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Valor”, escrito em 1923 pelo economista russo Isaak Illich Rubin, com o objetivo de
contribuir para discussão marxista do valor e contrapor tais ideias com as propostas
clássicas apresentadas. O presente ensaio prende-se apenas aos primeiros cinco
capítulos do livro, os quais destacam a teoria do fetichismo da mercadoria apresentada
por Karl Marx.
Para a primeira parte de seu livro, Rubin atenta para o fato de que a teoria do
fetichismo da mercadoria não atingiu sua devida importância dentro da discussão da
economia marxista. O autor assume que tanto os pensadores adeptos aos conceitos
marxistas e os que são contrários dos mesmos, admitem a ousadia e engenhosidade
desse conceito, e que, no entanto, há também autores que não consideram a teoria de
Marx sobre o fetichismo como um conceito que possa ser aceito no contexto da
Economia Política. Além disso, Rubin atenta para a questão de que tanto os adeptos
quanto os não adeptos das teorias de Marx consideram o fetichismo como um conceito
separado e pouco relacionado com a teoria econômica de Marx, ou seja como se este
fosse uma teoria fora da obra de Marx ou um apêndice do autor, quando na verdade a
este conceito está inserido dentro da obra “O Capital”, uma das mais consagradas de
Karl Marx. A partir disso Rubin (1980) afirma que a teoria do fetichismo é, per se, a
base de todo o sistema econômico de Marx, particularmente de sua teoria do valor.
Ainda quanto essas relações, Rubin (1980) chama a atenção de que ambos os
processos podem parecer mutuamente exclusivos. Por um lado, a forma social das
coisas é tratada como resultado das relações de produção entre as pessoas. Por outro,
essas mesmas relações de produção estabelecem-se entre as pessoas somente na
presença de coisas com uma forma social específica. Assim, a forma social de coisas é
simultaneamente o resultado do processo prévio de produção e das expectativas sobre o
futuro.
Assim, temos que todo tipo de relação de produção que compõe a economia
mercantil-capitalista traz consigo uma forma social particular em relação às mercadorias
pelas quais os indivíduos mantêm suas relações dentro dessa sociedade específica.
Quanto à forma dinheiro, Rubin chama atenção para distinção que Marx nos
apresenta quanto a “função dinheiro” e a “função capital”. As diferentes relações de
produção entre compradores e vendedores correspondem a diferentes funções do
dinheiro. O autor afirma, então, que o capital é também uma função social específica,
pois uma condição de capital não corresponde às coisas como tais e sob qualquer
circunstância, mas é uma função que , conforme as condições em que elas se encontrem,
podem ou não desempenhar.