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Curso de Resgate e Emergências Médicas

Curso de Resgate e
Emergências Médicas

DOCUMENTAÇÃO
INICIAL PARA O
PARTICIPANTE

Pertence
Pertence a:
a:

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Pertence a:
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Florianópolis, 25 de março de 1999.

Prezado Instrutor,

Em nome dos organizadores do curso apresentamos nossas cordiais boas vindas


e esperamos que sua estada seja a mais agradável e proveitosa possível.

Com base na leitura e estudo detalhado do Trabalho Preliminar, já recebido,


estamos lhe apresentando um questionário, o qual deverá ser preenchido e
entregue ao instrutor da Lição n 1, no primeiro dia do curso.

Solicitamos que responda detalhadamente todas as perguntas e complete os


desenhos assinalados.

Este questionário será devolvido, posteriormente, para suas futuras pesquisas.


Lembre-se de colocar seu nome na página inicial do mesmo.

Junto ao questionário estamos apresentando também algumas informações de


interesse geral sobre o curso.

Cordialmente,

Coordenação do Curso Oficina APH-B


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As condições climáticas e outros detalhes importantes do lugar onde se realizará o


curso são as seguintes:

Temperatura máxima:______ 32 ______ Temperatura mínima:_____14______

Chuvoso:________ Bom tempo: ___ X __ Umidade relativa:____ 75% __

Altura sobre ao nível de mar: Florianópolis está ao nível do mar

Presença de mosquitos: Possível Alguma doença de pele: ______ Não ____

Estamos lhe enviando também a planilha de inscrição do Curso e a ficha de


alimentação e saúde, as quais você deve completar em letra de forma e entregá-
las ao instrutor da lição n.º 1 no primeiro dia do curso.

Sobre o horário, as matérias e os conteúdos que se desenvolverão durante o


curso, você poderá lê-los com detalhe na ementa das matérias que estamos
anexando nesta carta.

Informação adicional relacionada com o Curso de Socorrista em APH-B está


sendo anexada junto com a presente, a qual deve ser trazida ao curso.

Qualquer pergunta ou dúvida que tenha referente aos documentos que está
recebendo, ou no geral sobre o Curso Oficina de Socorrista em APH-B, você pode
comunicar-se com o coordenador do mesmo: Cap. PM MARCOS DE OLIVEIRA
que poderá ser localizado no seguinte telefone/Fax: (048) 225-3333 ou 229-6270,
(Comando do Corpo de Bombeiros da PMSC).

Atenciosamente,

Coordenação do Curso Oficina APH-B

ANEXO:
 Trabalho preliminar e questionário
 Ementa das Matérias
 Horário do curso
 Finalidade e objetivos
 Ficha de inscrição
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 Ficha de alimentação e saúde

INSTRUÇÕES PARA O TRABALHO PRELIMINAR (TP)

Caro Instrutor Participante,

Com o objetivo de efetuar uma revisão dos sistemas do corpo humano, suas
funções e os principais órgãos que os integram, você deverá ler detalhadamente o
conteúdo desse TP (Revisão do Corpo Humano) e completar o questionário
existente na documentação inicial do participante.

Recomendamos a leitura de outros livros de ciências naturais ou biologia,


utilizados na educação formal ou em apostilas de cursos afins, para auxiliar na
recapitulação do corpo humano, no entendimento de algumas terminologias
médicas, na revisão de parte da anatomia e fisiologia humana, assim como na
recapitulação das funções dos sistemas e sentidos humanos.

É fundamental que você estude esse material já que, para aprender a salvar uma
vida, você deverá também conhecer claramente como é e como funciona o corpo
humano.

Entregue o questionário, devidamente respondido, ao instrutor da lição 1 do curso,


no primeiro dia de aula.
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REVISÃO DO CORPO HUMANO

O SISTEMA RESPIRATÓRIO

O oxigênio constitui-se no que poderíamos considerar o combustível das células


do corpo humano. Sem um suprimento contínuo e adequado de oxigênio, as
células entram em sofrimento e acabam morrendo. Cada célula viva no organismo
requer um suprimento constante de oxigênio; algumas são mais dependentes de
um suprimento constante de oxigênio que outras. As células do encéfalo e sistema
nervoso podem morrer após 4 a 6 minutos sem oxigênio. Essas células nunca
podem ser substituídas, resultando em danos permanentes por essa lesão. Outras
células do corpo não são tão dependentes do suprimento de oxigênio porque
podem suportar certos períodos anaeróbicos (sem oxigênio) e ainda assim, se
reproduzirem completamente. O sistema respiratório pelo qual o oxigênio é
liberado para os tecidos corporais e de onde é removido o dióxido de carbono,
representa assim uma parte muito importante do corpo. Normalmente, o ar que
respiramos contém cerca de 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio.

Todas as células vivas do corpo estão relacionadas com vários processos


químicos pelos quais a energia para a vida é extraída do alimento. O nome dado à
soma total de todos esses processos é metabolismo. No curso do metabolismo,
cada célula usa oxigênio e produz dióxido de carbono como resíduo. As células
que não são capazes de participar dos processos metabólicos estão mortas ou
morrendo.

AS VIAS AÉREAS

A parte superior das vias aéreas é formada pelo nariz, boca e faringe. O nariz e a
boca levam à faringe (garganta). Na parte inferior da faringe, existem duas vias: o
esôfago, atrás, e a traquéia, na frente. Os alimentos e líquidos que entram na
faringe passam para o esôfago, que os leva ao estômago. O ar e outros gases
entram na traquéia, chegando aos pulmões.

A manutenção da abertura da traquéia é dada por uma estrutura fina, em forma de


folha, chamada epiglote. Esse órgão abre-se para permitir a passagem de ar para
a traquéia, porém se fecha sempre que existe alimento ou líquido na faringe. O
corpo é incapaz de tolerar qualquer material sólido ou líquido na traquéia.

A primeira parte da traquéia é a laringe (caixa vocal), que consiste em um arranjo


complicado de pequenos ossos, cartilagens, músculos e duas cordas vocais. A
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proeminência laríngea (pomo-de-adão), proeminente no pescoço, é a porção


anterior da laringe ou cartilagem tireóide. Pequenos músculos abrem e fecham as
cordas vocais.
Os sons são criados à medida que o ar é forçado a passar pelas cordas vocais,
fazendo-as vibrar. As vibrações produzem o som, cujo tom muda à medida que as
cordas se fecham e abrem. Essas vibrações podem ser sentidas ao se colocarem
delicadamente os dedos sobre a laringe, à medida que se canta ou fala. As
palavras, assim como outros sons não compreensíveis são formados pela língua e
músculos da boca.
Imediatamente abaixo da cartilagem tireóide está a cartilagem cricóide. Entre
essas duas proeminências, está a membrana cricotireóide, que pode ser sentida
como uma depressão na linha média do pescoço, imediatamente inferior à
cartilagem tireóide. Abaixo da caixa vocal está a traquéia, ou seja, um tubo semi-
rígido formado de anéis parciais de cartilagem que são completados atrás por
tecido conjuntivo denso. Os anéis cartilaginosos impedem a traquéia de colar
quando o ar se move para dentro e para fora dos pulmões.

Existem dois pulmões, um de cada lado da caixa torácica. Os pulmões estão


suspensos dentro dela pela traquéia, artérias e veias que vão e vêm do coração, e
pelos ligamentos pulmonares.

A traquéia termina dividindo-se em tubos menores, chamados brônquios direito e


esquerdo, que entram nos pulmões. Cada brônquio principal se ramifica
imediatamente dentro do pulmão em vias aéreas cada vez menores. Dentro do
pulmão direito, existem três brônquios lobares; dentro do esquerdo, apenas dois.
As vias aéreas finalmente terminam em milhões de sacos aéreos pequenos
chamados alvéolos. Os pulmões saudáveis contêm cerca de 700 milhões de
alvéolos. Nesses alvéolos, o oxigênio é dado para o sangue e o dióxido de
carbono é retirado desse para ser eliminado.
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Figura 1. O sistema respiratório.

MECANISMO DE RESPIRAÇÃO

Os pulmões não podem encher-se por si próprios, uma vez que não têm tecido
muscular para permitir sua movimentação. Os movimentos da caixa torácica e do
diafragma permitem que o ar entre nos pulmões através da traquéia. A caixa
torácica é uma caixa óssea semi-rígida recoberta de músculo e pele. O diafragma
é uma parte muscular que separa o tórax do abdômen.

A caixa torácica pode ser comparada a um fole. As costelas mantêm a forma do


tórax. A abertura desse é feita através da traquéia. O ar se move através da
traquéia para dentro e para fora do pulmão, enchendo e esvaziando os sacos
aéreos. Quando um fole é aberto, o volume que pode suportar aumenta, causando
um ligeiro vácuo. Normalmente, a pressão dentro da cavidade torácica é
ligeiramente menor que a pressão atmosférica. A abertura do tórax diminui ainda
mais a pressão aérea dentro dele, fazendo com que a pressão aérea de fora,
maior, permita a entrada de ar pela traquéia, enchendo o pulmão. Quando a
pressão aérea de dentro se iguala a de fora, o ar pára de entrar. O ar se moverá
de uma área de maior pressão para uma área de menor pressão, até as pressões
em ambas as áreas se tornarem equivalentes. Dessa forma à medida que o fole é
fechado durante a expiração, a pressão de dentro torna-se maior que a de fora, e
o ar é expelido.

A parte muscular, ativa, da respiração é descrita a seguir. Durante a inspiração


(inalação), o diafragma e os músculos das costelas se contraem. Quando o
diafragma se contrai, move-se para baixo, aumentando a cavidade torácica
longitudinalmente. Quando os músculos das costelas se contraem, elevam as
costelas. Essas ações se combinam para aumentar a cavidade torácica (fole) em
todas as dimensões. A ação é idêntica àquela da abertura de um fole. O ar vai
para os pulmões.

Durante a expiração, o diafragma e os músculos das costelas se relaxam. À


medida que esses músculos se relaxam, a cavidade torácica diminui de tamanho
em todas as dimensões. À medida que a cavidade torácica diminui, o ar nos
pulmões é pressionado em um espaço menor, a pressão aumenta e o ar é
empurrado através da traquéia. A diminuição no tamanho da cavidade torácica
após o relaxamento é realizada em grande parte pela ação do tecido elástico do
pulmão, que se estira durante a inspiração e diminui após o relaxamento da
parede torácica muscular. Existe também uma tendência inerente da parede
torácica para voltar a uma posição normal de repouso, o que ajuda na expiração.
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É importante lembrar que existe apenas uma abertura normal na cavidade


torácica. Essa é dada pela traquéia.

Os pulmões permanecem livres dentro da cavidade torácica, mas existe um


mecanismo bem definido para garantir que eles sigam os movimentos da parede
torácica e se expandam e contraiam com ela. Cobrindo cada pulmão, existe uma
camada de tecido liso, brilhante, escorregadio, chamado pleura. Uma camada
desse saco recobre o interior da cavidade torácica e outra recobre os pulmões.
Essas duas camadas são chamadas de pleura parietal (cobrindo a parede
torácica) e pleura visceral (cobrindo o pulmão). Entre essas duas paredes situa-se
o “espaço pleural”, que não é um espaço no sentido real, porque essas camadas
estão em contato entre si. Na realidade, as camadas estão bem unidas uma a
outra por intermédio de um líquido fino. Quando a parede torácica se expande, o
pulmão é puxado com ela e se expande pela sucção exercida através dessas
superfícies pleurais unidas. O espaço pleural é chamado um espaço virtual porque
normalmente não há espaço e o pulmão enche por completo a cavidade torácica.

O “espaço” entre as superfícies pleurais pode ser facilmente transformado em um


espaço real, e as superfícies, separadas por sangue devido a um sangramento
pulmonar da parede torácica, ou por ar a partir de uma rutura do pulmão ou de
uma abertura no tórax. Se as superfícies estiverem separadas, não há mais o
mecanismo de expansão normal dos pulmões. Se houver coleção suficiente de
sangue ou ar, o pulmão pode até ser comprimido e não expandir o suficiente na
inspiração, não chegando oxigênio necessário para manter a vida. Os pacientes
com esse tipo de lesão podem morrer por falta de oxigênio.

A freqüência respiratória normal é de 12 a 20 respirações por minuto e em cada


respiração são trocados cerca de 500 cm cúbicos (1/2 litro) de ar.
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Figura 2. Os pulmões durante a inspiração e a expiração.

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

O cérebro controla a respiração. Quando ele necessita de mais oxigênio, envia


estímulos ao longo de nervos para os músculos do tórax e diafragma, fazendo
com que trabalhem mais rápido e com mais força. A respiração é involuntária,
porém pode ser controlada até certo ponto. Assim, quando queremos prender a
respiração, podemos mandar impulsos automáticos do cérebro por um curto
período. Da mesma forma, se quisermos respirar mais rápida e profundamente,
podemos fazê-lo desde que tenhamos consciência disto. O cérebro funciona na
grande parte sob o controle consciente (porém automaticamente) dos níveis de
oxigênio e dióxido de carbono no corpo. Responde a esses níveis controlando a
respiração. Se os níveis se tornarem anormais, o cérebro automaticamente
controlará a respiração. Isto é porque você não pode prender sua respiração ou
respirar rápida e profundamente por tempo indefinido. Existem conexões nervosas
do cérebro para os pulmões através das quais é feito esse controle.

O tórax é uma das duas principais cavidades do corpo. É limitado pelas costelas,
anterior e posteriormente; pelo diafragma, na parte inferior; e pelas clavículas, na
parte superior. Contém os pulmões de cada lado. Entre os pulmões, existe um
espaço – chamado mediastino – onde se localizam o coração, as grandes artérias
e veias, o esôfago e vários nervos.
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Figura 3. Anatomia do tórax.

O sistema respiratório abrange todos os órgãos do corpo que contribuem para a


respiração normal. Estritamente falando, inclui o nariz, a boca, a faringe, a laringe,
a traquéia e os brônquios, sendo todos passagens de ar ou vias aéreas. Inclui os
pulmões, onde o oxigênio passa para o sangue e onde é liberado o dióxido de
carbono para ser eliminado. Finalmente, inclui o diafragma e os músculos da
parede torácica, que permitem os movimentos respiratórios
Espaço normais.
Pleural
O sangue que passou através do corpo deu seu oxigênio para os tecidos e
absorveu dióxido de carbono produzido pelo metabolismo tecidual. É coletado no
átrio direito do coração, e bombeado para o pulmão através do ventrículo direito.
Passa, no pulmão, para uma fina trama de capilares pulmonares que estão em
íntimo contato com o ar nos alvéolos (sacos aéreos) do pulmão. Nesses casos, o
sangue libera o dióxido de carbono e absorve novo oxigênio. Esse sangue
renovado passa para vasos maiores, sendo coletado dos pulmões no átrio
esquerdo do coração. Passa para o ventrículo esquerdo e é bombeado para todo
o corpo, carreando oxigênio para os tecidos.

Os capilares pulmonares estão localizados nas paredes dos pequenos alvéolos.


As paredes dos capilares e alvéolos são extremamente finas. O ar nos alvéolos e
o sangue nos capilares estão assim separados pelas mais finas paredes
imagináveis. O oxigênio e o dióxido de carbono podem se mover entre os alvéolos
e capilares rapidamente. O oxigênio passa do pulmão para o sangue, e desse
para os tecidos corporais, através dos capilares. No inverso desse processo, o
dióxido de carbono passa dos tecidos do corpo, através de capilares, para o
sangue; passa do sangue, através dos capilares, para os sacos aéreos do pulmão.
É então dispersado no ar expirado.

O SISTEMA CIRCULATÓRIO

De uma maneira simplificada, o aparelho ou sistema circulatório ou cardiovascular,


está constituído pelo coração, pelo sangue e por uma rede complexa de tubos
denominados artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias. Através desses tubos,
o sangue circula por todo o organismo impulsionado pela pressão produzida por
uma bomba, o coração. O sangue deixa o ventrículo esquerdo através de uma
artéria de grande calibre. As artérias tornam-se gradualmente mais finas
(arteríolas), até que o sangue circule através de delgados capilares. Os capilares
são vasos de calibre diminuto, como fios de cabelo, onde as hemácias podem
entrar em íntimo contato com as células do organismo. O sangue passa dos
capilares para pequenas veias (vênulas) que se unem e tornam-se maiores, à
medida que se aproximam do coração. Elas levam o sangue para o lado direito do
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coração, que o bombeia para os pulmões, onde volta a passar através de um


sistema capilar. Retorna então ao lado esquerdo do coração, completando o
circuito. O sistema é completamente fechado.

O CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular, oco, com tamanho aproximado da mão fechada


de um homem. Uma parede (septo) divide o coração ao meio nos lados direito e
esquerdo. Cada lado do coração é dividido novamente em uma câmara superior
(átrio) e em uma inferior (ventrículo).

O coração compõe-se de duas bombas lado a lado. O lado direito recebe sangue
das veias do organismo no átrio e o bombeia para os pulmões, a partir do
ventrículo direito. O lado esquerdo recebe sangue oxigenado proveniente dos
pulmões para o átrio esquerdo, e o bombeia para as artérias que o levarão para
todas as partes do organismo, a partir do ventrículo esquerdo.

Há duas aberturas em cada câmara cardíaca, guarnecidas por válvulas que


permitem o fluxo em um só sentido. As válvulas evitam o fluxo sanguíneo
retrógrado e o mantêm fluindo através das artérias e veias na direção adequada.
Quando uma válvula está aberta, a outra está fechada. Normalmente o sangue
move-se em apenas uma direção ao longo de todo o circuito.

Quando um ventrículo (câmara inferior) se contrai, a válvula para a artéria se abre


e a válvula entre o ventrículo e o átrio (câmara superior) se fecha. O sangue é
impelido do ventrículo para a artéria (artéria pulmonar ou aorta). Ao término da
contração, o ventrículo se relaxa. A válvula para a artéria se fecha, a válvula para
o átrio se abre, e o sangue flui do átrio para encher o ventrículo. Quando o
ventrículo é estimulado e se contrai, o ciclo se repete.

A contração do músculo cardíaco é denominada sístole; o relaxamento do coração


enquanto o ventrículo se enche de sangue é chamado diástole. Dessa forma há
pressão sistólica e pressão diastólica.

No indivíduo médio normal, a freqüência cardíaca pode variar de 60 a 100


batimentos por minuto. Em cada batimento, 70 a 80 ml de sangue são ejetados do
coração. Em um minuto, todo o volume de cerca de seis litros de sangue já
circulou pelos vasos.

Figura 4. Estrutura anatômica do coração.


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Figura 5. Anatomia do sistema cardiovascular.

SANGUE

Veia Cava Inferior CoraçãoDireito


O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma, células
vermelhas (hemácias), células brancas (leucócitos), e plaquetas. O plasma
transporta as células e nutrientes para todos os tecidos. Também leva os produtos
de degradação para os órgãos excretores. As células vermelhas fornecem a cor
ao sangue e carreiam
Veias oxigênio. As células brancas atuam na defesa do organismo
contra as infecções. As plaquetas são essenciais para a formação de coágulos
sangüíneos, necessários para estancar o sangramento. Leito
Maior = Sistêmico Capilar
O sangue sob pressão jorra de uma artéria com uma coloração vermelho-viva; de
Menor
uma veia ou capilar flui num= Pulmonar
fluxo contínuo e lento, apresentando cor escura
vermelho-azulada. A coagulação geralmente demora seis a dez minutos.
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Figura 6. O sangue contém glóbulos vermelhos e brancos, plaquetas e plasma.

ARTÉRIAS

A aorta é a grande artéria que deixa o coração esquerdo; transporta sangue


recentemente oxigenado para o organismo. Esse vaso encontra-se logo em frente
à coluna vertebral nas cavidades torácica e abdominal. A aorta possui muitos
ramos irrigando a cabeça e o pescoço, os membros superiores, e os órgãos
torácicos e abdominais, antes de terminar, no abdômen inferior, dividindo-se nas
duas artérias principais que se dirigem para os membros inferiores. Cada uma
dessas diversas artérias se divide em ramos cada vez menores, para formar
finalmente os diminutos capilares de paredes delgadas.

CAPILARES E CÉLULAS

No organismo existem bilhões de células e capilares. O oxigênio e outros


nutrientes passam das células sangüíneas e do plasma nos capilares, para as
células dos tecidos do organismo, através da parede muito delgada do capilar. O
dióxido de carbono e outros produtos de degradação passam em sentido oposto
das células teciduais para o sangue, a fim de serem retiradas. O sangue nas
artérias é vermelho-vivo, porque é rico em oxigênio; o sangue nas veias é
vermelho-azulado, porque é pobre em oxigênio. Os capilares conectam-se
diretamente em uma extremidade com as arteríolas, e na outra com as vênulas.

VEIAS

O sangue do sistema capilar retorna ao coração através das veias. Os capilares


formam pequenas vênulas que se unem para formar veias maiores. As veias de
todo o organismo finalmente se juntam para formar duas veias principais, a veia
cava superior e a veia cava inferior.
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O sangue que retorna da cabeça, pescoço, ombros e membros superiores corre


pela veia cava superior. O sangue do abdômen, pelve e membros inferiores passa
pela veia cava inferior. Ambas as veias cavas, superior e inferior, esvaziam-se no
átrio direito do coração. O ventrículo direito recebe sangue do átrio direito e o
bombeia para os pulmões através das artérias pulmonares.

Figura 7. O sangue contém glóbulos vermelhos e brancos, plaquetas e plasma.

CIRCULAÇÃO PULMONAR

O esquema geral de circulação através dos pulmões é essencialmente o mesmo


do restante do organismo. Os vasos sangüíneos do coração direito ramificam-se
progressivamente, formando finalmente capilares. Os capilares estão intimamente
relacionados com os alvéolos (sacos aéreos) pulmonares, ocorrendo troca de
oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue no interior dos
capilares. O sangue oxigenado nos pulmões retorna então para o coração e
penetra no átrio esquerdo, donde passa para o ventrículo esquerdo e é bombeado
para iniciar novo ciclo.
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Figura 8. A mecânica da circulação e as trocas gasosas.

FUNÇÕES DA IRRIGAÇÃO SANGÜÍNEA

 Respiração. O sangue transporta o oxigeno dos pulmões aos tecidos, e


também, dióxido de carbono e outros materiais de degradação dos tecidos até
os pulmões.

 Nutrição. O sangue transporta substâncias alimentícias dos intestinos ou dos


depósitos de armazenamento para os tecidos.

 Excreção. O sangue transporta produtos de degradação das células para os


órgãos excretores.

 Proteção. O sangue transporta células de defesa e anticorpos através do


organismo, o que permite resistir ao ataque de enfermidades e de infecções.

 Regulação. O sangue transporta hormônios e outras substâncias químicas que


regulam o funcionamento dos órgãos.

TIPOS SANGÜÍNEOS

Entre todos os milhões de pessoas que existem em mundo, somente se


diferenciam quatro tipos de sangue: A, B, AB e O. O tipo predominante é o "O",
que corresponde a 46% do total; 40% tem sangue do tipo A, 10% do tipo B e
somente 4% corresponde ao tipo AB.

O SISTEMA LINFÁTICO

De fato, o sistema linfático não faz parte do sistema circulatório, posto que não
auxilia na circulação do sangue que é bombeado para todas as partes do corpo.
No entanto, atua como um auxiliar do sistema venoso, para o qual retorna o
excesso dos fluidos existentes nos tecidos.

Os gânglios linfáticos aparecem em grupos em todo o sistema linfático, mais


particularmente nas axilas, no pescoço e na região inguinal. Esses gânglios fazem
as vezes de filtros e prendem as partículas estranhas, como por exemplo as
bactérias, que se encontram no líquido linfático e que penetram através de feridas.
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Nos gânglios são eliminadas substâncias nocivas e essa á a razão pela qual os
gânglios linfáticos se inflamam.

O ABDÔMEN E SISTEMA DIGESTIVO

ANATOMIA

Recorde que a maior parte dos órgãos internos do corpo localizam-se em diversas
cavidades. A cavidade abdominal se localiza inferiormente (mais abaixo do corpo)
ao tórax.

O limite superior do abdômen é dado pelo diafragma. O inferir encontra-se ao nível


de um plano imaginário traçado entre o púbis e o sacro. Imediatamente abaixo
desse plano, encontra-se a cavidade pélvica, que pode ser considerada como a
parte mais inferior do abdômen.

A cavidade abdominal contém o fígado, a vesícula biliar e os canais biliares; baço,


estômago e intestinos. Imediatamente atrás da membrana de revestimento, entre
essa e os principais músculos dorsais e a coluna, encontram-se os rins com seus
canais de drenagem (os ureteres) e o pâncreas. Nesse mesmo plano, entre o
peritônio (que reveste a cavidade) e a coluna, encontram-se dois vasos
sangüíneos principais, a aorta e a veia cava superior, que nutrem toda a metade
inferior do organismo. Vários nervos e gânglios linfáticos acompanham esses
grandes vasos. Os órgãos e os vasos são suportados contra a parede pelo
peritônio.

A porção mais inferior da cavidade abdominal é denominada cavidade pélvica.


Nela se encontram o reto, a bexiga, e, na mulher, os órgãos reprodutores internos.
Toda a cavidade é revestida por uma camada transparente de tecido liso, brilhante
e fino chamado peritônio. Exceto nos locais onde os órgãos se encontram
imediatamente abaixo desse, o peritônio se localiza diretamente sobre os
músculos da parede abdominal, que servem para proteger os órgãos em seu
interior.

Praticamente todos os órgãos contidos no abdômen estão suspensos por uma


estrutura chamada mesentério. O mesentério é um tecido muito delicado formado
pelo peritônio. À medida que o peritônio se reflete para cobrir os órgãos, forma o
mesentério. Esse carreia vasos sangüíneos e nervos para todos os órgãos. Os
ligamentos mesentéricos permitem certas mudanças nas posições dos órgãos
entre si porque podem ficar suspensos livremente. A cavidade muscular contínua
do intestino requer um órgão de grande mobilidade, que é dada por um ligamento
mesentérico.
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No andar superior do abdômen, o fígado, o baço e estômago encontram-se bem


protegidos pelas costelas. No andar inferior, a pelve dá uma grande proteção aos
órgãos.

Em geral, podemos chamar esses órgãos – abdominais, retroperitoneais e


pélvicos – como ocos ou sólidos. Os órgãos ocos são tubos através dos quais
passam substâncias. Por exemplo, o estômago e intestinos conduzem os
alimentos através do corpo; os ureteres e a bexiga transportam e armazenam
urina até que essa seja eliminada. Os órgãos sólidos são massas sólidas de
tecido, onde ocorre grande parte do trabalho químico. O fígado, o baço, pâncreas,
rins e glândulas adrenais são os órgãos sólidos do abdômen. O estômago,
duodeno, intestino delgado (jejuno e íleo), intestino grosso (cólon), reto, apêndice,
vesícula e ductos biliares, bexiga e ureteres são os órgãos ocos do abdômen.

As lesões intra-abdominais podem comprometer tanto os órgãos ocos quanto os


sólidos. Em geral, os órgãos sólidos tendem a sangrar abundantemente quando
rompidos ou lesados. Os órgãos ocos eliminam seus conteúdos na cavidade
abdominal quando são lacerados. Esses conteúdos geralmente causam uma
reação inflamatória intensa (peritonite) muito dolorosa. A hemorragia a partir de
órgãos sólidos pode ser rapidamente fatal e quase sempre leva ao choque.

O sistema digestório é formado pelo trato gastrintestinal (estômago e intestinos),


boca, glândulas salivares, faringe, esôfago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, reto e
ânus. Transcende os limites do abdômen e do tórax. A função desse sistema é
preparar o alimento de forma que as células possam ser nutridas. O processo de
digestão se inicia na boca.

A digestão de líquidos e sólidos, desde o momento em que são levados à boca até
que sejam extraídos os componentes essenciais e liberados para o sistema
circulatório, para nutrir todas as células corporais, é um processo químico
complicado. Sucessivamente, são adicionadas várias secreções pelas glândulas
salivares, estômago, fígado, pâncreas e intestino delgado, a fim de converterem
os alimentos em açúcares básicos, ácidos graxos e aminoácidos. Esses produtos
são, então, transportados para o fígado, através da corrente sangüínea, a partir do
intestino. No fígado, esses produtos básicos da digestão são transformados em
substâncias que podem nutrir os tecidos e as células. Os produtos são, então,
levados pelo sangue, através do coração e artérias, para os capilares, onde
atravessam suas paredes e as paredes celulares para alimentarem todas as
células corporais. A digestão no intestino delgado produz vários componentes
químicos que são nocivos ao organismo. Esses não podem passar sem perigo
para a circulação geral até que o fígado os tenha transformado. O fato de que todo
o sangue que deixa o intestino deve passar primeiro pelo fígado garante a
proteção de todo o organismo.

Os principais órgãos sólidos são:


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Fígado – O fígado é um grande órgão sólido que ocupa a maior parte da área
imediatamente abaixo do diafragma, sobretudo do lado direito. É o maior órgão
sólido existente no abdômen e, consequentemente, o mais lesado. É um órgão
vital, com várias funções. As substâncias tóxicas produzidas pela digestão são
carreadas para ele através da corrente sangüínea e transformadas em
substâncias inócuas. Os fatores necessários para a coagulação sangüínea e para
a produção de plasma normal são aí formados. O fígado produz cerca de 0,5 a 1
litro de bile diariamente, para atuar na digestão normal de gorduras. O fígado é o
principal órgão de armazenamento de açúcar para uso imediato. Também produz
várias substâncias que auxiliam na regulação adequada das respostas
imunológicas.

Essencialmente, é uma grande massa de vasos sangüíneos e células


compactamente unidos. Por essa razão, o fígado é muito frágil e relativamente
fácil de ser lesado. O fluxo sanguíneo no fígado é muito alto, uma vez que todo o
sangue que é bombeado para o trato gastrintestinal passa pelo fígado antes de
retornar ao coração. Além disso, o fígado recebe um grande suprimento arterial
para si próprio. A hemorragia por lesão hepática pode ser rapidamente fatal.

Baço – O baço, um órgão sólido importante, é menor que o fígado. Também


possui grandes vasos sangüíneos e é ainda mais frágil. O baço encontra-se no
quadrante superior esquerdo do abdômen, logo baixo do diafragma. Está fixado
por três ligamentos faixas de tecido) principais. Esses podem ser facilmente
rompidos em um acidente grave. O sangramento a partir de uma rotura de baço
pode ser muito grave e controlado apenas pela remoção do órgão. As lesões que
produzem fratura das três ou quatro últimas costelas esquerdas têm possibilidade
de causar lesão de baço. O baço não é necessário à vida nem está associado ao
trato digestivo. A principal função desse órgão é a produção e destruição normal
das células sangüíneas. Sua função, se estiver danificado, pode ser realizada pelo
fígado e medula óssea.

Pâncreas – O pâncreas, um órgão relativamente plano e sólido, encontra-se


abaixo e atrás do fígado e estômago, e atrás do peritônio, sobre a coluna e os
músculos dorsais. É orientado transversalmente no abdômen superior. Contém
dois tipos de glândulas.

Um dos tipos secreta praticamente 2 litros de suco pancreático por dia. Esse suco
contém várias enzimas, que atuam na digestão de gorduras, amido e proteína, e
flui diretamente para o duodeno através dos ductos pancreáticos. Essa secreção é
extremamente importante na digestão dos alimentos.

O outro tipo de glândula secreta diretamente na corrente sangüínea através dos


capilares um hormônio – a insulina – que regula a quantidade de açúcar no
sangue.
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O pâncreas está fixado firmemente em sua posição e não é lesado com facilidade.
Se o for, a saída de enzimas para a cavidade abdominal, a partir de um ducto
pancreático rompido, pode causar peritonite particularmente grave e hemorragia.

Rins – O organismo possui dois rins. Localizam-se sobre a parede muscular


posterior do abdômen, atrás do peritônio. Os rins são órgãos vitais. Retiram os
produtos tóxicos e controlam seu equilíbrio de água e sais. Se os rins forem
destruídos, ou, por qualquer razão, não mais funcionarem adequadamente,
ocorrerá uma condição chamada uremia. Os resíduos acumulam-se na corrente
sangüínea; o equilíbrio hidroeletrolítico é alterado; pode sobrevir a morte.

Praticamente 20 por cento do débito cardíaco passa pelos rins. Os grandes vasos
ligam os rins diretamente à aorta e à veia cava inferior. O fluxo sangüíneo renal é
muito alto. Praticamente 1,5 litros de sangue circula por dia através dos rins, onde
os resíduos e a água são constantemente filtrados para formar urina. Os rins
concentram essa urina continuamente através da reabsorção de água, à medida
que essa é coletada através de um sistema de tubos especializados existentes no
órgão. Esses tubos finalmente se unem formando a pelve renal, uma área
receptora, em forma de cone, que liga o ureter ao rim. Normalmente, cada rim
drena sua urina para um ureter, que a passa para a bexiga.

As lesões renais, da mesma forma que as de outros órgãos sólidos, podem causar
hemorragia grave e interrupção de sua função. Além disso, as lesões renais
podem resultar em perda direta de urina para os tecidos adjacentes.

Figura 9. Os órgãos sólidos.

Os principais órgãos ocos são:

Estômago – O estômago, um órgão abdominal oco, localiza-se no quadrante


superior esquerdo da cavidade abdominal; possui uma forma em J. Os
movimentos musculares e o suco gástrico, que contêm bastante muco, convertem
os alimentos ingeridos em uma massa semi-sólida. Em 1 a 3 horas, o bolo
alimentar semi-sólido é completamente impelido, pelas contrações musculares,
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para o intestino delgado. O envenenamento ou qualquer reação a um trauma


podem paralisar a ação muscular e causar retenção de alimentos no estômago.

Intestino delgado – O intestino delgado, o principal órgão oco abdominal, é assim


chamado devido ao seu diâmetro em comparação com o intestino grosso e o
estômago. Inclui o duodeno, jejuno e íleo.

O duodeno, com cerca de 30 cm de comprimento, estende-se do estômago ao


jejuno. Em sua maioria, as “úlceras gástricas” são, na realidade, úlceras
duodenais. Uma parte desse órgão encontra-se atrás do peritônio, dobrando-se ao
redor da cabeça do pâncreas. Assim, o duodeno é bem protegido e suas lesões
são raras, porém ocorrem, principalmente, a partir de impacto de volantes de carro
contra o abdômen. Tais lesões são muito graves porque são difíceis de tratar e
porque geralmente estão associadas a lesão de pâncreas. O duodeno é a região
do intestino na qual são eliminadas as secreções produzidas pelo pâncreas e
fígado, para tomarem parte na digestão.

O jejuno e o íleo juntos medem, em média, mais de 6 m e, com o duodeno,


formam o intestino delgado. O jejuno forma a primeira metade, e o íleo, a
segunda. O intestino delgado esvazia-se no intestino grosso, através da válvula
ileocecal existente entre o íleo e o ceco, a primeira parte do intestino grosso. Essa
válvula deve permitir a passagem do conteúdo intestinal em apenas um sentido,
isto é, para o cólon. A união dos intestinos delgado e grosso normalmente é feita
no quadrante inferior da cavidade abdominal.

Todo o intestino delgado encontra-se livre dentro do abdômen, suportado por seu
mesentério, que está ligado à parede posterior do organismo. Nesse tecido de
sustentação, encontram-se as artérias originadas da aorta para o intestino e as
veias que carreiam sangue do fígado. Esses vasos podem ser lesados nos casos
de traumatismo abdominal. Dentro do intestino delgado encontram-se bile, suco
pancreático e secreções, produzidas no próprio intestino delgado. Diariamente são
secretadas cerca de 3 litros de suco pelo intestino delgado, contendo muco e
enzimas potentes.

Existem duas camadas de músculos involuntários em toda a parede do trato


intestinal, desde o esôfago até o reto. As contrações em forma de ondas,
chamadas peristalse, dessas camadas musculares impelem os alimentos e
produtos da digestão através do trato. Quando as ondas peristálticas são
especialmente fortes ou quando são interrompidas por uma obstrução de forma
que o conteúdo não possa ser impelido, a contração causa uma espécie de cãibra
chamada cólica.

Intestino grosso – O intestino grosso (cólon), um outro órgão oco importante,


possui cerca de 150 cm de comprimento e é uma continuação do intestino
delgado. Circunda os bordos laterais do abdômen, ao redor do intestino delgado.
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Encontra-se parcialmente retroperitoneal (porções ascendente e descendente) e


parcialmente sobre um mesentério, tão móvel quanto o intestino delgado. É mais
suscetível ao traumatismo nas áreas onde muda de um órgão fixo para móvel. A
principal função do cólon, que compartilha com a extremidade distal do intestino
delgado, é a absorção de água. Entretanto, a absorção de água ocorre
basicamente no íleo terminal. As fezes são formadas no cólon e eliminadas
através do reto e ânus.

Reto e ânus – A extremidade distal do cólon é formada pelo reto. É um órgão oco,
largo, adaptado para armazenar fezes até que essas sejam eliminadas. Localiza-
se na cavidade pélvica. Em sua extremidade terminal está o canal anal, revestido
por pele normal e com, aproximadamente, 5 cm de comprimento. O reto e o ânus
possuem vários músculos circulares complexos, chamados músculos
esfincterianos, que podem controlar a eliminação de líquidos, gases e sólidos a
partir do trato digestivo. Em geral, o esfíncter anal distal, controlado
voluntariamente, pode impedir ou permitir a eliminação de gases e algum líquido.
O controle retal verdadeiro é dado por uma grande camada muscular, chamada
elevador do ânus, que forma todo o assoalho pélvico.

A sensibilidade retal e anal é muito especializada. O reto está adaptado para se


expandir e, em determinado momento, eliminar seu conteúdo. Além disso, o ânus
é ricamente suprido com nervos. Qualquer irritação nesse local pode resultar em
grandes alterações reflexas.

Sistema biliar – O fígado liga-se ao intestino através de um sistema ductal que


consiste em vesícula e ductos biliares. Esses são considerados órgãos ocos. A
vesícula biliar é um reservatório para a bile produzida pelo fígado, eliminando-a no
duodeno através do canal biliar comum. A presença de gordura no duodeno
estimula a contração da vesícula, de forma que possa ser esvaziada. Geralmente
contém 85 a 130 g de bile. O fígado liga-se diretamente ao duodeno através dos
canais biliares, enquanto a vesícula biliar é um saco unido ao canal biliar comum.
Pode haver a formação de cálculos na vesícula biliar, sendo que esses podem
passar para o canal biliar comum, obstruindo-o.

Apêndice – O apêndice é uma pequena estrutura tubular fechada em uma


extremidade, de 7,5 a 10 cm de comprimento, que se abre no ceco, no quadrante
inferior direito do abdômen. Pode ser facilmente obstruído e, consequentemente,
inflamado. A apendicite, que é o nome dado a essa inflamação, é uma das
principais causas de intenso sofrimento abdominal.

O apêndice é um órgão que não possui função importante no ser humano. No


período inicial da vida, pode ter papel no desenvolvimento da resposta
imunológica normal. Mais tarde, está simplesmente presente. Não possui função
nos processos comuns de digestão.
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A apendicite é uma doença grave e relativamente comum. Produz dor abdominal e


aumento da sensibilidade no quadrante abdominal inferior direito. Geralmente,
quando tratada de imediato, é um problema relativamente inócuo. Entretanto, se
não for tratada, causa ruptura do apêndice, existindo, assim, uma situação muito
grave.

Figura 10. Os órgãos ocos.

O SISTEMA GENITURINÁRIO

Os aparelhos urinário e genital geralmente são discutidos juntos porque seus


vários órgãos e canais desenvolvem-se embriologicamente a partir dos mesmos
precursores e, dessa forma, possuem várias estruturas em comum. Geralmente,
os sistemas genital e urinário masculinos são descritos ao mesmo tempo. O
sistema genital feminino é discutido separadamente.

O sistema urinário controla a eliminação de certos resíduos filtrados do sangue. O


sistema genital controla os processos reprodutores através dos quais a vida é
criada. Os rins são órgãos urinários sólidos retroperitoneais. A bexiga e os
ureteres são os órgãos ocos do sistema. A genitália feminina – útero, ovários e
trompas de Falópio – localizam-se quase totalmente dentro da pelve. A genitália
masculina encontra-se fora do abdômen.

SISTEMA URINÁRIO

Rins – O organismo possui dois rins. Localizam-se sobre a parede muscular


posterior do abdômen, atrás do peritônio. Os rins são órgãos vitais. Retiram os
produtos tóxicos e controlam seu equilíbrio de água e sais. Se os rins forem
destruídos, ou, por qualquer razão, não mais funcionarem adequadamente,
ocorrerá uma condição chamada uremia. Os resíduos acumulam-se na corrente
sangüínea; o equilíbrio hidroeletrolítico é alterado; pode sobrevir a morte.

Praticamente 20 por cento do débito cardíaco passa pelos rins. Os grandes vasos
ligam os rins diretamente à aorta e à veia cava inferior. O fluxo sangüíneo renal é
muito alto. Praticamente 1,5 1 de sangue circula por dia através dos rins, onde os
resíduos e a água são constantemente filtrados para formar urina. Os rins
concentram essa urina continuamente através da reabsorção de água, à medida
que essa é coletada através de um sistema de tubos especializados existentes no
órgão. Esses tubos finalmente se unem formando a pelve renal, uma área
receptora, em forma de cone, que liga o ureter ao rim. Normalmente, cada rim
drena sua urina para um ureter, que a passa para a bexiga.
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As lesões renais, da mesma forma que as de outros órgãos sólidos, podem causar
hemorragia grave e interrupção de sua função. Além disso, as lesões renais
podem resultar em perda direta de urina para os tecidos adjacentes.

Ureteres – Embora cada rim geralmente seja drenado por um ureter, pode haver
vários outros. O ureter sai do rim ao longo da superfície da parede abdominal
posterior chegando à bexiga, dentro da pelve. Os ureteres são tubos musculares
ocos de pequeno diâmetro (0,5 cm). Nesses tubos existe peristalse, que impede a
urina para a bexiga. As lesões de ureteres são raras porque esses são pequenos
e bem protegidos. Tais lesões resultam em perda de urina para os tecidos moles
adjacentes. Essas lesões devem ser tratadas imediatamente, pois a presença de
urina nos tecidos é extremamente irritante. O diagnóstico e tratamento dessas
lesões requerem equipamento hospitalar e métodos especializados.

Bexiga e uretra – A bexiga localiza-se imediatamente atrás do pube, na pelve. É


coberta pelo peritônio e, dessa forma, encontra-se por fora e na frente da cavidade
abdominal. Os ureteres penetram em sua base, na face posterior. A bexiga, por
sua vez, elimina seu conteúdo para o exterior através da uretra. No homem, a
uretra passa da base anterior da bexiga para o pênis. Na mulher, a uretra abre-se
na frente da vagina.

A urina, o produto da filtração sangüínea nos rins, passa através dos ureteres para
a bexiga, onde é armazenada. Quando essa torna-se cheia, células sensitivas
enviam mensagens para o cérebro avisando-o de que a bexiga está pronta para
ser esvaziada. Quando chega o momento de urinar, a bexiga contrai-se, forçando
a urina, através da uretra, para o exterior. O adulto normal forma 1,5 a 2 litros de
urina concentrada por dia. Essa é formada a partir do sangue que circulou através
dos rins, produzindo cerca de 1,5 litros de urina por dia.

Figura 11. Anatomia do sistema urinário.

SISTEMA GENITAL
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Genitália – A genitália inclui os órgãos reprodutores – masculino e feminino – e a


uretra masculina. Os órgãos reprodutores masculinos e femininos possuem certas
semelhanças e, é claro, diferenças básicas. Permitem a produção de
espermatozóides e óvulos e de hormônios apropriados; permitem o coito, e,
finalmente, a reprodução.

Sistema e órgãos reprodutores masculinos – O aparelho reprodutor masculino


inclui os testículos, condutos deferentes, ou canais seminais, vesículas seminais,
próstata, uretra e pênis. Cada testículo contém células especializadas e ductos.
Certas células produzem hormônios masculinos; outras, espermatozóides. Os
hormônios são absorvidos diretamente pelo sangue a partir dos testículos. O
sêmen ou líquido seminal contêm espermatozóides, carreados até o canal seminal
(conduto deferente) a partir do testículo, para serem misturados com o líquido
produzido pelas vesículas seminais e próstata. Os canais seminais (condutores
deferentes) vão dos testículos até abaixo da pele, na parede abdominal, por uma
curta distância; passam, então, através de uma abertura, para dentro da cavidade
abdominal, seguindo em direção à próstata e ligando-se à uretra. As vesículas
seminais constituem os pequenos sacos de armazenamento de espermatozóide e
líquido seminal. Essas vesículas também se esvaziam na uretra ao nível da
próstata.

A próstata é uma pequena glândula em torno da uretra, no ponto em que essa


emerge da bexiga. Os líquidos produzidos na próstata e nas vesículas seminais se
misturam durante o coito. Durante esse, os mecanismos especiais do sistema
nervoso impedem a passagem de urina para a uretra. Apenas líquido seminal,
líquido prostático e espermatozóides passam do pênis para a vagina durante a
ejaculação.

O pênis possui um tipo especial de tecido chamado tecido erétil. Esse tecido é
muito vascularizado e, quando preenchido com sangue, faz com que o pênis se
distenda, levando-o a um estado de ereção. À medida que os vasos enchem-se
sob a pressão exercida pelo sistema circulatório, o pênis torna-se um órgão rígido,
capaz de penetrar na vagina. A uretra peniana, que transporta urina durante o ato
de micção, carreia líquido seminal e espermatozóides durante a ejaculação.
Certas lesões de coluna e algumas doenças podem causar uma ereção
permanente e dolorosa chamada priapismo. Essa condição é fácil diagnosticar, e
não deve passar despercebida.

Figura 12. O sistema reprodutor masculino.


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Sistema e órgãos reprodutores femininos – Os órgãos reprodutores femininos


incluem os ovários, trompas de Falópio, útero e vagina.

Os ovários da mesma forma que os testículos, produzem hormônios sexuais e


células especializadas para a reprodução. Os hormônios sexuais femininos são
absorvidos diretamente para o sangue. Uma célula especializada, chamada óvulo,
é produzida regularmente durante os anos de reprodução. Os ovários liberam um
óvulo maduro a, aproximadamente, cada 28 dias. Esse passa através das trompas
de Falópio, atingindo o útero.

As trompas de Falópio se conectam com o útero e transportam o óvulo para a


cavidade uterina. O útero é um órgão com forma de pêra com paredes
musculares. É um órgão oco. Existe uma abertura estreita do útero para a vagina
chamada cérvice. Essa permite a passagem de espermatozóides para o útero ou
de líquido menstrual para a vagina. Quando a criança nasce, ela passa do útero,
através da cérvice, para a vagina e, então, para o mundo exterior.

A vagina é um tubo muscular distensível que liga o útero à vulva (genitália externa
feminina). A vagina recebe o pênis durante o coito, quando, então, são aí
depositados sêmen e espermatozóides. O espermatozóide pode passar para o
útero e fertilizar um óvulo, ocorrendo assim a gravidez. Se essa se realizar, ao fim
de nove meses a criança passará através da vagina.

A vagina também serve como canal para o fluxo menstrual, que ocorre a partir do
útero para fora do organismo.

Figura 13. O sistema reprodutor feminino.

Ciclo menstrual – O período menstrual é o término do ciclo reprodutor feminino


mensal. Durante a vida sexual adulta ativa feminina (desde o início de seu período
menstrual por volta de 12 anos, até a menopausa, aproximadamente aos 50
anos), a mulher possui períodos menstruais mensais. Cada mês o endométrio
(revestimento uterino) é estimulado pelos hormônios sexuais femininos para
formar um leito especial. Esse é preparado de forma que, se houver a união de um
espermatozóide e um óvulo, formando um ovo, o útero estará preparado para
recebê-lo e fornecer um meio adequado ao seu crescimento. Cerca de 15 dias
após a parada do período menstrual, há a produção de um óvulo por um dos
ovários. Esse passa para o útero através das trompas de Falópio.

Se um espermatozóide conseguir passar da vagina através da cérvice e fertilizar o


óvulo, tanto no útero quanto nas trompas de Falópio, o ovo se estabelecerá no
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útero e começará a crescer no revestimento aí existente, onde houve a formação


de um leito especial desde o término do período menstrual anterior. Tal evento é o
início de uma gravidez que durará nove meses. Durante esse período, o útero
tornar-se-á maior para acomodar o feto em crescimento: e, ao final desse período,
a criança será expelida através da vagina, isto é, nascerá.

Se o óvulo não for fecundado, haverá um período menstrual. Durante esse


período, o útero descamará seu revestimento especial recentemente formado,
que, na realidade, é uma camada muito fina de células e sangue. O revestimento,
sob a forma de fluxo menstrual, sairá do útero, passando para a vagina e sendo
eliminado para o exterior. O fluxo durará cerca de cinco dias.

Ao fim desse período, o fluxo cessará; o útero começará a preparar um novo leito
para receber um novo ovo, e o ciclo se repetirá.

O SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é formado pelo cérebro, medula espinhal e por ramos que se
originam dessa e do encéfalo, denominados nervos. O sistema é dividido
anatomicamente em duas partes: o sistema nervoso central e sistema nervoso
periférico.

O sistema nervoso central inclui o encéfalo e a medula espinhal. O sistema


nervoso periférico inclui os nervos, que são sensitivos ou motores, ou uma
combinação de ambos. Os nervos sensitivos são adaptados para transportar
sensações de tato, paladar, calor, frio, dor e outras. Os nervos motores são
adaptados para transmitir impulsos a músculos, fazendo-os mover.

A parte do sistema nervoso que regula as funções que possuem controle


voluntário freqüentemente é chamada de sistema nervoso somático.

Existe também uma subdivisão denominada sistema nervoso autônomo, ou


involuntário. Parte desse sistema localiza-se ao longo da medula espinhal, e
encontra-se ligada a ela; parte origina-se no cérebro. As funções automáticas
como a digestão, o diâmetro dos vasos sangüíneos, a sudorese e todas as outras
sensações desse tipo, e respostas que não podem ser controladas por uma ação
voluntária da vontade consciente, estão sob o controle desse sistema.

Figura 14. Anatomia do sistema nervoso.


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SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O cérebro – O cérebro é órgão de controle do organismo. É o centro da


consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós próprios e
do ambiente ao redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente,
respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a
consciência.

O cérebro ocupa todo o espaço existente dentro do crânio. É formado de vários


tipos diferentes de células. Cada tipo de célula possui uma função específica.
Algumas células do cérebro recebem impulsos sensitivos ou mensagens; outras
são responsáveis pelas ações dos músculos e órgãos; ainda outras são
responsáveis pela transmissão de impulsos para outras áreas do cérebro e para a
medula espinhal. O total pode ser comparado a uma mesa telefônica ou
computador miniaturizado, extremamente complexo, onde vários grupos de
informações são recebidos e espalhados através de milhões de circuitos para a
consciência de uma pessoa ou para órgãos executores específicos.

Certas partes do cérebro permitem-nos desempenhar certas funções. Por


exemplo, uma parte do cérebro recebe sensações; outra envia impulsos que nos
permitem mover determinados músculos de acordo com o nosso desejo. Outras
áreas do cérebro são responsáveis pela audição, visão, pensamento e respostas
emocionais. É possível determinar quais as áreas do cérebro lesadas por um
traumatismo ou doença através de uma avaliação precisa das funções alteradas
(como a audição, olfato, motricidade ou respiração), uma vez que a lesão dos
mecanismos de controle no cérebro resulta em perda de funções específicas. As
áreas especializadas do cérebro estão conectadas entre si através de uma trama
complexa de fibras nervosas condutoras que carreiam impulsos.

Em geral, a parte anterior do cérebro é o local do controle emocional. Atrás dessa


estão os centros que controlam o movimento de cada lado do corpo. No cérebro,
tais centros encontram-se nos lados opostos às áreas que regulam. Os centros
do lado direito do cérebro, por exemplo, controlam as funções do lado esquerdo
do corpo. Situadas profundamente no cérebro, encontram-se as áreas que
controlam a audição, equilíbrio e fala. A área da parte posterior do cérebro controla
a percepção visual.
Abaixo da grande massa de tecido cerebral encontra-se o cérebro – menor – ou
cérebro pequeno. A principal função dessa área é coordenar todos os comandos
do cérebro de forma que os movimentos finos possam ser realizados. Sem o
cerebelo, a escrita ou a costura seriam impossíveis.

Entre a medula e o cérebro e rodeada pelo cerebelo, localiza-se uma área


denominada tronco cerebral. Esse termo origina-se do fato de o cérebro parecer
estar sentado nessa porção do sistema nervoso, da mesma forma que uma planta
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o faz sobre o próprio tronco. Em termos de evolução, essa é uma das partes mais
antigas do sistema nervoso. É uma das áreas mais protegidas do corpo.
Praticamente todo o animal possui essa estrutura. É o centro de controle para as
funções que são absolutamente necessárias para a vida. A parte mais inferior é a
medula oblongata, onde encontra-se o centro respiratório. Acima dessa região
está o tálamo, hipotálamo e outras áreas onde os músculos involuntários e outras
funções automáticas do corpo são controladas.

Figura 15. As partes componentes do cérebro ou encéfalo.

Finalmente, todos os centros importantes do encéfalo são conectados, através de


longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que controlam.
Esses feixes nervosos unem formando a medula espinhal, que, dessa forma, é
uma continuação do encéfalo. Transmite mensagens entre o encéfalo e o sistema
nervoso periférico. Essas mensagens são passadas ao longo do nervo sob a
forma de impulsos elétricos, assim como mensagens passadas em um cabo
telefônico. A medula espinhal é simplesmente uma reunião de células nervosas
que ligam o encéfalo diretamente ao músculo a ser movimentado ou ao órgão a
ser estimulado ou que conectam o encéfalo à área onde parte o impulso ou a
sensação.

O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

Em cada vértebra, de cada lado da medula espinhal, emerge um nervo espinhal.


Esses nervos ramificam-se e se espalham, para todas as partes do corpo, com o
nome de sistema nervoso periférico. Para as extremidades superiores e inferiores,
certos nervos espinhais juntam-se e, então, novamente dividem-se para formar
duas redes nevosas principais (plexos) – braquial, para a extremidade superior, e
lombossacro, para a inferior. Assim, as extremidades possuem uma inervação
diferente. Dentro de cada um desses nervos existem fibras motoras, que
transportam impulsos de encéfalo para os músculos, e fibras sensitivas, que
transmitem impulsos sensitivos da pele e outros órgãos para o encéfalo.

Uma porção significante do sistema nervoso autônomo, denominada sistema


nervoso simpático, localiza-se por fora do canal medular e paralelamente à
medula espinhal, ao longo das vértebras torácicas e lombares. Esse sistema liga-
se à medula espinhal em cada abertura de onde emergem os nervos. Mantém a
contração dos vasos sangüíneos, estimulação das glândulas sudoríparas e várias
outras funções automáticas. Sob o controle do sistema parassimpático, que se
origina diretamente do encéfalo e da parte mais inferior da medula espinhal ao
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nível do sacro, existem funções opostas àquelas do sistema simpático e que o


equilibram, citando-se como tais a dilatação dos vasos sangüíneos.

Nervos sensitivos – O sistema nervoso sensitivo é muito complexo. Existem


vários tipos diferentes de células sensitivas no sistema nervoso. Algumas formam
a retina do olho; outras, a audição e o equilíbrio do ouvido; há células sensitivas
localizadas na pele, músculos, articulações, pulmões e outros órgãos. Quando
uma célula sensitiva é estimulada, essa transmite sua própria mensagem para o
cérebro. Existem células sensitivas especiais que detectam o calor, frio, posição,
movimento, pressão e dor. Esses impulsos sensitivos informam-nos
constantemente sobre as diversas partes de nosso corpo em relação ao meio
ambiente. Isto nos torna cientes do meio ambiente. As sensações que recebemos
são transportadas para o cérebro, sendo que algumas diretamente. As sensações
visuais (o que vemos) alcançam o cérebro diretamente através dos nervos ópticos
(olho). As sensações auditivas chegam ao cérebro pelos nervos auditivos
(audição). A maioria das outras sensações alcançam o cérebro através de nervos
sensitivos que chegam à medula espinhal, indo então para o cérebro.

O cérebro analisa, escolhe e armazena as informações sobre essas diferentes


sensações. Quando é tomada uma decisão para fazer alguma coisa, o cérebro
envia impulsos motores pela medula espinhal até os nervos motores periféricos
para um músculo ou órgão específico, causando uma contração muscular ou outra
reação.

Nervos de conexão – Dentro do encéfalo e da medula espinhal existem também


neurônios intercomunicantes que conectam os nervos sensitivos (entrada) com os
nervos motores (saída). Esses nervos não fazem parte do sistema nervoso
periférico, porém atuam interconectando suas duas partes, sensitiva e motora.
Podem ligar nervos sensitivos e motores diretamente na medula espinhal,
encurtando o circuito. Também podem ser encontrados dentro do encéfalo ligando
vários locais receptores e efetores. Esse grupo específico de neurônios é
responsável pela vasta interconexão de todas as partes do sistema nervoso.

TIPOS DE AÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

Algumas das atividades do sistema nervoso são automáticas, outras reflexas e


outras são feitas apenas após serem pensadas e tomadas decisões conscientes
pelo cérebro. Alguns exemplos dos tipos de atividades nervosas são descritas
adiante.
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Ação automática – A respiração é feita automaticamente. Até certo ponto, uma


pessoa pode respirar rapidamente ou prender a respiração pelo desejo
consciente. Entretanto, ela não pode fazê-lo indefinidamente. Começa a funcionar
um sistema complexo de controle químico quando uma pessoa se aproxima de
risco pelo controle voluntário da respiração, e essa retorna ao normal. Essa
resposta é uma das funções mais primitivas do encéfalo, presente em todos os
níveis do desenvolvimento animal.

Ação reflexa – Uma pessoa retira a mão de um carvão quente antes que haja
tempo para pensar e tomar uma decisão. Geralmente a mão pula ao mesmo
tempo em que a pessoa tem a sensação. Essa ação é realizada por um circuito,
que envolve os nervos sensitivos, intercomunicantes e motores, denominado arco
reflexo. Não são tomadas decisões nesse tipo de reação.

Ação consciente – Dirigir um carro requer pensamento. Essa ação necessita da


apreciação sensitiva dos olhos e ouvidos; sensações gerais de solavancos,
choques e outras; síntese desse conhecimento; e a direção consciente do carro. É
uma série de atos voluntários ou conscientes, cada um dependendo de uma
decisão separada.

Controle voluntário dos músculos – Os músculos esqueléticos que movem as


partes do organismo podem ser controlados voluntariamente através do sistema
nervoso somático. São ativados e inativados em resposta à vontade da pessoa.

Controle involuntário dos músculos – Os músculos localizados nas paredes


das artérias e do intestino ou músculo cardíaco não podem ser controlados
voluntariamente. A ação aumenta ou diminui de velocidade em resposta a
demandas do próprio organismo. A sudorese inicia-se com o medo ou pela
necessidade do corpo em dissipar calor. A dilatação ou a contração de vasos
sangüíneos é feita automática e constantemente em resposta a vários estímulos
específicos. Todas essas funções são controladas pelo sistema nervoso
autônomo, que é formado por dois outros: simpático e parassimpático. O equilíbrio
constante desses dois sistemas provê o indivíduo com respostas automáticas às
alterações do meio ambiente e mantém-no em equilíbrio com esse.

REVESTIMENTO DE PROTEÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

O tecido encefálico e medular é mole e pode ser facilmente lesado; é protegido


por estruturas especiais de revestimento. O cérebro e a medula espinhal são
recobertos por três camadas de tecido que os suspendem dentro do crânio e do
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canal medular. Entre esses tecidos, o encéfalo e a medula, existem espaços que
são preenchidos por um líquido conhecido como líquido cefalorraquiano. Esse
fornece nutrição para algumas das células nervosas e serve como um absorvente
de choque para o encéfalo e medula espinhal. Essas camadas são distintas. O
cérebro e a medula espinhal são primeiramente cobertos por uma camada
externa, fibrosa e espessa, semelhante ao couro, denominada dura-máter. Abaixo
dessa, existem duas camadas finas, situadas imediatamente sobre o encéfalo e a
medula. São chamadas aracnóide e pia-máter. Os vasos sangüíneos que nutrem o
encéfalo localizam-se nessas camadas. O líquido cefalorraquiano encontra-se
abaixo da aracnóide e sobre a pia-máter, recobrindo o encéfalo e a medula. Nas
lesões de crânio em que se observa líquido cefalorraquiano saindo pelo nariz ou
pelo ouvido, pode-se presumir que exista uma fratura de crânio com rotura da
dura. É muito comum a hemorragia abaixo da dura e sobre o encéfalo, em
traumatismos cranianos, pela lesão dos vasos sangüíneos existentes nessa área;
quase sempre há sintomas neurológicos subsequentes causados pela lesão
encefálica.

Uma situação comum e muito grave é a meningite. Essa doença pode ser
causada por uma variedade de organismos – bactérias, vírus ou fungos.
Ordinariamente é disseminada por gotículas em quartos fechados, como em
quartéis ou creches. Pode resultar em cefaléia intensa, febre e rigidez de nuca.

O SISTEMA ENDÓCRINO

O sistema endócrino está formado pelas glândulas endócrinas que cumprem uma
função reguladora do organismo. As glândulas endócrinas secretam substâncias
no sangue denominadas de hormônios. Através do sangue esses hormônios
chegam a todas as partes do corpo, interferindo em muitas funções tais como:
habilidade mental, crescimento, reprodução, crescimento de pelos, voz e
comportamento. A maneira em como o ser humano pensa, age e sente depende
em grande parte dos hormônios. A boa saúde depende de um balanceamento
correto dos hormônios corporais. O desequilíbrio endócrino poderá produzir
profundas alterações no crescimento, na capacidade mental, na área emocional,
física e na conduta sexual.

O SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO

O sistema musculoesquelético é composto de ossos, articulações, músculos,


tendões, ligamentos e cartilagens.

O SISTEMA ESQUELÉTICO
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O esqueleto forma a estrutura de suporte do corpo humano. Normalmente, é


composto de 206 ossos. Dá a forma ao corpo, permite a mobilidade corporal e
serve para várias funções. O esqueleto fornece proteção a órgão vitais encobertos
por ele. O cérebro localiza-se dentro do crânio; o coração e os pulmões dentro do
tórax; a maior parte do fígado e o baço são protegidos pelas costelas inferiores; e
a medula espinhal encontra-se dentro do canal medular, formado pelas vértebras.

Os ossos do esqueleto entram em contato entre si através das articulações, onde


podem ser movimentados pela ação dos músculos. Assim, o esqueleto serve
como uma estrutura rígida para a inserção de músculos e proteção de órgãos, e
como uma armação móvel de forma que a contração muscular possa ser
transformada em movimento. A estrutura formada pelo esqueleto permite uma
postura ereta contra a gravidade, e dá forma ao corpo.

Os ossos formam o esqueleto, porém nem todo o osso está completamente


desenvolvido na época do nascimento. Os ossos devem ser rígidos e inflexíveis, a
fim de preencher suas funções; porém também devem crescer e se adaptar, à
medida que o ser humano cresce. O desenvolvimento ósseo de uma pessoa
geralmente está completo na fase final da adolescência. A menos que haja alguma
anormalidade, em geral existe pouca alteração óssea após esse período.

As duas necessidades de um tecido que deve ser firme e inflexível, porém ainda
continuar a crescer, são preenchidas pelo material muito especial que forma o
osso. Os ossos são compostos por um arcabouço formado de proteínas, que
permite o crescimento e alterações da conformação óssea, e por sais de cálcio e
fósforo que aí depositados, tornam o osso duro e forte. Os ossos nas crianças
jovens são mais flexíveis que no adulto. Dessa forma têm menor probabilidade de
se fraturarem. O osso é um tecido tão vivo quanto o músculo e a pele; possui um
suprimento sanguíneo e requer oxigênio e nutrientes. Durante a vida, o cálcio e o
fósforo são constantemente depositados nos ossos e retirados sob o controle de
vários sistemas metabólicos muito complexos.

Sempre que dois ou mais ossos entram em contato, articulam-se entre si


formando uma articulação. Algumas articulações possuem movimento – por
exemplo, o joelho, o quadril ou o cotovelo -, enquanto que outros ossos unem-se
formando articulações sólidas e imóveis. O crânio é composto de vários ossos
diferentes que se fundem à medida que a pessoa se desenvolve.

Uma articulação consiste nas extremidades dos ossos que a formam bem como
nos tecidos conjuntivos e de suporte circunvizinhos. Nas articulações móveis, os
ossos são mantidos unidos através de uma cápsula e ligamentos de suporte, que
são tiras formadas de tecido fibroso firme. Os músculos e seus tendões passam
ao redor e através de articulações. As extremidades dos ossos que se articulam
entre si são cobertas por uma superfície lisa de cartilagem articular. As
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articulações móveis são lubrificadas por um líquido claro amarelado, chamado


sinovial.

O movimento de uma articulação torna-se possível pela ação dos músculos que
se fixam nos ossos. Os músculos se contraem ou relaxam, movendo assim os
ossos aos quais estão ligados como se fossem alavancas. A amplitude real de um
movimento em uma determinada articulação é dada pelo tipo de articulação,
localização e resistência dos ligamentos de suporte, e localização dos músculos e
tendões. Não há movimento em uma articulação fundida; os dois ossos que a
formam crescem juntos e são imóveis.

Existem vários tipos diferentes de articulações que permitem o movimento do


corpo. As articulações do quadril e do ombro são do tipo enartrose e possuem um
amplo grau de movimento em todos os planos. O polegar é de interesse particular
devido à sua superfície articular incomum em forma de sela. Essa articulação é
bastante estável; mesmo assim permite movimento em vários planos. Pode fletir,
estender, abduzir, aduzir e circunduzir. As articulações do tipo diartrose permitem o
movimento em apenas um plano; a articulação pode fletir (dobrar) ou estender
(esticar), porém não pode fazer circundação. Exemplos de uma diartrose são o
joelho, o cotovelo e o dedo. Ainda outras articulações possuem movimentos muito
pequenos devido ao arranjo e força dos ligamentos – por exemplo, a articulação
sacroilíaca, na pelve.

O movimento de cada articulação possui certos limites definidos. Se uma


articulação for forçada a se mover de forma para a qual não tenha sido planejada
ou além de seus limites, pode ocorrer uma das seguintes alterações:

1. Os ossos que formam a articulação podem fraturar-se.


2. Os ligamentos unindo os ossos podem se romper ou distender.
3. A articulação pode ficar deslocada (luxada), de maneira que as
extremidades ósseas não mais estarão em contato adequado entre si.
Por exemplo, quando uma pessoa pisa sem esperar em um buraco,
pode torcer o tornozelo, fraturando-o, rompendo os ligamentos ou
luxando sua articulação.
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Figura 16. O esqueleto apendicular.

Figura 17. Classificação dos ossos de acordo com sua forma.

Figura 18. O esqueleto axial.

CRÂNIO

O crânio possui duas divisões principais – o crânio propriamente dito (caixa


encefálica) e a face. O crânio é composto de vários ossos largos chatos que se
fundem formando a cobertura que protege o encéfalo.
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A face é composta de vários ossos que se fundem para dar sua forma.
Especialmente, esses são os ossos da face, osso do nariz, ossos da órbita, as
maxilas (maxilar superior) e a mandíbula (maxilar inferior). A mandíbula completa
os ossos da face.

COLUNA VERTEBRAL

A coluna vertebral é a estrutura óssea central de suporte do corpo. É composta de


33 ossos, chamados vértebras.

A coluna é dividida em cinco regiões:

1. Coluna cervical (pescoço);


2. Coluna torácica (parte superior do dorso);
3. Coluna lombar (parte inferior do dorso);
4. Coluna sacra (parte da pelve);
5. Coluna coccígea (cóccix ou cauda).

As primeiras sete vértebras formam a coluna cervical (pescoço). As 12 vértebras


seguintes compõem a coluna torácica (parte superior do dorso), articulando-se
com 12 costelas. As próximas cinco vértebras formam a coluna lombar, região
inferior do dorso. As cinco vértebras sacras estão fundidas formando o sacro. O
sacro articula-se com os dois maiores ossos da pelve nas articulações
sacroilíacas, dando a cintura pélvica. As quatro últimas vértebras compõem o
cóccix (cauda).

O crânio articula-se com a primeira vértebra cervical. A medula espinhal, que se


estende desde o encéfalo, é circundada e protegida pelas vértebras.

A parte anterior de cada vértebra é formada por um bloco ósseo sólido redondo
chamado corpo; a parte posterior forma um arco. Essa série de arcos forma um
túnel que se estende por todo o comprimento da medula, chamado canal medular.
O canal medular envolve a medula espinhal. Os nervos emergem da medula
espinhal para constituir os nervos motores e sensitivos do organismo. As vértebras
estão unidas por ligamentos; entre cada duas vértebras existe um disco
intervertebral que funciona como uma almofada. Os ligamentos e discos permitem
certo grau de movimento, como rotação da cabeça, flexão, extensão ou
lateralidade do tronco; porém também podem atuar para limitar os movimentos
das vértebras, de forma que a medula espinhal não seja lesada. Quando há
fratura de coluna, a proteção da medula espinhal e suas raízes nervosas pode ser
perdida. Até que a fratura se torne estável, a possibilidade de maior lesão da
medula espinhal deve ser uma preocupação prioritária para o socorrista.
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TÓRAX

O tórax (caixa torácica) é formado pelas costelas, 12 vértebras torácicas e esterno


(osso do peito). Existem 12 pares de costelas, que são ossos longos, finos e
encurvados. Cada costela está ligada a uma vértebra torácica, e curva-se
lateralmente para formar a caixa torácica. Na frente dessa, as 10 primeiras
costelas unem-se ao esterno através de tiras de cartilagem. O esterno forma a
parte mediana frontal da caixa torácica. É um osso de aproximadamente 17,5 cm
de comprimento e 5,0 cm de largura. O apêndice xifóide é a pequena ponta
existente na parte inferior do esterno.

Um movimento livre de rotação das costelas em suas articulações com as


vértebras permite a expansão do tórax, quando é feita a inspiração. Quando as
costelas rodam para cima, a cavidade torácica torna-se maior e o ar é carreado
para dentro dos pulmões. Os movimentos da caixa torácica são discutidos mais
detalhadamente no capítulo sobre o sistema respiratório.

EXTREMIDADE SUPERIOR

O ombro serve como base para a inserção da extremidade superior. É formado


principalmente pela escápula, clavícula e a extremidade superior do úmero
(braço).

A escápula é um osso chato, triangular, mantido posteriormente contra a caixa


torácica através de músculos grandes. A parte superior e externa da escápula
forma a cavidade da articulação do ombro. Os músculos também passam da
escápula para o braço, cruzando a articulação do ombro. O movimento da
extremidade superior ao nível dessa articulação é o de uma enartrose, e pode ser
realizado em qualquer plano. Uma vez que a principal ligação da escápula com o
tórax é muscular, existe liberdade considerável de movimentos desse osso, à
medida que escorrega sobre a parede torácica. Tal movimento pode ser limitado
por contrações voluntárias dos músculos que a unem ao tórax.

A clavícula é um osso fino e longo. Uma extremidade da clavícula está unida., por
ligamentos, à extremidade superior do esterno, enquanto a outra extremidade está
ligada à escápula perto da articulação do ombro. A clavícula atua como suporte ou
como escora para o ombro.

A extremidade superior consiste na articulação do ombro (articulação da cabeça


do úmero com a escápula); do braço (o úmero); da articulação do cotovelo
(articulação da extremidade distal do úmero com a cabeça do rádio e a parte
superior da ulna); do antebraço (o rádio e a ulna); da articulação do punho
(articulação da extremidade distal do rádio e da ulna com os ossos do carpo, e os
ossos do carpo com os metacarpos); e a mão (os metacarpos e as falanges). No
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antebraço, o rádio localiza-se na face lateral do braço, no lado do polegar, e a ulna


na face medial, ou interna. Ao nível do cotovelo, a ulna é maior que o rádio, porém
no punho o rádio é o maior osso.

PELVE e EXTREMIDADES INFERIORES

A pelve ou cintura pélvica é um anel ósseo formado pelo sacro (cinco vértebras
inferiores) e pelos dois ossos inominados (pélvicos) largos e com formato de asa.
Cada um desses dois ossos possui três componentes separados (ílio, ísquio e
púbis). Os dois ossos inominados articulam-se na face anterior, formando a sínfise
pubiana. A sínfise pode ser palpada na porção mediana do andar inferior do
abdômen. A bexiga localiza-se imediatamente atrás dessa articulação.
Posteriormente, cada osso inominado articula-se com o sacro (articulação
sacroilíaca) e está unido por ligamentos sacroilíacos largos, muito fortes.

A pelve está adaptada para grandes tensões e suporte. Contém as cavidades das
duas articulações do quadril. A cavidade de um quadril é chamada acetábulo.
Cada acetábulo é formado pela união dos três ossos que constituem o osso
inominado, i.e., ílio, ísquio e púbis. Todo o peso do corpo é transmitido através
desse anel ósseo para as articulações dos quadris e pernas.

A tuberosidade isquiática forma uma proeminência óssea em cada nádega. É


muito importante para a imobilização de uma extremidade inferior lesada, porque o
peso pode ser suportado por ela ou ser aplicada força a ela.

A pelve recobre e fornece proteção à cavidade pélvica, a parte mais inferior na


cavidade abdominal. Dentro dessa cavidade encontram-se a bexiga, o reto, e, na
mulher, os órgãos sexuais internos.

A extremidade inferior consiste na articulação do quadril (articulação da


extremidade superior do fêmur ou cabeça com o acetábulo); a coxa (fêmur); a
articulação do joelho (articulação da extremidade distal do fêmur com a
extremidade proximal da tíbia e a patela); a perna (tíbia e fíbula); a articulação do
tornozelo (articulação da extremidade distal da tíbia e fíbula com o talo ou o osso
do tarso); e o pé (ossos do tarso, metatarso e falanges).

O fêmur é o maior osso do corpo e um dos mais fortes. É dividido em três regiões
distintas: a cabeça e colo, a diáfise e os côndilos femorais. A extremidade distal do
fêmur, que se articula com a extremidade proximal da tíbia, é formada por dois
côndilos grandes. A patela é um osso móvel que se localiza na frente da
articulação do joelho. Encontra-se dentro do grande tendão quadricipital, que
cruza a face anterior da articulação do joelho. A articulação do joelho é a maior
articulação do corpo, e os ligamentos que dão sua estabilidade são muito
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complexos e bastante suscetíveis a lesões. A tíbia é maior que a fíbula na maior


parte do seu comprimento anterior. Devido ao fato de estar localizada logo abaixo
da face anterior da perna, é muito suscetível de sofrer uma fratura exposta. Ao
nível da articulação do tornozelo, a extremidade distal da tíbia forma o maléolo, e
a fíbula forma o maléolo lateral. Ligamentos potentes unem os maléolos aos ossos
do tarso.

Figura 19. Diferentes tipos de articulações.

Figura 20. Estrutura das articulações.

Figura 21. Estrutura dos músculos, tendões e ligamentos.


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O SISTEMA MUSCULAR

O músculo é um tipo especial de tecido que se contrai, ou encurta, quando


estimulado. Existem vários tipos diferentes de músculos no organismo. O músculo
forma a massa do tecido dos membros superiores e inferiores; está presente em
praticamente todos os vasos sangüíneos; o coração é um músculo único bastante
especializado; o trato gastrintestinal é formado em grande parte por músculo.
Praticamente todo o sistema do organismo e cada órgão possui músculos
associados a ele. Todos os movimentos corporais são resultantes de ações
musculares. Mais freqüentemente, um determinado movimento resulta das ações
de vários músculos trabalhando em conjunto.

Todos os músculos são supridos com artérias, veias e nervos. O sangue traz
oxigênio e nutrientes para os músculos, retirando os produtos de degradação
produzidos pelas contrações musculares. Os músculos não podem funcionar sem
um suprimento contínuo de nutrientes e remoção permanente dos resíduos. As
cãibras ocorrem quando oxigênio ou nutrientes insuficientes são levados para os
músculos, ou quando há acúmulo de resíduos. Os músculos estão sob o controle
direto do sistema nervoso. Alguns músculos respondem ao comando voluntário,
como no movimento de um braço ou de uma perna. Outros músculos requerem
uma regulação automática constante, porém suas funções não podem ser
controladas voluntariamente; os músculos do trato gastrintestinal e do coração são
exemplos desse tipo de tecido. Os nervos vão diretamente da medula espinhal ou
do encéfalo para todos os músculos, conectando-os com o órgão de controle
central do corpo. Assim, os movimentos e funções são voluntária ou
involuntariamente coordenados. Sem inervação, um músculo voluntário não pode
se contrair, e o músculo involuntário assume uma atividade mantida desregulada.

Existem três tipos diferentes principais de músculos.

1. Voluntário – O músculo voluntário é aquele que forma a grande massa


dos membros superiores e inferiores. Também é chamado de estriado
pelo seu aspecto microscópio. Está sob o controle direto da vontade
consciente. Os músculos voluntários cujos nervos foram destruídos ou
lesados não funcionam.

2. Involuntário – O músculo involuntário forma grande parte do trato


gastrintestinal , bexiga e outros órgãos, bem como as porções
musculares dos sistemas vascular e brônquico. Também é chamado de
músculo liso em virtude de seu aspecto microscópio. Está sob controle
do sistema nervoso autônomo. A função desse músculo não pode ser
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controlada pelo desejo. Quando privado de seu suprimento nervoso,


continua a se contrair e relaxar de modo irregular.

3. Cardíaco – O músculo cardíaco é um músculo involuntário


especialmente adaptado, capaz de se contrair e relaxar continuamente.
Possui um suprimento sanguíneo excepcionalmente bom.

Figura 22. Tipos de músculos.

Figura 23. Os tendões, ligamentos e cartilagens do pé. (24)

MÚSCULOS VOLUNTÁRIOS

Os músculos são assim chamados, porque suas ações estão sob o controle
consciente. Também se denominam esqueléticos, em virtude de formarem a
grande massa dos músculos ligados ao esqueleto, podendo se contrair ou relaxar
de acordo com a vontade do indivíduo.

A maioria desses músculos liga-se diretamente a ossos através de tendões –


cordões de tecido fibroso firme, semelhantes a corda. Geralmente essas uniões
são encontradas em dois pontos específicos. O músculo e seu tendão localizam-
se entre dois pontos ósseos chamados de origem e inserção do músculo. Quando
um músculo se contrai, é criada uma linha de força entre a origem e a inserção,
isto é, entre os dois ossos aos quais o músculo está conectado. A maioria dos
músculos voluntários passa sobre ou através de articulações. Juntamente, o
movimento pode ser feito devido a essas articulações, onde os ossos se unem. A
maioria dos músculos voluntários está agrupada ou em pares, possuindo funções
relativamente iguais porém opostas, de forma que, quando um músculo ou grupo
muscular se contrai, o outro deve relaxar.
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A aponeurose é uma capa fibrosa ampla que liga um músculo a outro. Os


ligamentos geralmente ligam ossos a ossos.

O esforço excessivo ou a hiperextensão podem produzir uma lesão na qual o


músculo ou seu tendão é rompido ou estirado. Uma lesão muscular, contusão ou
rotura podem ocorrer com ou sem lesão cutânea.

O diafragma é tanto um músculo involuntário quanto voluntário. É uma capa


muscular com forma de cúpula, dividindo o tórax e o abdômen. Está ligado ao arco
costal e às vértebras lombares. Quando uma pessoa inspira, o diafragma achata-
se e sua parte central se abaixa. O volume da cavidade torácica aumenta,
permitindo a entrada de ar para os pulmões. A respiração é uma função
automática que continua quando estamos dormindo e em todas as outras horas.
Entretanto, o controle automático da respiração pode ser suprimido pelo desejo
consciente, e uma pessoa pode respirar mais rápido, mais lento ou prender a
respiração. Não obstante, ela não pode fazer indefinidamente e, no final, o
controle automático volta a funcionar. Assim, embora o diafragma pareça ser um
músculo esquelético, voluntário e ligado ao esqueleto, na maioria das vezes
comporta-se como músculo involuntário.

MÚSCULOS INVOLUNTÁRIOS

Os músculos involuntários são assim chamados porque continuam a se contrair


ritmadamente apesar do desejo consciente da pessoa. Fazem o trabalho de todos
os órgãos internos, exceto o coração. Os vasos sangüíneos contraem-se ou se
dilatam em resposta ao calor ou frio, exercício ou repouso, medo, ou vários outros
estímulos. As fibras musculares lisas nas paredes dos vasos fazem essa ação.
Não podemos exercer controle consciente sobre essa função. Os brônquios e
bronquíolos (vias aéreas do pulmão) dilatam-se ou se contraem em resposta ao
frio ou substâncias irritantes inaladas, devido à ação dos músculos involuntários
existentes em suas paredes.

No trato gastrintestinal existem duas camadas de músculo liso. Uma, circular, está
orientada ao redor do intestino; a outra, orientada longitudinalmente. A peristalse,
uma contração coordenada desses músculos involuntários semelhante à onda,
começa no estômago indo até o ânus, empurrando os alimentos através do trato
digestivo. Da mesma forma, quando ocorre urgência urinária, porque a bexiga está
cheia, uma contração peristáltica do músculo esvazia a bexiga.

Os músculos involuntários respondem constantemente às alterações em suas


vizinhanças imediatas, embora vários dos estímulos específicos não sejam
percebidos conscientemente pelo indivíduo. Esses estímulos e suas reações
musculares mantêm-no automaticamente equilibrado com as circunvizinhanças.
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MÚSCULO CARDÍACO

O coração é um grande músculo formado de um par de bombas de forças


desiguais: uma de pressão menor e outra de pressão maior. Deve funcionar
continuamente desde o nascimento até a morte. É um músculo involuntário
especialmente adaptado, com um suprimento sangüíneo excepcionalmente bom,
e possui seu próprio sistema regulador. Só durante uns poucos minutos consegue
uma interrupção do suprimento sangüíneo, antes que haja o aparecimento de dor
torácica intensa e os sinais de “um ataque cardíaco”. Da mesma forma que todos
os outros músculos involuntários, está sob o controle automático do sistema
nervoso autônomo.

Figura 24. Anatomia da coluna vertebral.

Figura 25. Partes que compõem a medula espinhal.

OS OLHOS

É importante termos uma idéia acerca da estrutura dos olhos e de como é possível
seu funcionamento. O olho é um órgão do sentido, especialmente. adaptado para
a visão. Possui um sistema de lentes semelhante ao de uma câmara. Esse
sistema focaliza uma imagem, a qual é transformada em impulso elétrico pelas
células sensitivas especiais existentes na retina, sendo então transportada pelo
nervo óptico para uma parte específica do cérebro. Esse recebe a mensagem
sensitiva e interpreta-a. Esse processo é chamado "visão".

Estruturas do olho

Da mesma forma que uma câmara precisa, o olho possui várias estruturas
complexas, todas importantes para o seu funcionamento adequado.

O olho é uma estrutura de formato arredondado, com aproximadamente 2,5 cm de


diâmetro. A forma do globo é mantida pelo líquido existente dentro dele. É um
fluido claro, viscoso ou semelhante a geléia, chamado humor vítreo. Quando o
globo ocular é lacerado, esse líquido pode escapar.
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A parte anterior do globo ocular é clara e transparente, de forma que a luz possa
penetrar no olho; é denominada córnea. O restante do globo ocular é formado por
um tecido espesso chamado esclera: a parte branca do olho. Em sua porção
visível, a esclera é coberta por uma camada de membrana mucosa lisa chamada
conjuntiva. Essa parede se reflete sobre a face interna das pálpebras. Assim,
quando essas se movem, as duas superfícies lisas da conjuntiva deslizam entre si.
A inflamação da conjuntiva ou a irritação dessa parede dá ao olho uma coloração
rosa ou vermelha característica ("olho rosa").

Existe um músculo circular ajustável atrás da córnea com uma abertura,


novamente semelhante à de uma câmara, que regula a quantidade de luz que
penetra no olho. Esse músculo é chamado íris; a abertura existente nesse
músculo é a pupila. Atrás da íris, encontra-se o cristalino, que focaliza a imagem
sobre a camada sensitiva à luz: a retina. A retina é formada por uma camada de
células, na parte posterior do olho, que muda a imagem em impulsos elétricos;
esses impulsos podem ser levados pelo nervo óptico até o cérebro, para serem
interpretados. Entre a retina e a esclera existe uma camada de vasos sangüíneos
que nutrem o olho e, especialmente, a retina. Essa camada denomina-se coróide.
A retina e a coróide são mantidas contra a esclera pela pressão exercida pelo
humor vítreo.

O sistema lacrimal é formado por glândulas e canais lacrimais. Esse sistema é


importante para a proteção do olho. As glândulas produzem lágrimas que atuam
como substância lubrificante, impedindo o ressecamento do olho. Essas glândulas
localizam-se na face interna da pálpebra superior. Os canais lacrimais encontram-
se no lado interno do olho, ao longo da pálpebra inferior. Drenam as lágrimas para
o nariz através de um pequeno canal. A abertura desse canal no ângulo interno
da pálpebra forma um ponto pequeno, porém proeminente, chamado ponto
lacrimal.
As pálpebras superior e inferior protegem o olho. A face interna das pálpebras é
formada por uma superfície de tecido conjuntivo, lisa, que se mantém úmida pelas
lágrimas produzidas das glândulas lacrimais. As pálpebras abrem-se e fecham
sobre o olho, protegendo-o de poeiras e outros irritantes. A pálpebra superior
desliza sobre a maior superfície do olho, e é moldada por uma placa fibrosa rígida
(placa do tarso), que lhe dá forma. Possui um músculo específico (elevador da
pálpebra) para elevá-la. As pálpebras são fechadas pela contração de um
músculo circular existente ao redor do olho chamado orbicular do olho.

A pupila torna-se menor ou maior de acordo com a intensidade de luz, da mesma


forma que é ajustada à abertura de uma câmara. A pupila também se adapta caso
uma pessoa esteja vendo objetos próximos ou distantes; torna-se maior se o
objeto estiver distante. O ajustamento para a luz é automático e quase sempre
instantâneo.
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Quando um paciente é examinado, é importante observar as pupilas, sobretudo


quando há suspeita de lesão craniana. Normalmente, quando um feixe de luz é
dirigido para os olhos de uma pessoa, as pupilas se contraem (tornam-se
menores). Quando os olhos estão no escuro ou são fechados, as pupilas se
dilatam (tomam-se maiores). O diâmetro das pupilas e, particularmente, qualquer
diferença de diâmetro existente entre as pupilas e seus reflexos à luz são sinais
importantes que ajudam na determinação da natureza e gravidade de uma lesão
craniana. Assim, vemos, amiúde, um médico elevar delicadamente as pálpebras
de uma pessoa inconsciente para observar se as pupilas são do mesmo tamanho
e se essas se contraem quando os olhos são abertos ou quando são expostos a
um feixe de luz.

Figura 26. Anatomia do olho.

OS OUVIDOS

O ouvido é o órgão da audição e do equilíbrio. O ouvido externo é formado por


uma prega de pele e cartilagem, a orelha, e pelo canal auditivo. As partes
funcionais mais importantes - o ouvido médio e o ouvido interno - ficam alojadas
dentro do crânio. O ouvido médio é composto por três pequeninos ossos,
conhecidos como ossículos auditivos (martelo, bigorna e estribo), e pela trompa de
Eustáquio, que liga o ouvido à garganta. O ouvido interno é composto pela
cóclea, de formato espiral, pelos canais semicirculares e pelo vestíbulo, sendo
esses dois últimos os órgãos do equilíbrio. As ondas sonoras que entram no
ouvido atingem a membrana timpânica, no final do canal auditivo, onde são
convertidas em vibrações, as quais são transmitidas à cóclea pelos ossículos. Na
cóclea, as vibrações são transformadas em sinais elétricos nervosos por milhões
de microscópicas cerdas das células auditivas. Esses sinais serão, então,
interpretados no cérebro.

Figura 27. Anatomia do ouvido.


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Figura 28. Anatomia do nariz.

Figura 29. Anatomia da boca.

A PELE

A pele é um dos órgãos mais importantes do organismo, e não apenas uma


cobertura para os que se localizam abaixo dela; é um tecido resistente,
constantemente renovado, que cobre todo o corpo. Possui duas funções
principais: proteger o corpo do meio ambiente e manter os nervos que carreiam
informações do ambiente para o encéfalo.

As funções de proteção da pele são numerosas, todas igualmente importantes.


Cerca de 7O% do corpo é formado por água, com um equilíbrio delicado de
substâncias em solução. A pele é impermeável à água e serve para manter essa
solução interna intacta. Existem bactérias em todos os cantos ao nosso redor;
porém, a menos que a pele apresente solução de continuidade por uma úlcera ou
por ferida, geralmente os germes não conseguem atravessá-la. Esses são
encontrados rotineiramente sobre a pele e profundamente em suas depressões e
glândulas, porém raramente abaixo dela. A pele é uma proteção constante contra
os invasores externos.

A energia do corpo é liberada a partir de reações químicas que devem ocorrer


dentro de certas variações de temperatura. Se a temperatura estiver muito baixa,
as reações não podem ser feitas; o metabolismo pára e o corpo morre. Se a
temperatura torna-se muito alta, como na febre intensa, o metabolismo aumenta.
As temperaturas muito altas podem resultar em dano permanente dos tecidos. O
principal órgão para a regulação da temperatura corporal é a pele. Ela o faz
através da evaporação de água a partir de sua superfície em tempo quente
Curso de Resgate e Emergências Médicas

(sudorese) e pela constrição dos vasos sangüíneos cutâneos no tempo frio.


Automaticamente a pele serve para nos isolar dentro de nosso ambiente, proteger-
nos do ambiente, e ajudar-nos a nos adaptar a ele.

A informação mandada pelo ambiente é carregada para o cérebro através de um


rico suprimento nervoso existente na pele. Nesse órgão, os nervos são adaptados
para perceberem alterações e transmitirem informações sobre o calor, frio,
pressão externa, dor e a posição relativa de uma determinada parte do corpo no
espaço. As mudanças no ambiente ou nas vizinhanças são reconhecidas pela
pele. A sensação apropriada nos diz quando a atmosfera está quente ou fria. A
pressão sobre uma parte do corpo é reconhecida pelo aparelho sensitivo da pele.
A dor pode nos alertar sobre uma situação perigosa. Vários outros estímulos
agradáveis também são percebidos pela pele.

CAMADAS DA PELE

A pele tem duas camadas principais: a epiderme e a derme. Uma camada


subcutânea de gordura localiza-se logo abaixo dessa e está presente em todo o
corpo.

A epiderme, a camada externa, é composta de células que são especialmente


duráveis. A camada mais externa da epiderme é formada de células mortas,
cornificadas (endurecidas) que são constantemente descamadas e substituídas.
Essa camada é o primeiro mecanismo de defesa do corpo. É impermeável à água
e a bactérias. Na parte mais profunda da epiderme existem células que se
reproduzem constantemente para substituir as células mais externas que estão
sendo descamadas. Algumas dessas células nessa camada mais profunda
também contém grânulos de pigmento. Essas células, junto com o sangue nos
pequenos vasos na pele, são responsáveis pela cor da pele.

A camada mais profunda da pele é a derme. É separada da epiderme por uma


linha de células basais especiais. Dentro da derme, que é composta de tecido
elástico e fibroso muito forte. existem várias das estruturas especiais da pele:
glândulas e duetos sudoríparos, glândulas e ductos sebáceos, folículos pilosos.
vasos sangüíneos, e terminações nervosas especializadas.

As glândulas sudoríparas produzem o suor, que é eliminado sobre a superfície da


pele através de pequenos poros e ductos. Há um poro para cada glândula. As
glândulas sebáceas produzem uma substância oleosa chamada sebo. Esse é
eliminado ao longo dos pêlos no corpo e cabelos, sendo responsável pela
oleosidade natural dos cabelos e da pele. O sebo é importante na manutenção da
impermeabilidade da pele à água, e em mantê-la elástica de forma que não
quebre.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Os folículos pilosos são os pequenos órgãos que produzem pêlo. Há um folículo


para cada pêlo do corpo, geralmente conectado com uma glândula sebácea.
Todos os pêlos crescem continuamente, e em geral são cortados ou retirados
pelas roupas. Os vasos sangüíneos e um conjunto complexo de nervos
completam as estruturas contidas na derme.

Imediatamente abaixo da pele está o tecido subcutâneo. É muito gordo e serve


como um isolador do corpo. As curvas características do corpo geralmente são
devidas aos depósitos subcutâneos de gordura.

A pele é um dos órgãos maiores e mais complexos do organismo, servindo a duas


funções principais: proteção e percepção das alterações externas.

Figura 30. Anatomia da pele. (31)

Bibliografia
O texto foi produzido a partir do original da American Academy of Orthopaedic
Surgeons, denominado “Socorros Médicos de Emergência”. Edição impressa na
imprensa universitária da Universidade Federal do Ceará em 1988.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

CURSO DE SOCORRISTA EM
ATENDIMENTO
PRÉ – HOSPITALAR BÁSICO

QUESTIONÁRIO DO TRABALHO PRELIMINAR

NOME COMPLETO DO PARTICIPANTE


Curso de Resgate e Emergências Médicas

QUESTIONÁRIO DO TRABALHO PRELIMINAR

PRIMEIRA PARTE

INSTRUÇÕES:

Completar os espaços em branco em cada uma das frases, de acordo com o


estudado no documento “Revisão do Corpo Humano” e no Material de Referência.
As respostas a este questionário serão revisadas durante o primeiro dia do curso.

1. O abastecimento de _____________ , necessário para o cérebro,


renova-se continuamente graças a um processo denominado
_______________________.

2. O ar, um gás composto aproximadamente de ____% de oxigênio e 79%


de nitrogênio e outros gases, penetra no aparelho respiratório através
da _______________________e do ________________.

3. Na parte inferior da faringe existem duas vias:

o ____________________, atrás, e a ________________, na frente

4. As vias aéreas não toleram nenhum corpo estranho e para evitar que
sólidos ou líquidos entrem na traquéia, esta se encontra provida de
uma espécie de comporta denominada ____________________ .
Curso de Resgate e Emergências Médicas

5. A caixa torácica pode ser comparada a um fole. As costelas mantém a


forma do _______________________. O _________________ controla
a respiração.

6. O _____________________ é um órgão que tem aproximadamente o


tamanho de um punho fechado, que se localiza mais ou menos na
parte central do tórax.

7. Os glóbulos vermelhos contém uma substância chamada ___________


____________________ que se combina com o oxigênio do ar e
graças à respiração, chega aos pulmões. Os glóbulos vermelhos
conduzem o oxigênio assim absorvido aos tecidos do corpo, onde é
trocado por ____________________ e por outros resíduos.

8. As relações que o sangue mantém com as diferentes funções do corpo


humano, são descritas da seguinte maneira:

 Respiração. O sangue transporta _________________ dos pulmões aos


tecidos, e na troca leva dióxido de carbono e outros resíduos desde os
______________ até os _____________________.
 __________________ O sangue transporta substâncias alimentícias
( glicose, aminoácidos e gordura ) dos intestinos ou dos “depósitos de
armazenamento” aos tecidos.
 Excreção. O sangue transporta _______________________________
(uréia, ácido lático e creatina ) das células aos órgãos excretores.
 Proteção. O sangue transporta células de defesa e anticorpos através
do organismo, o que permite a este ____________________ o ataque
de _______________________e de ___________________________.
 Regulação. O sangue transporta ___________________ e outras
substâncias químicas que regulam a função dos órgãos. Regula a
temperatura do corpo ao levar o calor interno excessivo aos pulmões e à
superfície da pele e, a si mesmo, o equilíbrio hídrico e um meio interno
constante para as células dos tecidos.

09 . Entre todos os milhões de pessoas que existem no mundo, somente se


diferenciam _______________ tipos de sangue: A,B,AB e O. O tipo
predominante é o ________. De todos os habitantes do mundo somente
_____% correspondem ao tipo sangüíneo AB.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

10 . Os gânglios linfáticos aparecem em grupos em todo sistema linfático,


mas particularmente nas _____________________, no pescoço e na região
inguinal.
Estes gânglios fazem as vezes de filtros e pegam as partículas estranhas,
como por exemplo as ___________________, que se encontram no líquido
linfático e que penetram através das feridas.

11 . A cavidade _____________________ contém o coração e os grandes


vasos sangüíneos, pulmões e vias respiratórias, assim como o esôfago.

12 . Na cavidade abdominal localizam-se: o estômago, o _____________,


intestinos delgado e grosso, pâncreas, rins, a vesícula biliar e os canais
biliares, assim como vasos sangüíneos e nervos conectados com todos
estes órgãos.

13 . A porção mais inferior da cavidade abdominal é denominada de


cavidade __________________ . Nela se encontram o reto, a bexiga e na
mulher, os órgãos reprodutores internos.

14 . O fígado é um grande órgão sólido localizado no _______________ e


ocupa a maior parte da área que existe debaixo do diafragma,
especialmente no lado direito.

15 . Assim como o fígado, também o baço constitui-se num órgão


vascularizado, mas é ainda mais frágil; por esta razão está mais exposto a
sofrer lesões. Encontra-se no quadrante superior esquerdo do
_____________, logo abaixo do diafragma.

16 . O pâncreas é um órgão de cor parda, relativamente plano, localiza-se


abaixo e atrás do estômago e tem duas funções : secreta insulina, que
regula a quantidade de ______________ no sangue, e sucos que facilitam
a digestão.

17 . Os órgãos ocos são o _________________, o intestino delgado, que


inclui o duodeno, jejuno e íleo; o _____________________ grosso; a
vesícula biliar; o apêndice, a __________________, e ureteres e o reto.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

18 . O intestino ________________________ é o principal órgão oco


abdominal.

19 . Os _______ são órgãos de vital importância, situados sobre a parede


muscular posterior do abdome, atrás do peritônio, um a cada lado da coluna
vertebral e apoiam-se nos grossos músculos das costas.

20 . Os __________________ e o pênis constituem os órgãos genitais


masculinos externos.

21 . O útero é um órgão oco, em forma de pêra, de aproximadamente 8


centímetros de comprimento por 5 de largura, cujas paredes extremamente
musculosas têm aproximadamente 2,5 centímetros de espessura . Durante
o _______________________, o útero se expande para dar espaço ao
_____________ em crescimento e ao meio líquido em que este se
desenvolve.

22 . O sistema nervoso central, que com muita freqüência é designado


simplesmente com as iniciais SNC , é formado pelo _________________,
medula espinhal e nervos.

23. Os espaços que existem entre a duramáter, o encéfalo ou a medula


espinal encontram-se cheios de um líquido claro parecido a água que
recebe o nome de líquido ___________________________.

24. São tipos de atividades nervosas: a ação automática, a ação


______________ e a ação consciente.

25. Alguns músculos esqueléticos que movem partes do organismo podem


ser controlados voluntariamente, através do sistema nervoso
____________.

26. Dirigir um carro requer pensamento e depende de uma ação


_____________________.

27. A dilatação de vasos sangüíneos é feita automática. Essa função é


controlada pelo sistema nervoso autônomo, que é formado por dois outros :
o ______________________ e o parassimpático.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

28. As ______________________________________ secretam algumas


substâncias no sangue chamadas hormônios.

29 . O esqueleto fornece proteção à órgãos vitais. Os ossos do crânio


formam uma abóbada protetora para o ________ _______, as vértebras
fecham e protegem a _____________________ , a caixa torácica defende
o ___________________________________ e os pulmões e assim
sucessivamente.

30. O sistema músculo esquelético é composto de ossos,


_________________, músculos, tendões, ligamentos e cartilagens.

31 . O crânio possui 2 divisões principais: o crânio propriamente dito e a


________________________.

32 . Cada extremidade _______________________ compreende:


clavícula, escápula, braço, ante - braço, corpo e mão.

33 . O braço é a parte das extremidades superiores que se estende desde


o ombro até o cúbito. É formado por um só osso, o
____________________________, cujo extremo superior na forma de bola
encaixa na cavidade da escápula.

34. Recorde que a ulna encontra-se do lado do dedo mínimo, enquanto o


rádio encontra-se no lado oposto, isto é , no lado do dedo
___________________________.

35. Cada uma das extremidades inferiores compõem-se do quadril, que


forma parte da cintura pélvica, a coxa, a articulação do ______________, a
perna, a articulação do _______________________ e o pé.

36. A _________________ recobre e fornece proteção à cavidade pélvica.

37. Em cada nádega há uma proeminência óssea que recebe o nome de


_____________________________, a mesma que corresponde a parte
posterior do ísquio.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

38. A ___________________ é composta unicamente de um osso: o fêmur.

39. A perna é composta de dois ossos paralelos: a __________________ e


a ________________________.

40. O pé é formado por ossos denominados de _____________________,


metatarsos e __________________________.

41. O antebraço é formado por dois ossos paralelos denominados de


______________________ e de _________________________.

42. Os músculos dos membros __________________________ constituem


um exemplo de músculos voluntários.

43. Os músculos _______________________________ são aqueles que


não podem ser controlados conscientemente, tais como as paredes dos
vasos sangüíneos.

44. Os ligamentos são faixas de tecido conjuntivo flexível e elástico que


unem as superfícies _________________________________ dos ossos.

45. A ________________________ tem dois propósitos : em primeiro lugar


proporciona suporte à cabeça e à parte superior do corpo e além disso,
constitui uma proteção sólida para a medula espinal, que leva os impulsos
ou " mensagens " que são transmitidas entre o cérebro e as demais partes
do corpo.

46. A coluna vertebral está formada por ____ ossos de forma irregular que
recebem o nome de _________________.

47. A parte anterior de cada vértebra recebe o nome de


_______________________________. Observe o espaço que existe entre
Curso de Resgate e Emergências Médicas

o corpo e o arco. Ao unirem-se as vértebras uma às outras, esse espaço


forma um túnel através do qual passa a medula espinal.

48. Os olhos tem forma de globo e cada um deles mede aproximadamente


2,5 centímetros . A forma de globo mantém-se graças a um fluído
transparente e gelatinoso que recebe o nome de
_______________________________________.

49. Quando a luz chega ao ____________, a pupila muda de tamanho de


acordo com o brilho da fonte luminosa, da mesma maneira em que o
diafragma de uma câmara automática com lente elétrica abre-se e fecha-se
em resposta ao aumento de luz que passa através deste.

50. O ouvido é o órgão da __________________________ e do equilíbrio.

51. A pele consta de duas camadas : a camada exterior é a ___________


e a camada interior é a __________________________________.

52. A respiração permite-nos incorporar o __________________ necessário


para nossas células, remover o dióxido de carbono que as intoxica e ajudar
a manter o equilíbrio de nosso sangue.

53. Se um paciente não recebe oxigênio, as células do cérebro começarão


a morrer nos próximos _________________ a seis minutos.

54. O músculo mais importante da respiração é o ___________________.

55. A freqüência respiratória normal em um adulto é de 12 a ______


respirações por minuto.

56. Há uma estreita relação entre a respiração, circulação e certa atividade


cerebral. Esta relação pode ser vista da seguinte maneira :
- Caso prenda-se a respiração, o ___________________ que está
sendo bombeado ao cérebro não vai conter oxigênio suficiente.
Por causa disto o cérebro falha e por uma falta de oxigênio para
seus próprios tecidos, o ______________________ começará a
bombear devagar, chegando a parar totalmente.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

57 . RCP significa reanimação cardiopulmonar. É um procedimento de


______________________________ usado quando a ação dos pulmões e
do coração _____________________________________.

Sempre que você ler sobre suporte básico de vida , verá referências sobre
o ABC dos cuidados de emergência. Isto é:

A = _______________________

B = _______________________

C = _______________________

SEGUNDA PARTE

ESTAR EM CONDIÇÕES DE APRESENTAR AOS DEMAIS


PARTICIPANTES EM UM TEMPO NÃO MAIOR QUE 10
MINUTOS QUALQUER DOS SEGUINTES TÓPICOS DO
TRABALHO PRELIMINAR

- FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO

- MECÂNICA DA CIRCULAÇÃO

- DIVISÃO DA COLUNA VERTEBRAL

- FUNÇÃO REGULADORA DE TEMPERATURA DA


PELE

- FINALIDADE DA MANOBRA DA RCP

TERCEIRA PARTE

Completar o assinalado nos desenhos anatômicos anexos


Curso de Resgate e Emergências Médicas

TERCEIRA PARTE

1. SISTEMAS CORPORAIS

Sistema Circulatório

Função:

____________________________________________
____________________________________________
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Sistema Respiratório

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Sistema Digestivo
Função :

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

____________________________________________

Sistema Urinário

Função :
Curso de Resgate e Emergências Médicas

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________

Sistema Reprodutor
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Sistema Reprodutor

Sistema Nervoso
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Sistema Endócrino

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Sistema Músculo - Esquelético

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Sistema Músculo - Esquelético

a . Músculos voluntários :
____________________________________________

b . Músculos involuntários :
____________________________________________
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Sentidos

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Pele e Estruturas Relacionadas

Função :

____________________________________________

____________________________________________

____________________________________________
Curso de Resgate e Emergências Médicas

RESUMO DOS CONTEÚDOS DO CURSO DE


SOCORRISTA EM ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR - BÁSICO
LIÇÃO 1 INTRODUÇÃO
Informação geral do curso

LIÇÃO 2 O SISTEMA DE EMERGÊNCIA MÉDICA E O SOCORRISTA


Componentes de um Sistema de Emergências Médicas.
Definição de socorrista. Características pessoais de um
socorrista. Deveres do socorrista. Aspectos legais. Direitos da
vítima.

LIÇÃO 3 A OCORRÊNCIA
Conceito de ocorrência. Reconhecimento da cena. Como
assegurar a cena. Formas básicas para obtenção de acesso à
vitima. Equipamento de proteção individual.

LIÇÃO 4 O CORPO HUMANO


Curso de Resgate e Emergências Médicas

Posição anatômica. Referências anatômicas convencionais.


Divisão do corpo humano (segmentos). Cavidades do corpo
humano. Quadrantes abdominais. Sistemas.

LIÇÃO 5 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA


Procedimentos gerais. Fontes de informação no local da
ocorrência. Avaliação primária. Avaliação secundária. Os
passos da avaliação.

LIÇÃO 6 REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR


O sistema respiratório. O mecanismo da respiração. Sinais da
respiração adequada, da respiração inadequada e da
ausência de respiração. Causas de obstrução das vias aéreas.
Sinais de OVACE parcial e total. Técnicas para abrir as vias
aéreas. Ventilação de resgate. O sistema circulatório. Sinais e
sintomas de uma parada cardíaca. Morte clínica e morte
biológica. Passos da reanimação cardiopulmonar.
Complicações por manobras inadequadas de RCP. Iniciando e
terminando a RCP.

LIÇÃO 7 OXIGENIOTERAPIA E ASPIRAÇÃO


Conceito. Indicações para se ministrar oxigênio. Patologias e
traumas que indicam a oxigenioterapia. Materiais e
equipamentos. Partes de um equipamento portátil de provisão
de oxigênio. Riscos da oxigenioterapia. Demonstrações
práticas.

LIÇÃO 8 HEMORRAGIAS E CHOQUE


Revisão do funcionamento do sistema circulatório. Conceito de
hemorragia, choque e choque anafilático. Perfusão. Sinais e
sintomas de hemorragias e de choque. Tratamento pré-
hospitalar de hemorragias e do choque.

LIÇÃO 9 FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES


Curativos e bandagens. Feridas abertas e fechadas. Tipos de
feridas. Tratamento pré-hospitalar.

LIÇÃO 10 TRAUMA EM OSSOS


O sistema esquelético. Fratura, luxação e entorse. Exame da
vítima. Razões para a imobilização provisória. Tratamento pré-
hospitalar. Dispositivos utilizados para a imobilização.

LIÇÃO 11 LESÕES DE CRÂNIO, COLUNA E TÓRAX


O esqueleto axial. Lesões específicas (sinais e sintomas).
Tratamento pré-hospitalar.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

LIÇÃO 12 QUEIMADURAS E EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS


Conceito de queimadura. Causas. Classificação. Queimaduras
maiores e menores. Tratamento pré-hospitalar. Exposição ao
calor. Lesões provocadas pelo frio. Tratamento pré-hospitalar.

LIÇÃO 13 INTOXICAÇÕES
Conceito de intoxicação. Formas de ingresso do veneno no
organismo. Picadas de cobras. Intoxicação por álcool. Crise e
problemas de abstinência. Abuso de drogas. Tipos mais
comuns de drogas. Tratamento pré-hospitalar.

LIÇÃO 14 EMERGÊNCIAS MÉDICAS: Infarto Agudo do Miocárdio,


Angina de Peito, Insuficiência Cardíaca Congestiva,
Acidente Vascular Cerebral e Hipertensão
Emergência médica. Emergências médicas mais comuns.
Infarto Agudo do Miocárdio. Angina de Peito. Insuficiência
Cardíaca Congestiva. Acidente Vascular Cerebral.
Hipertensão.
Sinais e sintomas. Tratamento pré-hospitalar.

LIÇÃO 15 EMERGÊNCIAS MÉDICAS: Síndrome de Deficiência


Respiratória Emergência médica respiratória. Dispnéia.
Hiperventilação. Causas das emergências médicas
respiratórias. Sinais e sintomas da EMR. Tratamento pré-
hospitalar da EMR. Inalação de fumaça.

LIÇÃO 16 EMERGÊNCIAS MÉDICAS: Convulsões, Diabetes e


Abdômen Agudo
Definição. Causas. Epilepsia. Coma diabético. Coma
insulínico. Abdômen agudo. Sinais e sintomas. Tratamento
pré-hospitalar.

LIÇÃO 17 EMERGÊNCIAS MÉDICAS: Parto Emergencial


Anatomia da gravidez. Fases do trabalho de parto. Avaliação e
preparação da parturiente. Tratamento pré-hospitalar do
recém-nascido e da mãe. Complicações do parto.

LIÇÃO 18 ENFERMIDADES INFECCIOSAS E PROTEÇÃO


Conceito. Doenças mais comuns. Meios de transmissão.
Sinais e sintomas. Tratamento pré-hospitalar. Precauções
universais e rotinas de segurança.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

LIÇÃO 19 MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS


Movimentação. Razões para mover uma vítima. Técnicas de
transporte.
Aula prática.

LIÇÃO 20 REGISTROS, RELATÓRIOS E PREPARATIVOS PARA


OUTRA CHAMADA
Formato da Ficha de APH. Recomendações.
Descontaminação da viatura, materiais e equipamentos.
Descontaminação da equipe de socorro.

LIÇÃO 21 TRIAGEM
Conceito. Método START. Código de cores. Sistema de
Comando de Incidentes. Observações. Aula prática.

LIÇÃO 22 RECAPITULAÇÃO GERAL TEÓRICA E PRÁTICA


Recapitulação dos procedimentos práticos mais importantes
do curso. Aclarar dúvidas registradas no baú.

HORÁRIO DO CURSO
___________________________________________
LUGAR E DATA DO CURSO

DIA 1 ( SÁBADO) DIA 5 ( QUARTA)


16:00 Chegada e registro dos 05:30 Exercício físico
participantes 08:00 Lição 6 - continuação
18:00 Jantar, dinâmica e instruções 10:00 Intervalo
iniciais 10:15 Lição 6 - continuação
12:00 Almoço
DIA 2 ( DOMINGO) 13:30 Lição 6 - continuação
05:30 Exercício físico 15:00 IntervaloDIA 6 (QUINTA)
07:45 AberturaDIA
do 4curso
( TERÇA) 15:15
05:30 Lição 6 - continuação
Exercício físico
05:30
08:00 Exercício
Informações físico
iniciais 17:00 Avaliação
08:00 2ª Avaliaçãodo parcial
dia
08:00
08:15 Lição 6
1 – RCP
Introdução 08:30 Lição 7 - Hemorragias e choque
10:00 Intervalo e foto da turma 10:00 Intervalo
10:15 Lição 6
2 -– continuação
O SEM e o Socorrista 10:15 Lição 7 - continuação
12:00 Almoço 12:00 Almoço
13:30 Lição 6
3 -– continuação
A Ocorrência 13:30 Lição 8 – Ferimentos em Tecidos
15:00 Intervalo Moles
15:15 Lição 6
4 -– continuação
O Corpo Humano 15:00 Intervalo
17:00 Avaliação do dia 15:15 Lição 8 - continuação
20:00 Estudo em grupo obrigatório 17:00 Avaliação do dia
20:00 Estudo em grupo obrigatório
Curso de Resgate e Emergências Médicas

DIA 3 ( SEGUNDA)
05:30 Exercício físico
07:30 1ª Avaliação parcial
08:00 Lição 5 – Avaliação Primária e
Secundária DIA 7 ( SEXTA)
10:00 Intervalo 05:30 Exercício físico
10:15 Lição 5 - continuação 08:00 Lição 9 – Trauma em Ossos
12:00 Almoço 10:00 Intervalo
13:30 Lição 5 - continuação 10:15 Lição 9 - continuação
15:00 Intervalo 12:00 Almoço
15:15 Lição 5 - continuação 13:30 Lição 10 – Lesões de Crânio, coluna
17:00 Avaliação do dia e Tórax
15:00 Intervalo
15:15 Lição 10 - continuação
17:00 Avaliação do dia

DIA 8 ( SABADO)
05:30 Exercício físico
07:30 3ª avaliação parcial
08:00 1ª apresentação em grupo
09:00 Discussão das apresentações
10:00 Visita programada ao SEM local

HORÁRIO DO CURSO
( continuação)
DIA 9 ( DOMINGO) DIA 13 ( QUINTA)
Dia livre para visita turística opcional 05:30 Exercício físico
19:00 Retorno ao lugar do curso 08:00 Lição 19 - Relatório e preparativo
20:00 Estudo em grupo obrigatório para segunda chamada
09:00 Lição 20 - Triagem
10:00 Intervalo
DIA 10 ( SEGUNDA) 10:15 Lição 21 – Oxigenioterapia e
05:30 Exercício físico Aspirações
08:00 Lição 11 – Queimaduras e 11:15 Prática de triagem e Oxigenioterapia
Emergências Ambientais 12:00 Almoço
10:00 Intervalo 13:30 Continuação da prática
10:15 Lição 12 - Intoxicações 15:00 Intervalo
11:30 Lição 13 – Emergências Médicas 15:30 6ª Avaliação parcial
12:00 Almoço 16:00 Lição 22 - 2ª apresentação em grupo
13:30 Lição 13 - continuação e revisão geral
15:00 Intervalo 18:00 Avaliação do dia
15:15 Lição 14 - Emergências Médicas
17:00 Avaliação do dia
Curso de Resgate e Emergências Médicas

DIA 14 (SEXTA)
07:30 Avaliação prática final
12:00 Almoço
DIA 11 ( TERÇA) 16:00 Reunião dos instrutores
05:45 Exercício físico 16:30 Avaliação do curso pelos
07:30 4ª Avaliação parcial participantes e revisão das
08:00 Lição 15 - Emergências Médicas expectativas
10:00 Intervalo 17:00 Entrega dos certificados e
10:15 Lição 16 – Parto Emergencial comentários da avaliação
12:00 Almoço 17:30 Ato de encerramento do curso
13:30 Lição 16 - continuação
15:00 Intervalo
15:15 Lição 16 - continuação
17:00 Avaliação do dia
Este horário pode ser modificado a
juízo do coordenador do curso
DIA 12 ( QUARTA)
05:30 Exercício físico
07:30 5ª avaliação parcial
08:00 Lição 17 – Enfermidades infecciosas Horário das refeições:
e proteção
09:00 Lição 18 – Manipulação e transporte
de vítimas CAFÉ DA MANHÃ:
10:00 Intervalo
10:15 Lição 18 - continuação ALMOÇO:
12:00 Almoço
13:30 Prática de manipulação e transporte
15:00 Intervalo JANTA:
15:15 Exercício em grupo de manipulação
e transporte
17:00 Avaliação do dia
20:00 Estudo em grupo obrigatório

FINALIDADE

Proporcionar aos participantes os conhecimentos e as técnicas


necessárias para a prestação do socorro correto, no ambiente pré-
hospitalar, para uma vítima de trauma ou emergência médica,
estabilizando suas condições e transportando-a de forma segura até
onde possa receber atenção médica adequada e definitiva.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

OBJETIVOS DE DESEMPENHO

Ao final do curso, dadas três situações de emergência, sendo uma


de trauma, outra de emergência médica e finalmente, uma de parto
emergencial, os participantes deverão, através de uma simulação
em local previamente preparado, demonstrar a forma correta do
socorro seguindo os passos protocolares ensinados durante o
curso.

 Receber e registrar a solicitação de socorro;


 Deslocar-se até a cena de emergência, avaliá-la e informar a situação;
 Solicitar a ajuda adicional que seja necessária e assegurar a cena de
emergência;
 Lograr acesso até a vítima e avaliar suas condições;
 Selecionar todos os equipamentos e materiais necessários para o
atendimento OBJETIVOS
da vítima; DE CAPACITAÇÃO
 Estabilizar o paciente na cena da emergência;
 Manipular e transportar o paciente;
 Informar a condição do paciente e os tratamentos ministrados; e
 Ao finalizar
Preparar o cursoeomateriais
os equipamentos participante
para uma será capaz de:
nova chamada.

Cada participante
1. Enumerar contarápara
os passos a seguir com todostodos
preparar os os
equipamentos
equipamentosde
proteçãopor
utilizados pessoal e demais equipamentos e materiais básicos de
um socorrista;
primeiros socorros.
Para finsa forma
2. Descrever de aprovação,
de receberdeverá cumpriruma
e registrar todos os passos
solicitação de
estabelecidos
auxílio, no dados
informar os protocolo de cada
da situação exercício
e avaliar simulado, num
a necessidade de
tempo
auxílio máximo de 15 minutos por prova.
adicional;

3. Listar as ações para assegurar a cena da emergência e lograr


acesso até as vítimas;

4. Descrever a forma de avaliar um paciente e selecionar os


equipamentos corretos para o atendimento de uma condição de
trauma ou emergência médica;

5. Descrever os procedimentos para estabilizar um paciente,


transportá-lo e monitorá-lo durante o transporte;

6. Elaborar um informe da condição do paciente e dos tratamentos


prestados à vítima.

Em cada lição do curso serão apresentados os objetivos de


capacitação correspondentes à mesma.
Curso de Resgate e Emergências Médicas

FAVOR PREENCHER ESTA FICHA COM LETRA DE FORMA OU A MÁQUINA.

FICHA DE INSCRIÇÃO
Curso de Resgate e Emergências Médicas

EVENTO:_________________________________________
1 . Nome e sobrenome:____________________________________________________________

2 . Data de nascimento: dia:_______ mês:_____ ano:_____ 3. Sexo: ___F ___M

4 . Endereço residencial: ___________________________________________________________

_________________ Cidade ________________ País:___________________________________

5 . Lugar de trabalho: _____________________________________________________________

6 . Endereço postal: ______________________________________________________________

7 . Telefones: Residencial:______________ Trabalho:____________________________________

8 . Cargo atual : ________________________ Tempo na função:__________________________

9 . Titulação/Posto/Graduação:______________________________________________________

10 . Cargo anterior: ______________________ Tempo na função:_________________________

11 . Profissão: __________________________________________________________________

12 . Escolaridade: Fundamental Médio Superior

13 . Atividade docente: Sim Não temas _______________________________

Quanto tempo? __________________________________________________________________

Escreva abaixo seu nome tal como você deseja que apareça no seu certificado

FICHA DE ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Caso você tenha de seguir alguma recomendação médica de dieta ou outro


cuidado de saúde durante a realização deste curso, preencha a ficha a seguir
e entregue-a ao coordenador do curso, tão logo quanto seja possível:
Curso de Resgate e Emergências Médicas

Você é vegetariano? ( ) Sim ( ) Não

Você é alérgico a algum tipo de comida ? ( ) Sim ( ) Não

Em caso afirmativo, explique:


__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Você é alérgico a algum tipo de medicamento? ( ) Sim ( ) Não

Em caso afirmativo, explique:


__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Você está passando por algum tipo de tratamento médico, recebendo


medicamentos ou apresenta incapacidade para a realização de exercícios
físicos? ( ) Sim ( ) Não

Em caso afirmativo, explique :


__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Nome completo:

Assinatura:

Local e data:

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