Sei sulla pagina 1di 15

Índice

1. Introdução .................................................................................................................................. 3
2. Objectivos .................................................................................................................................. 4
2.1. Geral.................................................................................................................................... 4
2.2. Específicos .......................................................................................................................... 4
3. Metodologia ............................................................................................................................... 4
4. Sistemas de ventilação e condicionamento do ar ...................................................................... 5
4.1. Ventilação ........................................................................................................................... 5
4.2. Tipos de sistemas de ventilação .......................................................................................... 5
4.2.1. Sistemas de ventilação simples .................................................................................... 5
4.2.2. Sistemas de ventilação complexos ............................................................................... 5
4.3. Qualidade do ar interior ...................................................................................................... 6
4.3.1. Efeitos adversos à saúde devido a falta de qualidade do ar interior............................. 6
4.3.2. Parâmetros indicativos da qualidade do ar interior ...................................................... 7
4.4. O papel do sistema de condicionamento de ar no alcance da qualidade do ar interior ...... 7
4.4.1. Descrição geral dos contaminantes aéreos ................................................................... 7
4.5. Principais poluentes presentes em ambientes internos, suas fontes e seus efeitos
adversos a saúde humana ....................................................................................................... 8
4.5.1. Monóxido de carbono (CO) ......................................................................................... 8
4.5.2. Dióxido de Carbono ..................................................................................................... 9
4.5.4. Dióxido de enxofre (SO2) ............................................................................................ 9
4.5.4. Dióxido de enxofre (SO2) ........................................................................................ 111
4.5.5. Amônia (NH3) ........................................................................................................... 11
4.5.6. Compostos orgânicos voláteis (COVs) ...................................................................... 11
4.5.7. Formaldeído (HCOH) ................................................................................................ 12
4.5.8. Materiais particulados ................................................................................................ 12
4.5.9. Asbesto ....................................................................................................................... 12
4.5.10. Radônio (Rn) ............................................................................................................ 13
5. Conclusão ................................................................................................................................ 14
6. Bibliografia .............................................................................................................................. 15
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Higiene e Segurança no Trabalho que ora apressentamos, retrata
de uma maneira concisa sobre os Sistemas de ventilação e condicionamento do ar.

A qualidade do ar interior de um recinto é considerada aceitável quando não contem poluentes


em concentrações consideradas prejudiciais à saúde, e é percebido como satisfatório por grande
maioria (80% ou mais) dos ocupantes do recinto.

Os critérios para a selecção dos poluentes (substâncias químicas) para o desenvolvimento das
Directrizes da OMS para o ar interior, devem entrar em conta com a existência de fontes
interiores, disponibilidade de dados toxicológicos e epidemiológicos. Para cada poluente, a OMS
recomenda que:

1. Descrição geral do composto.

2. Fontes interiores e vias de exposição.

3. Níveis interiores actuais e relação com os níveis exteriores.

4. Cinética e metabolismo.

5. Efeitos na saúde (efeito não cancerígeno e cancerígeno) (para a população em geral e para
grupos susceptíveis identificados).

6. Qualidade do Ar em Espaços Interiores |

7. Avaliação de risco para a saúde humana

8. Directrizes e orientação.

3
2. Objectivos

2.1. Geral

 Estudar sobre os sistemas de ventilação e condicionamento do ar.

2.2. Específicos

 Identificar os tipos de sistemas de ventilação;


 Falar sobre a qualidade do ar interior ;
 Falar sobres os efeitos adversos à saúde devido a falta de qualidade do ar interior;
 Identificar os parâmetros indicativos da qualidade do ar interior;
 Falar do papel do sistema de condicionamento de ar no alcance da qualidade do ar interior;
 Identificar os principais poluentes presentes em ambientes internos, suas fontes e seus
efeitos adversos a saúde humana.

3. Metodologia

Segundo Lakatos e Marconi (1999) a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal
com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no
caminho para se reconhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.

A metodologia usada para a realização do presente trabalho foram as consultas bibliográficas de


manuais que tratam de uma maneira sucinta sobre o assunto em alusão na web.

4
4. Sistemas de ventilação e condicionamento do ar

4.1. Ventilação

Segundo Oliveira, “O processo de ventilação tem como objetivo a limpeza e o controlo das
condições do ar, para que o Homem e as Máquinas “convivam” no mesmo espaço”. (s.d., p.2).

Grande parte das indústrias gera resíduos e desperdícios que, caso não recebam tratamento,
poluem a atmosfera. O sistema de ventilação vem resolver parte desse problema.

4.2. Tipos de sistemas de ventilação

Existem dois tipos de sistemas de ventilação, sistemas de ventilação simples e sistemas de


ventilação complexos.

4.2.1. Sistemas de ventilação simples

Para Gonçalo (2014), o sistemas de ventilação simples, são aqueles constituídos pelo ventilador
somente (os “circuladores de ar”, de tecto, de coluna ou de mesa), os sistemas formados por um
único ventilador e duto de insuflamento ou exaustão, ou mesmo um ventilador montado em um
gabinete de dimensões reduzidas, onde há um filtro e uma sepentina de resfriamento ou de
aquecimento de ar (o chamado ‘fan-coil’), e difusores nas extremidades de dutos de comprimento
reduzido.

4.2.2. Sistemas de ventilação complexos

Os sistemas de ventilação complexos, geralmente são partes de sistemas centrais de


condicionamento de ar, ou de exaustão. Nestes, a característica principal é a grande quantidade
de ambiente que são atendidos pelo ar insuflado e/ou exaurido através de um conjunto complexo
de dutos, interligados, ramificados, etc. Constituem-se, então, como grandes redes de escoamento
(o termo em inglês é “flow network”), com dutos de insuflamentos principais, secundários e
derivações, e dutos de retornos principais, secundários e derivações, todos eles conduzindo ar
(geralmente) com a energia transferida por um ou mais ventiladores, ligados em série/paralelo,
através de vários elementos auxiliares com funções específicas.(Ganço, 2014, p.2).

Destes sistemas de ventilação, podem ser ainda do tipo diluído (introdução de um caudal de ar
limpo com o objectivo de diluir as concentrações de poluentes) e do tipo local (mais próximo
possível da fonte emissora para evitar que os poluentes entrem em contacto com o operador)

De acordo com Ganço (2014), existem também diferentes sistemas de captação de poeiras:

5
 Captação em cabinas abertas-permitem o acesso à fonte poluidora;
 Captação em cabinas fechadas-só o operador junto à fonte;
 Captação em câmaras de envolvimento-não permite o acesso à fonte pois esta está
isolada.

4.3. Qualidade do ar interior

Segundo Ashrae (2001c), a matriz energética mundial é historicamente baseada em recursos não
renováveis, derivados principalmente do petróleo. Com o aumento do custo dos combustíveis a
partir da crise do petróleo em 1973, novas medidas de redução de consumo energético em
edificações foram adoptadas.

Nos Estados Unidos, aumenta-se a preocupação em se obter construções com maior


estanqueidade, e há a revisão das normas técnicas, com a redução das taxas de ventilação para
edifícios de escritórios (HESS-KOSA, 2002).

De acordo com Graundenz et Dantas (2008), no fim da década de 70, aparecem os primeiros
relatos de queixas relativas à saúde dos ocupantes de edifícios climatizados artificialmente. No
começo da década de 80 foram realizados cerca de 5000 estudos relatando a existência da
chamada “Síndrome dos Edifícios Doentes. A síndrome foi definida pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) em 1983, caracterizada por acometer as edificações em que estatisticamente
se reportavam sinais de agravo à saúde do trabalhador, decorrentes de sua permanência no
ambiente interno. Desde então, maior preocupação tem sido dispensada ao projecto de mobiliário,
materiais de acabamento, sistemas de ventilação, filtragem e controle climático para o alcance
dos parâmetros mínimos de qualidade do ar interior (QAI) em edificações.

4.3.1. Efeitos adversos à saúde devido a falta de qualidade do ar interior

A Organização Mundial da Saúde define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.

Higgins (1983) define um efeito adverso à saúde como uma “mudança biológica que reduz o
sentimento de bem-estar ou a capacidade funcional”.

Burroughs et al Hansen (2008) consideram que as edificações construídas pelo homem, que
possuem objectivo primário de protegê-lo, passam, em alguns casos, a prejudicar a sua saúde.
Estes autores observam que as concentrações internas de contaminantes particulados, biológicos
e químicos podem exceder consideravelmente as concentrações externas presentes no ar
atmosférico. Hess-Kosa (2002) fortalece esta observação indicando dados em que a poluição
6
interna em ambientes climatizados artificialmente é em média de 2 a 5 vezes maior do que a
externa.

Os efeitos na saúde dos ocupantes dependem do tipo do contaminante, de sua concentração, do


tempo de exposição e da suscetibilidade dos ocupantes.

Estudos conduzidos por Hess-Kosa (2002) e Burroughs et Hansen (2008) indicam que o
Americano passa 90% da vida em ambientes fechados, climatizados artificialmente. Hess-Kosa
considera que os habitantes de edifícios podem estar potencialmente expostos a cerca de 100.000
substâncias tóxicas. Tal combinação de tempo de exposição e variedade de contaminantes
aumenta a probabilidade de prejuízo à saúde dos ocupantes. Ainda segundo as pesquisas de Kosa,
50 milhões de Americanos sofrem de asma, 100 mil morrem por ano devido a doenças crônicas
pulmonares, e houve um aumento de 85% dos casos de bronquite crônica nos Estados Unidos no
período entre 1970 e 1987.

4.3.2. Parâmetros indicativos da qualidade do ar interior

A Abrava (2011) define a falta de Qualidade do ar interior de um recinto quando mais de 20% de
seus ocupantes apresentam reclamações de efeitos adversos à saúde relativos ao local, que
desaparecem quando aqueles deixam o recinto por um período prolongado. Caso haja um estudo
epidemiológico que produza dados por um tempo suficiente, pode ser classificada a “Síndrome
do Edifício Doente”.

4.4. O papel do sistema de condicionamento de ar no alcance da qualidade do ar interior

Reinmuth (1999) define uma instalação de condicionamento de ar como aquela que provê, além
da ventilação dos recintos, tratamento das propriedades termodinâmicas do ar interior. Este
tratamento emprega processos como o aquecimento e/ou resfriamento para controle de
temperatura; umidificação e/ou desumidificação para controle da umidade.

A Ashrae (2003) define o sistema de condicionamento de ar como um conjunto de equipamentos


destinados ao tratamento do ar, de forma a controlar simultaneamente sua temperatura, umidade,
pureza e distribuição no ambiente. A definição da Ashrae inclui a necessidade de remoção de
partículas aerotransportáveis e gases contaminantes.

4.4.1. Descrição geral dos contaminantes aéreos

O ar atmosférico é uma mistura homogênea de gases, dos quais os principais são o Nitrogênio
(N2 ) e o Oxigênio (O2 ). Entretanto, também está presente uma distribuição de impurezas em sua
composição. Estas são oriundas de processos naturais, como a erosão do solo pelos ventos, e
7
processos antropogénicos, como a combustão, a demolição e a construção. Estes contaminantes
são distribuídos em três tipos: Particulados, Bioaerosol e Gasosos.

O particulado é composto por fibras, fumos, partículas granulares secas, fumaças e névoas.

O bioaerosol é composto por esporos de fungos, polens, bactérias, pedaços de insetos e de ácaros.

A concentração dos contaminantes aéreos externos (atmosféricos) varia em função da localidade,


e de sua proximidade a centros urbanos, florestas, áreas marítimas, áreas de erosão e áreas
industriais.

Para Ashrae, (2001a), as estratégias de contenção dos contaminantes aéreos internos incluem:

 Isolamento da fonte (com pressão negativa);


 Exaustão local;
 Ventilação geral diluidora;
 Filtragem.

O sistema de condicionamento de ar passa a ter um papel fundamental no controle dos


contaminantes aéreos, uma vez que é o responsável pela ventilação dos recintos, além do
tratamento do ar. Este tratamento envolve processos como filtragem, resfriamento e
desumidificação, que devem ser correctamente dimensionados para contribuir na remoção de
particulados e na inibição da proliferação de microorganismos. Tal sistema, se não for
correctamente mantido e operado, pode vir a se tornar uma fonte de amplificação de
contaminantes. (ASHRAE, 2001d).

4.5. Principais poluentes presentes em ambientes internos, suas fontes e seus efeitos adversos
a saúde humana
Os poluentes presentes no ambiente interior são trazidos pelo ar exterior de ventilação e
originados no recinto ou no próprio sistema de condicionamento de ar.

4.5.1. Monóxido de carbono (CO)

O monóxido de carbono (CO) é um gás tóxico, incolor e inodoro. É um produto da combustão


incompleta de substâncias que contém carbono, ou seja, forma-se na combustão de carbono com
uma quantidade limitada de ar.

As principais fontes de CO são: queima de combustível fóssil, aquecedores a gás ou querosene,


fogão, fumaça de cigarro. Em áreas urbanas, do total do monóxido de carbono emitido para a
atmosfera, mais de 90% pode ser de origem veícular (EPA, 2008). Mesmo sendo gerados em

8
maior quantidade em ambientes externos, esses poluentes estão presentes em ambientes internos,
devido à entrada por sistemas de condicionamento de ar.

O CO é tóxico porque forma um complexo com a hemoglobina do sangue, carboxihemoglobina,


que é mais estável que a oxihemoglobina, impedindo, assim, a hemoglobina das hemácias de
transportar oxigênio pelo corpo. A deficiência de oxigênio leva à inconsciência e posteriormente
à morte.

4.5.2. Dióxido de Carbono

O dióxido de carbono (CO2 ) é um gás incolor, inodoro e não é inflamável, é produzido por um
processo de combustão completo de combustíveis fósseis e também por processos metabólicos.
É um asfixiante e, também, pode actuar como irritante no sistema respiratório. A exposição a
concentrações extremamente altas, acima de 30.000 ppm, causa danos significantes à saúde
humana. (QUADROS et al, 2008).

Do ponto de vista biológico, o dióxido de carbono é importante na fotossíntese, processo pelo


qual as plantas verdes sintetizam glicose a partir de CO2. Toda a vida, seja animal ou vegetal,
depende desse processo.

6CO2 + 6H2 O luz solar C6 H12 O6 + 6O2

A reação inversa ocorre durante o processo da respiração, pelo qual os animais produzem energia.

C6 H12 O6 + 6 CO2 6 CO2 + 6 H2 O + energia

A concentração interna do CO2 depende dos seus níveis externos e da sua taxa de produção dentro
do ambiente (CARMO & PRADO, 1999).

De acordo com Trenberth et al (2007), a concentração global de dióxido de carbono na atmosfera


aumentou de 280 ppmv (partes por milhão em volume) para 379 ppmv. Houve um aumento médio
de 1,4 ppmv de 1960 a 2005, sendo que a faixa natural dos últimos 650.000 anos é de 180 a 300
ppmv. Sua concentração continua aumentando 0,5% por ano, o que é preocupante uma vez que o
gás carbônico contribui activamente para aumentar o efeito estufa (MOUVIER, 1997).

4.5.3. Óxidos de nitrogênio (NOX)

Segundo a EPA, óxidos de nitrogênio, ou NOX, é um termo genérico para um grupo de gases
altamente reactivo, todos eles contêm nitrogênio e oxigênio em quantidades variáveis. Muitos
óxidos de nitrogênio são incolores e inodoros. São formados quando o combustível é queimado a
altas temperaturas.

9
As fontes primárias de NOX são os motores dos veículos, utilidades eléctricas, e fontes
industriais, comerciais ou residenciais que queimam combustíveis.

O óxido nítrico (NO) é um gás venenoso, incolor e inodor, produzido em combustões a alta
temperatura. O NO reage rapidamente com o oxigênio do ar, produzindo o dióxido de nitrogênio
(NO2 ), gás muito tóxico, castanho avermelhado e com um cheiro forte. Ele é um dos principais
componentes externos da poluição do ar, absorvendo a luz do sol e formando uma névoa marrom-
amarelada que às vezes pode ser observada acima das grandes cidades.

Segundo Mouvier (1997), quanto mais a combustão se dá de forma regular, mais a temperatura
se eleva e mais óxidos de nitrogênio se formam. Acontece o mesmo quando um motor de
automóvel funciona numa rotação mais elevada. Além disso, a decomposição parcial dos nitratos
do solo, ou os relâmpagos das tempestades que provocam uma descarga eléctrica no ar, também
contribuem para a formação de óxidos de nitrogênio. A conversão do NO em NO2 é muito rápida,
por isso que se avalia o conteúdo da atmosfera em óxidos de nitrogênio (NOx):

NOx = NO + NO2 .

De acordo com Carmo & Prado (1999), o dióxido de nitrogênio é altamente reatcivo, ele pode
interagir com as superfícies internas e com o mobiliário. O tráfego de veículos é sua principal
fonte. Entretanto, fontes internas que queimem combustíveis orgânicos, tais como, fogões a gás
e aquecedores de ambiente, além de fumaça de cigarro também são relevantes.

Os problemas associados aos óxidos de nitrogênio não estão limitados às áreas onde são emitidos,
uma vez que podem ser transportados a longas distâncias (EPA, 2008). A seguir são apresentados
os principais impactos do NOX no ambiente e na saúde:

 É um dos principais compostos envolvidos na formação do nível de ozônio no solo


(Smog), que pode dar início a problemas respiratórios sérios;
 Contribuem para a formação da chuva ácida que deteriora carros, edifícios, monumentos
históricos e faz com que rios e lagos tornem-se acidificados e impróprios para muitos
peixes;
 Contribuem com a sobrecarga de nutrientes que deteriora a qualidade da água;
 Reagem formando substâncias químicas tóxicas;
 São parcialmente responsáveis pelas partículas atmosféricas que causam danos na
visibilidade de parques, por exemplo;
 Contribuem para o aquecimento global;
 Reagem formando partículas de nitrato, aerossóis ácidos, como o NO2, que também
podem causar problemas respiratórios e morte prematura.

10
4.5.4. Dióxido de enxofre (SO2)

O dióxido de enxofre é um gás incolor com um cheiro asfixiante característico. É um dos produtos
da combustão de combustíveis fósseis, tais como carvão e óleo, sendo usado e liberado na
atmosfera em muitos processos industriais, sendo produzido também sempre que algum composto
contendo enxofre é queimado. Portanto, são diversas as fontes de contaminação. (CARMO &
PRADO, 1999).

O dióxido de enxofre prejudica a saúde humana. É altamente solúvel em água e, por isso, é
rapidamente absorvido pelo muco nas membranas do sistema respiratório, além de ser muito
prejudicial aos olhos. Em contacto com a água forma-se ácido sulfúrico (H2 SO4 ) e ácido sulfuroso
(H2SO3). Durante a respiração normal ele é absorvido primeiramente pelos tecidos nasais e
durante a respiração oral, grandes quantidades de SO2 podem atingir o trato respiratório inferior
(CARMO & PRADO, 1999).

Impactos do SO2 no ambiente e na saúde:

 Contribui para doenças respiratórias, particularmente em crianças e em idosos, e agrava


doenças do coração e do pulmão;
 Contribui para a formação da chuva ácida, formada quando o dióxido de enxofre reage
com a umidade da atmosfera produzindo ácido sulfúrico, agente corrosivo que danifica
árvores, prédios e monumentos históricos, estátuas que ficam expostas ao ar livre, e faz
com que os solos, os lagos e os rios fiquem ácidos;
 Contribui para a formação de partículas atmosféricas que causa danos visíveis em parques
nacionais.

4.5.5. Amônia (NH3)

A amônia é um gás incolor de odor característico e sufocante, não é inflamável, mas é tóxico e
corrosivo, dissolve-se facilmente em água liberando calor. Pode ser facilmente condensado em
um líquido mediante frio e pressão e, por isso, era muito utilizada com gás de refrigeração. É
muito comum em banheiros, por ser o principal gás liberado pela urina (CARMO & PRADO,
1999).

4.5.6. Compostos orgânicos voláteis (COVs)

Composto Orgânico Volátil é, por definição, uma substância cuja pressão de vapor a 20°C é
inferior à pressão atmosférica normal (1,013x105 Pa) e maior do que 130 Pa. É uma classe de
contaminantes com características bem diferentes dos outros poluentes atmosféricos. Sua análise

11
é feita vulgarmente por cromatografia gasosa com detecção por ionização em chama ou
espectrometria de massa. (ALVES et al, 2006).

De acordo com a EPA (2008), os COVs acarretam diversos efeitos na saúde, tais como: irritação
nos olhos, no nariz e na garganta; dores de cabeça, perda de coordenação, náusea; danos no fígado,
rim e sistema nervoso central. Alguns compostos podem causar câncer em animais; alguns são
suspeitos ou conhecidos por causar câncer em humanos.

4.5.7. Formaldeído (HCOH)

Formaldeído ou metanal é um composto químico que pertence ao conjunto de substâncias


conhecidas como aldeídos, que se caracterizam pela presença do grupo funcional-CHO, aldoxila
ou formila, na molécula.

O formaldeído é um dos compostos orgânicos voláteis de maior importância, por isso está
separado dos demais COVs. É um dos poluentes da qualidade interna do ar que pode ser medido
facilmente. (CARMO & PRADO, 1999).

4.5.8. Materiais particulados

A matéria particulada é a forma mais visível de poluição do ar, dentre os inúmeros poluentes
encontrados no interior dos ambientes.

Material particulado é o termo utilizado para designar uma mistura física e química de partículas
sólidas e gotas de líquidos presentes em suspensão no ar. Pode ser de origem natural, como por
exemplo: pólens, poeiras e vulcões, ou artificial, como: motores de veículos, caldeiras industriais,
fumaça do cigarro.

Efeitos adversos à saúde podem ser previstos baseados no conhecimento da composição da


matéria particulada presente no ambiente fechado, que é bastante variada, constituindo-se de
esporos de mofo, fibras sintéticas, amianto, restos de insectos e comida, pólen, aerossóis de
produtos de consumo, como por exemplo, desodorante, fixador de cabelos.

4.5.9. Asbesto

Asbesto é um termo que descreve seis ocorrências naturais de minerais encontrados naturalmente
no meio ambiente.

As mais perigosas fibras de asbesto são muito pequenas para serem vistas a olho nu, podendo
permanecer no ar por muito tempo, e quando inaladas podem se acumular nos pulmões. Os
sintomas provocados pelo asbesto não são sentidos de imediato, somente após muitos anos depois
da primeira exposição. Pode causar câncer de pulmão e asbestose, sendo que os fumantes estão

12
entre os de maior risco de desenvolver asbestos ocasionando em câncer de pulmão. Pessoas que
tem asbestose foram expostas a níveis altíssimos de asbestos durante bastante tempo. (EPA,
2008).

4.5.10. Radônio (Rn)

Radônio é um gás incolor, sem cheiro e radioactivo, produzido pelo decaimento radioactivo de
minerais de rádio e tório. Ele está presente nos solos, águas freáticas, e em inúmeros materiais de
construção, tais como: concreto, pedras e tijolos.

Os mecanismos de penetração em locais fechados variam muito. O radônio que se origina no solo
pode entrar nesses lugares através de fissuras e rachaduras localizadas no alicerce do prédio,
paredes e lajes. Materiais de construção de origem natural, tais como tijolo de argila, mármore e
arenito, variam bastante em concentração de radônio, e o seu nível em ambientes fechados pode
aumentar consideravelmente pela emissão a partir desses materiais (BRICKUS & NETO, 1999).
Entretanto, materiais de construção raramente provocam problemas de radônio por si só.
(CARMO & PRADO, 1999).

13
5. Conclusão

Com este trabalho de pesquisa pretendia-se, enquanto objectivo principal, falar sobre os sistemas
de ventilação e condicionamento do ar.

Pudemos em notas conclusivas aflorar que efectivamente, o tempo que as populações despendem
no interior dos edifícios é muito significativo, nomeadamente em ambientes interiores especiais
como as instituições e habitações. Para além dos efeitos na população em geral, a poluição do ar
interior, afecta grupos que são particularmente vulneráveis, devido ao estado de saúde e/ou idade.

Existem muitos compostos potencialmente perigosos libertados no interior dos edifícios devido,
às emissões provenientes dos materiais de construção, produtos e equipamentos de limpeza,
combustões, produtos de consumo, etc. Também a poluição de origem microbiana proveniente
de centenas de espécies de bactérias, fungos e bolores crescendo nos interiores, não pode de forma
alguma ser minimizada. Daí, a importância de se ter um sistema de condicionamento do ar interior
eficiente de modo a minimizar os impactos dos poluentes no ambiente interno.

14
6. Bibliografia

ABRAVA. “Termômetro para a saúde do ambiente.”, Revista Abrava, Edição nº.288, pp. 22-26,
Fevereiro 2011.

ALVES, C.; PIO, C.; GOMES, P. Determinação de hidrocarbonetos voláteis e semi-voláteis

na atmosfera. Química Nova, v. 29, n. 3, p. 477-488, 2006.

ASHRAE.“Air Cleaners for Particulate Contaminants”. In: Handbook of Systems and Equipment,
Chapter 24, Atlanta, American Society of Heating, Refrigeration and Air-Conditioning
Engineers, Inc. , 2000.

ASHRAE. Thermal environmental conditions for human occupancy. Standard 55-1992.

BURROUGHS, H, E; HANSEN, S. JManaging Indoor Air Quality, Lilburn, Fairmont Press; 4 th


edition. . 2008.

CARMO, A. T; PRADO, R. T. A. Qualidade do ar interno. Texto técnico. Escola Politécnica da


USP, Departamento de Engenharia de Construção Civil, São Paulo, 1999.

EPA (ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY). How nitrogen oxides affect the way we
live and breathe. Disponível em: <http://www.epa.gov/air/urbanair/nox/noxfldr.pdf>. 2008.

EPA (ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY). Automobiles and Carbon Monoxide.


Disponível em: <http://www.epa.gov/otaq/consumer/03-co.pdf>

GRAUDENZ, G. S.; DANTAS, E. “Poluição dos Ambientes Interiores: Doenças e Sintomas


Parte I”, Cimatização & Refrigeração, Edição nº.95, pp. 32-39,Julho 2008.

HESS-KOSA, K. Indoor Air Quality: Sampling Methodologies, Boca Raton, CRC Press, 2002.

HIGGINS, L.T.T. “What is an adverse health effect?”, APCA Journal, 33, 1983.

MOUVIER, G. A Poluição Atmosférica. Série Domínio, Ed. Ática, São Paulo, 1997.

QUADROS, M. E.; MOREIRA, I. M.; CAMPOS, P. B.; SCHIRMER, W.N.; LISBOA, H.M.
Qualidade do ar interno em veículos automotivos e ônibus de transporte público em termos da
concentração de dióxido de carbono. Anais do XIII SILUBESA – Simpósio Luso-Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental, Brasil, 2008.

REINMUTH, F. Climatisation & Conditionnement d’air modernes par l’exemple, Éditions PYC
Livres, Paris,1999.

15
16

Potrebbero piacerti anche