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AUDIÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

PROBLEMA 01
GABRIEL SILVA DÓREA
deglutição, a fim de permitir que a pressão da orelha
média se equilibre com a pressão atmosférica. Os
 Compreender a anatomofisiologia do resfriados ou outras infecções que causam inchaço
sistema auditivo. (edema) podem bloquear a tuba auditiva e resultar
 Conceituar perda auditiva e identificar os no acúmulo de líquido na orelha média. Se bactérias
seus tipos ficarem retidas no líquido da orelha média, ocorrerá
 Entender as características do som e sua uma infecção, conhecida como otite média. Três
propagação (biofísica, física acústica, pequenos ossos da orelha média conduzem o som do
psicoacústica) meio externo para a orelha interna: martelo, bigorna
e estribo. Os três ossos estão conectados um ao outro
por estruturas semelhantes a dobradiças. Uma das
extremidades do martelo está fixada à membrana
timpânica, e a base do estribo se prende a uma fina
ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA AUDITIVO membrana, que separa a orelha média da orelha
interna. A orelha interna possui duas estruturas
sensoriais principais. O aparelho vestibular, com
seus canais semicirculares, é o transdutor sensorial
para o nosso sentido do equilíbrio, que será descrito
na próxima seção. A cóclea da orelha interna possui
os receptores sensoriais da audição. Em uma vista
externa, a cóclea é um tubo membranoso que se
enrola como uma concha de caracol dentro da
cavidade óssea. Dois discos membranosos, a janela
do vestíbulo ou janela oval (à qual o estribo se fixa)
e a janela da cóclea ou janela redonda, separam o
líquido que preenche a cóclea do ar que preenche a
orelha média. Os ramos do nervo craniano VIII, o
nervo vestibulococlear, vão da orelha interna até o
encéfalo. ¹

A orelha é um órgão sensorial especializado em duas A orelha é dividida em três regiões principais: (1) a
funções distintas: audição e equilíbrio. Ela pode ser orelha externa, que coleta as ondas sonoras e as
dividida em orelhas externa, média e interna, com os direciona para dentro; (2) a orelha média, que
elementos neurais alojados nas estruturas da orelha conduz as vibrações sonoras para a janela do
interna e protegidos por elas. O aparelho vestibular vestíbulo (oval); e (3) a orelha interna, que
da orelha interna é o sensor primário do equilíbrio. armazena os receptores para a audição e para o
equilíbrio. ²
O restante da orelha é utilizado para a audição. A
orelha externa é constituída da orelha (aurícula), ou ORELHA EXTERNA
pina, e do meato acústico externo (canal auditivo). O
meato acústico externo (canal auditivo) é fechado A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão
em sua extremidade interna por uma camada auricular), pelo meato acústico externo e pela
membranosa fina de tecido, chamada de membrana membrana timpânica. orelha é uma aba de
timpânica, ou tímpano. A membrana timpânica cartilagem elástica com formato semelhante à
separa a orelha externa da orelha média, uma extremidade de uma corneta e recoberta por pele. A
cavidade preenchida com ar que se conecta com a sua margem é a hélice; na parte inferior é o lóbulo.
faringe através da tuba auditiva (tuba de Eustáquio). Ligamentos e músculos ligam a orelha à cabeça. O
A tuba auditiva normalmente está colapsada, meato acústico externo é um tubo curvado com
isolando a orelha média, mas se abre cerca de 2,5 cm de comprimento que se encontra no
temporariamente durante a mastigação, o bocejo e a temporal e leva à membrana timpânica. A
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membrana timpânica ou tímpano é uma divisão fina por uma série de cavidades na parte petrosa do
e semitransparente entre o meato acústico externo e temporal divididas em três áreas: (1) os canais
a orelha média. A membrana timpânica é coberta por semicirculares, (2) o vestíbulo e (3) a cóclea. O
epiderme e revestida por um epitélio cúbico simples. labirinto ósseo é revestido por periósteo e contém a
Entre as camadas epiteliais encontra-se tecido perilinfa. Esse líquido, que é quimicamente
conjuntivo composto por colágeno, fibras elásticas e semelhante ao líquido cerebrospinal, reveste o
fibroblastos. Próximo a sua abertura externa, o labirinto membranáceo, uma série de sacos e tubos
meato acústico externo contém alguns pelos e epiteliais dentro do labirinto ósseo que têm o
glândulas sudoríferas especializadas chamadas de mesmo formato geral do labirinto ósseo, abrigando
glândulas ceruminosas, que secretam cera de ouvido os receptores para a audição e o equilíbrio. O
ou cerume. A combinação entre pelos e cerume labirinto membranáceo epitelial contém a endolinfa.
ajuda a evitar a entrada de poeira e de objetos O nível de íons potássio (K+) na endolinfa é
estranhos na orelha. O cerume também evita danos incomumente alto para um líquido extracelular e os
à pele delicada do meato acústico externo que íons potássio desempenham um papel na geração
podem ser causados pela água e por insetos. ² dos sinais auditivos (descritos a seguir). O vestíbulo
é a parte central oval do labirinto ósseo. O labirinto
ORELHA MÉDIA
membranáceo no vestíbulo é formado por dois sacos
chamados de utrículo e sáculo, que são conectados
por um pequeno ducto. Projetando-se superior e
A orelha média é uma pequena cavidade, cheia de ar posteriormente ao vestíbulo encontram-se três
e revestida por epitélio, situada na parte petrosa do canais semicirculares ósseos, cada um deles
temporal. Ela é separada da orelha externa pela localizado em ângulos aproximadamente retos um
membrana timpânica e da orelha interna por uma em relação aos outros dois. Com base em suas
divisão óssea fina que contém duas pequenas posições, eles são nomeados como canais
aberturas: a janela do vestíbulo (oval) e a janela da semicirculares anterior, posterior e lateral. Os canais
cóclea (redonda). Estendendo-se através da orelha semicirculares anterior e posterior são orientados
média e ligada a ela através de ligamentos verticalmente; o canal lateral é orientado
encontram-se os três menores ossos do corpo, os horizontalmente. Em uma extremidade de cada
ossículos da audição, que são conectados por canal encontra-se um alargamento redondo
articulações sinoviais. Os ossos, nomeados por causa chamado de ampola. As partes do labirinto
de seus formatos, são o martelo, a bigorna e o membranáceo que se encontram dentro dos canais
estribo. O “cabo” do martelo se liga à face interna da semicirculares ósseos são chamados de ductos
membrana timpânica. A “cabeça” do martelo é semicirculares. Essas estruturas se conectam ao
articulada ao corpo da bigorna. A bigorna, o osso do utrículo do vestíbulo. O nervo vestibular, parte do
meio na série, se articula com a cabeça do estribo. A nervo vestibulococlear (VIII) consiste nos nervos
base do estribo se encaixa na janela do vestíbulo ampular, utricular e sacular. Esses nervos contêm
(oval). Diretamente abaixo dessa janela encontra-se neurônios sensitivos de primeira ordem e neurônios
outra abertura, a janela da cóclea (redonda), que é motores que formam sinapses com os receptores de
encapsulada por uma membrana chamada de equilíbrio. Os neurônios sensitivos de primeira
membrana timpânica secundária. ² ordem carregam a informação sensorial proveniente
ORELHA INTERNA dos receptores e os neurônios motores carregam
sinais de retroalimentação para os receptores,
A orelha interna também é chamada de labirinto por aparentemente para modificar sua sensibilidade. Os
causa de sua série complicada de canais. corpos celulares dos neurônios sensitivos
Estruturalmente, ela é formada por duas divisões encontram-se localizados nos gânglios vestibulares.
principais: um labirinto ósseo externo que ²
encapsula um labirinto membranáceo interno. É
como se fossem balões longos colocados dentro de
um tubo rígido. O labirinto ósseo é formado
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sido desenvolvidos para o diagnóstico adequado
dessas lesões, mas poucos parecem ter sido efetivos
PERDA AUDITIVA e empregados na prática clínica. SCAN (screening
test for auditory disorders
As perdas de audição podem ser classificadas Deficiência auditiva mista
segundo a sua localização topográfica (condutivas,
sensorioneurais, mistas, centrais e funcionais) ou Essa perda auditiva apresenta-se com
sua expressão clínica (hipoacusia, disacusia, surdez características diversas das anteriores, pois,
e anacusia) dependendo do predomínio do fator de condução ou
da gravidade da lesão sensorial, apresenta
características diferentes. Em tais casos, pode-se
LOCALIZAÇÃO TOPOGRÁFICA dizer que a audição pela via aérea é pior que a óssea
(porém, esta última já apresenta algum
comprometimento) e que o índice de
reconhecimento da fala está pouco comprometido; a
Deficiência auditiva condutiva
ausência de reflexo do músculo do estribo e os testes
Se as ondas sonoras não alcançam a orelha interna de diapasão são difíceis de ser interpretados,
de forma adequada, quer por problemas na orelha especialmente nos casos unilaterais. Podem
externa (meato acústico) ou na orelha média representar um estágio evolutivo avançado de
(membrana do tímpano, cadeia ossicular, janelas certas lesões condutivas (como na otospongiose),
redonda ou oval, ou mesmo a tuba auditiva), quando essas lesões comprometem as espiras basais
determinam uma redução da acuidade auditiva, da cóclea. ³
constituindo deficiências do tipo condutivo.
Deficiência auditiva funcional
Caracteriza-se basicamente pela diminuição da
audição aos sons graves (aumento da rigidez do Nesse tipo de disfunção auditiva (também
sistema) com certa conservação da audição aos sons denominada de pseudo-hipoacusia, quando
agudos, e apresenta o teste de Rinne negativo e o de simulada), o paciente não apresenta lesões
Weber com lateralização para a orelha pior. ³ orgânicas no aparelho auditivo, seja periférico ou
central. A dificuldade de entender a audição pode ser
de fundo emocional ou psíquico, podendo sobrepor-
Deficiência auditiva sensorioneural se a alguma lesão auditiva prévia, apresentando
pioras bruscas do quadro clínico. Representa um
Nesse tipo de deficiência auditiva, o aparelho de grande desafio à audiologia clínica e torna-se difícil
transmissão do som encontra-se normal, mas há determinar, em certas situações, se é uma simulação
uma alteração na qualidade do som. O termo ou se é orgânica. Alguns testes, como o de Stenger e
“sensorioneural” é hoje empregado para substituir métodos eletrofisiológicos, têm possibilitado
“surdez de percepção”. Engloba as lesões sensoriais progresso nesse diagnóstico. ³
(orelha interna ou órgão de Corti) e neurais (lesões
desde o nervo coclear até os núcleos auditivos no
tronco). Nas deficiências auditivas do tipo
EXPRESSÃO CLÍNICA
sensorioneural, há uma melhor conservação da
audição para sons graves com perda de audição mais
acentuada em agudos. ³
HIPOACUSIA
Deficiência auditiva central
A hipoacusia expressa diminuição na sensitividade
É relativamente rara, mal conceituada e mal da audição. Há diminuição dos limiares auditivos
definida. Certos pacientes, embora supostamente sem, no entanto, haver qualquer alteração da
com audição normal, não conseguem entender o que qualidade auditiva. Assim, na hipoacusia, o paciente
lhes é dito. Quanto mais complexa a mensagem escuta menos os sons menos intensos, mas, com o
sonora, maior dificuldade haverá. Muitos testes têm aumento da intensidade da fonte sonora, ele pode
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escutar de modo bastante adequado. As perdas de crista de uma onda e a da seguinte. A relação entre f,
audição relativas à hipoacusia são expressas em λ é a velocidade do som (v) é: Onda sonora V = λf
decibel, nas curvas audiométricas. ³
Altura (tom): é a qualidade que permite ao ouvido
DISACUSIA diferenciar sons graves de sons agudos. Ela depende
apenas da frequência do som.
A disacusia expressa um defeito na audição que não
pode ser expresso em decibel. Nela, as alterações da Timbre: é a qualidade que permite ao ouvido
discriminação auditiva são as responsáveis pela diferenciar sons de mesma altura e intensidade,
qualidade da audição. Mesmo que se aumente a emitidos por fontes diferentes. O timbre nos permite
intensidade da fonte sonora, os pacientes não identificar a voz das pessoas e identificar uma
conseguem entender perfeitamente o significado mesma nota musical tocada por diferentes
das palavras, embora possam ouvi-las. Eles instrumentos.
costumam dizer que as escutam, mas não as
Intensidade: é a qualidade que permite ao ouvido
entendem. As disacusias, portanto, representam
diferenciar os sons fracos dos sons fortes.
deficiências de audição do tipo sensorioneural. ³
SURDEZ
PSICOACÚSTICA
Surdez significa audição socialmente incapacitante.
O surdo é incapaz de desenvolver a linguagem oral,
evidentemente porque não ouve. Os limiares Conceito: o estudo da percepção subjetiva do som
auditivos desses pacientes são de tal forma elevados,
que eles não conseguem escutar o som de modo
adequado. Escutam ruídos, mas não sons. ³

ANACUSIA
Anacusia significa literalmente falta, ausência de
audição. É diferente de surdez, em que há resíduos
auditivos. Na anacusia, o comprometimento do
aparelho auditivo é de tal ordem que não há
nenhuma audição. ³

CARACTERÍSTICAS DO SOM E SUA


PROPAGAÇÃO

Propagação: O som precisa de um meio para se


propagar. As ondas de som são transmitidas através
do ar e de outros materiais (gasosos, líquidos e
sólidos). As ondas sonoras se propagam através do
ar. As frentes de onda se movem a uma determinada
velocidade.
A onda sonora é caracterizada pela sua frequência
(f), que corresponde ao número de vibrações por
segundo (medida em hertz, Hz), e pelo seu
comprimento de onda (λ), que é a distância entre a
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Bibliografia
¹ SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana:
uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed,
2017.

² TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON,


Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. p. 815-830

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