza o reconhecimento do dever de prestação
de contas pela parte ré. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - Em não configuradas
quaisquer das hipóteses previstas no art. 17 do CPC, na há que se falar em
multa por litigância de má-fé da parte autora. [...] (Apelação Cível Nº
70053350385, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sylvio
José Costa da Silva Tavares, Julgado em 31/03/2016)
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Ementa: APELAÇÃO CIVEL. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. AÇÃO
DE SEPARAÇÃO JUDICIAL E DIVÓRCIO. LEGITIMIDADE ATIVA
DA conjuge/esposa PARA HAVER PRESTADAS AS CONTAS DA EMPRESA
DO QUAL O EX-MARIDO É SÓCIO COTISTA. PEDIDO DE ILEGITIMIDADE
ATIVA DA EMPRESA. DESCABIMENTO. Enquanto não finalizada a partilha
e existir bem em condomínio, administrado com exclusividade por apenas
um dos cônjuges, perfeitamente possível o ajuizamento de ação
de prestação de contas. APELAÇÃO DESPROVIDA. . (Apelação Cível Nº
70045263092, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Roberto Carvalho Fraga, Julgado em 02/04/2012)
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. SUCESSÕES. AÇÃO
DE PRESTAÇÃO DE CONTAS AJUIZADA POR EX-CÔNJUGE DE HERDEIRA.
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS. ÒBITO OCORRIDO APÓS A
SEPARAÇÃO DE FATO. ILEGITIMIDADE DO AUTOR PARA EXIGIR CONTAS.
A separação de fato põe termo ao regime de bens do casamento. Ainda que
casados pelo regime da comunhão universal de bens, tendo o óbito da
inventariada ocorrido após a separação fática entre a herdeira e o autor,
este não detém legitimidade para exigir prestação de contas acerca da
herança e respectivos frutos. Não tendo o apelante apresentado os
fundamentos de fato e de direito pelos quais pretende a reforma da
sentença quanto ao termo inicial da prestação de contas, impõe-se o não
conhecimento do recurso no tópico. Art. 514, II, do CPC. APELAÇÃO
CONHECIDA EM PARTE E, NESTA, DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº
70039865555, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 08/06/2011)
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Alguns julgamentos do TJRS
acerca da matéria (prescrição):
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Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO
DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. [...] PRESCRIÇÃO - A pretensão dos autores é
a de prestação de contas, direito de cunho pessoal, requerido em virtude da
administração da empresa pelos sócios demandados a partir de 1998, na
vigência, portanto, do Código Civil de 1916, incidindo o art. 177, que previa
o prazo prescricional vintenário. Tendo o prazo prescricional sido reduzido
para dez anos pelo art. 205 do novo Código Civil, deve ser observada a
regra de transição prevista no art. 2.028. Como em 11 de janeiro de 2003,
data da entrada em vigor do Novo Código, não havia decorrido a metade do
prazo não há falar em prescrição do direito dos autores. [...] (Apelação Cível
Nº 70053330866, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Sylvio José Costa da Silva Tavares, Julgado em 13/10/2016)
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Alexandre Rossato da S. Avila
2016