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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

Relatório da Prova de Aptidão Profissional

Escola Básica 2,3/Secundária de Mação


Curso Profissional Técnico de Turismo
Mariana Rosa nº9
Professor Acompanhante: Ana Lúcia Pina
12 de junho de 2019, Auditório da escola

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

Agradecimentos

Quero, em primeiro lugar, agradecer ao Sr. Diretor José António Almeida,


por todo o apoio que demonstrou ao longo do curso e da realização do projeto.
Agradeço também à diretora de curso, Ana Lúcia Pina, que foi incansável
nesta longa jornada, por todo o apoio, dedicação e ajuda, que foi fundamental
para a conclusão do curso e para a realização deste projeto.
Não posso esquecer de agradecer à diretora de turma, Isabel André, pois
também foi fundamental a sua ajuda, bem como todos os outros professores que
sempre acompanharam o processo.
Por conseguinte, tenho também de agradecer à minha família, toda a
dedicação e apoio que me deram.
Tenho também de agradecer aos meus colegas.

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Identificação

Nome: Mariana Isabel Jesus Rosa


Data de nascimento: 25-10-1997
Local de nascimento: Abrantes
Número de cartão de cidadão: 157533115ZX8
Morada: Rua do Cabeço da Cruz
Código postal: 6120-781 Mação
Escola: Escola Básica 2,3 Secundária de Mação
Curso: Curso Profissional Técnico de Turismo
Ano letivo: 2018/2019
Ano: 12º
Turma: C

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Relatório de autoavaliação

Ao longo da realização deste relatório posso dizer que não senti


dificuldades, foi bastante fácil a procura de informação e o cruzamento da
mesma.
Alguma informação foi bastante útil para o enriquecimento da
minha cultura, por exemplo não sabia o quanto era importante o turismo para
Portugal ou como a história de Mação a qual também desconhecia.

Parâmetros 1 2 3 4 5

Fundamentação do
projeto

Interesse

Conteúdo

Empenho

Responsabilidade e
autonomia

Domínio de
conhecimentos
profissionais

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Índice

Índice de imagens----------------------------------------------------------------------------6
Introdução-------------------------------------------------------------------------------------7
Fundamentação do projeto-----------------------------------------------------------------8
Definição de turismo e turista-------------------------------------------------------------9
História do turismo-------------------------------------------------------------------------10
Importância do turismo para Portugal----------------------------------------------11/12
Combate à desertificação através do turismo------------------------------------------13
Estratégia – Turismo 2027-------------------------------------------------------------14/15
Onde Portugal estará nos próximos 10 anos?-------------------------------------------16
Enquadramento geográfico----------------------------------------------------------------17
História do concelho de Mação-----------------------------------------------------------18
Clima -----------------------------------------------------------------------------------------19
Gastronomia-----------------------------------------------------------------------------20/21
Economia de Mação------------------------------------------------------------------------22
Património-----------------------------------------------------------------------------------23
Acessibilidades------------------------------------------------------------------------------24
1º percurso: Mação/Penhascoso/Ortiga-------------------------------------------------25
2º percurso: Mação/Aboboreira/Amêndoa----------------------------------------------26
3º percurso: Mação/Envendos/Barca da Amieira/Ladeira----------------------------27
4º percurso: Mação/Carvoeiro/Cardigos------------------------------------------------28
5º percurso: À volta de Mação------------------------------------------------------------29
Conclusão------------------------------------------------------------------------------------30
Webgrafia------------------------------------------------------------------------------------31

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Índice de imagens

Fig.1 - Evolução do número de turistas residentes e estrangeiros em Portugal--12


Fig.2 – Mapa do concelho------------------------------------------------------------------17
Figura 3 – Brasão do município-----------------------------------------------------------17
Figura 4 – Informação das três estações meteorológicas-----------------------------19
Figura 5 – Logótipo da Marca Mação-----------------------------------------------------20

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Introdução

Este trabalho foi realizado como Prova de Aptidão Profissional do Curso


Profissional Técnico de Turismo, trabalho este que consiste no presente relatório
e numa apresentação para defender o próprio projeto.
A minha prova de aptidão profissional consiste num roteiro turístico pelo
concelho de Mação, este roteiro será denominado “À descoberta dos encantos de
Mação”, projeto este que concilia a natureza com a prática desportiva, tem
como objetivo dar a conhecer e divulgar o melhor que o concelho tem,
permitindo assim deslumbrar os seus visitantes com o melhor que há,
nomeadamente as paisagens naturais, a gastronomia, os costumes típicos, entre
muitos outros.
Para que estes possam investir, o que divulgará a região e o próprio
concelho, pois permite o seu crescimento, atraindo assim cada vez mais pessoas,
tanto para trabalhar, como para morar, ou simplesmente passar férias.
Ainda por mais, depois da enorme devastação que o incêndio de 2017
provocou, Mação precisa de uma nova esperança, a qual poderá passar pela
vinda de novas pessoas e a dinamização do concelho.

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Fundamentação do projeto

Tal como já referi anteriormente, “À descoberta dos encantos de Mação”


é um projeto que pretende conciliar o gosto pela natureza com a prática
desportiva.
Escolhi este projeto devido aos locais de estágio que frequentei ao longo
dos três anos, nomeadamente a Câmara Municipal de Mação e ao Alojamento
Rural “Casas do Lagar”, achei que fazia falta um programa que ocupasse os
visitantes durante a sua estada.
Este roteiro será efetuado em bicicleta, as quais estarão disponíveis em
todas as juntas de freguesia, cujo pagamento será de 0,50€ por Km, preço esse
que já inclui o seguro; a bicicleta estará equipada com GPS para prevenir
eventuais furtos das mesmas e orientação dos respetivos utilizadores.
No momento, quando se levanta a bicicleta, serão disponibilizados vários
trajetos, para que o turista possa escolher o mais adequado para si. Haverá dois
tipos de bicicleta: para crianças e para adultos.
No caso de qualquer acidente que impossibilite a utilização da bicicleta, a
deslocação e/ou regresso ficará a cargo dos serviços municipalizados.

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Definição de turismo

A palavra Turismo deriva do latim “tornus”, que significa ação de


movimento e retorno, e que dá origem a tornare, girar. No século XII, aparece no
francês a palavra tour, com significado de “circuito, movimento circular”
O conceito turismo é um conjunto de atividades realizadas pelos
indivíduos durante a sua viagem em que estadia é diferente do seu local habitual
de residência, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano.

Definição de turista

O conceito turista denomina-se a pessoa que se desloca para outras


regiões ou até mesmo países, com o objetivo de passar momentos de lazer,
conhecer outras culturas, viajar para lugares específicos que não existam na sua
área de residência, etc.
Este conceito já existe desde a antiguidade; já na Grécia antiga os
habitantes de diferentes cidades deslocavam-se para Olímpia, para participarem
ou assistirem aos jogos olímpicos.

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História do turismo

A palavra “turismo” surgiu no século XIX, no entanto, a sua atividade


prolonga-se ao longo da história. Desde a antiguidade, que as viagens fazem
parte da vida do homem, até hoje há razões que fazem o ser humano deslocar-
se. Os povos nómadas, vivem viajando de um lugar para o outro. Os gregos e os
romanos, faziam as míticas peregrinações medievais, onde adoravam as relíquias
de muitos santos. Na Idade Média as viagens eram centradas no comércio.
O turismo iniciou-se no século XVII com os primeiros sinais de crescimento
industrial, começando a afetar a vida estabelecida há séculos. O aumento da
riqueza, a ampliação da classe de comerciantes e a secularização da educação
estimularam o interesse por outras culturas e pelo conceito de viajar, que era
uma forma de educação. A revolução Industrial dá novo fôlego ao turismo e foi
de fundamental importância no desenvolvimento dessa atividade.
No século XIX, a ideia de turismo foi extremamente reforçada pelo
surgimento das linhas férreas. Mas apesar disso, os horários e as tarifas eram
muito complexos e as acomodações eram económicas eram muito limitadas o
que colocava em risco o desenvolvimento e qualidade da atividade turística.
Não se pode falar da história do turismo sem referir Thomas Cook, este foi
uma pessoa de elevada importância para o setor. Cook foi o criador da primeira
agência de viagens, foi o primeiro a usar campanhas publicitárias e de marketing
para atrair clientes, formou mão-de-obra turística especializada, criou viagens
para todas as classes sociais, surgiu também pela mão deste senhor o roteiro de
viagens, introduziu tarifas especiais no transporte, interesse dos espaços
hoteleiros na modernização e ainda criou o pacote completo de transporte e
hotel.

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Importância do turismo para Portugal

Hoje em dia falar da importância do turismo torna-se um pouco “cliché”.


Porque este contribui positivamente para a economia nacional, pelo glamour que
as principais cidades estão a criar e especialmente pela transformação ocorrida
nas unidades turísticas e de restauração.
O Turismo é uma atividade económica estratégica para o desenvolvimento
económico e social do país, designadamente para o emprego e para o
crescimento das exportações.
setor do turismo em Portugal, representa 18,6% das exportações e 13,7%
do PIB (produto interno bruto) de acordo com o consumo turístico interno.
Valores estes que tendem a crescer cada vez mais, pois com a construção
do aeroporto do Montijo, é esperado um aumento de passageiros de 55 milhões
por ano para 76 milhões, aumento esse favorecerá o setor do turismo.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, Portugal juntamente com
Espanha lideram o crescimento do setor na Europa, em que Portugal tem a
segunda maior percentagem, mas também dos países desenvolvidos da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Todo este setor representa 9,4% do total do emprego em Portugal,
atualmente esse peso deverá ser superior visto que 2017 foi um ano bastante
positivo para o turismo.
Todos estes números apresentados refletem-se com grande distinção. Em
2018 Portugal ganhou pelo segundo ano consecutivo o “World Travel Awards”, foi
considerado o melhor destino turístico do mundo. Lisboa foi reeleita como o
“Melhor Destino City Break” a nível mundial, bem como “Melhor Cidade
Destino”, em junho desse mesmo a cidade já tinha ganho o prémio de “Melhor
Cidade Destino na Europa”. Teve também distinção os Passadiços do Paiva como
“Melhor Atração Turística de Aventura do Mundo”, “Parques de Sintra - Monte da
Lua” foi eleita como a melhor empresa de conservação. A Madeira foi eleita
como o “Melhor Destino Insular do Mundo”. Já a TAP consegui três prémios o de
melhor companhia aérea do mundo a voar para a África do Sul, melhor
companhia a voar para África e o de melhor revista de bordo, atribuído à Up
Magazine. O Turismo de Portugal num todo foi considerado como o
melhor “Tourist Board” do mundo e o site “VisitPortugal” também conquistou a
distinção para a qual estava nomeado. Também alguns hotéis foram distinguidos,
nomeadamente, o Corinthia Hotel Lisbon, como “Melhor Hotel de Cidade do
mundo”; o Olissippo Lapa Palace é o “Melhor Hotel Clássico do mundo”, o The
Vine Hotel, no Funchal, foi distinguido como melhor “Design Hotel”. No Algarve,
os prémios foram para o hotel Conrad, como “Melhor Resort de Luxo e Lazer”; o
Vila Joya, em Albufeira, é o melhor “Fine Dining Hotel Restaurant”.
A par destes prémios todos, a região centro em 2014 registou 2 635 000
milhões de dormidas, valores estes que têm crescido, já em 2017 registou 3,5
milhões de dormidas.
Consoante à região do Algarve, esta contribui com uma quota de 16 mil milhões
de euros de receita externa.

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Segundo Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, o


setor apresenta uma transversalidade que outro não tem. Essa mesma
transversalidade é direta com o setor primário, do produtor ao restaurante. Do
setor secundário, relacionado com os serviços. E do setor terciário, como a
qualificação de recursos, desde transportes ou alojamentos.

Fig. 1 Evolução do número de turistas residentes e estrangeiros em Portugal

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Combate à desertificação através do turismo

Em setembro de 2018, a presidente da Associação de Alojamento Local em


Portugal, Eduardo Miranda disse “Aqui [interior] o turismo chega de forma
sustentável, silenciosa, mas com um impacto positivo, importante na economia
local e na fixação da população. No entanto, esta revolução silenciosa está
constantemente a ser abafada pelo mediatismo dos grandes centros urbanos”.
A desertificação do interior é um problema que afeta o nosso país, o
responsável do Turismo do centro garante que este setor é importante e decisivo
para travar o avanço da desertificação. Revertendo a situação, o interior através
do turismo atrai visitantes mão-de-obra qualificada e moradores a territórios de
baixa densidade. Pois se fosse mais procurado por turistas, teriam de existir
condições para os receber, nomeadamente alojamento, espaços de lazer e
diversão, entre outros. Estes serviços, iam criar novos postos de trabalho, que
por sua vez, levavam à fixação dos trabalhadores e das suas famílias,
contribuindo assim para uma economia positiva da região.
O responsável pela Entidade Regional (Vítor Costa), que agrupa cem
municípios do centro de Portugal, considera que o interior tem valores exclusivos
que asseguram o seu futuro como destino turístico de exceção, capaz de atrair
visitantes de todo o mundo.
Segundo Pedro Machado (presidente do turismo do centro) “O Interior do
país, em especial a zona Centro, é um produto turístico valioso e com muito
futuro, uma vez que está longe de esgotar o vasto leque da sua oferta.”
Como exemplo disso, foi a construção do hotel H2O em Unhais da Serra,
numa das vertentes da Serra da Estrela, este que trouxe-se uma nova vida e
animação à pequena aldeia, atraindo turistas e mão-de-obra qualificada, esta
unidade hoteleira foi um modelo de sucesso que teve um impacto positivo na
região.

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Estratégia - Turismo 2027

Esta estratégia aponta metas de natureza económica para dormidas e


receitas turísticas, com um claro foco na coesão territorial e no crescimento em
valor.
Os objetivos da ET27 passam por: proporcionar um quadro referencial
estratégico a 10 anos para o turismo nacional; assegurar estabilidade e a
assunção de compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo
nacional; promover uma integração das políticas setoriais; gerar uma contínua
articulação entre os vários agentes do Turismo; agir com sentido estratégico no
presente e no curto/médio prazo.
A estratégia será concretizada através de planos, programas e projetos, de
diversas ordens, combinando, assim, uma visão de longo alcance para o
horizonte 2027, com ação no curto prazo. Isto que se divide em cinco eixos
estratégicos, contendo, cada um deles, um conjunto de linhas de atuação.
➢ valorizar o território, permitindo o usufruto do património histórico-
cultural e preservação da sua autenticidade; a regeneração urbana; a
potenciação económica do património natural e rural, a afirmação do
turismo na economia do mar a estruturação da oferta turística para
melhor responder à procura.
➢ impulsionar a economia, que respeita à competitividade das empresas; à
simplificação, desburocratização e redução dos custos de contexto; à
atração de investimento; à qualificação da oferta; à economia circular; ao
empreendedorismo e inovação.
➢ potenciar o conhecimento, em que se inclui a valorização das profissões
do turismo; a formação de recursos humanos; a capacitação em contínuo
os empresários e gestores; a difusão de conhecimento e informação.
➢ gerar redes e conectividade, através do reforço de rotas aéreas ao longo
do ano e da mobilidade no território; da promoção do «turismo para
todos», numa ótica inclusiva; do envolvimento da sociedade no processo
de desenvolvimento turístico e de cocriação do trabalho em rede e a
promoção conjunta entre os vários setores.
➢ projetar Portugal, aumentando a notoriedade de Portugal nos mercados
internacionais enquanto destino para visitar, investir, viver e estudar e de
grandes eventos e posicionar o turismo interno como fator de
competitividade e de alavanca da economia nacional.

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Esta estratégia conta ainda com as seguintes metas:

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Onde Portugal estará nos próximos 10 anos?

Portugal, destino sustentável:


Onde o desenvolvimento turístico assenta na conservação e na valorização
do património natural e cultural identitário e contribui para a permanência e a
melhoria da qualidade de vida da comunidade local.

Portugal, território coeso:


Em que a procura turística acontece em todo o território nacional de
forma mais homogénea e contribui para a coesão social.

Portugal, destino inovador e competitivo:


Que se posiciona no topo dos rankings internacionais.

Portugal, destino em que o trabalho é valorizado:


País que investe nas pessoas, nas suas qualificações, valoriza as profissões
e atrai talentos.

Portugal, destino para visitar mas também para investir, viver e estudar:
País que capta turistas mas também investimento, país para viver, estudar,
investigar e criar empresas.

Portugal, país inclusivo, aberto e ligado ao mundo:


Destino de turismo para todos, tecnológico, aberto ao mundo e com mais
ligações a “velhos” e “novos” mundos.

Portugal, hub internacional especializado para o turismo:


País de referência na produção de bens e serviços para a atividade
turística à escala mundial.

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Enquadramento geográfico

O meu projeto tem como localização o concelho de Mação, distrito de


Santarém. Mação situa-se a 77 km de Santarém, a 30 km de Abrantes e a 170 km
de Lisboa; o concelho fica situado no vértice de três regiões: a Beira Baixa,
Ribatejo e Alentejo, nas proximidades da margem direita do rio Tejo, é limitado
a oeste pelas serras de Aire e Candeeiros e a este/sudeste pelas serras do
Marvão e S. Mamede é limitado a norte pelos concelhos de Vila de Rei, Sertã e
Proença-a-Nova, a nascente pelos concelhos de Vila Velha de Ródão e a Nisa, a
poente pelos concelhos de Sardoal, Vila de Rei e a sul pelos concelhos de
Abrantes, Gavião e pelo Rio Tejo.
O concelho tem uma área de 399,98 km² e, de acordo com os sensos de
201, tem 7338 habitantes. O município está subdividido em seis freguesias:
Amêndoa; Cardigos; Carvoeiro; Envendos; Ortiga e a união das freguesias de
Mação, Penhascoso e Aboboreira.
A rede hidrográfica é bastante densa pelo que, por todo o lado, surgem
nascentes e ribeiras que terminam em piscinas naturais e albufeiras. Quase todo
o concelho é limitado por serras destacando-se a do Bando dos Santos e do
Bando de Codes, no centro; mais a norte surgem as serras de Sto. António,
Amêndoa de Galega e de Águas Quentes e a sul encontram-se as serras da
Alfeijoeira, do Casal e do Moledo.

Fig.2 Mapa do concelho Fig.3 Brasão do município

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História do concelho de Mação

O nome de Mação poderá ter mais que uma explicação, a primeira


relacionada com o termo francês “maçon”, por ter sido povoado por um
pedreiro-maçon que ali estivesse instalado com a sua arte. Ou então por esse
homem se chamar Maçon (forma antiga de escrever Marçal), sendo que ainda
hoje existe habitantes do concelho com esse nome.
A segunda explicação está relacionada com o termo latino "mansio-
mansionis" que significa estalagem (pousada, mansão). Assim, nesta estalagem
repousariam os viandantes no tempo da dominação romana quando, vindos de
Tubuci (Abrantes), pela terceira via militar que ligava aquela povoação a Mérida,
para Castra Leuca (Castelo Branco), passassem por uma das duas ramificações
seguia para norte em direção a diversos assentos de população romana
(Amêndoa, Cardigos e Carvoeiro), a segunda seguia para sul em direção ao
importante povoado romano da Ribeira de Nata (Belver).
Mação pertenceu, até séc. XIV, a Belver da ordem de S. João do Hospital ou de
Malta. No decurso da 1ª dinastia, Mação, Amêndoa e Cardigos foram alvo de
disputas entre a coroa e a ordem de Malta. Foi D. Dinis e os seus sucessores que
conseguiram reaver esta região que tinha sido doada aos Hospitalários. Na 2ª
metade deste mesmo século iniciam-se as lutas entre o poder temporal da Igreja
e a coroa, lutas estas especialmente notórias na região da Beira Baixa e do Alto
Alentejo.
A Rainha Santa Isabel concedeu-lhe o primeiro foral, que terá sido entre
as datas do seu casamento com D. Dinis I de Portugal, em 1282, e a data do seu
recolhimento ao Mosteiro de Santa-a-Clara-a-Velha na data aproximada de 1325.
O segundo foral foi-lhe concedido a 15 de Novembro de 1355 por D. Pedro
I, sendo já nesta altura sede de cinco vilas – Mação, Amêndoa, Carvoeiro,
Envendos e Belver.
Em 1761, Mação foi quartel-general das tropas inglesas, comandadas pelo conde
de Lippe. Em 1808, aquando das invasões francesas, também este concelho
esteve à mercê de tropas estrangeiras, sendo mais uma vez alvo de roubos e
outros tipos de selvajarias. Com a Constituição, surgem as lutas entre
liberais e miguelistas que tomam especial dimensão neste concelho, com uma
certa tradição maçon, que poderá ser anterior ou posterior às invasões
francesas. As lojas maçónicas de Mação e Abrantes votaram a morte do Rei,
donde ganharam aquela um acrescentamento ao concelho e esta a sua elevação
a cidade.
Em 1834 foram extintos os concelhos de Belver, Envendos e Carvoeiro
sendo incorporados em Mação. Em 1867, o concelho de Mação foi extinto,
passando por um curto período de tempo para o concelho de Proença-a-Nova,
readquirindo o estatuto de concelho a 10 de Janeiro de 1868.
O natural ou habitante de Mação denomina-se maçanico ou maçaense.

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Clima

As estações no concelho de Mação caraterizam-se por um verão seco,


quente e um céu quase sem nuvens. Já no inverno é fresco, com alguma
precipitação, com um céu parcialmente nublado.
A temperatura média é de 15.9 ºC e a pluviosidade anual é de 840 mm, o
mês mais seco é julho com 7 mm, a maioria da precipitação cai em janeiro, com
uma média de 122 mm.
Em relação às temperaturas o período mais fresco é entre a 01:00 e 08:30
sendo a hora mais fria às 06:15. O período mais quente é entre 12:15 e 19:30 a
hora mais quente é às 15:45.

Fig. 4 Informação das três estações meteorológicas

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Gastronomia

Mação tem uma gastronomia única, mas também muito rica e variada.
Mação é conhecida como catedral do presunto. De entre os fumeiros, o rio, os
olivais, as hortas e quintais. Pode-se degustar os enchidos, o mel, o azeite, os
pratos associados ao peixe como a lampreia, passando pelos doces como as
cavacas tradicionalmente conhecidas como as “fofas de Mação”, destaca-se
ainda as tigeladas de Cardigos, entre muitos outros pratos.
A propósito desta bela gastronomia, a Câmara Municipal de Mação lançou
a carta gastronómica “À mesa com Mação” autoria de Armando Fernando, livro
este que foi editado em 2012 e reeditado em 2014, reunindo assim os saberes e
sabores numa variedade de pratos preservados no tempo e passadas de geração
em geração pelas famílias do concelho. A carta está dividida pelas seguintes
categorias “Sopas, Caldos e Papas”; “Pão, Migas e Açordas”; “Legumes, Verduras
e Cogumelos”; “Arroz”; “Peixes”; “Carnes e Vísceras”; “Enchidos”; “Queijos”;
“Bolos e Doces”; entre outros.
Em 2014 ganhou o prémio de literatura gastronómica em Paris, este
prémio é atribuído pela Academia Internacional de Gastronomia, anualmente a
academia premeia pessoas ou entidades que se distinguiram na área da
gastronomia a nível nacional. Ainda nesse ano foi feita uma 2ª edição.
Relacionado com esta excelente gastronomia a Câmara lançou no mercado
em 2008 a “Marca Mação”, que pretende preservar e valorizar as riquezas do
concelho, como também os produtores. A marca ressalta assim o melhor que
temos e que fazemos com excelência, atestando uma elevada qualidade e
especificidade dos produtos.

Fig.5 Logótipo da Marca Mação

O logótipo da marca é apresentado por algumas cores que representam os


produtos, o vermelho associado à carne, já são três empresas que produzem

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presunto da “Marca Mação”, estes presuntos distinguem-se pelo sabor


extremamente intenso e agradável, bem como a sua suculência, ainda pelo seu
baixo teor de sal e sem qualquer sabor a fumo. O amarelo do mel, a apicultura é
uma das mais antigas atividades do concelho, o mel da marca é então divido por
três categorias mel de urze; mel de rosmaninho e mel multifloral, todos eles
caraterísticas muito próprias como o sabor, a cor e a textura. O verde representa
a oliveira, a olivicultura é ainda a principal cultura agrícola do concelho, esta
assume um importante papel no setor primário, a tradicional azeitona galega é a
mais utilizada e responsável pelo mais especifico azeite que é fino e mais
aromático.

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Economia de Mação

As atividades económicas do concelho estão repartidas pelos três setores,


sendo que na última década o setor primário tem pedido população para os
outros dois setores o secundário e terciário. Em alguns locais, a vida das suas
gentes ainda é em torno da agricultura e da pecuária.
No entanto a indústria de enchidos e de transformação de carnes tem um
papel importante na economia, à qual se junta a indústria do pimentão, a
construção civil, a indústria de velas e artigos em cera, a indústria de serração
de madeiras tem vindo a aumentar.
Em relação à transformação de carnes, atualmente são produzidas 8 mil
toneladas, o que representa 70% da produção nacional. Existem oito indústrias
de carnes no concelho de Mação, que para além de presuntos, estes também
produzem enchidos, maranhos, chourição e fiambre.
Para além destas indústrias todas, há também uma forte aposta nas
energias renováveis, ao qual se pode observar ao longo da paisagem no cimo das
serras.
O concelho tem 2 zonas industriais Mação e Cardigos. Captar novas
empresas e atrair novos investimentos é um dos objetivos da câmara, e como tal
apresenta condições excecionais como terrenos a preços baixos, benefícios
fiscais, apoio administrativo e inexistência de taxa derrama.
A economia social é também fundamental para nossa economia, este
terceiro setor tem evoluído bastante, sobretudo a nível de instituições de
solidariedade social, as quais já contam com 11. Prestam respostas sociais para
os utentes desde a infância à terceira idade. É a área mais empregadora da
população local.

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Património

O património é também algo de destaque para Mação, é bastante rico em


vestígios arqueológicos que se encontra um pouco por toda a região. O
património natural de Mação assume-se como parte da identidade do concelho.
Vestígios do Paleolítico foram encontrados junto à Ribeira das Boas Eiras,
ainda há cerca de uma década foram descobertas algumas gravuras rupestres na
Ribeira da Ocreza, entre as quais a representação de um cavalo, foi este o
primeiro achado desta época ao ar livre no sul de Portugal que deverá ter mais
de 20 mil anos.
É de relevar a Anta da Foz do Rio Frio, em Ortiga, é a única que ainda
existe vestígios. Como Castro Velho do Caratão da Idade do Bronze e o Castro
de São Miguel da Idade do Ferro, são ambos monumentos classificados.
Algo também importante para o património são as pontes do período
Romano, como a Ponte da Ladeira nos Envendos (a maior) com seis arcos de
volta prefeita e proporções diferentes, a Ponte da Isna com apenas três arcos e
Estação Arqueológica Romana do Vale de Junco na Ortiga, são monumentos
classificados, até na vila de Mação se pode encontrar um ponte dessa época.
Destaque ainda para a inúmeras igrejas e capelas que compõem o nosso belo
concelho, como a Igreja Matriz de Mação, datada do século XVI.

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Acessibilidades

O principal acesso por via rodoviária é a A23, que passa a sul do concelho.
Existe ainda a ligação pela EN3 que vai até à cidade mais próxima Abrantes. As
ligações a norte são pela EN244 e 241-1, que nos ligam ao concelho de Proença-
a-Nova, Sertã e Vila de Rei. As ER 351, ER 359 e a EN 3-12, são estas a estradas
que fazem a ligação de Envendos e Mação à respetiva A23.
Também existe acesso por via ferroviária, esta que é feita pela linha da
Beira Baixa, servida por comboios regulares e onde temos a Estação de Ortiga,
Apeadeiro da Barragem de Ortiga e ainda o Apeadeiro da Barca de Amieira
(Envendos).

Fig.6 Mapa de Acessos a Mação

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

1º percurso: Mação – Penhascoso - Ortiga

Igreja Penhascoso Praia Fluvial de Ortiga

Anta Da Foz Do Rio Frio Restaurante O Bigodes

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

2º percurso: Mação – Aboboreira – Amêndoa

Castro De São Miguel

Cruzeiro Da Amêndoa

Poço Mourão

Igreja Da Aboboreira

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

3º percurso: Mação – Envendos – Barca da Amieira - Ladeira

Termas Da Ladeira

Gravuras Rupestres Na Ocreza

Pego Da Rainha

Barca Da Amieira

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

4º percurso: Mação – Carvoeiro – Cardigos

Praia Fluvial do Vergancinho


Restaurante Solar Do Moinho

Praia Fluvial Do Carvoeiro

Pelourinho de Cardigos

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

5º percurso: À volta de Mação

Piscinas Municipais
Miradouro Do Bando Dos Santos

Jardim Dos Peixinhos


Museu De Mação

Parque De Merendas Do Brejo

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

Conclusão

Após um longo período tempo de trabalho, concluo assim o meu relatório


da prova de aptidão profissional. Relatório este que concilia informação de
pesquisa e um pouco de conhecimento próprio, espero ter abordado o mais
importante relacionado com o meu tema e que ter destacado os sítios que mais
considero chamativos para os turistas fazerem os percursos.
Mesmo sendo habitante de Mação desconhecia aspetos da sua história, a
qual abordo também no relatório.
Justifiquei assim o meu projeto e a razão por ser no concelho de Mação,
pois desta forma irá dinamizar não só Mação como a região.
Foi importante para mim realizar este projeto, pois enquanto jovem e
apaixonada pela sua terra, criei um algo que a meu ver é importante para Mação
o que me deixa orgulhosa estar a tentar fazer algo por esta região.

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Roteiro turístico pelo concelho de Mação

Webgrafia

https://observador.pt/2019/05/13/secretaria-de-estado-do-turismo-rejeita-
euforia-e-diz-que-ha-muito-a-fazer/
https://www.publituris.pt/2019/05/23/ministerio-do-turismo-seria-passo-
qualificante-e-qualitativo-daquilo-que-o-setor-representa/
https://www.publico.pt/2018/12/11/economia/noticia/luxo-seculo-xxi-vai-
interior-portugal-1854297
http://www.ribatejo.com/ecos/macao/mchistoria.html
http://www.mediotejo.net/especial-macao-retrato-da-sede-de-concelho/

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