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Resumo

Carbapenêmicos e
Monobactâmicos

Ananda Suzuki Damasceno


Universidade do Estado do Pará

Revisor: Vinicius Jesus


Resumo de Carbapenêmicos e Monobactâmicos 2

1. Definição

São classes de antibióticos β-lactâmicos, caracterizados por possuírem um anel


pentagonal não saturado ligado ao anel β-lactâmico.
Os carbapenêmicos têm maior importância clínica, consistindo em um carbono
ligado ao anel na posição 1 da cadeia. No entanto, devido o crescimento do perfil de
resistência, desenvolveu-se os monopenêmicos, que possuem apenas o anel o β-
lactâmico.

Figura 1: Estrutura do Imipenem. El-Gamal et al, 2017

2. Carbapenêmicos

São um grupo de antibióticos inicialmente naturais, produzidos por diferentes


espécies de Streptomyces, cujos principais representantes são o Imipeném, o
Meropeném e o Ertapeném. Possuem elevada potência contra germes Gram-negativos
e Gram-positivos, além de serem estáveis na presença de β-lactamases.

A resistência a essa classe se deve principalmente por enzimas hidrolíticas


produzidas por algumas bactérias, como o Acinetobacter baumannii.

Mecanismo de ação: inibição da síntese da parede celular, provocando


alterações osmóticas e lise celular por consequência (efeito bactericida).

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IMIPENÉM

É um derivado sintético da Tienamicina.

Espectro de ação: Amplo espectro contra cocos e bacilos Gram-negativos, Gram-


positivos, anaeróbios e aeróbios. Possuem como vantagem uma resistência à inativação
por β-lactamases de espectro de ação ampliado (ESBL). Eficaz contra: estreptococos,
pneumococos, estafilococos oxacilina-sensíveis, hemófilos, gonococo, meningococo,
Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella e outras
enterobactérias, Pseudomonas aeruginosa. Tem ação supressora, pois inibe a
multiplicação por duas a quatro horas das bactérias que não foram mortas.

Desvantagem: podem ocasionar resistência a outros β-lactâmicos, pois


induzem a produção de β-lactamases.

Farmacocinética:

✓ Absorção: Imipenem-Cilastatina não é absorvida após administração por


via oral, por isso seu uso é intravenoso ou intramuscular; sua meia-vida é
de 1h e mantém atividade terapêutica por 4 a 6 horas.

✓ Distribuição: boa em diversos tecidos. Atravessa a barreira


hematoencefálica (BHE) em pacientes com meningoencefalites e
atravessa a barreira fetoplacentária. Pouca passagem pelo leite materno.

✓ Metabolismo e Eliminação: via renal por filtração glomerular e secreção


tubular. Isoladamente, é metabolizada pela enzima renal
deidropeptidase I, por isso é administrado juntamente com a Cilastatina,
uma substância inibidora dessa enzima, impedindo produção de
metabólitos nefrotóxicos. Em pacientes com insuficiência renal, o
fármaco acumula-se e apresenta meia-vida de 3h. De acordo com o
clearance de creatinina, deve-se ajustar a posologia e dose. É removida
na hemodiálise, necessitando de reposição de dose após a sessão.

Indicações clínicas: seu uso é restrito, sendo indicado em infecções graves


hospitalares por microorganismos Gram-negativos resistentes e anaeróbios, como

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infecções pós-operatórias graves, sepse por germe hospitalar, infecções em casos de


neoplasia e diabetes mellitus descompensado. Infecções respiratórias, urinárias,
ginecológicas, osteoarticulares, intra-abdominais e meningoencefalites bacterianas.

Efeitos adversos: infusão rápida pode causar náuseas e vômitos. É rara a


ocorrência de hipotensão, febre, diarreia e manifestações alérgicas. Pode causar
convulsões.

MEROPENÉM

Espectro de ação: maior contra bacilos Gram-negativos, principalmente


Pseudomonas aeruginosa, atividade contra anaeróbios e contra bacilos Gram-positivos
como a Listeria monocytogenes.

Existe resistência cruzada entre o Imipeném e o Meropeném (na prática, os


germes resistentes a uma droga também são resistentes à outra droga). Além disso,
também induz a produção de β-lactamases, promovendo resistência bacteriana contra
outros antibióticos β-lactâmicos (p.ex., penicilinas e cefalosporinas).

Farmacocinética:

✓ Absorção: sua principal via de administração é parenteral. Meia-vida de 1,1


hora.

✓ Distribuição: boa pelos líquidos e tecidos orgânicos, boa penetração na BHE


em pacientes com meningites.

✓ Metabolização e Eliminação: metabolizado em metabólito inativo e


eliminado na urina nas primeiras 4 horas por filtração glomerular e excreção
tubular. Em pacientes com insuficiência renal, é necessário o ajuste de dose.

Indicações clínicas: alternativa ao Imipeném, pode ser usado nas meningites por
Gram-negativos, pois apresenta melhor penetração. Indicado em monoterapia para
tratamento de sepse e infecções respiratórias, urinárias e ginecológicas adquiridas em
ambiente intra-hospitalar. Costuma-se usar em associação com Gentamicina ou
Amicacina (aminoglicosídeos) como forma de sinergizar (associar dois antibióticos de

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classes de diferentes, geralmente um inibidor de parede celular com um


aminoglicosídeo e, dessa forma, potencializar os efeitos antimicrobianos de ambos) na
terapêutica contra Pseudomonas aeruginosa.

Efeitos adversos: menos efeitos em comparação ao Imipeném e tem menor


potencial de causar convulsões.

ERTAPENÉM

Novo carbapenêmico que possui propriedades antibacterianas semelhantes ao


Imipeném.

Espectro de ação: Gram-positivos, hemófilos, enterobactérias, incluindo


espécies produtoras de β-lactamases, ativo contra anaeróbios.

Desvantagens: não apresenta boa atividade contra Pseudomonas, enterococos


e estafilococos resistente à Oxacilina; é inativado por β-lactamases produzidas pela
Klebsiella.

Farmacocinética:

✓ Absorção: sua principal via de administração é parenteral. Meia-vida de 3-5


horas e possui longa ação com uma dose única diária.

✓ Distribuição: ampla nos tecidos orgânicos e líquidos. Pode passar para o leite
materno.

✓ Metabolização e Eliminação: via renal e não sofre inativação pelas


peptidases renais.

Indicações clínicas: Usada no tratamento de infecções graves por Gram-


negativos adquiridas na comunidade ou infecções mistas de Gram-negativos e
anaeróbios; indicada em pielonefrite, infecções respiratórias. Em monoterapia, usada
em infecções de pé diabético e intra-abdominais, como apendicite supurada e abscesso;
devido sua longa meia-vida, pode ser indicado para tratamento domiciliar em casos de
osteomielite, evitando internação do paciente. Se houver suspeita de infecção
hospitalar por Pseudomonas, o Ertapeném não está indicado.

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3. Monobactâmicos
Naturalmente são derivados da Nocardia uniformis. Particularmente, apresenta
o anel β-lactâmico isolado sem ligação a outra substância. Por isso, é a primeira classe
de antibióticos β-lactâmicos monocíclico. O principal representante é o Aztreonam
(antibiótico sintético).

AZTREONAM

Espectro de ação: bactérias Gram-negativas e possui estabilidade contra β-


lactamases, por isso são altamente persistentes à inativação contra Gram-negativos
resistentes à Cefalosporinas de 3ª geração. Não tem ação contra germes Gram-positivos
e anaeróbios e não induz resistência a outros β-lactâmicos.

Mecanismo de ação: interfere na síntese da parede celular, causando a lise


celular (efeito bactericida). Possui alta afinidade pela PBP (proteína ligadora de
penicilina) dos germes Gram-negativos.

Farmacocinética:

✓ Absorção: não absorvido via oral. Principais vias de administração são a via
intravenosa ou intramuscular. Possui meia-vida de 2h aproximadamente.

✓ Distribuição: ampla pelos tecidos e líquidos, pouca concentração em


secreção brônquica e atravessa a barreira fetoplacentária. É pouco
encontrado no leite materno. Além disso, atravessa a BHE mesmo em
meninges saudáveis.

✓ Metabolização e eliminação: via renal.

Indicações clínicas: Infecções comunitárias por bacilos Gram-negativos. Infecção


urinária, pulmonar, ginecológica e osteoarticulares. Pode também ser usado associado
a Clindamicina ou Metronidazol em infecções intra-abdominais, como peritonite e
abscesso hepático, a fim de atingir anaeróbios. Usado como alternativa para
meningoencefalites por Gram-negativos.

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Efeitos adversos: flebite em longo prazo, erupção maculopapular, dor e edema quando
aplicado por via intramuscular.

Referências bibliográficas

1. Tavares W. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico. 3ª edição. São Paulo: Editora


Atheneu, 2014

2. El-Gamal MI, Brahim I, Hisham N, Aladdin R, Mohammed H, Bahaaeldin A. Recent updates


of carbapenem antibiotics. Eur J Med Chem. 2017, 5;131:185-95
.
3. Bush K, Bradford PA. β-Lactams and β-Lactamase Inhibitors: An Overview. Cold Spring Harb
Perspect Med. 2016; 6(8). pii

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