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Matemática e Sociedade

Adonai Sant'Anna

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terça-feira, 28 de agosto de 2012


Estudo Crítico de Cálculo

Existem muitos livros de cálculo diferencial e integral no mundo. Muitos! Até no Brasil
há inúmeros títulos fora de catálogo e muito mais sendo impressos. Eu mesmo já
traduzi para o português vários volumes publicados pela Bookman, todos da Coleção
Schaum. Mas ainda existe uma absurda lacuna nessa literatura voltada principalmente
para alunos de graduação em ciências exatas e tecnológicas. É claro que alunos de
economia e ciências biológicas também consomem livros de cálculo. Mas as
deficiências de formação nessas áreas são muito piores. Prefiro não explorar este
problema, por enquanto.

Como o tema do ensino de cálculo é extraordinariamente extenso, sou obrigado a


focar em uns poucos pontos desta fundamental disciplina. Meu objetivo aqui é
apontar para algumas das preocupantes lacunas de formação que percebo tanto na
literatura especializada disponível em língua portuguesa quanto na prática da sala de
aula. 

É bem sabido que os índices de reprovação em disciplinas de cálculo são


extremamente elevados, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Mas o curioso é
que mesmo entre os poucos aprovados, praticamente nenhum deles é capaz de dizer o
que é, afinal, cálculo diferencial e integral. E isso se deve à absoluta falta da prática do
senso crítico no estudo de matemática em geral. 

Em uma primeira abordagem informal, poderíamos dizer que cálculo diferencial e


integral é o mais usual conjunto de ferramentas matemáticas que permite descrever
formalmente o conceito intuitivo de movimento. Já do ponto de vista histórico o
cálculo, como praticamente toda disciplina da matemática, foi muito além.  Sabemos
que o conceito de derivada pode ser interpretado fisicamente como uma taxa de
variação (de posição, massa, velocidade e outros conceitos físicos) em relação ao
tempo. Mas também pode ser associada a um gradiente, ou seja, uma variação de
alguma quantia física em relação ao espaço. Mas e do ponto de vista matemático? O
que é, afinal de contas, o cálculo?

Qualquer tentativa séria de definir matematicamente esta disciplina está fadada ao


fracasso. Isso porque existem muitas formulações para o cálculo que não são
equivalentes entre si. 

Usualmente se leciona cálculo em nossas graduações seguindo-se uma ementa bem


conhecida: conjuntos, funções, limites, derivadas, integrais de Riemann e equações
diferenciais. No entanto, existem outras formas de se fazer cálculo. Um exemplo bem
conhecido é a análise não standard, na qual derivadas e integrais não são definidas a
partir de limites, mas a partir de operações sobre infinitésimos. Além disso, as
integrais de Riemann não constituem de forma alguma qualquer palavra final sobre o
conceito de integral. Aqueles que estudaram teoria da medida bem sabem que certas
funções não integráveis por Riemann são integráveis por Lebesgue. Para aqueles que
estudam matemática fuzzy, sabe-se que podem existir funções constantes não
contínuas. E, para piorar a situação, existe uma variedade virtualmente infinita de
teorias de conjuntos, tanto formais quanto intuitivas. Portanto, para cada teoria de
conjuntos que se adota, desenvolve-se um cálculo diferencial e integral em particular.
Logo, não existe o cálculo diferencial e integral como disciplina matemática. O que
existe é apenas a intenção de se descrever formalmente uma visão intuitiva de
dinâmica. O objetivo de se desenvolver linguagens formais para descrever conceitos
como os de taxa de variação ou gradiente é viabilizar um caráter epistemológico claro
para as ciências reais, com especial ênfase para a física e as engenharias. 

Ou seja, um estudo crítico sobre cálculo deveria alertar os alunos sobre estes fatos. 

Feito isso, concentremo-nos agora no estudo usual de cálculo. Deixarei de lado, por
enquanto, a equivocada visão usual sobre conjuntos e funções, os conceitos básicos
para o estudo padrão de cálculo. Normalmente professores e alunos são
completamente ignorantes sobre os conceitos usuais de conjuntos e funções.
Consequentemente não sabem o que são números reais e complexos. Portanto, serei
obrigado a fazer de conta que tais assuntos podem ser ignorados (no que se refere
aos seus fundamentos) até um certo ponto de tolerância. Isso porque toda graduação
está presa a um calendário que deve estar em sintonia com as realidades do mercado
de trabalho. Mas, ainda assim, vejamos a definição usual de limite de uma função real
(função cujas imagens são números reais). 

Costuma-se dizer que o limite de uma função real f(x), com x tendendo a a, é igual ao
número real L se, e somente se, para todo épsilon positivo existe pelo menos um delta
positivo tal que para todo x pertencente ao intervalo aberto (a - delta, a + delta) (exceto
possivelmente o próprio a) temos que f(x) pertence ao intervalo aberto (L - épsilon, L +
épsilon). 

Esta definição foi uma das grandes conquistas da matemática, principalmente por
permitir extensões que envolvem o conceito de infinito. No entanto, é desanimador
perceber que pouco se compreende a respeito de tal conceito. Tanto é verdade que até
hoje se ouve e se lê o patético discurso de que 5 dividido por infinito é zero.

Sabe-se, por exemplo, que o limite necessariamente é único, quando existe. Este é o
célebre teorema da unicidade do limite, cuja demonstração é relativamente simples.
Um estudo crítico sobre limites deveria levar em conta possíveis alterações na
definição de limite e a posterior análise de suas repercussões, algo que não vejo
discutido em livro algum de cálculo aqui no Brasil. Digamos que alguém tentasse
apresentar definições alternativas para limites de funções reais. Quais seriam as
consequências disso?

Cito dois exemplos: 

Definição Alternativa 1: o limite de uma função real f(x), com x tendendo a a, é igual ao
número real L se, e somente se, existe épsilon positivo e existe delta positivo tal que
para todo x pertencente ao intervalo aberto (a - delta, a + delta) (exceto possivelmente
o próprio a) temos que f(x) pertence ao intervalo aberto (L - épsilon, L + épsilon).

Neste caso é possível demonstrar que a unicidade de limite não é teorema. 

Definição Alternativa 2: o limite de uma função real f(x), com x tendendo a a, é igual ao
número real L se, e somente se, para todo épsilon positivo e para todo delta positivo
temos que para todo x pertencente ao intervalo aberto (a - delta, a + delta) (exceto
possivelmente o próprio a) necessariamente f(x) pertence ao intervalo aberto (L -
épsilon, L + épsilon). 

Neste caso a unicidade do limite ainda é teorema. Porém apenas funções constantes
admitiriam limites. 

Eu poderia apresentar aqui centenas de definições alternativas para limites, todas não
equivalentes entre si. Portanto, para cada definição alternativa de limite existe um
cálculo diferencial e integral totalmente diferente do usual. Isso porque normalmente
se definem derivadas e integrais como casos particulares de limites. E derivadas e
integrais são fundamentais para desenvolver equações diferenciais, aquelas
ferramentas empregadas para descrever a dinâmica do mundo físico. Então a pergunta
natural é a seguinte: por que se adota especificamente a primeira definição
apresentada acima? A resposta novamente repousa sobre a intuição.

Os matemáticos já tinham uma visão intuitiva sobre limites. O que se encontrou na


definição acima foi uma descrição formal que resgata a intuição do matemático,
levando em conta os objetivos que se desejavam alcançar. 

O curioso é que este resgate formal da visão intuitiva apresenta resultados posteriores
que desafiam a intuição. Qualquer bom aluno que tenha estudado um semestre de
cálculo sabe da existência de funções que descrevem regiões de comprimento infinito
e área infinita as quais, após uma rotação em torno de um eixo, assumem volume
finito. Isso significa que o resgate da visão intuiva em uma linguagem formal
apresenta características perturbadoras. Por isso mesmo existe uma constante
batalha em busca por novas formulações que atendam a novas visões intuitivas.

Trocando em miúdos, qualquer estudo crítico de cálculo demanda um profundo


compromisso com a intuição. E intuição é um lado do intelecto que ainda se encontra
insondável pela razão. 

Não se estuda seriamente cálculo apenas com procedimentos mecanizados que


podem ser repetidos por máquinas. O estudo sério de cálculo exige humanidade.
Somos, por natureza, mais do que máquinas triviais. 

Para quem quiser estudar seriamente cálculo, aqui vai uma última advertência: do
ponto de vista das teorias usuais de definição, nenhuma das fórmulas discutidas
acima é, de fato, uma definição para limites. Consegue descobrir o por quê?
_________

Mais discussões sobre cálculo podem ser encontradas aqui.

Adonai às 00:47

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21 comentários:

Renato Brodzinski 28 de agosto de 2012 02:03


Oi Adonai,

A lacuna nesta literatura é a falta de compromisso com a intuição?


Se sim, tem alguma sugestão de como consertar?

Sobre a pergunta ao final do texto, imagino que não seja definição para limites porque, no caso em
que dizemos que "o limite não existe", aquela frase de fato não está "definindo" algo.

Só mais uma coisa:


Poderia dizer quais são os exemplos, ou indicar onde encontrá-los, da "existência de funções que
descrevem regiões de comprimento infinito e área infinita as quais, após uma rotação em torno de
um eixo, assumem volume finito"?
Responder
Adonai 28 de agosto de 2012 23:24
Grande Renato

Não se trata apenas de intuição, mas principalmente da falta de qualificação de discurso. É muito
perigoso empregar artigo definido em matemática: O cálculo, A álgebra linear, O espaço vetorial etc.

Para remediar a situação, honestamente, não vejo mais como.

Com relação às supostas definições de limite na literatura, prefiro deixar isso como um problema
para você pensar a respeito ao longo dos anos. Por isso recomendo o estudo das teorias de
definição, especialmente as de Tarski e de Lesniewski.

Com relação ao exemplo pedido, aqui vai. Considere a função real f cujo domínio é o conjunto dos
números reais maiores do que zero e tal que f(x) = 1/x. O comprimento da curva gerada pelo gráfico a
partir de 1 é infinito. A integral da mesma função, de 1 a infinito (área), também é infinita. Mas o
volume do sólido de revolução obtido pelo giro da curva de 1 a infinito em torno do eixo x é pi (finito!).
O legal é que mesmo um estudante brilhante como você não sabia disso. Sempre (sempre!) existem
mistérios ocultos mesmo nos mais básicos níveis do conhecimento. Divertido, não é?
Responder

Renato Brodzinski 29 de agosto de 2012 00:32


Fascinante!

Eu adoraria ter visto este exemplo no primeiro curso de cálculo. Todo professor deveria ter uma lista
de exemplos como este, que ultrapassa a mera ferramenta didática.

Obrigado pelas respostas.


Responder

Anônimo 31 de agosto de 2012 13:36


Olá professor. O sr. diz que "Um estudo crítico sobre limites deveria levar em conta possíveis
alterações na definição de limite e a posterior análise de suas repercussões". Creio que isso
realmente seria muito enriquecedor. Apenas para dar um exemplo de como as coisas são trágicas,
cito que os cursos de cálculo de algumas universidades sequer enunciam "a" definição formal usual
(e também ñ avaliam se o aluno a compreendeu). O aluno interessado, tem que se virar sozinho se
quiser tentar compreendê-la. Fazer modificações nela e analisar as consequências está, portanto,
muito além dos sonhos. Pq acontece isso? Creio que por vários possíveis motivos: talvez falta de
tempo, talvez o professor também não saiba, talvez o aluno não saiba o que é um intervalo aberto
e/ou o que significa valor absoluto. Daí tudo fica mais fácil decorando regras.
AAnooniimoo
Responder

Anônimo 31 de agosto de 2012 14:01


"nenhuma das fórmulas discutidas acima é, de fato, uma definição para limites. Consegue descobrir
o por quê?".
Embora eu não saiba dizer muito bem o que ela significa, pelo que já li no seu blog creio que tem a
ver com a eliminabilidade (vc já afirmou isso com relação ao limite de uma sequência). Parece-me,
então, que é o mesmo problema da definição de seno.

Fazendo um resumo de
http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2012/01/por-que-e-dificil-compreender.html#uds-search-
results
e de
http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2009/11/muitos-livros-e-apostilas-de-matematica.html dia
17/01
Eu diria que "definições em matemática estabelecem algum tipo de relação de equivalência entre um
definiendum (o termo a ser definido) e um definiens (fórmula que efetivamente define o
definiendum)". Pelo que entendi, uma definição desta forma sempre deve ser eliminável o que
significa que "sempre deve ser possível substituir o definiendum pelo definiens". Na definição de
limite, o definiendum é "o limite de uma função real f(x), com x tendendo a a, é igual ao número real L",
e o definiens é 'para todo épsilon positivo existe pelo menos um delta positivo tal que para todo x
pertencente ao intervalo aberto (a - delta, a + delta) (exceto possivelmente o próprio a) temos que
f(x) pertence ao intervalo aberto (L - épsilon, L + épsilon)". Não sei explicar o motivo, mas esta
definição violaria a eliminabilidade.
AAnooniimoo
Responder

Respostas

Adonai 1 de setembro de 2012 00:46


AAnooniimoo

Você está no caminho certo. Não dou mais detalhes porque o tema é realmente extenso e
delicado. Mas continue a partir daí.

Responder

Anônimo 31 de agosto de 2012 14:08


Você acha que a iniciativa da SBM de querer publicar livros de cálculo com "enfoques específicos
visando a formação de profissionais em áreas preferenciais, tais como Engenharias/Tecnologia,
Ciências
Exatas, Ciências da Vida, Ciências Sociais e Humanas ou Licenciatura em Matemática" vai suprir um
pouco destas deficiências apontadas no seu texto? (http://www.sbm.org.br/detalhe.asp?
cd_noticia=600&tipo=D)
O sr. já pensou eu escrever um livro de cálculo?
AAnooniimoo

Responder

Respostas

Adonai 1 de setembro de 2012 00:44


AAnooniimoo

No que se refere a publicações de livros, a SBM tem feito um ótimo trabalho. E literatura
específica para essas áreas do conhecimento é fundamental para a nação. O Brasil está
precisando urgentemente de engenheiros. O problema é que a macacada daqui só percebe
engenharia civil como engenharia. Mas a demanda pelas demais engenharias é
avassaladora.

Sim, já pensei em escrever um livro de cálculo. Mas este plano não está entre as minhas
prioridades dos últimos anos.

Responder

Ítalo 6 de abril de 2014 20:11


Prof., sempre quis saber o porquê da definição de limite ser assim. Sendo sincero, nunca gostei dela
como é, mas também nunca me atrevi a tentar modificá-la e ver quais suas consequências (boas ou
ruins).
Dia desses perguntei ao meu prof. de Cálculo B porque a integral tem de ser definida por um limite de
soma infinita de retângulos e não de trapézios, triângulo etc., já que, tendendo a zero, todos devem
dar o mesmo valor final. Ao ouvir trapézios, meu prof. já foi logo dizendo que eu estava falando sobre
Cálculo Numérico; mas, ao terminar minha pergunta, ele disse que não sabia o porquê, mas que é
assim.
Enfim, sempre tive dúvidas em relação as coisas mais básicas da matemática; e essas dúvidas
acabam atrapalhando meu estudo. Foi uma luz no fim do túnel saber que não sou o único atualmente
que pensa assim. Pode parecer prepotência, mas eu já estava começando a acreditar nisso.
Gostei bastante de seu texto. Abraços, prof!
Responder

Respostas

Adonai 8 de abril de 2014 06:06


Ítalo

Sobre a definição de limite publico hoje ainda uma postagem detalhada. Com relação à
integral de Riemann, certamente podemos usar trapézios no lugar de retângulos. O
resultado final será exatamente o mesmo. No entanto, existem operadores de integração
muito mais interessantes. Recomendo que você estude sobre integração de Lebesgue e
teoria da medida. Certamente ficará encantado com a beleza, a praticidade e o poder de
fogo deste conceito de integração. Não sei por que nossas universidades ainda insistem
em integração de Riemann.

Responder

Anônimo 14 de fevereiro de 2015 23:20


Olá Professor,
Não sei ao certo se minha dúvida cabe neste fórum, mas de qualquer forma irei arriscar.
No seu entendimento, ou opinião, qual é a origem do cáculo? Pergunto pois, apesar ter lido alguns
trabalhos sobre o tema, vejo uma certa tendenciosidade quanto a veracidade da sua origem.
Minha desconfiança se deve sobretudo a critica que possuo em relação ao método científico e a um
discurso que escutei de um professor, o qual me afirmou que a compreensão de todo fenômeno
físico se faz praticamente ( a não ser por falta da comprovação de alguns axiomas ), através do
método analítico.

Isso é real Professor?


Responder

Respostas

Adonai 16 de fevereiro de 2015 15:50


Anônimo

Afirmações da forma "sempre é assim" ou "sempre foi assim" despertam desconfiança


naturalmente. Se por método analítico seu professor entende o emprego de cálculo
diferencial e integral ou métodos de física-matemática em geral, ele está errado. Isso
porque existem inconsistências no chamado método científico. Recomendo a excelente
obra O Irracional, de Gilles-Gaston Granger.

Com relação às origens históricas do cálculo, o objetivo era desenvolver ferramentas


matemáticas para que fosse possível descrever principalmente a dinâmica de certos
fenômenos físicos. Cálculo é uma linguagem que permite falar de movimento.

Anônimo 26 de fevereiro de 2015 01:37


Obrigada Professor por sua atenção e pela referência a obra O Irracional, de Gilles-Gaston
Granger.

(Off ) Adorei seu Blog.

Responder

Lucas Rehbein 21 de junho de 2015 20:15


Professor,

Seria possível o senhor indicar livros para um primeiro estudo (autodidata) sobre integração de
Lebesgue e teoria da medida ? Tenho feito leituras de artigos em periódicos internacionais e percebi
que esses conceitos são muito utilizados. Meu interesse é entender uma prova do conceito de
passividade de redes elétricas lineares e invariantes no tempo. Como já apontado pelo senhor, só tive
exposição formal a integral de Riemann durante minha graduação. Lamentável, pois hoje pago o
preço ao não conseguir acompanhar as provas.
Agradeceria muito sua ajuda!
Responder

Respostas
Adonai 22 de junho de 2015 02:49
Lucas

O livro de Bartle é um clássico.

http://www.amazon.com/The-Elements-Integration-Lebesgue-Measure/dp/0471042226

Outra opção também interessante é o livro de Chaim Hönig.

http://www.impa.br/opencms/pt/biblioteca/cbm/11CBM/11_CBM_77_05.pdf

Responder

Lucas Rehbein 22 de junho de 2015 09:09


Professor,

Primeiramente, obrigado pelas indicações. Se possível, gostaria de lhe perguntar o seguinte ponto: é
necessário compreender primeiro Teoria da Medida para então estudar Análise Funcional? Ou não há
vantagem alguma em termos de melhor entendimento? Pergunto pois vi (ao folhear o livro apenas)
algumas menções a Integral de Lebesgue no livro de Erwin Kreyszig (também indicado pelo senhor).
Responder

Respostas

Adonai 22 de junho de 2015 14:03


Lucas

Depende de seus propósitos. Usualmente, para iniciar estudos em análise funcional, basta
uma boa base de análise na reta e álgebra linear (espaços vetoriais de dimensão finita). No
entanto, há cursos que combinam análise funcional com teoria da medida. Como não
conheço sua área de interesse (redes elétricas) não sei dizer qual é a melhor abordagem.

Dá uma olhada neste texto:

http://www.amazon.com/Measure-Theory-Functional-Analysis-Weaver/dp/981450856X

Lucas Rehbein 27 de junho de 2015 20:40


Professor,

Aproveitando a deixa, e o que seria uma base para iniciar estudos de Teoria de
Distribuições?

Adonai 27 de junho de 2015 20:54


Lucas
Este artigo, bem como as referências.

http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v22_114.pdf

Responder

Anônimo 27 de julho de 2015 18:12


Resumidamente (vamos ver se entendi) o limite é quando podemos aproximar f(x) tanto quanto
quisermos de a?

Responder

Respostas

Adonai 27 de julho de 2015 19:48


Anônimo

O limite de uma função real, quando existe, é um número real L tal que para qualquer
intervalo aberto contendo L sempre é possível encontrar um intervalo aberto contendo a de
modo que todos os elementos deste último intervalo (exceto o próprio a) têm imagem
(pela função) pertencente ao intervalo contendo L. Intuitivamente falando, quanto mais x
se aproxima de a, mais f(x) se aproxima de L.

Responder

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Quem sou eu
Adonai
Professor Associado do Departamento de Matemática da UFPR. Autor de dois livros sobre
lógica publicados no Brasil, e de dezenas de artigos publicados em periódicos especializados de
matemática, física e filosofia, no Brasil e no exterior. Atualmente está trabalhando em dois projetos
cinematográficos, sendo que um deles visa uma crítica inédita às universidades federais brasileiras. Para mais
detalhes ver a página "Sobre o autor do blog".
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