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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Engenharia Mecânica

APERFEIÇOAMENTO DA MÁQUINA PARA AVALIAR O EFEITO


TORSIOCALÓRICO

AUTORES:

ANDRÉ KATSUMI CHUJO KURODA


RENAN AUGUSTO DERNER
WILLIAM TOSHIO TAKAYAMA

Maringá
Julho/2019
ANDRÉ KATSUMI CHUJO KURODA – 93371
RENAN AUGUSTO DERNER – 90015
WILLIAM TOSHIO TAKAYAMA – 96470

PROJETO DE MÁQUINA PARA AVALIAR O EFEITO


TORSIOCALÓRICO

Proposta de trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Departamento de Engenharia
Mecânica, Universidade Estadual de Maringá.

Orientador: Prof. Me. Flávio Clareth Colman


Co orientadores: Prof. Dr. Cleber Santiago
Engenheiro Marcel

Maringá
Julho/2019
ANDRÉ KATSUMI CHUJO KURODA – 93371
RENAN AUGUSTO DERNER – 90015
WILLIAM TOSHIO TAKAYAMA – 96470

PROJETO DE MÁQUINA PARA AVALIAR O EFEITO


TORSIOCALÓRICO

Proposta de trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Departamento de Engenharia
Mecânica, Universidade Estadual de Maringá.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________
Prof. Mestre Flávio C. Colman
Universidade Estadual de Maringá

_________________________________
Convidado 1

_________________________________
Convidado 2

Maringá,
Julho/2019
RESUMO
Muito tem sido aAs pesquisas referentes aos efeitos i-calóricos têm aumentado
consideravelmente desde 2015. O investimento nessa área de pesquisa está crescendo,
a fim de buscar novas aplicabilidades para projetos em engenharia. Porém, pouco se
sabe sobre o efeito denominado torsiocalórico, visto que é um efeito pouco estudado e
não possui experimentos sobre este. Nesse contexto, o presente projeto terá como
objetivo oa aperfeiçoamento de uma máquina inovadora no mercado de pesquisa com
finalidade de investigação investigar do efeito torsiocalórico em materiais poliméricos
como a borracha nitrílica (NBR), teflon, PDMS e látex a partir da construção de uma
máquina inovadora no mercado de pesquisa. A primeira versão daTal máquina , é o
tema do nosso trabalho de conclusão de curso, e ela foi proposta com base em um
projeto dea bancada experimental feita pelo engenheiro Marcel Zanetti, no qual, a partir
do conhecimento em engenharia mecânica foi aperfeiçoada e observada seu
desempenho no Laboratório Nacional de Luz Síncrontron (LNLS), localizado em
campinas. Na máquina foram controlados o torque e o deslocamento angular, de forma
que foi possível obter um resultado de variação de temperatura de 3 °C para a amostra
de látex, no ensaio combinado de tração e torção e 1,9 °C para o ensaio de torção. Para
esse trabalhoisso, foi utilizado o método de referência de projeto proposto por Gerhard
Pahl e Wolfgang Beitz, bem como os softwares VIGA G® e SolidWorks® para o
cálculo das ações atuantes na estrutura em questão.

Palavras-chave:
Efeito mecanocalórico, Polímeros, Máquina de torção.
ABSTRACT

Research into i-caloric effects has increased considerably since 2015. Investment in this
area of research is increasing in order to seek new applications for engineering projects.
However, little is known about the so-called torsiocaloric effect, since it is a little studied effect
and has no experiments on it. In this context, the present project will aim at the improvement
of an innovative machine in the research market in order to investigate the torsiocaloric effect
in polymer materials such as nitrile rubber (NBR), Teflon, PDMS and latex. The first version
of the machine was proposed based on an experimental bench design by the engineer Marcel
Zanetti, in which, from the knowledge in mechanical engineering was perfected and observed
its performance in the National Synchrotron Light Laboratory (LNLS), located in Campinas .
In the machine, the torque and angular displacement were controlled, so that it was possible to
obtain a temperature variation result of 3 ° C for the latex sample, the combined tensile and
torsion test and 1,9 ° C for the test of twist. For this work, the project reference method proposed
by Gerhard Pahl and Wolfgang Beitz was used, as well as VIGA G® and SolidWorks®
softwares to calculate the actions in the structure in question.Much research has been done on
the i-caloric effect. Investment in this area of research is increasing in order to seek new
applications for engineering projects. However, knowledge is low about the so-called
torsiocaloric effect, since it is a low knowledges studied effect and has no experiments on it. In
this context, the present project will investigate the torsiocaloric effect in polymeric materials
such as nitrile rubber (NBR), latex and Teflon from the construction of an innovative machine
in the research market. Such a machine is the subject of our course completion work, and it was
proposed based on a project of the experimental construction made by the engineer Marcel
Zanetti, in which, from the knowledge in mechanical engineering was perfected and observed
its performance in the Laboratory National Synchrotron Light (LNLS), located in Campinas.
For this, the project reference method proposed by Gerhard Pahl and Wolfgang Beitz was used,
as well as the software VIGA G® and SolidWorks® for the calculation of the actions acting in
the structure in question.
Formatted: Heading 8,Escrita

Keywords
Mechanocaliric Effect, Polymers, Torsion Device
.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Demonstrativo do efeito i-calórico e sua possibilidade para a refrigeração. ...... 1813
Figura 2: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web
of Science, com termo de pesquisa "elastocaloric". .......................................................... 1813
Figura 3: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web
of Science, com termo de pesquisa "barocaloric". ............................................................ 1914
Figura 4 – Bancada experimental para investigação do efeito torciocalórico, construída pelo
engenheiro Marcel Zanetti. .............................................................................................. 2015
Figura 5 - Efeitos mecanocalórico: a) Efeito elastocalórico; b) Efeito barocalórico; c) Efeito
torsiocalórico. .................................................................................................................. 2317
Figura 6 - Efeito da torção em uma haste de poliuretano cilíndrico. .................................. 2519
Figura 7 - Diagrama de tensão deformação para material dúctil. ....................................... 2720
Figura 8 - Diagrama de tensão deformação para material elastoentrópico. ........................ 2720
Figura 9 - Comportamento termoelástico da borracha natural sob aplicação de tensão uniaxial.
A figura ilustra a orientação das cadeias de polímeros e suas ligações cruzadas (a) em condições
normais, (b) sob o carregamento e (c) descarregamento da tensão. A entropia relacionada ao
efeito i-calórico dos diferentes estados também foi apresentada. ...................................... 2922
Figura 10 - Diagrama de mudança de fase para a liga de memória de forma (SMA). ........ 3124
Figura 11: Ilustração esquemática da vista em corte da câmara de alta pressão. ................ 3225
Figura 12: Representação esquemática do ciclo barocalórico, baseado em processos de
compressão confinada e descompressão. .......................................................................... 3326
Figura 13 - Ilustração esquemática da máquina para avaliar o efeito elastocalórico. ......... 3427
Figura 14 – Modelo WP 500 do fabricante Gunt Hamburg. .............................................. 3527
Figura 15– Equipamento de pequeno porte do fabricante TeqQuipment. .......................... 3528
Figura 16 – Equipamento de pequeno porte, modelo SM1001, da TeqQuipament. ........... 3628
Figura 17 – Máquina de Ensaio de Torção Básica. ........................................................... 3729
Figura 18– Máquina de Ensaio de Torção Completa......................................................... 3729
Figura 19 - Bancada Existente. ......................................................................................... 4032
Figura 20 – Desenho técnico do projeto do Engenheiro Marcel Zanetti. ........................... 4133
Figura 21- Problemas encontrados na bancada fase 1 e 2. ................................................. 4234
Figura 22 – Desenho técnico da máquina com alterações sugeridas. ................................. 5143
Figura 23– Corpo de prova de teflon de 3,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento. ..... 5344
Figura 24 – Confecção de amostra de teflon no CNPEM. ................................................. 5345
Figura 25 – Catálogo do acoplamento KTR RADEX®-NC tipo EK da empresa Acotec. .. 5748
Figura 26 – Conjunto do motor, acoplamento Radex e o eixo fuso. .................................. 5748
Figura 27 – Base bancada do projeto aperfeiçoado. .......................................................... 5849
Figura 28 – Encoder incremental de eixo vazado. ............................................................. 5950
Figura 29 – Diagrama de corpo livre e as respectivas forças de reação sobre o mancal pedestal.
........................................................................................................................................ 6051
Figura 30 – Catálogo da empresa SKF rolamentos. .......................................................... 6152
Figura 31 – Coeficientes para encontrar carga dinâmica. .................................................. 6152
Figura 32 – Diagrama de corpo livre do eixo de torção..................................................... 6253
Figura 33: Centro de massa do conjunto do flange do mandril e do mandril encontrado no
software. .......................................................................................................................... 6455
Figura 34 – Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força. ................. 6556
Figura 35 – Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ....................... 6556
Figura 36 – Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.
........................................................................................................................................ 6657
Figura 37 - Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força. .................. 6758
Figura 38 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ........................ 6758
Figura 39 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.6859
Figura 40 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de força axial e
peso do mandril................................................................................................................ 6960
Figura 41 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força axial e peso do mandril.
........................................................................................................................................ 7060
Figura 42 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força axial
e peso do mandril. ............................................................................................................ 7061
Figura 43 - Simulação do deslocamento quando do suporte com a aplicação de força. ..... 7162
Figura 44 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ........................ 7262
Figura 45 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.7263
Figura 46 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. ................................. 7464
Figura 47 - Simulação da tensão de Von Mises da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. ................................. 7464
Figura 48 - Simulação do coeficiente de segurança da flange do mandril com a aplicação de
forças externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. ...................... 7565
Figura 49– Acréscimo de temperatura para NBR aplicado esforço de torção. ................... 7666
Figura 50 - Acréscimo de temperatura para NBR aplicado aos esforços combinados. ....... 7666
Figura 51- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado a um esforço de torção. ....... 7767
Figura 52- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado aos esforços combinados. .... 7767
Figura 53 - Acréscimo de temperatura para o PDMS aplicado aos esforços combinados. . 7868
Figura 54 - Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de tração.................. 7968
Figura 55- Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de torção. ................. 7969
Figura 56 - Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforços combinados. .......... 8069
Figura 57 – Controle de posição e torque feito na máquina aperfeiçoada. ......................... 8270
Figura 1 - Demonstrativo do efeito i-calórico e sua possibilidade para a refrigeração. .......... 13
Figura 2: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web
of Science, com termo de pesquisa "elastocaloric". .............................................................. 14
Figura 3: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web
of Science, com termo de pesquisa "barocaloric". ................................................................ 14
Figura 4 - Esboço preliminar do projeto da bancada realizada no Departamento de Engenharia
Mecânica da UEM. .............................................................................................................. 15
Figura 5 - Efeitos mecanocalórico: a) Efeito elastocalórico; b) Efeito barocalórico; c) Efeito
torsiocalórico. ...................................................................................................................... 17
Figura 6 - Efeito da torção em uma haste de poliuretano cilíndrico. ...................................... 19
Figura 7 - Diagrama de tensão deformação para material dúctil. ........................................... 20
Figura 8 - Diagrama de tensão- deformação para material elastoentrópico ................ 20
Figura 9 - Comportamento termoelástico da borracha natural sob aplicação de tensão uniaxial.
A figura ilustra a orientação das cadeias de polímeros e suas ligações cruzadas (a) em condições
normais, (b) sob o carregamento e (c) descarregamento da tensão. A entropia relacionada ao
efeito i-calórico dos diferentes estados também foi apresentada. .......................................... 22
Figura 10 - Diagrama de mudança de fase para a liga de memória de forma (SMA). ............ 24
Figura 11: Ilustração esquemática da vista em corte da câmara de alta pressão. .................... 25
Figura 12: Representação esquemática do ciclo barocalórico, baseado em processos de
compressão confinada e descompressão. .............................................................................. 26
Figura 13 - Ilustração esquemática da máquina para avaliar o efeito elatocalórico. ............... 27
Figura 14 – Modelo WP 500 do fabricante Gunt Hamburg. .................................................. 28
Figura 15– Equipamento de pequeno porte do fabricante TeqQuipment. .............................. 28
Figura 16 – Equipamento de pequeno porte, modelo SM1001, da TeqQuipament. ............... 29
Figura 17 – Máquina de Ensaio de Torção Básica. ............................................................... 29
Figura 18– Máquina de Ensaio de Torção Completa............................................................. 30
Figura 19 - Bancada Existente. ............................................................................................. 33
Figura 20 – Desenho técnico do projeto do Engenheiro Marcel Zanetti. ............................... 34
Figura 21- Problemas encontrados na bancada fase 1 e 2. ..................................................... 35
Figura 22 – Desenho técnico da máquina com alterações sugeridas. ..................................... 44
Figura 23– Corpo de prova de teflon de 3,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento. ......... 45
Figura 24 – Confecção de amostra de teflon no CNPEM. ..................................................... 45
Figura 25 – Catálogo do acoplamento KTR RADEX®-NC tipo EK da empresa Acotec. ...... 48
Figura 26 – Conjunto do motor, acoplamento Radex e o eixo fuso. ...................................... 48
Figura 27 – Base bancada do projeto aperfeiçoado. .............................................................. 49
Figura 28 – Encoder incremental de eixo vazado. ................................................................. 50
Figura 29 – Diagrama de corpo livre e as respectivas forças de reação sobre o mancal pedestal.
............................................................................................................................................ 51
Figura 30 – Catálogo da empresa SKF rolamentos. .............................................................. 52
Figura 31 – Coeficientes para encontrar carga dinâmica. ...................................................... 52
Figura 32 – Diagrama de corpo livre do eixo de torção......................................................... 53
Figura 33: Centro de massa do conjunto do flange do mandril e do mandril encontrado no
software. .............................................................................................................................. 55
Figura 34 – Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força. ..................... 56
Figura 35 – Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ........................... 56
Figura 36 – Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força. .. 57
Figura 37 - Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força. ...................... 58
Figura 38 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ............................ 58
Figura 39 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força. ... 59
Figura 40 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de força axial e
peso do mandril.................................................................................................................... 60
Figura 41 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força axial e peso do mandril.
............................................................................................................................................ 60
Figura 42 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força axial
e peso do mandril. ................................................................................................................ 61
Figura 43 - Simulação do deslocamento quando do suporte com a aplicação de força. ......... 62
Figura 44 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força. ............................ 62
Figura 45 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força. ... 63
Figura 46 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. ..................................... 64
Figura 47 - Simulação da tensão de Von Mises da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. ..................................... 64
Figura 48 - Simulação do coeficiente de segurança da flange do mandril com a aplicação de
forças externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril. .......................... 65
Figura 49– Acréscimo de temperatura para NBR aplicado esforço de torção. ....................... 66
Figura 50 - Acréscimo de temperatura para NBR aplicado aos esforços combinados. ........... 66
Figura 51- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado a um esforço de torção. ........... 67
Figura 52- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado aos esforços combinados. ........ 67
Figura 53 - Acréscimo de temperatura para o PDMS aplicado aos esforços combinados. ..... 68
Figura 54 - Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de tração...................... 69
Figura 55- Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de torção. ..................... 69
Figura 56 - Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforços combinados. .............. 70
LISTA DE TABELAS
Tabela 1– Partes constituintes do projeto desenvolvido por Marcel Zanetti. ..................... 4133
Tabela 2 – Notas para avalição dos critérios de soluções para o empenamento da bancada.
........................................................................................................................................ 4638
Tabela 3 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle de torque.
........................................................................................................................................ 4739
Tabela 4 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle tração. . 4840
Tabela 5 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o acoplamento. ...................... 4941
Tabela 6 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade do sistema linear.
........................................................................................................................................ 5042
Tabela 7 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade de cargas excessivas.
........................................................................................................................................ 5142
Tabela 1– Partes constituintes do projeto desenvolvido por Marcel Zanetti. ......................... 35
Tabela 2 – Notas para avalição dos critérios de soluções para o empenamento da bancada. .. 40
Tabela 3 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle de torque. 41
Tabela 4 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle tração. ..... 42
Tabela 5 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o acoplamento. .......................... 42
Tabela 6 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade do sistema linear.43
Tabela 7 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade de cargas excessivas.
............................................................................................................................................ 44
Tabela 8 – Componentes da máquina para realizar a simulação. ........................................... 56
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Lista de necessidades de aperfeiçoamento. ..................................................... 4234
Quadro 2 – Subdivisão da função problema de funcionamento. ........................................ 4335
Quadro 3 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento da base da bancada. ...... 4537
Quadro 4– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de
ângulo de torção. .............................................................................................................. 4638
Quadro 5 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de força
trativa. ............................................................................................................................. 4739
Quadro 6 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de desmontagem
de acoplamento. ............................................................................................................... 4840
Quadro 7– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema linear. ......... 4941
Quadro 8 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de sustentação do
mandril ............................................................................................................................ 5042
Quadro 9 – Componentes da máquina para realizar a simulação. ...................................... 6455
Quadro 1 – Lista de necessidades de aperfeiçoamento. ......................................................... 36 Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
Quadro 2 – Subdivisão da função problema de funcionamento. ............................................ 37
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
Quadro 3 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento da base da bancada. .......... 39 and grammar

Quadro 4– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
ângulo de torção. .................................................................................................................. 40
Quadro 5 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
força trativa.......................................................................................................................... 41
Quadro 6 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de desmontagem
de acoplamento. ................................................................................................................... 42
Quadro 7– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema linear. ............. 43 Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
Quadro 8 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de sustentação do
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
mandril ................................................................................................................................ 44 and grammar
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

LISTA DE ABREVIATURAS

EMC Efeito Magnetocalórico


PVDF Fluoreto de Polivinilideno
PDMS Polidimetilsiloxano

LISTA DE SIGLAS

CNPEM Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais


LNLS Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
MDF Medium Density Fiberboard
NBR Nitrile Butadiene Rubber
SMA Shape memory alloys
TCC Trabalho de Conclusão de Curso

LISTA DE SÍMBOLOS

𝐏 Carga Dinâmica
ΔS Diferença de Entropia Resultante
ΔT Diferença de Temperatura Resultante
σb-CE Efeito barocalórico
σe-CE Efeito Elastocalórico
e-CE Efeito Eletrocalórico
h-CE Efeito Magnetocalórico
σ-CE Efeito Mecanocalórico
σt-CE Efeito torsiocalórico
𝛆 Módulo de Elasticidade
𝐌𝐢 Momento Fletor Ideal
𝐌𝐯 Momento Máximo
𝒏 Rotação
𝛔 Tensão do Material

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1713 Field Code Changed


1.1.Objetivo ................................................................................................................. 1915 Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt

2.REVISÃO BLIBIOGRÁFICA ...................................................................................... 2217 Field Code Changed

2.1.Efeitos i-calóricos ................................................................................................... 2217 Field Code Changed


Field Code Changed
2.1.1.Efeito magnetocalórico .................................................................................. 2318
Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt
2.1.2.Efeito eletrocalórico ...................................................................................... 2318
2.1.3.Efeito mecanocalórico ................................................................................... 2419
2.2.Materiais Mecanocalórico....................................................................................... 2520
2.3.Polímeros Elastoméricos......................................................................................... 2822
2.4.Maquinas e Métodos de medidas para o efeito mecanocalórico ............................... 3225
2.4.1.Efeito barocalórico ........................................................................................ 3225
2.4.2.Efeito elastocalórico ...................................................................................... 3327
2.5.Máquinas de Torção existentes ............................................................................... 3428
2.6.Valores obtidos para outros efeitos ......................................................................... 3830
3.METODOLOGIA ......................................................................................................... 3932 Field Code Changed
3.1.Projeto Informacional ............................................................................................. 3932 Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt

3.2.Projeto Conceitual .................................................................................................. 4336 Field Code Changed

3.2.1.Avaliação de Soluções ................................................................................... 4538


3.3.Metodologia de teste da máquina aperfeiçoada ....................................................... 5245 Field Code Changed
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................. 5648 Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt
4.1.Dimensionamento dos elementos de máquina e seleção dos componentes............... 5648 Field Code Changed

4.1.1.Acoplamento ................................................................................................. 5648 Field Code Changed

4.1.2.Base da bancada ............................................................................................ 5850 Field Code Changed


Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt
4.1.3.Encoder ......................................................................................................... 5850
Field Code Changed
4.1.5.Eixo ............................................................................................................... 6254
Formatted: Font: (Default) Times New Roman, 12 pt
4.2.Simulação de componentes estruturais .................................................................... 6355
Field Code Changed
4.2.1.Simulação no conjunto de tração.................................................................... 6456
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
4.2.2.Simulação no conjunto de torção ................................................................... 7162 and grammar

4.3.Resultado da bancada experimental ........................................................................ 7666 Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
5.CONCLUSÃO .............................................................................................................. 8372
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 8473 spelling and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
spelling and grammar
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
1.1.Objetivo ....................................................................................................................... 15 and grammar
1.2.Objetivos específicos ..................................................................................................... 15 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
spelling and grammar
2.REVISÃO BLIBIOGRÁFICA .......................................................................................... 16
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
2.1.Efeitos i-calóricos .......................................................................................................... 16 spelling and grammar
2.1.1.Efeito magnetocalórico ............................................................................................. 17 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
spelling and grammar
2.1.2.Efeito eletrocalórico ................................................................................................. 17
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
2.1.3.Efeito mecanocalórico .............................................................................................. 18 spelling and grammar
2.2.Materiais Mecanocalórico .............................................................................................. 19 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
spelling and grammar
2.2.1.Polímeros Elastoméricos ........................................................................................... 21
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
2.3.Maquinas e Métodos de medidas para o efeito mecanocalórico ......................................... 24 spelling and grammar
2.3.1.Efeito barocalórico ................................................................................................... 24 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
spelling and grammar
2.3.2.Efeito elastocalórico ................................................................................................. 26
Formatted ...
2.4.Máquinas de Torção existentes ....................................................................................... 27
Formatted ...
2.5.Valores obtidos para outros efeitos ................................................................................. 30
Formatted ...
3.METODOLOGIA ............................................................................................................. 32 Formatted ...
3.1.Projeto Informacional .................................................................................................... 32 Formatted ...
3.2.Projeto Conceitual ......................................................................................................... 36 Formatted ...

3.2.1.Avaliação de Soluções .............................................................................................. 38 Formatted ...


Formatted ...
3.3.Metodologia de teste da máquina aperfeiçoada ............................................................... 44
Formatted ...
4.RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 47
Formatted ...
4.1.Dimensionamento dos elementos de máquina e seleção dos componentes ......................... 47
Formatted ...
4.1.1.Acoplamento .......................................................................................................... 47 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
spelling and grammar
4.1.2.Base da bancada ...................................................................................................... 49
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
4.1.3.Encoder ................................................................................................................. 49
spelling and grammar
4.1.5.Eixo ..................................................................................................................... 53 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
4.2.Simulação de componentes estruturais ........................................................................... 54 spelling and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
4.2.1.Simulação no conjunto de tração ................................................................................. 55 spelling and grammar
4.2.2.Simulação no conjunto de torção ................................................................................. 61 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
4.3.Resultado da bancada experimental ................................................................................ 65 spelling and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
5.CONCLUSÃO .................................................................................................................. 71
spelling and grammar
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 72 Formatted: Default Paragraph Font, Font: 10 pt, Check
spelling and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Font: 11 pt, Check
spelling and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
Formatted: Default Paragraph Font, Check spelling
and grammar
1. INTRODUÇÃO
1.

Foi amplamente observado que alguns materiais específicos apresentam uma alteração
na temperatura quando submetidos uma interferência externa (como o campo elétrico,
magnético ou tensões mecânicas). Este efeito é também conhecido como efeito i-calórico
(MANOSA; PLANES, 2013)[1] e é demonstrado pela maioria dos materiais. Nos materiais em Commented [FC1]: [1] este é MANOSA L., PLANES A.,
ACET M.: Advanced materials for solid-state
que o efeito é verificado, existe a possibilidade de aplicação com sucesso para refrigeração em refrigeration . J. Mater. Chem. A 1 (16), 4925 – 4936
(2013).
estado sólido. O efeito calórico pode envolver uma mudança na entropia do material quando a
alteração no campo externo ocorre isotermicamente ou uma mudança na temperatura se o
material for excitado em condições adiabáticas. A alteração adiabática no atributo do material
leva a um aumento ou diminuição da temperatura dependendo da natureza da alteração
induzida. A diferença de temperatura resultante (ΔT) com o campo aplicado é um indicador da
extensão do efeito calórico. Consequentemente, quanto maior for a alteração na entropia com
o campo aplicado, maior será a mudança na temperatura. A natureza do campo externo
requerido para produzir um efeito calórico evidente varia para as diferentes classes dos
materiais. Para o efeito eletrocalórico, a polarização do material muda sob a aplicação de um
campo elétrico, e este efeito está presente em materiais ferroelétricos. No efeito
magnetocalórico, a magnetização do material altera devido a uma mudança no campo
magnético aplicado. No entanto, no caso do efeito elastocalórico, a alteração na tensão do
material é observada após a aplicação de força compressiva/trativa ou hidrostática adequadas.
Podemos dizer que a vantagem do uso deste último sobre os demais está no fato de ser
relativamente mais fácil e barato controlar e aplicar uma carga mecânica sobre um material do
que um campo elétrico ou magnético (CARVALHO; MATOS, 2009). Na Figura 1 está
apresentado um demonstrativo dos efeitos i – calóricos e sua possibiulidade de aplicação em
Refrigeração. Dentro do efeito mecanocalórico (σ-CE), causado por uma carga mecânica, tem-
se os efeitos: elastocalórico (σe-CE), barocalórico (σb-CE), e o torsiocalórico (σt-CE).
Figura 11 - Demonstrativo do efeito i-calórico e sua possibilidade para a refrigeração.

Fonte: Adaptado (IMAMURA et al., 2018)

A partir do ano de 2015, houve um renovado interesse da comunidade científica no


estudo do efeito mecanocalórico, visando melhor entendimento dos processos físicos
envolvidos, desenvolvimento de técnicas experimentais bem como a possibilidade de sua
aplicação em problemas de engenharia, na Figura 2 e Figura 3Figura 3 observa-se o aumento
de pesquisa relacionada aos efeitos elastocalórico e barocalórico.

Figura 22: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web of
Science, com termo de pesquisa "elastocaloric".

Fonte Web of Science, acessado em 13/03/2019.


Figura 33: Dados anuais de quantidade de trabalhos científicos registrados na plataforma da Web of
Science, com termo de pesquisa "barocaloric".

Fonte Web of Science, acessado em 13/03/2019.

Com base no que foi exposto, vê-se que os efeitos mecanocalórico mais amplamente
estudados são o elastocalórico (tração) e o barocalórico (compressão). No entanto, nada se
verifica quando se considera a ação do esforço de torção sobre a amostra a ser estudada
(torsiocalórico), o que proporciona uma lacuna disponível para estudo e desenvolvimento de
novas técnicas e materiais. No momento, um projeto de construção de bancada experimental
para se evidenciar o efeito torsiocalórico está em desenvolvimento por professores e
pesquisadores da UEM (Universidade Estadual de Maringá) juntamente com o Laboratório
Nacional de Luz Síncrontron, localizado em Campinas-SP.

1.1. Objetivo
Neste projeto, as atividades se concentram no aperfeiçoamento de bancada experimental
previamente desenvolvida por Marcel Zanetti em sua dissertação de mestrado, para obtenção
de uma máquina que se comporte de maneira estável, segura e eficiente durante a execução do
experimento. Na Figura 4 está apresentada a bancada desenvolida no Departamento de Commented [FC2]: Usar foto da primeira bancada do
Marcel se possível, ou deixar esta e mudar o que escrevi na
Engenharia Mecânica UEM. Figura 4
Formatted: Font: 12 pt
Field Code Changed
Formatted: Font: 12 pt
Figura 4 – Bancada experimental para investigação do efeito torciocalórico, construída pelo engenheiro
Marcel Zanetti.

Fonte: adaptado de Marcel Zanetti. Formatted: Heading 9,Legenda de

1.2. Objetivos específicos


Com o intuito de avaliar o efeito torsiocalórico foi realizado o aperfeiçoamento da
bancada experimental. Um esboço preliminar da bancada inicial já existente é mostrado na
Figura 4.

Figura 4 - Esboço preliminar do projeto da bancada realizada no Departamento de Engenharia Mecânica


da UEM.
Fonte: Marcel Zanetti, 2019. Commented [FC3]: Retirar tópico 1.2
2. REVISÃO BLIBIOGRÁFICA

2.1. Efeitos i-calóricos


O resfriamento no estado sólido tem se baseadose baseia em efeitos i-calóricos, no qual
e tem sido uma alternativa considerada promissora para futuros projetos envolvendo troca de
calor. Dependendo da forma de aplicação de campo, podemos categorizar este efeito como
eletrocalórico (e-CE), magnetocalórico (h-CE) e mecanocalórico (σ-CE).
A princípio, os efeitos i-calóricos surgem devido ao distúrbio de um grau de liberdade Commented [FC4]: Não entendi

em sólidos que pode ser suprido devido a um campo externo que conduz um estado de ordem
para desordem. Durante esse processo, ocorre mudanças de entropia isotérmica (ΔST) e
mudança de temperatura adiabática (ΔTS), registrada a partir das propriedades de cada material.
Para o efeito eletrocalórico, o campo elétrico é responsável pela transição ferroelétrica
para paraelétrica, gerando uma variação de entropia (SCOTT, 2011). Já no efeito
magnetocalórico, o campo magnético é responsável pela transição nas proximidades da região
ferromagnética para paramagnética, na qual este, pode efetivamente suprir a desordem dos
momentos magnéticos, os quais são responsáveis pela mudança de entropia (FRANCO et al.,
2018).
O efeito mecânicocalórico tem como princípio a ação de forças mecânicas e são
classificadas em três tipos, sendo eles o efeito elastocalórico, barocalórico e torsiocalórico. No
efeito elastocalórico (σe-CE) a alteração de temperatura é gerada a partir do alongamento do
material, já no efeito barocalórico (σb-CE) a mudança de temperatura adiabática é induzido
pela aplicação de estresse mecânico isotrópico (pressão isostática) e no efeito tosiocalórico (σt-
CE) observa-se a variação de temperatura com a aplicação de tensão de torção (IMAMURA et
al., 2018). Os esforços para os efeitos mecanocalóricos são representados na Figura 5Figura 5.
Figura 55 - Efeitos mecanocalórico: a) Efeito elastocalórico; b) Efeito barocalórico; c) Efeito
torsiocalórico.

Fonte: Adaptado (IMAMURA et al., 2018).

Os efeitos i-calóricos são classificados de acordo com o tipo de campo que atua sob um
determinado material que apresenta sensibilidade a este. Os processos de variação de
temperatura e entropia são similares, porém cada efeito tem suas peculiaridades.

2.1.1. Efeito magnetocalórico


O efeito magnetocalórico ou EMC, foi observado pela primeira vez pelo físico alemão
Emil Warburg em 1881, ao perceber que um material magnético quando aproximado de um
forte imã sofre um aquecimento (''Magnetische Untersuchungen'' - Emil Take, 2006). Já em
1926, Peter Debye propôs a refrigeração magnética através do efeito chamado de
desmagnetização adiabática (AMERICAN; MAR, 2005). Este efeito é conduzido a partir dea
propriedade intrínseca dos materiais, eno qual se apresentam curvas características dana
mudança de temperatura com apela variação do campo magnético. Alguns materiais
apresentam o chamado efeito magnetocalórico gigante que consiste em uma intensa variação
da temperatura no processo adiabático ou de uma variação de entropia acentuada no processo
isotérmico.
O processo adiabático (ou isoentrópico) é caracterizado pelo isolamento do material
magnético do ambiente, não havendo troca de calor. Ou seja, à medida que o campo magnético
é aplicado ao material, sua temperatura irá variar. Quando o campo é retirado, a temperatura do
material magnético diminui. Ao contrário do processo anterior, no processo isotérmico, o
material não é isolado e estará em contato térmico com o ambiente.

2.1.2. Efeito eletrocalórico


O efeito eletrocalórico é definido como a variação de temperatura adiabática de um
material dielétrico polar quando submetido à variação de um campo elétrico externo. Este efeito
foi descoberto por Kobeco & Kurtshatov em 1930, ao estudarem as propriedades elétricas do
Sal de Rochelle (KOBEKO, 193096).
O princípio básico do efeito eletrocalórico pode ser explicado devido ao acoplamento
dipolo-rede. No qual, ao se aplicar um campo elétrico em um material polarizável seus dipolos
elétricos serão alinhados devido à presença deste campo. Esse alinhamento provocará uma
mudança na entropia associada a esses dipolos. Assim, para que a entropia desse sistema se
mantenha constante, uma variação da entropia daa rede também ocorrerá e será proporcional a
variação de entropia associada aos dipolos, o que provocará uma variação na temperatura
adiabática do material testado.

2.1.3. Efeito mecanocalórico


O primeiro artigo registrado sobre o efeito macanocalórico é datado do ano de 1805,
onde John Gough observou o efeito de aquecimento na borracha natural, quando esta é esticada
rapidamente (GOUGH, 1805). Visto esta inovação, Joule aprofundou o estudo de materiais e
também outras classes com propriedades semelhantes (DART; GUTH, 1945). Em
consequência disso, ambos os cientistas descreveram o efeito que hoje é conhecidoa como
efeito elastocalórico, pela qual é o primeiro efeito i-calórico já relatado.
O efeito mecanocalórico é caracterizado a partir de um estresse mecânico aplicado a um
determinado material, que no qual este sofre uma variação de entropia de rede devido ao campo
aplicado de tensão. Isso acarretará na variação na temperatura adiabática de cada material. Este
efeito é classificado em três tipos, sendo eles: elastocalórico, barocalórico e torsiocalórico.
 Efeito elastocalórico
Os materiais elastocalóricos são sólidos capazes de sofrer transformações de fase
reversíveis induzidas por um estresse de elongação, durante as quais o calor latente é liberado
ou absorvido. O efeito elastocalórico ocorre quando a tensão uniaxial é aplicada ou
removida. Tendo Obtem -se como resultado a diferença de entropia entre as duas fases
coexistentes, ocasionando posteriormente uma diferença de temperatura (SCHMIDT et al.,
2016).
 Efeito barocalórico
O efeito barocalórico envolve uma mudança na entropia do material quando há mudança
no campo externo de forças isostáticas em um processo isotérmico ou uma mudança na
temperatura se o material é excitado sob condições adiabáticas. A mudança adiabática no
atributo do material leva a um aumento ou diminuição da temperatura dependendo da natureza
da mudança induzida (IMAMURA et al., 2018). Commented [FC5]: Fonte

 Efeito torsiocalórico Commented [FC6]: Está sem citação

A natureza do campo externo necessária para produzir um efeito calórico aparente varia
para diferentes classes de materiais. Para este efeito, a entropia do material muda com a
aplicação de um campo de tensões torcionais (THOMSON, 1875)(REID, 1785).

2.2. Materiais Mecanocalórico


A pesquisa de materiais com propriedades mecânicas para observar o efeito
mecanocalórico, tem sido uma alternativa promissora para o desenvolvimento de futuras
tecnologias. Tais esforços mecânicos, como tração, compressão isotrópica e torção geram um
campo de tensões que acarretam na mudança de entropia dos materiais.
Para análise do efeito torsiocalórico, os materiais (Figura 6a ) passarão por aplicação do
esforço de torção como mostrado na Figura 6 b ao meio. Porém, dependendo do comprimento Field Code Changed

do material e do ângulo de rotação ocorre a instabilidade de torção, ilustrada na Figura 6 c a Field Code Changed

direita, onde percebe-se que há formação de nós ao longo do material. Desta forma faz-se
necessária a tensão de tração para amenizar a influência do enrolamento e formação de nós nas
amostras (CIARLETTA; DESTRADE, 2014).

Figura 6 - Efeito da torção em uma haste de poliuretano cilíndrico. Formatted: Heading 9,Legenda de
a) amostr b) amostra sob torção c) enrolamento Formatted: Heading 8,Escrita, Centered

Fonte: Adaptado de (CIARLETTA; DESTRADE, 2014).

Formatted: Border: Between : (Single solid line, Auto,


Figura 6 - Efeito da torção em uma haste de poliuretano cilíndrico. a) amostra b) amostra sob torção c)
0.5 pt Line width, From text: 1 pt Border spacing: ), Bar
enrolamento. : (Single solid line, Auto, 0.5 pt Line width), Box: (Single
solid line, Auto, 0.5 pt Line width)
Fonte: Adaptado de (CIARLETTA; DESTRADE, 2014).

Antes de apresentar os materiais que se adequam ao efeito mecanocalórico, é importante


ressaltar a propriedade, nas qual este apresenta e se diferencia em relação aos outros tipos de
materiais. Para isso, é necessário o entendimento entre os tipos de memórias elásticas.
Para compreender o efeito elastocalórico, a diferença entre os mecanismos de
deformação, bem como, as diferenças entre materiais convencionais e ferroelásticos deve ser
entendida. Existem dois tipos de respostas elásticas; que são a elasticidade por tensão e a
elasticidade entrópica. A maioria dos metais, cerâmicas e vidros são caracterizados sob
elasticidade por tensão, que possuem dois atributos associados distintos da elasticidade por
entropia. A elasticidade por tensão é primeiramente caracterizada por uma relação inicialmente
linear entre a tensão e a deformação. Acima deste limite elástico o material passa a sofrer uma
deformação permanente (denominada “deformação plástica”), ou então fratura quando
submetido a uma tensão que excede o seu limite de deformação máximo. Deve ser notado que
a magnitude do módulo de elasticidade é uma característica do material e é dependente da
temperatura. A Figura 7Figura 7a mostra uma resposta típica de tensão-deformação para um
metal dúctil sob diferentes temperaturas para a deformação elástica devido a força aplicada.
Observa-se que o módulo de elasticidade reduz-se com o aumento da temperatura.
Existem dois tipos de respostas elásticas, sendo elas: elasticidade por tensão e a
elasticidade entrópica. A elasticidade por tensão é caracterizado por haver uma relação
inicialmente linear entre o diagrama de tensão-deformação, no qual se aplica a lei de Hooke,
até o módulo elástico de cada material. Acima deste limite elástico o material passa a ter uma
deformação permanente denominada de deformação plástica podendo haver fratura quando
atingido o seu limite de escoamento, e é dependente de sua temperatura como visto na Figura
7. Caracteriza- se por possuir estas propriedades os materiais metálicos, cerâmicos e vidros.
Observa-se que o módulo de elasticidade se reduz com o aumento da temperatura.
Os materiais com propriedade relacionada a elasticidade entrópica relacionam a
deformação elástica com a alteração na estrutura do parâmetro de rede do material, que é uma
função da temperatura e da força aplicada. Este tipo de elasticidade apresenta um ciclo de
histerese em seu diagrama tensão-deformação (FUKUHARA; INOUE; NISHIYAMA, 2006;
HOLZAPFEL; SIMO, 1996). Tal diagrama apresenta comportamento não linear, no qual a lei
de Hooke não pode ser aplicada, e o carregamento e descarregamento de força tem caminho
distintos. A relação de energia pode ser encontrada pela área da histerese, quanto no seu
carregamento e o trabalho realizado pelo seu descarregamento. Como pode ser observado na
Figura 8Figura 8. Na elasticidade por entropia, pode-se perceber que o módulo de elasticidade
aumenta com a temperatura, em oposição aos materiais com elasticidade por tensão (H.Y.KIM
et al., 2004; WEI; XINQING, 2009).

Figura 77 - Diagrama de tensão deformação para Figura 88 - Diagrama de tensão deformação para
material dúctil. material elastoentrópico.

Fonte: Adaptado de (CHAUHAN et al., 2015a) Fonte: Adaptado de (CHAUHAN et al., 2015a)

Com base na diferença entre os tipos de memórias elásticas, os materiais


mecanocalóricos em estudo, tem como propriedade principal possuir elasticidade entrópica. As
classes principais de materiais para experimento mecanocalóricos são: os polímeros
elastômericos e as ligas de mémoria de forma (SMA).
Formatted: Heading 8,Escrita
2.2.1.2.3. Polímeros Elastoméricos
Os elastômeros são únicos porque podem ser facilmente esticados em grande percentual
do seu tamanho original sem deformação permanente apreciável. Materiais poliméricos podem
ser classificados basicamente em dois tipos: ramificados e de cadeia linear. Entre estes, os
materiais poliméricos ramificados podem ser classificados como fortemente vinculados, de
média ou de baixa ligação. Elastômeros são classificados como polímeros com um número
médio de ligações cruzadas ao longo das cadeias do polímero (CAPSAL et al., 2013).
A capacidade de deformação em altos níveis e a correspondente deformação gigante é
o resultado de cadeias de polímero que são capazes de girar reversivelmente em torno das
ligações de cadeia (ligações cruzadas) (CHAUHAN et al., 2015b).
Um esquema do mecanismo é mostrado na Figura 9Figura 9. Em um estado não
tensionado, as cadeias de polímero são alinhadas aleatoriamente e as ramificações são
distribuídas uniformemente. No entanto, como o material é esticado, as cadeias de polímero
tendem a se alinhar na direção da carga e os segmentos moleculares são separados uns dos
outros na direção de deformação. Assim, em um nível molecular, pode-se dizer que a entropia
diminui à medida em que o estado de ordem aumenta. De acordo com a segunda lei da
termodinâmica, se o volume e a energia interna de um sistema permanecerem constantes, a
entropia desse sistema permanecerá constante. Assim, quando um campo externo é aplicado a
um material elastoentrópico, ele aumenta o nível de ordem na cadeia, mas diminui a entropia
molecular, isso resulta no estado deformado metaestável. Para compensar a redução da entropia,
o calor passa a ser liberado durante a deformação. Após a remoção do campo externo, o material
tenderá a reverter para o estado de entropia mais alto e retornará para um estado não deformado,
enquanto absorve calor do ambiente (CHAUHAN et al., 2015b) como mostrado na Figura
9Figura 9. Commented [FC7]: Faltando citar a fonte, de onde veio
Figura 99 - Comportamento termoelástico da borracha natural sob aplicação de tensão uniaxial. A figura
ilustra a orientação das cadeias de polímeros e suas ligações cruzadas (a) em condições normais, (b) sob
o carregamento e (c) descarregamento da tensão. A entropia relacionada ao efeito i-calórico dos
diferentes estados também foi apresentada.

Fonte: Adaptado (CHAUHAN et al., 2015b).

Grande parte dos materiais estudados no experimento mecanocalórico são polímeros


elastoméricos, pelo fato de possuírem características adequadas na realização dos testes.
Materiais como a borracha nitrílica (NBR), teflon, PDMS e o látex são exemplos de polímeros
elastoméricos.
 Borracha nitrílica
A borracha de acrilonitrilo butadieno, mais conhecida por Borracha Nitrílica, é um
copolímero com cadeias ramificadas apresentando a fórmula molecular (C7H9N)n. Pode
considerar-se uma borracha de uso geral, istó é no qual é proeminente devido a sua não-
toxidade, sustentabilidade e baixo custo, apresentando também a suauma longa vida a fadiga.
Possuiem boa resistência à rotura, sendo esta, variando de 7 à 21 MPpa, (XIE; SEBALD; Commented [FC8]: Rotura?

GUYOMAR, 2016).
 Teflon
O politetrafluretileno é um polímero conhecido como teflon, onde comapresenta a
substituição de átomos de hidrogênio por átomos de flúor apresentando cadeias ramificadas,
sua fórmula estrutural é (C2F4)n. A principal virtude deste material é que este ser é inerte paraa
qualquer substância, não reage com outras substâncias químicas, exceto em situações muito
especiais. Isto se deve basicamente à proteção dos átomos de flúor sobre a cadeia carbonada. A
reduzida reatividade permite que a sua toxicidade seja praticamente nula sendo, também, o
material com o terceiro menor coeficiente de atrito de todos os materiais sólidos conhecidos.
Outra característica é sua impermeabilidade mantendo, portanto, suas propriedades em
ambientes úmidos (AS; FEP; AS, 2015[s.d.]). Commented [FC9]: Fonte

 PDMS
Dimetil polissiloxano é uma cadeia de polímeros lineares de siloxano totalmente
metilados, constituídos por unidades de fórmula ((CH3)2SiO)n. Quimicamente o PDMS é
considerado inerte, termicamente estável, permeável a gases, sendo ainda facilmente
manuseado à temperatura ambiente. Trata-se de um material que apresenta propriedades
isotrópicas e homogéneas assim como reduzidos custos (Mata, et al., 2005).
 Látex
O cis-poliisopreno, ou látex, é obtido a partir de seringueiras. O prefixo CIS significa
que todas as ramificações estão voltadas para o mesmo lado, sua fórmula molecular é (C5H8)n.
A síntese dessa borracha é feita com catalisadores Ziegler – Natta em hexano a 50°C. A
classificação da borracha natural como polímero é de elastômero ramificado. Essa classe tem
características bem marcantes, como alta deformação e a capacidade de retornar a sua forma
após a deformação (GAO; ZARE, 2017). Commented [FC10]: Fonte

2.2.2.2.3.1. Ligas de memória de forma (SMA)


As ligas de SMA têm a capacidade de voltar à sua forma original após serem submetidas
a uma deformação permanente (MAÑOSA et al., 2009) e são tipicamente usadas em várias
aplicações. Ao serem submetidas a uma carga mecânica suficientemente grande as SMAs são
capazes de produzir uma deformação plástica estável por um processo de formação de maclas.
Contrariamente à deformação plástica de um metal convencional onde há alterações na ordem
atômica devido ao movimento de deslocamento. Após o aquecimento da fase martensítica
deformada, uma transição estrutural sem difusão da martensita para a fase austenítica ocorre.
Isso pode ser visto com relação à temperatura na Error! Reference source not found. em que
a austenita inicial é denotada por AS e a final por Af. Esta mudança de fase leva à forma original
do SMA sendo recuperada. A fase austenítica tem um alto grau de compactação e assim, oferece
maior limite de elasticidade em comparação com a fase martensítica (OTUBO et al., 2008;
REPORT, 2002; WU; WAYMAN, 1987). Com o metal resfriado até sua temperatura inicial,
há um retorno para a fase martensítica e uma transição típica da temperatura de fase é verificada.
Na Figura 10Figura 10Error! Reference source not found., a temperatura de formação inicial
da estrutura martensítica é MS, e a final MF. Este ciclo pode ser repetido algumas vezes
(MAÑOSA et al., 2009).

Figura 1010 - Diagrama de mudança de fase


para a liga de memória de forma (SMA).

Fonte: Adaptado de (CHAUHAN et al., 2015b).

A fase austenítica da SMA possui um estado de ordem superior quando comparada com
a martensítica e, portanto, uma menor entropia. Este resultado, com fase austenítica sendo
menos estável do que a fase martensítica, faz com que quando resfriada a fase martensítica seja
restaurada (REPORT, 2002; WU; WAYMAN, 1987). Uma vez que a transformação de fase é
sem difusão, sua natureza é reversível, bem como a rotação das cadeias de polímeros, no caso
dos elastômeros. Tais transformações são conhecidas como transições de primeira ordem
(BOYD; LAGOUDAS, 1996) e são responsáveis pela produção do efeito elastocalórico nestes
materiais. As ligas SMA exibem histerese durante o carregamento e descarregamento de tensão
e os diagramas de tensão-deformação estão indicados na Figura 10Figura 10. A transição de
fase no material não é acentuadamente definida e ocorre ao longo de uma faixa de temperaturas
que podem variar com a composição do material (WU; WAYMAN, 1987). Esta diferença nas
temperaturas de formação de fase inicial e final criam uma zona de transição e nesta região a
SMA exibe comportamento pseudoelástico (REPORT, 2002).

2.4. Maquinas e Métodos de medidas para o efeito mecanocalórico Commented [FC11]: Escreve alguma coisa aqui, tipo,
neste tópico se apresentam os equipamentos e os métodos
2.3. Neste tópico se apresentam os equipamentos e métodos utilizados para medição utilizados para medicção do efieto mecanocalórico Para um
melhor entendimento estaremos dividindo o efeito em
do efeito mecanocalórico. Para melhor entendimento estaremos dividindo este tópico em duas barocalórico, elastocalórico e torsiocalórico.

partes, sendo estas: a metodologia de verificação do efeito barocalórico e do efeito Formatted: Heading 8,Escrita

elastocalórico.

2.3.1.2.4.1. Efeito barocalórico


Os experimentos barocalóricos para medição do efeito barocalórico foram realizados no
Laboratório de Materiais i-Calóricos (LMiC), localizado no LNLS (Laboratório Nacional de
Luz Síncrontron), em Campinas. O equipamento consiste em uma câmara de pressão envolta
por uma serpentina de cobre, demonstrado na Figura 11Figura 11, onde está, foi desenvolvida
no próprio LMiC. A circulação de fluidos pela serpentina com a combinação das resistências
elétricas, permitem a variação da temperatura do aparato no intervalo de -70° a 100° C. A carga
é aplicada por meio de uma prensa hidráulica manual de 15.000 kgf. As variações de
temperatura são medidas através de termopares inseridos na amostra e na câmara de pressão, e
uma célula de carga é responsável pela aferição da força aplicada.

Figura 1111: Ilustração esquemática da vista em corte da câmara de alta pressão.

Fonte: Adaptado de (IMAMURA et al., 2018).

O efeito barocalórico é demonstrado a partir do diagrama baseado em processos de


compressão/descompressão descrito na Figura 12. Onde a câmara representa o refrigerante
sólido (polímero). Ti é a temperatura inicial do sistema, Tquente refere-se ao aumento de
temperatura após a compressão adiabática, e Tfria representa a queda de temperatura após a
descompressão adiabática. Entre os processos de compressão e descompressão, o sistema troca
calor com o meio, retornando a Ti.

Figura 1212: Representação esquemática do ciclo barocalórico, baseado em processos de compressão


confinada e descompressão.

Fonte: Adaptado de (IMAMURA et al., 2018).

2.3.2.2.4.2. Efeito elastocalórico


A configuração experimental , mostrada na Figura 13 (consulte a Figura 9) é equipada
com um acionamento direto linear (LM 1418, ESRPollmeier) para carregar e descarregar a
amostra. A velocidade do atuador linear pode ser ajustada com uma ampla variedade. Amostras
com um comprimento típico de 90 mm podem ser testadas em taxas de 1105 s 1 e 1 s 1.
A força máxima contínua do atuador é de 1,2 kN e permite a investigação de amostras
com uma secção transversal de até 1,6 mm2 a uma tensão máxima de 750 MPa, suficiente para
alcançar a transformação completa sob quaisquer condições ambientais. A fonte de calor e o
dissipador de calor no nível inferior da configuração permite a investigação do material sob
condições de processo simuladas. Levantada por um dissipador de calor ou calor do cilindro
pneumático (ADGF-40, Festo).
As fontes são colocadas em contato com a amostra. O movimento de um segundo
atuador linear em o nível inferior alterna entre a transferência de calor da amostra para o
dissipador de calor, respectivamente. A configuração foi projetada para medição abrangente
dos valores do processo em todas as fases do processo de resfriamento. A câmera infravermelha
(Image IR 9300 InfraTec) mede a distribuição de temperatura na superfície da amostra bem
como no dissipador de calor e fonte. Além disso, dois Pt-100, termopares integrados com
sensores são usados para medir as temperaturas do núcleo do dissipador de calor e fonte. Duas
células de carga são usado para medir a força do corpo de prova e a força de contato entre a
amostra e o dissipador de calor e a fonte de calor (SCHMIDT et al., 2016), como mostrado na
Figura 13.

Figura 1313 - Ilustração esquemática da máquina para avaliar o efeito elastocalórico.

Fonte: Adaptado de (SCHMIDT et al., 2016).

2.4.2.5. Máquinas de Torção existentes


As máquinas ligadas ao ensaio de torção são elaboradas de quatro recursos principais:
aplicação do torque no corpo de prova concebido pelo sistema de acionamento; o de fixação do
corpo de prova; a medição do ângulo de torção e a medição do torque.
Existem diversos modelos comercias para esse tipo de equipamento. A Figura 14 mostra
um aparelho com capacidade máxima de 30 N.m e com acionamento manual.

Formatted: Heading 8,Escrita

Figura 1414 – Modelo WP 500 do fabricante Gunt Hamburg.

Fonte: Gunt Hamburg.

Outros equipamentos para análise de torção estão disponíveis no mercado e podem ser
visualizadostos nas Figura 15 e Figura 16. O preceito de funcionamento é o mesmo do descrito
na máquina da Figura 14, a diferença é encontrada no sistema de medição do ângulo de torção
e de torque.

Figura 1515– Equipamento de pequeno porte do fabricante TeqQuipment.


Fonte: Biopdi, 2019.

Formatted: List Paragraph,Fonte

Figura 1616 – Equipamento de pequeno porte, modelo SM1001, da TeqQuipament.

Fonte: Biopdi, 2019.

Para se realizar de maneira rápida, eficaz e precisa a análise de torque e torção de


diversos tipos de amostras e corpos de provas foi criado a máquina de ensaio de torção. A
máquina de ensaio de torção Biopdi possui duas versões distintas sendo uma delas a Básica
(utilizada em conjunto com a Máquina de Ensaio Universal) e a outra a Completa
(funcionamento independente) como mostrado naas Figura 17 e Figura 18Figura 18.

Figura 1717 – Máquina de Ensaio de Torção Básica.

Fonte: Biopdi, 2019.

Figura 1818– Máquina de Ensaio de Torção Completa.

Fonte: Biopdi, 2019.


2.5.2.6. Valores obtidos para outros efeitos
Na análise associada à borracha natural, para o experimento elastocalórico, o
experimento contou com um aumento de 400% no alongamento de seu comprimento inicial,
obtendo um aumento na temperatura de 3 K (CAPSAL et al., 2013). Já para o efeito
barocalórico os resultados encontrados de temperatura alterando a pressão utilizando a borracha
natural, foi pesquisado (CARVALHO et al., 2018) e detectou um acréscimo de 25 K em relação
a temperatura inicial com uma pressão máxima de 390 MPa. Neste ensaio foi relatado uma forte
dependência do valor da temperatura inicial e da pressão aplicada para encontrar o valor da
temperatura final, após aplicação de pressão no processo adiabático.
Polímeros à base de Fluoreto de Polivinilideno (PVDF) foram avaliados quanto aos
efeitos elastocalórico e barocalórico. Os corpos de prova foram submetidos a cargas uniaxiais
de tração e cargas hidrostática, respectivamente. Com o uso de um perfil de tensão resultante
(função da temperatura) para prever a variação da temperatura, obtiverameve-se os seguintes
resultados: um pico de efeito elastocalórico de 1,8 K foi observado em 298 K (15 MPpa) e
alternativamente, um grande efeito barocalórico de 6 K foi visto em 300 K (200 MPpa). De
acordo com o artigo, espera-se desses resultados, benefícios para o campo da refrigeração
ferroelétrica em estado sólido e que abram outro horizonte para a futura exploração de efeitos
multicalóricos em polímeros ferroelétricos (PATEL; CHAUHAN, 2016). Commented [FC12]: Fonte

Para fins comparativos, dado visto que muitos inúmeros materiais vêm sendo avaliados
para testes dos efeitos i calóricos em geral, como a pesquisa e fabricação de materiais de terras
raras para identificação do efeito magnetocalórico e filmes finos de materiais para detectar o
efeito eletrocalórico, será abordado nesse parágrafo alguns resultados que vem sendo obtido
para esses efeitos. No efeito magnetocalórico a liga de Gd5(Si2Ge2), no qualque possui o
denominado efeito magnetocalórico gigante, obteve resultados consideráveis, com variação de
temperatura de 10 K na aplicação de um campo magnético de 5 T (HOLZAPFEL; SIMO, 1996).
Já para o efeito eletrocalórico o resultado observado ao aplicar uma campo elétrico de 776
kV/cm, com uma voltagem tensão de 25 V, em um capacitor preenchido com filmes finos de
Pb(Zr0,95Ti0,05)O3, foi a variação de 12 K de temperatura (RIES; PORTO, 2010).
3. METODOLOGIA
Para o correto desenvolvimento de um equipamento, o processo de projeto precisa ser
planejado cuidadosamente e executado sistematicamente. Portanto, é imprescindível a
utilização de um procedimento sistemático, capaz de integrar e otimizar os diferentes aspectos
envolvidos no projeto, se adequando a várias tecnologias existentes. Desta forma, para o
aperfeiçoamento da máquina para medição do efeito torsiocalórico se empregou uma adaptação
da metodologia alemã para o Desenvolvimento de Projetos elaborada por Pahl e Beits. A
metodologia foi dividida nas etapas de Projeto Informacional e Conceitual e suas adaptações
serão descritas posteriormente nos tópicos que seguem.

3.1. Projeto Informacional


Segundo a metodologia de Pahl e Beits, a etapa de projeto informacional consiste na
identficação do problema e elaboração de uma lista de exigências, neste caso, a lista de
exigências será denominada lista de necessidades para aperfeiçoamento.
O projeto consistiu no aperfeiçoamento de máquina para testes já desenvolvida por
Marcel (2019), a bancada projetada pode ser evidenciada na Figura 19. Na Figura 20 está apresentada
uma vista isométrica do equipamento existente com identificação de suas partes constituintes. Para um Field Code Changed
melhor entendimento, estas partes constituintes foram identificadas na Fonte: Adaptado de Marcel
Zanetti, 2018.

Tabela 1Tabela 1. Com a máquina devidamente definida, passou – se para a


identificação do problema. Para isso, foram realizados testes de funcionamento de bancada. Os
testes foram conduzidos com aplicação de torques, medidos pelo transdutor de torque e amostra
de Borracha de Nitrilo Butadiento – NBR. Os torques aplicados foram de 0,1 a 0,8 N.m (com
incremento de 0,1N.m), este limete superior foi adotado para não se danificar o transdutor de
torque que trabalha na faixa de medida de 1 N.m. A amostra de NBR utilizada possuía as
medidas de 100 mm de comprimento e 12 mm de diâmetro. Duas possibilidades de
funcionamento foram testadas, fase 1: esforço de torção na amostra e fase 2: esforço combinado
de torção e tração na amostra.
Figura 1919 - Bancada Existente.

Fonte: Adaptado de Marcel Zanetti, 2018.

Na fase 1, a torção pura na amostra foi aplicada por um motor de passo, Nema 34, que
tinha como função rotacionar o mandril, onde se encontrava presa a amostra. O motor gerava
um torque, que era transmitido a partir de seu eixo, a um transdutor de torque que tinha como
finalidade medir o torque aplicado na amostra. O torque entre os eixos era transmitido por meio
de acoplamentos.
Na fase 2, o efeito combinado deveria ser transmitido para a amostra de NBR. O esforço
de torção foi transmitido de forma equivalente a fase 1, no entanto, este esforço seria submetido
em conjunto com o efeito de tração. O efeito de tração foi conseguido por meio de um motor
de passo Nema 34 que transmitia o torque para um fuso com objetivo de transformar o
movimento de rotação em linear. Uma estrutura móvel foi adaptada sobre o fuso, isto permitiu
o deslocamento linear do mandril (Fixado na estrutura móvel) localizado na extremidade oposta
ao sistema de aplicação de torção.
A partir da execução do procedimento da fase 1 foi possível identificar os seguintes
problemas:
I. Empenamento da base; Commented [FC13]: Editem corretamente aqui, não sei
que merda fizeram que não consigo trabalhar no texto.
II. Mandril deslocava –se angularmente devido a folga no trilho assim que a
amostra era sujeitada ao torque;
III. Desalinhamento entre os eixos dos Mandris que prendiam a amostra devido a
carga excessiva suportada pelo Mandril pertencente ao sistema de transmissão
de torção a amostra.
IV. Falta de alinhamento paralelismo entre trilho e base (montagem incorreta do
trilho).
Na fase 2 foi possível identificar o seguinte problema:
I. Com a presença da carga axial sobre o acoplamento que unia os eixos do motor
e do transdutor que se desmontou ao ser submetido ao esforço de tração.
Os problemas identificados nas fases 1 e 2 são verificados na Figura 21.

Figura 2020 – Desenho técnico do projeto do Engenheiro Marcel Zanetti.


Commented [FC14]: Retirar bordas da Figura

Fonte: Adaptado de Marcel Zanetti, 2018.

Tabela 1– Partes constituintes do projeto desenvolvido por Marcel Zanetti.


N° DO COMPONENTE DESCRIÇÃO QUANTIDADE Formatted: Font: 12 pt
ITEM
1 Suporte do Motor de Tração Chapa dobrada 4 mm com reforço 1 Formatted: Font: 12 pt
2 Acoplamento Acoplamento com furação para eixo 1 Formatted: Font: 12 pt
de 12 mm e 14 mm
3 Limitador para Carruagem Chapa dobrada 4 mm com reforço 1 Formatted: Font: 12 pt
4 Suporte da Carruagem Chapa dobrada 4 mm com reforço 1 Formatted: Font: 12 pt
5 Eixo com Flange Eixo interno com flange 1 Formatted: Font: 12 pt
6 Eixo do Mandril Estático Eixo externo com flange para 1
Formatted: Font: 12 pt
mandril
7 Eixo do Mandril Rotativo Eixo com flange para mandril 1 Formatted: Font: 12 pt
rotativo
8 Acoplamento 2 Acoplamento com furação de 9.53 1 Formatted: Font: 12 pt
mm (3/8") e 15 mm
9 Suporte Transdutor Chapa dobrada 4 mm com reforço 1 Formatted: Font: 12 pt
Dinâmico
10 Acoplamento 3 Acoplamento com furação de 14 mm 1 Formatted: Font: 12 pt
e 15 mm
11 Suporte do Motor de Passo Chapa dobrada 4 mm com reforço 1 Formatted: Font: 12 pt
Fonte: Autoria própria.
Após a identificação destes problemas, a bancada foi encaminhada para o Laboratório
Nacional de Luz Sincronton - LNLS, para realizar um novo teste e verificar a existência de
possíveis problemas pela sua equipe. Os testes executados pela equipe de pesquisadores do
LNLS foram executados em conjunto com grupo de TCC. A máquina foi agora submetida a
testes na fase 3, e se levou para teste uma amostra de latex com 3,5 cm de diâmetro e 10 cm de
comprimento. No experimento, inicialmente o corpo de prova foi fixado aos mandris.
Diferentemente das fases 1 e 2 foi adicionada uma pré-carga de tração no material e termopares
foram fixos na amostra por meio de uma fita de poliuretano, com o objetivo de obter valores de
temperatura. A amostra foi então sujeitada aos esforços combinados. A coleta de dados foi feita
por meio de uma programação em Phyton®.
Com a fase 3 finalizada foram identificados os seguintes problemas:
I. Falta de Controle de ângulo de torção;
II. Falta de Controle de tração.

Figura 2121- Problemas encontrados na bancada fase 1 e 2.

Fonte: Adaptado Marcel Zanetti, 2018.

Com os problemas totalmente indetificadosidentificados elaborou –se a lista de Formatted: Indent: First line: 0"

necessidades de aperfeiçoamento conforme indicado no Quadro 1Quadro 1.

Quadro 1 – Lista de necessidades de aperfeiçoamento.


Necessidades de Aperfeiçoamento Justificativa Formatted: Font: 12 pt
Manter paralelismo entre componentes que
Base do equipamento Formatted: Font: 12 pt
constituem a bancada
Manter a carga devidamente posicionada sem Formatted: Centered
Elementos de Sustentação que efeitos de flexão sejam sentidos gerando Formatted Table
desalinhamento Formatted: Font: 12 pt
Os acoplamentos devem ser devidamente
Formatted: Centered
Elementos de Transmissão de potencia selecionados para que suportem ambas as
cargas, torção e compressão Formatted: Font: 12 pt
Evitar influência da torção sobre o sistema Formatted: Centered
Sistemas de deslocamento linear linear assim que o torque é transmitido para a Formatted: Font: 12 pt
amostra
Formatted: Centered
Necessários para que o experimento seja
Sistemas de controle executado sempre segundo as mesmas Formatted: Font: 12 pt
condições Formatted: Centered
Fonte: Autoria própria.

Com a lista de necessidades de aperfeiçoamento obtida passou –se a etapa de projeto


conceitual.

3.2. Projeto Conceitual


Segundo a metodologia de Pahl e Beits na etapa de projeto conceitual deve –se separar
a função global da máquina em sub-funções para assim encontrar possíveis soluções. A
adpatação na metodologia deste TCC englobou o fato de que foi considerada uma função
problemas de funcionamento global, que foi subdividida de acordo com a lista de necessidade
de aperfeiçoamento.
Logo a função problema de funcionamento foi subdividida em necessidades de
aperfeiçoamento conforme mostrado no Quadro 2.

Quadro 2 – Subdivisão da função problema de funcionamento.

Subdivisão da Função Problema de funcionamento Formatted: Font: 12 pt


Formatted: Left
Empenamento da base da bancada
Formatted Table
Controle de tração Formatted: Font: 12 pt
Formatted: Left
Controle de ângulo
Formatted: Font: 12 pt
Desencaixe do acoplamento pela tração Formatted: Left
Formatted: Font: 12 pt
Instabilidade no sistema de transmissão devido ao torque
Formatted: Left
Carga excessiva no eixo do mandril Formatted: Font: 12 pt
Fonte: Autoria própria. Formatted: Left

Com a subdivisão determinada, foi possível então passar a etapa de se encontar soluções Formatted: Font: 12 pt
Formatted: Left
para o aperfeiçoamento da bancada de teste do efeito torsiocalórico.
Formatted: Font: 12 pt
 Empenamento da base da bancada Formatted: Left
O objetivo de se corrigir o empenamento da base levou a consideração de estabilidade
da máquina de testes, pois suas configurações de projeto deveriam ser mantidas durante não
somente a execução dos experimentos, mas também, no decorrer dos anos. Para tal fim o grupo
verificou a possibilidade de aplicações de diferentes materiais. Duas condições necessárias
seriam, o paralelismo e a tolerância dimensional das furações presentes no corpo da base.
As soluções encontradas foram:
1 Bancada de aço;
2 Bancada de alumínio;
3 Bancada de madeira seca;
4 Bancada “sanduíche”.
 Sistemas de Controle
A solução para os sistemas de controle foi subdivida em duas partes: uma para controle
da força de tração e a outra para controle do ângulo de torção aplicado. Estes controles são
necessários para que os experimentos abedeçam a condições impostas para que os melhores
resultados possam ao final serem conseguidos.
Para o controle do ângulo de torção foram sugeridas as seguintes soluções:
1 Encoder Absoluto
2 Encoder Incremental
3 Para o controle da carga trativa aplicada no experimento, considerou –se como
possíveis soluções:
4 Célula de Carga com medição analógica
5 Célula de Carga com medição digital
 Desmontagem do acoplamento
O acoplamento, elemento necessário para transmissão do torque entre os eixos deveria
ser capaz de suportar cargas combinadas, torção e tração sem que desalinhamentos fossem
sentidos pelo sistema. As soluções possíveis foram:
1 Acoplamento flexível com elemento metálico intermediário
2 Acoplamento flexível com elemento elastomérico intermediário
3 Acoplamento rígido
 Instabilidade no sistema linear devido ao torque
O sistema deve ser estável para que não se alterem as condições em que o experimento
é executado, logo, o deslocamento angular excessivo nos elementos constituintes como do
projeto, como no caso, os trilhos não podem ser evidenciada. Para se resolver este problema,
foram propostas as soluções:
1 Duplo trilho
2 Eixo guia duplo
 Instabilidade no eixo do mandril devido a cargas excessivas
O eixo do mandril deveria ser capaz de suportar a carga que estaestá submetido sem que
sofra deflexão que prejudique o funcionamento da bancada de testes. Para se evitar esta
deflexão excessiva foi proposto pelo grupo a utilização de elementos de sustentação.
1 Mancal de deslizamento
2 Mancal de rolamento

3.2.1. Avaliação de Soluções


Nesta etapa realizou –se a avaliação das soluções para cada necessidade levantada de
forma individual, assim, se definiu uma lista de requisitos para cada um destes
aperfeiçoamentos.
 Empenamento da base da bancada
As soluções previamente encontradas foram agora avaliadas segundo a lista de critérios
de avaliação apresentada no Quadro 3.

Quadro 3 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento da base da bancada.


Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

A bancada será deslocada entre os laboratórios do CNPEM e


1 Menor massa Formatted: Font: 12 pt
por isso necessidade de uma massa reduzida.
Formatted: Centered
Tolerância A bancada necessita manter sua forma bem como a dimensão Formatted Table
2
dimensional de suas furações. Formatted: Font: 12 pt

3 Disponibilidade O material deve ser de fácil disponibilidade Formatted: Centered


Formatted: Font: 12 pt
4 Custo O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no projeto.
Formatted: Centered
Fonte: Autoria própria.
Formatted: Font: 12 pt
A avaliação foi realizada por cada membro do grupo e as notas para cada requisito foram Formatted: Centered

dadas obedecendo ao seguinte critério: Variação de 1 até 5, em que 1 se refere a um aspecto


muito ruim e 5 a um aspecto muito bom da solução com relação ao item avaliado. As notas
podem ser verificadas na Tabela 2. Os valores apresentados por cada Item correspondem a
média aritmética da nota estipulada por cada integrante para o item em verificação. A média
total corresponde a média aritmética dos Itens 1 a 4, o maior valor corresponde a melhor
solução.
Tabela 2 – Notas para avalição dos critérios de soluções para o empenamento da bancada.
Solução Item 1 Item 2 Item 3 Item 4 Média Formatted: Font: 12 pt

Aço 1 5 5 1 3,00 Formatted: Font: 12 pt

Alumínio 3 5 3 2 3,25 Formatted: Font: 12 pt

Madeira 5 2 5 5 4,25 Formatted: Font: 12 pt

Seca
Sanduíche 4 5 5 5 4,75 Formatted: Font: 12 pt

Fonte: Autoria própria.

Com base na avaliação, verificou –se que a solução mais viável é a de Sanduíche
(madeira sobreposta por chapas finas de aço) pois agrupa será capaz de apresentar qualidades
de ambos os materiais, assegurando a tolerância dimensional e geométrica, bem como uma
massa considerada próxima da madeira seca.
 Sistemas de Controle
Para um melhor entendimento o sistema de controle foi subdividido em controle de
ângulo de torção e de tração. Primeiramente foi avaliado o controle para ângulo de torção. As
soluções previamente encontradas foram agora avaliadas segundo a lista de critérios de
avaliação apresentada no Quadro 4.

Quadro 4– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de ângulo de


torção.
Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

O equipamento de medição deveria ser capaz de capturar as Formatted: Left

1 Sensibilidade medidas necessárias de acordo com sua faixa de aplicação de Formatted: Font: 12 pt

carga Formatted: Centered


Formatted Table
O equipamento deveria se adequar aos materiais disponíveis
2 Adequação Formatted: Left
no laboratório para coleta de dados
Formatted: Font: 12 pt
O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no Formatted: Centered
3 Custo
projeto. Formatted: Left

Fonte: Autoria própria. Formatted: Font: 12 pt


Formatted: Centered
A avaliação foi realizada por cada membro do grupo e as notas para cada requisito foram
dadas obedecendo ao seguinte critério: Variação de 1 até 5, em que 1 se refere a um aspecto
muito ruim e 5 a um aspecto muito bom da solução com relação ao item avaliado. As notas
podem ser verificadas na
Tabela 3Tabela 3. Os valores apresentados por cada Item correspondem a média
aritmética da nota estipulada por cada integrante para o item em verificação. A média total
corresponde à média aritmética dos Itens 1 a 3, o maior valor corresponde a melhor solução.

Formatted: Heading 8,Escrita

Tabela 3 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle de torque.
Solução Item 1 Item 2 Item 3 Média Total Formatted: Font: 12 pt

Encoder 5 5 4 4,67 Formatted Table


Formatted: Font: 12 pt
Absoluto
Encodelder Formatted: Font: 12 pt
5 5 5 5,00
Incremental Formatted: Font: 12 pt

Fonte: Autoria própria.

Com base na avaliação, verificou –se que a solução mais viável foi a do Encoder
incremental, isso foi devido ao fato de que o funcionamento destes não influenciaria no
resultado de medida obtido para a máquina desenvolvida. No entanto, quando se levou em
observação, o custo de um encoder absoluto é duas vezes maior a de um encoder incremental.
Após avaliado o controle do ângulo de torção, se seguiu para a avaliação do controle de
tração aplicado na amostra. As soluções apresentadas foram avaliadas segundo os critérios
apresentados no Quadro 5.

Quadro 5 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de controle de força trativa.
Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

O equipamento de medição deve efetuar a medição de forma


1 Precisão precisa poisprecisa, pois, seus valores influenciam no Formatted: Font: 12 pt

enrolamento do material durante o experimento Formatted Table


Formatted: Font: 12 pt
O equipamento deveria se adequar aos materiais disponíveis
2 Adequação Formatted: Centered
no laboratório para coleta de dados
Formatted: Font: 12 pt
O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no Formatted: Centered
3 Custo
projeto. Formatted: Font: 12 pt

Suas dimensões deveriam ser adequadas ao espaço Formatted: Centered


4 Compatibilidade Formatted: Font: 12 pt
disponível na máquina para sua montagem.
Formatted: Centered
Fonte: Autoria própria.

A avaliação foi realizada por cada membro do grupo e as notas para cada requisito foram
dadas obedecendo ao seguinte critério: Variação de 1 até 5, em que 1 se refere a um aspecto
muito ruim e 5 a um aspecto muito bom da solução com relação ao item avaliado. As notas
podem ser verificadas na Tabela 4. Os valores apresentados por cada Item correspondem a
média aritmética da nota estipulada por cada integrante para o item em verificação. A média
total corresponde a média aritmética dos Itens 1 a 4, o maior valor corresponde a melhor
solução.

Tabela 4 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o sistema de controle tração.
Solução Item 1 Item 2 Item 3 Item 4 Média Formatted: Font: 12 pt

Analógico 5 5 5 5 5,00 Formatted: Font: 12 pt

Digital 4 5 3 5 4,25 Formatted: Font: 12 pt

Fonte: Autoria própria.

Desta avaliação, conseguiu –se como melhor solução o encoder analógico.


 Desmontagem do acoplamento
O equipamento deve ser capaz de transmitir torque entre os eixos mantendo sua
estabilidade mecânica. Para este fim, se avaliou as soluções propostas com base nos critérios
de avaliação apresentados no Quadro 6.

Quadro 6 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento do sistema de desmontagem de


acoplamento.
Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

Transmissão de O acoplamento deve ser capaz de transmitir torque sem perdas


1 Formatted: Font: 12 pt
torque significativas.
Formatted: Centered
O acoplamento deve ser capaz de transmitir o torque e ser Formatted Table
Estabilidade
2 capaz de tolerar o deslocamento axial sujeitado devido a Formatted: Font: 12 pt
mecânica
aplicação da carga de tração. Formatted: Centered

Facilidade de compensar desalinhamentos devido ao


3 Desalinhamento Formatted: Font: 12 pt
procedimento de montagem.
Formatted: Centered
4 Custo O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no projeto. Formatted: Font: 12 pt
Fonte: Autoria própria. Formatted: Centered

As soluções foram avaliadas e apresentadas na Tabela 5. Obedeceu –se a mesma forma


de avaliação adotadas para os aperfeiçoamentos anteriores.

Tabela 5 - Notas de avalição dos critérios de soluções para o acoplamento.


Solução Item 1 Item 2 Item 3 Item 4 Média Formatted: Font: 12 pt

Rígido 5 5 1 5 4,00 Formatted: Font: 12 pt

Flexível Formatted: Font: 12 pt


5 5 5 5 5,00
Metalico
Flexível Formatted: Font: 12 pt
5 3 5 5 4,50
elastomérico
Fonte: Autoria própria.
Ao final da avaliação decidiu –se pelo acoplamento flexível com elemento metálico
intermediário, dentre os disponíveis nesta categoria, se selecionou o acoplamento sanfonado
pois suporta deslocamentos axiais, bem como compensa desalinhamentos.
Formatted: Heading 8,Escrita

 Instabilidade no sistema linear devido ao torque


O conjunto de soluções propostas pela equipe para a instabilidade devido ao torque para
a parte trativa da máquina foram avaliadas segundo os critérios de avaliação apresentados no
Quadro 7.

Quadro 7– Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoamento doaperfeiçoamento do sistema linear.


Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

O deslocamento angular deveria ser evitado para que o


Deslocamentos
1 experimento fosse adequado e se garantisse estabilidade da Formatted: Font: 12 pt
angulares
bancada. Formatted: Centered
Formatted Table
Facilidade de montagem mantendo –se o paralelismo
2 Desalinhamento Formatted: Font: 12 pt
necessário entre as partes constituintes.
Formatted: Centered
3 Custo O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no projeto. Formatted: Font: 12 pt
Fonte: Autoria própria. Formatted: Centered

A avaliação foi realizada por cada membro do grupo e as notas para cada requisito foram
dadas obedecendo ao seguinte critério: Variação de 1 até 5, em que 1 se refere a um aspecto
muito ruim e 5 a um aspecto muito bom da solução com relação ao item avaliado. As notas
podem ser verificadas na Tabela 6. Os valores apresentados por cada Item correspondem a
média aritmética da nota estipulada por cada integrante para o item em verificação. A média
total corresponde a média aritmética dos Itens 1 a 3, o maior valor corresponde a melhor
solução.

Tabela 6 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade do sistema linear.
Solução Item 1 Item 2 Item 3 Média Total Formatted: Font: 12 pt

Duplo trilho 2 5 5 3,00 Formatted: Font: 12 pt

Eixo guia duplo 5 5 3 3,25 Formatted: Font: 12 pt

Fonte: Autoria própria.

O eixo guia duplo foi a solução implementada, entretanto os valores da média total entre
as soluções podem ser considerados próxima. Como explicação, ao se considerar ambas as
soluções, o eixo guia duplo não utiliza de trilhos e devido a isso, não possui folga entre o eixo
e os seus elementos deslizantes. Ao se considerar o custo, este não deve ser considerado mais
importante, do que a necessidade de estabilidade durante os experimentos.
 Instabilidade no eixo do mandril devido a cargas excessivas
Devido ao peso do mandril, o eixo selecionado não suportava a carga em balanço, sem
sofrer deflexão. Esta deflexão originava um desalinhamento entre os eixos, prejudicando o
ensaio do material. No entanto, um risco de dano foi identificado pois este apresentou
comportamento inadequado, sujeitando o transdutor de torque a cargas que não devem ser
submetidas sobre este equipamento de medida. As soluções para estes problemas, envolveram
elementos de apoio, e estes foram avaliados de acordo com os critérios de avaliação
apresentados no Error! Reference source not found.Quadro 8.
Quadro 8 – Lista de Critérios de avaliação para aperfeiçoam'ento doaperfeiçoamento do sistema de
sustentação do mandril
Item Critério Justificativa Formatted: Font: 12 pt

Deve –se apoiar a carga e permitir rotação do conjunto com o


1 Apoio/Rotação Formatted: Font: 12 pt
máximo de eficiência possível
Formatted: Centered
2 Montagem Deve ser de fácil montagem Formatted Table
3 Manutenção Deve ser de fácil manutenção Formatted: Font: 12 pt

4 Custo O custo deve ser adequado aos valores disponíveis no projeto. Formatted: Centered
Formatted: Font: 12 pt
Fonte: Autoria própria.
Formatted: Centered
As soluções foram avaliadas segundo o requisito de 1 para muito ruim ou 5 muito bom Formatted: Font: 12 pt
para o critério averiguado. Formatted: Centered

Tabela 7 - Notas de avalição dos critérios de soluções para a instabilidade de cargas excessivas.
Solução Item 1 Item 2 Item 3 Item 4 Média Formatted: Font: 12 pt

Deslizamento 4 5 5 5 4,75 Formatted: Font: 12 pt

Rolamento 5 5 5 5 5,00 Formatted: Font: 12 pt

Fonte: Autoria própria.


Segundo as avaliações a melhor solução seria a de um mancal de rolamento, pois
possuíra um custo adequado as condições de projeto e permitiria a transmissão do torque com
o máximo de rendimento.
Com todas as necessidades de aperfeiçoamento avaliadas, a melhor solução para a
função problema de aperfeiçoamento foi a que contemplou os seguintes elementos:
1 Base sanduíche;
2 Encoder Incremental;
3 Célula de Carga Analógica;
4 Mancal Flexível com elemento metálico elástico intermediário;
5 Eixo guia duplo;
6 Apoio do mandril por mancal de rolamento.
A solução determinada foi então dimensionada e seus valores serão apresentados na
seção de Resultados. A Figura 22, apresenta o modelo idealizado pelos autores da bancada
aperfeiçoada desenvolvido no SolidWorks®.

Figura 2222 – Desenho técnico da máquina com alterações sugeridas.

Fonte: Autoria própria.


3.3. Metodologia de teste da máquina aperfeiçoada
A medição direta do efeito torsiocalórico, foi realizada a partir de medidas de ΔT que
foram realizadas na bancada desenvolvida pela equipe de TCC. Este procedimento
experimental foi realizado na estrutura disponível no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron,
para verificar as diversas condições de funcionamento da máquina durante a execução do
experimento e dar início a identificação da existência de um efeito torsiocalórico na amostra.
As amostras que foram utilizadas para o teste da bancada aperfeiçoada foram preparadas
de forma similar às amostras utilizadas na máquina previamente projetada. As amostras tiveram
seu tamanho padronizado e novos materiais foram testados e preparados a partir de moldes no
laboratório CNPEM.
Para as amostras de teflon foi necessário adaptar o corpo de prova para a correta fixação
nos mandris. Isto se deve ao fato de o material não possuir o coeficiente de atrito necessário
para se evitar o escorregamento durante a aplicação de torção. Na Figura 24 é possível observar
o procedimento de lixamento do corpo de prova de teflon para uma melhor fixação. Na região
central da amostra foi feita uma redução do diâmetro, para se reduzir a capacidade de torque
suportado, e assim, promover o rompimento da amostra nesta região mais sensível ao torque
conforme mostrado na Figura 24.

Figura 2323– Corpo de prova de teflon de 3,5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento.

Fonte: Autoria própria.


Figura 2424 – Confecção de amostra de teflon no CNPEM.

Fonte: Autoria própria. Commented [FC15]:


Commented [FC16]: Toshio quero saber faixa de torque
Após a confecção dos corpos de prova, foram avaliadas as condições de funcionamento aplicado, numero de revoluções, explicar o experimento não
resultados.
da bancada de diversas formas, sendo elas, por meio de uma aplicação de torque constante,
aplicação de tração constante e um determinado deslocamento um angular. Duas possibilidades
de funcionamento foram testadas, fase 1: esforço de torção na amostra e fase 2: esforço
combinado de torção e tração na amostra. Os testes foram realizados em amostras de NBR,
teflon, PDMS e látex.
A amostra de NBR, no qual foi aplicada a fase 1, possuía dimensões de 12 mm de
diâmetro e comprimento de 100 mm. Esta foi submetida um torque que variou entre a faixa de
0,1 a 0,8 N.m, com uma velocidade de rotação de 1 revolução por segundo e um deslocamento
angular de 1440º. Já para a fase 2, a mesma amostra foi submetida aos mesmos parâmetros
citados anteriormente, porém juntamente com a torção aplicada, foi empregada uma carga de
tração que alongava o material em uma razão de 2,5 mm, de deslocamento linear, a cada
revolução. Os dados obtidos através do experimento foram alocados no software Origin®, no
qual foi possível a construção dos gráficos do resultado experimental.
Para as amostras de teflon, que possuía um diâmetro de 35 mm e comprimento de 100
mm, foi aplicado um torque que permaneceu constante sob a amostra, de aproximadamente 0,7
N.m, até um deslocamento angular de aproximadamente 187,5º. Já para avaliar o desempenho
na fase 2, a amostra de teflon foi submetida aos mesmos parâmetros ao da fase 1, com o
incremento de 2,5 mm de deslocamento linear a cada revolução. Os dados obtidos foram
colocados no software MatLab®, onde foram construídas as curvas de variação de temperatura.
Para as amostras de Polidimetilsiloxano (PDMS), que possui dimensões de 12 mm de
diâmetro e 100 mm de comprimento, foram feitos experimentos somente para fase 2. No
experimento executado foi feito o controle de tração, com uma relação de deslocamento de 5
mm para cada revolução, com um ângulo de torção de 720º e torque máximo de até 0,45 N.m.
Os dados coletados foram dispostos no software MatLab®, onde foi indentifacada a curva do
acréscimo de temperatura.
Nos ensaios da amostra de látex, que tinha dimensões de 12 mm de diâmetro e 100 mm
de comprimento, foi realizado testes para os esforços de tração, esforços de torção e esforços
combinados de tração e torção. No teste de tração, o experimento ocorreu de forma com que a
amostra fosse alongada a uma taxa de 50 mm por revolução, sendo que teve uma elongação de
400 %. Para o teste de torção, foi aplicado sob a amostra, um total de 20 revoluções com um
torque máximo de 0,05 N.m. Já na fase 2, a amostra de látex foi submetida a uma torção de 20
revoluções com uma taxa adicional de 50 mm de deslocamento por revolução.
56

4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos foram divididos em três vertentes: a primeira considerando o
dimensionamento e seleção dos componentes que constituem a máquina, uma segunda em que
se efetuaram as avaliações dos componentes estruturais por meio de simulação e uma terceira
para se discutir o funcionamento da máquina em operação. Commented [FC17]: Esta vertente faltou no trabalho.

4.1. Dimensionamento dos elementos de máquina e seleção dos componentes Commented [FC18]: Veifiquem posteriormente toda a
norma quanto a espaçamentos
Os elementos de máquina constituintes foram dimensionados de acordo com as normas
que os regem e selecionados por meio de catálogo de fabricantes.

4.1.1. Acoplamento
Devido às peculiaridades do projeto se selecionou um acoplamento flexível com fixação
por parafuso horizontal. Esta escolha tem sua origem na necessidade de se suportar as tensões
axiais desenvolvidas devido às forças de tração originadas durante a execução do experimento.
O acoplamento une o eixo do motor ao eixo do fuso que possuem 14 e 12 mm, respectivamente.
O modelo selecionado foi o KTR RADEX®-NC tipo EK, devido a sua precisão e sua indicação
para as aplicações que envolvem Encoders, Tacogeradores e fusos de Esfera.
A seleção do acoplamento parte do torque transmitido, este torque é de 8 N.m e se refere
a capacidade de torque do motor de passo. Com o torque definido, se faz necessária a
determinação do tamanho do acoplamento, no qual suporta e transmite este torque para a ponta
de eixo do fuso. A Figura 25Figura 25 mostra parte do catálogo utilizado, o acoplamento
determinado para a bancada de torção tem o tamanho 10, pois além de suportar o torque
sujeitado, o diâmetro máximo para abertura dos furos é de 15 mm. Na Figura 26 se observa o
conjunto do motor sendo ligado ano eixo fuso pelo acoplamento selecionado pelo em catálogo.
57

Figura 2525 – Catálogo do acoplamento KTR RADEX®-NC tipo EK da empresa Acotec.

Fonte: Adaptado Acotec.

Figura 2626 – Conjunto do motor, acoplamento Radex e o eixo fuso.

Fonte: Autoria própria.


58

4.1.2. Base da bancada


O conceito de base foi o de ‘’sanduíiche’’, no qualque se refere-se a duas chapas
metálicas de aço SAE 1020 de 2,00 mm de espessura e uma madeira de MDF com 15 mm de
espessura. O conjunto de madeira e as duas chapas metálicas foram fixadas com seis parafusos
M6 com porca e arruela de pressão. Já as 25 furações na bancada foram realizadas para a fixação
das peças usinadas com uma tolerância dimensional de IT7, para assim se facilitar a montagem
no projeto. A bancada foi projetada em dimensões comerciais, largura da chapa de 20 cm e
comprimento de 1,2 m. Na Figura 27Figura 27, é apresentada uma vista do conjunto de base
“sanduíche”.

Figura 2727 – Base bancada do projeto aperfeiçoado.

Fonte: Autoria própria.

4.1.3. Encoder
Neste componente, econder incremental de eixo vazado (9/16’’) foi selecionado e
escolhido de forma a facilitar a sua montagem em conjunto com os componentes da bancada, o
modelo é o A60D. Este componente eletrônico selecionado tem a função de contar ou Commented [FC19]: A seleção não leva em conta
sensibilidade, nada, que coisa estranha, foi só pq eu quero
reproduz pulsos elétricos, com o movimento rotacional do eixo, com uma alimentação de 5- montar tudo junto. Não está bom.

28Vdc e saída de 5vcc TTL com leitura de 1024 pulsos e com massa total de aproximadamente
400g. Na Figura 28 se observa uma imagem do encoder selecionado para o projeto.
59

Figura 2828 – Encoder incremental de eixo vazado.

Fonte: Abraf Sensor.

4.1.4. Mancal e rolamento


O mancal de rolamento é utilizado como elemento de apoio, desta forma sua seleção
deve ser realizada para suportar as cargas pontuais existentes no eixo. O tipo do mancal
selecionado foi o de pedestal e a massa do conjunto foi apoiado em sua base usinada. As forças
de reação sobre o mancal é representado na Figura 29Figura 29, considerando a massa do
acoplamento de 200g (Pa = 1,96N), massa do encoder de 400g (Pe = 3,92N) e massa do mandril
de 645g (Pm = 6,32N).
Primeiramente, para o correto dimensionamento devem ser encontradas as cargas
aplicadas sobre o rolamento. O cálculo da força axial, que o rolamento deveria suportar, está
diretamente ligada com a força de tração necessária para se esticar o material durante o
experimento. Utilizando como base a borracha nitrílica, material a ser utilizado para o teste na
bancada, o esforço de tração foi determinado por meio da equação 4.12.1.O módulo de
elasticidade utilizado foi da borracha nitrílica, sendo estea de 21 MPa. No experimento será
considerada uma deformação de 100% do corpo de prova.
𝐹 = 𝐴. 𝐸. 𝜀 4.1

Para um diâmetro da amostra de 12 mm e comprimento de 100 mm, módulo de Commented [FC20]: Qual o comprimento da amostra

elasticidade de 21 MPa e uma elongação de 100 % se desenvolve uma força de tração de 1055
,57 N (𝐹𝑡 = 1055,57𝑁) sobre o material, e consequentemente, sobre o mancal de rolamento.

Na
Figura 29Figura 29 observa – se o diagrama de corpo livre do conjunto, com as forças
atuantes e a reação no mancal pedestal.
60

Figura 2929 – Diagrama de corpo livre e as respectivas forças de reação sobre o mancal pedestal.

Fonte: Autoria própria. Commented [FC21]: Não entendi o propósito desta figura,
cade um diagrama de corpo livre, cade as cargas, essa figura
Com a força axial determinada, a força radial agindo sobre o rolamento se deve ao peso não serve para nada.

do conjunto, sendo está força de 12,2 N. O rolamento empregado será o fixo de uma carreira de
esferas devido a sua capacidade de suportar ambas as cargas, radial e axial. O diâmetro do eixo
no qual o rolamento foi montado é de 12 mm, desta forma, se conhece o diâmetro interno do
rolamento. Com o diâmetro interno de 12 mm, para o rolamento fixo de uma carreira de esferas
se determina as forças dinâmica e estática atuantes para o cálculo de vida.
O rolamento selecionado foi o de código 6001 com 𝐶𝑟 de 5100 𝑁, 𝐶𝑜𝑟 de 2370 𝑁 e
f 0 de 13,0. Os parâmetros indicados estão mostrados na Figura 30. Por meio destes parâmetros,
𝑓𝑜.𝐹𝑡 𝐹𝑡
o valor de 𝐶𝑜𝑟
é de 5,43, o valor de 𝐹𝑟
é de 86,52, onde determina –se ′′𝑒′′ como sendo de

0,44. Assim com auxílio dos valores compreendidos na Figura 31, é conseguido os coeficientes
X e Y para o cálculo da carga dinâmica equivalente como: 𝑋 = 0,56 e 𝑌 = 1.
61

Figura 3030 – Catálogo da empresa SKF rolamentos.

Fonte: Adaptado SKF.

Figura 3131 – Coeficientes para encontrar carga dinâmica.

Fonte: Adaptado SKF.

A carga dinâmica é calculada a partir da equação 4.22.4.


𝑃 = 𝑋. 𝐹𝑡 + 𝑌. 𝐹𝑟
4.24
62

A carga dinâmica encontrada foi de 𝑃 = 603,32 𝑁. Com a carga dinâmica encontrada


foi possível encontrar a vida útil máxima do rolamento a partir da equação 4.32.5.

106 𝐶 3
𝐿ℎ = ( )
60. 𝑛 𝑃
4.35
Como o motor trabalha em baixas rotações para o experimento foi adotado uma rotação
superior a utilizada experimentalmente de 𝑛 = 50 𝑟𝑝𝑚. Como 𝐶𝑟 é 𝑑𝑒 5100 𝑁 e
𝑃 de 603,32 𝑁 a vida útil do rolamento com 90% de confiabilidade foi de 22,98 anos. Commented [FC22]: Apresentar em anos

4.1.5. Eixo
Para o dimensionamento do eixo submetido ao maior carregamento do projeto, foi
realizada uma análise da situação crítica, em que se considerou o peso dos componentes
apoiados sobre as suas extremidades, e o toque do motor transmitido para acoplamento e
posteriormente para o eixo com valor de 10 N.m (T = 10 N.m). Com as massas do mandril e
acoplamento conhecidas, se elaborou o diagrama de corpo livre como mostrado na Figura 32.

Figura 3232 – Diagrama de corpo livre do eixo de torção.

Fonte: Autoria própria. Commented [FC23]: Isto não é DCL, refazer

Para se encontrar o diâmetro utilizou –se da Norma DIN 112. Para isso se fez necessário Commented [FC24]: Escrever o número da norma

encontrar o valor do momento fletor máximo atuando no eixo sob o plano vertical. Para o plano
horizontal, não temos existem forças atuantes para encontrarmosn as reações dos suportes,
dessa forma, o momento fletor máximo sob o plano horizontal 𝑀ℎ é 0.
Com as massas do mandril 𝑀𝑚, do acoplamento 𝑀𝑎 e do encoder 𝑀𝑒 de 0,644 kg,
0,200 kg e 0,400kg respectivamente encontram –se os pesos dos componentes de 6,32 N, 1,96
N e 3,92N. Considerando um torque de 10 N. m, foram encontradas a reação no suporte de
63

fixação. Por meio do software VIGA G, foi obtida a reação no suporte de fixação, na qual no
mancal é 𝑅𝑚 𝑑𝑒 12,2 𝑁 . O momento máximo no plano vertical foi de 𝑀𝑣 de 10 𝑁𝑚.
Com a magnitude do momento fletor máximo sob o plano vertical, encontrado se
prosseguiu para o cálculo do momento fletor resultante. Como o momento máximo no plano
horizontal é 0 𝑁𝑚. Tem – se que:

𝑀𝑟 = √𝑀𝑣 2 + 𝑀ℎ2 = 10 𝑁𝑚
4.47
No próximo passo se encontra o momento fletor ideal, pela equação 4.52.8:

𝑎 . 𝑀𝑡 2
𝑀𝑖 = √𝑀𝑟 2 + ( ) 4.58
2

𝜎
O fator de forma 𝑎 = , é definido de acordo com as tensões do material. Para o material Commented [FC25]: Cadê o material
𝜏

aço SAE 1020 são encontradas as tensões de: 𝜎 = 351 𝑀𝑃𝑎 e 𝜏 = 202 𝑀𝑃𝑎. (CALLISTER,
2012). Commented [FC26]: Escrever as tens

2
351
. 10
𝑀𝑖 = √102 +(202 ) = 13250 𝑁. 𝑚𝑚
4.69
2

Dessa forma se determina o diâmetro mínimo para o eixo do projeto, o coeficiente 𝑏 é


o fator de forma do eixo, sendo 𝑏 = 1 para eixos maciços.

3 𝑏. 𝑀𝑖 3 1. 13250
𝑑 > 2,17. √ = 2,17. √ = 7,28 mm
𝜎 351
4.710
Para fins comerciais foi selecionado um tamanho um de eixo de 12 mm de diâmetro,
sendo que o diâmetro mínimo calculado para o eixo foié de 7,28 mm.

4.2. Simulação de componentes estruturais


Com os elementos de máquinas, devidamente dimensionados e selecionados, os
modelos dos componentes estruturais foram desenvolvidos com auxílio do SolidWorks®.
As peças simuladas possuem concentração de tensão, demandando uma análise de seu
comportamento estrutural. As peças simuladas foram divididas em conjuntos de tração e torção,
conforme o Quadro 9. Tabela 8. Commented [FC27]: Acho que aqui é quadro e não tabela
Formatted: Highlight
Formatted: Highlight
64

Quadro 9 –Tabela 8 – Componentes da máquina para realizar a simulação. Formatted: Caption,Legenda figura/tabela

Máquina para avaliar o efeito torsiocalórico Field Code Changed


Tração Torção Formatted: Font:
Suporte célula de carga Suporte do motor Nema 34 Formatted Table
Suporte do motor Nema 34
Flange do mandril Flange do mandril
Fonte: Autoria própria.

4.2.1. Simulação no conjunto de tração


 Suporte do mandril
Para a simulação do suporte do mandril, de material aço SAE 1020 com de espessura
de 4,75mm, levou - se em conta o peso do conjunto – flange do mandril e mandril totalizando
um peso de aproximadamente 10 N. O centro de massa destes componentes foi obtido com Commented [FC28]: Centro de massa, com uma única
dimensão
auxílio do software SolidWorks® e este foi de 51,12 mm como mostrado na Figura 33. A partir
dos dados de centro de massa foi possível realizar a simulação do suporte, aplicando geometria
fixa nos pontos de fixação e a força no centro de massa com magnitude de 10 N e utilizando
neste caso uma malha média, triangular de 4,5 mm. Com base nestes critérios iniciais de
simulação foram obtidos os resultados considerando o critérioo critério de Von Mises, a
deformação é mostradao na Figura 34Figura 34 a tensão de Von Mises na Figura 35Figura 35
e o coeficiente de segurança na Figura 36. Commented [FC29]: Não está correto, Figura 12 não se
trata disso

Figura 3333: Centro de massa do conjunto do flange do mandril e do mandril encontrado no software.

Fonte: Autoria própria


65

Figura 3434 – Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força.

Fonte: Autoria própria

Figura 3535 – Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força.

Fonte: Autoria própria


66

Figura 3636 – Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.

Fonte: Autoria própria.

Baseando nos resultados da simulação é possível inferir dizer que o suporte do mandril
possuiverifica deslocamento muito pequeno para a chapa de, 1,114.10-4 4,75 mm, , não se Commented [FC30]: Não é este o valor, confiram no
gráfico,
demonstra desta forma influência das cargas sobre o suporte de espessura. O maior
Formatted: Highlight
deslocamento seestá localizadao na região superior de fixação, o que estaestá correto, pois é o Formatted: Highlight
ponto máximo de distância, com relação a linha netura em que a carga estaestá aplicada. , visto
que a deformação é diretamente proporcional da distância da linha neutra com a extremidade
de aplicação de tensão. A tensão de Von Mises máxima não chega na escala deatinge o valor
1,5 MPa, sendo visualizado notada a máxima tensão perto próxima àdos furaçõesos, pois neste
caso são concentradores de tensão. Considerando que o limite de escoamento do aço SAE 1020
é de 351,57 MPa, o coeficiente de segurança se torna alto, já quepois as tensões máximas sobre
o suporte são pequenasmuito menores que esta. Dessa forma se assegura a confiabilidade da
peça usinada.
 Suporte do motor Nema 34 Commented [FC31]: Não exite texto no tópico

Para a simulação do suporte do motor de torção, de material aço SAE 1020 de espessura
de 4,75 mm, levou - se em consideração o peso do motor Nema 34, de aproximadamente 40 N.
Desta forma, para a realização da simulação levou-se em conta que o motor é fixado no suporte
e este fixado preso na bancada, assim para as condições de simulação se aplicou a geometria
67

fixa na base do suporte e a carga distante do centro de massa do motor, neste caso 65 mm. Após
isto foi criado a malha média de dimensão triangular de 5 mm. Por conseguinte, foi obtido os
resultados da simulação na Figura 37, Figura 38 e Figura 39.
Formatted: Heading 8,Escrita

Figura 3737 - Simulação do deslocamento do suporte com a aplicação de força.

Fonte: Autoria própria.

Figura 3838 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força.


68

Fonte: Autoria própria

Figura 3939 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.

Fonte: Autoria própria.


69

Como análise dos resultados de simulação observa-se um deslocamento de 0,023mm,


localizada na região superior de sustentação do motor, visto que esta propriedade é proporcional
à distância da linha neutra. A tensão de Von Mises máxima está localizada na região inferior
dos furos de sustentação até a dobra da chapa, devido a propriedade de concentração de tensão.
A partir deste resultado, se obteve um coeficiente de segurança de de no mínimo 15,
averiguando aconferindo –se confiabilidade de projeto.
 Flange do mandril
Para a simulação da flange do mandril foi aplicadao uma carga axial de 1055,57 N, ojá
o peso do mandril de 6,32N foi aplicado na extremidade do eixo cônico. O material escolhido
para realizar esta peça foi o aço SAE 1020, visto quepois é um material barato e de fácil
usinabilidade. Com esta condições foram obtidos a simulação nas Figura 40, Figura 41 e Figura
42.

Figura 4040 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de força axial e peso
do mandril.

Fonte: Autoria própria.


70

Figura 4141 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força axial e peso do mandril.

Fonte: Autoria própria.

Figura 4242 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força axial e peso
do mandril.

Fonte: Autoria própria.


71

Com base nos resultados obtidos na simulação, foi possível concluir que a flange
projetada suporta as condições de forças externas com um deslocamento máximo coincidindo
com o ponto de aplicação da forçasendo no mesmo local de aplicação da força. A tensão de
Von Mises máxima atuará nos filetes da peça, pois ocorre uma concentração de tensão nesta
região, com um valor máximo de aproximadamente 21 MPa, enquanto que o limite de
escoamento deste aço é de 351 MPa. Obtendo - se assim um coeficiente de segurança alto de
17, tendo assim umamantendo desta forma aalta confiabilidade para a peça desta peça usinada.

4.2.2. Simulação no conjunto de torção


 Suporte do motor Nema 34 Commented [FC32]: Não exite texto no tópico

Para a simulação deste suporte do motor de torçãom, o material é o de material aço SAE
1020 e de a espessura de 4,75 mm, forami utilizados os mesmos parâmetros para a realização
da simulação do suporte do motor de tração, visto que os motores e a forma de fixação são
idênticos. No entanto, como a geometria deste componente é diferente, foi necessária a
analiseanálise dos resultados para se obter a confiabilidade de do projeto, observados na Figura
43, Figura 44Figura 44 e Figura 45.

Figura 4343 - Simulação do deslocamento quando do suporte com a aplicação de força.


72

Fonte: Autoria própria.

Figura 4444 - Simulação da tensão de Von Mises com a aplicação de força.

Fonte: Autoria própria.

Figura 4545 - Simulação do coeficiente de segurança de Von Mises com aplicação de força.
73

Fonte: Autoria própria

A partir dos resultados da simulação foi verificadoobservado que no suporte de torção,


houve o maior deslocamento ocorrer na extremidade superior, de aproximadamentee foi de 0,11
mm aproximadamente. Isto se deve ao fato de que esta propriedade é diretamente proporcional
à distância da zona neutra com a extremidade de aplicação de tensão. Este deslocamento foi
maior que o obtido no suporte de tração, devido ao suporte de torção ter tamanho maior da
extremidade de aplicação de tensão com a linha neutra. Desta forma é imprescindível que na
montagem seja verificada o alinhamento dos dois mandris e analisar se este desalinhamento
não crie problemas ao prender o corpo de prova.
Com o resultado da análise de tensão de Von Mises na peça usinada observa-sese
oberservou um maior valorum maior desenvolvimento de tensão, na região daso furaçõeso
inferiores de sustentação do motor, devido aisso se deve a concentração de tensão nos furos e
também ana dobra da chapa. Nesta Visto que nesta região de concentração de tensão apresentou
o máximo valor alcançado é de aproximadamente 21MPa e como limite de escoamento para o
aço SAE 1020 é de 351 MPa verifica-se um coeficiente de segurança de 16 para o
74

suporteelevado coeficiente de segurança para este suporte, garantindo a confiabilidade do


projeto.
 Flange do mandril
OA flange do mandril apresentadoa na Figura 29Figura 29 foi simuladoa com o material
aço SAE 1020, pela qual, para a realização da simulação foi necessárioa particionar a peça em
3 regiões distintas, sendo estas: a região onde o eixo em que é transmitido torque pelo
acoplamento, a região de fixação pelo encoder e a região de fixação pelo mancal pedestal. Nesta
peça há existem três forças externas atuantes, sendoão estas: o peso do acoplamento, peso do
encoder e o peso do mandril. Baseando - se nestas condições de simulação foi possível obter os
resultados na
Figura 46Figura 46, Figura 47 e Figura 48 - Simulação do coeficiente de segurança da
flange do mandril com a aplicação de forças externas, torque transmitido pelo acoplamento e o
peso do mandril.Figura 48Figura 48.

Figura 4646 - Simulação do deslocamento da flange do mandril com a aplicação de forças externas,
torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril.

Fonte: Autoria própria.

Figura 4747 - Simulação da tensão de Von Mises da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril.
75

Fonte: Autoria própria.

Figura 4848 - Simulação do coeficiente de segurança da flange do mandril com a aplicação de forças
externas, torque transmitido pelo acoplamento e o peso do mandril.
Formatted: Left

Fonte: Autoria própria.

Após a realização da simulação da flange do mandril foi possível obter a análise do


deslocamento máximo da peça na extremidade de conexão com o acoplamento, devido a maior
distância deste ponto com a linha neutra de aplicação de tensão, no entanto o valor encontrado
na simulação é pequeno, indiferente para o tamanho da peça. Com a observação do resultado
76

da simulação, da máxima tensão de Von Mises foi encontrada encontrado esta propriedade na
extremidade de apoio do eixo com o encoder, isso é devido ao peso do acoplamento e também
ao peso do encoder, gerando uma tensão de cisalhamento máximao, somadao com a tensão de
torção localizada neste local. Visto que esta tensão máxima encontrada é de aproximadamente
66 MPa e como o limite de escoamento máximo para o aço SAE 1020 é de 351 MPa foi obtido
um coeficiente de segurança de 5,34, constatando a confiabilidade doda flange do mandril.

4.3. Resultado da bancada experimental Commented [FC33]: Neste tópico faltou ao final dizer
sobre o funcionamento da máquina, comportamento da
Para avaliação dos resultados foram analisadas as condições da máquina, foi onde foi maquina ao final dos experimentos.

possível controlar o torque, posição angular e cotrole da taxa de elongação das amostras. Cada
amostra foi submetida ao processo da fase 1 e fase 2, descrita na metodologia. Os dados obtidos
da máquina foram alcançados no Laboratório Nacional de Luz Síncrontron (LNLS), onde foram
realizadosfeito os devidos ajustes para coleta dos resultados.

Para a Borracha de Nitrilo Butadiento (NBR), foi possível obter uma variação de
temperatura de aproximadamete 1,6°C, para um esforço de torção na amostra, como mostrado
na Figura 49Figura 49.

Figura 4949– Acréscimo de temperatura para NBR aplicado esforço de torção.

Fonte: Autoria própria

Na amostra de NBR, agora utilizando a fase 2, foi aplicada uma carga de tração
juntamente com o esforço de torção. No qual foiNeste caso foi possível chegar a uma variação
de aproximadamente 2,2°C, como visto na Figura 50.

Figura 5050 - Acréscimo de temperatura para NBR aplicado aos esforços combinados.
77

Fonte: Autoria própria.

Para o teflon, foi aplicado um torque constante de 0,7 N.m até um deslocamento angular
de 187,5° na fase 1. E comoComo mostrado na Figura 51, o acréscimo de temperatura na
amostra foi de aproximadamente 0,3 °C.

Figura 5151- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado a um esforço de torção.

Fonte: Autoria própria.

Na amostra de teflon onde foi aplicado a combinação de esforços de tração e torção foi
possível se chegar a uma variação de temperatura de aproximadamente 0,6 °C, mostrado na
Figura 52Figura 52.

Figura 5252- Acréscimo de temperatura para o teflon aplicado aos esforços combinados.
78

Fonte: Autoria própria.

Na amostra de PDMS, onde foi aplicada somente a fase 2, foi visto que o incremento de
temperatura, após realizar a combinação da tração com a torção, foi de aproximadamente 0,5
°C.

Figura 5353 - Acréscimo de temperatura para o PDMS aplicado aos esforços combinados.

Fonte: Autoria própria.

Para a amostra de látex, forami feitos três experimentos, com a finalidade de evidenciar
a diferença de forma clara entre a aplicação dos esforços separadamente e com os esforços em
79

conjunto. Para o esforço de tração, foi visto que a temperatura de 0,2 °C, mostrado na Figura
54.

Formatted: Heading 8,Escrita

Figura 5454 - Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de tração.

Fonte: Autoria própria.

No teste onde foi em que se consideroudesenvolvido apenas o esforço de torção foi


possível obter um incremento de temperatura de 1,9 °C, como visto na Figura 55.

Figura 5555- Acréscimo de temperatura para o látex aplicado esforço de torção.


80

Fonte: Autoria própria.

Formatted: List Paragraph,Fonte, Left, Line spacing:


single, Tab stops: Not at 0.72"
Já no ensaio onde aplicou-se, cargas combinadas de tração e torção simultaneamente,
foi possível chegar a uma variação de temperatura de aproximadamente 3 °C, como mostrado
na Figura 56Figura 56 Figura 56.
Figura 5656 Figura 56 - A- Accréscimo de temperatura para o látex aplicado esforços combinados.

Fonte: Autoria própria.


81

Os testes da bancada foram realizados com o intuito de avaliar a máquina de Formatted: Font: 12 pt

investigação do efeito, para isso foi usado um torque que se manteve constante a partir de um
determinado tempo e o controle de posição angular. Foi evidenciado o efeito torsiocalórico nas
amostras que foram submetidas ao ensaio. Na Figura 57 Figura X pode-se notar o controle de
posição da máquina bem como o controle de torque que foi necessário utilizar na amostra de
látex. Formatted: Font: 12 pt
82

Figura 57 Figura 56 – Controle de posição e torque feito na máquina aperfeiçoada. Formatted: Heading 9,Legenda de
Field Code Changed
Formatted: Font: 10 pt

Fonte: Autoria própria.


83

5. CONCLUSÃO
Dentro dos recentes estudos sobre o efeito i-calórico, percebe-se uma carência em
conteúdo quando se trata do efeito torsiocalórico. Diante disso, foi projetada aperfeiçoada uma
máquina para estudo experimental dpara investigar o efeito torsiocalórico.
Essa máquina inovadora foi testada a partir de amostras padronizadas e foram
identificadas variações de temperatura para cada amostra, sendo estas de 1,6 °C para a amostra
de NBR, 0,3 °C para o teflon e 1,9 °C para o látex, no qual estes resultados foram obtidos
através do esforço de torção na amostra. Para o esforço combinado, as diferenças de temperatura
foram de 2,2 °C para NBR, 0,6 °C para amostra de teflon, 0,5 °C para PDMS e 3 °C para
amostra de látex. Ainda para investigação da influência da tração no efeito combinado, foi
medida a variação de temperatura por meio do esforço de tração sob o corpo de prova feito de
látex, onde foi obtido um resultado de 0,2 °C.
Nesse sentido, foi possível observar que no efeito combinado, o esforço de tração, afeta
no resultado de variação da temperatura, comparado ao resultado da diferença de temperatura
por esforço de torção pura. Sendo que no efeito combinado, as diferenças de temperaturas foram
maiores comparadas ao efeito de torção pura. Porém, como visto na amostra de látex, o
resultado da diferença de temperatura no efeito combinado é independente da soma das
diferenças de temperaturas obtidas nos ensaios isolados de tração e torção.
Para as adaptações necessárias de aperfeiçoamento, que foram implementadas no
presente trabalho, forami obtidos bons resultadosresultados mecânicos ótimos, já que a bancada
atuava com um bom controle de torque e um bom controle da posição angular, sendo possível
testes e estudos aprofundados para verificação do efeito torsiocalórico em uma área abrangente
de materiais. Além disso, a bancada realiza ensaios de torção, tração e ações combinadas de
torção e tração simultaneamente.
Após a execução do projeto, pode-se ressaltar a grande relevância do trabalho em
equipe, de uma metodologia de projetos coesa e do planejamento.. Além disso, grandes
dificuldades apareceram durante o desenvolvimento que somente foram vencidas com foco e
determinação e muita ajuda do nosso orientador Flávio Clareth Colman.
84

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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