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O Ofício Diaconal – Parte 01

O DIÁCONO COMO SERVO


“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pedro 4.10).

O mundo no qual estamos inseridos apresenta valores que muitas vezes são contrários àqueles
que encontramos nas Sagradas Escrituras. Razão, porque, como crentes em Cristo Jesus,
devemos rejeitá-los sempre que estiverem em desarmonia com Texto Sagrado. Isto dito,
devemos observar que no sistema organizacional proposto pela sociedade, a regra é: “se você é
bom em algo; se você se destaca e se tem habilidades que se sobressaem; então você deve
assumir um papel de liderança; deve ser o primeiro exercendo autoridade”. Não obstante, as
Sagradas Escrituras, nos mostram que o caminho a ser percorrido pelo cristão deve ser
exatamente o oposto, pois quanto mais habilidades temos, tanto mais devemos servir.

Para uma melhor compreensão do conceito supracitado, devemos olhar para o ensino de Jesus
aos discípulos, quando estes discutiam entre si, sobre quem era o maior no reino de Deus
(Mateus 18.1-6). Perceba que no conceito de Jesus, o maior é aquele que se faz menor, isto é,
que se faz servo. Em outra oportunidade Jesus ressalta: “Mas o maior dentre vós será vosso
servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será
exaltado” (Mateus 23.11-12). Contudo, é preciso salientar que a ideia de serviço ou o servir uns
aos outros, não está restrita ao Novo Testamento e/ou aos ensinamentos diretos de Jesus (cf.
Romanos 15.25; Hebreus 6.10; I Pedro 4.10). No Antigo Testamento, o verbo hebraico ַ‫עעבבד‬
(abad) aparece mais de duzentas vezes, com os seguintes significados: lavrar; trabalhar;
cultivar; ser escravizado; sujeitar a si mesmo e servir. Neste último caso, o termo é aplicado
tanto no serviço a Deus, quanto aos homens.

Diante do exposto, devemos considerar que o serviço é sempre a melhor opção. Assim, como
vosso conservo, rogo a Deus, que este seja um tempo de aprendizado mútuo, redundando na
Sua glória e na edificação dos eleitos.

O OFÍCIO DIACONAL
“Segundo o pensamento grego, serviço (διακονία – diakonía) era considerado incompatível
com a dignidade de um homem livre”.¹ Não obstante, Jesus quebra paradigmas ao afirmar que
veio para servir (διακονησαι – diakonésai; Marcos 10.45). E deu exemplo de serviço
(διακονεω – diakoneo) ao curar os enfermos, ressuscitar mortos, libertar pessoas possessas e
ao lavar os pés dos discípulos; mas seu maior exemplo de serviço, foi oferecer a si mesmo como
sacrifício perfeito a Deus, em favor dos eleitos. Razão porque o apóstolo Paulo afirma com
propriedade, que “Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus,
para confirmar as promessas feitas aos nossos pais” (Romanos 15.8). É importante perceber
que o termo grego, mediante o qual, Paulo se refere a Cristo como ministro
é διακονον (diakonon), uma variação de διακονος (diakonos), que significa servo, atendente,
ministro, alguém que executa os pedidos de outro.
Em certo sentido todos os crentes são diáconos, pois todos são chamados ao serviço.
Entretanto, há pessoas especialmente separadas por Deus e eleitas pela igreja para servir de
forma mais específica. Esse foi o caso de sete homens eleitos pela igreja de Jerusalém para
cuidar dos necessitados que haviam entre eles (cf. Atos 6.1-7). Ao comentar o referido texto,
Simon J. Kistemaker, ressalta que:

“Em vista de suas muitas responsabilidades, os apóstolos não podiam fazer justiça
no tocante ao cuidado das necessidades financeiras de todas as viúvas. A evidência
demonstra que eles estão muito ocupados. Assim, a situação lembra a de Moisés
julgando o povo de Israel. Jetro, o sogro deste, aconselhou-o a escolher homens
capazes e a colocá-los como juízes para o povo (Êx 18.17-26). Isso aliviou o fardo de
Moisés. Assim também os apóstolos tentam resolver o problema do cuidado aos
necessitados”.²

O RESGATE DO OFÍCIO DIACONAL NA REFORMA


No pensamento reformado, a prosperidade financeira não é necessariamente sinônimo da
bênção de Deus. Também é verdade que a pobreza não é indicativo de seu desfavor. Para
Calvino, por exemplo, a disparidade social é uma forma de julgamento de Deus sobre a
sociedade e não sobre um indivíduo em particular.

A questão é que a causa dos males sociais, assim como toda espécie de males, tem uma
mesma raiz: o pecado. O pecado não é algo meramente conceitual, tendo, portanto, sério
impacto na vida do homem, inclusive na sua vida socioeconômica. A realidade deste mal tem-se
dado a conhecer ao longo do tempo, distorcendo os sentimentos e motivações dos homens,
tornando-os, ambiciosos e egoístas. Assim, como afirma Jim Witteveen:

“Nos séculos antes da Reforma Protestante, o diaconato se tornou um ofício quase


esquecido na igreja romana. O cuidado dos pobres era responsabilidade do bispo,
que (teoricamente) providenciava ajuda para os pobres por meio da sua própria
renda. Os necessitados foram ajudados nos monastérios e outras instituições
caritativas, mas especialmente por meio de caridade individual”.³
Dois grandes problemas surgem como resultado da prática supracitada: 1) O exercício da
misericórdia, cuidado com os necessitados, deixa de ser realizado por aqueles a quem Deus
chamou para este fim especifico – ainda que todos os crentes em Cristo sejam chamados para
exercer misericórdia e cuidar dos uns dos outros; e 2) o propósito de tal cuidado para com os
necessitados, não era o exercício do amor, mas contribuir com a salvação daquele que exercia
tal ato de caridade; neste caso, os bispos.

Os reformadores buscaram restaurar a visão bíblica do diaconato, mas encontraram grande


dificuldade neste mister, pois o estado regia as decisões tomadas pela igreja.

Embora, não tenha conseguido implementar em Genebra (Suíça), seus conceitos acerca da
diaconia, o pensamento econômico-social de Calvino é de fundamental importância para uma
compreensão contemporânea do assunto, pois o reformador genebrino, demonstrou profunda
preocupação com os necessitados. Uma preocupação tal, que o levou a exigir das autoridades
de Genebra que fossem estabelecidos quatro ofícios na igreja da referida cidade: “pastores,
doutores, presbíteros e diáconos, os quais correspondiam às áreas de doutrina, educação,
disciplina e ação social”.⁴

“Provavelmente a principal contribuição teológica de João Calvino ao entendimento


reformado do bem-estar social é aquela encontrada nas suas ideias acerca do
diaconato. Calvino tinha o ofício de diácono em alta consideração: os diáconos eram
oficiais públicos da igreja responsáveis pela assistência aos pobres. Ele insistiu que
os mesmos fossem versados na fé cristã, uma vez que, no decurso do seu ministério,
eles muitas vezes teriam de oferecer conselhos e conforto espiritual. Na realidade,
“os diáconos na Genebra de Calvino devem ter sido peritos no que hoje
denominamos serviço social, bem como em assistência pastoral”.⁵
Diante do exposto e face à crescente confusão de cargos, funções e ofícios na igreja hodierna,
faz-se necessário buscarmos um entendimento bíblico sobre o assunto em voga, sobretudo,
acerca das qualificações exigidas destes que têm sido chamados por Deus para oficiarem ao
povo.

Falaremos sobre os requisitos necessários ao exercício deste ofício em nossa próxima


postagem.

Rev. Elivanaldo Fernandes

Rev. Elinavado Fernandes


Pastor Efetivo da IP Afonso Pena/PR

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