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LUCKESI, Cipriano C. et al.

O conhecimento como compreensão do mundo e como


fundamentação da ação.IN:Fazer Universidade: Uma proposta metodológica.
6ed.São Paulo: Cortez, 1991, p.47-59.

Cipriano Carlos LUCKESI, autoridade renomada em educação, é Doutor em


Educação pela PUC/SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Mestre em
Ciências Sociais pela UFBA – Universidade Federal da Bahia; Licenciado em Filosofia
pela UCSal – Universidade Católica de Salvador; e Bacharel em Teologia pela
PUC/SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Segundo a introdução do texto, entende-se por conhecimento o produto de um


enfrentamento do mundo realizado pelo ser humano e é a fundamentação de agir com
entendimento. Como ponto de partida, o autor, refere-se ao fato de estar no mundo
ter como consequência a submissão aos desafios por ele impostos, e como as ações
humanas, frente a tais desafios, caracterizam o nosso modo de ser e de viver, ou seja,
a forma como transformamos o mundo segundo as nossas necessidades e anseios.

Nossa vida, no mundo, consiste em tratar com os impasses e circunstâncias


sob diversas formas, e praticar variados atos no tratamento desses. E o autor
desenvolve, dessa forma,a ideia da ação que sempre acompanha qualquer prática
humana, o pensar. Somos capazes de agir com as coisas do mundo e pensar nelas,
assim como podemos ver e simular a prática e entender melhor o que se passa, é a
dada capacidade de reflexão.

Ao passo que compreendemos o mundo, identificamos seus elementos que


nos provocam resistência e podemos superá-la, ao pensar e ,dessa forma,
compreender melhor a realidade. Pois, ao introduzir tais elementos na esfera da
compreensão, conseguimos ,mesmo submetidos às leis do mundo, transcendê-las
com o processo de entendimento. Assim, o autor expõe que a premissa básica é que
o conhecimento só nasce da prática com o mundo e que só tem sentido pleno na sua
relação com a realidade. Mostrando que é bem diferente nas práticas escolares, onde
,na maioria das vezes, não se é levado há a compreensão de fenômenos do
conhecimento e o estudo nessa modalidade é simplesmente verbalizado. De tal forma
que os impasses naturais e desafiadores da imaginação criativa são substituídos por
outros falsos e abstratos, impostos por um modelo autoritário.
Retomado a ideia trabalhada antes pelo autor, conseguimos organizar os dados
da realidade, de acordo com nosso modo de ser e necessidades, pela ação e
entendimento conseguimos superar as barreiras do mundo. E ,de fato, entendemos
não só a teoria ,mas também a sua tradução, a sua aplicação, o modo de fazer. Teoria
e prática, ação e reflexão são elementos inseparáveis de um todo.

Além da capacidade distintiva do ser humano, que se manifesta pelo exercício


do entendimento e organização do mundo, o conhecimento é uma necessidade
enquanto modo de iluminação da realidade. Não se pode agir a não ser que se veja o
caminho. A compreensão sempre foi a chave mesmo que as interpretações sejam
afetadas por cultura e pelo tempo, como os grupos indígenas primitivos que assumiam
causas divinas como a explicação de eventos naturais. Todavia, o autor relembra que
o conhecimento necessário é o verdadeiro, compatível com a realidade e
suficientemente funcional para a vida humana. Só a criticidade do conhecimento pode
fazê-lo satisfatório.

Em decorrência disso, o conhecimento é necessário para o progresso, para o


desenvolvimento de um mundo cada vez mais adaptado ao atendimento das
necessidades do ser humano. Isto não quer dizer que tudo feito com o conhecimento
tenha sido para o bem-estar do ser humano. O conhecimento é uma carência, que se
não atendida, o desenvolvimento não se faz.

Por fim o autor trabalha o conhecimento por ter uma função de libertação ou de
opressão. Enquanto o conhecimento serve de mecanismo ao ser humano para que
atue de maneira adequada e mais condizente com suas necessidades e que esse
venha a desenvolver o uso da razão reflexiva, é libertador. Pois, liberta o sujeito ao
lhe dar independência e autonomia. Contudo, pode ser usado também como um
mecanismo de opressão dos outros. Isso ocorre na utilização dessa capacidade de
conhecer para se beneficiar sobre os outros e isso vai de nível individual até de nação.

Desse modo, a reflexão que o autor fez sobre o conhecimento explora seus
fundamentos, suas utilidades até seus aspectos quanto a procedência que se dá como
uso do conhecimento. Podemos perceber, a partir do proposto, que a prática escolar
está mais preocupada com a repetição de conhecimento já envelhecido do que com
a orientação e estimulo à criatividade construtiva dos educandos. E também dentro
do contexto da universidade a compreensão do conhecimento como entendimento do
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mundo deve ser um dos meios teóricos que norteiam a nossa prática universitária
sadia.

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