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O OLHAR DO PACIENTE ONCOLÓGICO EM CUIDADOS PALIATIVOS PARA A FASE FINAL

DE VIDA

Bárbara Silva Farias

RESUMO
Tive como objetivo nessa pesquisa investigar como os pacientes oncológicos em
cuidados paliativos lidam com a possível iminência de morte. A partir da experiência
pregressa no atendimento a pacientes oncológicos em fase final de vida e constatando
a alta incidência de morte por câncer, percebi a importância do tema para a saúde
pública. No entanto, notei certa dificuldade e resistência de se falar em morte, tanto
por parte do próprio paciente, quanto de seus respectivos familiares e até mesmo
entre a equipe de saúde, sendo esse um assunto evitado mesmo quando a
terminalidade se mostrava iminente. Embora algumas pessoas não verbalizassem
diretamente sobre como percebiam o adoecimento e a proximidade da morte,
pressupus que havia influências deste fato em suas vidas. Entendendo que são os
próprios pacientes oncológicos em fase final de vida que podem contribuir para as
reflexões acerca da terminalidade, optei pela modalidade de pesquisa qualitativa e
realizei entrevistas semiestruturadas que foram audiogravadas e posteriormente
transcritas integralmente. Como base metodológica, utilizei a Metodologia Clínico-
Qualitativa. Participaram da pesquisa 13 pacientes oncológicos em fase final de vida,
sendo 8 mulheres e 5 homens com idades entre 40 e 73 anos, acompanhados pelo
Centro Oncológico de Limeira (COL). Os dados obtidos foram articulados com teorias
interdisciplinares que auxiliam na reflexão do tema dando origem a 8 categorias
temáticas e 7 subcategorias. Através dos resultados pude perceber que o diagnóstico
de câncer causa bastante comoção, o processo de tratamento traz mudanças
significativas na rotina das pessoas doentes e a reflexão sobre a iminência da própria
morte não é uma capacidade desenvolvida por todos.

Palavras-chave: Morte; Câncer; Cuidados Paliativos; Subjetividade.

UM ESTUDO SOBRE A FELICIDADE: ANALISANDO NARRATIVAS DE PESQUISADORES

Priscila Perla Tartarotti von Zuben Campos

Resumo
Integrada ao campo interdisciplinar num contexto multicultural e com o propósito de
identificar o objeto deste estudo, faço questionamentos sobre a felicidade. Na forma
como foram acontecendo, migrei de uma questão à outra, de um método ao outro, os
quais entendo que me conduziram paulatinamente ao recorte desta investigação.
Esclareço que parto de uma perspectiva macro e centro-me em encontrar elementos
que me norteiam para uma perspectiva micro. Delimito este estudo por etapas e
dedico meus esforços em compreender como o conhecimento sobre a felicidade vem
sendo constituído em nosso país. Parto do questionamento: o que tem sido estudado
sobre felicidade? Inicialmente apuro dados na Scientific Eletronic Library Online
(SciELO). Entendendo não ser suficiente, pesquiso no mecanismo de busca da internet,
o Google, o que tem sido produzido e divulgado sobre felicidade. Isto me remete a
diversas bases de dados, sites oficiais e não oficiais, incluindo obras literárias. No
intuito de identificar o objeto deste estudo, recorro ao e-MEC e sequencialmente aos
acervos digitais das Universidades Públicas Brasileiras (Municipais, Estaduais e
Federais). Passo a me questionar sobre as pessoas que pesquisam felicidade, o que me
leva a problematização em torno de pesquisadores que já defenderam dissertações
e/ou teses sobre a temática. Este processo metodológico me direciona à questão
central: como os pesquisadores percebiam a felicidade antes de seus estudos, como a
perceberam durante seus estudos e o que modificou após a defesa de seus trabalhos?
Isso me leva à necessidade de compreender, a partir das narrativas, a vivência dos
pesquisadores em relação a seus estudos da felicidade e conhecer quais os
pressupostos que nutrem o pensamento teórico e a pesquisa empírica nos diferentes
campos científicos. Levando em consideração o problema de pesquisa e os objetivos
delineados, me proponho, na próxima etapa a realizar uma pesquisa de campo de base
qualitativa. Dentre as estratégias apuradas, opto pelo uso de questionários. Neste
estudo, a partir das narrativas de pesquisadores brasileiros acerca de suas vivências
em seus estudos, viso contribuir para o avanço do conhecimento científico que temos
sobre felicidade em nosso país – um conhecimento ainda incipiente.

Palavras-chave: sociedade contemporânea; vivências; interdisciplinar; produção de


conhecimento.

TENSIONANDO O SENTIDO DO AGIR: O CLOWN E SEU POTENCIAL CRIATIVO

Luís Bruno de Godoy

Resumo
No mundo contemporâneo testemunhamos um processo de abandono: troca-se a
capacidade de acontecer diante do inesperado, bem como a potencialidade criativa do
corpo e dos pensamentos por um projeto de vida tecnológico, repetitivo e, de certa
forma, aprisionante e mecanizado. Tudo acontece rapidamente, as repostas são
instantâneas, as trocas cada dia mais virtuais e menos reais. Ao que tudo indica, temos
de nos adaptar a esses novos meios de subsistência, estar prontos a responder de
maneira superficial os estímulos que nos são dados. Frente a essa questão, nos parece
necessário encontrar meios para escapar a essa mecanização, buscar pelas entrelinhas
algo que seja capaz de provocar, fazer de maneira sútil, voltarmos a nossa condição
humana. Com base nos trabalhos já desenvolvidos em torno do palhaço, pergunto:
poderia ele, ser uma possibilidade de reflexão frente a essas questões? Em uma
tentativa de responder essa questão, será desenvolvido um estudo de campo com
base na etnográfica, onde, por meio da observação participante, acompanharemos
artistas profissionais e voluntários, que desenvolvam trabalho no âmbito na
humanização hospitalar. Será observado, como o arquétipo do palhaço, age como
instrumento de reflexividade nos indivíduos na sociedade contemporânea, diante dos
dilemas e paradigmas que impactam as relações socioculturais, e aos anseios,
perspectivas e motivações que levam os artistas a desenvolver tal trabalho.

Palavras-chave: Humor; Clown; Sociedade Contemporânea; Alteridade; Etnografia.

ARRUINAMENTOS NO RETORNO À TERRA: FABULANDO MEMÓRIAS E RUÍNAS

Heitor Matos da Silveira

Resumo
Que arruinamentos são possíveis ao caminhar pela cidade? Essa questão é central no
desenvolvimento da pesquisa, especialmente por colocar em movimento pelo menos
três conceitos: ruína, caminhar, andarilho. O objetivo da pesquisa é, por intermédio da
fabulação, conceito que Deleuze empresta de Bergson e o concede um caráter político,
compor e fabular memórias e ruínas subterrâneas, que tencionem as concepções em
torno da memória como pura lembrança de um passado que se foi, e a ruína enquanto
ruído da urbanização ou sítio ecológico. Essas duas concepções acabam por constituir
dois tecidos discursivos em torno das ruínas: enquanto ruído da urbanização, elas
expressam a deterioração e o abandono de prédios e casas na cidade, e enquanto sítio
ecológico, elas são consideradas como lugares onde faunas e floras podem surgir e que
precisam ser inventariadas e preservadas. Em fabulando memórias e ruínas
subterrâneas, buscamos compor e inventar memórias e ruínas que façam vacilar os
conceitos que são amplamente consolidados no pensamento urbanístico e ecológico.
Neste ínterim, a compreensão de ruínas enquanto coisa (na acepção heideggeriana do
termo) confere a possibilidade de sair da objetificação que a ruína e,
consequentemente, o patrimônio têm sido constituídos, permitindo que outras formas
de pensar, viver, dizer, ouvir sobre patrimônio, memória e ruína sejam possíveis.
Compreendemos, portanto, que o arruinamento é um elemento constituinte da
matéria e da materialidade, pois, deixadas em seu movimento e fluxo, as coisas se
desfazem, seguindo o fluxo natural da vida: o arruinamento. A concepção dualista,
portanto, de ruína como ruído urbano ou como sítio ecológico pode ser tencionada
para pensarmos o arruinamento como um irromper da Terra no mundo. Mais que
destruição, o arruinamento faz surgir um emaranhado de fios de vida.

Palavras-chave: Arruinamento. Coisa. Fabulação. Terra.

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