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(VJ Estratégia CONCURSOS Aula 05 Nogées de Direito Constitucional p/ PC-DF (Agente) Com videaulas Professores: Nadia Carolina, Ricardo Vale Aula 05 - Proft Nadia / AULA 05 ORGANIZACAO DO ESTADO Sumario Organizacao do Estado. 4- Alleragdes na estrutura da federacat 5- Vedagées Federativas: 6- Bens Publico: Repartigao de Competéncia: 1- Reparti 10 de competéncias e a federacio brasileira: 2- Competéncias Exclusivas e Privativas da Uniai 3- Competéncias Comuns: 4- Competéncia legislativa concorrent 5- Competéncias dos Estados e do Distrito Federal: 6 Competéncias dos Municipios: Questées Comentadas.. L Organizagio do Estado 2. Repartigao de competén Lista de Questées Gabarito .. Para tirar dividas e ter acesso a dicas e contetidos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Facebook do Prof. Ricardo Vale: https://www.facebook.com/profricardovale Facebook da Prof’. Nadia Carolina: https://www. facebook.com/nadia.c.santos.16?fref=ts Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www. youtube.com/channel/UC32LIMyS96bipII715yzS9Q », _Darerra Aula 05 - Prof* Nadia /P Organizacao do Estado 1- O Estado: A doutrina tradicional considera que os elementos constitutivos do Estado sdo 0 territério, 0 povo e o governo soberano. O territério é a dimens&o fisica sobre a qual o Estado exerce seus poderes; é 0 dominio espacial (material) onde vigora uma determinada ordem juridica estatal. O povo é a dimenso pessoal do Estado, sdo os seus nacionais. O governo, por sua vez, é a dimenséo politica; ele deve ser soberano, ou seja, sua vontade nao se subordina a nenhum outro poder, seja no plano interno ou no plano internacional. Sintetizando 0 conceito de Estado, Manoel Goncalves Ferreira Filho afirma que “o Estado & uma associacéo humana (povo), radicada em base espacial (territério), que vive sob 0 comando de uma autoridade (poder) no sujeita a qualquer outra (soberana)."" Os Estados possuem diferentes maneiras de se organizar, isto é, existem diferentes formas de Estado. Forma de estado, ressalte-se, é a maneira pela qual © poder esta distribuido no interior do Estado; em outras palavras, ela ilustra a distribuicéo territorial do poder. Assim, os Estados podem ser clasificados em: a) Estado unitario: Nesse tipo de Estado, 0 poder politico esta territorialmente centralizado. Existe, aqui, a centralizac&o politica do poder. O poder esta centralizado em um nicleo estatal Unico, do qual se irradiam todas as decisdes; no Estado unitdrio, s6 existe um centro produtor de normas. Um exemplo de Estado unitario é Portugal. O Brasil, até a promulgag& da Constituicéo de 1891, também foi um Estado unitario. Para que se possa ter governabilidade, admite-se, no Estado unitédrio, a descentralizacdo administrativa. Eo que se chama de Estado unitario descentralizado administrativamente. Nesse tipo de Estado, mantém-se a centralizac&o politica, mas a execucdo dos servicos pliblicos e das politicas publicas é descentralizada. Parte da doutrina reconhece, ainda, os chamados INDO. Estados regionais, dos quais seriam exemplos ais fundo Italia e Espanha.? Estes seriam um modelo intermedidrio entre o Estado _unitdério e o Estado 1 FERREIRA FILHO, Manoel Goncalves. Curso de Direito Constitucional, 389 edicao. Editora Saraiva, Sao Paulo, 2012, pp. 75-76. 2 FERREIRA FILHO, Manoel Goncalves. Curso de Direito Constitucional, 38° edicao. Editora Saraiva, Sao Paulo, 2012, pp. 75-76. www.estrategiac os.com.br 2del: Aula 05 - Proft Nadia / federal. Neles, além da descentralizagao administrativa, parcela do poder politico também é descentralizada. Sao estados unitérios descentralizados = administrativa e politicamente. b) Estado federal: Nesse tipo de Estado, o poder politico esta territorialmente descentralizado. Ha varias pessoas juridicas com capacidade politica, cada uma delas dotada de autonomia politica. S80 varios os centros produtores de normas, permitindo-nos afirmar que, no Estado federal, existe uma pluralidade de ordenamentos juridicos. © Brasil € um exemplo de Estado federal, possuindo como entes federativos a Unido, os Estados, 0 Distrito Federal e os Municipios. Todos eles so dotados de autonomia politica, que Ihes é garantida pela Constituicgo Federal. Mais a frente, estudaremos em detalhes as caracteristicas de uma federagao. Ha que se tomar cuidado para no confundir a federacéio com a confederacio. Na federagéo, hé uma unio indissoltivel de entes auténomos, que tem como fundamento uma Constituicéo, a qual consagra e protege o pacto federativo contra violagées. Assim, a federag’o nao pode ser desmantelada: nao ha direito de secessao. A confederacao n&o é uma forma de estado propriamente dita, mas sim uma reuniao de Estados soberanos. O vinculo é estabelecido entre esses Estados soberanos com base em um tratado internacional, o qual pode ser denunciado (dissolvido). Ao contrario da federagao, portanto, a confederacao se forma a partir de um vinculo dissoltivel. A confederag&o é uma referéncia historica, pois no existe nenhuma atualmente. Historicamente, cita-se como exemplo de Confederagao os EUA, entre os anos de 1781 a 1787.7 ° CARVALHO, Kildare Goncalves. Direito Constitucional: Teoria do Estado e da Constituicao, Direito Constitucional Positive, 16% edicéo. Ed. Del Rey. Belo Horizonte, 2010. 3de112 Aula 05 - Proft Nadia / *UNIAO INDISSOLUVEL FEDERAGAO *OS ENTES FEDERADOS SAO AUIONOMOS «TEM COMO FUNDAMENTO A CONSTITUIGAO *UNIAO DISSOLUVEL __ CONFEDERAGAO +05 ENTES FEDERADOS SAO SOBERANOS *TEM COMO FUNDAMENTO UM ACORDO INTERNACIONAL & > praticar! (PC / DF — 2015) A federac&o brasileira se compée dos seguintes entes federativos: Unido, estados, Distrito Federal, municipios ¢ territorios. Comentarios: Pegadinha! Os Territérios no s&o entes federativos. Questéo errada. (DPE / RO - 2015) A Constituicéo da Republica Federativa do Brasil adotou, como forma de Estado, a federacdo. A existéncia dessa federacéo é caracterizada pela subordinagao dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios @ Unido, nos termos da Constituiciio da Republica Federativa do Brasil. Comentarios: A relag&o que se estabelece entre a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios néo é de subordinagao. Nao ha que se falar em hierarquia entre os entes federativos, Questo errada. 2- A federagao: 2.1- Caracteristicas da federacao: A federagéo, conforme ja afirmamos, tem como caracteristica central, a descentralizacéo do poder politico. Os entes federativos séo dotados de autonomia politica, que se manifesta por meio de 4 (quatro) aptidées: Aula 05 - Proft Nadia / a) Auto-organizaco: Os entes federativos tém competéncia para se auto-organizar. Os estados se auto-organizam por meio da elaboracao das Consti Ses Estaduais, exercitando o Poder Constituinte Derivado Decorrente. Os municipios também se auto-organizam, por meio da elaboracao das suas Leis OrgAnicas. O Prof. Paulo Gonet chama 0 poder de auto-organizacao dos estados de capacidade de autoconstituicéo.* b) Autolegislacéo: Muitos autores entendem que a capacidade de autolegislac3o estaria compreendida dentro da capacidade de auto- organizagSo.? No entanto, podemos consideré-la uma capacidade diferente. Autolegislacdo é a capacidade de os entes federativos editarem suas préprias leis. Em razdo dessa caracteristica é que podemos dizer que, numa federacéio, ha diferentes centros produtores de normas e, em consequéncia, pluralidade de ordenamentos juridicos. c) Autoadministragdo: E 0 poder que os entes federativos tém para exercer suas atribuigées de natureza administrativa, tributaria e orcamentéria. Assim, os entes federativos elaboram seus préprios orgamentos, arrecadam seus préprios tributos e executam politicas publicas, dentro da esfera de atuac3o de cada um, segundo a reparticao constitucional de competéncias. d) Autogoverno: Os entes federativos tem poder para eleger seus préprios representantes. E com base nessa capacidade que os Estados elegem seus Governadores e os municipios, os seus Prefeitos. Os Estados se organizam sob a forma de uma federacéo por razées geograficas e culturais.° Com efeito, um Estado com territério muito extenso possui, normalmente, grandes diferengas culturais e de desenvolvimento, o que exige uma atuagao estatal que nao esteja preocupada somente com os anseios nacionais (do todo), mas também com as idiossincrasias (peculiaridades) locais. Dessa forma, o estabelecimento de um Estado federal tem como ponto de partida uma deciséo do Poder Constituinte. E a Constituic&o, afinal, que estabelecerd o pacto federativo e criaré mecanismos tendentes a protegé-lo. Na CF/88, essa decisdo politica se revela logo no art. 1°, caput, que dispde que a Republica Federativa do Brasil é formada pela unido indissoltivel dos Estados e Municipios e do Distrito Federal, * MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocéncio Mértires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 62 edico. Editora Saraiva, Sao Paulo, 2011. pp. 828. ® MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional, Ed. Juspodium, Salvador: 2013, pp. 429. © MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocéncio Martires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 6% edicao. Editora Saraiva, Sao Paulo, 2011. pp. 832. je 11. Aula 05 - Proft Nadia / Podemos afirmar que uma federacio deve possuir as seguintes caracteristicas:’ a) Reparticdo constitucional de competéncias: Para que a acdo estatal seja 0 mais eficaz possivel, cada ente federativo é dotado de uma gama de atribuicgées que Ihe sdo préprias. A repartigéo de competéncias entre os entes federativos € definida pela Constituicéo. Ressalte-se que, no Estado federal, existe também uma repartic’o de rendas. Nesse sentido, a CF/88 estabelece regras sobre o repasse aos Estados e Municipios de receitas oriundas dos impostos federais. Segundo a doutrina, ha que existir um equilibrio entre competéncias e rendas, de modo que nao seria possivel aos entes federativos executar suas atribuigdes sem recursos financeiros suficientes para tanto. b) Indissolubilidade do vinculo federativo: Em uma federagdo, nao existe direito de secessao; em outras palavras, os entes federativos esto ligados por um vinculo indissoltivel. ¢) Nacionalidade Unica: Os cidadéos dos estados da federacdo possuem uma nacionalidade Unica; n&o hd nacionalidades parciais. Aquele que nasce em Minas Gerais, S80 Paulo ou Pernambuco tera a nacionalidade brasileira. d) Rigidez constitucional: Em um Estado federal, é necessdrio que exista uma Constituigéo escrita e rigida, que proteja o pacto federativo. Isso decorre do fato de que é a Constituigéio que estabelece © funcionamento da federacao e, logo, somente poderd ser modificada por um procedimento mais dificultoso e solene. Ressalte-se que, no Brasil, o principio federativo é uma clausula pétrea e, portanto, néo pode ser objeto de deliberacSo emenda constitucional que tenda a aboli-lo. Como decorréncia da rigidez constitucional, existiré em um Estado federal um mecanismo de controle de constitucionalidade das leis, Com isso, busca-se evitar que um ente federativo invada a esfera de competéncia de outro. e) Existéncia de mecanismo de intervengao: Conforme ja estudamos, nao ha direito de secesséio em uma federacao. Assim, atos que contrariem o pacto federativo darao ensejo a utilizagéo dos mecanismos de intervenc&io (intervengdo federal ou estadual, dependendo do caso). Por meio desse mecanismo, fica suprimida, temporariamente, a autonomia politica de um ente federativo. 7 MORAES, Alexandre de. jo do Brasil Interpretada e Legislacao Constitucional, 92 edicao. So Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 636. tegiaconcursos.com.br 6de112 ee TT TR Aula 05 - Proft Nadia / f) Exist€ncia de um Tribunal Federativo: E necessdrio que exista um Tribunal com a competéncia para solucionar litigios envolvendo os entes federativos. No Brasil, o STF atua como Tribunal federativo ao processar e julgar, originariamente, as causas e os conflitos entre a Unido e os Estados ou entre os Estados. Cabe destacar que, no Brasil, 0 STF nfo julga os conflitos envolvendo Municipios. g) Participac’o dos entes federativos na formacao da vontade nacional: Nas federagdes, deve existir um 6rg&o__legislativo representante dos poderes regionais. No Brasil, esse drgao é o Senado Federal, que representa os Estados e o Distrito Federal. Destaque-se que, na federacao brasileira, os Municipios no participam da vontade nacional. 2.2- Classificagdo das federacées: Nao had homogeneidade entre as federagdes; ao contrério, cada uma delas possui caracteristicas peculiares. Isso levou a doutrina a estabelecer diferentes classificacgées para as federacées: a) Quanto a origem: As federagdes podem ser formadas por agregacao ou por segregacdo (desagregacao). No federalismo por agregacao, a formago do Estado federal ocorre a partir da reuni&o de Estados soberanos que o preexistiam. Exemplo histérico desse tipo de federacéio séo os EUA, que se formaram a partir da reuniéo das 13 Colénias. Diz-se que, nesse caso, houve um movimento centripeto (direcionado ao centro). No federalismo por segregacao, um Estado que antes era unitario se descentraliza politicamente. Um exemplo desse tipo de federacdo é 0 proprio Brasil. Até 1891, o Brasil era um Estado unitério. Com a Constituiggéo de 1891, passamos a ter um Estado federal: as provincias se tornaram estados membros e passaram a ser dotadas de autonomia politica. Diz-se que, nesse caso, a federac&o se formou a partir de um movimento centrifugo (direcionado para fora). b) Quanto a concentragéo de poder: As federagédes podem ser classificadas, quanto a concentrag’o de poder, em centripetas ou centrifugas. Na federagao centripeta, o poder esta concentrado no centro; portanto, o governo central detém a maior parte do poder. Assim, nesse tipo de federacéo, hé maior concentracéio de poder na Unido, em detrimento dos Estados. Destaque-se que as federacdes que se formaram por um movimento centrifugo (por exemplo, 0 Brasil) tam Zde112 Aula 05 - Proft Nadia / uma tendéncia de serem centripetas quanto a concentracdo de poder. Na federacdo centrifuga, o poder esta mais concentrado na periferia; em outras palavras, as entidades regionais detém a maior parte do poder, a maior parte das competéncias. Portanto, nesse tipo de federacao, ha uma grande descentralizag&o, com menor concentracéio do poder no governo central e ampliacéio dos poderes regionais. Ressalte-se que as federagdes que se formaram por um movimento centripeto (por exemplo, os EUA) tém uma tendéncia de serem centrifugas, quanto a concentragao de poder. Existe, ainda, o federalismo de equilib INDO chamado aquele em que se busca a distribuicgo ais fundo | equitativa de poderes entre os governos centrais € regionais. ¢) Quanto ao equacionamento de desigualdades: As federagdes podem ser classificadas como simétricas ou assimétricas. Nas federagées simétricas, hé uma distribuicéo igualitéria de competéncias e de receitas entre os entes federativos; trata-se de modelo especialmente eficaz._ quando. hd homogeneidade socioeconémica entre os entes federativos. Nas federagées assimétricas, por sua vez, ha o reconhecimento de que existem disparidades socioeconémicas entre os entes federativos; busca-se, portanto, por meio de politicas ptiblicas e opgées feitas no texto constitucional, reduzir essas desigualdades. Embora exista certa controvérsia doutrindria, 0 mais seguro para a prova é considerar que o Bra: é uma federacdo assimétrica. Com efeito, ha diversos dispositivos na CF/88 destinados a reduzir desigualdades regionais. Cita-se, como exemplo, o art. 3°, III, que dispée como objetivo fundamental da RFB reduzir as desigualdades regionais. 4) Quanto a repartic&o de competéncias: Segundo esse critério, hd dois tipos de federacdo: federacéo dual (cléssica) ou federacéio cooperativa (neoclassica). Na federacgéo dual, os entes federados possuem competéncias proprias, que so exercidas sem qualquer comunicacdo com os demais entes. Cada um atua na sua esfera, independentemente do outro. Na federacéo cooperativa, os entes federados exercem suas competéncias em conjunto com os outros. As competéncias séo repartidas pela Constituiggo de modo a permitir a atuag&o conjunta dos entes federativos. O Brasil adota um federalismo de cooperacao; 8de112 Aula 05 - Proft Nadia / com efeito, a CF/88 estabeleceu competéncias comuns a todos os entes federativos (art. 23) e competéncias concorrentes entre a Unido, os Estados e o Distrito Federal (art. 24). (SEAP / DF - 2015) A Republica Federativa do Brasil classifica-se como federac&o por desagregacdo Comentarios: A federaco brasileira formou-se por um movimento centrifugo (direcionado para fora), 0 que caracteriza o federalismo por desagregacéo. O Brasil era um Estado unitério até a Constituigéo de 1891, oportunidade em que se descentralizou politicamente. Questo correta. (SEAP / DF - 2015) Enquanto federac&o, a Republica Federativa do Brasil comporta o direito de secessdo por parte dos entes federados. Comentarios: 0 vinculo federativo é indissoltivel, ou seja, n&o ha direito de secessao por parte dos entes federados. Questo errada. (Camara dos Deputados - 2014) Entre as caracteristicas comuns do Estado Federal incluem-se a representagdo das unidades federativas no poder legislativo central, a existéncia de um tribunal constitucional e a intervengéo para a manutengao da federacao. Comentarios: Todas essas sao caracteristicas de uma federaco. Questéo correta. 3- A federacio brasileira: Segundo o art. 18, da CF/88, "a organizacao politico-administrativa da Republica Federativa do Brasil compreende a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, todos auténomos, nos termos desta Constituigao Os Territérios no sdo entes federativos e, portanto, no possuem autonomia politica. Aula 05 - Proft Nadia / Até a promulgacéio da CF/88, os Municipios néo eram considerados entes federativos; com a promulgacéo da atual Carta Magna, eles passaram a também ser dotados de autonomia politica. Com base nisso, @ doutrina dominante reconhece que a federacao brasileira é de 3° grau.® Ha que se dizer que autonomia difere de soberania. Os entes federativos (Unido, Estados, Distrito Federal e Municipio) séo todos auténomos, isto 6, so dotados de auto-organizagao, autolegislacéo, autoadministracao ¢ autogoverno, dentro dos limites estabelecidos pela Constituicéo Federal. Note-se que hé um limitador ao poder dos entes federativos. A soberania é atributo apenas da Republica Federativa do Brasil (RFB), do Estado federal em seu conjunto. A Unido é quem representa a RFB no plano internacional (art. 21, inciso I), mas possui apenas autonomia, jamais soberania. © art. 18, § 1°, CF/88 determina que Brasilia é a capital federal. Brasilia n&o se confunde com o Distrito Federal, ocupando apenas parte do seu territério. 3.1- Unido: A Unio é pessoa juridica de direito ptiblico interno, sem personalidade internacional, auténoma, com competéncias administrativas legislativas enumeradas pela Carta Magna. E esse ente federativo que representa a Republica Federativa do Brasil no plano internacional. A Unido € 0 ente federativo que atua em nome da federacao. No que diz respeito a sua competéncia legislativa, pode editar leis nacionais (as quais se submetem todos os habitantes do territério nacional) ou leis federais (que alcangam apenas aqueles que estéo sob a jurisdig&io da Unido, como é 0 caso dos servidores publicos federais). Como exemplo de lei federal, citamos a Lei n° 8112/90, que trata do regime juridico dos servidores ptiblicos federais. Segundo o art.18, § 2°, os Territérios Federais integram a Unido; eles néo sio dotados de autonomia politica, sendo considerados + meras descentralizagdes administrativas. Por isso, so considerados pela doutrina autarquias territoriais da Unido. Atualmente, néo existe nenhum Territério Federal. © 0 Prof. Manoel Goncalves Ferreira Filho diz que o federalismo brasileiro de 29 grau, apesar de reconhecer a existéncia de 3 (trés) ordem juridicas. Segundo ele, haveria um grau da Unido para os Estados e outro grau, dos Estados para os Municipios. 10 de Aula 05 - Proft Nadia / 3.2- Estados: Os Estados-membros ou Estados federados’, assim como a Unido, séo entes auténomos, apresentando personalidade juridica de direito publico interno, Sd dotados de autonomia politica e, por isso, apresentam capacidade de auto-organizacio, autolegislacéo, autoadministragéo e autogoverno. © art. 25, da CF/88, dispde sobre a capacidade de auto-organizacéo e autolegislacéo dos Estados-membros: ‘Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituigdes e leis que adotarem, observados os principios desta Constituigao. A auto-organizag’o dos Estados-membros se manifesta por meio da elaboraco de suas Constituigées, fruto do exercicio do Poder Constituinte Derivado Decorrente pela atuacéo de suas Assembleias Legislativas. Jé a autolegislacéo ocorre pela edicgdo de suas préprias leis, resultando da atuago do legislador ordindrio, também nas Assembleias Legislativas. No exercicio da sua capacidade de auto-organizacéo e de autolegislac&o, isto 6, ao elaborar suas leis e Constituiciio, os Estados deverao obedecer aos: a) Princfpios constitucionais sensiveis: Esses principios estao enumerados taxativamente pela Constituicéo (art. 34, VII). O nome “sensiveis” se deve ao fato de que estes so de observancia obrigatéria, sob pena de intervengdo federal, ou seja, caso contrariados, provocam uma reacao.?° ‘Art. 34. A Unio nao intervira nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (.) VIE - assegurar a observancia dos seguintes principios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democratico; b) direitos da pessoa humana; ¢) autonomia municipal; d) prestagao de contas da administragao publica, direta e indireta e aplicac&o do minimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferéncias, na manutengéo desenvolvimento do ensino e nas acées e servicos publicos de sauide. b) Principios constitucionais extensiveis: Sao normas de organizacdo que a Lei Fundamental estendeu a Estados-membros, ° Nao confunda Estado federado (sinénimo de Estado-membro) com Estado federal (sinénimo de Reptiblica Federativa do Brasil). Os primeiros sao parte do segundo. * MORAES, Alexandre de. Constituicao do Brasil Interpretada e Legislacao Constitucional, 92 edicao. Sao Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 697. www.estrategiaconcursos.com.br lde Aula 05 - Proft Nadia / Municipios e Distrito Federal.'! Encontram-se dispostos em normas espalhadas pelo texto da Carta Magna. E 0 caso dos fundamentos e objetivos fundamentais da RFB, por exemplo (art. 19, Ia V; art. 3°, la IV eart. 4°, a X, CF/88). ¢) Principios constitucionais estabelecidos: Sao normas espalhadas pelo texto da Constituigio que, além de organizarem a prépria federagio, estabelecem preceitos centrais de observancia pelos Estados-membros em sua auto-organizacdo.!* Exemplo: arts. 27; 28, 37, La XI, §§ 19 a 6°; 39 a 41, CF. Segundo o STF, “se é certo que a nova Carta Politica contempla um elenco menos abrangente de principios constitucionais sensiveis, a denotar, com isso, a expans&o de poderes juridicos na esfera das coletividades auténomas locais, 0 mesmo n&o se pode afirmar quanto aos principios federais extensiveis e aos principios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que nao é tépica a sua localizag80, configuram acervo expressivo de limitagées dessa autonomia local, cuja identificagfo - até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem - impée-se realizar (STF, Pleno, ADI n° 216/PB, RT) 146/388). Para fixarmos melhor quais s&o os principios constitucionais sensfveis, que tal um esquema? DIREITOS DA PESSOA HUMANA FORMA REPUBLICANA, SISTEMA REPRESENTATIVO E REGIME ‘DEMOCRATICO APLICACAO DO MINIMO EXIGIDO DA RECEITA RESULTANTE DE IMPOS1OS ESTADUAIS, COMPREENDIDA A PROVENIENTE DE TRANSFERENCIAS, NA MANUTENCAO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO E NAS AGOES E SERVIGOS PUBLICOS DE SAUDE, g =| 2 rd Z| g| a PRESTAGAO DE CONTAS DA ADMINISTRAGAO PUBLICA, DIRETA E INDIRETA AUTONOMIA MUNICIPAL, Os Estados também possuem capacidade de autogoverno, elegendo seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo, os quais néo teréo qualquer vinculo de subordinag’o ao poder central. A Constituig&o Federal “ MORAES, Alexandre de. Constituicso do Brasil Interpretada e Legislacéo Constitucional, 9° edicéo. S4o Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 697. #2 MORAES, Alexandre de. Constituicéo do Brasil Interpretada e Legislacao Constitucional, 92 edicdo. So Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 697 ww.estrategiaconcursos.com.br Ide eT Aula 05 - Proft Nadia / também estabelece regras de organizac&o para os Poderes Legislativo, Executivo e Judicidrio estaduais. © Poder Legislativo estadual é unicameral, sendo formado apenas pela Assembleia Legislativa. Esse modelo é diferente do Poder Legislativo federal, que é bicameral, composto pelo Senado Federal e pela Camara dos Deputados. Veja o que dispée 0 artigo 27, §1°, da Carta Magna: § 1° - Sera de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- se-Ihes as regras desta Constituicéo sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneracéo, perda de mandato, licenca, impedimentos é incorporagéo as Forgas Armadas. Os deputados estaduais so eleitos para mandatos de quatro anos, pelo sistema proporcional. Seu numero é determinado pela regra estabelecida no art. 27, “caput”, da Carta Magna: ‘Art. 27. O numero de Deputados 4 Assembleia Legislativa correspondera a0 triplo da representag&o do Estado na Camara dos Deputados e, atingido o numero de trinta e seis, serd acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. O ntimero de deputados estaduais seré, entdo, o triplo dos deputados federais. Se um Estado-membro possuir 10 deputados federais, ele ter por consequéncia 30 deputados estaduais (3 x 10). No entanto, uma vez atingido © numero de 36, sero acrescidos tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12. Assim, caso um estado tenha 20 deputados federais, fazemos a conta 36+(20-12), 0 que totaliza 44 deputados estaduais. No que se refere ao Poder Executivo estadual, destaca-se o art. 28 da Constituigao: ‘Art, 28. A eleigdo do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-4 no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no ultimo domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerdé em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. § 1° Perderé 0 mandato 0 Governador que assumir outro cargo ou funcéo na administracao publica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso publico e observado o disposto no art. 38, I, IVe V. § 2° Os subsidios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretarios de Estado serdo fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que disp6em os arts. 37, XI, 39, § 4°, 150, H, 153, II, e 153, Bde Aula 05 - Proft Nadia / Observe que os subsidios do Governador, do Vice-Governador e dos secretdrios de Estado so fixados por lei, a partir de projeto apresentado pela Assembleia Legislativa. Sujeita-se, portanto, a veto do Governador. Seu valor serve como limite remuneratorio (teto) no ambito do Poder Executivo estadual, exceto para os procuradores e defensores ptiblicos, cujo teto salarial sera de 90,25% do subsidio de Ministro do STF (CF, art. 37, XI) Mesmo diante dessa regra, os Estados-membros podem adotar um limite diverso para Legislativo, Executivo e Judiciario, um teto Unico. E 0 que determina o art. 37, §12, da Constituic&o: § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu ambito, mediante emenda as respectivas Constituigées e Lei Organica, como limite Unico, 0 subsidio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiga, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsidio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nao se aplicando o disposto neste pardgrafo aos subsidios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. No que concerne ao Poder Judiciario, estabelece a Constituig&o que os Estados organizaréo sua Justica, observados os principios _nela estabelecidos (art. 125, “caput”, CF/88). A Carta Magna determina, ainda, que a competéncia dos tribunais sera definida na Constituigéo do Estado, sendo a lei de organizacgdo judicidria de iniciativa do Tribunal de Justiga (art. 125, § 1°, CF/88). A lei estadual poderd criar, mediante proposta do Tribunal de Justica, a Justica Militar estadual, constituida, em primeiro grau, pelos juizes de direito e pelos Conselhos de Justica e, em segundo grau, pelo préprio Tribunal de Justica, ou por Tribunal de Justia Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes (art. 125, § 3°, CF/88). Além de auto-organizacao, autolegislagdo e autogoverno, os Estados possuem autoadministrac&o. Assim, sé0 competentes para se administrarem, no exercicio das atribuigées definidas pela Constituiggo. Determina a Carta Magna que os Estados poder&o, mediante lei complementar, instituir regides metropolitanas, aglomeracées urbanas microrregiées, constituidas por agrupamentos de municipios limitrofes, para integrar a organizacao, o planejamento e a execugao de fungdes ptiblicas de interesse comum (art. 25, § 3°, CF/88). So, portanto, 3 (trés) os requisitos para que os estados atuem nesse sentido: a) Lei complementar estadual; sos.com.br de Aula 05 - Proft Nadia / b) Os municipios envolvidos devem ser limitrofes; €) Finalidade de integrar a organizac&o, o planejamento e a execugao de fungées publicas de interesse comum. Mas, afinal, 0 que séo microrregiées, regiées metropolitanas e aglomerados urbanos? As regiées metropolitanas s&o formadas por um conjunto de Municipios cujas sedes se unem, com certa continuidade urbana, em torno de um Municipio-polo. As microrregiées, por sua vez, so formadas por Municipios limitrofes, sem continuidade urbana, com caracteristicas homogéneas e problemas administrativos comuns. Finalmente, os aglomerados urbanos séo areas urbanas cujos Municipios apresentam tendéncia a complementaridade de suas fungSes, exigindo, por isso, um planejamento integrado e uma aco coordenada dos entes ptiblicos. E o caso da Baixada Santista, por exemplo. Em 2013, 0 STF julgou Ac&o Direta de Inconstitucionalidade que versava sobre a criagdo da Regiéo Metropolitana do Rio de Janeiro e a Microrregido dos Lagos.'? Na oportunidade, o Tribunal considerou que: a) A criag&o de regiées metropolitanas depende da edigo de lei complementar, sendo compulséria a participacéo dos Municipios. Em outras palavras, a participacéio de Municipio em regiao metropolitana nao pode estar condicionada a prévia manifestacao da respectiva Camara dos Vereadores. A obrigatoriedade de participagdo dos Municipios em regio metropolitana e microrregiao nao viola a autonomia b) O “interesse comum” que leva a criac&o de regides metropolitanas e microrregides inclui fungdes e servicos publicos supramunicipais. Como exemplo, cita-se o caso da atividade de saneamento bésico, que extrapola o interesse local. ©) Quando se cria uma regi&o metropolitana, ndo hd uma mera transferéncia de competéncias para o Estado. Ao contrério, deve haver uma diviséo de responsabilidades entre o Estado e os Municipios. O poder decisério e 0 poder concedente (dos servicos ptiblicos) nao podem ficar apenas nas méos do Estado. Deve ser constituido um 6rgao colegiado responsavel pelo poder decisdrio e pelo poder concedente. A participacao dos entes nesse érgao colegiado nao precisa ser paritaria, desde que apta a prevenir a concentracgaéo do poder decisério no 4mbito de um Unico ente. * ADI 1.842, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe: 13.09.2013, os.com.br Aula 05 - Proft Nadia / (TCE/RI — 2015) A funcdo publica do saneamento basico frequentemente extrapola o interesse local e passa a ter natureza de interesse comum no caso de instituigdo de regides metropolitanas, aglomeragdes urbanas e microrregides, motivo pelo qual, nessas hipsteses, é constitucional a transferéncia ao Estado-membro do poder concedente de funcées e servicos publicos de saneamento basico. Comentarios: Nao se pode simplesmente transferir ao Estado-membro o poder concedente de fungdes e servicos publicos de saneamento bésico. Deve haver uma divisio de responsabilidades entre o Estado e os Municipios. Questo errada. (PRF - 2014) Na Federacao brasileira, a Unido é entidade soberana, enquanto os estados membros e o Distrito Federal sdo entidades auténomas. Comentarios: A Unido também é um ente federativo dotado de autonomia. A Republica Federativa do Brasil € que possui soberania, Questo errada. 3.3- Distrito Federal: A natureza juridica do Distrito Federal tem gerado algumas discussées. Alguns autores defendem que ele tem natureza hibrida, por apresentar algumas caracteristicas dos Estados e outras dos Municipios. Para José Afonso da Silva, 0 Distrito Federal néo € nem Estado nem Municipio. Jé o STF afirma que o Distrito Federal € um ente federativo com autonomia parcialmente tutelada pela Unido. © Distrito Federal é ente federado auténomo e, como tal, dispe de auto- organizagao, autoadministragao, autolegislacéo e autogoverno (CF, arts. 18, 32 e 34). A auto-organizacao do Distrito Federal se manifesta por meio de Lei Organica, votada em dois turnos com intersticio minimo de dez dias, e aprovada por dois tergos da Camara Legislativa, que a promulgara, atendidos os principios estabelecidos na Constituig&o (art. 32, “caput”, CF/88). No que se refere a autolegislacao, o Distrito Federal apresenta uma caracteristica peculiar: a ele sdo atribuidas as competéncias legislativas reservadas aos Estados e Municipios (CF, art. 32, §1° e 147). Nao se pode, porém, dizer que o Distrito Federal apresenta todas as competéncias 16 de Aula 05 - Proft Nadia / legislativas dos Estados-membros. Algumas néo Ihe foram estendidas, como é © caso, por exemplo, da competéncia para dispor sobre sua organizacao judicidria, que é privativa da Unido (art. 22, XVII, CF). Além disso, ao contrario dos Estados-membros, a competéncia para organizar e manter, no seu Ambito, o Ministério Publico, o Poder Judiciario, a policia civil, a policia militar e 0 corpo de bombeiros militar é da Uni&o (CF, art. 21, XIII e XIV). Jé no que tange ao autogoverno, a eleigio do Governador e do Vice- Governador segue as regras da eleicéo para Presidente da Republica. A dos deputados distritais segue a regra dos deputados estaduais. Outra peculiaridade do Distrito Federal é que, diferentemente do que ocorre com os demais entes federados, néo ha previsdo constitucional para alteracgéo dos seus limites territori Ressalta-se, ainda, que, ao contrério dos Estados-membros, o Distrito Federal néo pode ser dividido em ios (art. 32, “caput”, CF/88). Além disso, no pode organizar nem manter o Judicidrio nem o Ministério Publico, nem as policias civil e militar e 0 corpo de bombeiros. Todos esses érgdos s&o organizados e mantidos pela Unido, cabendo a ela legislar sobre a matéria. Nesse sentido, determina a Sumula Vinculante n° 39 que “compete privativamente 4 Unido legisiar sobre vencimentos dos membros das policias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal”. (FUB — 2015) A autonomia do Distrito Federal e sua organizacgéo _politico-administrativa tém _limitagées constitucionais. Comentarios: Sdesiicar A autonomia do Distrito Federal é parcialmente tutelada pela UniSo, ou seja, apresenta limitacées previstas na CF/88. Como exemplo, é competéncia da Unido organizar e manter a policia civil, a policia militar e 0 corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. Questo correta. 3.4- Municipios: Os Municfpios so entes auténomos, sendo sua autonomia alcada, pela Constituigéo Federal, 4 condicéo de principio constitucional sensivel (CF, art. 34, VII, ‘c”). Essa autonomia baseia-se na capacidade de auto- organizagao, autolegislagao, autogoverno e autoadministraco. Ide Aula 05 - Proft Nadia / Segundo Alexandre de Moraes, pode-se dizer que 0 Municipio se auto- organiza por meio de sua Lei Organica Municipal; autolegisla, por meio das leis municipais; autogoverna-se por meio da eleicéo direta de seu Prefeito, Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingeréncia dos Governos Federal e Estadual; e, por fim, se autoadministra ao pér em exercicio suas competéncias administrativas, tributarias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituicdo Federal. Nos Municfpios, ao contrario do que acontece nos demais entes da federacSo, n&o ha Poder Judicidrio. O Poder Legislativo, assim como nos Estados- membros, é unicameral. No que diz respeito 4 auto-organizacao, determina a Carta da Republica que a Lei Organica do municipio seré votada em dois turnos, com o intersticio minimo de dez dias, e aprovada por dois tergos dos membros da Camara Municipal, que a promulgard, atendidos os principios estabelecidos nesta Constituigdo, na Constituiggo do respectivo Estado. Sero objeto da Lei Organica a organizacéo dos érgéos da Administrag&o, a relacéo entre os Poderes, bem como a disciplina da competéncia legislativa do Municipio.*® O poder de auto-organizagéo dos Municipios é limitado pela Constituicao Federal (art. 29, CF/88). E apenas ela que fixara os parametros limitadores do poder de auto-organizag’o dos Municipios. Segundo o STF, tais limites nao podem ser atenuados nem agravados pela Constituigéo do Estado.'® Compete a Lei Organica fixar o ntimero de Vereadores, observados limites maximos definidos pela Constituicéo, escalonados segundo o numero de habitantes do Municipio. Nos Municipios com até 15 mil habitantes, por exemplo, o nimero maximo de Vereadores 9 (nove); j4 nos Municipios com mais de 8 milhdes de habitantes, o nlimero maximo de Vereadores ¢ 55 (cinquenta e cinco). Art, 29. O Municipio reger-se-é por lei organica, votada em dois turnos, com 0 intersticio minimo de dez dias, e aprovada por dois tercos dos membros da Camara Municipal, que a promulgara, atendidos os principios estabelecidos nesta Constituigé0, na Constituicgéo do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleicg&éo do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de * MORAES, Alexandre de. Constituicéo do Brasil Interpretada e Legislacao Constitucional, 92 edicao. So Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 714. * MORAES, Alexandre de. Constituicgao do Brasil Interpretada e Legislacao Constitucional, 92 edicao. Sao Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 714. ADI 2.112 MC, rel. min. Septilveda Pertence, j. 1-5-2000, P, DJ de 18-5-2001. 18 de Aula 05 - Proft Nadia / quatro anos, mediante pleito direto e simultaneo realizado em todo o Pais; II - eleicéo do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municipios com mais de duzentos mil eleitores; III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1° de janeiro do ano subsequente ao da elei¢ao; Go) V - subsidios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretérios Municipais fixados por lef de iniciativa da Cémara Municipal, observado o que dispdem os arts. 37, XI, 39, § 40, 150, Il, 153, II, e 153, § 22, I; G.) X- julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justica O Prefeito e Vice-Prefeito seréo eleitos pelo sistema majoritario, para mandato de 4 (quatro) anos. A eleigo é realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devem suceder. No caso de Municipios com mais de 200.000 eleitores, a eleigao de Prefeito e Vice-Prefeito ocorrera pelo sistema majoritario de 2 turnos; caso o numero de eleitores seja inferior a 200.000, havera apenas 1 (um) turno de votagao. O artigo 29, X da Constituigéo trata do julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justica. Considerando que o constituinte nao foi muito claro nessa determinacéio, 0 STF entende que a competéncia do Tribunal de Justica para julgar prefeitos se limita aos crimes de competéncia da justica comum estadual. Nos demais casos, a competéncia originéria cabe ao respectivo tribunal de segundo grau. Assim, em caso de crimes eleitorais, a competéncia seré do Tribunal Regional Eleitoral; nos crimes federais, a competéncia ser do Tribunal Regional Federal. Ha duas importantes sumulas do ST] sobre esse assunto. A primeira delas é a Stimula 208, que determina que “compete 4 Justica Federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestagio de ‘contas perante érgao federal”. A segunda é a Suimula 209, que estabelece que “compete 4 Justica Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patriménio municipal". Ainda segundo o STJ, o Prefeito serd julgado pelo Tribunal de Justica (e nao pelo tribunal do juri) no caso de crimes dolosos contra a vida. No que se refere aos crimes de responsabilidade praticados pelo Prefeito Municipal, é importante que os classifiquemos em préprios ou impréprios. Enquanto os primeiros so infragdes politico-administrativas, cuja sang&o corresponde @ perda do mandato e a suspensdo dos direitos politicos, os segundos sao verdadeiras infragées penais, apenados com penas privativas de liberdade. Os crimes préprios deverdo ser julgados pela Camara Municipal, 19 de Aula 05 - Proft Nadia / enquanto os crimes impréprios deverdo ser julgados pelo Judiciario, independentemente do pronunciamento da CAmara de Vereadores. Destaca-se, porém, que a Constituigio Federal prevé a competéncia originaria do Tribunal de Justica, salvo as excegdes anteriormente mencionadas, apenas para o proceso e julgamento das infragées penais comuns contra o Prefeito Municipal. Nao se admite a extensdo interpretativa para se considerar a existéncia de foro privilegiado para as acées populares, acées civi pUblicas e demais acgées de natureza civel. Essa proibigéo também vale para as acdes de improbidade administrativa, por auséncia de previsdo constitucional especifica. A Constituiggo prevé algumas hipéteses de crime de responsabilidade do Prefeito em seu art. 29-A, § 2° (rol exemplificativo): efetuar repasse que supere os limites definidos no artigo 29-A; nao enviar o repasse até 0 dia vinte de cada més; ou envid-lo a menor em relagdo & proporcao fixada na Lei Orcamentaria Esquematizando: CRIMES DE COMPETENCIA DA JUSTICA COMUM TRIBUNAL DE JUSTIGA DESVIO DE VERBA SUJEITA A. PRESTACAO DE CONTAS PERANTE JUSTICA FEDERAL ‘ORGAO FEDERAL, CRIMES ELEITORAIS CRIMES DE RESPONSABILIDADE PROPRIOS CAMARA MUNICIPAL JULGAMENTO DO PREFEITO. CRIMES DE RESPONSABILIDADE IMPROPRIOS E CRIMES DOLOSOS ‘TRIBUNAL DE JUSTIGA CONTRA A VIDA ‘AQOES POPULARES, ACOES CIVIS PUBLICAS E DEMAIS ACOES DE. NATUREZA CIVEL, BEM COMO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PRIMEIRA INSTANCIA. www.est 20 de Aula 05 - Proft Nadia / A Constituiggo Federal néo outorgou foro especial aos Vereadores perante © Tribunal de Justica. Contudo, segundo o STF, a Constituicdo do Estado pode fazé-lo, se o legislador constituinte entender oportuno. A Carta Magna limitou-se a conceder-lhes inviolabilidade por suas opinides, palavras e votos no exercicio do mandato e na circunscrigé0 do Municipio (CF, art. 29, VIII), a chamada imunidade material. No que se concerne ao subsidio dos vereadores, a Constituigso determina, em seu artigo 29, VI, que este serd fixado pelas respectivas Camaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispde a Carta Magna, os critérios estabelecidos na respectiva Lei Organica e os seguintes limites maximos: De10.001a| De50.001a | De 100.001 | De300.001a | Acimade Nedehabitantes | Até 10.000 50.000 100.000 a 300.000 500.000 500.000 Subsidio maximo do vereador (Ya subsidio deputados estaduais) 20% 30% 40% 50% 60% 75% Dispée, ainda, a Carta Magna, em seu art. 29-A, § 1°, que a Camara Municipal nao gastara mais de 70% (setenta por cento) de sua receita com folha de pagamento, incluido o gasto com o subsidio de seus Vereadores. Segundo o art. 29, VII, o total da despesa com a remuneracdo dos Vereadores nao poderé ultrapassar o montante de 5% (cinco por cento) da receita do Municipio. Segundo o art. 29-A, § 3°, o Presidente da Camara Municipal cometeré crime de responsabilidade quando a Camara Municipal gastar mais de 70% da sua receita com folha de pagamento. (TRF 1° Regido — 2015) Nao se considera o municipio entidade federativa, embora se reconheca que ele dispée de capacidade de | auto-organizacio, autogoverno autoadministracéo. Comentarios: Raesricart 0 Municipio é também um ente federativo. Ele dispde de capacidade de auto-organizacéo, autogoverno e autoadministraco. Questéo errada. (TCM / SP - 2015) Lei organica municipal, como projeg3o da autonomia municipal, deve disciplinar a organizagSo__municipal__consoante__os _balizamentos ww sos.com.br 21de Aula 05 - Proft Nadia / estabelecidos pela Constituiggo da Republica, ndo sendo possivel que a Constituico Estadual o faca. Comentarios: A Lei Organica 0 instrumento por meio do qual o Municipio manifesta o seu poder de auto-organizasao, sendo, portanto, projegao da autonomia municipal. A organizacéo municipal é matéria que cabe a Lei Organica, devendo observar as regras gerais estabelecidas pela CF/88. A ConstituicSo Estadual ndo pode versar sobre a organizacéo municipal, sob pena de violar o pacto federativo. Questo correta. (TCM / SP - 2015) Nos Municipios com menos de 200 mil eleitores, a Lei Organica deve definir se a eleicao seguiré 0 sistema majoritario de um ou dois turnos. Comentarios: Essa nao é matéria de Lei Organica. A CF/88 estabelece que, nos municipios com mais de 200 mil eleitores, a eleigéo seguira 0 sistema majoritdria de 2 (dois) turnos. Questéo errada. 3.5- Territérios Federais: Os Territérios Federais integram a Uni&o, sendo considerados meras descentralizacdes administrativas; a doutrina os chama, por isso, de autarquias territoriais da Unido. Portanto, eles nao sdo entes federativos € nao possuem autonomia politica. Atualmente, ndo existe nenhum Territério Federal. Com a CF/88, os territérios de Roraima e do Amapé foram transformados em estados federados; por sua vez, 0 territério de Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de Pernambuco. Apesar de néo existir, atualmente, nenhum Territério Federal, estes poderao ser criados a qualquer tempo. Para a criagéo dos Territérios Federais, é necessdria lei complementar. Apesar de ndo serem entes federativos, os Territérios poderao ser divididos em Municipios. © Poder Executivo nos Territérios Federais é chefiado pelo Governador, que ndo é eleito pelo povo. O Governador do Territério é nomeado pelo Presidente da Reptblica, com nome aprovado previamente, por voto secreto, apés arguic&o publica pelo Senado Federal. Compete privativamente de Aula 05 - Proft Nadia / & Unido legislar sobre a organizacéio administrativa dos Territérios (art. 22, XVII). As contas do Governo do Territério séo submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da Unido (TCU). Isso se deve a vinculag&o dos Territérios com a Unido; nos Estados-membros da federacao, as contas dos Governadores so submetidas & apreciacéo da respectiva Assembleia Legislativa. Existe Poder Legislativo nos Territérios? Sim, existe. O Poder Legislativo nos Territérios 6 exercido pela Camara Territorial. Segundo o art. 33, §3°, CF/88, a lei dispordé sobre as eleicdes da Camara Territorial e sua competéncia legislativa. A Camara Territorial exercera apenas a funcdo tipica de legislar; a funcgdo de controle externo da administracao dos territorios é exercida pelo Congresso Nacional, com o auxilio do TCU. Cada um dos Territérios elege 4 Deputados Federais; trata-se, portanto, de numero fixe, n&o proporcional a populacdio. Os Territérios, por no serem entes federativos, nado elegem Senadores. Isso se deve ao fato de que os Senadores so representantes dos Estados e do Distrito Federal; permitir que os Territérios elegessem Senadores significaria, em certa medida, equiparé-los aos Estados. O Poder Judiciério, nos Territérios Federais, é organizado e mantido pela Unido. Com efeito, a Unido tem a competéncia privativa para organizar e manter o Poder Judicidrio do Distrito Federal e Territérios. Nos Territérios Federais, a jurisdicdo e as atribuicées cometidas aos juizes federais caberao aos juizes da justica local, na forma da lei. Assim como 0 Poder Judicidrio, 0 Ministério Puiblico, nos Territérios Federais, é organizado e mantido pela Unio. Assim, temos o TIDFT (Tribunal de Justica do Distrito Federal e Territérios) e 0 MPDFT (Ministério Ptiblico do Distrito Federal e Territérios). Existe, ainda, a Defensoria Piiblica dos Territérios, também organizada e mantida pela Unido. Cuidado! Aqui, no ha que se falar mais em Defensoria Publica do Distrito Federal e Territérios (DPDFT). Isso porque, apés a EC n° 69/2012, a Defensoria Publica do Distrito Federal (DPDF) é organizada e mantida pelo préprio Distrito Federal. Temos, ent&o, dois érgiios diferentes: a Defensoria Publica do DF (organizada e mantida pelo DF) e a Defensoria Publica dos Territérios (organizada e mantida pela Unido). Quando os Territérios tiverem mais de cem il habitantes, além do Governador, haverd rgaos judiciarios de primeira e segunda instancia, membros do Mi tério Pliblico e defensores publicos federais. Em outras palavras, haveré representagées do Poder Judicidrio, do Ministério 23de Aula 05 - Proft Nadia / Piblico e da Defensoria Publica nos territérios em que @ populaggo for maior do que 100.000 habitantes. 4- Alteragées na estrutura da federagao: 4.1- Formacdo dos Estados: A federacéo é clausula pétrea do texto constitucional, ou seja, néo pode ser objeto de emenda constitucional que seja tendente a sua abolicao. Todavia, a federacéo podera sofrer alteragdes em sua estrutura. As alteragdes na estrutura dos Estados ocorrera nos termos do art. 18, § 3°, CF/88: § 3° Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar- se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territérios Federais, mediante aprovacao da populacao diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. A leitura do dispositive supracitado nos permite afirmar que hd 5 (cinco) diferentes tipos de alteracdo na estrutura dos Estados: a) Fusdo: Um Estado A se une a um Estado B, formando o Estado C. Com isso, ha a formac’o de um terceiro e novo ente federado, distinto dos anteriores e com personalidade prépria. Os Estados que Ihe deram origem nao mais existirao. b) Incorporacgdo: Um Estado A se incorpora ao Estado B, o qual continua a existir. O Estado A deixa de existir e o territorio do Estado B aumenta. Perceba que, na incorporagdo, um dos entes federativos mantém a sua personalidade juridica. Na histéria do Brasil, temos um exemplo de incorporag30. O Estado de Guanabara se incorporou ao Estado do Rio de Janeiro. ¢) Subdivisdo ou cisdo: Um Estado A se subdivide, dando origem ao Estado B e C. O Estado A deixa de existir, surgindo dois novos Estados (duas novas personalidades juridicas). A subdiviséo de um Estado pode dar origem a novos Estados ou territérios. Existe proposta para que o Maranhio seja subdivido em Maranh&o do Sul e Maranhao do Norte. Esse seria um bom exemplo de subdivisdo. d) Desmembramento-anexagSo: Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu territério para que este seja anexado ao territério de outro Estado. Seria o caso, por exemplo, em que o Estado A perde parcela do seu territério, que é anexada ao territério do Estado B. Perceba que, nessa operag&o, ndo houve exting&o de nenhum Estado. O Estado A perdeu parte de seu territério, mas continuou existindo. 24 de Aula 05 - Proft Nadia / e) Desmembramento-formacao: Ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu territério para que haja a formacdo de um novo ente. Foi o que aconteceu com Goids, quando este cedeu parte de seu territério para a formac&o do estado do Tocantins. Perceba que, nessa operac&o, ndo houve extingo de nenhum Estado. Goids perdeu parte do seu territério, mas deu origem a um novo Estado-membro. E quais so os requisitos para que sejam realizadas essas alteracdes na estrutura dos Estados? De inicio, sera necessario que se proceda a consulta as populacées diretamente interessadas, mediante a realizagéo de um plebiscito, Caso a populag3o seja desfavordvel, a modificacdo territorial sera impossivel. Ja quando favordvel, a decisdo final sobre a modificacao territorial é do Congresso Nacional, pois este poderd editar ou n&o a lei complementar. Na ADIN n° 2.650/DF, o STF considerou que se deve dar ao termo “populacao diretamente interessada” o significado de que, nos casos de desmembramento, incorporacao ou subdivisdo de Estado, deve ser consultada, mediante plebiscito, toda a populagao do (s) Estado (s) afetado (s), e nao apenas a populacdo da 4rea a ser desmembrada, incorporada ou subdividida. Apés a manifestacao favoravel da populag3o diretamente interessada, seré necesséria a oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados. Cabe destacar que a consulta as Assembleias Legislativas 6 meramente opinativa, o que quer dizer que, mesmo que a Assembleia Legislativa for desfavordvel 4 mudanca territorial, 0 Congresso Nacional pode editar a lei complementar que aprova a subdivisdo, incorporagéo ou desmembramento. Consultada a populacao (mediante plebiscito) e feita a oitiva das Assembleias Legislativa, resta apenas a edicdo de lei complementar, o que é um ato discricionario do Congresso Nacional. Esse € 0 passo final para a alteracéo na estrutura dos Estados. Assim, em resumo, os requisitos para a formacao de Estados sdo os seguintes: a) Consulta prévia, por plebiscito, as populagées diretamente interessadas; b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88); ©) Edicdo de lei complementar pelo Congresso Nacional. Observe que a formac&o dos Territérios obedece aos mesmos requisitos necessérios para a incorporacéo, subdiviséo e desmembramento de Estado. 25 de Aula 05 - Proft Nadia / 4.2- Formago dos Municipios: A formacao de Municipios é regulada pelo art. 18, § 4° da Constituic&o, cuja redacdo foi dada pela EC n° 15/1996: § 4° A criacdo, a incorporagdo, a fusdo e 0 desmembramento de Municipios, far-se-80 por lei estadual, dentro do periodo determinado por Lei Complementar Federal, e dependeréo de consulta prévia, mediante plebiscite, 4s populagdes dos Municipios envolvidos, apés divulgagao dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lel. De 1988 até 1996, a criagdo de Municipios era bem simples. As restrigées ndo eram téo grandes e, como consequéncia disso, multiplicaram-se os Municipios. Na tentativa de moralizar a criagdo de Municipios, foi promulgada a EC n° 15/1996, cujas regras estado validas até hoje. E quais so os requisitos para a criagdo de Municipios? Séo 5 (cinco) os requisitos para a criag&o, incorporacéio, fuséo e desmembramento de municipios: a) Edigéo de lei complementar federal pelo Congresso Nacional, fixando genericamente o periodo dentro do qual poderd ocorrer a criagSo, incorporacéo, fusio e desmembramento de municipios. Destaque-se que esta lei complementar até hoje nao foi editada. b) Aprovagéo de lei ordindria federal determinando os requisitos genéricos € a forma de divulgacdo, apresentagéo e publicagéo dos estudos de viabilidade municipal; ©) Divulgagéo dos estudos de viabilidade municipal, na forma estabelecida pela lei mencionada acima; d) Consulta prévia, por plebiscito, as populagdes dos Municipios envolvidos. O resultado do plebiscito, quando desfavoravel, impede a criacéo do novo Municipio. Por outro lado, caso seja favordvel, caberé & Assembleia Legislativa decidir se ira ou no criar 0 Municipio. e) Aprovagao de lei ordindria estadual pela Assembleia Legislativa determinando a criagdo, incorporac&o, fusao e desmembramento do(s) municipio(s). Trata-se de ato di nario da Assembleia Legislativa, Tendo em vista que, até hoje, 0 Congresso Nacional néo editou lei complementar dispondo sobre 0 periodo dentro do qual poderéio ocorrer alteracdes na estrutura de Municipios, conclui-se que, atualmente, esses ww sos.com.br 26 de ee TS TR Aula 05 - Proft Nadia / entes federativos néo podem ser criados. Aliés, esse impedimento existe desde a promulgacéo da Emenda Constitucional n° 15/1996. No entanto, a realidade foi diferente. Mesmo apés a promulgagao da EC n° 15/96, foram criados centenas de Municipios pelo Brasil afora. A doutrina os chamou de “Municipios putativos”, pois existiam de fato, mas sua criagdo havia sido invalida, inconstitucional. Como n&o poderia ser diferente, 0 STF foi chamado a apreciar o problema na ADIN n° 3.682/MT. Na oportunidade, a Corte reconheceu a mora do Congresso Nacional, que deu “ensejo 4 conformag&o e @ consolidagéo de estados de inconstitucionalidade”. Foi atestada a inconstitucionalidade da criagdo dos Municipios. Todavia, em nome da seguranca juridica, o STF “passou a bola” para o Congresso Nacional; ndo poderia o STF, da noite para o dia, determinar a exting&o de Municipios. © Congreso Nacional editou, entao, a Emenda Constitucional n° 57/2008, que convalidou os atos de criagdo, fusdo, incorporagéo e desmembramento de Municipios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisites estabelecidos na legislagdo do respectivo Estado a época de sua criacao. (TIDFT — 2015) Caso haja intencdo de desmembrar um municipio, deve ser feita consulta por meio de plebiscito & populagao da drea a ser desmembrada, mas no ha exigéncia legal nesse sentido no que se refere a populacdo remanescente. Comentarios: A consulta plebiscitdria seré feita para toda a populagao do Municipio, 0 que abrange tanto a populagao da area a ser desmembrada quanto a populac&o remanescente.. Questo errada. (MPE / PR - 2014) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territérios Federais, mediante aprovacao da populacéo diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Comentarios: E exatamente o que prevé o art. 18, § 3°, CF/88. Questdo correta. 27 de Aula 05 - Proft Nadia / 5- Vedacées Federativas: A Constituigio estabelece, em seu art. 19, algumas vedacées aos entes federados. So as chamadas vedagées federativas. Art. 19. E vedado 4 Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciond-los, embaracar-lhes 0 funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relacées de dependéncia ou alianca, ressalvada, na forma da lei, a colaboracéo de interesse publico; II - recusar fé aos documentos publicos; III - criar distingdes entre brasileiros ou preferéncias entre si. No que se refere ao inciso I, observa-se que o Brasil é um Estado laico, leigo ou no confessional, nao adotando qualquer religido oficial. Entretanto, admite-se a colaboracgdo de interesse ptiblico com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei. Seria o caso em que, apds uma enchente, o Municipio solicita a uma igreja que abrigue as pessoas desabrigadas por aquele desastre natural. iso II veda que um ente da Federacdo recuse fé a documentos pUblicos produzidos por outro, em virtude de sua procedéncia. Assim, a Receita Federal do Brasil ndo pode recusar fé a uma certidéo negativa de débito emitida pela Secretaria da Fazenda do Tocantins, por exemplo. Trata-se de uma garantia que visa fortalecer o pacto federativo. Finalmente, o inciso III acima também reforga o pacto federativo, ao vedar que os entes da federacéio criem preferéncias entre si ou entre brasileiros, em fung&o de sua naturalidade. Assim, é vedado, por exemplo, que um concurso ptiblico estabelega que somente os naturais de Minas Gerais poderao concorrer a determinada vaga. Esse é 0 principio da isonomia federativa. (TRT / MG - 2015) As vedacées constitucionais expressas impostas simultaneamente a Unido, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios alcangam o conceito de Estado laico; a proibicéo de recusa de fé em documentos ptiblicos e a proibigao de distingdes entre brasileiros ou preferéncias entre Comentarios: Eo que estabelece o art. 19, incisos I, II e Ill, CF/88. Questo correta. 28 de Aula 05 - Proft Nadia / 6- Bens Piblicos: 6.1- Bens da Unido: O art. 20 relaciona os bens da Unido: ‘Art. 20. Sao bens da Unido: I - os que atualmente Ihe pertencem e os que Ihe vierem a ser atribuidos; II - as terras devolutas indispensdveis 4 defesa das fronteiras, das fortificagdes e construcées militares, das vias federais de comunicacéo e & preservacao ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de dgua em terrenos de seu dominio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros paises, ou se estendam a territério estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limitrofes com outros paises; as praias maritimas; as ilhas oceanicas e as costeiras, excluidas, destas, as que contenham a sede de Municipios, exceto aquelas éreas afetadas ao servico publico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econémica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidréulica; IX - os recursos minerals, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterréneas e os sitios arqueoldgicos e pré- histéricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios. 0 inciso I nos mostra que o art. 20, ao tratar dos bens da Unido, trouxe um rol exemplificativo. Isso porque so bens da Unido os que atualmente lhe pertencem e os que Ihe vierem a ser atribuidos. O inciso II trata das terras devolutas, que sdo terras publicas, ou seja, que n&o estéo no nome de nenhum particular. Existem terras devolutas da Unido e terras devolutas dos Estados. Séo bens da Unido as terras devolutas indispensdveis a defesa das fronteiras, das fortificagdes e construgdes militares, das vias federais de comunicag3o e a preservagao ambiental. Por outro lado, séo bens dos Estados as terras devolutas que nao forem da Unido. © inciso III trata do dominio hidrico. Serdo rios federais aqueles que banhem mais de um Estado (ex: Rio So Francisco, Rio Tocantins). Também s&o bens da Unido os rios que se estendam a territério estrangeiro ou dele provenham (ex; Rio Amazonas). Por outro lado, os rios que banham apenas um Estado ser3o bens daquele Estado. 29 de Aula 05 - Proft Nadia / No inciso IV, verifica-se que as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limitrofes (fronteira) com outros paises sdo bens da Unido. Por outro lado, as ilhas fluviais e lacustres que nado estejam em zonas limitrofes seréo bens dos Estados. As ilhas ocenicas e costeiras sio bens da Unido. No entanto, as ilhas costeiras, quando forem sede de Municipio, nao serao bens da Unido. Cita-se como exemplo a ilha em que esta contido o Municipio de Florianépolis. Os incisos V e Vi trata do dominio maritimo. © mar territorial e os recursos naturais da plataforma continental e da zona econémica exclusiva séo bens da Unido. Cita-se que na plataforma continental hd uma enorme riqueza, especialmente petréleo. O inciso VII trata dos terrenos de marinha, que também s&o bens da Unido. Apenas para que se tenha uma nogio, de forma bem grosseira, sao terrenos de marinha aqueles que sdo adjacentes ao litoral, 33 metros medidos para a parte da terra (ou seja, 33 metros para dentro do continente). O inciso VIII trata dos poten is de energia raulica. Mesmo nos rios estaduais (que banham apenas um Estado), os potenciais de energia hidraulica ser&o bens da Unido. O inciso IX trata dos recursos minerais, inclusive os do subsolo, Suponha que um fazendeiro descubra uma mina de ouro em suas terras. Esse ouro seré, por incrivel que pareca, um bem da Unido. Cabe destacar que é assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios, bem como a érgaos da administragéo direta da Unido, participagdo no resultado da exploracao de petrdleo ou gas natural, de recursos hidricos para fins de geracaio de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo territorio, plataforma continental, mar territorial ou zona econémica exclusiva, ou compensacéo financeira por essa exploracéo. Para enriquecer nossos conhecimentos, reproduzirei o art. 176 da Carta Magna: Art. 176. As jazidas, em lavra ou nao, e demais recursos minerals @ os potenciais de energia hidréulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploragéo ou aproveitamento, e pertencem a Unio, garantida ao concessionério a propriedade do produto da lavra. Suponhamos, como exemplo, que seja encontrada uma mina de ouro em uma fazenda do Sr. Jodo da Silva, em Goids. A propriedade da fazenda continuara sendo do Sr. Jodo, embora’o ouro encontrado seja da Uniao. Caso uma concessionaria venha a explorar essa jazida, deveré pagar royalties & Unido, proprietéria dos recursos minerais. O produto da lavra (ouro extraido), entretanto, sera da concessionéria. 30 de Aula 05 - Proft Nadia / O inciso X trata das cavidades naturais subterraneas (grutas) e sitios arqueolégicos e pré-histéricos. O inciso XI dispde que as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios so bens da Unido. A palavra “tradicionalmente” nao diz respeito ao tempo de ocupacdo, mas sim ao modo de ocupacao indigena. Segundo o STF, essas terras s&o bens da Unido, mas de usufruto exclusive dos indios. 6.2- Bens dos estados: Os bens dos estados esto no art. 26, da CF/88: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as Aguas superficiais ou subterraneas, fluentes, emergentes e em depésito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da Uniao; II - as dreas, nas ilhas ocednicas e costeiras, que estiverem no seu dominio, excluidas aquelas sob dominio da Unido, Municipios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres néo pertencentes 4 Unido; IV - as terras devolutas nao compreendidas entre as da Unido. Grek caer 1- Reparticdo de competéncias e a federacdo brasileira: Na federacio, 0 poder politico é descentralizado; os entes federados s&o dotados, portanto, de autonomia politica. E essa autonomia dos entes federativos pressupée a existéncia de uma repartigéio de competéncias. © Estado federal tem como uma de suas principais caracteristicas, portanto, a existéncia. de uma reparticio constitucional de competéncias: a Constituig&o Federal delimita as atribuigdes de cada um dos entes federativos. Nesse sentido, a repartic&o constitucional de competéncias pode ser considerada como um elemento fundamental da federacao. 0 objetivo da repartigéo de competéncias na CF/88 € dividir 0 poder politico entre os entes federados de forma racional e equilibrada, garantindo o federalismo de equilibrio entre Unido, Estados, Distrito Federal Municipios. Ao repartir competéncias entre os entes federativos, a Constituicgao esta 31de Aula 05 - Proft Nadia / harmonizando a convivéncia entre Uni&o, Estados, Distrito Federal e Municipios, bem como viabilizando o pacto federativo."” A reparticéo de competéncias é baseada em dois principios: i) principio da predominancia do interesse; e il) principio da subsidiariedade. Segundo 0 principio da predominancia do interesse, a Unido cuidara das matérias de predominancia do interesse geral (nacional); aos Estados, caberdo as matérias de interesse regional; e aos Municipios, caberao as matérias de interesse local. Como exemplos da aplicac&o do principio da predominancia do interesse, citamos os seguintes: a) emisséo de moeda: 0 interesse predominante € 0 nacional, logo, a competéncia é da Unido. b) assegurar a defesa nacional: o interesse predominante € o nacional, logo, a competéncia é da Unido. €) fixagdo do horario de funcionamento de agéncias bancarias: como esté em jogo o sistema financeiro nacional, o interesse é geral e, portanto, a competéncia é da Unido. d) fixagéo do horario de funcionamento de estabelecimentos comerciais: como o interesse é local, a competéncia é dos Municipios. © principio da subsidiariedade, por sua vez, se baseia na légica de que, sempre que for possivel, as questées devem ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais préximo da tomada de decisées. Como exemplo, citamos as competéncias para dispor sobre transporte. a) A exploracao do transporte municipal é matéria de compet€ncia dos Municipios. Veja que cada Municipio consegue regular satisfatoriamente © transporte urbano (municipal) b) A exploracao do transporte intermunicipal é matéria de competéncia dos Estados. Perceba que um Municipio (sozinho) n&o consegue regular © transporte intermunicipal (0 qual envolve mais de um Municipio). Portanto, o ente federativo que consegue cumprir satisfatoriamente essa tarefa so os Estados. ©) A exploraco dos servigos de transporte rodoviario interestadual e internacional de passageiros é competéncia da Unido. Veja que um Estado (sozinho) nao consegue regular satisfatoriamente o transporte interestadual e internacional; s6 a Unio conseguird fazé-lo. 1 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Ed. Juspodium, Salvador, 2013, pp. 453 32de Aula 05 - Proft Nadia / MATERIAS DE INTERESSE GERAL MATERIAS DE INTERESSE REGIONAL ESTADOS- MEMBROS MATERIAS DE INTERESSE REGIONAL E LOCAL DISTRITO FEDERAL REPARTICAO DE COMPETENCIAS B ° MATERIAS DE INTERESSE MUNICiPIOs TOCAL Na definicéo de José Afonso da Silva, competéncia é a “faculdade juridicamente atribuida a uma entidade, 6rgao, ou agente do Poder Publico para emitir decisées. Competéncias so as diversas modalidades de poder de que se servem os érgéos ou entidades estatais para realizar as suas funcées”, Ha 2 (duas) técnicas de repartigdéo de competéncias: i) reparticao horizontal e; ii) repartic&o vertical. Na reparticgo horizontal, a Constituigéo outorga aos entes federativos competéncia para atuar em areas especificas, sem a interferéncia de um sobre © outro, sob pena de inconstitucionalidade. Esse tipo de reparticio de competéncias é caracteristico dos Estados que adotam um federalismo dual ou classico. Na repartic¢ao vertical, as competéncias serao exercidas em conjunto pelos entes federativos, que irdo, portanto, atuar de forma coordenada. Esse tipo de repartigao de competéncias € caracteristica dos Estados que adotam um federalismo de cooperagao ou neoclassico. A Constituiggo Federal de 1988, ao repartir competéncias entre os entes federativos, utilizou as 2 (duas) técnicas. Ao definir as competéncias exclusivas ¢ privativas da Unio, foi adotada a técnica de repartic&o horizontal; por sua vez, ao estabelecer as competéncias comuns e as competéncias concorrentes, resta caracterizada a reparti¢ao vertical. Por utilizar a reparti¢éo vertical de competéncias, diz-se que o Brasil adota um federalismo de cooperacéio ou neoclassico. A repartig&o de competéncias na federag&o brasileira é, todavia, mais complexa do que isso. Ele é estruturada da seguinte forma: a) A CF/88 enumera expressamente as competéncias da Unido (arts. 21 e 22). As competéncias da Unio séo exclusivas ou privativas. As competéncias exclusivas s&o _indelegaveis, tegiaconcursos.com.br 33.de ee Aula 05 - Proft Nadia / caracterizando-se por serem administrativas (esta relacionadas & prestagéo de servicos publicos pela Unido. J4 as competéncias privativas so delegaveis, caracterizando-se por serem legislativas. b) A CF/88 enumera expressamente as competéncias dos Municipios. (art. 30). c) A CF/88 nao lista as competéncias dos Estados. Por isso, diz-se que os Estados possuem competéncia remanescente. As matérias que nao foram atribuidas pela CF/88 @ Unido ou aos Municipios serao outorgadas aos Estados d) A CF/88 estabelece competéncias comuns, que séo de todos os entes federativos, em conjunto. Utilizou-se, aqui, da técnica de repartig&io vertical de competéncias. e) A CF/88 estabelece competéncias concorrentes entre a Unido, os Estados e o Distrito Federal. Nas competéncias concorrentes, verticalmente repartidas, cabe Unido estabelecer as normas gerais e aos Estados e Distrito Federal a competéncia suplementar. Questionamento importante que se deve fazer sobre a possibilidade ou ndo de alteragdo da repartigéo de competéncias por Emenda Constitucional. A repartic&o de competéncias é uma cldusula pétrea? A doutrina considera que a reparticgéo de competéncias pode ser alterada por emenda constitucional, desde que essa alterac&o nao represente uma ameaga tendente a abolir a forma federativa de Estado (essa sim uma clausula pétrea). Assim, apenas nao seria valida uma emenda constitucional que reduzisse de forma substancial a autonomia de um ou mais entes federados. 2- Competéncias Exclusivas e Privativas da Unido: As competéncias exclusivas e privativas da Unido estdéo enumeradas, respectivamente, no art. 21 e art. 22 da Constituigdo Federal. Destaque-se que ambas so competéncias expressas (explicitas) no texto constitucional. No art. 21, est&o as chamadas competéncias exclusivas da Unido. Trata-se de competéncias de natureza administrativa ou material, isto é, estéo relacionadas prestagdo (execugao) de servicos ptiblicos pela Uniao. Séo competéncias indelegaveis: mesmo diante da omissdo da Unido, nao podem os demais entes federados atuar no ambito dessas matérias. Vejamos, a seguir, as competéncias exclusivas da Unido. B4de Aula 05 - Proft Nadia / ‘Art. 21. Compete & Uniao: I - manter relagdes com Estados estrangeiros e participar de organizagées internacionais; A Unido é 0 ente federativo que detém a competéncia para representar o Estado brasileiro no plano internacional. Destaque-se que a soberania é atributo da Republica Federativa do Brasil; a Unido é ente dotado de autonomia. TI - declarar a guerra e celebrar a paz; III - assegurar a defesa nacional; IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forgas estrangeiras transitem pelo territério nacional ou nele permanegam temporariamente; Esses trés dispositivos esto relacionados & defesa nacional, cuja competéncia é exclusiva da Unigo. V - decretar 0 estado de sitio, o estado de defesa e a interveng&o federal; © estado de sitio, 0 estado de defesa e a intervengio federal compéem o chamado sistema constitucional de crises. Trata-se de elementos de estabilizacado constitucional. O Presidente da Republica é a autoridade competente para decretar o estado de sitio, o estado de defesa e a intervencdo federal. VI - autorizar e fiscalizar a produgao e o comércio de material bélico; Com base nesse dispositivo, 0 STF decidiu que € inconstitucional lei estadual que autoriza a utilizacao, pelas policias civil e militar, de armas de fogo apreendidas. Segundo a Corte, “a competéncia exclusiva da Unio para legislar sobre material bélico, complementada pela competéncia para autorizar e fiscalizar a produgao de material bélico, abrange a disciplina sobre a destinagéo de armas apreendidas e em situag&o irregular." 18 VIE - emitir moeda; VIII - administrar as reservas cambiais do Pais e fiscalizar as operagées de natureza financeira, especialmente as de crédito, cdmbio e capitalizacéo, bem como as de seguros e de previdéncia privada; Com base no inciso VIII, o STF entende que é inconstitucional lei estadual que estabeleca a obrigatoriedade de utilizacdo, pelas agéncias bancdrias, *® STF, ADIN 3258. Rel. Min. Joaquim Barbosa. 06.04.2005. 35 de Aula 05 - Proft Nadia / de equipamento que atesta a autenticidade de cédulas.'? Ora, se a competéncia para a fiscalizacao das operacées de natureza financeira é competéncia exclusiva da Unido, néo cabe aos Estados editar lei que estabeleca medida voltada para essa finalidade. IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenagao do territério e de desenvolvimento econémico e social; X.- manter 0 servico postal e o correio aéreo nacional; © STF considera que, com base no inciso X, € constitucional a atribuicéo de monopélio do servico postal 4 Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.”? XI - explorar, diretamente ou mediante autorizagdo, concesséo ou permissao, os servicos de telecomunicagées, nos termos da lei, que dispord sobre a organizagao dos servicos, a criagdo de um érgdo regulador e outros aspectos institucionais; A Unigo tem competéncia privativa para legislar sobre telecomunicacées. Com base nesse entendimento, o STF considera que: a) E inconstitucional lei estadual ou distrital que profba as empresas de telecomunicagdes de cobrarem taxas para a instalacéo do segundo ponto de acesso a internet. 77 b) E inconstitucional lei estadual ou distrital que estabeleca a possibilidade de acimulo das franquias de minutos mensais ofertados pelas operadoras de telefonia, determinando a transferéncia dos minutos no utilizados no més de sua aquisicéo, enquanto no forem utilizados, para os meses subsequentes. ) E inconstitucional lei estadual que determina que as empresas telefénicas criem ou mantenham um cadastro de assinantes interessados em receber ofertas de produtos ou servicos” XII - explorar, diretamente ou mediante autorizacdo, concessdo ou permisséo: a) os servigos de radiodifusdo sonora, e de sons e imagens; b) os servigos e instalacées de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de dqua, em articulacéo_com os Estados onde se_situam os * STF, ADIN 3515, Rel. Min, Cezar Peluso, 01.08.2011 °° STF, ADPF 46, Rel. Min. Eros Grau. 05.08.2009, * STF, ADIN 4083. Rel, Min. Carmen Lucia. 25.11.2010 * STF, ADI 3959/SP. Rel. Min. Luis Roberto Barroso, 20.04.2016. www.estrategiaconcursos.com.br 36 de ee ET TR Aula 05 - Proft Nadia / potenciais hidroenerg&ticos; c) a navegagao aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportudria; d) os servicos de transporte ferroviério e aquaviério entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Territério; e) os servicos de transporte rodoviério interestadual e internacional de passageiros; f).os portos maritimes, fluviais e lacustres; Nesse dispositive, esto enumerados diversos servicos ptblicos da competéncia da Unido. Destaque-se que todos eles poderdo ser explorados diretamente pela Unido ou, entéo, por meio de autorizagdo, concessio ou permissao (exploragao indireta). XIII - organizar e manter o Poder Judicidrio, o Ministério Publico do Distrito Federal e dos Territorios e a Defensoria Publica dos Territérios; XIV - organizar e manter a policia civil, a policia militar e 0 corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assisténcia financeira ao Distrito Federal para a execugao de servigos puiblicos, por meio de fundo proprio; Esse dois dispositivos so muito importantes e com grandes chances de serem cobrados em prova. Com base neles, a doutrina entende que o Distrito Federal tem uma autonomia parcialmente tutelada pela Unido. A partir do inciso XIV, 0 STF editou a Stimula Vinculante n° 39, segundo a qual “compete privativamente 4 Unido legislar sobre vencimentos dos membros das policias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal”. Fiquem atentos, ainda, para o fato de que, desde a Emenda Constitucional n° 69/2012, a Defensoria Publica do DF passou a ser organizada e mantida pelo préprio Distrito Federal. XV - organizar e manter os servicos oficiais de estatistica, geografia, geologia e cartografia de mbito nacional; XVI - exercer a classificagao, para efeito indicativo, de diversées publicas e de programas de radio e televiséo; XVII - conceder anistia; 37 de Aula 05 - Proft Nadia / Com base no inciso XVII, 0 STF considerou que a Lei da A\ concedeu anistia aqueles que cometeram crimes durante a época da ditadura, é constitucional. 7° Destaque-se que a concesséo de anistia para crimes é competéncia da Unido; por outro lado, a concesséo de anistia para infracées administrativas de servidores publicos estaduais é competéncia dos Estados. XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades publicas, especialmente as secas e as inundacées; XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hidricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitacéo, saneamento basico e transportes urbanos; XXI - estabelecer principios e diretrizes para o sistema nacional de viacao; XXII - executar os servicos de policia maritima, aeroportudria e de fronteiras; Com base no inciso XXII, a Policia Federal é 0 érgao que executa os servigos de policia maritima, aeroportudria e de fronteiras. XXIII - explorar os servicos e instalagdes nucleares de qualquer natureza e exercer monopélio estatal sobre a pesquisa, a lavra, 0 enriquecimento e reprocessamento, a industrializacéo e 0 comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes principios e condigées: a) toda atividade nuclear em territério nacional somente seré admitida para fins pacificos e mediante aprovacao do Congresso Nacional; b) sob regime de permisséo, séo autorizadas a comercializagao e a utilizag&o de radioistopos para a pesquisa e usos médicos, agricolas e industria ¢) sob regime de permisséo, séo autorizadas a produg&o, comercializagao e utilizag&o de radioisétopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existéncia de culpa; XXIV - organizar, manter e executar a inspe¢&o do trabalho; XXV - estabelecer as areas e as condi¢ées para o exercicio da atividade de ® ADPF 153, Rel. Min. Eros Grau. 29.04.2010 38 de Aula 05 - Proft Nadia / [garimpagem, em forma associativa. A Unido detém o monopélio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrializagéo e 0 comércio’ de minérios nucleares e seus derivados. No art. 22, est&o as competéncias privativas da Unido. S30 competéncias legislativas, isto é, est&o relacionadas & edigéo de normas pela Unido. Sao competéncias delegaveis. Vejamos, a seguir, as competéncias privativas da Unido. ‘Art. 22. Compete privativamente a Unido legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrario, maritimo, aerondutico, espacial e do trabalho; Ha farta jurisprudéncia sobre esse dispositive. Citamos, a seguir, as mais importantes para sua prova: a) A Unido tem competéncia privativa para legislar sobre direito penal, inclusive sobre crimes de responsabilidade. Segundo a Stmula Vinculante n° 46, “a definic&o dos crimes de responsabilidade e © estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento sdo da competéncia legislativa privativa da Uniao.” b) Segundo o STF, é inconstitucional a lei distrital ou estadual que disponha sobre condigées do exercicio ou criagio de profissdo, sobretudo quando esta diga 4 seguranga de transito.”* Assim, nao pode uma lei estadual regulamentar a profisséo de motoboy, uma vez que é competéncia privativa da Unido legislar sobre direito do trabalho. c) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que limita o valor das quantias cobradas pelo uso de estacionamento. A inconstitucionalidade da lei estadual se deve ao fato de que é competéncia privativa da Unido legislar sobre direito civil. d) Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que dispde sobre atos de juiz, direcionando sua atuacdo em face de situacdes especificas”®. Isso porque compete privativamente a Unido legislar sobre direito processual. 2 ADI 3610. Rel. Min. Cezar Peluso. 01.08.2011 * RDI 2.257, Rel. Min. Eros Grau, j- 06.04.05, DJ de 26.08.05. 39 de Aula 05 - Proft Nadia / e) Segundo o STF, é inconstitucional lei estadual que disciplina o valor que deve ser dado a uma causa”’. Novamente, a razo para isso é © fato de que a Unido tem competéncia privativa para legislar sobre direito processual. TI - desapropriacao; HII - requisigées civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - aguas, energia, informatica, telecomunicagées e radiodifuséo; V - servico postal; VI - sistema monetério e de medidas, titulos e garantias dos metais; VIE - politica de crédito, cambio, seguros e transferéncia de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da politica nacional de transportes; X - regime dos portos, navegagao /acustre, fluvial, maritima, aérea e aeroespacial; Esses dispositivos poderdo ser cobrados na prova em sua literalidade. XI - transito e transporte; A Unido tem competéncia privativa para legislar sobre transito e transporte. Logo, s4o inconstitucionais: a) lei estadual ou distrital que estabeleca a obrigatoriedade do uso de cinto de seguranga; b) lei estadual ou distrital que comine penalidades a quem seja flagrado em estado de embriaguez na conduggo de veiculo automotor; c) lei estadual ou distrital que dispe sobre instalagéo de aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnolégico de controle de velocidade de veiculos automotores nas vias do Distrito Federal; d) lei estadual ou distrital que torna obrigatério a qualquer veiculo automotor transitar permanentemente com os fardis acesos nas rodovias. * RDI 2.655, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 09.03.04, DJ de 26.03.04, 40 de Aula 05 - Proft Nadia / Muito cuidado na hora da prova! € competéncia privativa da Uniio LEGISLAR sobre trAnsito e transporte. E competéncia comum da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios estabelecer e implantar politica de educacéo para a seguranca do transito. ‘XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalizago; XIV - populagées indigenas; XV - emigragao e imigragao, entrada, extradicéo e expulséo de estrangeiros; XVI - organizag0 do sistema nacional de emprego e condicées para o exercicio de profissées; XVII - organizagao judiciaria, do Ministério Publico do Distrito Federal e dos Territérios e da Defensoria Publica dos Territérios, bem como organizacéo administrativa destes; XVIII - sistema estatistico, sistema cartografico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupanca, captacéo e garantia da poupanga popular; Esses dispositivos poderéo ser cobrados em prova na sua literalidade. XX - sistemas de consércios e sorteios; Com base nesse dispositivo, 0 STF editou a Stimula Vinculante n° 2: "E inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consércios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. XXI = normas gerais de organizacao, efetivos, material bélico, garantias, convocagéo e mobilizacéo das policias militares e corpos de bombeiros militares; XXII - competéncia da policia federal e das policias rodoviéria e ferroviéria federais; XXIII - seguridade social; a1 de Aula 05 - Proft Nadia / XXIV - diretrizes e bases da educacao nacional; XXV - registros publicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; E preciso estarmos atentos para algumas pegadinhas que podem ser feitas pela banca examinadora: a) E competéncia privativa da Unido legislar sobre seguridade social. No entanto, legislar sobre previdéncia social é competéncia concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24). b) competéncia privativa da Unido legislar sobre diretrizes e bases da educacéo nacional. No entanto, legislar sobre educacdo é competéncia concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24). Na ADI n° 4060/SC, 0 STF considerou que a competéncia legislativa concorrente do estado-membro para dispor sobre educagdo e ensino (CF/88, art. 24, 1X) autoriza a fixagéo, por lei estadual, do nimero maximo de alunos em sala de aula. Assim, néo ha violagao a competéncia privativa da Unio para legislar sobre diretrizes e bases da educagSo nacional. ”” Por sua vez, na ADI n° 4167, 0 STF reconheceu a competéncia da Unido para dispor sobre “normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educagao basica, de modo a utilizé-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorizacao profissional, e néo apenas como instrumento de protecSo minima ao trabalhador”. Além disso, na mesma ADI, 0 STF considerou que constitucional a norma geral federal que reserva 0 percentual minimo de 1/3 da carga horaria dos docentes da educagao basica para dedicaco as atividades extraclasse. XXVIT - normas gerais de licitagdo e contratacao, em todas as modalidades, para as administragées publicas diretas, autérquicas e fundacionais da Uniao, Estados, Distrito Federal e Municipios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, € para as empresas publicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 19, III; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa maritima, defesa civil e mobilizagao nacional; XXIX - propaganda comercial. Pardgrafo dnico. Lei complementar poderé autorizar os Estados a legislar sobre questées especificas das matérias relacionadas neste artigo. ?? ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux. Data de Julg: 25.02.2015. i br ade Aula 05 - Proft Nadia / As normas gerais de licitacao e contratagéo sd da competéncia privativa da Unido. No entanto, normas especificas sobre licitac&o e contratos podem ser editadas pelos Estados. O art. 22 relaciona as matérias cuja iniciativa privativa é da Unido, ou seja, os demais entes federados nao podem legislar, mesmo diante da omissao da Unido. Entretanto, é possivel que Estados e Distrito Federal (jamais Municipios!) legislem sobre questées especificas (nunca gerais!) dessas matérias, desde que a Unido Ihes delegue tal competéncia por lei complementar. Nessa hipdtese, Estados-membros e Distrito Federal apenas podem fazer o que foi permitido pela Unido via delegacao legislativa, uma vez que a competéncia origindria permanece exclusivamente dela, em cardter pleno. Além disso, caso haja a delegacdo legislativa, esta devera contemplar todos os Estados-membros e 0 Distrito Federal. Portanto, ao contrério da competéncia do art. 21 da CF, a competéncia do art. 22 é delegavel. Na falta da delegacao, é inconstitucional qualquer lei estadual ou do Distrito Federal que disponha sobre as matérias do art. 22 da Constituicao. Destaca-se ainda que nada impede que a Uni&o retome, a qualquer momento, sua competéncia, legislando sobre a matéria delegada. Isso porque a delegacéo nao se confunde com renincia de competéncia, Como se disse anteriormente, a competéncia origindria permanece sendo da Unido. Para Alexandre de Moraes, a delegacéo de assuntos da competéncia legislativa privativa da Unido aos Estados depende do cumprimento de trés requisitos: a) Requisito formal: a delegacio deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada pelo Congresso Nacional; b) Requisito material: sé poderé haver delegagéo de um ponto especifico da matéria de um dos incisos do art. 22 da CF/88, pois a delegac&o nao se reveste de generalidade. ¢) Requisito implicito: a proibig&o, constante do art. 19 da Carta Magna, de que os entes federativos criem preferéncias entre si, implica que a lei complementar editada pela Unido devera delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir o pacto federativo. 43. de Aula 05 - Proft Nadia / REQUISITO FORMAL LEI COMPLEMENTAR REQUISITO DELEGAGAO DE APENAS UM PONTO DA MATERIA. ‘ALLEL DEVERA DELEGAR A Retero. MATERIA IGUALMENTE ENTRE ‘TODOS 0S ESTADOS 5 5 O Prof. José Afonso da Silva classifica a competéncia legislativa da Unido em 3 (trés) tipos:”* a) Competéncia para legislar sobre direito administrativo. Abrange, dentre outras, a competéncia para legislar. sobre desapropriag&o, requisi¢des civis e militares, atividades nucleares, servico postal, defesa civil e politica de crédito, cambio e seguro. b) Competéncia para legislar sobre direito material, nZo administrativo, ou substancial. Compreende a competéncia para legislar sobre direito civil, comercial, penal, _politico-eleitoral_—_(incluindo nacionalidade, cidadania e naturalizag’o), agrdrio, maritimo, aerondutico, espacial, e do trabalho, populagées indigenas, condigdes para o livre exercicio de profissdes e seguridade social. c) Competéncia para legislar sobre direito processual. Compreende a competéncia para legislar sobre direito processual do trabalho, processual penal 2 processual civil. (3 7 PB - 2015) Caso determinado estado-membro edite lei que disponha sobre normas de processo e julgamento do . governador pela pratica de crime de responsabilidade, essa re? wnt ar} lei estard em consonancia com a CF, uma vez que esse estado-membro tem competéncia para legislar sobre a matéria. 28 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positive, 354 edigdo. Editora Malheiros, S80 Paulo, 2012. pp. 502-503. ‘om.br 44 de Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: Segundo a Sumula Vinculante n° 46, “a defini¢éo dos crimes de responsabilidade e 0 estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento séo da competéncia legislativa privativa da Unigo.” Questao errada. (TIDFT - 2015) Um estado da Federac&o editou lei que proibe a contratag&o, pela administracéo desse estado, de empresas de parentes de ocupantes de cargo de governador e de secretdrio de Estado. Nesse caso, a lei editada é inconstitucional por violar a exclusividade da Unido para legislar sobre licitagdes e contratos. Comentarios: A Unido tem competéncia privativa para legislar sobre normas gerais de licitagdo e contratos administrativos. Nada impede, todavia, que os estados editem leis sobre questées especificas sobre licitagdes e contratos. Portanto, a lei mencionada na assertiva é plenamente compativel com a CF/88. Questao errada. (13 / PB - 2015) Na hipétese de uma lei estadual estabelecer restrigées ao ingresso, armazenamento e comercializagéo de produtos agricolas importados no ambito do estado-membro, estaré caracterizada invasio da competéncia privativa da Unido para legislar sobre comércio exterior. Comentarios: E competéncia privativa da Unido legislar sobre comércio exterior (art. 22, VIII). Logo, uma lei estadual que trate do tema estaré invadindo competéncia da Unido. Questéo correta. (TJ / PB - 2015) Caso um estado-membro inove a ordem juridica ao editar lei que proiba as empresas de telecomunicacéo a cobranga de taxa para a instalacdo do segundo ponto de acesso a Internet, nao haverd inconstitucionalidade, pois 0 estado teré agido no ambito de sua competéncia para legislar sobre protecdo do consumidor. Comentarios: O STF considera que é inconstitucional lei estadual ou distrital_ que proiba_as empresas de telecomunicagées_de i 5 de Aula 05 - Proft Nadia / cobrarem taxas para a instalagdo do segundo ponto de acesso a Internet. Isso porque se trata de matéria da competéncia da Unido. Questo errada. (T3 / PB - 2015) € inconstitucional norma federal que reserve percentual minimo de carga horaria dos docentes da educac&o basica para dedicagSo as atividades extraclasse, visto que a materia é de interesse local, cuja definigéo deve atender a circunstancias peculiares de cada regido. Comentarios: De acordo com o Supremo Tribunal Federal, & constitucional a norma geral federal que reserva o percentual minimo de 1/3 da carga horaria dos docentes da educagao basica para dedicacéo as atividades extraclasse. Questdo errada. (TCE / RJ - 2015) E inconstitucional lei estadual que, no exercicio da competéncia legislativa para dispor sobre legislac&o e ensino, fixe ntimero maximo de alunos em sala de aula, por se tratar de norma geral afeta as diretrizes e bases da educacio nacional. Comentarios: E plenamente compativel com a CF/88 lei estadual que fixe o numero maximo de alunos em sala de aula. Segundo o STF, essa lei estadual no viola a competéncia privativa da Unido para legislar sobre diretrizes e bases da educag&o nacional. Questo errada. (FUB - 2015) 0 constituinte brasileiro proibiu que a Uniao delegasse aos estados e ao Distrito Federal a competéncia para legislar sobre matérias de sua competéncia privativa. Comentarios: A Unio poderé, mediante lei complementar, autorizar os Estados a legislarem sobre questdes especificas das matérias de sua competéncia privativa. E 0 que prevé o art. 22, paragrafo tinico, da CF/88. Questdo errada. www.estrategiaconcursos.com.br 46 de Aula 05 - Proft Nadia / 3- Competéncias Comuns: O art. 23 trata de competéncias comuns a todos os entes federativas. Séo competéncias de natureza administrativa (material). Também é chamada de competéncia concorrente administrativa, paralela ou cumulativa da Unido. Vamos ler juntos o art. 23? Art. 23. E competéncia comum da Uni&o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios: I - zelar pela guarda da Constitui¢ao, das leis e das instituigdes democraticas e conservar o patriménio publico; II - cuidar da sauide e assisténcia publica, da protegéo e garantia das pessoas portadoras de deficiéncia; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histérico, artistico e cultural, os monumentos, as paisagens naturals notavels e os sitios arqueolégicos; IV - impedir a evaséo, a destruigéo e a descaracterizacéo de obras de arte e de outros bens de valor histérico, artistico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso 4 cultura, & educagéo, & ciéncia, & tecnologia, 4 pesquisa e inovacéo; VI - proteger 0 meio ambiente e combater a poluigéo em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a floré VIII - fomentar a produgéo agropecuéria e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construgéo de moradias e a melhoria das condigées habitacionais e de saneamento basico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizacéo, promovendo a integracao social dos setores desfavorecidos; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessées de direitos de pesquisa e exploragao de recursos hidricos e minerais em seus territérios; XII - estabelecer e implantar politica de educacéo para a seguranga do transito. Pardgrafo Unico. Leis complementares fixaréo_normas para a cooperagao www.estrategiaconcursos.com.br 47 de Aula 05 - Proft Nadia / entre a Unido e os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, tendo em vista 0 equilibrio do desenvolvimento e do bem-estar em 4mbito nacional. Note que essas s&o matérias de competéncia administrativa de todos os entes da Federacao, de forma solidaria, com inexisténcia de subordinacdo em sua atuacSo. Trata-se tipicamente de interesses difusos, ou seja, interesses de toda a coletividade. No que se refere & lei complementar prevista no paragrafo Unico do art. 23 da Constituicéo, nota-se que esta tem como finalidade evitar conflitos e disperséo de recursos, coordenando-se as agdes dos entes federativos em prol de melhores resultados. 4- Competéncia legislativa concorrente: O art. 24 trata da chamada competéncia concorrente, que se caracteriza por ser uma competéncia legislativa. Vamos ler 0 artigo na integra? ‘Art. 24. Compete & Unido, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributario, financeiro, penitenciério, econémico e urbanistico; II - orgamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos servicos forenses; V - produgao e consumo; VI - florestas, caca, pesca, fauna, conservagao da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, protegéo do meio ambiente e controle da polui¢ao; VII - proteséo ao patriménio histérico, cultural, artistico, turistico e paisagistico; VIII - responsabilidade por dano a0 meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artistico, estético, histérico, turistico e paisagistico; IX - educago, cultura, ensino, desporto, ciéncia, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovaséo; X - criago, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 48 de Aula 05 - Proft Nadia / XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdéncia social, protecao e defesa da sauide; XIII - assisténcia juridica e Defensoria publica; XIV - protegao e integragéo social das pessoas portadoras de deficiéncia; XV - protecao a infancia e & juventude; XVI - organizagéo, garantias, direitos e deveres das policias civis. § 1° - No dmbito da legislagéo concorrente, a competéncia da Unido limitar- se-d a estabelecer normas gerais. § 2° - A competéncia da Unido para legislar sobre normas gerais nao exclui a competéncia suplementar dos Estados. § 3° - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerao a competéncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4° - A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que Ihe for contrério. A competéncia legislativa concorrente é atribuida 4 Unido, aos Estados e ao Distrito Federal (os Municipios ndo foram contemplados!). A competéncia da Unigo esta limitada ao estabelecimento de regras gerais. Fixadas essas regras, caberé aos Estados e Distrito Federal complementar a legislacao federal (6 a chamada competéncia suplementar dos Estados-membros e Distrito Federal). Caso a Unido n&o edite as normas gerais, Estados e Distrito Federal exercerio competéncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Entretanto, caso a Unido posteriormente ao exercicio da competéncia legislativa plena pelos Estados e Distrito Federal edite a regra geral, ela suspenderé a eficdcia da lei estadual (veja que n&o se fala em revogac&o, mas em suspensao!) apenas no que for contraria aquela. Ocorre, ent3o, um bloqueio de competéncia, néo podendo mais o Estado legislar sobre normas gerais, como vinha fazendo. Observa-se que a Carta Magna adotou o modelo de competéncia concorrente nao cumulativa, em que ha repartigéo vertical, isto 6, dentro de um mesmo campo material reservou as regras gerais 4 Unido e deixou aos Estados a complementag&o. Na competéncia concorrente cumulativa (n&o adotada pela Carta Magna), n&o ha limites prévios para o exercicio da competéncia, que pode ser igualmente exercida por todos os entes federativos. 49 de Aula 05 - Proft Nadia / Outro ponto de destaque é que a competéncia suplementar dos Estados- membros e do Distrito Federal pode ser dividida em duas espécies: competéncia complementar e; ii) competéncia supletiva. A primeira dependera de existéncia prévia de lei federal, a ser especificada pelos Estados-membros e pelo Distrito Federal. J4 a segunda, surgiré quando da inércia da Unido em editar a lei federal, permitindo aos Estados-membros e ao Distrito Federal exercerem a competéncia legislativa plena, tanto para a edicéo de normas de cardter geral quanto de normas especificas. EXISTENCIA DE LEI FEDERAL GERAL COMPLEMENTAR EDIGAO DE LEIS ESPECIFICAS AUSENCIA DE LEI FEDERAL GERAL EDICAO TANTO DE NORMAS GERAIS QUANTO DE ESPECIFICAS. COMPETENCL SUPLEMEN’ (TCU — 2015) Compete privativamente & Unido legislar sobre direitos e garantias fundamentais. Comentarios: N&o se pode dizer que é competéncia privativa da Unido legislar sobre direitos fundamentais. O art. 24 da Carta Magna prevé que varios direitos fundamentais so objeto da competéncia legislativa concorrente entre Unido, Estados e Distrito Federal. Entre eles, encontram-se, por exemplo, a educacéo, 0 ensino e a protecdo a infancia e a juventude. Gd sizicn (Instituto Rio Branco - 2015) Compete @ Unido manter relaces com Estados estrangeiros, declarar a guerra e celebrar a paz, mas se insere no ambito da competéncia concorrente da Unido, dos estados e do Distrito Federal assegurar a defesa nacional e permitir que forcas estrangeiras transitem por seus territérios. Comentarios: Também é competéncia da Unido assegurar a defesa nacional (art. 24, IV) e permitir que forgas estrangeiras transitem pelo de Aula 05 - Proft Nadia / territorio nacional (art. 21, 1V).Questao errada. (TRT 8" Regido — 2015) A responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artistico, estético, histérico, turistico e paisagistico é de competéncia concorrente da Uni&o, Estados e Distrito Federal e, por isso, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exerceréo a competéncia legislativa plena, independente de suas peculiaridades. Comentarios: De fato, € competéncia concorrente da Unido, Estados e Distrito Federal legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artistico, estético, histérico, turistico e paisagistico (art. 24, VIII). Se ndo houver lei federal, os Estados poderao exercer competéncia legislativa plena, mas o faréo para atender a suas peculiaridades. O erro da quest&o esta em falar que a competéncia legislativa plena seré exercida pelos Estados “independente de suas peculiaridades”. Questdo errada. (13 / RR - 2015) Na ConstituicSo brasileira de 1988, competéncias comuns e concorrentes tém natureza legislativa. Comentarios: As competéncias comuns tém _ natureza__ material (administrativa) e as competéncias concorrentes tm natureza legislativa. Questo errada (SEAP / DF - 2015) Compete a Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente acerca de procedimentos em matéria processual. Comentarios: E isso mesmo! E competéncia concorrente legislar sobre procedimentos em matéria processual (art. 24, XI). Questo correta. (MPE / SC - 2014) Em matéria de competéncia comum legislativa, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que lhe for contrario. Comentarios: A competéncia comum é material, nao legislativa. No ambito Side Aula 05 - Proft Nadia / da competéncia concorrente é qué a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia de lei estadual, no que lhe for contraria. Questo errada. 5- Competéncias dos Estados e do Distrito Federal: A Constituic&o nao lista taxativamente as competéncias dos Estados-membros, reservando-lhes a chamada competéncia remanescente ou residual (art. 25, §1°, CF): § 1° - Sdo reservadas aos Estados as competéncias que no Ihes sejam vedadas por esta Constituicao. Essa técnica foi adotada originariamente pela Constituigéo norte-americana e, desde entao, por todas as Constituigées brasileiras, por privilegiar a autonomia dos Estados-membros em relagéo Unido. Isso porque permite que a maior parte das competéncias seja dos Estados, uma vez que as competéncias da Unido sao listadas taxativamente, enquanto as dos Estados-membros so indefinidas. Entretanto, é errado afirmar que nenhuma competéncia dos Estados esté expressa na Constituigéo. A Carta Magna enumera isoladamente algumas competéncias dos Estados. Veja quais so as mais cobradas em concursos, a partir da leitura das correspondentes normas constitucionais: Art, 25, § 2° - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os servigos locais de gas canalizado, na forma da lei, vedada a edicdo de medida provisoria para a sua regulamentagao; Art. 25, § 3° - Os Estados poderao, mediante lei complementar, instituir regiées metropolitanas, aglomeracées urbanas e microrregiées, constituidas por agrupamentos de municipios limitrofes, para integrar a organizacéo, 0 planejamento e a execucéo de fungées publicas de interesse comum. Art. 125. Os Estados organizardo sua Justiga, observados os principios estabelecidos nesta Constituigao. Destaca-se, ainda, que a Constituigéo atribui ao Distrito Federal as competéncias legislativas, administrativas e tributérias reservadas aos estados e aos mu 's (CF, art. 32, §1°) Contudo, ha excegées (competéncias estaduais que nao foram atribuidas ao Distrito Federal). Os Estados possuem competéncia para organizar e manter 52de Aula 05 - Proft Nadia / seu Poder Judiciério, Ministério Publico, policia civil, policia militar e corpo de bombeiros militar. No Distrito Federal, todas essas instituigbes so organizadas e mantidas pela Unido. Também é importante destacar que nem toda a competéncia residual foi atribuida aos Estados. Hd uma excegdo: compete a Unido instituir os impostos residuais, nao previstos na Constituigéo, desde que sejam nao cumulativos e n&o tenham fato gerador ou base de cdlculo préprios dos discriminados na Carta Magna. Trata-se da chamada competéncia residual tributéria. Nesse caso, competiré & Unido tanto legislar sobre o tema quanto exercer a capacidade tributaria ativa. 6- Competéncias dos Municipios: As competéncias dos Municipios sao listadas, em sua maior parte, no artigo 30 da Constituicéo. Nele, hd competéncias materiais (administrativas) e legislativas. Art, 30. Compete aos Municipios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislacéo federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competéncia, bem como aplicar suas rendas, sem prejuizo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislaco estadual; V - organizer e prestar, diretamente ou sob regime de concesséo ou permisso, os servicos publicos de interesse local, incluldo o de transporte coletivo, que tem cardter essencial; VI - manter, com a cooperagao técnica e financeira da Uniao e do Estado, programas de educacéo infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperacao técnica e financeira da Uni&o e do Estado, servicos de atendimento a saude da populacéo; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupagéio do solo urbano; IX - promover a protecao do patriménio histérico-cultural local, observada a legislagao e a aco fiscalizadora federal e estadual. 53 de Aula 05 - Proft Nadia / A competéncia legislativa dos municipios subdivide-se em exclusiva e suplementar: a) Competéncia exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, 1); b) Competéncia suplementar, para suplementar a legislagéo federal ou estadual, no que couber (CF, art. 30, II). Destaque-se que os Municipios poderao, inclusive, suplementar a legislacdo federal ou estadual que trate de matéria afeta a competéncia concorrente. E o caso, por exemplo, da legislacao tributaria municipal, que suplementa a legislagaio federal e estadual. A competéncia administrativa dos Municipios autoriza sua atuacdo sobre matérias de interesse local, especialmente sobre aquelas constantes dos incisos TIT a IX do art. 30 da Carta Magna. Questo complexa é definir exatamente o que é ou n&o considerado interesse local. A jurisprudéncia do STF jé teve a oportunidade de se firmar em distintas situagées relacionadas ao tema: a) Segundo 0 STF, o Municipio é competente para fixar o horario de funcionamento de estabelecimento comercial (Sumula Vinculante n° 38, STF). Esse entendimento também abrange drogarias, farmacias e plantées obrigatorios destes. b) O STF considera que 0 Municipio é competente para, dispondo sobre a seguranca de sua populaco, impor a estabelecimentos bancérios a obrigacao de instalarem portas eletrénicas, com detector de metais, travamento e retorno automatico e vidros a prova de balas. Entende, ainda, a Corte, que o Municipio pode editar legislagio prépria, com fundamento na autonomia constitucional que Ihe € inerente (CF, art. 30, 1), com o objetivo de determinar, as instituigdes financeiras, que instalem, em suas agéncias, em favor dos usudrios dos servicos bancarios (clientes ou nao), equipamentos destinados a proporcionar-Ihes seguranga (tais como portas eletrénicas e cdmaras filmadoras) ou a propiciar-Ihes conforto, mediante oferecimento de instalacdes sanitarias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocagéo de bebedouros. Nao hé, portanto, necessidade de que essa legislagéo municipal obedeca a diretrizes definidas em lei federal ou estadual, dado que a competéncia para tratar do assunto € do Municipio (AI 347.717-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-5-2005, Segunda Turma, DJ de 5-8-2005.). ¢) © STF entende que a fixagéo do hordrio de funcionamento das agéncias bancarias, por estar relacionado ao sistema financeiro nacional, extrapola o interesse local. Portanto, nao é de competéncia dos Municipios. 5d de Aula 05 - Proft Nadia / d) Segundo o STF, 0 Municipio é competente para legislar sobre limite de tempo de espera em fila dos usudrios dos servicos prestados pelos cartérios localizados no seu respectivo territério, sem que isso represente ofensa a competéncia privativa da Unido para legislar sobre registros publicos. Também entende a Corte que o Municipio possui competéncia para legislar sobre tempo de atendimento em filas nos estabelecimentos bancarios, tratando-se de assunto de interesse local, 0 que ndo se confunde com a atividade-fim do banco. e) E constitucional lei estadual que concede “meia passagem” aos estudantes nos transportes coletivos intermunicipais. J4 no caso de servigo de transporte local, a competéncia para dispor a respeito é da legislac’o municipal. f) E inconstitucional lei municipal que obriga ao uso de cinto de seguranga e probe transporte de menores de 10 anos no banco dianteiro dos veiculos, por ofender 4 competéncia privativa da Unido Federal para legislar sobre transito (CF, art. 22, XI). g) Ofende o principio da livre concorréncia lei municipal que impede a instalagéo de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada 4rea. (Stimula Vinculante n° 49). Seria 0 caso, por exemplo, de uma lei municipal que impede a existéncia de dois restaurantes em uma mesma rua. Essa lei seria inconstitucional, por violar o principio da livre concorréncia. Ao debater a aprovacéo da Stmula Vinculante n° 49, os Ministros do STF deixaram claro que esta deveria ser encarada como um principio geral, nao devendo se aplicar a todos os casos. Nesse sentido, o STF reconhece a constitucionalidade de lei municipal que fixa distanciamento minimo entre postos de revenda de combustiveis, por motivo de seguranca.”? h) Segundo o STF, 0 Municipio é competente para legislar sobre meio ambiente, desde que haja interesse local. A existéncia de interesse local deveré ser fundamentada pelo Municipio e podera resultar, inclusive, em legislagéo ambiental mais restritiva do que a Unido e dos Estados.” (13 7 PB - 2015) & constitucional lei municipal que fixe o horério de funcionamento das agéncias bancérias e que disponha sobre 0 tempo maximo de permanéncia dos usuérios vomoe nas filas, por se tratar de materia de interesse local. raticar! Comentarios: A fixagao do horario de funcionamento de agéncias bancarias é ® RE 566.836, Rel. Min, Carmen Lticia. 27.11.2008. °° ARE 748206 AgR/SC, Rel Min. Celso de Mello, 14.03.2017 tegiace br Aula 05 - Proft Nadia / materia qué extrapola © interesse local, ou seja, lel municipal que tratar do assunto seré inconstitucional. A matéria é de competéncia da Unido, por se tratar de assunto relacionado ao sistema financeiro nacional. Questao errada. (TJ / PB - 2015) Se a Constituig&o de determinado estado- membro reconhecer aos estudantes o direito de pagar a metade da tarifa de transporte coletivo municipal, néo havera invas&o da competéncia municipal para legislar sobre o tema, por se tratar de beneficio estabelecido em Constituigéo estadual Comentai St E competéncia do Municipio dispor sobre “meia passagem" aos estudantes nos transportes coletivos municipais. Logo, houve invasdo da competéncia municipal. Questo errada. (TRF 2° Regido - 2014) A competéncia legislativa residual cabe aos Estados e aos Municipios, em igualdade de condigdes. Comentarios: A competéncia residual foi atribuida aos Estados (e n&o aos Municipios!) Questéo errada.. CE CTE et yse tee) 1. Organizac&o do Estado 1. (CESPE/ PGE-AM - 2016) Embora, conforme a CF, a lei organica municipal esteja subordinada aos termos da Constituicéo estadual correspondente, esta ltima Carta n&o pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organizagdo dos mu Comentarios: Na condig&o de entes federativos, os Municipios tém capacidade de auto- organizagao, que se reflete na elaboracéo das Leis Organicas municipais. © poder de auto-organizacéo dos Municipios é, todavia, limitado pela Constituigao Federal (art. 29, CF/88). E unicamente a Constituic&o Federal que fixa os parametros limitadores do poder de auto-organizacéo dos Municipios. Segundo o STF, tais limites 56 de Aula 05 - Proft Nadia / n&o podem ser atenuados nem agravados pela Constituigso do Estado.*! Questo correta. 2. (CESPE/ ANVISA - 2016) Nos termos da CF, um ente federativo tera o direito de secessao, isto é, de desagregar-se da Federacao, seja em caso de crise institucional, seja por decisio da populacao diretamente interessada, mediante plebiscito. Comentarios: A forma federativa de estado é uma cldusula pétrea do texto constitucional. Assim, nao ha direito de secessdo na federacao brasileira. Nao pode o estado de Minas Gerais, por exemplo, declarar sua independéncia e se separar do restante da federagdo. Questao errada. 3. (CESPE/ PGE-AM - 2016) Em razéo do principio da autonomia politica dos entes federativos, estados e municipios nao podem ser submetidos a disposigées implicitas da CF, devendo obediéncia, tao somente, as suas disposigées expressas. Comentarios: No exercicio da sua capacidade de auto-organizagao e de autolegislacao, isto é, ao elaborar suas leis e Constituicio, os Estados deverao obedecer a varias disposigées implicitas da CF. — 0 caso dos principios constitucionais extensiveis, normas espalhadas por todo o texto da Constituig&o e por ela estendidas a Estados, Distrito Federal e Municipios. Exemplo: fundamentos e objetivos fundamentais da RFB (art. 1°, Ia V; art. 30, 1a IVe art. 4°, I a X, CF/88). Questdo errada. 4. (CESPE/ ANVISA - 2016) Apesar de n4o possufrem sua prépria Constituigéo, os municipios, em simetria com os_ estados, desempenham as fungdes dos Poderes Executivo, Judiciério e Legistativo, em razéo da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF. Comentarios: No Ambito municipal, no ha Poder Judiciério. Questo errada. 5. (CESPE/ ANVISA - 2016) Em caso de desmembramento de municipio, faz-se necessaria consulta por meio de plebiscito, tanto a populacao do territério remanescente como, também, a daquele a ser desmembrado. ° ADI 2.112 MC, rel. min. Septilveda Pertence, j. 1-5-2000, P, DJ de 18-5-2001. 57 de Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: Segundo 0 art. 18, § 49, CF/88, “a criac&o, a incorporacao, a fuséo e 0 desmembramento de Municipios, far-se-Jo por lei estadual, dentro do periodo determinado por Lei Complementar Federal, e dependeréo de consulta prévia, mediante plebiscito, as populagdes dos Municipios envolvidos, apés divulgagéo dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Segundo o STF, a expressio “populagées dos Municipios envolvidos” abrange tanto a populacao do territorio remanescente quanto aquela do territério a ser desmembrado. A consulta plebiscitéria, portanto, é bastante ampla. Questéo correta. 6. (CESPE / TCE-PA - 2016) A fusdo de dois municipios depende de consulta prévia, mediante plebiscito, das respectivas populacées, apés divulgagdo dos estudos de viabilidade municipal. Comentarios: A fustio de Municipios depende d realizagio de estudos de viabilidade municipal; ii) consulta prévia, mediante plebiscite, as populagdes dos Municipios envolvidos e; iii) lei ordindria estadual. Exige-se, ainda, edicdo de lei complementar federal fixando genericamente o periodo dentro do qual poderd ocorrer a criac&io, incorporagéo, fuséo e desmembramento de municipios. Questo correta. 7. (CESPE / TCE-PA - 2016) © estado do Para pode explorar diretamente, ou mediante concesséo, os servicos locais de gas canalizado, néo podendo a regulamentagao da exploracdo ocorrer por meio de medida proviséria. Comentarios: E competéncia dos Estados explorar diretamente, ou mediante concessao, os servicos locais de gas canalizado. A regulamentacgao dessa exploragao no pode ocorrer por meio de medida proviséria. Questao correta. 8. (CESPE / TCE-PA - 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinaria especifica, podem instituir regiées metropolitanas, constituidas por agrupamentos de municipios, para integrar a organizacdo, o planejamento e a execucdo de fungées publicas de interesse comum. Comentarios: A instituiggo de regides metropolitanas deverd ser feita mediante a edicio de Jei complementar estadual. Questao errada. 58 de Aula 05 - Proft Nadia / 9. (CESPE / Agente PC-PE - 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opcdo correta acerca da organizac4o politico-administrativa do Estado. a) E da competéncia comum dos estados, do Distrito Federal e dos municipios organizar e manter as respectivas policias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar. b) Compete a Unido, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organizac&o das policias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, sua convocacéio e sua mobilizacao. c) A organizag&io politico-administrativa da Republica Federativa do Brasil compreende a Unido, os estados, os territérios federais, 0 Distrito Federal e os municipios, todos auténomos, nos termos da CF. d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovagdo da populagéo diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar. e) E facultado a Uni&o, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relacdes de alianga e colaboraco de interesse puiblico. Comentarios: Letra A: errad policias civil e mil se dizer que: E competéncia dos estados organizar a manter as ar e 0 respectivo corpo de bombeiros. No entanto, pode- a) A competéncia para organizar é manter a Policia Civil-DF, a Policia Militar-DF e o Corpo de Bombeiros Militar do DF é da Unio. b) Os Municipios n&o tém qualquer competéncia para organizar e manter as policias civil e militar, tampouco 0 corpo de bombeiros militar. Letra B: errada. E competéncia privativa da Unido legislar sobre normas gerais de organizac&o, efetivos, material bélico, garantias, convocacéo e mobilizag&o das policias militares e corpos de bombeiros militares (art. 22, XXI, CF/88). 59 de Aula 05 - Proft Nadia / Letra C: errada. Os territérios n&o s&o entes federativos e, portanto, néo sdo dotados de autonomia politica. Letra D: correta. As alteragées federativas envolvendo estados dependem do cumprimento dos seguintes requisitos: a) aprovagao da populacéio diretamente interessada, por meio de plebiscito; b) edico de lei complementar pelo Congresso Nacional. Letra E: errada. E vedado aos entes federativos “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciond-los, embaracar-lhes 0 funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relacdes de dependéncia ou alianga, ressalvada, na forma da lei, a colaboragao de interesse publico” (art. 19, I, CF/88). O gabarito é a letra D. 10. (CESPE / TRT 8 Regido - 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil € conhecida como federalismo de segregacdo e centrifugo, sendo os estados-membros dotados de autogoverno. Comentarios: A federacao brasileira formou-se a partir de um movimento centrifugo (“para fora"), uma vez que, até 1891, o Brasil era um Estado unitdrio. Diz-se, portanto, que a federaao brasileiro, quanto 4 origem, formou-se por segregacao. Questao correta. 11. (CESPE / TRT 8* Regiéo - 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federacéo brasileira é ente auténomo e soberano, capaz de auto-organizacdo, autolegislacéo, autogoverno e autoadministracaéo. Comentarios: Os entes federativos ndo so dotados de soberania, mas apenas de autonomia politica. A autonomia politica se reflete por meio de 4 (quatro) capacidades: —auto-organizagdo, —autolegislagdo, autogoverno—e autoadministracéio. Questao errada. 12. (CESPE / TRE-PI - 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovacdo da populacao interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria simples. Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: Nas alteracées federativas envolvendo Estados, ha necessidade de aprovacio da populacéo diretamente interessada, mediante plebiscito. Além disso, devera ser editada Jef complementar pelo Congresso Nacional. Destaque-se que as leis complementares so aprovadas pelo quérum de maioria absoluta. Questéo errada. 13. (CESPE / TRE-PI - 2016) Para que ocorra o desmembramento do territério de um estado, é necessario que a populacdo da drea a ser desmembrada e a populacdo do territorio remanescente sejam consultadas, Comentarios: E isso mesmo! Na interpretac&o do STF, a express&o “populagdo diretamente interessada” engloba tanto a populacao da area a ser desmembrada quanto a populacio do territério remanescente. Questao correta. 14, (CESPE / DPU - 2016) 0 Congresso Nacional poder editar lei complementar para a fusdo de dois estados em um novo, desde que as populacées diretamente interessadas aprovem a fusdo mediante plebiscito. Comentarios: Sao requisitos para as alterages federativas envolvendo Estados: i) aprovacéo da populac&o diretamente interessada, mediante plebiscito e; ii) edicao de lei complementar pelo Congresso Nacional. Questao correta. 15. (CESPE / TRE-RS - 2015) Assim como a Unido e os estados- membros, os municipios regem-se por Constituigées préprias, que sao consideradas a lei fundamental maxima de uma sociedade local. Comentarios: Os Municipios s&o regidos pelas Leis Organicas (e no por Constituicées!). Questéo errada. 16. (CESPE / TCE-RN - 2015) Por possuirem autonomia politica, os territérios federais témsua criagéo, transformagéo em estado ou reintegragéo ao estado de origem dependente da aprovacao, por plebiscito, da populacgéo diretamente interessada e da ratificagao do Congresso Nacional. Comentarios: 61de Aula 05 - Proft Nadia / Os Territérios Federais nao sao dotados de autonomia politica, nao se enquadrando como entes federativos. A criagio, transformaao em estado ou reintegracdo ao estado de origem de Territorios Federais deve ser regulada por lei complementar. Questo errada. 17. (CESPE / TCE-RN - 2015) Sdo bens dos estados-membros da Federacao as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios. Comentarios: As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios sio bens da Unido (art. 20, XI, CF/88). Questo errada. 18. (CESPE / AGU - 2015) Entre as caracteristicas do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formacao de novos estados-membros e de modificagao dos ja existentes conforme as regras estabelecidas na CF. Comentarios: A CF/88 prevé a possibilidade de alteragées federativas envolvendo Estados e Municipios. Segundo o art. 18, § 3°, CF/88, “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territérios Federais, mediante aprovacéo da populacao diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”. Questao correta. 19. (CESPE / MPOG - 2015) Sao formas de governo a federacio, a confederacao e 0 governo tinico. Comentarios: S8o formas de governo a repiiblica e a monarquia, Questo errada. 20. (CESPE / MPOG - 2015) Permite-se 4 Unido, aos estados e aos municipios colaborar com as igrejas quando demonstrado o interesse pUblico, na forma da lei. Comentarios: Segundo o art. 19, I, CF/88, "é vedado 4 Uniéo, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciond- los, embaragar-Ihes 0 funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relagdes de dependéncia ou alianca, ressalvada, na forma da lei, a colaborac3o de interesse piblico". Assim, embora o Estado seja laico, admite-se a colaboragdo de interesse pUblico dos entes federativos com as igrejas. Questo correta. Aula 05 - Proft Nadia / 21. (CESPE/CADE - 2014) A organizacao politico-administrativa da Reptblica Federativa do Brasil compreende os entes da Federacao, que possuem a triplice capacidade da autonomia: auto-organizacao, autogoverno e autoadministracao. Comentarios: De fato, a autonomia dos entes da federagao se traduz em trés aptides: auto- organizac&o, autogoverno e autoadministragdo. Alguns autores acrescentam, ainda, a capacidade de autolegislaco a esse rol. Questo correta. 22. (CESPE/Instituto Rio Branco - 2014) A ordem constitucional brasileira néo admite o chamado direito de secessdo, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municipios se separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros independentes de poder. Comentarios: De fato, 0 ordenamento juridico brasileiro néo admite o direito de secessao. A forma federativa de Estado é principio fundamental da RFB, bem como cldusula pétrea. Questéo correta. 23. (CESPE/TJ-CE - 2014) Sdo bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do subsolo, localizados em seus respectivos territérios. Comentarios: Os recursos minerais, inclusive os do subsolo, séo bens da Unido, n&o dos Estados (art. 20, IX, CF). Questdo errada. 24. (CESPE/TJ-CE - 2014) Com o advento da CF ficou pre criagdo de novos territérios federai: Comentarios: E possivel a criagdo de territérios federais, obedecidos os requisitos que a Constituig&o estabelece em seu art. 18, pardgrafo terceiro: aprovacio da populac&o diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Questo errada. 25. (CESPE/TJ-CE - 2014) Séo bens dos municipios os sitios arqueolégicos localizado sem seus territérios. Comentarios: Os sitios arqueolégicos sao bens da Unio (art. 20, X, CF). Questo errada. 63de Aula 05 - Proft Nadia / 26. (CESPE/ ANATEL - 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na descentralizacdo politica e na soberania dos estados-membros, os quais sio capazes de se auto-organizar mediante a elaboragao de constituigées estaduais. Comentarios: Na federaco brasileira, somente a Republica Federativa do Brasil é soberana. Os Estados, bem como todos os demais entes da Federacéio, séo apenas auténomos. Questo errada. 27. (CESPE/ ANTAQ - 2014) Séo considerados bens da Unido os lagos, os rios e quaisquer correntes de agua em terrenos que sirvam de limites com outros paises ou se estendam a territério estrangeiro ou dele provenham. Comentarios: De acordo com o art. 20, III, CF/88, s8o bens da Unido “os Jagos, rios e quaisquer correntes de dgua em terrenos de seu dominio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros paises, ou se estendam a territério estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais as praias fluviais". Questo correta. 28. (CESPE / MS - 2013) Os estados-membros se auto-organizam por meio do exercicio de seu poder constituinte derivado-decorrente, mas nao est4o obrigados a observar os principios federais extensiveis. Comentarios: Os estados-membros exercem sua capacidade de auto-organizagao por meio da elaboracéo de sua prépria constituigéo, que € fruto do Poder Constituinte Derivado Decorrente. Na elaboragdo de suas constituigdes, os estados- membros deverdo observar os principios constitucionais sensiveis, os principios constitucionais extensiveis e, ainda, os principios constitucionais estabelecidos. Questo errada. 29, (CESPE / Juiz Federal TRT 5? Regido — 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é assimétrico, é conferido aos estados, aos municipios e ao Distrito Federal, como entes federativos, o direito de secessdo. Comentarios: © federalismo brasileiro é considerado assimétrico. No entanto, isso nao faz com que os entes federativos possuam o direito de secessdio. Questo errada. 64 de Aula 05 - Proft Nadia / 30. (CESPE / TJDFT- 2013) Mesmo néo sendo estado nem municipio, © Distrito Federal (DF) possui autonomia, parcialmente tutelada pela Unido. Comentarios: © Distrito Federal é um ente federativo dotado de autonomia. A doutrina considera que essa doutrina é parcialmente tutelada pela Unido, que tem competéncia para organizar e manter o Ministério Publico, o Poder Judiciario, a policia civil, a policia militar ¢ 0 corpo de bombeiros militar do DF. Questéo correta. 31. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como a uniao indissoltivel dos estados, municipios e do Distrito Federal. Comentarios: E 0 que determina o art. 1° da Constituigéo Federal. Questao correta. 32. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como principio da organizacéo politica brasileira a dissolubilidade do vinculo federativo. Comentarios: Pelo contrario! © pacto federativo € indissoltivel (art. 12, CF). Questéo errada. 33. (CESPE / TRT 10? Regiaéo - 2013) Os municipios e os estados- membros da Federacéo brasileira s4o dotados de personalidade de direito internacional. Comentarios: A Uniéo, © Distrito Federal, os Estados-membros e os Municipios possuem personalidade juridica de direito publico interno. Somente a RFB_possui personalidade juridica de direito internacional, por ser soberana. Questéo errada. 34. (CESPE / CNPq - 2011) A Unido, os estados, os muni Distrito Federal sao entes federativos, diferentemente dos ter federais, que integram a Unido e n&o s&o dotados de autonomia. Comentarios: De fato, a Uniéo, os Estados, os Municipios e 0 Distrito Federal séo entes federados, auténomos, conforme dispde o art. 18 da Constituigdo. Jé os 65 de Aula 05 - Proft Nadia / Territérios n&o so dotados de autonomia, sendo meras descentralizacdes administrativas da Unido (art. 18, § 2°, CF). Questao correta. 35. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasilia é a capital federal, sendo vedada pela Constituicao Federal a transferéncia da sede do governo federal para outra cidade. Comentarios: De fato, Brasilia é a capital federal. Entretanto, diferentemente do que diz o enunciado, é possivel a transferéncia da sede do governo federal para outra cidade (art. 48, VII, CF). Questo errada. 36. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patriménio da Unido é formado por bens indicados exemplificativamente na CF, incluidas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limitrofes com outros paises, praias maritimas e ilhas oceanicas e costeiras. Comentarios: De fato, trata-se de um rol exemplificative, como demonstra a expresstio “e os que Ihe vierem a ser atribuidos” (art. 20, I, CF). O erro da questéo é que nem todas as ilhas ocednicas e costeiras séo bens da Unido, Ha excecées (art. 20, IV, CF). Questo errada. 37. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios pertencem aos estados nas quais se situam. Comentarios: As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios séo bens da Unido (art. 20, XI, CF). Questo errada. 38. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha sao bens dos municipios. Comentarios: Trata-se de bens da Unido (art. 20, VII, CF). Questo errada. 39. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a Unido e os estados- membros podem criar regides de desenvolvimento visando a reducao das desigualdades regionais. Comentarios: Essa prerrogativa é apenas da Unido (art. 43, CF). Questo errada. 66 de Aula 05 - Proft Nadia / 40. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petréleo, séo bens da Unido, Comentarios: Questo correta. Fundamento: art. 20, IX, CF. 41, (CESPE / Procurador Mui al de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidraulica s4o bens comuns da Unido e dos estados onde se encontrem. Comentarios: Os potenciais de energia hidréulica so bens da Unido (art. 20, VIII, CF). Questo errada. 42. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios sao de dominio das comunidades indigenas. Comentarios: As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios so bens da Unido (art. 20, XI, CF). Questo errada. 43. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situagéo em que uma pessoa, ao cavar um pogo artesiano no sitio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gas natural. Nesse caso, a reserva pertenceraé 4 Unido, mas o proprietdrio tera, por forca expressa de dispositivo constitucional, direito a participagado no resultado da lavra. Comentarios: Reza o art. 176 da Constituigio que as jazidas, em lavra ou n&o, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidraulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploracéo ou aproveitamento, e pertencem 4 Unido, garantida ao concessionario a propriedade do produto da lavra. Questo correta. 44. (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos estados-membros, ou seja, auto-organizagao e normatizagdo prépria, autogoverno e autoadministracao. Comentarios: Como entes federados, os estados-membros possuem autonomia, ou seja, capacidade de autoadministraéo, autogoverno e de normatizacéo propria. Questo correta. 67 de Aula 05 - Proft Nadia / 45. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete a Unido, mediante lei complementar, instituir microrregiées, com a finalidade de promover a redugdo das desigualdades regionais. Comentarios: Determina a Carta Magna que os Estados poderdo, mediante lei complementar, instituir regiées metropolitanas, aglomeracées urbanas e microrregides, constituidas por agrupamentos de municipios limitrofes, para integrar a organizagao, o planejamento e a execugéo de fungées publicas de interesse comum (art. 25, § 3°, CF/88). Questo errada. 46. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) 0 Espirito Santo é um érgdo da Unido e, por isso, € subordinado a Presidéncia da Republica. Comentarios: © Espirito Santo é um ente da federacéo auténomo, sem qualquer subordinagao a Presidéncia da Republica, Questo errada. 47. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espirito Santo é chefiado pelo governador desse estado. Comentarios: © Chefe do Executive do Espirito Santo, como o de qualquer Estado da federac&o, € 0 Governador. Questao correta 48. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municipios gozam de certa autonomia que permite, em func&o das regras e principios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela populacao, mas nao com Poder Judiciario préprio. Comentarios: De fato, ndo ha Poder Judiciario municipal. Questo correta. 49, (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municipios tém autonomia administrativa, politica e financeira, mas nao autonomia normativa. Comentarios: Os municipios, como entes da federac&o, dispdem, também de autonomia normativa (autolegislacéio). Questo errada. 50. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete as constituigées estaduais fixar os subsidios dos prefeitos e dos vice-prefeitos, de maneira a evitar 68 de Aula 05 - Proft Nadia / anomalias e discrepancias remuneratérias entre os municipios de um mesmo estado-membro. Comentarios: Determina 0 art. 29, V, da Constituig&o Federal que os subsidios dos prefeitos e dos vice-prefeitos sdo fixados por lei de iniciativa da Camara Municipal. Questo errada. 51. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleicées para prefeito e vice-prefeito dos municipios com mais de duzentos mil eleitores ocorrerdo, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos alcance a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, ai computados os votos em branco, mas no os nulos. Comentarios: Nao se computam nem os votos em branco nem os nulos (art. 29, II, ¢/e art. 77, § 2°, CF). Questo errada. 52. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territérios, quando criados, podem ser divididos em municipios, aos quais nao serdo aplicadas as regras de regéncia dos demais municipios, j4 que estaréo inseridos em territério federal, considerado como descentralizacéo administrativa da Unido. Comentarios: Os municipios tém sua autonomia garantida pela Constituicéo, mesmo que fagam parte de um Territério, Questo errada. 53. (CESPE / MPS - 2010) O DF acumula as atribuigées referentes a competéncia legislativa reservada aos estados e aos municipios. Comentarios: E 0 que determina o art. 32, §1° da Constituigdo Federal. Questo correta. 54. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e manter seu Poder Ju i Comentarios: © Poder Judicidrio do Distrito Federal € organizado e mantido pela Unido. Questéo errada. 69 de Aula 05 - Proft Nadia / 55. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territérios federais, uma vez criados, néo elegem representantes para o Senado Federal, mas sua populacio tem a prerrogativa de eleger quatro deputados para representa-la na Camara dos Deputados. Comentarios: De fato, os Territérios n&o elegem senadores, mas sua populagdo tem a prerrogativa de eleger quatro deputados federais (CF, art. 45, § 2°). Questdo correta. 56. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territérios podem ser divididos em municipios. Comentarios: De fato, a Constituicéo permite tal divisdo (art. 33, § 1°). Questo correta 57. (CESPE / TJ-AL - 2012) © Di territérios, nao pode ser dividido em mu ito Federal, assim como os Comentarios: © DF nao pode ser dividido em municipios, mas os territérios sim! Questo errada. 58. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovacgéo da populacéo diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional vinculado ao resultado da consulta popular. Comentarios: © resultado do plebiscito é vinculante apenas caso seja desfavoravel, pois torna a modificacao territorial impossivel. J4 quando favordvel, a decisao final sobre a modificagao territorial € do Congresso Nacional, pois este poderd editar ou nao a lei complementar. Questo errada. 59. (CESPE / OAB - 2010) No tocante as hipéteses de criagéo de estados-membros, previstas na CF, assinale a opcao correta. a) Na fus&o, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formacao de um novo estado, o que implica perda da personalidade primitiva. b) Na cis&o, 0 estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas, mantendo o estado originario sua personalidade juridica, 70 de Aula 05 - Prof* Nadia /P c) No desmembramento para a formagio de novo estado, o estado originério perde sua identidade, para formar um novo estado com personalidade juridica propria. d) No desmembramento para a anexagéo de outro estado, a parte desmembrada constituird novo estado, com identidade prdpria. Comentarios: A letra A esté correta. Na fusdo, os dois ou mais estados que se fundem dao origem a um novo, com personalidade juridica prépria. Exemplo: se Tocantins e Goids se fundirem, dardo origem a um terceiro Estado, com personalidade juridica diferente daquelas dos estados de origem. A letra B esta errada. Na cisdo, cada subdiviséo forma um Estado com personalidade juridica diferente da primitiva. Exemplo: O Paré pode sofrer ciséo e deixar de existir, surgindo dois novos estados, cada um com personalidade juridica prépria A letra C esta errada. No desmembramento-formacao, 0 estado perde parcela do seu territério, que dé origem a um novo estado. Fica mantida a personalidade juridica do estado origindrio ( 0 conceito da letra b). Foi o que aconteceu com Goids, quando da origem do estado do Tocantins. A letra D também esta errada. No desmembramento para a anexacéio de outro estado, a parte desmembrada passaré a fazer parte do Estado ao qual se anexou. Exemplo: o Para pode perder parte de seu territério para o Tocantins, desmembrando-se para anexacao de territério a este ultimo. Nesse caso, tanto Par quanto Tocantins continuarao a existir, mas a parte desmembrada faré parte do territdrio tocantinense. 60. (CESPE / MPS - 2010) Para a criagéo de um novo estado na Federacdo brasileira, é necessdria a realizacdo de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilibrio federativo. Comentarios: No ha necessidade de plebiscito nacional, mas apenas regional, para consulta as populacdes diretamente interessadas. Questo errada. 61. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federacdo tenha obtido aprovacao tanto de sua populacao diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigéncia imposta pela Constituigéo0 para incorporagdo, subdivisio, desmembramento ou formagao de novos estados ou territérios federais. 71 de Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: Relembremos os requisitos estabelecidos pela Constituigéo para a formagao de novos Estados ou Territérios federais: - Consulta prévia, por plebiscite, as populacdes diretamente interessadas; - Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados; ~ Edig&o de lei complementar pelo Congreso Nacional. Considerando que a oitiva das Assembleias Legislativas no tem caréter vinculante, foram cumpridos todos os requisitos para a incorporacdo, subdiviséo, desmembramento ou formagdo de novos estados ou territorios federais. Questao correta. 62. (CESPE / Procurador - Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitérias para criacdio, incorporacéo, fusdo e desmembramento de municipios, deve-se consultar a populacdo dos territérios diretamente afetados pela alteracdo. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo percentual que se manifestar em relacéo ao total da populacdo consultada. Comentarios: A questo esté correta. Fundamento: art. 18, § 4°, que acabamos de estudar. 63. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) A criacdo, a incorporagdo, a fusdo e 0 desmembramento de municipio devem ser feitos por lei estadual, observados os requisitos previstos na CF. Comentarios: A criagdo, incorporagio, fuséo e desmembramento de municipios devem ser feitos por lei ordindria estadual, observados os requisitos previstos em lei ordinaria federal. Questo errada. 64, (CESPE / TJ - RO - 2013) O Congresso Nacional vincula-se a pronunciamento plebi io quanto a transformacdo dos estados por incorporacdo entre si, por subdivisao ou desmembramento, quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos estados ou territorios federais. Comentarios: © Congresso Nacional nao se vincula ao pronunciamento plebiscitério. Mesmo que o resultado do plebiscito seja favorével a incorporacao, subdiviséo ou 72de Aula 05 - Proft Nadia / desmembramento, o Congresso poderé decidir ndo editar a lei complementar. Questao errada. 65. (CESPE / TRT 10 Regido - 2013) A diviséo politico- administrativa interna da Federacao brasileira é imutavel. Comentarios: A Constituiggo permite que haja modificagdes na diviséo_politico- administrativa interna da RFB, por meio da formagéo de novos Estados, Territérios e Municipios ou de sua fusdo ou incorporagao de uns pelos outros. Questo errada. 66. (CESPE / MPE-RN - 2009) E vedado Unido, aos estados, ao DF e ios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona- los, embaracar-Ihes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relacées de dependéncia ou alianga. Comentarios: A vedagéio @ manutengao de relacdes ou aliangas com os cultos religiosos ou igrejas ndo é absoluta. A Constituicéo ressalva, na forma da lei, a colaboragao de interesse publico (art. 19, I, CF). Questo errada. 67. (CESPE / MS - 2013) Pelo principio da isonomia federativa, é vedado a Unido, aos estados-membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municipios criar distingées entre os brasileiros, bem como criar preferéncias entre si. Comentarios: De fato, os entes federativos nao podem criar distingdes entre brasileiros ou preferéncias entre si. E 0 principio da isonomia federativa, que esta prevista no art. 19, III, CF/88. Questao correta. 68. (CESPE / PC-BA - 2013) Recusar fé aos documentos publicos inclui-se entre as vedacées constitucionais de natureza federativa. Comentarios: Os entes federativos ndo podem recusar fé aos documentos ptblicos, conforme art. 19, II, CF/88. Questao correta. 69. (CESPE / DEPEN - 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territérios federais, mediante aprovacéo da populacao diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando dispensada a atuacdo do Congresso Nacional. 73de Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: A atuagao do Congresso Nacional, por meio da edig&o de lei complementar, & indispensdvel a qualquer alteraco na estrutura da federagdo. Questdo errada. 70. (CESPE / PRF - 2012) Um estado da Federagéo que possua cinquenta e um deputados federais possuira, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais. Comentarios: © ntimero de deputados estaduais é 0 triplo do numero de deputados federais e, atingido o numero de trinta e seis, serd acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. Assim, temos a seguinte conta: Numero de Deputados estaduais = 3 x 12 + (51-12) Numero de Deputados estaduais = 36 + 39 = 75 Deputados Estaduais. Questéo errada. 2. Repartigdo de competéncias 71. (CESPE/ PGE-AM - 2016) No 4mbito das competéncias concorrentes, lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia de lei estadual superveniente, no que esta Ihe for contraria. Comentarios: No 4mbito da competéncia concorrente, a Unido é responsével por editar as normas gerais. Diante da inércia da Unido, os Estados exerceréo a competéncia legislativa plena, podendo editar as normas gerais e as normas especificas. Pois bem... Agora, suponha que o Estado de Minas Gerais, diante da inércia da Unido, editou uma lei de normas gerais. A Unido resolveu se “mexer” e, apés isso, edita sua lei de normas gerais. O que acontece? Segundo a CF/88, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficécia da lei estadual, no que Ihe for contréria. Vejam que isso é 0 oposto do que afirma o enunciado. Questdo errada. 72. (CESPE/ ANVISA - 2016) Sil i ‘ica: O Estado de Minas Gerais editou norma geral sobre matéria de competénci: concorrente, ante a auséncia de norma geral editada pela Unido. Todavia, meses depois, a Unido promulgou lei estabelecendo normas 7A de Aula 05 - Proft Nadia / gerais acerca da matéria. Asse Nessa situacdo, a lei estadual tera sua eficacia suspensa naquilo que for contraria a lei federal. Comentarios: No dmbito da competéncia legislativa concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que Ihe for contrario (art. 25, § 4°, CF). Questo correta. 73. (CESPE/ Agente PC-GO - 2016) Compete privativamente a Unido: a) estabelecer politica de educagio para seguranga no transito. b) legislar sobre requisigdes civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra. c) cuidar da protecéo e garantia das pessoas portadoras de deficiéncia. d) legislar sobre organizacao, garantias, direitos e deveres da policia civil. e) legislar sobre educagéio, ensino, pesquisa e inovagaio. Comentarios: Letra A: errada. E competéncia comum a todos os entes federativos estabelecer e implantar politica de educag8o para a seguranga do transito (art. 23, XII, CF/88). Letra B: correta. E competéncia privativa da Unido legislar sobre requisigées civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra. Letra C: errada. E competéncia comum a todos os entes federativos cuidar da satide e assisténcia publica, da proteco e garantia das pessoas portadoras de deficiéncia (art. 23, II, CF/88). Letra D: errada. E competéncia concorrente da Uni&o, Estados e Distrito Federal legislar sobre organizac&o, garantias, direitos e deveres da policia civil (art. 24, XVI, CF/88). Letra E: errada. E competéncia concorrente da Unido, Estados e Distrito Federal legislar sobre educagao, ensino, pesquisa e inovacao (art. 24, IX). © gabarito ¢ a letra B. Aula 05 - Proft Nadia / 74. (CESPE / TCE-PA - 2016) Compete privativamente 4 Unido legislar sobre direito civil, comercial e financeiro. Comentarios: A Unido tem competéncia privativa para legislar sobre direito civil e direito empresarial (comercial). No entanto, é competéncia concorrente da Unigo, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito financeiro (art. 24, I, CF/88). Questo errada. 75. (CESPE / TRT 8° Regido - 2016) De acordo com a CF, compete a Unido legislar privativamente sobre desapropriacao. Comentarios: Segundo o art. 22, II, CF/88, compete privativamente & Unido legislar sobre desapropriacao. Questo correta. 76. (CESPE / TRT 8° Regido - 2016) De acordo com a CF, compete a Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios legislar concorrentemente sobre direito agrario. Comentarios: Segundo o art. 22, I, CF/88, compete privativamente Unido legislar sobre direito agrario. Questo errada. 77. (CESPE / TRT 8* Regido - 2016) A competéncia da Unido e dos municipios € expressa, sendo a competéncia dos estados remanescente ou residual. Comentarios: A Constituigdo Federal elencou expressamente as competéncias da Unido e dos Municipios. Por outro lado, ndo elencou as competéncias dos estados, motivo pelo qual a doutrina denomina a competéncia dos estados de remanescente ou residual. Questo correta. 78. (CESPE / TRE-PI - 2016) Compete a Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios assegurar a defesa nacional. Comentarios: E competéncia exclusiva da Unido assegurar a defesa nacional (art. 21, III, CF/88). Questo errada. 76 de », _Darerra Aula 05 - Prof* Nadia /P 79. (CESPE / DPU - 2016) No que se refere a protecdo e a defesa da satide, a Unido exerce competéncia legislativa concorrente, cabendo- lhe o estabelecimento de normas gerai: Comentarios: Segundo o art. 24, XII, CF/88, & competéncia concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre proteéo e defesa da satide. No Ambito da competéncia concorrente, cabe & Unido legislar sobre normas gerais. Questo correta. 80. (CESPE / TCE-PR - 2016) Em relacéo a organizacio politico- administrativa do Estado brasileiro, assinale a opcdo correta. a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consércios e sorteios néo usurparé a competéncia da Unido, pois se inseriré no Ambito da competéncia legislativa suplementar. b) No exercicio de sua competéncia para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o municipio editar lei municipal que discipline hordrio comercial bancario para o atendimento ao publico. c) Em matéria de competéncia legislativa concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais revoga lei estadual anterior no que elas forem contrarias. d) Em materia de protecio ao meio ambiente, a competéncia legislativa concorrente entre a Unido e os estados néo afasta a competéncia do municipio para legislar sobre o assunto de forma suplementar. ) Lei complementar federal pode autorizar estados e municipios a legislar sobre questées especificas de matérias de competéncia privativa da Uniao. Comentarios: Letra A: errada. A Uniao tem competéncia privativa para legislar sobre sistemas de consércios e sorteios (art. 22, XX). Nesse sentido, o STF editou a Stimula Vinculante n° 02, que estabelece que "é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consércios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. Letra B: errada. Segundo o STF, a fixagSo do hordrio de funcionamento de agéncias bancarias extrapola o interesse local e esta relacionada ao sistema financeiro nacional. Portanto, ndo pode o Municipio legislar sobre essa matéria. Destaque-se, todavia, que o STF admite que os Municipios legislem sobre hordrio de funcionamento de estabelecimentos comerciais (Stimula Vinculante n° 38). 77 de Aula 05 - Proft Nadia / Letra C: errada. A superveniéncia de lei federal de normas gerais suspende a eficdcia de lei estadual anterior, no que Ihe for contréria. Letra D: correta. E competéncia concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre protecéo ao meio ambiente (art. 24, VI). Os Municipios, embora nao sejam detentores da competéncia concorrente, também podem legislar sobre protecéo ao meio ambiente. Faréo isso no exercicio da competéncia suplementar. Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municipios suplementar a legislacdo federal e estadual, no que couber. Letra E: errada. Lei complementar pode autorizar apenas os Estados e o Distrito Federal a legislar sobre matérias da competéncia privativa da Unido. Os Municipios néo podem receber tal delegagao. © gabarito é a letra D. 81. (CESPE / TCE-PR - 2016) O registro, o acompanhamento e a fiscalizago das concessées de direitos de pesquisa e exploragao de recursos hidricos e minerais, em seus respectivos territérios, sio de competéncia comum da Unido, dos estados, do DF e dos municipios. Comentarios: Segundo o art. 23, XI, CF/88, é competéncia comum a todos os entes federativos “registrar, acompanhar e fiscalizar as concessées de direitos de pesquisa e exploracéo de recursos hidricos e minerais em seus territérios". Questo correta. 82. (CESPE / TCE-PR - 2016) Sera constitucional lei estadual que discipline os crimes de _ responsabilidade dosconselheiros do respectivo tribunal de contas, bem como oprocedimento de sua apuragdo e de seu julgamento. Comentarios: A competéncia para legislar sobre direito penal, inclusive acerca de crimes de responsabilidade, ¢ privativa da Unido (art. 22, I). Questo errada. 83. (CESPE / TCE-RN - 2015) No 4mbito da competéncia legislativa concorrente, inexistindo lei federal, os estados exercerao competéncia legislativa plena, mas eventual promulgacao de lei federal dispondo sobre normas gerais tem 0 efeito de suspender a eficacia da legislacao estadual sobre toda a matéria objeto da competéncia concorrente. Comentarios: Aula 05 - Proft Nadia / Se n&o existir lei federal, os estados iro exercer a competéncia legislativa plena. A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais iré suspender a eficécia da lei estadual, mas apenas no que Ihe for contrdria. Questéo errada. 84. (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos mui s criar, organizar suprimir distritos, desde que observada a legislacao estadual. Comentarios: E isso mesmo! Segundo o art. 30, IV, CF/88, compete aos Municipios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislacéo estadual. Questéo correta. 85. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Cumpre aos municipios explorar os servicos locais de gas canalizado, sendo vedada a edigao de medida proviséria para a sua regulamentacao. Comentarios: Segundo o art. 25, § 2°, CF/88, “cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessdo, os servicos locais de gés canalizado, na forma da lei, vedada a edigéo de medida proviséria para a sua regulamentagao”. Questéo errada. 86. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) De acordo com a CF, nao compete aos municipios suplementar a legislagdo federal ou a legislacgao estadual. Comentarios: Segundo o art. 30, II, CF/88, compete aos Municipios suplementar a legislag&o federal e a estadual no que couber. Questéio errada. 87. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) A competéncia dos ios para legislar é residual, haja vista que sera atribuigéo dos municipios disciplinar sobre aquilo que no seja constitucionalmente atribuido 4 competéncia da Unido ou dos estados. Comentarios: Os Estados 6 que possuem competéncia legislativa residual ou remanescente. Questo errada. 88. (CESPE / Procurador de Salvador — 2015) Sao inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo maximo de permanéncia em Aula 05 - Proft Nadia / filas de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela Unido. Comentarios: Segundo 0 STF, 0 Municipio é competente para legislar sobre tempo de atendimento em filas nos estabelecimentos bancdrios, uma vez que trata-se de assunto de interesse local, ndo se confundindo com a atividade-fim do banco. Questiio errada. 89. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Sao inconstitucionais leis municipais que criem obstaculos a instalagéo de empresas do mesmo ramo em determinada Area, pois a livre concorréncia é pilar da ordem econémica brasileira. Comentarios: A Sumula Vinculante n® 49 estabelece que “ofende o principio da livre concorréncia lei municipal que impede a instalagéo de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada drea”. Assim, uma lei municipal que crie obstdculos a instalagéo de empresas do mesmo ramo em uma determinada area sera inconstitucional. Questao correta 90. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) E matéria de competéncia legislativa da Unido a fixagdo de horario de funcionamento para comércio dentro da 4rea municipal. Comentarios: A Sumula Vinculante n° 38 estabelece que o Municipio é competente para fixar 0 hordrio de funcionamento de estabelecimento comercial. Questdo errada. 91. (CESPE / Procurador de estados, ao DF e aos muni produgao e consumo. Ivador - 2015) Compete a Unido, aos s legislar concorrentemente sobre Comentarios: Os Municipios n&o tém competéncia concorrente. A Unido, os Estados e o Distrito Federal tém competéncia para legislar concorrentemente sobre produg&o e consumo (art. 24, V, CF/88). Questdo errada. 92. (CESPE/ TRE-GO - 2015) Compete a Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito eleitoral e, no Ambito dessa legislagdo concorrente, a competéncia da Unido esta limitada ao estabelecimento de normas gerais. Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: Compete privativamente 4 Unio legislar sobre direito eleitoral (art. 22, I, CF), podendo lei complementar autorizar os Estados a legislar sobre questées especificas referentes a essa materia. Questo errada. 93. (CESPE/ TRE-GO - 2015) E competéncia privativa da Unido legislar acerca do direito eleitoral. Comentarios: Trata-se, de fato, de competéncia privativa da Unido (art. 22, I, CF). Questa correta. 94. (CESPE/ ANTAQ - 2014) Aos estados-membros da Federacao compete explorar, diretamente ou mediante autorizagao, concessao ou permissao, os portos maritimos, fluviais e lacustres. Comentarios: Trata-se de competéncia da Unido, conforme previséo do art. 21, XII, “f", da Constituiga0. Questao errada. 95. (CESPE/ ANATEL - 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral sobre matéria de competéncia concorrente, ante a auséncia de normas gerais editadas pela Unido. Nessa situacao, se a Unido, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma matéria, a referida lei estadual sera suspensa, no que for contraria 4 lei federal. Comentarios: © art. 24 da Constituig&o prevé que no ambito da competéncia concorrente, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exerceréo a competéncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Nesse caso, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que Ihe for contrario. Questo correta. 96. (CESPE / TCDF - 2014) Néo contrariaria a CF norma distrital que da isonomia, a cobranga pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no DF, com vistas a promocao do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situacdo, no exercicio da competéncia concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanistico. Comentarios: 81de Aula 05 - Proft Nadia / A cobranca pelo uso de estacionamento de vefculos nos shopping centers & matéria de direito civil. Considerando-se que é competéncia privativa da Unido legislar sobre direito civil, a mencionada lei distrital é inconstitucional. Questo errada. 97. (CESPE / TCDF - 2014) N&o ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concessao, aos estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos esportivos, culturais e de lazer, j4 que € concorrente, entre a Unido, os estados e 0 DF, a competéncia para legislar sobre direito econémico. Comentarios: A concessao de meia-entrada é considerada tema de direito econémico, que & competéncia concorrente da Unido, Estados e Distrito Federal. Portanto, lei distrital que verse sobre a concessdo de meia-entrada a estudantes no ofende a CF/88. Questo correta. 98. (CESPE / TCDF - 2014) A edigao de normas gerais sobre licitagées e contratos administrativos, em todas as modalidades, é competéncia privativa da Unido. Comentarios: E competéncia privativa da Unido legislar sobre normas gerais sobre licitagées e contratos administrativos. Questao correta. 99. (CESPE / Camara dos Deputados - 2014) A competéncia para legislar sobre orcamento pertence privativamente a Unido, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre aspectos especificos relacionados a questéo orcamentaria, desde que autorizados por lei complementar federal. Comentarios: A competéncia para legislar sobre orcamento é concorrente. Questo errada. 100, (CESPE / Camara dos Deputados - 2014) Se um estado da Federacdo editar norma que profba revista intima em empregados de estabelecimentos situados em seu territério, tal norma, ainda que proteja a dignidade do trabalhador, sera inconstitucional, pois tratara de matéria de competéncia privativa da Unido. Comentarios: A Uniao tem competéncia privativa para legislar sobre direito do trabalho (art. 22, I) e sobre organizagao do sistema nacional de emprego e condicées le Aula 05 - Proft Nadia / para o exercicio de profissées. Portanto, a lei estadual mencionada é inconstitucional, por invadir competéncia da Unido. Questo correta. 101. (CESPE / CAmara dos Deputados - 2014) A legislagéo sobre a protecdo e defesa da satide é, conforme a CF, de competéncia tanto federal como estadual, na forma do que se entende como competéncia concorrente. Comentarios: Segundo o art. 24, XII, € competéncia concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal legislar sobre previdéncia social, protecio e defesa da satide. Questo correta. 102. (CESPE / Juiz Federal TRT 5 Regido - 2013) No que se refere 4 reparticgo de competéncias, a CF adotou exclusivamente a técnica da reparticao horizontal. Comentarios: A Constituigio n&o adotou apenas a técnica da repartiggo vertical, mas também a da reparticao horizontal de competéncias. Questo errada. 103. (CESPE / TCDF- 2013) A Unido, dentro do seu juizo discricionario, pode delegar, por meio de lei especifica, assuntos de sua competéncia legislativa privativa a determinado estado da Federacdo, sem necessidade de estender essa delegacio a todos os estados. Comentarios: Um requisito implicito para a delegac&o de competéncia privativa é o de que a lei complementar editada pela Unido deveré delegar a matéria igualmente a todos os Estados, sob pena de ferir 0 pacto federativo. Questao errada. 104. (CESPE / AFT - 2013) Um estado-membro nao pode editar norma especifica de defesa do consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competéncia privativa da Unido. Comentarios: Defesa do consumidor n&io € da competéncia privativa da Unigo, mas sim da competéncia concorrente entre a Unido, os Estados e o Distrito Federal. Questdo errada. 105. (CESPE / AFT - 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercicio da atividade laboral de transporte de 83 de Aula 05 - Proft Nadia / bagagens nos terminais rodoviarios de sua jurisdicdo, ele invadira a competéncia privativa da Unido para legislar sobre direito do trabalho. Comentarios: E competéncia privativa da Unido legislar sobre direito do trabalho Logo, um estado-membro nao pode editar lei disciplinando o exercicio da atividade de transporte de bagagens, sob pena de invadir a esfera de atribuicdes da Unido. Questdo correta. 106. (CESPE / Juiz Federal TRF 2 Regido - 2013) Pertence privativamente a Unido a competéncia para legislar sobre direito comercial, tributario e financeiro. Comentarios: E competéncia concorrente da Unido, Estados e Distrito Federal legislar sobre direito tributdrio e financeiro. Questéo errada. 107. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as areas e as condicgées para 0 exercicio da atividade de garimpagem. Comentarios: Trata-se de competéncia exclusiva da Unido (art. 21, XXV, CF). Questa errada. 108. (CESPE / TRT 102 Regido - 2013) Os estados possuem competéncia legislativa suplementar em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela Unido. Comentarios: Compete privativamente a Unido legislar sobre direito do trabalho. Os Estados apenas poderao legislar sobre questdes especificas da matéria em caso de lei complementar nacional autorizadora. Questéo errada. 109. (CESPE / STJ - 2012) 0 estado-membro que editar lei proibindo a cobranca de tarifa de assinatura basica nos servicos de telefonia fixa © movel agira nos limites de sua competéncia, pois a CF ai Unido e aos estados a competéncia para legislar concorrentemente sobre telecomunicacées. Comentarios: Trata-se de competéncia privativa da Unido, conforme o art. 22, IV, da Constituigao Federal. Questéo errada. 84de Aula 05 - Proft Nadia / 110. (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaco para o trafego de motocicletas em vias ptiblicas de grande circulacéo sera constitucional, por tratar de tema inserido no Ambito da competéncia legislativa dos estados-membros. Comentarios: Compete privativamente & Unido legislar sobre transito e transporte. Questo errada, 111. (CESPE / STJ - 2012) A existéncia de lei municipal que legisle sobre transito e que imponha sangdo mais gravosa que a prevista no Cédigo de Transito Brasileiro € incompativel com a Constituicéo Federal de 1988 (CF). Comentarios: De fato, isso é incompativel com a CF, uma vez que esta determina que legislar sobre transito e transporte é de competéncia privativa da Unido. Questéo correta. 112. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente 4 Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito eleitoral. Comentarios: Trata-se de competéncia privativa da Unido (art. 22, I, CF). Quest&o errada. 113. (CESPE / DPU - 2010). A elaborac&o de lei estadual que verse quanto 4 forma de como podera ocorrer a desapropriagéo a) E vidvel, caso sejam atendidas determinadas condicées, por se tratar de competéncia exclusiva dos estados-membros. b) E invidvel, por se tratar de competéncia privativa dos estados membros. c) E inviavel, por se tratar de competéncia exclusiva dos municipios. d) E viavel, se atendidas determinadas condic6es, por se tratar de competéncia privativa da Unido. e) E vidvel, desde que atendidas determinadas condicées, por se tratar de competéncia privativa dos estados-membros. Comentarios: A competéncia para legislar sobre desapropriacao é privativa da Unido. Assim, a Unido legislaré sobre questdes gerais, podendo delegar aos Estados e ao 85 de Aula 05 - Proft Nadia / Distrito Federal competéncia para legislar sobre questées especificas, devendo tal delegacdo ser feita por lei complementar. Assim, a elaboracéo de lei estadual que disponha sobre questdes especificas relacionadas a desapropriacdo € vidvel, desde que atendidas essas condicdes. A letra D é 0 gabarito da questao. 114. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a Unido, no que diz respeito 4 sua competéncia, néo deixa margem de atuacdo legislativa para os estados-membros, caso o assunto tenha sido esgotado. Comentarios: A questdo esta errada. Ao legislar sobre normas gerais, a Unido deixa aos Estados e ao Distrito Federal a competéncia para complementar a legislagao federal. A Unido n&o poderé esgotar o assunto quando a competéncia for concorrente, pois invadiria a competéncia dos Estados, uma vez que cabe a estes legislar sobre as questdes especificas. Questo errada. 115. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) £ competéncia exclusiva da Unido legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrario, maritimo, aeronautico, espacial e do trabalho. Comentarios: A competéncia da Unido para legislar sobre esses assuntos é privativa, nado exclusiva. Fundamento: art. 22, I, CF. Questo errada. 116. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competéncia para legislar sobre propaganda comercial é privativa da Unido. Comentarios: E 0 que determina o art. 22, XXIX, da CF. Questo correta. 117. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente a Unido legislar sobre matéria de direito penal, contudo, podera ela, por meio de lei complementar, auto: os estados-membros a legislar sobre questées especificas dessa matéria, relacionadas na Constituicdo Federal de 1988. Comentarios: Nesse caso, por ser esta competéncia privativa da Unido, esta poderé, por meio de lei complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questées especificas da matéria (art. 22, paragrafo Unico, CF). Questao correta. Aula 05 - Proft Nadia / 118. (CESPE / TRT 21 Regiio - 2010) Constitui competéncia concorrente entre Unido, estados e Distrito Federal legislar sobre Aguas, energia, informatica, telecomunicacées e radiodifusao. Comentarios: Trata-se de competéncia privativa da Unido (art. 22, IV, CF). Questo errada. 119. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente a Unido, estados, Distrito Federal e municipios legislar sobre aguas. Comentarios: Trata-se de competéncia privativa da Uniao, conforme art. 22, IV, CF. Questao errada. 120. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente a Unido legislar sobre direito maritimo, aerondutico, espacial e do trabalho. Comentarios: E 0 que determina o art. 22, I, da CF. Questao correta. 121. (CESPE / TRT 174 Regido - 2009) No tocante a organizacaéo do Estado brasileiro, a CF atribuiu a Unido a competéncia privativa para legislar sobre consércios e sorteios, razao pela qual é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no ambito do estado. Comentarios: E 0 que determina a stimula vinculante n° 2 do STF: “E inconstitucional a lei ou © ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consércios e sorteios, inclusive bingos e loterias”. Questo correta 122. (CESPE / TJ-AL - 2012) E terminantemente vedado aos estados- membros e ao Distrito Federal (DF) legislar sobre matérias inseridas no 4mbito da competéncia legislativa privativa da Unido. Comentarios: E possivel que Estados e Distrito Federal (jamais Municipios) legislem sobre questées especificas (nunca gerais) dessas materias, desde que a Unido Ihes delegue tal competéncia por lei complementar. Questo errada. 123. (CESPE / STM - 2011) No A4mbito da legislacgao concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislacao estadual existente. 87 de Aula 05 - Proft Nadia / Comentarios: No Ambito da legislagdo concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende (e nao revoga!) a lei estadual existente. Questao errada. 124. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais derroga a lei estadual, no que Ihe for contraria. Comentarios: Reza a Constituicfio que a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a lei estadual, no que Ihe for contréria (art. 24, § 4°, CF). Questo errada. 125. (CESPE / OAB - 2007) A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficacia da lei estadual, naquilo que Ihe for contraria. Comentarios: E 0 que determina o § 4° do art. 24 da Constituicgéo Federal. Questo correta. 126. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente a Unido legislar sobre previdéncia social. Comentarios: Trata-se de competéncia legislativa concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24, XII, CF). Questo errada. 127. (CESPE / MPS - 2010) Compete a Unido, aos estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdéncia social, protecdo e defesa da sadde. Comentarios: E 0 que determina o art. 24, XII, da CF. Questo correta. 128. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competéncia da Unido para legislar sobre normas gerais e especificas nado exclui a competéncia suplementar dos estados. Comentarios: Determina 0 § 2° do art. 24 da Constituig&o que a competéncia da Unido para legislar sobre normas gerais néo exclui a competéncia suplementar dos Estados. Note que a competéncia da Unigo, no ambito da legislacdo 88 de Aula 05 - Proft Nadia / concorrente, limita-se as normas gerais (art. 24, § 1°, CF), 0 que torna a questo errada. 129. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere as competéncias legislativas de carater concorrente, os estados nao exerceréo competéncia legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal. Comentarios: Determina o art. 24, § 3°, da Constituig&o, que inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerao a competéncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Questo errada. 130. (CESPE / STF - 2008) Compete 4 Unido legislar sobre direito processual, mas n&o sobre procedimentos em matéria processual, o que seria de competéncia concorrente entre a Unido, os estados e o DF. Comentarios: De fato, é o que se depreende dos arts. 22, I, c/c art. 24, XI, da Constituigéo Federal. Questo correta 131. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete a Unio, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributario, financeiro e econémico, e educagao, cultura e ensino. Comentarios: De fato, todas essas materias pertencem a competéncia legislativa concorrente da Unido, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24, I e IX, CF). Questéo correta. 132. (CESPE / TRE-MS - 2013) Em matéria de competéncia legislativa concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual, no que lhe for contraria. Comentarios: Reza a Constituic&o que a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que lhe for contrario. N&o se tem, aqui, uma revogag&o, mas sim uma suspensdo. Desse modo, caso a lei federal superveniente seja revogada, a lei estadual voltaré a ter eficdcia imediatamente. Questo errada. 133. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros tém competéncia comum, nao legislativa, e residual ou reservada. Neste Ultimo caso, aos estados-membros estarao reservadas todas as 89 de Aula 05 - Proft Nadia / competéncias que ndo sejam vedadas a eles, ou seja, as que ndo forem de competéncia expressa dos outros entes. Uma das competéncias expressamente reservadas aos estados-membros pela CF é a de explorar os servicos locais de gas canalizado, mediante concessao, na forma da lei, vedada a regulamentacdo da referida matéria por medida proviséria. Comentarios: De fato, os estados possuem competéncia residual, ou seja, a eles est&o reservadas todas as competéncias que néo [hes foram vedadas pela Constituig&o. Isso nao quer dizer que, no texto constitucional, nao existam competéncias expressas dos estados. Um exemplo de competéncia expressa dos estados é a de explorar os servigos locais de gas canalizado. Questao correta. 134. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permissao, os servicos locais de gas canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida proviséria. Comentarios: O art. 25, § 2°, da Constituic&o, veda a regulamentagao dessa matéria pelos Estados por meio de medida provisoria. Questo errada. 135. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, auténomos que sao, tem competéncia legislativa propria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar, taxativamente, as matérias de sua competéncia. Comentarios: A competéncia legislativa dos estados-membros é residual ou reservada. Questo errada. Fundamento: art. 25, §19, CF. 136. (CESPE / TRT 212 Regido - 2010) No plano de suas atribuicées administrativas e legislativas, os estados federados exercem competéncias remanescentes, razio pela qual esto inseridos na competéncia reservada dos estados-membros as a‘ constarem do rol de competéncias da Unido e dos municipios e que nao pertencerem a competéncia comum a todos os entes federativos. Comentarios: © enunciado traz uma excelente definiggo do que séo as competéncias remanescentes ou residuais dos Estados. Questo correta. Aula 05 - Proft Nadia / 137. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente a Unido explorar, diretamente ou mediante concesséo, os servicos locais de gas canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edicio de medida proviséria para a sua regulamentagao. Comentarios Trata-se de competéncia dos Estados, conforme art. 25, § 2°, da CF/88. Questéo errada. 138. (CESPE / TRT 1? Regido - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competéncia legislativa da Unido decorre da exclusdo dos assuntos taxativamente descritos na CF para os estados, © DF e os municipios. Comentarios: A competéncia remanescente, no ordenamento juridico brasileiro, € dos Estados, e ndo da Unido. Questao errada 139. (CESPE / TRF 5? Regido - 2009) Para regulamentar a exploracao direta, ou mediante concessdo, dos servicos locais de gas canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida proviséria, desde que prevista a sua edicao na respectiva constituicdo estadual. Comentarios: A Constituicggo veda a utilizagéo de medida proviséria para tal fim (art. 25, § 20). Questdo errada. 140. (CESPE / AUFC - 2009) No Ambito da organizacao federativa do Brasil, a competéncia material residual é sempre de competéncia dos Estados. Comentarios: O erro do enunciado é a palavra “sempre”. Hd uma excegéio: compete Unido instituir os impostos residuais, nao previstos na Constituic&o, desde que sejam n&o cumulativos e tenham fato gerador ou base de calculo préprios dos discriminados na Carta Magna (competéncia residual tributaria). Questdo errada. 141. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municipios a criacgdo, a organizacdo e a supressdo de distritos. Nesses trés casos, devem ser observadas as orientacgées constantes em lei do municipio correspondente. Comentarios: Ode Aula 05 - Proft Nadia / Versa a Constituic&o (art. 30, IV) que compete aos Municfpios criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislacéo estadual. Questao errada. 142. (CESPE / TJ-CE - 2012) Os municipios dispéem de competéncia para suplementar exclusivamente a legislacao estadual. Comentarios: Determina o art. 30, II, da Constituig0 que os municipios disp3em de competéncia para suplementar a legislagao federal e a estadual, no que couber. Questao errada 143. (CESPE / TJ-RR - 2012) Os municipios dispéem de competéncia para suplementar a legislacdo estadual, no que couber, mas néo a legislacao federal. Comentarios: Compete aos municipios suplementar tanto a legislago federal quanto a estadual, no que couber (art. 30, II, CF). Questo errada. 144, (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municipios nado possuem competéncia suplementar em matéria legislativa. Comentarios: Possuem sim! Reza o art. 30 da Constituic&io que compete aos Municipios suplementar a legislagao federal e a estadual no que couber. Questéo errada. 145. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municfpi: competéncia para criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislagdo estadual. Comentarios: E 0 que dispée o art. 30, IV da CF/88. Questo correta. 146. (CESPE / TRF 5? Regido - 2009) Compete ao muni com a cooperagao técnica e financeira da Unido e do estado a que ele pertence, programas de educacao infantil e de ensino fundamental, bem como servicos de atendimento a satide da populacdo. Comentarios: E 0 que determina o art. 30, VI, da Constituig&0. Questo correta. Aula 05 - Proft Nadia / 147. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municipios detém a denominada competéncia legislativa suplementar, podendo, portanto, suplementar, no que couber, tanto a legislagdo federal quanto a estadual. Comentarios: A competéncia legislativa dos municipios subdivide-se em exclusiva e suplementar: i) Competéncia exclusiva para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, 1); ii) Competéncia suplementar, para suplementar a legislac&o federal ou estadual, no que couber (CF, art. 30, Il). Questo correta. rsos.com.br Bde We ll NT T—FTl—l—e——— Aula 05 - Proft Nadia / 1. _(CESPE/ PGE-AM - 2016) Embora, conforme a CF, a lei organica municipal esteja subordinada aos termos da Constituicéo estadual correspondente, esta Ultima Carta nao pode estabelecer condicionamentos ao poder de auto-organizagao dos municipios. 2. (CESPE/ ANVISA - 2016) Nos termos da CF, um ente federativo tera o direito de secessio, isto é, de desagregar-se da Federacio, seja em caso de crise institucional, seja por deciséo da populacdo diretamente interessada, mediante plebiscito. 3. (CESPE/ PGE-AM - 2016) Em razdo do principio da autonomia politica dos entes federativos, estados e municipios néo podem ser submetidos a disposigées implicitas da CF, devendo obediéncia, tao somente, as suas disposicées expressas. 4. (CESPE/ ANVISA - 2016) Apesar de ndo possuirem sua prépria Constituigg0, os municipios, em simetria com os_ estados, desempenham as funcgdes dos Poderes Executivo, Judiciario e Legislativo, em razao da autonomia administrativa estabelecida no texto da CF, 5. (CESPE/ ANVISA - 2016) Em caso de desmembramento de municipio, faz-se necessaria consulta por meio de plebiscito, tanto a populacio do territério remanescente como, também, a daquele a ser desmembrado. 6. (CESPE / TCE-PA - 2016) A fusdo de dois municipios depende de consulta prévia, mediante plebiscito, das respectivas populacées, apés divulgacaéo dos estudos de viabilidade municipal. 7. (CESPE / TCE-PA - 2016) O estado do Para& pode explorar diretamente, ou mediante concessdo, os servicos locais de gas canalizado, néo podendo a regulamentagdo da exploragdo ocorrer por meio de medida provisoria. 8. (CESPE / TCE-PA - 2016) Os estados-membros, mediante lei ordinaria especifica, podem instituir regiées metropolitanas, constituidas por agrupamentos de municipios, para integrar a organizacdo, o planejamento e a execucdo de funcées ptblicas de interesse comum. 9. (CESPE / Agente PC-PE - 2016) Com base no disposto na CF, assinale a opcao correta acerca da organizacdo politico-administrativa do Estado. 94 de Aula 05 - Proft Nadia / a) E da competéncia comum dos estados, do Distrito Federal e dos municipios organizar e manter as respectivas policias civil e militar e o respectivo corpo de bombeiros militar. b) Compete & Unido, aos estados e ao Distrito Federal estabelecer normas gerais de organizacéo das policias militares e dos corpos de bombeiros militares, assim como normas sobre seus efetivos, seu material bélico, suas garantias, sua convocagaio e sua mobilizacao. c) A organizagao politico-administrativa da Republica Federativa do Brasil compreende a Unido, os estados, os territérios federais, o Distrito Federal e os municipios, todes auténomos, nos termos da CF. d) Os estados podem incorporar-se entre si mediante aprovacao da populagao diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei complementar. e) E facultado @ Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios subvencionar cultos religiosos ou igrejas e manter com seus representantes relagGes de alianca e colaborago de interesse publico. 10. (CESPE / TRT 8 Regido - 2016) A forma de federalismo adotada no Brasil € conhecida como federalismo de segregacdo e centrifugo, endo os estados-membros dotados de autogoverno. 11. (CESPE / TRT 8a Regiéo - 2016) Cada uma das unidades integrantes da Federacgdo brasileira é ente auténomo e soberano, capaz de auto-organizacio, autolegislagdo, autogoverno e autoadministracao. 12. (CESPE / TRE-PI - 2016) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos, desde que haja aprovacdo da populacio interessada, por referendo, e do Congresso Nacional, por lei aprovada por maioria simples. 13. (CESPE / TRE-PI - 2016) Para que ocorra o desmembramento do territorio de um estado, é necessario que a populacdo da 4rea a ser desmembrada e a populacdo do territério remanescente sejam consultadas. 14, (CESPE / DPU - 2016) O Congresso Nacional podera editar lei complementar para a fusdo de dois estados em um novo, desde que as populacgées diretamente interessadas aprovem a fuséo mediante plebiscito. Aula 05 - Proft Nadia / 15. (CESPE / TRE-RS - 2015) Assim como a Unido e os estados- membros, os municipios regem-se por Constituicées préprias, que sao consideradas a lei fundamental maxima de uma sociedade local. 16. (CESPE / TCE-RN - 2015) Por possuirem autonomia politica, os territérios federais témsua criagéo, transformagéo em estado ou reintegrag3o ao estado de origem dependente da aprovacdo, por plebiscito, da populagéo diretamente interessada e da ratificagdo do Congresso Nacional. 17. (CESPE / TCE-RN - 2015) S&o bens dos estados-membros da Federacéo as terras tradicionalmente ocupadas pelos indios. 18. (CESPE / AGU - 2015) Entre as caracteristicas do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formacgaéo de novos estados-membros e de modificagao dos ja existentes conforme as regras estabelecidas na CF. 19. (CESPE / MPOG - 2015) S&o formas de governo a federacao, a confederagdo e 0 governo unico. 20. (CESPE / MPOG - 2015) Permite-se 4 Unido, aos estados e aos municipios colaborar com as igrejas quando demonstrado o interesse pUblico, na forma da lei. 21. (CESPE/CADE - 2014) A organizacao politico-administrativa da Republica Federativa do Brasil compreende os entes da Federacao, que possuem a triplice capacidade da autonomia: auto-organizacgao, autogoverno e autoadministracao. 22. (CESPE/Instituto Rio Branco - 2014) A ordem constitucional brasileira néo admite o chamado direito de secess&o, que possibilita que os estados, o Distrito Federal e os municipios se separem do Estado Federal, preterindo suas respectivas autonomias, para formar centros independentes de poder. 23. (CESPE/TJ-CE - 2014) Sado bens dos estados-membros os recursos minerais, inclusive os do subsolo, localizados em seus respectivos territérios. 24, (CESPE/TJ-CE - 2014) Com o advento da CF ficou proibida a criagaéo de novos territérios federais. 25. (CESPE/TJ-CE - 2014) Sado bens dos mu arqueolégicos localizado sem seus territérios. 26. (CESPE/ ANATEL - 2014) A forma federativa de Estado adotada pela CF consiste na descentralizacéo politica e na soberania dos Aula 05 - Proft Nadia / estados-membros, os quais séo capazes de se auto-organizar mediante a elaboracado de constituicées estaduais. 27. (CESPE/ ANTAQ - 2014) Séo considerados bens da Unido os lagos, os rios e quaisquer correntes de Agua em terrenos que sirvam de limites com outros paises ou se estendam a territério estrangeiro ou dele provenham. 28. (CESPE / MS - 2013) Os estados-membros se auto-organizam por meio do exercicio de seu poder constituinte derivado-decorrente, mas ndo est4o obrigados a observar os principios federais extensiveis. 29. (CESPE / Juiz Federal TRT 5? Regiao — 2013) Como o federalismo estabelecido na CF é assimétrico, é conferido aos estados, aos municipios e ao Distrito Federal, como entes federativos, 0 direito de secessdo. 30. (CESPE / TJDFT- 2013) Mesmo ndo sendo estado nem municipio, © Distrito Federal (DF) possui autonomia, parcialmente tutelada pela Unido. 31. (CESPE / TRE-MS - 2013) O Estado Federal brasileiro é concebido constitucionalmente como a uniao indissolivel dos estados, municipios e do Distrito Federal. 32. (CESPE / TRE-MS - 2013) A CF adotou como principio da organizacao politica brasileira a dissolubilidade do vinculo federativo. 33. (CESPE / TRT 10? Regido - 2013) Os municipios e os estados- membros da Federacéo brasileira séo dotados de personalidade de direito internacional. 34, (CESPE / CNPq - 2011) A Unido, os estados, os municipios e o Distrito Federal séo entes federativos, diferentemente dos territérios federais, que integram a Unido e nao sdo dotados de autonomia. 35. (CESPE / ANATEL - 2012) A cidade de Brasilia é a capital federal, sendo vedada pela Constituicéo Federal a transferéncia da sede do governo federal para outra cidade. 36. (CESPE / TJ-PI - 2012) O patriménio da Unido é formado por bens indicados exemplificativamente na CF, incluidas todas as ilhas fluviais e lacustres em zonas limitrofes com outros paises, praias maritimas e ilhas oceanicas e costeiras. 37. (CESPE / TRE-MS - 2013) As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios pertencem aos estados nas quais se situam. 38. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os terrenos de marinha sdéo bens dos municipios. 97 de Aula 05 - Proft Nadia / 39. (CESPE / TCU - 2011) De acordo com a CF, a Unido e os estados- membros podem criar regiées de desenvolvimento visando a reducgao das desigualdades regionais. 40. (CESPE / TCU - 2008) As riquezas minerais, como o petréleo, sao bens da Unido. 41, (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) Os potenciais de energia hidraulica séo bens comuns da Unido e dos estados onde se encontrem. 42. (CESPE / ABIN - 2008) As terras tradicionalmente ocupadas pelos indios sao de dominio das comunidades indigenas. 43. (CESPE / ANTAQ - 2009) Considere a situagéo em que uma pessoa, ao cavar um pogo artesiano no sitio de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gas natural. Nesse caso, a reserva pertencera 4 Unido, mas o proprietario tera, por forca expressa de dispositivo constitucional, direito a participacdo no resultado da lavra. 44, (CESPE / TRE-MS - 2013) O regime federal estabelecido pela CF concede autonomia aos estados-membros, ou seja, auto-organizagao e normatizagdo prépria, autogoverno e autoadministracao. 45. (CESPE / TJ-RR - 2012) Compete a Unido, mediante lei complementar, instituir microrregiées, com a finalidade de promover a reducdo das desigualdades regionais. 46. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Espirito Santo é um 6rgao da Uniéo e, por isso, € subordinado a Presidéncia da Reptblica. 47. (CESPE / SEJUS-ES - 2007) O Poder Executivo do Espirito Santo é chefiado pelo governador desse estado. 48. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municipios gozam de certa autonomia que permite, em funcdo das regras e principios de autogoverno, contar com poderes Executivo e Legislativo eleitos pela populacdo, mas néo com Poder Judicidrio préprio. 49. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municipios tém autonomia administrativa, politica e financeira, mas ndo autonomia normativa. 50. (CESPE / TJ-PI - 2012) Compete as constituigées estaduais fixar os subsidios dos prefeitos e dos vice-prefeitos, de maneira a evitar anomalias e discrepancias remuneratérias entre os municipios de um mesmo estado-membro. 51. (CESPE / TJ-AL - 2012) As eleicées para prefeito e vice-prefeito dos municipios com mais de duzentos mil eleitores ocorrerdo, necessariamente, em dois turnos, caso nenhum dos candidatos alcance cursos.com.br 98 de Aula 05 - Proft Nadia / a maioria absoluta dos votos validamente emitidos no primeiro turno, af computados os votos em branco, mas no os nulos. 52. (CESPE / DPE-AL - 2009) Os territérios, quando criados, podem ser divididos em municipios, aos quais nao serao aplicadas as regras de regéncia dos demais municipios, ja que estaréo inseridos em territério federal, considerado como descentralizagéo administrativa da Unido. 53. (CESPE / MPS - 2010) O DF acumula as atribuicées referentes a competéncia legislativa reservada aos estados e aos municipios. 54. (CESPE / ANATEL - 2012) Ao Distrito Federal é assegurada autonomia para organizar e manter seu Poder Judiciario. 55. (CESPE / TJ-PI - 2012) De acordo com a CF, os territérios federais, uma vez criados, nao elegem representantes para o Senado Federal, mas sua populacdo tem a prerrogativa de eleger quatro deputados para representa-la na Camara dos Deputados. 56. (CESPE / MPS - 2010) De acordo com a CF, os territérios podem ser divididos em municipios. 57. (CESPE / TJ-AL - 2012) O Distrito Federal, assim como os territérios, nao pode ser dividido em municipios. 58. (CESPE / TJ-PI - 2012) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formar novos estados, mediante aprovacéo da populacdo diretamente interessada, por meio de plebiscito, estando o Congresso Nacional vinculado ao resultado da consulta popular. 59. (CESPE / OAB - 2010) No tocante as hipéteses de criagdo de estados-membros, previstas na CF, assinale a opcdo correta. a) Na fusdo, dois ou mais estados unem-se, geograficamente, para a formagao de um novo estado, o que implica perda da personalidade primitiva. b) Na cis&o, 0 estado subdivide-se em dois ou mais estados membros, com personalidades distintas, mantendo o estado origindrio sua personalidade juridica. c) No desmembramento para a formagio de novo estado, o estado originério perde sua identidade, para formar um novo estado com personalidade juridica propria. d) No desmembramento para a anexagéo de outro estado, a parte desmembrada constituiré novo estado, com identidade prépria. Aula 05 - Proft Nadia / 60. (CESPE / MPS - 2010) Para a criagéo de um novo estado na Federacdo brasileira, é necessdria a realizacdo de plebiscito nacional, de forma a garantir o equilibrio federativo. 61. (CESPE / MPU - 2010) Considere que determinado estado da Federacao tenha obtido aprovacao tanto de sua populacao diretamente teressada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio de lei complementar, para se desmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigéncia imposta pela Constituigéo para incorporacéo, subd desmembramento ou formacao de novos estados ou terri 62. (CESPE / Procurador - Prefeitura de Boa Vista - 2010) Nas consultas plebiscitarias para criacgéo, incorporacéo, fusdo e desmembramento de municipios, deve-se consultar a populacdo dos territérios diretamente afetados pela alteragdo. Nesse caso, a vontade popular é aferida pelo percentual que se manifestar em relagéo ao total da populacado consultada. 63. (CESPE / Procurador Municipal de Natal - 2008) A criagio, a corporacde, a fusdo e o desmembramento de municipio devem ser feitos por lei estadual, observados os requisitos previstos na CF. 64. (CESPE / TJ - RO — 2013) O Congresso Nacional vincula-se a pronunciamento plebi quanto a transformacao dos estados por incorporacao entre si, por subdiviséo ou desmembramento, quer para se anexarem a outros, quer para formarem novos estados ou territérios federai: 65. (CESPE / TRT 10 Regido - 2013) A divisaéo politico- administrativa interna da Federacao brasileira é imutavel. 66. (CESPE / MPE-RN - 2009) £ vedado a Unido, aos estados, ao DF e aos municipios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona- los, embaracar-Ihes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relacées de dependéncia ou alianga. 67. (CESPE / MS - 2013) Pelo principio da isonomia federativa, é vedado a Unido, aos estados-membros, ao Distrito Federal (DF) e aos municipios criar distingées entre os brasileiros, bem como criar preferéncias entre 68. (CESPE / PC-BA - 2013) Recusar fé aos documentos ptiblicos inclui-se entre as vedages constitucionais de natureza federativa. 69. (CESPE / DEPEN - 2013) Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir- se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territérios federais, mediante aprovacao 100 de Aula 05 - Proft Nadia / da populacdo diretamente interessada, por meio de plebiscito, ficando dispensada a atuacdo do Congresso Nacional. 70. (CESPE / PRF - 2012) Um estado da Federacéo que possua cinquenta e um deputados federais possuira, necessariamente, setenta e seis deputados estaduais. 71. (CESPE/ PGE-AM - 2016) No 4mbito das competéncias concorrentes, lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia de lei estadual superveniente, no que esta Ihe for contraria. 72. (CESPE/ ANVISA - 2016) Situacéo hipotética: O Estado de Minas Gerais editou norma geral sobre matéria de competéncia concorrente, ante a auséncia de norma geral editada pela Unido. Todavia, meses depois, a Unido promulgou lei estabelecendo normas gerais acerca da matéria. Assertiva: Nessa situacéo, a lei estadual tera sua eficacia suspensa naquilo que for contraria 4 lei federal. 73. (CESPE/ Agente PC-GO - 2016) Compete privativamente a Unido: a) estabelecer politica de educagéo para seguranca no transito. b) legislar sobre requ tempo de guerra. es civis e militares, em caso de iminente perigo e em ) cuidar da protec&o e garantia das pessoas portadoras de deficiéncia. d) legislar sobre organizacao, garantias, direitos e deveres da policia civil. e) legislar sobre educag&io, ensino, pesquisa ¢ inovagao. 74, (CESPE / TCE-PA - 2016) Compete privativamente 4 Unido legislar sobre direito comercial e financeiro. 75. (CESPE / TRT 8a Regido — 2016) De acordo com a CF, compete a Unido legislar privativamente sobre desapropriacao. 76. (CESPE / TRT 8a Regido - 2016) De acordo com a CF, compete a Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios legislar concorrentemente sobre direito agrario. 77. (CESPE / TRT 8a Regido ~ 2016) A competéncia da Unido e dos municipios € expressa, sendo a competéncia dos estados remanescente ou residual. 78. (CESPE / TRE-PI - 2016) Compete 4 Unido, aos estados, ao Distrito Federal e aos municipios assegurar a defesa nacional. 101 de Aula 05 - Proft Nadia / 79. (CESPE / DPU - 2016) No que se refere a protecdo e a defesa da satide, a Unido exerce competéncia legislativa concorrente, cabendo- Ihe o estabelecimento de normas gera 80. (CESPE / TCE-PR - 2016) Em relacgdo a organizacio politico- administrativa do Estado brasileiro, assinale a opcao correta. a) Lei estadual que dispuser sobre sistema de consércios e sorteios nao usurparé a competéncia da Unido, pois se inseriré no Ambito da competéncia legislativa suplementar. b) No exercicio de sua competéncia para legislar sobre assuntos de interesse local, pode o municipio editar lei municipal que discipline horario comercial e bancario para o atendimento ao publico. c) Em matéria de competéncia legislativa concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais revoga lei estadual anterior no que elas forem contrarias. d) Em matéria de protecio ao meio ambiente, a competéncia legislativa concorrente entre a Unido e os estados no afasta a competéncia do municipio para legislar sobre 0 assunto de forma suplementar. e) Lei complementar federal pode autorizar estados e municipios a legislar sobre questées especificas de matérias de competéncia privativa da Uniéo. 81. (CESPE / TCE-PR - 2016) O registro, o acompanhamento e a fiscalizago das concessées de direitos de pesquisa e exploracdo de recursos hidricos e minerais, em seus respectivos territérios, séo de competéncia comum da Unido, dos estados, do DF e dos municipios. 82. (CESPE / TCE-PR - 2016) Sera constitucional lei estadual que discipline os crimes de responsabilidade dos conselheiros do respectivo tribunal de contas, bem como oprocedimento de sua apuracao e de seu julgamento. 83. (CESPE / TCE-RN - 2015) No ambito da competéncia legislativa concorrente, inexistindo lei federal, os estados exercerao competéncia legislativa plena, mas eventual promulgacdo de lei federal dispondo sobre normas gerais tem 0 efeito de suspender a eficacia da legislagao estadual sobre toda a matéria objeto da competéncia concorrente. 84, (CESPE / TCE-RN 2015) Compete aos municipios criar, organizar e supri itos, desde que observada a legislacdo estadual. 85. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Cumpre aos municipios explorar os servicos locais de gas canalizado, sendo vedada a edicaéo de medida proviséria para a sua regulamentacio. 102 de Aula 05 - Proft Nadia / 86. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) De acordo com a CF, nao compete aos municipios suplementar a legislacdo federal ou a legislagdo estadual. 87. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) A competéncia dos municipios para legislar é residual, haja vista que sera atribuigao dos municipios disciplinar sobre aquilo que n4o seja constitucionalmente atribuido 4 competéncia da Unido ou dos estados. 88. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Sao inconstitucionais leis municipais que disciplinem o tempo m4ximo de permanéncia em filas de bancos comerciais, uma vez que esse setor é regulado pela Unido. 89. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Sao inconstitucionais leis municipais que criem obstaculos a instalagéo de empresas do mesmo ramo em determinada area, pois a livre concorréncia é pilar da ordem econémica brasileira. 90. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) E matéria de competéncia legislativa da Unido a fixagéo de horaério de funcionamento para comércio dentro da 4rea municipal. 91. (CESPE / Procurador de Salvador - 2015) Compete a Unido, aos estados, ao DF e aos municipios legislar concorrentemente sobre producdo e consumo. 92. (CESPE/ TRE-GO - 2015) Compete a Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito eleitoral e, no Ambito dessa legislacéo concorrente, a competéncia da Unido esta limitada ao estabelecimento de normas gerais. 93. (CESPE/ TRE-GO - 2015) & competéncia privativa da Unido legislar acerca do direito eleitoral. 94, (CESPE/ ANTAQ - 2014) Aos estados-membros da Federagéo compete explorar, diretamente ou mediante autorizagao, concesséo ou permiss4o, os portos maritimos, fluviais e lacustres. 95. (CESPE/ ANATEL - 2014) Considere que determinado estado tenha editado norma geral sobre matéria de competéncia concorrente, ante a auséncia de normas gerais editadas pela Unido. Nessa situacao, se a Uni&o, posteriormente, editar lei estabelecendo normas gerais sobre a mesma matéria, a referida lei estadual sera suspensa, no que for contraria a lei federal. 96. (CESPE / TCDF - 2014) Néo contrariaria a CF norma distrital que se, com base no principio da isonomia, a cobranga pelo uso de estacionamento nos shopping centers situados no DF, com vistas a 103 de Aula 05 - Proft Nadia / Promocéo do lazer e da cultura, uma vez que o DF agiria, nessa situagao, no exercicio da competéncia concorrente a ele conferida para legislar sobre direito urbanistico. 97. (CESPE / TCDF - 2014) Nao ofenderia a CF lei distrital que versasse sobre a concess&o, aos estudantes regulares do DF, de 50% de desconto no valor cobrado em ingressos para eventos esportivos, culturais e de lazer, ja que é concorrente, entre a Unido, os estados e 0 DF, a competéncia para legislar sobre direito econémico. 98. (CESPE / TCDF - 2014) A edicio de normas gerais sobre licitagées e contratos admi rativos, em todas as modalidades, é competéncia privativa da Unido. 99. (CESPE / Camara dos Deputados - 2014) A competéncia para legislar sobre orcamento pertence privativamente a Unido, cabendo aos estados e ao Distrito Federal editar normas sobre aspectos especificos relacionados A questéo orcamentaria, desde que autorizados por lei complementar federal. 100, (CESPE / Camara dos Deputados - 2014) Se um estado da Federacdo editar norma que profba revista intima em empregados de estabelecimentos situados em seu territério, tal norma, ainda que proteja a dignidade do trabalhador, sera inconstitucional, pois tratara de matéria de competéncia privativa da Unido. 101. (CESPE / Camara dos Deputados - 2014) A legislagéo sobre a protecdo e defesa da satide é, conforme a CF, de competéncia tanto federal como estadual, na forma do que se entende como competéncia concorrente. 102. (CESPE / Juiz Federal TRT 5? Regio - 2013) No que se refere & reparticdo de competéncias, a CF adotou exclusivamente a técnica da repartic&o horizontal. 103. (CESPE / TCDF- 2013) A Unido, dentro do seu juizo discricionario, pode delegar, por meio de lei especifica, assuntos de sua competéncia legislativa privativa a determinado estado da Federagdo, sem necessidade de estender essa delegacao a todos os estados. 104, (CESPE / AFT - 2013) Um estado-membro nao pode editar norma especifica de defesa do consumidor, por se tratar, segundo a CF, de tema inserido na competéncia privativa da Unido. 105. (CESPE / AFT - 2013) Caso determinado estado-membro edite lei disciplinando o exercicio da atividade laboral de transporte de bagagens nos terminais rodoviarios de sua jurisdicdo, ele invadira a competéncia privativa da Unido para legislar sobre direito do trabalho. 104 de Aula 05 - Proft Nadia / 106, (CESPE / Juiz Federal TRF 24 Regido - 2013) Pertence privativamente a Unido a competéncia para legislar sobre direito comercial, tributario e financeiro. 107. (CESPE / TRE-MS - 2013) Cabe aos estados-membros estabelecer, em forma associativa, as areas e as condicées para o exercicio da atividade de garimpagem. 108. (CESPE / TRT 102 Regido - 2013) Os estados possuem competéncia legislativa suplementar em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela Unido. 109. (CESPE / STJ - 2012) O estado-membro que editar lei proibindo a cobranga de tarifa de assinatura basica nos servi movel agira nos limites de sua competéncia, pois a CF atribuiu a Unido € aos estados a competéncia para legislar concorrentemente sobre telecomunicacées. 110, (CESPE / STJ - 2012) Lei estadual que reservar espaco para o trfego de motocicletas em vias ptblicas de grande circulagéo sera constitucional, por tratar de tema inserido no 4mbito da competéncia legislativa dos estados-membros. 111. (CESPE / STJ - 2012) A existéncia de lei municipal que legisle sobre transito e que imponha sangdo mais gravosa que a prevista no Cédigo de Transito Brasileiro € incompativel com a Constituicéo Federal de 1988 (CF). 112. (CESPE / TRE-MS - 2013) Compete concorrentemente 4 Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito eleitoral. 113. (CESPE / DPU - 2010). A elaborac&o de lei estadual que verse quanto a forma de como podera ocorrer a desapropriagao a) E vidvel, caso sejam atendidas determinadas condicées, por se tratar de competéncia exclusiva dos estados-membros. b) E inviavel, por se tratar de competéncia privativa dos estados membros. c) E invidvel, por se tratar de competéncia exclusiva dos municipios. d) E vidvel, se atendidas determinadas condicées, por se tratar de competéncia privativa da Unido. e) E vidvel, desde que atendidas determinadas condicées, por se tratar de competéncia privativa dos estados-membros. 114, (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Ao legislar sobre normas gerais, a Unido, no que diz respeito 4 sua competéncia, ndo deixa margem de 105 dle Aula 05 - Proft Nadia / atuacdo legislativa para os estados-membros, caso o assunto tenha sido esgotado. 115. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) E competéncia exclusiva da Unido legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrario, maritimo, aeronautico, espacial e do trabalho. 116. (CESPE / CNPq - 2011) De acordo com a CF, a competéncia para legislar sobre propaganda comercial é privativa da Unido. 117. (CESPE / STM - 2011) Compete privativamente a Unido legislar sobre matéria de direito penal, contudo, podera ela, por meio de lei complementar, autorizar os estados-membros a legislar sobre questées especificas dessa matéria, relacionadas na Constituicao Federal de 1988. 118. (CESPE / TRT 21? Regido - 2010) Constitui competéncia concorrente entre Unido, estados e Distrito Federal legislar sobre Aguas, energia, informatica, telecomunicacées e radiodifusdo. 119. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete concorrentemente 4 Unido, estados, Distrito Federal e municipios legislar sobre aguas. 120. (CESPE / ANTAQ - 2009) Compete privativamente a Unido legislar sobre direito maritimo, aeronautico, espacial e do trabalho. 121. (CESPE / TRT 174 Regido - 2009) No tocante 4 organizacéo do Estado brasileiro, a CF atribuiu 4 Unido a competéncia privativa para legislar sobre consércios e sorteios, razdo pela qual é inconstitucional a lei ou ato normativo estadual que institua loteria no 4mbito do estado. 122. (CESPE / TJ-AL - 2012) E terminantemente vedado aos estados- membros e ao Distrito Federal (DF) legislar sobre matérias inseridas no ambito da competéncia legislativa privativa da Unido. 123. (CESPE / STM - 2011) No 4mbito da legislacgao concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre matéria acerca de normas gerais revoga a legislacao estadual existente. 124, (CESPE / OAB-RJ - 2007) A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais derroga a lei estadual, no que Ihe for contraria. 125. (CESPE / OAB - 2007) A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, naquilo que Ihe for contraria. 126. (CESPE / PREVIC - 2011) Segundo a CF, compete privativamente a Unido legislar sobre previdéncia social. 106 de Aula 05 - Proft Nadia / 127. (CESPE / MPS - 2010) Compete a Unido, aos estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdéncia social, protecdo e defesa da saude. 128. (CESPE / OAB-RJ - 2007) A competéncia da Unido para legislar sobre normas gerais e especificas nao exclui a competéncia suplementar dos estados. 129. (CESPE / OAB - 2007) No que se refere as competéncias legislativas de carater concorrente, os estados nao exerceréo competéncia legislativa plena, mesmo inexistindo lei federal. 130. (CESPE / STF - 2008) Compete a Unido legislar sobre direito processual, mas no sobre procedimentos em matéria processual, o que seria de competéncia concorrente entre a Unido, os estados eo DF. 131. (CESPE / SEFAZ-ES - 2009) Compete a Unido, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributario, financeiro e econémico, e educac&o, cultura e ensino. 132. (CESPE / TRE-MS - 2013) Em matéria de competéncia legislativa concorrente, a superveniéncia de lei federal sobre normas gerais revoga a lei estadual, no que Ihe for contraria. 133. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados-membros tém competéncia comum, nao legislativa, e residual ou reservada. Neste ultimo caso, aos estados-membros estardo reservadas todas as competéncias que nao sejam vedadas a eles, ou seja, as que ndo forem de competéncia expressa dos outros entes. Uma das competéncias expressamente reservadas aos estados-membros pela CF é a de explorar os servicos locais de gas canalizado, mediante concesséo, na forma da lei, vedada a regulamentacdo da referida matéria por medida proviséria. 134. (CESPE / ABIN - 2010) Os estados podem explorar diretamente, ou mediante permiss4o, os servicos locais de g4s canalizado e podem, inclusive, regulamentar a matéria por meio de medida proviséria. 135. (CESPE / IPAJM-ES - 2010) Os estados, auténomos que sao, tem competéncia legislativa prépria, e a CF, assim como fez com os outros entes federados, dedicou artigo para enumerar, taxativamente, as matérias de sua competéncia. 136. (CESPE / TRT 21? Regido - 2010) No plano de suas atribuicgées administrativas e legislativas, os estados federados exercem competéncias remanescentes, razio pela qual estdo inseridos na competéncia reservada dos estados-membros as atribuicées que nao 107 de Aula 05 - Proft Nadia / constarem do rol de competéncias da Unido e dos municipios e que ndo pertencerem a competéncia comum a todos os entes federativos. 137. (CESPE / MPS - 2010) Compete privativamente 4 Unido explorar, diretamente ou mediante concessdo, os servicos locais de gas canalizado, na forma da lei, sendo vedada a edicéo de medida proviséria para a sua regulamentacao. 138. (CESPE / TRT 1? Regido - 2008) Pela teoria dos poderes remanescentes, a competéncia legislativa da Unido decorre da exclusdo dos assuntos taxativamente descritos na CF para os estados, 0 DF € os municipios. 139. (CESPE / TRF 5 Regido - 2009) Para regulamentar a exploragao direta, ou mediante concessao, dos servicos locais de gas canalizado, pode ser utilizada pelos estados medida proviséria, desde que prevista a sua edicdo na respectiva constituicdo estadual. 140. (CESPE / AUFC - 2009) No 4mbito da organizacdo federativa do Brasil, a competéncia material residual é sempre de competéncia dos Estados. 141. (CESPE / STJ - 2012) Compete aos municipios a criagéo, a organizacdo e a supressdo de distritos. Nesses trés casos, devem ser observadas as orientagées constantes em lei do municipio correspondente. 142. (CESPE / TJ-CE - 2012) Os municipios dispéem de competéncia para suplementar exclusivamente a legislacao estadual. 143. (CESPE / TJ-RR - 2012) Os municipios dispéem de competéncia para suplementar a legislagéo estadual, no que couber, mas nao a legislagao federal. 144. (CESPE / TRE-MS - 2013) Os municipios nao possuem competéncia suplementar em matéria legislativa. 145. (CESPE / PREVIC - 2011) A CF reconhece aos municipios a competéncia para criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislagao estadual. 146. (CESPE / TRF 5? Regido - 2009) Compete ao mui manter, com a cooperagao técnica e financeira da Unido e do estado a que ele pertence, programas de educacdo infantil e de ensino fundamental, bem como servicos de atendimento a satide da populacdo. 147. (CESPE / TJ-AL - 2012) Os municipios detém a denominada competéncia legislativa suplementar, podendo, portanto, suplementar, no que couber, tanto a legislacéo federal quanto a estadual. 108 dle Aula 05 - Prof* Nadiz 1. CORRETA 2. ERRADA 3. ERRADA 4. ERRADA, 5. CORRETA 6. CORRETA 7. CORRETA 8. ERRADA 9. LETRA D 10. CORRETA 11. ERRADA 12. ERRADA 13. CORRETA 14. CORRETA 15. ERRADA 16. ERRADA 17. ERRADA 18. CORRETA 19. ERRADA 20. CORRETA 21. CORRETA 22. CORRETA 23. ERRADA 24. ERRADA 25. ERRADA, 26. ERRADA 27. CORRETA 28. ERRADA 29. ERRADA 30. CORRETA 31. CORRETA 32. ERRADA 33. ERRADA 34. CORRETA 35. ERRADA 36. ERRADA 37. ERRADA 38. ERRADA, 39. ERRADA 40. CORRETA 41. ERRADA wow estrategiaconcursos.com-br 109 dle Aula 05 - Prof Na 42. ERRADA 43. CORRETA 44. CORRETA 45. ERRADA 46. ERRADA 47. CORRETA 48. CORRETA 49. ERRADA 50. ERRADA 51. ERRADA 52. ERRADA, 53. CORRETA 54. ERRADA 55. CORRETA 56. CORRETA 57. ERRADA 58. ERRADA 59. LETRAA 60. ERRADA 61. CORRETA 62. CORRETA 63. ERRADA 64. ERRADA 65. ERRADA 66. ERRADA 67. CORRETA 68. CORRETA 69. ERRADA, 70. ERRADA 71. ERRADA 72. CORRETA 73. LETRA B 74. ERRADA 75. CORRETA 76. ERRADA, 77. CORRETA 78. ERRADA 79. CORRETA 80. LETRA D 81. CORRETA 82. ERRADA 83. ERRADA 84. CORRETA 85. ERRADA wow estrategiaconcursos.com-br 110 de Aula 05 - Prof Na 86. ERRADA 87. ERRADA 88. ERRADA 389. CORRETA 90. ERRADA 91. ERRADA 92. ERRADA, 93. CORRETA 94. ERRADA 95. CORRETA 96. ERRADA, 97. CORRETA 98. CORRETA 99. ERRADA 100. CORRETA 101. CORRETA 102. ERRADA 103. ERRADA 104. ERRADA 105. CORRETA 106. ERRADA 107. ERRADA 108. ERRADA 109. ERRADA 110. ERRADA 111. CORRETA 112. ERRADA 113. LETRA D 114. ERRADA 115. ERRADA 116. CORRETA 117. CORRETA 118. ERRADA 119. ERRADA 120. CORRETA 121. CORRETA 122. ERRADA 123. ERRADA 124. ERRADA 125. CORRETA 126. ERRADA 127. CORRETA 128. ERRADA 129. ERRADA wow estrategiaconcursos.com-br ll de Aula 05 - Proft Na 130. CORRETA 131. CORRETA 132. ERRADA 133. CORRETA 134. ERRADA 135. ERRADA 136. CORRETA 137. ERRADA 138. ERRADA 139. ERRADA 140. ERRADA, 141. ERRADA 142. ERRADA 143. ERRADA 144. ERRADA 145. CORRETA 146. CORRETA 147. CORRETA wow estrategiaconcursos.com-br 112 de

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