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newsletter N.º 4 | Novembro/Dezembro 2010 www.vidaeconomica.

pt

Actualidade
Índice
Feira do Empreendedor marcada Actualidade....................................1

por um Portugal mais positivo Opinião............................................2

A ANJE - Associação Nacional de Biz”. “No total, 110 entidades per- Editorial............................................2
Jovens Empresários organiza, de mitirão, uma vez mais, que a Feira
Gestão.......................................3 e 4
18 a 20 de Novembro, no Centro do Empreendedor proporcione
de Congressos da Alfândega do uma bem estruturada rede de
Breves...............................................5
Porto, a 13ª edição da Feira do oportunidades de negócio e uma
Empreendedor. alargada oferta de produtos e ser- Entrevista.....................................6/7
“Portugal Mais” é o tema do even- viços de apoio à criação, gestão
to que promete mais inovação, ou expansão de empresas”, refere Opinião............................................7
negócios, emprego, formação, a mesma fonte.
oportunidades e networking. “Um Portugal positi- O primeiro dia do evento (18 de Novembro) encerra Caso em destaque........................8
vo, que estará patente nos 2000 m2 ocupados pela com a cerimónia de entrega do 11º Prémio do Jo-
já tradicional exposição multi-sectorial e pelas duas vem Empreender. O projecto vencedor foi seleccio-
mostras complementares que este ano serão novida- nado entre 172 candidatos por uma comissão de
Breves
de: uma dedicada às novas tecnologias e uma outra avaliação presidida pelo director-geral da COTEC,
voltada para as empresas sustentáveis. O  programa Daniel Bessa. O evento inclui ainda um ciclo de 21 Projectos
desta edição inclui ainda a cerimónia de entrega do conferências intitulado “O Essencial sobre Empre-
11º Prémio do Jovem Empreendedor”, adianta a as- endedorismo, Inovação e Emprego”, seis workshops inovadores a Norte
sociação em comunicado de imprensa. Apoiada pelo práticos sobre “Como Criar um Negócio Específico”, com seis milhões
IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional, bem como três Sessões com Investidores, onde será
a Feira do Empreendedor será composta por quatro concedida a potenciais empresários a oportunidade
para alavancar
salões temáticos:“Oportunidades e Franchising”,“Cria- de angariarem os apoios necessários à criação da investimentos P. 5
ção e Gestão de Empresas”, “Futuro” e “High Tec/High própria empresa.
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newsletter N.º 4 | Novembro/Dezembro 2010

Opinião Editorial
Este mês é marcado pela semana

Os desafios de um empreendedor
global do Empreendedorismo que
decorre de 15 a 21 de Novembro.
Esta iniciativa acontece simultane-
amente em mais de 100 países em
todo o mundo e serão desenvolvidas
centenas de iniciativas que visam
promover a capacidade de inovar
e criar. Nunca antes foi tão impor-
tante empreender e encontrar novas
formas para contornar a situação de
crise que vivemos, seja no campo
empresarial, familiar e profissional.
Mas qual é o principal motivo para
empreender?
Recentemente, assisti a uma confe-
rência onde conheci Dona Geralda,
um exemplo de vida e de empreen-
dedorismo.
Esta brasileira de Minas Gerais
passou a sua vida recolhendo papel
pelas ruas de Belo Horizonte. “As
pessoas confundiam os catadores
de papel com o lixo. Achavam que
nós estávamos fazendo sujeira e
Ao falarmos de desafios de um empreendedor, julgo que Um empreendedor é um gestor, tem que ser uma pes-
não limpando. Como eu não tinha
será primordial conhecermos o que querem dizer nas soa de coragem, tem que ser uma pessoa com visão, tem consciência do que fazia e nem
suas essências as palavras “Desafio” e “Empreendedor”. que ser firme, tem que ter espírito de iniciativa e lideran- auto-estima, achava que não tinha
Desafio é o sinónimo de duelo, repto, estímulo, provoca- ça, tem que ser um optimista, tem que ser organizado saída e que minha vida seria sem-
pre do mesmo jeito. E por isso be-
ção ou jogo para falar só de alguns termos constantes e tem que sobretudo ter um dom raro de hoje em dia... bia muito”, conta.
em qualquer dicionário de língua portuguesa. Respeito humano. Embora ainda falte uma característica A destruição dos barracos dos ca-
Empreendedor, é o termo utilizado para qualificar ou es- fundamental. tadores na década de oitenta foi a
crise que levou esta mulher a fazer
pecificar, principalmente, aquele individuo que detem de O empreendedor pode não ter as características supraci- uma mudança radical na sua vida.
uma forma especial, inovadora de se dedicar às activida- tadas na sua plenitude, mas pelo menos a maoria delas Fundadora da Asmare, sigla da As-
des de organização, administração, execução; principal- tem que as dominar. Só assim poderá tornar os significa- sociação dos Catadores de Papel,
mente na geração de riquezas, na transformação de co- dos da palavra em duelos com a inovação e inteligência, Papelão e Material Reaproveitável,
dona Geralda comanda um projecto
nhecimentos e bens em novos produtos – mercadorias só assim poderá lançar reptos aos seus concorrentes e social que atende 257 catadores
ou produtos – gerando um novo método com o seu co- ao mercado, só assim provocará a confiança nos seus em Belo Horizonte.
nhecimento. Também é utilizado no cenário económico clientes, forncedores e parceiros, só assim estimulará a Esta iniciativa foi premiada pela ONU
como uma das mais inovadoras ini-
para designar o fundador de uma empresa ou entidade, nossa economia e mercado. E invertendo ou usando es- ciativas de inclusão social. O projecto
aquele que construiu tudo a duras custas, criando o que tes sinónimos na palavra empreendedor, poder-se-á dar já lhe rendeu diversas homenagens
ainda não existia. Parte desta leitura é constante do Wiki- o verdadeiro significado que dois grandes economistas no Brasil e no exterior. A principal
pedia na sua versão Brasileira. mundiais como Schumpeter que impôs o empreende- foi o Prémio Unesco, em 1999, na
categoria Ciência e Meio Ambiente.
Se temos aqui dois métodos bem distintos de irmos bus- dor como sendo uma pessoa com criatividade e capaz Dona Geralda foi pessoalmente rece-
car informação, seja ao Larousse que temos em casa, ou de fazer sucesso com inovações, e com o “remate” de bê-lo em Nova Iorque. O que mais a
a um clique no bolso do nosso casaco ao favorito que Peter Drucker, que nos anos 70 introduziu o conceito de impressionou na cidade foi o que os
americanos deitam fora. “Aquilo não
abre o browser no Google, os seus sinónimos, como em risco, em que uma pessoa empreendedora precisa de ar- é lixo, é luxo! Deu vontade de catar
qualquer língua, não deixam de ser de diferentes aplica- riscar em algum negócio. tudo e trazer para cá”, diz.
ções naturalmente que por vezes podem ser aplicadas Os grandes desafios de um empreendedor, não são to- Quando questionada pela razão de
base ao projecto que lidera actual-
na semântica da frase a utilizar alterando-lhes o sentido das as responsabilidades que o nome acarreta, não são
mente, é peremptória, “tinha que
da sentença, ou não... as dificuldades que aparecem a todas as esquinas, não catar a fome”, diz-nos esta empre-
O desafio de um empreendedor, é efectivamente parte são as procuras de negócios e clientes nos interstícios endedora, que se dedica a este tra-
de todos os sinónimos que o dicionário nos deu. É um emergentes. O grande desafio é por vezes o significado balho desde os oito anos de idade.
A necessidade como catalisador
duelo com a burocracia, é um repto à paciência, é uma que as palavras têm. para uma atitude empreendedora. O
provocação aos estabelecidos, é um jogo de emoções, Para se ser empreendedor, não pode ser só um gestor, exemplo como inspiração e demons-
claramente um estímulo à nossa sanidade mental. Esta inteligente, inovador, respeitador e trabalhador. Falta a tração que é possível ultrapassar os
obstáculos e fazer sempre melhor
será a primeira opinião que qualquer possível candidato capacidade de liderança, a caracteristica mais aglomera- apesar das adversidades.
a entrepreneur, não os do século XVII onde pela primei- dora de todas as em cima descritas. É dentro desta que O nosso compromisso é mostrar
ra vez se ouviu esta palavra em França, para designar as se encontram as motivações e são essas que fazem rolar que é possível, apesar das dificul-
pessoas ousadas que estimulavam a economia com me- uma organização. Ou rolar para a frente ou rolar para trás. dades. Queremos com os exemplos
e artigos publicados, contribuir
lhores e novas formas de agir, mas sim, efectivamente, Gestão é fazer as coisas bem, liderança é fazer bem as para o desenvolvimento do espírito
a todos que se inspiram a serem donos dos seus novos coisas. empreendedor, mas acima de tudo
negócios, sejam eles inovadores ou não, em pleno século É de empreendedores de desafios que deixam de haver para fomentar um empreendedoris-
mo sustentável.
XXI. Isto é o que quem na sua generalidade depara, com alguns desafios aos empreendedores. Deixe-nos a sua opinião no blogue
os novos negócios ou desafios que se insurgem. http://ve-empreender.blogspot.com/
É nesta insurgência que julgo residir a diferença no signi- Rui Pedro Oliveira Mónica Monteiro
ficado da palavra desafio. Gestor de empresas
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gestão

Gestão de projectos: factor de inovação,


mudança organizacional e atitude empreendedora
A identidade de um projecto está intrinseca-
mente associada a inovação, recursos, interdis-
ciplinaridade, mudança e sentido empreende-
dor, enquanto factores de desenvolvimento e
de competitividade dos negócios.
A história da gestão de projectos está inti-
mamente associada a grandes marcos da
evolução da humanidade. Se revisitarmos os
últimos quarenta anos, recordamos projec-
tos emblemáticos como a ida do homem à
lua e a primeira mensagem electrónica entre
computadores nos anos sessenta, a constru-
ção do primeiro avião Boeing 747, o primeiro
resort da Disney World ou a Casa da Ópera
em Sidney nos anos setenta, o desenvolvi-
mento do TGV e o primeiro telefone portátil
nos anos oitenta, o lançamento do Toyota
Prius nos anos noventa e, mais recentemente,
o Iphone da Apple em 2007, acompanhado
por cerca de 30 milhões de pessoas em todo
o mundo.
Ao futuro da gestão de projectos está reser-
vado um papel determinante na inovação,
mudança e competitividade, sendo conside-
rada a nova cinderela da gestão e reconheci-
do o seu contributo para os resultados alcan-
çados. Um estudo efectuado em 2007 pelo
Deutsche Bank situava esta contribuição em
cerca de 2% do valor acrescentado, apontan-
do para uma contribuição na ordem dos 15%
em 2020.
Eduardo Santos / Docente da Escola de Gestão do Porto e Consultor de Empresas.

Um Factor de Inovação
sua cadeia de valor. Nestas empresas, o factor Ao futuro da gestão de projectos
Dentro do universo da gestão de projectos, central da apropriação de competências de
quando temos realidades de elevada dimen-
está reservado um papel
gestão de projectos será determinado pela
são, complexidade e incerteza, com produtos escala e complexidade dos próprios projec- determinante na inovação,
e processos diferentes do que anteriormente tos a desenvolver. A título de exemplo, num mudança e competitividade
foi produzido, estamos no âmbito de projectos projecto de criação de um novo automóvel de
inovadores, ou seja, produtos ou serviços úni- segmento intermédio, o valor de investimento
cos sem repetição, replicação ou recombinação é de cerca de 1000 milhões de euros, envol- a própria venda da posição da Vivo e posterior
de outros projectos desenvolvidos anterior- ve 2,5 milhões de horas de engenharia e uma aquisição da posição na Oi pela PT.
mente pelas empresas. equipa de cerca de 500 engenheiros (mega No tecido empresarial o passo de aprovação
Nas empresas project dependents, onde o des- projecto) versus outros projectos de menor dos projectos é crítico e em muitas empresas
dobramento sistemático do seu plano estra- dimensão e complexidade. não são seguidas práticas estruturadas de sco-
tégico resulta no seu portfólio, programas e No domínio das políticas de investimento do ring entre as várias acções e/ou métodos tradi-
projectos, é emergente a necessidade de as- Estado os projectos inovadores são frequente- cionais de avaliação de risco ao investimento e
segurarem com robustez e de uma forma in- mente questionados pela opinião pública, no- respectivos rácios de suporte à decisão, como
tegrada o planeamento, execução e controlo meadamente sobre a sua viabilidade económi- por exemplo, a ausência de uma estimativa do
de todas as acções aos diversos níveis da or- ca e contribuição para a modernização do País, período de retorno do investimento e do valor
ganização. Este requisito é levado ao extremo dado que estão muitas vezes sob o escrutínio liberto para o negócio.
nas empresas project driven onde a actividade de grupos de interesse, políticos e económicos,
da empresa está alinhada com característi- alargados a exemplo recentemente a infra-es-
cas de projecto na totalidade ou em parte da trutura do TGV, o novo aeroporto de Lisboa ou (Continua na página seguinte)
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gestão

Gestão de projectos: factor de inovação,


mudança organizacional e atitude empreendedora
(Continuação da página anterior) nho da gestão dos projectos. Segundo dados corrigir o que ainda for possível tendo por base
de 2009 da empresa Standish Group, apenas o método e indicadores EVM (earned value ma-
De salientar que em outras organizações a fase 32% dos projectos são bem sucedidos e 44% nagement), o passo essencial para concretizar
de aprovação dos projectos é contaminada sofrem derrapagens no tempo, orçamento, a adopção dos valores desta prática de gestão
pelo próprio DNA inovador da empresa e dos entre outros, e 24% dos projectos são can- será definir qual a estratégia de abordagem
grandes empreendedores, tornando-se o ciclo celados. Recorrendo a outros estudos per- mais adequada para que o framework de ges-
de inovação dominante face à estruturação cebemos que existem gaps técnicos como a tão de projectos entre na linguagem, código,
da decisão dos investimentos. Nestes casos inconsistência de estimativa da duração das capital e activos da empresa, tal como sucede
torna-se imperativo o controlo do entusiasmo actividades, a própria definição do âmbito e a título de exemplo nas empresas IDEO, Boeing,
e uma dose de racionalidade para os projectos como devemos lidar com a interpelação de PWC entre outras.
resultarem em casos de excelência, como é fre- risco: “já agora!” Para este salto de maturidade definitivo, é útil
quente no Grupo Virgin do carismático líder Sir Mas de facto encontramos um conjunto cen- recorrermos à analogia com outras realida-
Richard Branson. tral de razões relativas ao fraco desempenho des de negócio e sistemas de funcionamento
de cariz organizacional/comportamental, no- como por exemplo a aviação. Imaginem que
Um factor de mudança meadamente a incompatibilidade da mon- queremos pôr os projectos a voar mas não
organizacional tagem das estruturas e equipas de projecto adoptamos as normas e regras de um espaço
em desenhos organizacionais muito vertica- aéreo em que os voos são na sua maioria con-
A gestão de projectos como modelo aponta lizados, a falta de envolvimento dos actores trolados pelas torres de controlo de tráfego, os
para um framework integrado que percorre e utilizadores dos processos nos projectos, a
várias sub-áreas com vertentes técnicas e inconsistência de afectação das equipas inter-
soft da gestão, que tem um carácter interac- nas aos projectos face à sua afectação às ac- Na maioria das empresas, o status
tivo em todo o ciclo de preparação, planea- tividades de gestão corrente, a falta de com- quo actual contribui para fracos
mento, execução, controlo e fecho do projec- petências específicas de gestão de projectos e
resultados no desempenho
to. Tal como em outros domínios da gestão, de certificação dos profissionais em standards
o projecto é consubstanciado por actores (exemplo PMI, IPMA, entre outros), a deficien- da gestão dos projectos.
principais e está enquadrado num universo te comunicação do projecto junto dos grupos
de grupos de interesse, sendo de destacar de interesse e a falta de práticas e ferramentas pilotos são monitorizados pelos controladores
o sponsor, muitas vezes o ideólogo que de- pré-definidas para o funcionamento dos pro- em terra, as “Instrument Flying Rules” permitem
fine os objectivos e se compromete com os jectos.
que os pilotos voem em condições baixas de
resultados, e o gestor de projecto, que tem A interpretação destes sinais em várias em-
visibilidade e em elevadas condições de segu-
a responsabilidade de liderar o delivery. Este presas que perceberam a importância de
rança, o estudo prévio das condições meteoro-
papel sofre do paradigma da “visibilidade à criarem um framework de gestão de pro-
lógicas e a detecção antecipada de potenciais
culpa”, no sentido de proporcionar aos qua- jectos robusto para os resultados do seu
turbulências permite que o voo decorra sem
dros das empresas graus de motivação ele- negócio, levou-as a melhorar o desenho da
sobressaltos.
sua organização criando maior fluidez hori-
vados no desempenho do papel mas simul- Enfim, o nível de compromisso e esforço das
zontal, a adoptarem e identificarem áreas de
taneamente, e em contextos de derrapagens organizações na gestão de projectos deve
responsabilidades específicas para definir
no projecto, o gestor de projecto é um forte naturalmente ser em função do número (e
guidelines, práticas e ferramentas para o fun-
candidato ao encaixe de todas as responsa- velocidade) dos projectos em voo na orga-
cionamento eficiente dos projectos na orga-
bilidades. nização. Tal como outros sistemas profissio-
nização. Este papel é atribuído em algumas
No seio da organização um novo projecto es- nais de elevada fiabilidade, pilotar e contro-
empresas a áreas da qualidade, controlo de
truturante provoca várias alterações. O senti- lar projectos pode tornar-se pouco visível e
gestão ou a estruturas dedicadas tipo PMO
mento positivo de diferença à rotina associa-se ser dado no limite como uma garantia. Mas é
(Project Management Office), no caso de exis-
a uma fase inicial de grande motivação, segui- por existirem muito poucos acidentes aéreos
tir massa crítica de projectos e vantagens
da pelo aparecimento de várias dúvidas sobre dentro do sistema que os pilotos continuam
de especialização que justifique esta opção,
o futuro e uma forte recaída anímica. Este fenó- a estimular o desenvolvimento de compe-
apoiando as equipas de projecto no delivery
meno é conhecido pela curva da adrenalina ou tências, a formação e se mantêm em pleno
e em simultâneo a gestão de topo na visão,
queda no vale do desespero e no caso portu- funcionamento e actualização as torres de
planeamento e reporting de uma gestão de
guês é especialmente notório, desenvolvendo- controlo aéreo.
projectos uniforme e consistente.
se nos próprios colaboradores uma certa urti- Da mesma forma, a cultura de gestão de pro-
cária se após a transmissão da necessidade de Uma atitude empreendedora jectos sustentada é indispensável para uma
desenvolver um projecto não se estiver a exe- maior probabilidade de obtenção dos resulta-
cutar nada 10 minutos depois! Tendo a empresa criado condições para alinhar dos esperados nas empresas, ou seja, um ver-
Na maioria das empresas o status quo actual aos princípios de gestão de projectos: planear dadeiro factor de competitividade que requer
contribui para fracos resultados no desempe- antes de agir, controlar para gerir o projecto e uma atitude empreendedora.
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Breves

Projectos inovadores preocupação com a execução, dado o panora- binete do Empreendedor e o GIP (Gabinete de
ma económico. Nesse sentido, adiantou, “foram inserção Profissional) o workshop “Empreen-
a Norte com seis
lançadas medidas simplificadas para acelerar dedorismo e Financiamento: Que alternativas?”
milhões para alavancar a execução”. Trata-se, explicou, de “mecanismos (http://www.incubit.biz/newsletter/worksho-
investimentos excepcionais de alargamento dos prazos para pEIAAUM.html). Finalmente, entre os dias 18 a
por em marcha os projectos, nos casos em que 20, a IncubIT participará como parceiro na Feira
as condições em que os projectos foram apro- do Empreendedor 2010.
vados foram substancialmente alteradas”. Até ao
momento,“27% das empresas, cerca de 1000 das Semana Global
4000 com projectos já aprovados, aproveitaram
estes mecanismos”.
do Empreendedorismo
2010 arranca
a 15 de Novembro
IncubIT participa
na Semana Global
do Empreendedorismo
São cerca de seis milhões de euros disponíveis
para alavancar investimentos empresariais e A IncubIT irá marcar uma participação activa no
conceitos inovadores nas zonas Norte e Centro âmbito da Global Entrepreneurship Week 2010,
do país que a Invicta Angels, clube de investido- organizando, dinamizando e participando em
res informais (Business Angels) apresentou no eventos associados à Semana Global do Empre-
Porto. endedorismo, que terá lugar entre 15 e 21 de
Segundo Ricardo Luz, presidente da Invicta An- Novembro próximos.
gels, esta verba será destinada a investimentos Esta participação da IncubIT surge no âmbito da
em cerca de 50 empresas em oito sectores cha- sua missão de desenhar, implementar e acom-
ve, entre os quais as nanotecnologias, saúde, panhar projectos integrados de promoção do
desenvolvimento sustentável, biotecnologia ou empreendedorismo económico e social. Entre as
tecnologias de informação e comunicação, e actividades desenvolvidas contam-se, no dia 15,
que reúnam condições de crescimento global. a organização conjunta com a ESEIG (Escola Su-
Estes programas de investimento estão disponí- perior de Estudos Industriais e de Gestão) do IPP
veis até 30 Julho de 2013, com um prazo máxi- (Intitulo Politécnico do Porto) o Workshop “Em-
mo de investimento de 10 anos, e destinam-se a preendedorismo e Inovação” (mais informação A Semana Global do Empreendedorismo 2010
empresas em fase de constituição ou criadas há em http://www.incubit.biz/newsletter/worksho- em Portugal, organizada pela SEDES e pela
menos de três anos, certificadas como PME para pEI_ESEIG.html). APBA, terá lugar em Lisboa entre os dias 15 e 21
o desenvolvimento de projectos inovadores e de Novembro e decorre em simultâneo em mais
registadas nas NUTS II Norte e Centro. de 100 países, envolvendo em Portugal mais de
As Sociedades Veículo constituídas para agilizar uma centena de iniciativas e cerca de 60 parcei-
estes investimentos resultam de parcerias entre ros.
os BA, que asseguram parte da verba a investir, e Luís Barata, secretário-geral da SEDES, sustenta
dotações do Compete, ficando os BA responsá- que “a educação  do fomento do empreende-
veis pela gestão destes fundos. Segundo Nelson dorismo é de enorme relevância para criarmos
de Souza, gestor do programa Compete, foram nos nossos jovens uma cultura de risco e ousa-
já constituídas 50 Sociedades Veículo a nível na- dia, combatendo o problema cultural do medo
cional, envolvendo mais de 200 BA, num volume de falhar/insucesso, mas sim valorizá-lo como
de investimento superior a 40 milhões de euros, fonte de aprendizagem”. Por outro lado, “há que
dos quais 27 milhões atribuídos pelo Compete. prestigiar a classe empresarial, sendo o actual
momento propício à criatividade e ao lançamen-
Taxa de execução to de inovações que permitam o aparecimento
para empresas de 27% de novos negócios”.
Portugal regista “níveis ainda muito  reduzidos,
No que toca à dotação orçamental do QREN para mas crescentes, de empreendedorismo quali-
o investimento empresarial, Nelson de Souza as- ficado e de base tecnológica, muito devido à
segurou que este está “totalmente comprometi- No dia 16, será organizado, com o Hub Porto, o maior sensibilidade das escolas para o apoio à
do”, com uma taxa de aprovação 8% superior ao workshop “Empreendedorismo e Inovação” (in- criatividade e inovação, financiando as paten-
orçamento total do QREN, representando 1/3 do formação pode ser consultada em http://www. tes”. Contudo, “há que melhorar a gestão dos
volume total do QREN até 2013. incubit.biz/newsletter/workshopEI_HUB.html ). direitos das mesmas entre os interlocutores pós-
A taxa de execução, por sua vez, neste conjunto Já no dia 17, está prevista a organização, com a desenvolvimento do projecto, de forma a evitar
de investimentos para empresas, é de de 27%, AAUM (Associação Académica da Universidade bloqueios indesejados e bloqueadores dos pro-
disse. Aquele responsável manifestou a sua do Minho), nomeadamente com o Lifoff – Ga- jectos”.
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Entrevista

“Só as mais fortes poderão sobreviver lutando pelos seus ideais e mantendo níveis de qualidade”

Clínica de Nutrição do Porto abre filial em Guimarães


Vida Económica – O que levou, en- nibilidade financeira para acompa-
quanto jovem empreen­dedor, a op- nhar as mais recentes tecnologias
tar pelo mercado da sáude e do bem- permite ajustar o binómio qualida-
estar? de/preço.
Pedro Queiroz – Desde o primei-
ro ano de faculdade que decidi VE – Qual o perfil do(a) Cliente da
que esta seria a opção a tomar. Ao CNP? Do Oporto Medical SPA?
longo dos anos da licenciatura fui PQ – Da CNP, é um cliente informa-
canalizando todas as energias e do, que procura resultados e está
aprendiza­gem para tornar esse so- disposto a pa­gar para ter a máxima
nho possível. Lembro que no último qualidade de serviço e atendimen-
ano (estágio) preparei tudo ao de- to. No SPA, é um cliente que busca
talhe: quanto iria cobrar por consul- um refúgio na cidade onde consiga
ta, quantos clientes teria de ter para ter um momento só para si num
o negócio ser economicamente vi- espaço com detalhes de serviço ao
ável, até ao pormenor de saber de melhor nível internacional.
antemão tudo o que seria necessá-
rio investir (da balança à fita métri- VE – Qual a taxa de fidelização que a
ca) … Foi das fases mais interessan- CNP regista?
tes no processo de em­preender a PQ – Felizmente, podemos ter orgu-
criação de uma empresa. Pedro Queiroz ambiciona que a CNP seja a melhor clinica na área da perda de peso. lho na nossa taxa de fidelização. Te-
mos clientes que nos acompanham
VE – Quais as dificuldades que encon­ VE – Enquanto empresário, quais do a tecnologias não cirúrgicas. A desde o primeiro ano de actividade
trou aquando da criação da sua pró- são as áreas em que actua directa- inclusão recente da “lipo-aspiração” e vão diversificando os trata­mentos
pria empresa? mente? não-cirúrgica demonstra a aposta que fazem, de forma a manter e
PQ – A escolha do local sabia ser PQ – A Clínica está focada na perda da clínica na excelência dos trata­ op­timizar os resultados. A taxa de
determi­nante para o sucesso deste de peso de forma saudável. mentos de gordura localizada. satisfação é também muito eleva-
projecto. Assim que determinei o da e é essa que permite um efeito
local, procurei o imóvel e o mais di- VE – Qual o factor diferenciador da VE – A CNP conta já com uma uni­ poderosíssimo que é o efeito “pas­sa
fícil foi arranjar fundos para adquirir Clínica de Nutrição do Porto face aos dade em Guimarães. Podemos espe- palavra”.
o espaço. Investi na altura tudo o restantes players no mer­cado? rar a abertura de novas unidades no
que tinha, pois sabia que era aquilo PQ – Procuramos inovar no atendi- futuro próximo? VE – Que importância assume o re-
que queria fazer para a vida. Os dois mento e dedicação ao cliente, es- PQ – A abertura em Guimarães crutamento para si?
primeiros meses sem clientes tam- tando constantemen­te a acompa- é uma ex­periência para testar o PQ – Procuramos sempre os me-
bém não foram nada fáceis. nhar as mais recentes tecnologias. conceito noutros mer­cados. Por lhores pro­fissionais em cada área e
Apesar das metodologias únicas, vezes, em meios mais pequenos fazemos de tudo para os procurar
VE – A preocupação com a adopção julgo que a mais-valia principal está apercebemo-nos de detalhes que manter motivados e empenhados.
de estilos de vida mais saudáveis e o na equipa que diaria­mente procura complemen­tam a qualidade do
culto ao corpo é uma realidade hoje ajudar todos aqueles que pro­curam serviço. A aposta noutros mercados VE – Como encara este período que
em dia. Em que medida esta mu- corrigir o peso em excesso e iniciar poderá surgir, mas não é nesta fase vivemos na economia portuguesa?
dança cultural da sociedade portu- uma nova etapa das suas vidas. É uma prioridade. Que implicações tem a conjuntura
guesa tem influen­ciado o desenvol- este entusiasmo que nos motiva a actual no desenvolvimento da estra-
vimento do mercado da estética e procurarmos ser a melhor clínica de VE – Numa área onde a tecnologia é tégia da em­presa?
bem-estar? nutrição no Norte do país. cada vez mais avançada, com uma PQ – É um período de muitos ajus-
PQ – Sem dúvida que esta nova forte pressão para reduções dos pre- tes e de encargos acrescidos para
percepção da sociedade tem torna- VE – Qual o conceito na base da Clíni­ ços, como consegue a Clínica de Nu- as empresas. Só as mais fortes po-
do a procura por estes serviços uma ca de Nutrição do Porto? trição do Porto manter o equilíbrio derão sobreviver lutando pelos
constante ao longo dos anos. Mas, PQ – Ser a melhor clínica na área da entre qualidade/pre­ço para os seus seus ideais e mantendo níveis de
como em todas as áreas, à medida perda de peso, onde a dedicação e clientes? qualidade. A estratégia da empresa
que o mercado aumenta, a concor- os resultados que diariamente aju- PQ – É de facto uma área onde a não tem, para já, sofri­do grandes
rência apresen­ta também novas damos a alcançar nos moti­vam para evolução é uma constante e as tec- alterações ao nível do investimen­
soluções. O grande desafio é acom- continuamente apresentarmos o nologias surgem a um ritmo cada to muito devido à forte estrutura
panhar constantemente o avanço melhor serviço. A par dos melhores vez mais veloz. Julgo que a aposta accionista e mantermos os nossos
dos conhecimentos clínicos e esté- especia­listas em nutrição, procura- feita na nossa equipa de profissio- ideais na busca contí­nua do melhor
ticos, apresen­tando um serviço de mos disponibilizar as mais recentes nais (enfer­meiras, fisioterapeutas e serviço nesta área.
excelência de forma constante e tecnologias para eliminação de ce- profissionais de esté­tica) é a grande
permanente. lulite e gordura localizada, recorren- mais-valia da clínica onde a dispo- (Continua na página seguinte)
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ENTREVISTA

“Só as mais fortes poderão sobreviver lutando pelos seus ideais e mantendo níveis de qualidade”

Clínica de Nutrição do Porto abre filial em Guimarães


(Continuação da página anterior) de produtivi­dade da empresa para terrânica… Mas o que veri­ficamos VE – Que conselhos daria aos
a qual trabalha. Nesse sentido, con- diariamente é que as pessoas de- empre­endedores de Portugal, neste
VE - Será possível estabelecer uma sidero que possa ser um contri­buto vido ao ritmo de vida e outras con- momen­to?
relação entre o bem-estar físico e para a melhoria de produtividade. dicionantes se têm afastado desse PQ – Procurem ser os melhores na-
emo­cional que empresas como a sua ideal alimentar, voltando-se para quilo que fazem. Acreditem no vos-
pro­porcionam as pessoas e elevados VE – Muito se fala da obesidade da So- práticas alimentares menos variadas so projecto e lu­tem para que seja
níveis de produtividade de colabora- ciedade Portuguesa e dos benefícios e saudá­veis. Com base, numa análise viável. Façam aquilo que gostam
dores nas empresas? da dieta mediterrânica, o que parece detalhada destes e outros factores para que o vosso trabalho seja “um
PQ – Julgo que uma pessoa quando ser um contra-senso. Quais os factores propomos às pessoas que nos pro- divertimento”.
se sen­te bem consigo própria con- que na sua opinião, contribuíram para curam incutir novas regras práticas e
segue transmitir esta mensagem a esta mudança de comportamentos? fáceis de implementar para que pos- Mónica Monteiro
nível interpessoal (amigos, familia- PQ – Seria de facto um contra-senso, sam pertencer ao lado saudável da
res, colegas de trabalho…), o que se as pessoas aplicassem no seu dia- estatística e sentirem-se com mais Ver versão integral:
aca­ba por se manifestar no nível a-dia os princí­pios da dieta medi- saúde, mais beleza e mais bem-estar. http://ve-empreender.blogspot.com

Opinião

Sua organização estimula


o intra-empreendedorismo?
O conceito de intra-empreendedo- O verdadeiro renciando recursos para transfor-
rismo foi estabelecido há duas déca- má-las em negócios de sucesso.
empreendedor é aquele Luís Augusto
das, mas as empresas não estavam Além de não termos a prática de Lobão Mendes
dispostas a dar aos empregados a que é capaz de identificar, trabalho e arquitecturas organiza- Professor da Fundação
liberdade para criar e, consequen- agarrar e aproveitar cionais que permitam o estímulo do Dom Cabral
temente, errar e oferecer-lhes um as oportunidades comportamento empreendedor, ou-
orçamento para financiar inovação, tro ponto negativo pode ser a própria do mercado e satisfazê-las antes da
além do mais não queriam arcar sistema revolucionário para acelerar cultura da empresa. Muitas vezes ela concorrência. E, por fim, a dimensão
com os custos dos erros que inevi- as inovações dentro de grandes em- desencoraja a busca de oportunida- de assumir riscos e aceitar o fracasso
tavelmente acontecem no percurso. presas, talvez esta mudança de mar- des, sobretudo nas organizações al- é determinante para agarrar oportu-
Hoje esse conceito já está muito di- cha necessária, que se realiza através tamente formais e burocráticas. Para nidades que podem aumentar a van-
fundido e valorizado nas organiza- do uso melhor dos seus talentos difundir uma cultura mais empreen- tagem competitiva da empresa.
ções. Na verdade o desejo “dourado” empreendedores. É um sistema que dedora devemos actuar em quatro Com a aceleração da dinâmica da
é criar uma organização em que os oferece uma maneira saudável para dimensões. A primeira e mais impor- competição, o patrimônio humano
colaboradores fazem a diferença de se reagir aos desafios empresariais. tante é a autonomia, que permite às das organizações talvez seja a única
forma voluntária porque querem e Mas nem todas as organizações pessoas agirem sem as sufocantes forma verdadeiramente sustentável
vêem vantagens pessoais em fazê- conseguem visualizar essas oportu- restrições impostas por políticas e de vantagem competitiva. Acredi-
los, ou seja, ter performance empre- nidades, por estarem ainda presas a estruturas desenhadas para entregar tamos que as pessoas são dotadas
sarial e humana simultaneamente. modelos de negócio ultrapassados produtos e serviços, mas que não de uma curiosidade inata e estão
A competência de execução nada – continuam subestimando seus ta- preparam o ambiente para a busca imbuídas da motivação natural
mais é do que uma forte ênfase no lentos e subutilizando as aptidões de novos negócios e oportunidades para agir e aprender. Portanto, de-
curtíssimo prazo, mas quando força- da sua equipe. A busca incessante de melhoria. Inovação é a segunda vemos aproveitar a engenhosidade
da além do necessário leva a dete- pelo último ponto percentual de dimensão mais importante, pois re- de nossas equipes e recompensar
rioração organizacional. Figurativa- produtividade faz a empresa igno- flecte a tendência da empresa de os empreendedores internos para
mente, afirmamos que a marcha de rar o enorme potencial inexplorado apoiar novas idéias, novidades e ex- que sejam importantes agentes de
um automóvel tem limite de veloci- do seu patrimônio humano e acaba perimentações, que possam resultar desenvolvimento. Isso pode ser feito
dade e se você forçar além do limite sufocando o espírito empreende- em novos produtos ou serviços, bem com a introdução de novos produ-
o motor estoura, ou seja, chega um dor das equipes. O verdadeiro em- como fazer algo de forma mais racio- tos e métodos de produção, além de
momento em que você precisa tro- preendedor é aquele que é capaz nal e econômica. A terceira dimensão outras atividades inovadoras que es-
car de marcha. de identificar, agarrar e aproveitar é a pró-actividade, capacidade de timulam a competitividade e o cres-
O intra-empreendedorismo é um as oportunidades, buscando e ge- antecipar as necessidades futuras cimento da organização.
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newsletter N.º 4 | Novembro/Dezembro 2010

Caso em destaque

O mercado doméstico é uma das apostas da i-sete


“Colaboradores devem ser mais do que meros executantes da função”
A i-sete foi, em 2009, considerada uma temente a ser estimulados a apresentar
das cinco maiores empresas na área da novas ideias. A evolução do número de co-
reciclagem dos consumíveis informáti- laboradores é apenas mais um indicador
cos. Embora tenha somente 5% de mer- que reflecte o enorme crescimento que a
cado, o que resulta da enorme dispersão empresa tem. Os 24 colaboradores estão
que existe. A empresa, que começou a afectos em cerca de 70% à área de negó-
sua actividade pela reciclagem de consu- cio dos consumíveis informáticos e 30% à
míveis, actua também ao nível da eficiên- área de eficiência energética.
cia energética. Existe um esquema de prémios atribu-
A i-sete foi criada em Dezembro de 2005 ídos de forma clara de acordo com o
por Tiago Vasconcelos, licenciado em desempenho de cada colaborador, que
Gestão de Empresas, tendo o início de é conhecedor dos objectivos que tem de
actividade da empresa ocorrido em Ja- atingir e do seu papel na organização.
neiro de 2006. O sistema de avaliação é aprovado por
Tiago Vasconcelos é o exemplo de um todos e é transversal em que todos se
jovem empreendedor de 39 anos com avaliam mutuamente, esta transparên-
elevada formação e com vontade de cia reduz o ruído laboral que uma ava-
“O projecto de internacionalização é um dos próximos passos no desenvolvimento da empresa”,
fazer algo diferente, não querendo de- adianta Tiago Vasconcelos.
liação de desempenho sempre provoca.
pender de outrem para concretizar o seu Criando com isto condições a uma com-
sonho. Definindo-se como alguém com marca própria, que já é registada, e na petitividade saudável, sendo que o bom
Factores de sucesso no negócio
a cabeça no ar e pés assentes na terra, sua divulgação nacional. Este crescimen- ambiente de trabalho é estimulado pelo
que se pode traduzir por um sonhador to passará pela aposta no mercado das responsável da empresa, que tem cons-
Tiago Vasconcelos destaca para o
realista, alguém com vontade de fazer entidades públicas e do mercado domés- ciência que grande parte do tempo da
sucesso de um negócio o fazer aquilo
algo diferente mas com perfeita noção tico com serviços de valor acrescentado. nossas vida adulta é passado no nosso
que se gosta até pela dedicação que
das dificuldades. A sustentabilidade da empresa passa local de trabalho.
exige um negócio e por outro lado o
A empresa tem como âmbito de actuação pelo elevado grau de fidelização de No entanto, existe uma política de res-
timing de entrada, que resulta da aná-
geográfica o território nacional, incidindo, clientes (cerca de 90%), o que patenteia ponsabilização individual fruto da política
lise das barreiras à entrada. Facilidade
essencialmente, entre o concelho da a qualidade e resposta às expectativas de exigência que é transversal à organi-
de entrada implica por norma grande
Trofa onde está localizada a sua sede e dos clientes. Outro factor de diferencia- zação, que ajuda a elevar os índices de
concorrência, relembra o empresário.
Lisboa onde tem uma delegação. ção passa pela rapidez no fornecimento motivação.
Em negócios com elevadas barreiras
A i-sete praticamente desde o início de normalmente inferior a 24 horas. Ainda na vertente de recursos humanos,
à entrada, conseguindo ultrapassar as
actividade é certificada em qualidade e existe uma aposta forte na formação dos
dificuldades de entrada pode ditar o su-
em ambiente. Eficiência Energética colaboradores e na pessoal, refere Tiago
cesso do mesmo.
Embora o projecto tenha sido apoiado Vasconcelos, em que o posicionamento
O volume de negócios em 2009 foi de
pelo Instituto de Emprego e Formação A área da eficiência energética é com- cerca 992 mil euros, o que representa nesta área é a da aprendizagem contí-
Profissional no âmbito de apoio a Iniciati- posta por duas vertentes: serviços e um crescimento de 39% face ao ano nua pois considera se os colaboradores
vas Locais de Emprego (ILE), Tiago Vas- produtos. anterior, o que de facto é extremamen- da empresa não tiverem a formação ade-
concelos refere que este apoio tendo sido Os serviços passam pelas auditorias e te relevante muito mais em ano de pela quada quem perde é a empresa.
importante na fase inicial de negócio, não certificação energética, estando a em- crise económica que afecta todos os
foi fundamental para o arranque do mes- presa acreditada para o efeito. Estes sectores. Esta variação do volume de Investigação e Desenvolvimento
mo, até porque não é repetível. representam cerca de 80% do volume de negócios explica-se em grande parte
No último ano, o negócio na área dos negócio desta área. pelo crescimento da componente de O empresário adianta que, em termos de
consumíveis representou cerca de 50% Dos produtos comercializados destacam- prestação de serviços, o que traduz uma I&D, esta a ser desenvolvida uma parce-
do volume de negócios da empresa. Num se os equipamentos de racionalização diversificação do negócio. ria com uma universidade de referência
mercado extremamente concorrencial, energética para iluminação pública. Os Os resultados do exercício têm sido posi- em que o foco é o aproveitamento de
diferencia-se pela garantia de qualidade produtos comercializados pela i-sete tivos nos últimos anos e reflectem já uma Know-how proveniente do meio acadé-
sendo em tudo semelhante à garantia de representam soluções exclusivas e com consistência notável para uma empresa mico complementado pela sua aplicação
produtos originais. responsabilidades perfeitamente defini- ainda jovem, prevendo-se o retorno do ao mundo empresarial através da i-sete.
Como perspectivas para o futuro neste das na cadeia de valor. As soluções de capital investido ainda no corrente ano. O projecto de internacionalização é um
mercado, Tiago Vasconcelos aponta um iluminação pública apresentadas pela A empresa que começou apenas com 10 dos próximos passos no desenvolvimen-
modelo de negócio inovador que vai ser empresa possibilitam uma redução de colaboradores conta já com 24 pessoas. to da empresa, apontando o mercado es-
complementado com serviços que deve- cerca 40% do custo de iluminação públi- Tiago Vasconcelos refere que os colabora- panhol como natural, este processo está
rão estar implementados até ao final do ca. O público-alvo deste tipo de produtos dores devem ser mais do que meros exe- numa fase de estudos de mercado.
primeiro semestre de 2010 e que per- é essencialmente o Estado, existindo ac- cutantes da função tem de estar imbuídos
mitirá, segundo o empresário, duplicar tualmente um grande potencial de cresci- de espírito de missão, estando permanen- Paulo Ferreira
a facturação nesta área, apostando na mento do produto.

Ficha técnica:
Coordenadora: Mónica Monteiro
Coordenadora-adjunto: Patrícia Flores
http://ve-empreender.blogspot.com Colaboraram neste número: Eduardo Santos; Marc Barros; Mónica Monteiro;
Patrícia Flores; Paulo Ferreira
Paginação: José Barbosa
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