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Influência do módulo de elasticidade do concreto produzido com diferentes


tipos de agregados no projeto estrutural de um edifício de 30 pavimentos de
acordo com a norma ABNT NBR 61...

Conference Paper · January 2016

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3 authors, including:

Abrahao Bernardo Rohden João Edezio Xavier Junior


Universidade Regional de Blumenau
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Influência do módulo de elasticidade do concreto produzido com
diferentes tipos de agregados no projeto estrutural de um edifício de 30
pavimentos de acordo com a norma ABNT NBR 6118 – estudo de caso
The influence of elasticity modulus of concrete produced with different types of aggregate
on the design of a 30 floors building according to standard NBR 6118 - case study

Xavier Junior, João Edezio (1); Seelbach, Luis Carlos (2); Rohden, Abrahão Bernardo (3)
(1) Engenheiro Civil/Fundação Universidade Regional de Blumenau. E-mail: joaoexjr@gmail.com
(2) Professor Mestre, Departamento de Engenharia Civil/Fundação Universidade Regional de
Blumenau. E-mail: seelbach@furb.br
(3) Professor Doutor, Departamento de Engenharia Civil/Fundação Universidade Regional de
Blumenau. E-mail: abrcivil@gmail.com

Resumo
A litologia do agregado graúdo, em conjunto com a resistência à compressão do concreto, são fatores que
influenciam no módulo de elasticidade do concreto no estado endurecido. Trabalhos realizados no Brasil e
em outros países constatam tal influência. Na revisão de 2014 da norma ABNT NBR 6118, a estimativa do
módulo de elasticidade do concreto passou a considerar, além da resistência característica à compressão do
concreto, um coeficiente adicional (αe) em função de cada tipo de rocha empregada como agregado graúdo.
O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto dessa alteração no projeto de uma estrutura de
concreto armado. Para isso, desenvolveu-se o projeto estrutural de um edifício multifamiliar de 30 pavimentos,
com base no emprego de concretos utilizando três tipos de agregado: calcário, granito e basalto. Inicialmente,
considerou-se uma geometria estrutural que atendesse o deslocamento horizontal máximo (H/1700) para o
modelo de calcário. Em um segundo momento, replicou-se esta geometria aos demais modelos a fim de
avaliar a influência do agregado graúdo no deslocamento horizontal das estruturas. Por fim, otimizaram-se a
seção transversal dos pilares para que cada modelo apresentasse deslocamento horizontal próximo ao
máximo prescrito por norma, permitindo assim avaliar os quantitativos e os custos finais dos modelos. Com
base nos resultados deste estudo, têm-se que os deslocamentos horizontais no topo da estrutura dos modelos
granito e basalto reduziram, respectivamente, 9,9% e 25,1% em relação ao modelo de calcário. Além disso,
observou-se que o emprego de agregado de basalto apresentou o menor custo dentre os três analisados,
gerando uma economia de 3,0% em relação ao custo do calcário.
Palavra-Chave: Estrutura de concreto armado; módulo de elasticidade do concreto; agregado graúdo.

Abstract
The lithology of coarse aggregate and the compressive strength of concrete are factors that influence the
elasticity modulus of concrete in hardened state. Brazilian and international studies has verified such influence.
In the 2014’s review of the standard NBR 6118, the modulus of elasticity of concrete has been determined with
an additional coefficient that depends on each type of coarse aggregate. Therefore, this study aims to quantify
the influence of aggregate type on the design of a reinforced concrete structure. Thus, it was developed a
structural design of a 30 floor building with three different types of aggregate: limestone, granite and basalt.
Initially, it was considered a structural geometry that had a horizontal displacement below the limit (H/1700)
for the limestone model. In a second step, this structural geometry was replicated to the other models in order
to analyze the influence of coarse aggregate on the horizontal displacement of the structures. Finally, the
cross-sections of the columns of each model were optimized so that the horizontal displacement was the
nearest to the limit, therefore allowing an evaluation of the quantities and final costs of the models. Based on
the results of this study, it is concluded that the horizontal displacements atop the granite and basalt structures
were, respectively, 9,9% and 25,1% smaller in comparison to the limestone model. Furthermore, it is noted
that the basalt model had the lowest cost among the three models that were analyzed, allowing a 3.0% saving
over the limestone model.
Keywords: Reinforced concrete structure; elasticity modulus of concrete; coarse aggregate.
ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016 1
1 Introdução
O módulo de elasticidade do concreto é um parâmetro de importância no estudo de previsão
do comportamento das estruturas de concreto armado. No concreto, a relação
água/cimento é o parâmetro mais importante na definição do módulo de elasticidade.
Versões anteriores da norma ABNT NBR 6118 correlacionavam o módulo de elasticidade
somente com a resistência à compressão, uma vez que a relação água/cimento e a
resistência à compressão são inversamente proporcionais e correlacionáveis pela Lei de
Abrams. Contudo, outros parâmetros, além da relação água/cimento, também exercem
influência no módulo de elasticidade do concreto. Dentre eles, o agregado graúdo é o mais
destacado.

ALHADAS (2008), comparando concretos convencionais feitos com agregados de


diferentes tipologias, encontrou influência do tipo de agregado no valor do módulo de
elasticidade. Segundo o autor, concretos com agregados de basalto e dolomito
apresentaram os maiores valores em relação aos concretos produzidos com agregados de
calcário e gnaisse. Entretanto, no estudo de ALHADAS (2008), não houve a identificação
da resistência de cada tipo de rocha.

POMPEU (2004) comparou o módulo de elasticidade de concretos produzidos com granito


e basalto com resistência à compressão de 100 MPa. O autor observou que os concretos
produzidos com agregados de basalto apresentaram valores de módulo de elasticidade
maiores que as misturas de concreto feitas com agregado de granito. Neste trabalho,
também não foram identificadas as resistências à compressão de cada tipo de rocha.

AJDUKIEWICz e KLISZCZEWICZ (2002) utilizaram três diferentes tipos de agregados:


basalto, granito e seixo rolado, comumente utilizados na Europa para produção de concreto
de alto desempenho. Os autores produziram seis traços de concreto com consumos de
água de 123 e 167 litros de água, e com 324 e 500kg de cimento, respectivamente, por
metro cúbico de concreto. Os resultados obtidos foram comparados com os estimados pelo
modelo Eurocode-2 de 2001. A conclusão do estudo foi que os valores experimentais são
cerca de 13% maiores para o agregado de basalto do que o previsto pelo referido modelo.
Já para o granito britado, os valores experimentais foram cerca de 21% menores. Os
concretos produzidos com seixo rolado (natural) apresentaram valores próximos aos
previstos pelo modelo Eurocode 2.

MENDES (2002), que avaliou o módulo de elasticidade de concretos dosados com


agregados produzidos a partir de rochas do tipo diabásio, calcário e granito, constatou que
tanto a relação a/c como o tipo de rocha apresentam influência significativa no módulo de
elasticidade do concreto. O autor destaca, ainda, que para uma mesma resistência à
compressão, a diferença entre os módulos de elasticidade dos concretos produzidos com
diabásio e granito foi, em média, de 10GPa.

ROHDEN (2011), ao avaliar o módulo de elasticidade de concretos com agregados


produzidos a partír de três rochas basálticas, constatou que a resistência à compressão da
rocha é um fator significativo no módulo de elasticidade do concreto. Segundo o autor, isto
ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016 2
se deve ao fato de que o módulo de elasticidade da rocha também é proporcional à
resistência à compressão da rocha, contribuindo para o aumento do módulo de elasticidade
do concreto.

CATAFESTA et al. (2015), ao investigar concretos produzidos com agregados de basalto,


gnaisse e granito, constatou que o módulo de elasticiade dos traços de concreto produzidos
com basalto apresentam valores maiores do que aqueles que empregam agregado de
granito. O autor atribui o fato observado ao módulo de elasticidade da rocha de basalto ser
maior que ao do granito, isto é, atribui à influência do módulo de elasticidade da rocha ao
módulo de elasticidade do concreto.

Há algumas equações bastante conhecidas do meio técnico que correlacionam a


resistência à compressão do concreto ao módulo de elasticidade. A ABNT NBR 6118
(2007), por exemplo, relacionava o módulo de elasticidade secante (Ecs) através
unicamente da resistência característica do concreto (fck), conforme a equação 1.

E cs  0,85.5600 f ck (Equação 1)

A Prática Recomendada pelo IBRACON (2004) sugere uma correção na equação 1,


passando a levar em consideração a consistência do concreto no estado fresco e a
influência dos tipos de agregado graúdo, de acordo com a equação 2. Onde a1 é o fator de
correção em função do tipo de agregado e a 2 é o fator de correção em função da
consistência do concreto no estado fresco.

E cs  a1.a 2 .0,85.5600 f ck (Equação 2)

A norma americana ACI 318/2005 também prescreve uma expressão para avaliação do
módulo de elasticidade secante em função da resistência à compressão, conforme
apresentada na equação 3.

E cs  4700 f ck (Equação 3)

Enquanto para o EUROCODE (2004), o módulo de elasticidade é determinado em função


da resistência média à compressão (fcm) e pelo tipo de rocha (ae), conforme a equação 4.

f cm
E cs  a e .22000.3 (Equação 4)
10

DAL MOLIN (1995) também propõe um modelo de previsão do módulo de elasticidade a


partir da resistência à compressão (fc), válido para o intervalo de 20 a 90 MPa, de acordo
com a equação 5.

E c  9570.f c
0,31
(Equação 5)

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ROHDEN (2011) destaca que além da resistência a compressão do concreto, a resistência
à compressão da rocha (fcr) também é um parâmetro significativo na determinação do
módulo de elasticidade do concreto, propondo o modelo apresentado na equação 6.

E c  780.f c
0,4621 0,3619
.f cr (Equação 6)

A versão mais recente da ABNT NBR 6118, com revisão em 2014, também passou a
considerar a influência do agregado graúdo na estimativa do módulo de elasticidade do
concreto. Os módulos de elasticidade inicial (Eci) e secante do concreto passaram a ser
estimados de acordo com as equações 7 a 9. Onde αE corresponde ao tipo de agregado
graúdo, sendo definido em 1,2 para basalto e diabásio, 1,0 para granito e gnaisse, 0,9 para
calcário e 0,7 para arenito.

fck  50MPa  E ci  α E .5600. f ck (Equação 7)


1

f ck  50MPa  E ci  21500.α E . ck  1,25 


3
f
(Equação 8)
 10 
f ck
E cs  αi .Eci com α i  0,8  0,2.  1,0 (Equação 9)
80

Portanto, nota-se que existem diversos métodos para determinação do módulo de


elasticidade do concreto, podendo levar a resultados diferentes dependendo do método
utilizado. De acordo com os estudos realizados por AJDUKIEWICZ e KLISZCZEWICZ
(2002), MENDES (2002), POMPEU (2004), ROHDEN (2011) e CATAFESTA et al. (2015),
a origem do tipo de agregado graúdo tem significativa influência no módulo de elasticidade
do concreto, além de ser correlacionado com a resistência à compressão do concreto.

Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo quantificar a influência do módulo de
elasticidade do concreto produzido a partir de diferentes tipos de agregado graúdo no
projeto estrutural de um edifício de 30 pavimentos

Como objetivos específicos deste estudo, têm-se:

a) Dimensionar o projeto estrutural de um edifício em concreto armado de 30


pavimentos;
b) Determinar e comparar o quantitativo e o custo total dos insumos (concreto, aço e
formas) das estruturas dimensionadas com concretos produzidos com agregados de
calcário, granito e basalto.
c) Avaliar a influência dos diferentes tipos de agregados no deslocamento horizontal no
topo da estrutura.

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2 Método
Os modelos propostos neste estudo são caracterizados em função da origem do agregado
graúdo presente na dosagem do concreto, sendo estes definidos em: calcário, granito e
basalto. Os modelos empregaram concretos das classes de resistência C25 à C50. Nos
pilares, considerou-se uma distribuição de resistência que abrange tal intervalo e com
variação de 5MPa a cada 5 pavimentos (Figura 1). Para as vigas e lajes, empregou-se a
classe de resistência mínima em função da classe de agressividade ambiental da estrutura,
sendo classificada em classe II (ambiente urbano) com C25.

Figura 1 – Visualização 3D da estrutura: fck variável nos pilares e constante em vigas e lajes.

No caso das armaduras dos elementos estruturais, definiram-se pela utilização de barras
de aço de classe CA-50 e CA-60, abrangendo os diâmetros de: 5,0mm; 6,3mm; 8,0mm;
10mm; 12,5mm; 16,0mm; 20,0mm e 25,0mm.

A definição da estrutura dos modelos é baseada em uma estruturação convencional de


lajes maciças apoiadas sobre vigas e pilares de seções retangulares e seção em U.
Entretanto, neste estudo, considerou-se uma vinculação viga-pilar rígida, isto é, sem
redistribuição de esforços. As dimensões das vigas e lajes foram definidas a fim de se obter
a maior uniformidade possível. Nesse sentido, todas as vigas foram pré-dimensionadas
com seção de 20cm x 60cm e as lajes com 12cm de espessura.

Para efeito de carga vertical permanente sobre as vigas, considerou-se uma carga linear
de 5,46kN/m proveniente de paredes em alvenaria de tijolo furado (γtijolo = 13kN/m³) com
2,1m de altura. Devido a não existência de um projeto arquitetônico específico, não foram
adicionadas cargas de paredes atuando sobre as lajes. Entretanto, por se tratar de um
edifício residencial, definiu-se como carga vertical permanente e acidental atuando sobre
as lajes a seguinte relação de acordo com a ABNT NBR 6120 (1980):
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a) Carga permanente de revestimento: 1kN/m²;
b) Carga acidental devido ao uso e ocupação: 1,5kN/m².

Os pilares, em um primeiro momento, foram pré-dimensionados com seção transversal de


20cm x 100cm. Para enrijecer a estrutura perante aos deslocamentos horizontais em função
da ação do vento, considerou-se como sistema de contraventamento a associação de
núcleo rígido (P3 e P14) com pórticos rígidos, conforme a figura 2.

Figura 2 – Lançamento dos pilares e definição do sistema de contraventamento.

Para a determinação das cargas horizontais provenientes da ação do vento de acordo com
a ABNT NBR 6123 (1988), definiram-se os seguintes parâmetros:

a) Velocidade básica do vento (V0): 42m/s (SC), conforme o gráfico das isopletas
da ABNT NBR 6123 (1988);
b) Fator S1 (Topografia do terreno): Terreno plano ou fracamente ondulado. Logo,
S1 igual a 1,0;
c) Fator S2 (Maior dimensão das fachadas e rugosidade do terreno): Altura da
edificação incluída no intervalo de maior que 50m (Classe C) e categoria IV de
rugosidade (terrenos cobertos em zona urbanizada por obstáculos numerosos e
pouco espaçados com altura média de 10m);
d) Fator S3 (Ocupação): Edificação residencial com alto fator de ocupação. Logo,
S3 igual a 1,0.

2.1 Análise e dimensionamento estrutural


Segundo o item 14.2.2 da norma ABNT NBR 6118 (2014), a análise estrutural deve ser
realizada a partir de um modelo estrutural realista e que permita representar de maneira
clara todos os caminhos percorridos pelas ações até os apoios da estrutura.

Nesse sentido, utilizou-se como ferramenta de análise e dimensionamento estrutural dos


modelos o pacote computacional Eberick V9, desenvolvido pela empresa AltoQi. A análise
estrutural presente no Eberick é realizada pelo método da rigidez direta, sendo a estrutrura
modelada em um pórtico espacial associado a uma discretização em grelha das lajes e
vigas através do processo de analogia de grelha (figura 3).
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= + Grelha
(Lajes + vigas)
Pórtico Espacial
Estrutural Real (Pilares + Vigas)
Figura 3 – Pórtico espacial associado a discretização em grelha de lajes e vigas (KIMURA (2007)).

Para o dimensionamento das seções finais dos elementos estruturais deste estudo, o
procedimento adotado buscou uma análise conjunta no atendimento dos seguintes critérios:
Estados Limites Últimos (ELU), Estados Limites de Serviço (ELS) e os parâmetros de
estabilidade global.

A fim de verificar a estabilidade global da estrutura de acordo com os itens 13.3 e 15.5 da
ABNT NBR 6118 (2014), avaliaram-se os seguintes critérios:

a) Coeficiente 𝛾𝑧 para a classificação da estrutura em nós fixos (γz ≤ 1,10) ou nós


móveis (γz > 1,10);
b) Deslocamento horizontal limite da estrutura (H/1700) nas direções X e Y.

A não linearidade física (NLF) do concreto armado é provocada pelos efeitos da fissuração,
da fluência e do escoamento da armadura, que conferem ao material um comportamento
não-linear. Nesse sentido, considerou-se de forma aproximada a NLF, segundo o item
15.7.3 da ABNT NBR 6118 (2014), a redução de rigidez dos elementos estruturais: 0,3 Eci
Ic (lajes); 0,4 Eci Ic (vigas); 0,8 Eci Ic (pilares).

Quanto a não linearidade geométrica (NLG) decorrente da alteração da posição dos nós da
estrutura no espaço em função das cargas verticais e horizontais, considerou-se a NLG
através do processo P-Delta com base em 10 iterações e erro mínimo de 1% entre
iterações.

Para a verificação dos ELS quanto aos deslocamentos dos elementos estruturais, teve-se
como base os valores-limites do item 13.3 da ABNT NBR 6118 (2014). Quanto as flechas
diferidas da estrutura, consideraram-se os seguintes parâmetros em função da fluência do
concreto: 70% de umidade relativa do ar, 28 dias para início do carregamento e vida útil
prevista de 50 anos.

De acordo com o item 13.4 da ABNT NBR 6118 (2014) e em função da classe de
agressividade ambiental II da edificação em estudo, a abertura máxima de fissuras é
definida em 0,3mm.

2.2 Variável de controle


A variável de controle adotada no dimensionamento da estrutura foi o módulo de
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elasticidade do concreto em função do tipo de agregado graúdo, sendo este determinado
de acordo com a ABNT NBR 6118 (2014), conforme a figura 4. Portanto, consideraram-se
três tipos de agregado graúdo neste estudo: basalto (E = 1,2), granito (E = 1,0) e calcário
(E = 0,9).

50 47,5
Módulo de elasticidade do

45,1
45 42,5 44,0
concreto - E (GPa)

41,1
39,8 39,6
40 36,8 38,3
37,6
35,3 35,4 36,6
33,6 33,8
35 32,2 31,9
28,0 35,6
29,0 33,1 34,3
29,8 33,0
30 30,7
27,6 29,4 30,9
25,2 28,7
25 26,8
26,5
24,2 αE = 0,9 Eci (Calcário) Ecs (Calcário)
24,2
20 21,7 αE = 1,0 Eci (Granito) Ecs (Granito)
αE = 1,2 Eci (Basalto) Ecs (Basalto)
15
25 30 35 40 45 50
Resistência à compressão do concreto - fck (MPa)
Figura 4 – Variação do módulo de elasticidade em função da resistência à compressão do concreto e do tipo
de agregado graúdo.

2.3 Variáveis de resposta


Realizaram-se duas simulações distintas no presente trabalho.

2.3.1 Avaliação dos deslocamentos das estruturas com a mesma geometria

O concreto com calcário é o que apresenta o menor coeficiente (E = 0,9) e, por
conseguinte, para uma dada resistência característica determinada, menor o módulo de
elasticidade. Assim, inicialmente, otimizou-se a estrutura de calcário para que atendesse o
deslocamento horizontal limite (H/1700). Este dimensionamento resultou na geometria
apresentada na figura 5.

Figura 5 – Geometria estrutral para o concreto produzido com agregado graúdo de calcário.
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A partir da geometria dos pilares definida na figura 5, alterou-se o agregado graúdo para
granito e, posteriormente, para basalto. Quantificou-se assim, para uma mesma geometria,
a influência do tipo de agregado graúdo no deslocamento horizontal máximo no topo das
estruturas, como também o coeficiente γz de cada modelo.

2.3.2 Avaliação dos quantitativos e custos das estruturas com mesma deformação

A segunda simulação realizada foi a determinação do quantitativo dos insumos (concreto,


aço e fôrmas de madeira) e o custo final de cada modelo. Para isto, otimizaram-se as
estruturas de forma a apresentarem deslocamento horizontal próximo ao limite (H/1700).

A partir da geometria apresentada na figura 5 (calcário), otimizaram-se as seções dos


pilares dos modelos granito e basalto. As geometrias resultantes dos pilares são
apresentadas nas figuras 6 e 7, respectivamente.

Figura 6 – Geometria estrutral para o concreto produzido com agregado graúdo de granito.

Figura 7 – Geometria estrutral para o concreto produzido com agregado graúdo de basalto.
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Para a determinação dos custos dos modelos, levou-se em conta o custo unitário dos
insumos do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
(SINAPI) do Estado de Santa Catarina, com publicação em 22 de outubro de 2015.

Os custos unitários dos concretos utilizados neste estudo são apresentados na tabela 1,
inclusos os serviços de fornecimento, lançamento e adensamento.
Tabela 1 – Custos unitários: concreto.
Custo Unitário
Insumos Unidade
(R$/m³)
Concreto Usinado Bombeado C25 - Lançamento e adensamento m³ 366,82
Concreto Usinado Bombeado C30 - Lançamento e adensamento m³ 377,50
Concreto Usinado Bombeado C35 - Lançamento e adensamento m³ 389,25
Concreto Usinado Bombeado C40 - Lançamento e adensamento m³ 442,78
Concreto Usinado Bombeado C45 - Lançamento e adensamento m³ 484,50
Concreto Usinado Bombeado C50 - Lançamento e adensamento m³ 554,71
Fonte: SINAPI (2015).

Como as seções dos pilares permaneceram constantes ao longo dos pavimentos, utilizou-
se o maior número possível de utilizações para as formas de madeiras presente na
composição do SINAPI. O custo unitário desse insumo é apresentado na tabela 2, inclusos
os custos dos serviços de fornecimento, montagem e desmontagem.
Tabela 2 – Custos unitários: formas de madeira.
Custo Unitário
Insumos Unidade
(R$/m²)
Chapa de madeira compensada plastificada (1,1m x 2,2m; e = 12mm)
m² 21,21
- Fabricação, montagem e desmontagem - 8 utilizações
Fonte: SINAPI (2015).

Os custos unitários das barras de aço que compõe as armaduras dos elementos estruturais
também consideram os serviços de fornecimento, corte, dobra, colocação e perda de 10%,
conforme a tabela 3.
Tabela 3 – Custos unitários: aço.
Custo Unitário
Insumos Unidade
(R$/kg)
Aço CA-60 5,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 7,40
Aço CA-50 6,3mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 7,62
Aço CA-50 8,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 7,62
Aço CA-50 10,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 7,62
Aço CA-50 12,5mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 7,62
Aço CA-50 16,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 6,23
Aço CA-50 20,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 6,23
Aço CA-50 25,0mm - Fornecimento, corte (c/ perda de 10%), dobra e colocação kg 6,23
Fonte: SINAPI (2015).

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3 Resultados
3.1 Avaliação dos deslocamentos dos modelos com base em uma mesma geometria

Na tabela 4, apresentam-se os deslocamentos horizontais no topo da estrutura e os


coeficientes γz obtidos na análise estrutural em cada direção.
Tabela 4 – Parâmetros de estabilidade global dos modelos para uma mesma geometria.
Coeficiente z Deslocamento Horizontal (cm)
Modelo Direção X Direção Y Direção X Direção Y Limite
Calcário 1,09 1,09 1,74 4,83
4,86 (2)
Granito (1) 1,08 1,08 1,57 4,35
(H/1700)
Basalto (1) 1,07 1,07 1,31 3,62
(1) Estrutura com a mesma geometria do modelo de calcário.
(2) Deslocamento-limite para cada direção.

Com base nos resultados da análise estrutural, nota-se que a alteração do agregado de
calcário para granito e basalto ocasionou na redução dos deslocamentos horizontais da
estrutura em 9,9% e 25,1%, respectivamente. Estes resultados demostram que, para uma
mesma geometria, a alteração do agregado graúdo tende a provocar uma variação da
rigidez da estrutura, com consequente alteração dos deslocamentos horizontais.

Perante ao coeficiente γz, todos os modelos apresentaram valores inferiores à 1,10.


Portanto, as estruturas dos três modelos são classificadas em nós indeslocáveis, podendo
desconsiderar os esforços de 2ª ordem globais no dimensionamento dos elementos
estruturais.

3.2 Avaliação dos quantitativos e custos dos com o mesmo deslocamento horizontal

Com base no valor limite de deslocamento horizontal apresentado na tabela 5, os modelos


de granito e basalto foram otimizados quanto a sua geometria. As seções dos pilares
tiveram suas dimensões reduzidas de maneira que o deslocamento horizontal das
estruturas fossem os mais próximos possíveis do limite estabelecido, conforme as figuras
5 e 6. Na tabela 5, apresenta-se o deslocamento horizontal obtido para os modelos em
estudo.
Tabela 5 – Parâmetros de estabilidade global dos modelos com diferentes geometrias.
Coeficiente z Deslocamento Horizontal (cm)
Modelo
Direção X Direção Y Direção X Direção Y Limite
Calcário 1,09 1,09 1,74 4,83
Granito 1,10 1,09 1,79 4,83 4,86 (1)
Basalto 1,09 1,09 1,60 4,82
(1) Deslocamento-limite para cada direção.

A partir do detalhamento de cada modelo, quantificaram-se os insumos necessários para a


construção de cada uma das estruturas. As tabelas 6, 7 e 8 apresentam o quantitativo de
serviço detalhados por elementos construtivos (pilar, viga e laje) para os modelos calcário,
granito e basalto, respectivamente.
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Tabela 6 – Quantitativo de insumos do modelo de calcário.
Insumo Vigas Pilares Lajes Total
CA50 69.282,5 38.630,7 68.127,1 176.040,3
Aço
CA60 3.066,7 17.039,8 7.072,0 27.178,5
(kg)
Total 72.349,1 55.670,5 75.199,1 203.218,7
C25 553,3 148,4 1.068,6 1.770,3
C30 - 148,4 - 148,4
C35 - 148,4 - 148,4
Concreto
C40 - 148,4 - 148,4
(m³)
C45 - 148,4 - 148,4
C50 - 121,9 - 121,9
Total 553,3 863,9 1.068,6 2.485,8
Área de forma (m²) 6.455,4 7.661,0 8.904,9 23.021,3

Tabela 7 – Quantitativo de insumos do modelo de granito.


Insumo Vigas Pilares Lajes Total
CA50 71.128,2 34.859,3 67.923,2 173.910,7
Aço
CA60 3.058,6 15.877,2 6.976,8 25.912,5
(kg)
Total 74.186,7 50.736,5 74.900,0 199.823,2
C25 556,2 129,2 1.067,3 1.752,7
C30 - 129,2 - 129,2
C35 - 129,2 - 129,2
Concreto
C40 - 129,2 - 129,2
(m³)
C45 - 129,2 - 129,2
C50 - 106,1 - 106,1
Total 556,2 752,1 1.067,3 2.375,6
Área de forma (m²) 6.489,0 7.286,1 8.894,4 22.669,5

Tabela 8 – Quantitativo de insumos do modelo de basalto.


Insumo Vigas Pilares Lajes Total
CA50 76.339,2 34.296,0 67.073,4 177.708,6
Aço
CA60 2.992,6 15.503,0 6.056,6 24.552,2
(kg) Total 79.331,8 49.799,0 73.130,0 202.260,8
C25 565,6 119,4 1.063,6 1.748,6
C30 - 119,4 - 119,4
C35 - 119,4 - 119,4
Concreto (m³) C40 - 119,4 - 119,4
C45 - 119,4 - 119,4
C50 - 98,1 - 98,1
Total 565,6 695,1 1.063,6 2.324,3
Área de forma (m²) 6.598,2 6.764,5 8.863,1 22.225,8

De acordo com os resultados dos modelos, nota-se que o volume de concreto reduziu ao
alterar o tipo de agregado graúdo. Com base no volume de concreto do modelo de calcário,
constata-se que os modelos com emprego de granito e basalto apresentaram uma redução
de 4,43% e 6,60%, respectivamente.

Os pilares apresentaram a maior redução no volume de concreto entre os elementos


estruturais analisados, 8,86% (granito) e 10,55% (basalto), sendo esta redução
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proporcionada pela otimização das seções dos pilares em função do aumento da rigidez da
estrutura. As lajes, entretanto, apresentaram pequenas variações em seu quantitativo. A
otimização e redução das seções dos pilares dos modelos granito e basalto proporcionou
para estes modelos um incremento no comprimento dos vãos das vigas e com um aumento
no volume de concreto de 0,22% e 2,22%, respectivamente.

Em função deste aumento dos vãos das vigas, os esforços solicitantes dos modelos granito
e basalto também foram intensificados. Além disto, a viga V4 do modelo de basalto sofreu
uma alteração de vinculação e passou a apoiar-se nas vigas V8 e V9, diferentemente dos
outros modelos onde a viga V4 era vinculada ao pilar P3, onde ocasionou uma alteração
dos esforços solicitantes destas vigas ao longo dos 30 pavimentos da estrutura (figura 8).
Por fim, estas alterações de vãos e vinculações proporcionaram ao quantitativo de aço nas
vigas um aumentou de 2,54% (granito) e 9,56% (basalto) em relação ao calcário.

Figura 8 – Alteração de apoio da viga V4 no modelo de basalto.

Entretanto, devido ao menor peso próprio da estrutura, proporcionada pela otimização das
seções dos pilares, os quantitativos de aço nestes elementos reduziram em 8,86% e
10,55% para os modelos de granito e basalto, respectivamente, em comparação ao de
calcário.

Para demonstrar esta redução, apresenta-se na tabela 9 o resultado do dimensionamento


da prumada do pilar P3 em três diferentes níveis entre os modelos analisados. Com base
nos resultados, notam-se a redução dos esforços solicitantes e das áreas de aço do P3,
conforme o tipo de agregado graúdo.
Tabela 9 – Resultado do dimensionamento da prumada do pilar 3.
Modelo Seção Térreo 7º pavimento 14º pavimento
Seção U Fd = 2.798,3 tf Fd = 2.185,5 tf Fd = 1.447,2 tf
Calcário
(220x430x20x30) 74 ϕ 25,0 (363,25 cm²) 68 ϕ 12,5 (83,45 cm²) 46 ϕ 16,0 (92,49 cm²)
Fd = 2.674,5 tf Fd = 2.068,1 tf Fd = 1.349,3 tf
Seção U 74 ϕ 25,0 (363,25 cm²) 60 ϕ 12,5 (73,63 cm²) 54 ϕ 12,5 (66,27 cm²)
Granito
(220x410x20x20)
Variação: 0% Variação: -11,8% Variação: -28,3%
Fd = 2.475,6 tf Fd = 1.919,3 tf Fd = 1.269,6 tf
Seção U 72 ϕ 25,0 (353,43 cm²) 54 ϕ 12,5 (66,27 cm²) 48 ϕ 12,5 (58,90 cm²)
Basalto
(180x410x20x20)
Variação: -2,7% Variação: -20,6% Variação: -36,3%
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As lajes, no entanto, apresentaram pequenas variações no seu quantitativo de aço. A
alteração do tipo de agregado graúdo proporcionou uma pequena redução no quantitativo
de aço em termos totais, sendo esta redução em torno de 1,67% (granito) e 0,47% (basalto)
se comparados com o de calcário.

Para as formas, a alteração do tipo de agregado graúdo proporcionou uma redução na área
total de forma de 1,53% (granito) e 3,46% (basalto), se comparadas com a do modelo de
calcário em função dos mesmos fatores discutidos anteriormente acerca do volume de
concreto.

Os custos totais dos insumos dos modelos são apresentados na tabela 10, conforme os
quantitativos das tabelas 6, 7 e 8 e dos custos unitários das tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 10 – Custo dos insumos para as estruturas com variação da origem do agregado graúdo.
Custo Total Variação
Insumo Modelo
(R$) (R$) (%)
Calcário R$ 968.394,65 - -
Concreto Granito R$ 920.648,82 -47.745,83 -4,9
Basalto R$ 898.105,69 -70.288,96 -7,3
Calcário R$ 1.449.432,67 - -
Aço Granito R$ 1.437.945,40 -11.487,27 -0,8
Basalto R$ 1.450.729,83 1.297,16 0,1
Calcário R$ 575.532,50 - -
Formas Granito R$ 566.737,50 -8.795,00 -1,5
Basalto R$ 555.645,00 -19.887,50 -3,5

Portanto, com base nos resultados, nota-se que a maior economia entre os insumos
analisados corresponde ao concreto. Ao comparar o custo deste insumo dos modelos
granito e basalto com de calcário, nota-se uma redução de 4,9% e 7,3%, respectivamente.
Esta economia é em função do aumento da rigidez da estrutura, proporcionada pelo tipo de
agregado graúdo utilizado no concreto. Com este ganho de rigidez, torna-se possível
otimizar as seções transversais dos pilares e reduzir o volume de concreto.

O custo do aço, em termos totais, apresentou pequena variação entre os modelos devido
a redução deste insumo nos pilares e o aumento nas vigas, conforme discutido
anteriormente. Quanto ao custo das formas, este sofreu redução de 1,5% (granito) e 3,5%
basalto) ao serem comparados com o de calcário, semelhante ao ocorrido com o concreto
por causa da otimização das seções dos pilares.

Dessa forma, os custos dos insumos de cada modelo são agrupados na figura 9. Com base
nos valores apresentados na figura 8, têm-se que os modelos de calcário, basalto e granito
resultaram em um custo final de R$ 2.993.359,81, R$ 2.925.331,72 e R$ 2.904.480,51,
respectivamente. Evidenciando, assim, uma economia de 2,3% e 3,0% nos custos finais da
estrutura ao alterar o tipo de agregado graúdo de calcário para granito e basalto,
respectivamente.

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3.500.000 Concreto Aço Formas

R$ 2.993.359,81
3.000.000 R$ 2.925.331,72 R$ 2.904.480,51
8
R$ 575.532,50 R$ 566.737,50 R$ 555.645,00
Custo em Reais (R$)

2.500.000

2.000.000

R$ 1.449.432,67 R$ 1.437.945,40 R$ 1.450.729,83


1.500.000

1.000.000

500.000 R$ 968.394,65 R$ 920.648,82 R$ 898.105,69

0
Calcário Granito Basalto
Modelo
Figura 9 – Custos de estruturas que apresentam mesmo deslocamento, projetadas com concretos com
diferentes agregados graúdos.

4 Conclusão
A estimativa adequada do módulo de elasticidade do concreto na fase de projeto é uma
etapa de suma importância dentro da análise estrutural. De acordo com os resultados
obtidos neste estudo, nota-se que a rigidez da estrutura é fortemente influenciada pelo tipo
de agregado graúdo a ser utilizado na dosagem do concreto, pois este proporciona uma
significativa alteração do módulo de elasticidade do concreto.

Tendo em vista a variabilidade do módulo de elasticidade do concreto e sua influência na


rigidez da estrutura, recomenda-se a realização de um controle rigoroso das propriedades
do concreto durante a execução dos elementos estruturais. Entretanto, caso não sejam
realizados ensaios durante a execução, o concreto poderá apresentar módulo de
elasticidade menor do que o estimado na fase de projeto. Portanto, se tal fato ocorrer,
poderão surgir esforços não previstos no dimensionamento em virtude dos deslocamentos
horizontais adicionais da estrutura e que podem conduzi-la ao colapso.

Destaca-se, ainda, que para um mesmo deslocamento, o emprego de basalto torna o


projeto estrutural mais econômico em relação ao de calcário, pois permite dimensionar uma
estrutura mais esbelta em decorrência da maior rigidez proporcionada por esse tipo de
agregado.

5 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Concreto – Projeto e
execução de obras de concreto armado. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ANAIS DO 58º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2016 – 58CBC2016 15
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas ao
vento em edificações – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo


de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980.

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ALHADAS, M. F. S., Estudo da Influência do Agregado Graúdo de Diferentes Origens


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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.

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