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ENSINO A DISTÂNCIA

O RECURSO DAS CITAÇÕES


Como já discutimos em unidades anteriores, o desenvolvimento da ciência é dirigido pela
produção e pelo �uxo de informação. Esse contato com o saber é que gera conhecimento. Dentro
disso, uma das obrigações dos pesquisadores é disseminar o conhecimento cientí�co através da
divulgação dos resultados de qualquer investigação, disponibilizando-os para a comunidade e,
dessa forma, reforçando e mantendo o processo de comunicação cientí�ca.
No entanto, mesmo antes de falarmos em texto cientí�co, já �zemos esse contato com ci-
tações em outras situações de nossas vidas. Em tempos de internet, corriqueiramente recebemos
textos assinados por grandes autores, achamos bonitas as palavras e até passamos adiante por
meio das mais diversas e atuais ferramentas tecnológicas.
É justamente sobre essa divulgação via internet que o blog “poeme-se” traz algumas con-
siderações, questionando como é possível saber quem é realmente o autor de uma citação. São
discutidos diversos casos de autorias atribuídas de forma equivocada. Problemática que inspirou
a estampa da mais nova camiseta do site, uma ideia ousada com uma frase atribuída a Machado
de Assis (!): “O problema das citações da internet é que nunca sabemos se elas são verdadeiras”,
assinada por Machado de Assis, com sua data de nascimento e morte, muito antes da evolução da

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internet.

Figura 1: Como saber quem é o autor? Fonte: Poemese (2016).

Tomemos como exemplo apenas os três primeiros destaques. A frase que muitos citam,
atribuindo os créditos a Maquiavel, mas que provavelmente foi feita por alguém que buscava
resumir as ideias do autor: “Os �ns justi�cam os meios”. Outro exemplo é a frase do poema
MUDE: “Mude. Mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade”, que
geralmente é atribuída a Clarice Lispector, mas que possui registro o�cial na Fundação Biblioteca
Nacional do Ministério da Cultura, sendo de Edson Marques. Ainda o texto: “A mente que se abre
a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”, conferida a Albert Einstein, por sua
genialidade, mas advinda do médico americano Oliver Wendell Holmes.

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Não queremos, com esses exemplos, deixar entender que essas frases precisam parar de
ser citadas ou disseminadas. Podemos continuar admirando-as, desde que seu uso não tenha
�nalidade cientí�ca, ou seja, se para ser cientí�co, o objeto precisa ser comprovado, somente
podemos colocar algo, em nosso texto, que permita ao nosso leitor ter acesso à fonte verdadeira.
Caso contrário, estamos comprometendo a essência desse gênero textual.
Esse deve ser o comportamento geral entre os cientistas, pois enquanto outros procedi-
mentos são especí�cos de cada área do conhecimento, a comunicação cientí�ca tem a mesma
importância para todas as áreas, conforme já apontaram Vans e Caregnato (2003). As autoras
salientam que o termo literatura cientí�ca se refere à existência de publicações que contêm a
documentação dos trabalhos produzidos pelos cientistas. Esse acesso ao conhecimento já regis-
trado faz referência às ideias e resultados de pesquisas de autores anteriores, gerando uma lista de
referências bibliográ�cas a serem consultadas. Embora, formalmente haja um reconhecimento
de que as citações indicam a atividade cientí�ca, ainda é subjetivo o comportamento dos pesqui-
sadores ao realizarem o processo.
Desse modo, o mínimo que se espera de cada um desses disseminadores do conhecimen-
to é o aprendizado das normas que regem o procedimento e a honestidade e �delidade em sua
disseminação.

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APRENDENDO A FAZER CITAÇÕES
Comecemos essa fase de aprendizado, tomando como nosso “livro de cabeceira” as Nor-
mas para apresentação grá�ca de trabalhos cientí�cos segundo a ABNT (2002), de acordo com a
NBR 10520. O documento considera as citações como sendo de fundamental importância para o
enriquecimento da pesquisa, visto que expõem o posicionamento de diferentes autoridades com
experiência no assunto.
No entanto, deixa claro o que não se pode, de forma alguma fazer: transcrever integral-
mente, ou parcialmente um conteúdo de outro autor, sem fazer a devida referência. De acordo
com a NBR 10520 da ABNT (2002), a citação é “menção no texto de uma informação colhida em
outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral”.
Assim, tem-se divididos os três tipos de citação: direta, indireta e citação de citação.
A primeira, pode ser chamada de Citação direta ou literal, reconhecida por ser a trans-
crição exata de palavras e trechos de um autor, seguindo integralmente sua redação, ortogra�a,
acentuação e pontuação. Caso seja feita, a citação deverá conter o nome do autor ou da instituição
responsável ou do título de entrada, seguida do ano de publicação e da página consultada. Ela
pode ser ainda curta ou longa.
Quando as transcrições no texto atingem até três linhas devem estar realizadas entre as-
pas duplas. Exemplo: Segundo Severino (2007, p. 171) “tão logo iniciada a digitação, o usuário
deve dar início ao salvamento do texto, evitando risco de perdas das partes já digitadas”. Quando
a citação direta for composta por mais de três linhas, deve ser apresentada num parágrafo inde-
pendente, recuado a 4 cm da margem esquerda, com letra menor (tamanho 10), sem parágrafo
na primeira linha da citação e em espaço simples (1,0). Exemplo:

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O comando para salvar um texto encontra-se no menu Arquivo, sob a desig-


nação Salvar como. É este o comando que deve ser usado quando se tratar do
primeiro salvamento do texto e toda vez que se vai gravar pela primeira vez num
disquete. Quando se tratar de ir salvando as demais partes do texto, à medida
que forem sendo digitadas, basta servir-se do comando Salvar ou do correspon-
dente ícone (SEVERINO, 2007, p. 171-172).

Na opinião de Carvalho (1975, p.119), não se pode esperar que todos os autores sejam
cuidadosos, objetivos e conscientes no momento de mencionar suas fontes de consulta. Alguns
pecam por excesso, outros por omissão. No entanto, algumas omissões podem seriamente preju-
dicar nosso trabalho como um todo. Neste caso, por exemplo, das citações diretas, não podemos
esquecer, de forma alguma, de inserir o sobrenome do autor, o ano e a página. Essa referência no
corpo do texto obrigatoriamente deve ser realizada, sob pena de os trechos serem considerados
plágio, demonstrando assim a credibilidade da pesquisa realizada, seguindo as regras da ABNT,
o que discutiremos mais a diante.
A Citação indireta, por sua vez, consiste na transcrição não literal do que diz o autor, feita
a partir da interpretação de um texto consultado, do qual se quer retirar uma parte importante,
fazendo um resumo com as próprias palavras (paráfrase), mas, não deixando de respeitar a ideia
do autor. Nesse caso, não se utilizamos aspas, nem fazemos menção à página. Tomemos como

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exemplo as palavras de Severino sobre a internet como fonte de pesquisa:
A internet é responsável por eliminar barreiras de tempo e espaço, permitindo o acesso a
milhares de informações armazenadas em seus Web sites, por meio dos quais se pode consultar
e colher elementos informativos de toda ordem (SEVERINO, 2007).
Vale acrescentar que essa menção ao nome do autor e ao ano pode ocorrer no próprio
texto, antes da citação com apenas a primeira letra do nome maiúscula, ou depois da citação, den-
tro dos parênteses, com todas as letras maiúsculas. Observemos o mesmo exemplo, colocando o
nome do autor anteriormente. Teríamos: Segundo Severino (2007), a internet é responsável por
eliminar barreiras de tempo e espaço... Essa opção de mencionar o autor no próprio texto, antes
da citação, ou depois dela, pode ocorrer nos três tipos de citações, dependendo da escolha de
quem escreve.
Por último, a citação de citação, realizada quando o autor do trabalho acadêmico utiliza
uma citação direta ou indireta de outro texto, já que não teve acesso ao original. De forma bem
geral seria citar algum autor que já tenha sido citado por outro. Nesse caso, a expressão latina
apud (que tem o mesmo sentido de citado por, conforme, de acordo com e segundo) identi�ca
ser esse tipo de citação. Pode ser usada tanto no texto como em notas de rodapé.
A menção tem início com o sobrenome do autor original e ano (no caso de citação dire-
ta, a página) apud sobrenome do autor que fez a citação e demais complementos (ano e página)
conforme necessário.
Voltemos a um exemplo retirado do livro de Severino (2007). Na página 87, Severino
faz uma citação direta do autor Maritain (1994, p. 38). Caso eu, escrevendo meu texto cientí�co,
quisesse citar a mesma frase, eu precisaria fazer uma citação de citação, visto ser Severino o autor
da obra que eu teria em mãos. Exemplo: “o ato da mente pelo qual ela a�rma ou nega alguma
coisa, unindo ou separando dois conceitos por intermédio de um verbo” (MARITAIN, 1994, p.
38, apud SEVERINO, 2007, p. 87). Caso fossem mencionados antes do texto: De acordo com
Maritain, (1994, p. 38), apud Severino (2007, p. 87): “o ato da mente pelo qual ele a�rma...”.

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Esse sistema, da escolha e escrita das citações é denominado sistema Autor- data, que
conforme NBR 10520/2002 da ABNT, ocorre no corpo do texto, indicando a fonte pelo sobreno-
me do autor em caixa alta e baixa, seguida da data de publicação do documento entre parênteses.
As citações devem ser feitas através do sistema autor-data, em que se deve colocar o sobrenome
do autor ou da instituição responsável ou título de entrada, seguido da data de publicação do do-
cumento, separado por vírgula. Caso indique apenas um trecho da obra, depois do ano coloca-se
a vírgula, a abreviatura de página (p.) e �nalmente o número da página. Exemplos: (IBGE, 2008)
ou (SILVA, 2008, p. 22). Citação no corpo do texto: Severino (2007, p. 174) expõe que as citações
são os elementos retirados dos documentos pesquisados...Indicação de autor dentro de parênte-
ses: As citações são os elementos retirados dos documentos pesquisados... (SEVERINO, 2007, p.
174).
Nem sempre, a obra citada, foi escrita por apenas um autor. Assim, caso sejam até três
autores, eles devem ser separados por ponto e vírgula. Ex: (SILVA; CHAUÍ; VARGAS, 2000).
Caso a citação seja de uma obra de mais de três autores, / indicando todos os outros que
não aparecem: (SOBREIRA et al., 1996, p.30). Caso queiramos citar várias obras de um mes-
mo autor publicadas no mesmo ano, a diferenciação far-se-á por letras (CHAUI, 2001a, p.35),
(CHAUI, 2001b, p.60), (CHAUI, 2001c, p. 550).
Há, ainda, a probabilidade de citarmos vários autores, que tiveram o mesmo pensamento,
por nós citado. Nesse caso, todos devem aparecer, em ordem alfabética. Ex (ALMEIDA, 2007;

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CHAUÍ, 2001, SANTOS, 2000).

SISTEMAS NOTAS DE RODAPÉ


Outro sistema é o das notas de rodapé, que vem através da sequência numérica para a
indicação do autor da obra citada, podendo ter algumas variações. Caso o autor seja citado várias
vezes no texto, na primeira nota, coloca-se a citação da obra com referência completa.
Na segunda menção, insere-se a expressão latina ibidem ou ibid. (que signi�ca, na mesma
obra), indicando que a obra citada é a mesma da imediatamente anterior. Deve ser indicada na
mesma página ou folha de citação a que se refere:
¹ SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientí�co. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
²Ibid., p. 70.
A expressão idem ou id. indica obras do mesmo autor anteriormente citado. Coloca-se
na mesma página ou folha de citação a que se refere. ¹MEDEIROS, João Bosco. Português instru-
mental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 60. ²Id., Redação cientí�ca. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76.
A expressão op. cit. (obra citada) é usada no caso de ocorrerem citações que se repetem, mas
intermediadas por outros autores. ¹ SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientí�co. 23.
ed. São Paulo: Cortez, 2007. ²MEDEIROS, João Bosco. Português instrumental. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1996, p. 60. ³SEVERINO, op. cit., p. 21. Por último, retomando, aparece a expressão apud
(citado por), que indica um autor citado por outro autor. ¹ MARITAIN, 1994, p. 38, apud SEVE-
RINO, 2007, p. 87.

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Em linguagem bem simples, seria isto:


Se escrevemos com nossas palavras o que alguém já disse, estamos diante de uma citação
indireta, mas mesmo assim, mencionamos a fonte sem ponto aqui e com ponto só no �m (SO-
BRENOME, 2017).
Se copiamos “igualzinho, já que sabemos que pode existir cópia diferente, colocamos
entre aspas, caso seja até três linhas e precisamos da página” (SOBRENOME, 2017, p. 2).
Lembrando que o autor pode ser citado antes, no seu texto, assim, por exemplo, segundo
Fulano (ANO), e aí escrevemos com nossas palavras o que precisamos dizer.
PONTUAÇÃO: Quando fazemos a citação em nosso texto e usamos expressões como
Segundo Fulano (ANO), ou De acordo com Fulano (ANO), elas devem vir seguidas de vírgula.
No entanto, essa vírgula não ocorre caso comecemos pelo autor, que funcionará como sujeito.
Fulano (ANO) a�rma que.... (Não se separa com vírgula o sujeito do resto da oração).

CUIDADOS COM A LINGUAGEM


Como observamos no início de nossas conversas escritas, temos uma in�nidade de textos
e, na hora de escrever, precisamos estar aptos para reconhecer e enquadrar nossa escrita dentro

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de cada estrutura. É necessário que cada tipo de composição esteja de acordo com o que seu
escritor deseja expressar. No caso da redação cientí�ca alguns pontos são relevantes para a con-
dução dessa informação: a ressaltar seu caráter formal e impessoal.
De modo bem simples e explicativo, por linguagem formal entendemos aquela que em-
pregamos em situações que exigem de nós certa seriedade. Aquela para a qual nos preparamos
nos bancos escolares, para realizarmos os tão diversos e temidos exames. Podemos também em-
pregá-la na oralidade, quando pretendemos demonstrar respeito e consideração, geralmente, por
pessoas mais velhas ou de um cargo superior ao nosso, ou ainda quando precisamos elaborar um
discurso para ser pronunciado a um grupo maior de pessoas.
É importante considerarmos que esse emprego da linguagem formal não exclui a possi-
bilidade de empregarmos a linguagem informal, em outras ocasiões. Em casa, com os familiares,
nos grupos com os quais convivemos ela é totalmente cabível. Não falamos aqui em uma forma
correta e outro errada, uma melhor e outra pior, mas tratamos de ADEQUAÇÃO, ou seja, nossa
fala e escrita devem estar adequadas às diversas circunstâncias sociais com as quais estabelece-
mos contato.
Além da formalidade, outra característica do texto cientí�co é a impessoalidade, que apa-
ga qualquer marca especí�ca da pessoa, do escritor, em si, procurando dar a ideia de algo geral.
Portanto, deve-se evitar a construção da escrita em primeira pessoa, seja do singular como em:
“Eu concluo, ou a�rmo..., ou do plural: “Percebemos, veri�camos...”. Essas marcas pessoais cedem
espaço a uma escrita impessoal: “Veri�ca-se, nota-se, é importante a�rmar., analisar-se-á, foi dito
que...”.
Vale ainda, fazer uso de uma linguagem concisa e direta, por meio de classes principais
como substantivos e verbos, evitando adjetivação extrema ou muitos advérbios. Por mais que o
texto cientí�co peça uma clareza na exposição das ideias, sua construção deve ocorrer de forma
clara, precisa e concisa, evitando repetições e parágrafos longos demais. É importante dividir o
assunto em partes, exprimindo uma unidade de raciocínio. Quando mudamos o que querermos
dizer, temos a necessidade de outro parágrafo.

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Este guia aponta os 9 erros mais perigosos na realização do trabalho monográ-


fico:

http://guiadamonografia.com.br/referencial-teorico-9-erros-perigosos/#_
Toc483836407

COESÃO E COERÊNCIA
Quando falamos em coesão textual entendemos a respeito dos mecanismos que nossa
língua possui para “ligar”, relacionar as palavras, frases ou parágrafos de um texto, garantindo
organização e continuidade. Esses elementos podem indicar

• Oposição ou contraste: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora,

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contra, apesar de, não obstante, ao contrário, etc.

• Causa e consequência: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por
motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, etc.

• Finalidade: a �m de, a �m de que, com intuito de, para, para a, tanto quanto, tanto mais,
a menos que, etc.

• Esclarecimento: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

• Proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a
menos que, etc.

• Tempo: em pouco tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, em vista disso, etc.

• Condição: se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que, etc.

• Conclusão: portanto, então, logo, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, em vista
disso, etc.

Esses elementos coesivos podem ser utilizados na construção das citações. Pode-se, por
exemplo, ao se remeter a um autor, começar pelo seu sobrenome, seguido de algumas expressões
também coesivas, como:

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Fulano (ANO, p. 00) a�rma que, conceitua, aponta que, assevera, ressalta, considera,
apresenta re�exões sobre ... De acordo com Fulano (ANO)... De acordo com os dados obtidos
no trabalho de... Conforme as estatísticas demonstradas... É o que se pode veri�car, por exemplo,
na tabela, ou no grá�co... Com base nos autores consultados veri�ca-se ou observa-se, ou nota-
-se. Os dados permitem a�rmar que... Em um primeiro momento é importante ressaltar... Nessa
perspectiva, faz-se interessante saber... Como re�exo desta situação, é possível demonstrar, ou
evidenciar... Salientando-se ainda, que... É importante ainda destacar... É importante considerar
que... Apesar desse fato, deve-se ainda ressaltar que... No entanto, a situação precisa ainda ser
analisada por outra perspectiva... Apesar da complexidade do assunto, é necessário reforçar...
Outro fator existente... Cumpre evidenciar que... Considerando ainda... Por outro lado... De outro
modo... De modo contrário ou adverso... Em outro sentido... De outra forma... Não obstante..
Faz-se oportuno, portanto... Torna-se necessário... Faz-se necessário... Torna-se evidente ou fun-
damental... Em virtude dos fatos mencionados... Levando-se em consideração estes aspectos...
Tendo em vista os fatores observados...
Koch e Travaglia (1993) explicam que a coerência não está na superfície linguística,
estando profunda e não �cando marcada enquanto que a coesão é linear, aparecendo na super-
fície do texto por meio dos elementos linguísticos.
Os autores reiteram que o texto só fará sentido se houver coerência e coesão. Ambos os elemen-
tos estão correlacionados ao processo de produção e compreensão do texto, sendo que a coesão

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ajuda a estabelecer a coerência, mas não à garante. Observemos este exemplo, que mostra como
é possível escrever com coesão, mas sem coerência.

Figura 2 – Coesão sem coerência. Fonte: Nogueira (2012).

O contrário pode também ocorrer. Notemos este poema de Drummond, onde marcas de
elementos coesivos não são encontradas, mas o sentido pode ser nitidamente obtido.

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Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras


Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar

Um homem vai devagar


Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus


Figura 3 – Rural landscape. Fonte: Shutterstock (2017).

O RECURSO DAS REFERÊNCIAS

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De acordo com a Norma Brasileira 14724, as referências dizem respeito ao padrão dos
elementos descritivos, retirados de documentos, capazes de permitir sua identi�cação individual.
Elas podem aparecer em notas de rodapé, listas ao �nal do texto ou encabeçando resumos. Sua
identi�cação ocorre pelos elementos essenciais e através dos elementos complementares. Como
a própria palavra nos remete, os essenciais seriam aqueles que não podem faltar, sendo, portanto,
indispensáveis, os complementares, por sua vez, podem ser acrescentados a �m de permitir uma
melhor caracterização. Nesse caso, tem-se como essenciais em livros: nome do autor, título da
obra, edição, cidade, editora e ano.
A lista de referências segundo a ABNT deve aparecer em ordem alfabética, iniciando-se
pelo último sobrenome do autor, em letras maiúsculas, seguido de seu prenome de preferência
por extenso. Existe a possibilidade de que os nomes e outros sobrenomes apareçam de forma
abreviada, desde que este padrão seja mantido em todo o conjunto das demais referências. Os
critérios de abreviação estão dispostos na NBR 10522.
Ressalta-se, ainda, como recurso tipográ�co, o destaque dado aos títulos nas referências,
que também devem seguir um padrão. A ABNT sugere o negrito, itálico ou o grifo, cabendo ao
autor do trabalho escolher e uniformizar. Caso haja a necessidade de se fazer uma referência ma-
nuscrita, deve-se optar por grifar o título.
Quanto à sua formatação, devem aparecer alinhadas apenas à esquerda, com espaçamen-
tos simples entre as linhas de uma referência e espaço duplo para separar uma das outras, permi-
tindo a identi�cação individual de cada uma delas.
Pode acontecer de um mesmo autor ter escrito mais de uma obra e necessitar ser citado
mais de uma vez. Neste caso, abaixo de sua primeira referência é facultativo o uso de um traço
sublinear (equivalente a seis espaços de letra) para iniciar a próxima referência, substituindo a
repetição do nome do autor:.

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Neste outro caso, o autor é o mesmo, a obra também, mudando apenas a edição, em outro
ano.

TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS


A critério de organização, iniciemos a apresentação por meio dos documentos conven-
cionais, a serem citados no todo. Em caso de livro, com um só autor, o procedimento é simples.

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Consideremos alguns nomes de forma a visualizar como estes �cariam dispostos caso
fossem referenciados.

Maria Costa Faria, no caso, apareceria:


FARIA, Maria Costa.
Manual da Silva, por exemplo, �caria:
SILVA, Manuel da. Ou abreviando-se: SILVA, M. da., sendo que a partícula não acompa-
nha o último sobrenome.

Arnaldo Brandão Costa Júnior:


COSTA JÚNIOR, Arnaldo Brandão. Observem este caso, que se estende a todos os outros
nos quais haja indicativo de parentesco no nome (FILHO, NETO, SOBRINHO), este aparece
junto ao último sobrenome na referência.

Em casos de sobrenomes ligados por hífen, ou aqueles com pre�xos arraigados, estes
permanecem junto ao último sobrenome, iniciando a referência:
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, �caria: DI PIETRO, M. S. Z.
Outro detalhe, que muitas vezes não se nota, é acerca da palavra edição. Esta só deve ser
referenciada a partir da segunda. Logo, quando não aparece, depreende-se que seja da primeira
edição. Ainda, é necessário salientar que seu formato não deve aparecer com o indicativo de grau,
como estamos acostumados a colocar: 3ª edição, 3ª ed. O correto é colocarmos apenas o número
seguido de ponto e a palavra ed. também seguida do ponto, por estar na forma abreviada.

Outra consideração importante é acerca do número de autores. Se o texto for escrito por
até três autores, estes aparecem, separados por ponto e vírgula, na ordem em que estão dispostos
no texto. Pensemos como exemplo os nomes de Paulo Novaes e Henrique Silva Castelani. Seriam
referenciados:

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NOVAES, Paulo; CASTELANI, Henrique Silva ...


Caso haja mais de três autores, menciona-se o primeiro seguido da expressão latina abre-
viada et al., que quer dizer “e todos os outros”.

Vejamos agora, especi�camente, modelos de referências. As autoras Curty, Cruz e Mendes


(2006) trazem de modo explicativo um exemplo de cada possível documento a ser referenciado,
começando pelos documentos convencionais considerados no todo: livros, folhetos, trabalhos
acadêmicos, dissertação, tese, enciclopédias, dicionários e eventos.

Observemos que a ordem segue a dos elementos essenciais, neste exemplo, com o acrés-
cimo de algumas informações a serem explicadas. Apenas o título está em negrito, �cando o

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subtítulo na fonte normal. Quando se quer indicar o número de páginas, inicia-se pelo número
seguido do p. abreviado. A a�rmação de que o documento é ilustrado deve aparecer de forma
abreviada.
Em trabalhos acadêmicos deve-se iniciar pelo SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo
(se houver). Data da defesa. Total de folhas. Tese (Doutorado em...) ou Dissertação (Mestrado
em...). Instituição onde foi defendido. Local e data da defesa.

Observemos que nesses exemplos optamos pelo itálico e não negrito para destacar o títu-
lo. Ressaltamos, neste último exemplo, do dicionário, que ao colocar o nome da editora, a palavra
editora ou ed. não deve aparecer, exceto, se �zer parte do nome, como Editora Maio, por exem-
plo.
Pode ocorrer, também que um conjunto de autores tenha se reunido para publicarem
seus trabalhos sob forma de livro. Assim, é necessário haver indicação de um autor, como repre-
sentante, responsável pelo conjunto da obra, pela coletânea, e, nesse caso, seu nome deve apare-
cer seguido de sua abreviatura (organizador, coordenador, editor etc.), entre parênteses.

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Quando necessário, outros tipos de responsabilidade, como tradução, revisão, ilustra-


ções, etc., podem ser acrescentadas conforme aparecem no documento.

Neste próximo caso, estamos diante de um livro, tendo capítulos escritos por diferentes
autores. Utilizamos, especi�camente uma parte: o capítulo sobre “Referências”, escrito por 3 auto-
ras. Então, foi necessário utilizar o termo “In”, signi�cando “dentro de”... E, neste caso, o destaque
vai para o título do livro e não do capítulo. Destaca-se também a presença do traço sublinear de 6
toques, que indica se tratar da mesma autoria citada anteriormente. Dessa forma, Silva, Pinheiro
e França estão também como autoras responsáveis pelo “Guia para normalização de trabalhos
técnicos-cientí�cos”.

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Observe que detalhes da edição (no caso edição revista e ampliada), caso estejam presen-
tes no documento, devem aparecer de forma abreviada. Também, por último, a página de início
e �m do capítulo em questão. Caso a obra apresente mais de um volume, essa quantidade deve
aparecer depois do ano, também abreviadamente. Exemplo: ... São Paulo: EDUSP, 2001. 2 v. Se a
publicação tiver apenas um volume, indica-se seu número de páginas ou folhas: 130 f. ou 130 p. A
indicação de que a obra apresenta ilustrações de qualquer natureza, pode aparecer, e, nesse caso,
é feita através da abreviatura “il.”, ou “il. color., para as coloridas.

CASOS DE AUTOR ENTIDADE


Caso o documento a ser referenciado tenha sido escrito por uma instituição ou mais de
uma, ou organização, empresa, comissão, comitê, etc., sendo de natureza administrativa, regis-
trando de certa forma um pensamento ou norma coletiva, iniciamos pelo nome desse órgão.

Com relação aos elementos da referência bibliográ�ca de leis, portarias, decretos etc.,,
uma ordem deve ser seguida como: nome do local (país, estado ou cidade), título (especi�cação
da legislação, número e data, ou jurisprudência: decisão judicial), ementa e indicação da publica-
ção o�cial.
Estes exemplos, retirados da NBR 6023, 2002, p. 8, nos mostram os detalhes dessa nume-
ração.

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Todavia, precisamos considerar que, atualmente, o acesso a esses documentos se faz por
meios eletrônicos, sendo necessário colocarmos as informações que permitam sua identi�cação
básica, com os elementos essenciais, dispondo ao nosso leitor, dados para encontrar o documen-
to, assim como veremos logo em seguida.
Por hora, cabe considerar que mais do que decorar a ordem de todos elementos jurídicos
que devem aparecer, é importante de posse dessa informação, sabermos buscar a fonte correta,
arrumando os detalhes.
Eventos, encontros, simpósios, congressos, reuniões, semanas, ou seminários também
podem ser referenciados, iniciando pelo seu nome, em maiúsculo, o número do evento e ano de
ocorrência, o local, no que consiste: anais, resumos, relatório, cidade, editora e ano. Curty, Cruz
e Mendes (2006) trazem alguns exemplos:

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Pode acontecer também que um trabalho tenha sido apresentado em um desses eventos,
mencionados anteriormente e sejam citados nas referências. Nesse caso, procedemos da mesma
maneira, pelo nome dos autores, seguidos pela expressão In: tendo na frente o nome do evento,
todo em letras maiúsculas, continuando como no exemplo anterior.

Muito do que se publica e se cita, nos dias atuais, está disposto sob a forma de periódicos.
A publicação periódica é constituída de fascículos, números ou partes, editadas a intervalos pre-
�xados, podendo ter a colaboração de diversas pessoas, sob a direção de uma ou várias, tratando
de assuntos diversos, conforme as normas estabelecidas. Nesses casos, se a obra for considerada
no todo, dá-se início pelo título do periódico, local de publicação, editor (entidade responsável),
data (ano), periodicidade (semanal, quinzenal, mensal, bimestral etc. ou frequência irregular), e
ISSN (Número de série, padrão de reconhecimento). Caso seja considerada em partes, a ordem a
ser seguida é: título do fascículo, suplemento de número especial, se houver, local e editor, indi-
cação de volume, número e data.

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ENSINO A DISTÂNCIA

Notemos, neste último exemplo que aparece o autor, procedendo-se da mesma forma,
seguido pelo nome do artigo que fora publicado. Depois, aparece outro título, este, com destaque,
por ser o título da revista. A ordem numérica aparece abreviada, sempre v. n. p. e também os
meses, com exceção de maio que não se abrevia.

Outros detalhes não menos importantes:

• Em artigo retirado de Jornal o destaque vai para o nome do jornal e não do


artigo.
ADES, C. Os animais também pensam: e têm consciência. Jornal da Tarde, São
Paulo, p. 4D, 15 abr. 2001.

• Referências sem autoria embora não seja o almejado, podem acontecer sim.
Nesses casos a entrada se dá pela primeira palavra do título, toda em maiúsculo:
O SISTEMA financeiro e o desenvolvimento econômico. Conjuntura Econômica,
Rio de Janeiro, v. 58, n. 5, p. 10-11, maio, 2004.

• Quando a obra não tiver local de publicação existe a opção [s.l.] sine loco, a ser

MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA | UNIDADE 3


colocada entre colchetes.

• No caso de existirem cidades com o mesmo nome, acrescenta-se o estado ou


país.

• Não havendo data de publicação, é necessário que uma data aproximada seja
estabelecida entre colchetes.

• Informações julgadas úteis podem aparecer ao final da referência. Ex: Apostila,


ou Notas de aula, Inclui bibliografia, Bula de remédio.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Parece algo sem utilidade apresentarmos normas para construção de Referências quando
temos o mundo ao nosso alcance por meio das tecnologias digitais. É fato, que muitas das refe-
rências conseguiremos encontrar via internet. No entanto, somente quem tem essa visão geral,
disposta até aqui, conseguirá uniformizar seu trabalho compondo um todo coeso. Atualmente,
existem aplicativos e ferramentas capazes de organizar, sistematizar e transferir para nós as refe-
rências, os so�wares Mendeley e EndNote, por exemplo, são gerenciadores gratuitos de referên-
cias bibliográ�cas. No entanto, fazer uso dessas ferramentas não nos exime de conhecer o básico,
requisito primordial para o próprio manuseio dos programas.
Darnton (2010) faz uma consideração sobre as quatro mudanças fundamentais na tec-
nologia da informação: a escrita, o códice, a imprensa e a comunicação eletrônica. A escrita
constitui-se em um marco de profundas mudanças para o meio social por possibilitar a gravação,
transmissão e armazenamento da informação em um suporte qualquer, abrindo espaço para o
desenvolvimento de tecnologias futuras. E o principal no meio disso tudo: ela não desapareceu.
A escrita está presente em outros formatos e suportes.

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ENSINO A DISTÂNCIA

A informação continua a ter o seu valor não somente no meio impresso como referen-
ciamos até aqui, mas por meio das mais diversas publicações e documentos gerados, mantidos e
disseminados no formato eletrônico, sendo acessível por meio de computadores, tablets, smar-
tphones etc.
Nesse sentido, cada tipo de documento eletrônico, continua tendo sua identidade própria,
ou seja, continua sendo um artigo de revista, ou periódico, uma monogra�a, uma tese, disserta-
ção, uma lei ou decreto etc., Continua carregando os dados comumente usados nos documentos
convencionais com um detalhe a ser somado, o fato de esses documentos estarem mais próxi-
mos de nós e também poderem chegar rapidamente ao nosso leitor e ao leitor de nosso leitor. A
velocidade desse processo não exclui a necessidade de identi�cação, pelo contrário, faz com que
aos dados antes convencionais nas referências, sejam acrescentados outros pontos especí�cos,
que possibilitem a localização e recuperação do documento (caracterizando o ‘ser cientí�co).
O endereço eletrônico e a data de acesso são primordiais nesse processo. Assim, de forma bem
simpli�cada, teríamos os dados convencionais extraídos do documento, SEMPRE seguidos de:

ACCORSI, A.; PONTES, C. C. C.; PERAZZA, R. A. Indicadores de qualidade para cursos de

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ensino à distância on line. Administração on line: prática - pesquisa - ensino, São Paulo, v. 5, n.
1, jan./mar. 2004. Disponível em: <http://fecap.br/adm_online/adol/artigo.htm>. Acesso em: 6
abr. 2006.

E um artigo de jornal sem autoria:

CÂNCER bucal igual em 2006. Jornal da CFO, Rio de Janeiro, ano 13, n. 69, nov./dez. 2005. Dis-
ponível em: <http://www.cfo.org.br/jornal/n69/destque01.asp>. Acesso em: 5 jan. 2006.

OBS: A pontuação e os espaçamentos depois dela, devem permanecer como nos exemplos. Sem-
pre há ponto depois de um item abreviado. Não há espaços na colocação do link.

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