Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
............................................................................................................. 6
I – EXPOSIÇÃO TEÓRICA
........................................................................................ 7
1.1. Das raízes
............................................................................................................ 7
1.2. Restrição: terras
particulares .............................................................................. 7
1.3. Da previsão legal
................................................................................................ 8
1.4. Da
cumulação ..................................................................................................... 8
1.5. Do caráter dúplice das ações divisórias e demarcatórias ........................ 9
1.6. Da Competência
Territorial ............................................................................. 10
1.7. Do artigo 949 e seu parágrafo único ........................................... 10
1.8. Dos condôminos e dos confinantes ............................................ 12
1.9. Da ação
demarcatória ....................................................................................... 13
1.9.1. Do direito material ................................................................................13
1.9.2. Do objetivo .......................................................................................... 14
1.9.3. Dos pressupostos ....................................................... 15
1.9.4. Da legitimidade ativa e passiva ........................................ 15
1.9.5. Dos requisitos da petição inicial ....................................... 17
1.9.6. Esbulho ou turbação .................................................... 18
1.9.7. Citação dos réus ........................................................ 19
1.9.8. Resposta dos réus ....................................................... 19
1.9.9. Do julgamento antecipado e da perícia ................................ 20
1.9.10. Da sentença ............................................................ 21
1.9.11. Execução material da demarcação .................................... 22
1.10. Da ação
divisória ........................................................................................... 23
1.10.1. Da impossibilidade de extinção do condomínio ..................... 24
1.10.2. Da legitimidade ativa e passiva ....................................... 24
1.10.3. Da petição inicial ...................................................... 24
1.10.4. Citação, resposta do réu e sentença .................................. 25
1.11. Do Valor da Causa ...................................................... 28
II – ANÁLISE DO CASO CONCRETO ..................................................................
29
III – ANEXOS
3.1. ACÓRDÃO ....................................................................................................
33
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
APELAÇÃO N° 455.331-4/9
COMARCA DE PALMITAL
APELANTE: MARCOS ANTÔNIO MAIOLI E OUTRA
APELADO: NAIR RODRIGUES DA CONCEIÇÃO E OUTROS
RELATOR: ÊNIO SANFARELLI ZULIANI
3.2. ANDAMENTO DO PROCESSO ..................................................................
36
IV -
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................
38
V –
APÊNDICE............................................................................................................
39
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA
APELAÇÃO N° 176.288-4/8-00
Comarca de BAURU
APELANTE: MAURO SEBASTIÃO POMPILIO E OUTRA
APELADO: WALTER DA SILVA E OUTROS
RELATOR: NEVES AMORIM
INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordou a Ação de Divisão e de Demarcação de
Terras Particulares, a partir do estudo teórico (Parte I) seguido da análise de
um caso (Parte II), partindo da pesquisa bibliográfica e jurisprudencial.
A questão abordada na análise do caso trata da inadequação da ação,
quanto à confusão entre a via possessória e a ação de demarcação, recorrente
entre muitos causídicos.
Isto porque pode mesmo ser alegado o esbulho ou a turbação na ação
de demarcação, mas não é esse o objetivo da ação. Se o autor pretende reaver
parte de sua propriedade, deve fazê-lo pela via da ação possessória, se não
existe confusão quanto à linha divisória – a necessidade de serem reavivados
marcos ou redefinidos os limites não perfeitamente extremados.
I – EXPOSIÇÃO TEÓRICA
1.1. Das raízes
Na lição de Antonio Carlos MARCATO (1988: 106), a razão pela qual o
código processual cuida conjuntamente das ações divisórias e demarcatórias
tem suas raízes no Direito Romano. Eram previstas três modalidades de ação
divisória: a finium regundorum, a familiae erciscundae e a comuni dividundo,
sendo a demarcatória a primeira destas espécies.
No entanto, apesar de ser considerada uma espécie do gênero
divisória, tinha o objetivo diverso de estabelecer limites, dirimindo incertezas a
respeito deles. A ação de divisão (comuni dividundo) e a ação de partilha
(familiae erciscundae) tinham por finalidade extinguir a comunhão, com a
individuação dos quinhões que caberiam aos ex-comunheiros. A comuni
dividundo visava a partilhar bem comum adquirido a título singular, como no
caso da compra e venda, e a familiae erciscundae, a partilha de bem comum
adquirido a título universal, ou seja, a herança.
1.4. Da cumulação
As duas ações podem ser cumuladas, conforme dispõe o artigo 947,
devendo processar-se primeiramente a demarcação total ou parcial da coisa
comum, citando-se os confinantes e condôminos para, após fixados os marcos
da linha de demarcação, proceder-se à divisão.
A possibilidade da cumulação visa atender ao princípio da economia
processual, uma vez que faculta ao autor formular duas pretensões, decididas
no mesmo processo.
Ainda que possam ser cumuladas, não são fungíveis entre si. Entenda-
se: a divisória pretende a extinção do condomínio mantido entre as partes e
não a demarcação de área[1].
1.9.2. Do objetivo
O Código processualista estabelece o cabimento da ação de
demarcação ao proprietário, para obrigar o seu confinante a estremar os
respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já
apagados (Art. 946, I).
A ação de divisão pode ser proposta pelo condômino, para obrigar os
demais consortes a partilhar a coisa comum (Art. 946, II).
O professor MARCATO (1988: 107), ao destacar a lição de ORLANDO
GOMES, aponta que o objeto da ação demarcatória é
“a sinalização de limites incontroversos, como acontece quando a linha
divisória passa a ser assinalada com marcos. No caso de controvérsia ou
confusão, torna-se necessário determinar os limites, o que se faz de
conformidade com a posse. Visa, pois, a ação de demarcação fixar ou
restabelecer os marcos da linha divisória de dois prédios confinantes. Seu
objeto é a fixação de rumos novos ou aviventação dos existentes”[7].
1.9.10. Da sentença
Se o juiz verificar que inexistem limites para aviventar, constituir ou
renovar, ou acolhendo a exceção de usucapião oposta pelo réu[9], julgará
improcedente a ação demarcatória (MARCATO, 1988: 117). Julgando
procedente (por sentença constitutiva), determinará o traçado da linha
demarcanda, assim como decidirá a respeito da restituição do terreno invadido,
mais os rendimentos dele colhidos pelo réu, ou da indenização dos danos
ocasionados pela usurpação.
Esta sentença põe fim ao processo demarcatório, e contra ela cabe o
recurso de apelação, em ambos os efeitos (devolutivo e suspensivo). A regra
do inciso I do artigo 520 (o recebimento apenas no efeito devolutivo da
apelação interposta de sentença que homologar a divisão ou demarcação)
refere-se tão somente para as sentenças homologatórias da demarcação ou da
divisão.
1.9.11. Execução material da demarcação
Transitada em julgado a sentença que julgou procedente o pedido, o
perito fará a demarcação, colocando os marcos necessários. Todas as
operações serão consignadas em planta e memorial descritivo com as
referências convenientes para a identificação, em qualquer tempo, dos pontos
assinalados (Art. 958).
Após a realização dos trabalhos de campo pelo perito agrimensor (Art.
960), elaboradas as plantas (Art. 961) e o memorial descritivo (Art. 962), com a
colocação dos marcos (Art. 963) e o seu exame pelos peritos arbitradores (Art.
964), estes juntarão aos autos o seu relatório.
Terão então as partes dez dias para manifestar-se, em prazo comum,
desde a intimação. Na manifestação, poderão alegar correções e retificações,
que serão submetidas ao magistrado.
Efetuadas as correções e retificações julgadas necessárias, será
lavrado o auto de demarcação, onde os limites demarcandos serão
minuciosamente descritos, na conformidade do memorial e da planta (Art. 965).
Somente então, após a assinatura do auto pelo juiz, pelos arbitradores
e pelo agrimensor, será proferida a segunda sentença, esta da homologação
da demarcação, da qual cabe apelação, apenas no efeito devolutivo.
Esta sentença, após o trânsito em julgado, será levada a registro[10].
III – ANEXOS
3.1. ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
APELAÇÃO N° 455.331-4/9
COMARCA DE PALMITAL
APELANTE: xxx
APELADO: xxx
RELATOR: xxx
ACÓRDÃO
TUTELA DE DIREITO DE PROPRIEDADE - TITULARES DE DOMÍNIO DE
IMÓVEL COM DIVISAS CONHECIDAS E DESCRITAS NO TÍTULO E QUE
PRETENDEM, PELA AÇÃO DEMARCATÓRIA, AVIVENTAREM OS RUMOS
ENTRE OS IMÓVEIS RURAIS, VISANDO, COM ISSO, RECUPERAREM
TRECHO INVADIDO PELOS VIZINHOS; INADMISSIBILIDADE, POR SER,
PARA A HIPÓTESE, ADEQUADA A REIVINDICATÓRIA DA PARTE CERTA E
DETERMINADA, SABIDO QUE A AÇÃO DEMARCATÓRIA SOMENTE
QUANDO NÃO EXISTAM LIMITES OU QUANDO HÁ CONFUSÃO SOBRE A
LINHA DIVISÓRIA APAGADA OU DESTRUÍDA - NÃO PROVIMENTO.
NOTAS