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COORDENADORA
RITA DE CÁSSIA BOMPEIXE C. MOMBELLI
EQUIPE TÉCNICA
DJALMA RIESEMBERG JR.
GILBERTO SILVA FREGATO
HÉLIO YUDI FUGOU
LUIZ ANTONIO PAR AVATO LESSA
VIVIANE DE MEDEIROS PIRES
EQUIPE DE APOIO
GUILHERME LUIZ SARTORI
PROJETO GRÁFICO
NÚCLEO DE IMAGEM | DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
RESUMO
O foco analítico deste estudo consiste na avaliação do perfil e evolução da
segurança pública no Estado do Paraná ao longo de 2012 a 2017, período que abran-
ge boa parte dos últimos dois Planos Plurianuais (PPA) do Governo Beto Richa.
2. CRISE PENITENCIÁRIA..................................................................................... 38
TCE/PR................................................................................................................... 38
5. CONCLUSÃO....................................................................................................... 46
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
CONTEXTUALIZAÇÃO
Frise-se, contudo, que não será possível afirmar que há nexo de causalidade
direto entre as ações implementadas no conjunto das ações ligadas à área de segu-
rança pública com a melhoria ou eventual piora nos indicadores de segurança, visto
que outros agentes (públicos e privados) podem também ter contribuído significati-
vamente para o resultado apurado.
1 http://www.portaldatransparencia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=9.
2 Relatórios SIA105, SIA106, SIA112E e SIA307C.
3 Valores monetários a preços constantes: “é o valor monetário real, ou valor monetário que existiria na ausência de
crescimento dos preços, ou, dito de outro modo, se os preços, a partir do ano-base, se mantivessem constantes. Daí a expressão:
“valor a preços constantes do ano X”. Tarcisio Patricio de Araújo (Professor do Departamento de Economia da UFPE).
4 IPCA apurado pelo IBGE.
5 Segundo o art. 58 da Lei Federal n° 4320/1964, empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria
6 para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
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6 Relatórios estatísticos criminais, elaborados pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico - CAPE/
SESP, disponíveis em http://www.seguranca.pr.gov.br e http://www.cape.seguranca.pr.gov.br.
7 Por meio da Lei Estadual n° 18.410/2014 a então Secretaria de Estado da Segurança Pública passou a exercer
também as atividades relativas à gestão do sistema penitenciário estadual, sendo sua nomenclatura mudada para Secretaria
de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária. 7
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5,0
4,7
4,5
VALORES EMPENHADOS CONSTANTES - ANO BASE 2017
4,4
4,0 3,9
3,5 3,6
3,2
3,0
BILHÕES
2,5 2,7
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Relatórios de Execução Física do Orçamento (2012 a 2014), Relatórios SIA 112 E (2015 a 2017), extraídos do sis-
tema SIAF.
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14,00
12,8
12,3
12,00 11,6
10,9
10,00
8,00
BILHÕES
2,00
0,00
Encargos Especiais Educação Saúde Segurança Pública
Previsto Empenhado
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
100%
91% 93%
90%
90%
85%
86%
85%
8 0% 81%
78%
70%
60%
2012 2013 2014 2015 2016 2017
O quant o foi empenhado do Orçto Total O quant o foi pago do Orçto Total
O quant o foi empenhado do Orçto Segurança O quant o foi pago do Orçto Segurança
9 Produto Interno Bruto, representando a soma de todos os bens e serviços produzidos pelo Estado em
determinado período.
10 10 Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
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500 100
350 70
300 60
52
Bilhões
51
BILHÕES
250 47 47 50
45
43
200 45 46 40
41 43 43
38
150 30
100 20
50 10
0 0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Divulgação do Produto Interno Bruto do Paraná e do Brasil a Preços Correntes de Mercado, disponível em http://
www.ipardes.gov.br; Relatórios SIA 112 E e SIA 307 C (2012 a 2017), extraídos do sistema SIAF.
Nota: (*) Os resultados do Estado do Paraná para os anos de 2016 e 2017 são estimativas preliminares do IPARDES.
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A Polícia Civil, por outro lado, tem pouca ou nenhuma participação junto
aos CONSEG´s, ao menos da capital, à exceção do Grupo TIGRE16, que vem fazendo
palestras em algumas reuniões públicas mensais.
14 Projeto social e cultural CECEL (Centro Esportivo Cultural Edgar Lessnau) por meio de fundamentos de futebol
para crianças de 5 a 15 anos; contando com apoio da 2ª. Cia da PM e da Guarda Municipal de Curitiba.
15 Entidade informal, formada, atualmente, pela associação de 32 CONSEG´s .
16 Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE), criado pelo Decreto nº 7397, de 30/10/90, volta-se
às ações específicas em delitos em que haja a figura de refém, tais como seqüestro, roubo, cárcere privado, violação de
domicílio, extorsão mediante seqüestro e rapto. 13
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1,8 1,7
VALORES CONSTANTES - ANO BASE 2017 - BILHÕES
1,5
1,3
1,2
EMPENHADO
0,9
0,7
0,7
0,6
0,6
0,3
0,3 0,2
0,1
0,0
0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Polí cia Mi litar Polí cia Civil Polí cia Científica DEPEN Bombeiros
Fontes: Relatórios de Execução Física do Orçamento (2012 a 2014); Relatórios SIA 105 e SIA 106 (2015 a 2017), extraídos
do sistema SIAF.
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3,5 3,2
VALORES CONSTANTES - ANO BASE 2017 - BILHÕES
3,0
2,5
2,5
EMPENHADO
2,0
1,5
1,0
0,7
0,5
0,3
0,2
0,0 0,1
0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Relatórios de Execução Física do Orçamento (2012 a 2014); Relatórios SIA 105 e SIA 106 (2015 a 2017), extraídos
do sistema SIAF.
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4,5
4,0
4,0
VALORES CONSTANTES - ANO BASE 2017 - BILHÕES
3,5
3,0
2,6
EMPENHADO
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5 0,3
0,1
0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Relatórios de Execução Física do Orçamento (2012 a 2014); Relatórios SIA 105 e SIA 106 (2015 a 2017), extraídos
do sistema SIAF.
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400
384,60
350
VALORES CONSTANTES - ANO BASE 2017
300 320,94
256,34
250
REAIS / HAB.
200
150
100
50
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Relatórios de Execução Física do Orçamento (2012 a 2014); Relatórios SIA 112 e7 (2015 a 2017), extraídos do
sistema SIAF; Projeção da População, disponível em https://cidades.ibge.gov.br.
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100%
23%
28%
80%
43%
60% 82%
40% 77%
72%
57%
20%
18%
0%
QPPE - Agente Penitenciário QPPC - Polí cia Civil QPPO - Políci a Científica PMPR
Vagas Ocupadas Vagas Disponívei s
Fontes: Leis Estaduais n° 14.230/2003, 18.008/2014, 18.115/2014 e 18.662/2015; Informação n° 646/2018 – GRHS/
SESP. Requerimento Externo nº 792045/17 – Peça 119.
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Por outro lado, se considerarmos que parte dos servidores integrantes dos
quadros específicos destinados às áreas fim da segurança pública estão desempe-
nhando rotinas administrativas, devido à falta de reposição do QPPE24, a situação é
ainda mais preocupante.
100%
1% 7%
10% 11%
80%
60%
99%
90% 93%
89%
40%
20%
0%
QPPE - Agente Penitenciário QPPC - Polí cia Civil QPPO - Políci a Científica PMPR
Área Fim Área Meio
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24.000
20.709
20.000
19.233
16.000
Servidores
12.000
8.000
4.299 4.156
4.000
3.081 3.169
620 940
0 326 270
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ressalte-se, ainda, que a falta de pessoal do QPPO, composto por peritos, mé-
dicos legistas, e auxiliares de perícia e de necropsia, que atende aos Institutos Médico
Legal (IML) e de Criminalística (IC), e também de agentes penitenciários do QPPE, para
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atendimento às unidades prisionais do estado, vêm sendo supridas por sucessivas con-
tratações em regime especial de trabalho26, o que, do ponto de vista de gestão, cons-
titui ponto de extrema fragilidade, haja vista serem quadros e funções permanentes e
essenciais à atividade estatal, exercidas por servidores “temporários”, quase sempre
sem experiência anterior na área, o que pode prejudicar os serviços prestados à popu-
lação, ainda mais considerando a rotatividade destes servidores.
3.500
3.169
3.000
2.500
Servidores
2.000
1.500
1.098
1.000
500
270
127
0
Agente Penitenciário (efetivos) Agente de Cadeia Pública (temporários)
Peritos e Auxiliares (efetivos) Legistas e Ajudantes (temporários)
Para tentar amenizar riscos de colapso das atividades do IML e do IC, houve,
em 2017, abertura de concurso público para preenchimento de 54 das mais de 1.200
vagas em aberto do quadro de peritos oficiais que, ao fim daquele ano, conforme já
demonstrado no Gráfico 12, contava com apenas 18% do efetivo previsto em lei.
26 Os chamados CRES (Contratos em Regime Especial de Trabalho), firmados via Processo Seletivo Simplificado – PSS. 23
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pessoal, até o início de 2018, foi autorizada a contratação de somente 28 dos candidatos
aprovados, dos quais foram nomeados 21 até o momento27. As demais contratações não
foram autorizadas, após parecer negativo da Secretaria de Estado da Fazenda.
Registre-se, por fim, a existência de mais de 13 mil vagas dos quadros da SESP a
27 Para as 7 vagas restantes, foram nomeados os concursados, porém, até a data de fechamento deste caderno,
ainda não haviam tomado posse. Protocolo nº 14.900.652-4.
28 Por meio da Recomendação Ministerial n° 03/2016 da Promotoria de Justiça e Proteção ao Patrimônio Público,
foi recomendado à SESP que adotasse “as providências necessárias para ajustar a estrutura dos serviços disponibilizados
no âmbito da segurança pública paranaense, de modo que não sejam mantidos contratos temporários por lapso temporal
superior a 02 (dois) anos, tomando as medidas indispensáveis à regularização do quadro permanente da Pasta.
29 Comissão designada pela Resolução nº 043/2018 de 26 de fevereiro de 2018, ainda não apresentou, até o
24
fechamento deste caderno, conclusão deste estudo.
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serem preenchidas30, representando, em média, 32% do total de vagas, ou, dito de outra
forma, as ações da área da segurança pública são conduzidas por um terço a menos de ser-
vidores do que o ideal (previsto), sendo mais grave o já citado caso da Polícia Científica, que
atua com menos de um quinto do efetivo previsto em lei. Isso, sem levar em conta a neces-
sidade de reposição de pessoal do QPPE para o desempenho de rotinas administrativas.
960 140
121
950 953 120
104
940 93 100
84 86 83
936
QUANTIDADE
QUANTIADDE
930 80
920 925 60
918
916 915
910 40
900 20
890 0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
30 Assim distribuídos: 7,9 mil (PMPR), 3,1 mil (QPPC), 1,2 mil (QPPO) e 0,9 mil (Agentes Penitenciários do QPPE).
31 Departamento de Polícia Civil (DPC). 25
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10 9,82
6
Milhões
4
3,30 3,16
3
2
1,24
1 0,51 0,40 0,38
0,04
0
Pol. Civil Pol. Mi litar DETRAN Bombeiros SESP Pol. Científica DEPEN Casa Militar
Fonte: Relatórios SIA 010, SIA 106, SIA 108 e SIA 110 (2017), extraídos do sistema SIAF.
Especial atenção deve ser dada, dentre os imóveis locados pelo Departa-
mento da Polícia Civil, à sua sede e à do Instituto de Identificação do Paraná, locali-
zados no centro de Curitiba. O valor do aluguel de dois imóveis, R$ 200.790,00 reais
mensais, é o mais alto dentre os destinados à segurança. Significa dizer que, só em
2017, foram devidos quase R$ 2,5 milhões pelo uso dos dois prédios, que compor-
tam atividades permanentes do Estado.
Há que se ponderar, contudo, que este montante anual dispendido com alugue-
res, ainda que considerado o poder discricionário do gestor nessa questão, poderia, sob
nossa avaliação, ser direcionado de forma a, no médio e longo prazos, reduzir gradativa-
mente a dependência por imóveis de terceiros, em especial os que abrigam unidades da
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Polícia Civil, como delegacias e subdivisões policiais, já que comportam atividades per-
manentes do estado e presentes em quase todos os municípios paranaenses.
A título de exemplo, tomando por base o custo médio de uma Delegacia Ci-
dadã32, com esse montante seria possível construir quase 3 destas unidades por ano.
Além disso, imóveis projetados e construídos para uso policial, certamente refletem
serviços com maior conforto, rapidez e segurança, tanto à população usuária quanto
aos próprios servidores, qualidades nem sempre presentes em imóveis locados, na
sua maioria apenas adaptados às necessidades policiais.
Valor pago
Unidade Qtd. Obras Valor Total
(2017)
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO 26 5.125.712 61.100.259
POLÍCIA CIVIL 32 7.733.888 49.106.037
CORPO DE BOMBEIROS 11 2.998.497 38.896.008
POLÍCIA CIENTÍFICA 8 10.130.118 32.729.468
POLÍCIA MILITAR 17 385.802 14.516.594
SESP 1 118.632 329.981
Total Geral 95 26.492.649 196.678.347
Fonte: Setor de Engenharia/SESP Requerimento Externo nº 792045/17 – Peça 121.
32 Unidade padrão II, com 1.208 m2 de área construída, considerado o custo médio das Delegacias de Fazenda Rio
Grande e Matinhos. 27
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Valor pago
Obras por Unidade Valor Total
(2017)
POLÍCIA CIENTÍFICA 10.130.118 32.303.169
IML Curitiba 7.460.545 25.888.540
IML Londrina 2.599.847 6.325.170
Reforma IML de Campo Mourão 69.726 69.726
Reforma IML Umuarama 19.733
POLÍCIA CIVIL 5.477.199 10.782.517
Delegacia Cidadã Padrão II Fazenda Rio Grande 3.816.861 5.651.727
Delegacia Cidadã Padrão II de Matinhos 1.398.938 4.458.335
Reforma Telhado Escola Superior de Polícia Civil 72.185 257.580
Reparos Delegacia de São João do Triunfo 75.893 147.368
Construção de solário na Delegacia de Barbosa Ferraz 24.940 124.242
Carceragem 20ª SDP Toledo 32.440 53.710
Reforma calçada 8° Distrito 18.286 51.899
Reforma Emergencial na Delegacia de Paranacity 37.656 37.656
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO 1.128.070 4.343.954
Penitenciária Estadual de Cascavel - PEC - reparos pós-rebelião 196.330 1.975.261
Penitenciária Industrial de Guarapuava - PIG - reparos pós-rebelião 389.539 875.050
Shelters 11º DP - 744.718
Penitenciária Estadual de Cascavel - PEC (telas) 249.133 303.220
Penitenciária Feminina do Paraná - PFP - reparos cozinha e panificação 110.559 219.999
Casa de Custódia de Maringá - reparos, ordem judicial 101.127 138.445
Patronato de Londrina (troca de placas, toldos e janelas) 46.041 46.041
Penitenciária Estadual de Cascavel - PEC (scanner corporal) 11.121 17.000
Casa de Custódia de Curitiba - CCC (laudo muros) 14.861 14.861
Penitenciária Estadual de Londrina II - PEFL II - laudo estrutural 9.360 9.360
POLÍCIA MILITAR 304.062 664.776
Reforma Telhado BOPE 43.498 373.357
Demolição Gráfica QCG PMPR 116.999 116.999
Centro Odontológico do Quartel da PM 79.998 79.998
Reparos na Diretoria de Pessoal do Quartel da PM 30.855 61.710
Sondagem - BPFron de Marechal Cândido Rondon 32.712 32.712
CORPO DE BOMBEIROS 350.182 475.378
Reparos no Quartel Corpo de Bombeiors Pontal Pr. 300.670 300.670
Projeto - Corpo de Bombeiros de Piraquara 20.371 101.854
Projeto - Corpo de Bombeiros de Pato Branco 29.142 72.854
Total Geral 17.389.631 48.569.794
Fonte: Setor de Engenharia/SESP. Requerimento Externo nº 792045/17 – Peça 121.
28
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G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
Noutro ponto, importante notar que, exceto obras relativas aos IML34 de
Curitiba e Londrina, Delegacias Cidadãs de Fazenda Rio Grande e Matinhos que, jun-
tas, representaram 87% do investimento total, boa parte diz respeito a obras de refor-
ma e reparos, as quais não objetivam, a priori, aumento da capacidade de prestação de
serviços, tão somente a manutenção ou pequenas melhorais na estrutura existente.
Registre-se, por fim, que outras informações adicionais e detalhes sobre obras
públicas podem ser encontradas no caderno específico a este respeito, disponível no link
a seguir: http://www3.tce.pr.gov.br/contasdogoverno/2017/pdfs/obraspublicas.pdf.
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G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
Ao Comando-Geral da PMPR:
À direção da SESP:
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43 http://portal.ssp.sc.gov.br/sspestatisticas.html.
44 http://www.ssp.rs.gov.br/indicadores-criminais.
45 http://especiais.g1.globo.com/monitor-da-violencia/2018/. 33
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35,0
31,4
HOMICÍDIOS POR 100 MIL/HAB.
24,2 23,8
25,0 23,2
25,0
21,5
20,0 22,1 21,8
20,7 20,8 20,2
19,4
15,0
10,0
5,0
0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fontes: Relatório Estatístico Criminal / Quantitativo de Vítimas de Crimes Relativos a Mortes, elaborados e divulgados pela
CAPE/SESP (http://www.cape.seguranca.pr.gov.br); Indicadores Criminais, divulgados pela Secretaria da Segurança Pública
do Rio Grande do Sul (http://www.ssp.rs.gov.br/indicadores-criminais); Estatísticas de Mortes Violentas, divulgadas pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina (http://portal.ssp.sc.gov.br/sspestatisticas.html); Estimativas
de População, divulgadas pelo IBGE; Portal G1 / Monitor da Violência (http://especiais.g1.globo.com/monitor-da-violência).
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- OMS, que considera como aceitável até 10 homicídios/100 mil hab., sendo conside-
rados, os locais com índices acima disso, áreas com epidemia de violência.
Fontes: Relatório Estatístico Criminal / Quantitativo de Vítimas de Crimes Relativos a Mortes, elaborados e divulgados
pela CAPE/SESP (http://www.cape.seguranca.pr.gov.br); Estimativas de População, divulgadas pelo IBGE; World Health
Estatistics 2017, elaborado e divulgado pela OMS (www.who.int).
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registro junto ao poder público, porém, nos crimes de menor potencial ofensivo (como
ameaça, calúnia e violação de domicílio, por exemplo), nem sempre o cidadão regis-
tra a ocorrência. Dessa forma, mesmo havendo a divulgação de estatísticas pela SESP,
não é possível afirmar que tais crimes realmente variaram positiva ou negativamente.
350
338
QUANTIDADES REGISTRADAS DE CRIMES - MILHARES
300 286
250
253
245
200
150
100
50
0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
48 Conteúdo adaptado do documento “Subsídios para a Elaboração do PPA 2016-2019”, da Secretaria de Estado
do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL).
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Em que pese ser razoável a preocupação da SESP sobre a falta de reflexo de suas
ações no indicador “taxa de homicídios por 100 mil habitantes” e as dificuldades em se afir-
mar que o comportamento dessa taxa seja, de fato, consequência da ação governamental,
argumenta-se em desfavor desse indicador como instrumento capaz de medir a evolução
da segurança pública como política de estado, vez que não permite aferir quaisquer resul-
tados de suas ações (impacto/efetividade/resultado), mas, tão somente, a própria atuação
da SESP (recursos e esforço empregado), em termos exclusivamente quantitativos.
18.000 17.304
15.000
12.000 11.372
10.686
9.786
9.000
6.000
3.000
0
2016 2017
Previsto Apurado
Fonte: Relatórios de Acompanhamento do Plano Plurianual 2016 - 2019 (2016 e 2017), elaborados e divulgados pela
Secretaria de Estado do Planejamento (www.sepl.pr.gov.br).
49 Análise e conclusão retirada do RELATÓRIO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA TÉCNICA DA PMPR COM FOCO NA
GESTÃO DOS RECURSOS – 2016 (TCE/PR). 37
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2. CRISE PENITENCIÁRIA
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Por fim, ainda que não constitua achado de auditoria, recomendou-se que
o DPC disponibilize em seu sistema informações sobre as autoridades que efetuam
prisões, e que o Poder Executivo desenvolva políticas públicas nas áreas de educa-
ção, saúde e assistência social.
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
Por fim, o Estado do Paraná, como forma de minorar o déficit de vagas do siste-
ma e proporcionar tratamento penal adequado aos custodiados, iniciou estudos visando
novo modelo de administração prisional, onde a administração das unidades penitenciá-
rias seria compartilhada entre o poder público e a iniciativa privada, via terceirização de
serviços61, modelo que foi descontinuado em 2006, e hoje volta a ser rediscutido ante a
necessária expansão de vagas do sistema prisional pretendida pelo Estado.
58 Relatório PAF 2017 – Sistema Carcerário, elaborado pelo TCE/PR. Disponível no link http://www1.tce.pr.gov.br/
multimidia/2018/4/pdf/00326635.pdf.
59 Carecedor de planejamento estratégico e de integração/articulação entre os Poderes Executivo e Judiciário, o
Ministério Público e a Defensoria Pública.
60 Achados de auditoria números 11,12 e 13 do Relatório PAF 2017 – Sistema Carcerário, elaborado pelo TCE/PR.
Disponível no link http://www1.tce.pr.gov.br/multimidia/2018/4/pdf/00326635.pdf.
61 O gerenciamento das unidades continuava público, posto que nas unidades terceirizadas, a gestão era realizada
por um Diretor, um Vice-Diretor e um Chefe de Segurança, indicados pelo Estado.
40 62 Relatório PAF 2017 – Sistema Carcerário, elaborado pelo TCE/PR. Disponível no link http://www1.tce.pr.gov.br/
multimidia/2018/4/pdf/00326635.pdf.
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o FEA é substituído pelo Fundo Estadual de Políticas sobre Drogas – FESD, sendo
ampliados seus objetivos e, em 201478, é criado Departamento de Políticas sobre
Drogas – DEPSD.
Ademais, o CONESD e o DEPSD (em conjunto com o FESD) não têm atuado
de forma integrada, na medida em que o CONESD não tem proposto planos e pro-
gramas de trabalho a serem implementados pelo DEPSD e pelo FESD.
78 Decreto n° 10.714/2014.
79 Essa transferência, por ser situação irregular, gerou proposta de Comunicação de Irregularidade sob nº
353625/16, transformada em Tomadas de Contas Extraordinária, a qual, até o fechamento deste caderno, está sobrestada
até decisão definitiva no Incidente de Inconstitucionalidade n.º 997530/16. 43
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Isto pode ser evidenciado por meio do projeto de Plano Estadual, elaborado
pelo CONESD no período de 2014/2015, até hoje pendente de aprovação, que po-
deria ter tornado mais efetiva a atuação dos órgãos responsáveis pela implantação
das políticas sobre drogas no Estado.
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
261 mil85, o que, sob qualquer aspecto, é muito pouco face ao que o Estado o Paraná
dispõe e aos problemas e desafios que se impõe no combate às drogas.
85 R$ 136 mil para modernizar o Canil da Polícia Civil e R$ 125 mil para modernizar e equipar a Companhia de
Operações com Cães do Batalhão de Operações Especiais da PM.
86 Para implantar ações capazes de contribuir para a melhoria da segurança pública e da qualidade de vida das
pessoas, com foco em atividades de prevenção, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. 45
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5. CONCLUSÃO
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Esclareça-se, uma vez mais, que qualquer avaliação dos resultados ou efei-
tos de determinada política pública, seja na saúde, educação, segurança, assistência
social ou meio ambiente, é tarefa complexa, que exige diagnóstico preciso e monito-
ramento constante do ambiente no qual se devolvem as ações propostas.
G E S TÃ O D A S E G U R A N Ç A
Vale lembrar, no entanto, que o índice paranaense não pode ser integral-
mente comemorado, tendo em vista ser o dobro do aceitável pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), conforme já frisado no item 1.4 deste Caderno.
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Sendo assim, há elementos para concluir que a crise penitenciária está longe
da resolução adequada e definitiva que a sociedade espera, permanecendo como
um dos maiores problemas de gestão do governo estadual.
Diante desse quadro, mesmo não sendo possível afirmar, tal qual ponderado
anteriormente, que recursos orçamentários destinados à função segurança trouxe-
ram, objetivamente, algum resultado efetivo, há indicativo, ao menos de alguma for-
ma, de que colaboraram na melhoria das condições de vida dos paranaenses.