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Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício


ISSN 1981-9900 versão eletrônica
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INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA


EM IDOSOS

Nádia Souza Lima da Silva1


Gabriela Rezende de Oliveira Venturini1
Joaquim Damasceno3
Paulo de Tarso Veras Farinatti1,2

RESUMO ABSTRACT

Muito já se conhece sobre os efeitos do Influence of resistance training on


treinamento contrarresistência em jovens, mas cardiorespiratory aptitude in elderly people
ainda pairam dúvidas sobre sua influência na
melhoria do sistema cardiorrespiratório, Much is already known about the effects of
principalmente quando se trata de indivíduos resistance training on young people. However,
mais velhos. Assim, o presente estudo teve there are still questions regarding its influence
por objetivo verificar a influência do on cardiorespiratory system improvements,
treinamento resistido sobre a aptidão especially in older individuals. Thus, the
cardiorrespiratória de idosos. Participaram do present study has the objective of verifying the
estudo 10 indivíduos idosos (69 ± 5,4), influence of resistance training on the
sedentários, de ambos os sexos. A massa cardiorespiratory aptitude of elderly people. 10
corporal, a estatura, a força muscular sedentary individuals of both sexes, aged 69 ±
isocinética e o consumo de O2 em um teste 5.4 years, participated in the study. Their
cardiorrespiratório sub-máximo foram mass, height, isokinetic strength and oxygen
coletados antes e após cinco meses de consumption in a submaximal cardiorespiratory
treinamento contra resistência. Para stress test were measured before and after five
comparação das variáveis observadas foi months of resistance training. In order to
aplicado um Teste T para medidas repetidas. compare the variables that were observed, a T
Um p≤0,05 foi adotado para determinar o nível test for repeat measurements was used and
de significância. Houve diminuição significativa the level of significance was established as p≤
do consumo de O2 relativo (p=0,003) e total 0.05. There was a significant reduction of
(p=0,002) para o mesmo esforço realizado, relative (p=0.003) and total (p=0.002) oxygen
uma vez que o tempo gasto para a realização consumption for the same expenditure of
dos dois testes não foi estatisticamente effort, considering that there was no obvious
diferente (p=0,08). Não houve diferença change between tests in the time spent on the
significativa no acréscimo de força isocinética evaluation (p=0.08). There was no significant
após os cinco meses de treinamento. Conclui- increase of isokinetic strength after the five
se que o treinamento resistido pode ser months of training. We conclude that
considerado um meio eficaz para o resistance training may be considered an
desenvolvimento da capacidade aeróbia de efficient means for developing aerobic capacity
idosos, ao menos dos mais frágeis. in elderly people, at least for the more fragile
individuals.
Palavras-chave: Envelhecimento. Força
Muscular. Sistema Cardiorrespiratório. Key words: Aging. Muscular Strength.
Treinamento contrarresistência Cardiorespiratory System. Resistance
Training.
1-Programa de Pós-Graduação em Ciências
do Exercício e do Esporte da Universidade do 3-Universidade do Estado do Rio de Janeiro-
Estado do Rio de Janeiro-UERJ, Rio de UERJ, Rio de Janeiro, Brasil.
Janeiro, Brasil.
2-Programa de Pós-Graduação em Ciências E-mails dos autores:
da Atividade Física da Universidade do Estado nadiaslimas@gmail.com
do Rio de Janeiro-UERJ, Rio de Janeiro, gabriela-venturini@hotmail.com
Brasil. joaquimst07@gmail.com
pfarinatti@gmail.com

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INTRODUÇÃO conhecimentos que subsidiam de forma cada


vez mais científica o treinamento, por outro
Com o processo de envelhecimento tem-se deparado com resultados por vezes
tende a haver um declínio gradativo das conflitantes, principalmente quando se trata da
capacidades motoras (Buchman, 2010; Deary influência desse tipo de treinamento sobre
e colaboradores, 2011) que dificulta a respostas agudas e crônicas de organismos
realização das atividades diárias e, por mais velhos.
conseguinte, a manutenção de um estilo de Muito já se conhece sobre os efeitos
vida ativo (Aagaaard e colaboradores, 2010; do treinamento contra resistência em
Hanson e colaboradores, 2009). indivíduos jovens, no entanto, cabe ainda
Enfatiza-se no presente estudo o questionar se indivíduos idosos submetidos a
declínio da força muscular pelo fato desta já uma sessão de treinamento similar àquela
apresentar uma diminuição, apesar de lenta, a realizada por jovens apresentariam respostas
partir da terceira década de vida, acentuando- diferentes, já que apresentam uma menor
se gradativamente após os 50 anos de idade aptidão muscular e cardiorrespiratória do que
(Narici e Maffulli, 2010), podendo vir a adultos jovens.
apresentar impacto sobre os níveis de O fato de ocorrer o declínio da massa
independência funcional nas idades mais muscular com o aumento da idade, com
avançadas (Santos-Eggimann e impacto negativo sobre a força, função
colaboradores, 2008). metabólica e cardiovascular (Sanada e
O declínio da força muscular com a colaboradores, 2012), poderia levantar a
idade decorre da diminuição e perda do tecido suposição de que as respostas agudas e
muscular em detrimento do aumento de tecido crônicas de idosos seriam diferentes das
adiposo e tecido conjuntivo (Sakuma, Aoi e observadas em adultos jovens submetidos a
Yamaguchi, 2015). um mesmo tipo de treinamento.
A sarcopenia, como é chamado esse Nesse sentido, paira sobre esse tipo
processo, caracteriza-se principalmente pela de treinamento uma questão ainda
diminuição da quantidade e da qualidade das controversa: a influência deste sobre a
proteínas contráteis, impactando melhoria do sistema cardiorrespiratório,
negativamente na capacidade de exercerem principalmente quando se trata de indivíduos
tensão suficiente para vencer uma resistência mais velhos.
na realização de uma tarefa (Drey e No caso de adultos jovens, pode-se
colaboradores, 2014). afirmar que o treinamento de força parece não
Para Sanada e colaboradores (2012), afetar cronicamente a capacidade
essa involução da massa muscular não tem cardiorrespiratória, como demonstraram
implicação somente na força, mas também Camargo e colaboradores (2008) ao
sobre as funções metabólicas e evidenciarem que a influência do treinamento
cardiovasculares. da força sobre a capacidade
Logo, encontrar caminhos para que o cardiorrespiratória de jovens se dá em virtude
indivíduo que envelhece possa manter níveis de melhoria do componente periférico do
aceitáveis dessa capacidade física tem sido consumo de oxigênio. Uma maior massa
objeto de pesquisas em diferentes áreas. muscular, por si só, melhoraria a eficiência
No âmbito da atividade física, há mecânica do indivíduo e incrementaria a
evidências de que o treinamento resistido diferença arteriovenosa de oxigênio (Santa-
induz melhorias na função e estrutura Clara e colaboradores, 2002).
muscular, articular e óssea (ACSM, 2009). Portanto, nesse caso, é lógico pensar
Achados como esses levaram à que os efeitos crônicos dos exercícios contra
aceitação de que é importante incluir resistência sobre VO2máx. não se igualam
programas de treinamento da força muscular àqueles do treinamento aeróbio.
para a conservação da capacidade de trabalho Entretanto, algumas evidências
e autonomia do idoso. encontradas na literatura apontam para a
Estudos sobre o tema acumulam-se, possibilidade de impacto positivo dos
lidando com diferentes estratégias de exercícios de força sobre a condição aeróbia,
prescrição e populações - se isso, por um ao menos quando se tratam de adultos com
lado, contribuiu para a produção de idades avançadas (Haykowsky e

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colaboradores, 2005; Vincent e colaboradores, Coleta dos Dados


2002).
Nesse sentido, encontrar respostas No início da pesquisa os voluntários
para a questão levantada torna-se passaram pelos seguintes procedimentos de
interessante ao remetermo-nos à prescrição coleta de dados, distribuídos por quatro dias:
do exercício para pessoas mais velhas. na primeira visita ao laboratório os voluntários
Para manterem ao longo do processo foram submetidos às medidas antropométricas
de envelhecimento bons níveis de autonomia e ao teste de força muscular para membros
funcional os idosos necessitam estimular, inferiores e em uma segunda visita realizaram
através de exercícios sistematizados, tanto o o Teste Cardiorrespiratório submáximo, para
sistema neuromuscular quanto o determinação da aptidão cardiorrespiratória.
cardiorrespiratório, uma vez que uma boa No terceiro e quarto dias foram submetidos ao
aptidão cardiorrespiratória implica na teste e ao re-teste de 10 repetições máximas
realização de trabalhos sem fadiga excessiva, (10RM) nos exercícios selecionados. As visitas
ao mesmo tempo em que contribui para a ocorreram com um intervalo mínimo de 48
prevenção de doenças cardiovasculares e horas e máximo de 120 horas entre si. Ao final
respiratórias (ACSM, 2009). de cinco meses de treinamento
Desse modo, treinos de força, que contrarresistência os sujeitos foram
podem ser mais curtos, podem constituir uma reavaliados.
boa opção de treinamento para idosos, ao
menos quando seus níveis de condição Medidas Antropométricas
aeróbia são reduzidos.
Com isso, aos benefícios já bem Para determinação do IMC foram
reconhecidos do treinamento da força sobre a aferidas a massa corporal e a estatura, de
função muscular, somar-se-ia o acordo com as padronizações descritas por
aprimoramento da capacidade Gordon, Chunlea e Roche (1988) e Martin e
cardiorrespiratória. colaboradores (1988), respectivamente.
Assim, o presente estudo teve por
objetivo verificar a influência do treinamento Teste de força muscular Isocinética
resistido sobre a aptidão cardiorrespiratória de
idosos. Antes da avaliação isocinética
propriamente dita, os participantes foram
MATERIAIS E MÉTODOS submetidos a aquecimento geral com cinco
minutos de trabalho aeróbio em cicloergômetro
Amostragem da marca Cateye (CateyeTM, Tóquio, Japão),
sem carga e com velocidade de conforto.
Participaram do estudo 10 indivíduos Posteriormente, após calibragem do aparelho,
idosos (69 ± 5,4), sedentários, de ambos os os voluntários realizaram aquecimento
sexos. Antes da coleta de dados os voluntários específico no dinamômetro isocinético Biodex
responderam ao questionário PAR-Q 4 Pro (BiodexTMMedical Systems, Shirley, NY,
(Shephard, 1992) e assinaram o termo de USA), para familiarização com o equipamento,
consentimento pós-informado, conforme composto por uma série de 15 repetições para
determina a Resolução 466/2012 do Conselho o membro inferior direito, a uma velocidade de
Nacional de Saúde. Como critério de exclusão 120°/s.
os seguintes aspectos foram observados: a) Após o aquecimento foi aplicado o
uso de medicamentos que tivessem influência protocolo de avaliação de força isocinética
sobre o comportamento das respostas para os movimentos de extensão de joelho,
cardiorrespiratórias; b) presença de problemas em ação muscular concêntrica-concêntrica,
osteomioarticulares que pudessem influenciar para membro direito. O protocolo consistiu em
na realização dos exercícios propostos; c) três séries de 10 repetições cada e intervalo
índice de massa corporal (IMC) superior a 35. de 120s entre séries, com amplitude de
O Estudo foi aprovado pelo Comitê de movimento articular de 0° a 90° e velocidade
Ética do Hospital Universitário Pedro Ernesto de 60°/s. Como critério de validação do teste
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro adotou-se um coeficiente de variação com
(Número do Parecer: 314.080). valores não superiores a 15. Esse protocolo foi

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aplicado em estudos prévios para do banco; 10º Caminhar por 132 metros; 11º -
determinação das variáveis isocinéticas em Encerrar sentando novamente no banco. Essa
idosos (Bottaro e colaboradores, 2010; opção de teste foi adotada pela preocupação
Bottaro, Russo e Oliveira, 2005). O Pico de com a funcionalidade do idoso. A intenção foi
torque (Nm), considerado o maior valor a de avaliar a capacidade cardiorrespiratória
encontrado em todo arco de movimento, foi em situações do cotidiano.
considerado na análise. Durante o teste a variável
cardiorrespiratória (O2) foi monitorada e
Teste Cardiorrespiratório Submáximo registrada a cada três expirações completas
por um analisador de gases Medical Graphics
Um teste submáximo foi criado VO2000® (Saint Louis, USA) e a FC por um
exclusivamente para a presente pesquisa e se monitor de frequência cardíaca Polar Accurex
constituiu de um circuito que simulou situações Plus® (Kempele, Finlândia). As medidas foram
da vida do cotidiano do idoso (Figura 1), registradas em um computador por telemetria.
realizado na seguinte sequência e sem O VO2 relativo (ml.kg.min-1), o VO2
intervalo entre as estações: 1º - Levantar de total (ml) consumido ao longo do teste e o
um banco; 2º - Descer e subir 21 degraus; 3º - tempo gasto no percurso foram as variáveis
Sentar e levantar novamente do banco; 4º - consideradas na análise.
Pegar do chão e transportar 2 kg em cada Antes de ser iniciado o teste, o
mão por 16,5 metros e deixar os pesos no avaliado permanecia por cinco minutos
chão; 5º - Caminhar mais 16,5 metros; 6º - sentado para medida dos gases em condições
Descer e subir 21 degraus; 7º - Caminhar de de repouso.
volta os 16,5 metros; 8º - Pegar novamente do Ao final desse período, caso a razão
chão e transportar os 2 kg em cada mão por de troca respiratória estivesse em 0,80 ou
16,5 metros; 9º - sentar e levantar novamente abaixo, o indivíduo iniciava o teste.

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Teste de 10 Repetições Máximas (10RM) realizadas com 10 repetições máximas (10RM)


e com dois minutos de intervalo entre séries (2
Para a aplicação do teste 10RM os min). A carga inicial foi definida pelo teste de
seguintes procedimentos foram adotados: 10RM e ao longo dos cinco meses de
Após duas semanas de adaptação nos treinamento foi sendo alterada
exercícios Supino horizontal (SH), Leg Press gradativamente, conforme adaptação
(LP), Desenvolvimento Sentado (DS), Cadeira individual, para que a execução se mantivesse
Extensora (CE), Remada Sentada (RS), em 10RM.
Puxada pela frente (PF) e Tríceps no Pulley
(TP), os testes de 10RM foram aplicados. Para Análise dos Dados
que a margem de erro nos testes fosse
reduzida, foram fornecidas inicialmente Estatística descritiva foi utilizada para
instruções padronizadas sobre o teste, de determinar a caracterização da amostra. Para
modo que o avaliado tomasse ciência de toda comparação das variáveis observadas foi
a rotina que envolveria a coleta de dados; o aplicado um Teste t para medidas repetidas.
avaliado era instruído sobre a técnica de Um p≤0,05 foi adotado para
execução do exercício. determinar o nível de significância. O software
O avaliador ficou atento quanto à NCSS 2007 foi utilizado para análise.
posição adotada pelo praticante no momento
da medida, pois pequenas variações no RESULTADOS
posicionamento das articulações envolvidas no
movimento poderiam acionar outros músculos, A Tabela 1 apresenta a caracterização
o que poderia levar ao erro de interpretação dos sujeitos.
dos escores obtidos. As Figuras 1 e 2 apresentam,
Estímulos verbais eram dados para respectivamente, o O2 relativo e total
que os sujeitos mantivessem alto o seu nível consumido durante o pré e o pós-teste
de motivação. Os pesos adicionais utilizados cardiorrespiratório.
no estudo foram aferidos previamente em Como pode ser visualizado, houve
balança de precisão. uma diminuição significativa do consumo para
O teste foi aplicado conforme o mesmo esforço realizado, uma vez que a
recomendações de Baechle e Earle (2000), os Figura 3 apresenta o tempo gasto para a
intervalos entre as tentativas em cada realização dos dois testes, cuja diferença,
exercício durante o teste de 10RM foram embora tendesse ser menor, não foi
fixados em cinco minutos. Após obtenção da estatisticamente significante, indicando
carga em um determinado exercício, intervalos melhorias do sistema cardiorrespiratório,
não inferiores a 10 minutos foram dados, antes porém, não na eficiência mecânica para
de se passar ao teste no exercício seguinte. realização do teste.
A Figura 4 apresenta o resultado do
Protocolo experimental pré e do pós-teste referente à avaliação do
Pico de Torque dos sujeitos investigados.
Após realização dos testes de 10RM Como pode ser observado, não houve
os sujeitos foram submetidos a cinco meses diferença significativa no acréscimo de força
de treinamento resistido. Nas sessões de isocinética após os cinco meses de
treinamento três séries dos exercícios eram treinamento resistido.

Tabela 1 - Caracterização dos sujeitos


SUJEITOS IDADE
IMC
TOTAL MAS FEM (ANOS)
10 01 09 69 ± 5,4 26 ± 2,9

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DISCUSSÃO eficiência do sistema cardiorrespiratório, uma


vez que para um mesmo trabalho houve
A presente pesquisa se propôs menor consumo de O2, indicando uma
verificar a influência do treinamento resistido possível melhora na capacidade
sobre a aptidão cardiorrespiratória em idosos. cardiorrespiratória dos sujeitos investigados.
Foi encontrada uma diminuição significativa do Pode-se inferir com tais resultados que
consumo de O2 relativo e total durante o teste o treinamento proposto provocou adaptações
cardiorrespiratório submáximo após cinco centrais no sistema cardiorrespiratório, já que
meses do treinamento proposto, quando a falta de diferença no tempo de execução do
comparado com o pré-teste. Por outro lado, teste e no ganho de força muscular indica que
não houve diferença significativa no tempo não houve adaptação periférica significativa,
total gasto nos dois testes e no aumento da como o aumento da massa muscular e o
força muscular após os cinco meses de incremento da diferença arteriovenosa,
treinamento. diferentemente do que ocorre com jovens.
Diante desses resultados pode-se Segundo Camargo e colaboradores
dizer que os idosos apresentaram maior (2008), a melhora cardiorrespiratória em

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adultos jovens, decorrente do treinamento de ejeção sanguínea e VO2max em pacientes


força, ocorreria em detrimento da melhoria do com insuficiência cardíaca submetidos a três
componente periférico do consumo de modalidades de exercício [aeróbio, força e
oxigênio. aeróbio combinado com força], Feiereisen e
Corroborando esse pensamento, colaboradores (2007) constataram aumento
Souza e colaboradores (2008) indicam que significativo e similar nas variáveis
essa melhora estaria associada ao aumento investigadas para todos os grupos
da massa muscular, que provocaria aumento experimentais quando comparados com o
da eficiência mecânica do indivíduo e o controle, corroborando a proposição de
incremento da diferença arteriovenosa de Pereira e colaboradores (2002).
oxigênio, diminuindo a possibilidade de Entretanto, alguns estudos
instauração de fadiga precoce em atividades apresentam resultados que se contrapõem a
físicas aeróbias de longa duração ou de presente tese, como o experimento de
intensidade progressiva em adultos jovens. Hagberg e colaboradores realizado em 1989,
Sendo assim, a economia apresentada Frontera e colaboradores (1990) e Hagerman
pelos idosos do presente estudo pode estar e colaboradores (2000).
associada ao aumento do débito cardíaco em Hagberg e colaboradores (1989)
exercício, garantindo uma oferta mais eficaz investigaram 26 semanas de treinamento
de O2 para os tecidos musculares em resistido e treinamento aeróbio sobre o
atividade (Locks e colaboradores 2012). consumo máximo de oxigênio e respostas
Alguns estudos encontrados na cardiovasculares de idosos. Nesse estudo,
literatura corroboram a hipótese aqui somente o grupo que desenvolveu o
defendida de que o treinamento resistido pode treinamento aeróbio apresentou resultados
ter uma influência positiva sobre o sistema significativos.
cardiorrespiratório de idosos. Caminhando na mesma direção de
Guido e colaboradores (2010), por Hagberg e colaboradores (1989), Frontera e
exemplo, após submeterem idosos a seis colaboradores (1990), ao tentarem encontrar
meses de treinamento contra resistência, explicações para a melhoria da capacidade
encontraram respostas significativas em todas aeróbia de idosos por meio do treinamento
as variáveis obtidas em teste de esforço resistido, concluíram que o aumento do
cardiopulmonar em mulheres idosas [VO2LA; VO2max obtido após 12 semanas de
Tempo no LA; VO2pico; Tempo de teste; treinamento para os membros inferiores em
FCMax]. Igualmente, ao compararem o efeito idosos teria decorrido de efeitos relacionados
de 12 semanas de treinamento aeróbio, ao aumento da massa muscular e de sua
treinamento de força e treinamento combinado capacidade oxidativa, uma vez que seis
sobre o VO2 relativo de idosos, Haykowsky e sujeitos foram testados em cicloergômetro de
colaboradores (2005) verificaram eficácia em perna e seis em cicloergômetro de braço, e
todas as modalidades, sem diferença melhoras significativas do VO2max foram
significativa. Indo um pouco mais longe, encontradas somente no grupo testado no
Vincent e colaboradores (2002), comparando o cicloergômetro de pernas, sem alterações em
resultado de seis meses de treinamento fatores centrais, como função pulmonar,
resistido com baixa e alta intensidade (50% e concentração de hemoglobina, volume
80% de 1RM, respectivamente) sobre a plasmático e volume total de sangue em
capacidade cardiorrespiratória de idosos, nenhum dos dois grupos. Por outro lado,
verificaram que ambas as intensidades são ocorreram adaptações periféricas identificadas
eficazes para esse propósito. por biópsia muscular realizada no músculo
Reforçando ainda mais nossa vasto lateral.
hipótese, Pereira e colaboradores (2002) Mais recentemente, Hagerman e
levantaram a possibilidade do treinamento colaboradores (2000) corroboraram as
resistido provocar adaptações na circulação conclusões de Frontera e colaboradores
central ao observarem melhoria significativa da (1990) ao constatarem melhorias na
função cardiopulmonar em 14 idosos capacidade de trabalho e VO2max de
sedentários após 12 semanas desse tipo de indivíduos idosos em virtude do aumento da
treinamento. Do mesmo modo, ao força, incremento no tamanho de fibras
compararem respostas sobre o volume de musculares e da densidade capilar.

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Diante das controversas apresentadas refletindo em um menor débito cardíaco e na


pela literatura, Silva e Farinatti (2012) redução da extração de oxigênio pelos
levantaram a questão de que o treinamento músculos esqueléticos durante um esforço
resistido para provocar adaptações máximo (Ehsani e colaboradores, 2003).
cardiorrespiratórias em indivíduos idosos Corroborando este pensamento, o
deveria ser capaz de induzir sobrecarga estudo clássico de Fiatarone-Singh (1998)
cardiorrespiratória compatível com o sugere que a massa muscular e a força
desenvolvimento da aptidão aeróbia, que, muscular têm relações diretas com a potência
segundo o ACSM (2009), no caso de idosos, aeróbia, valorizando ainda mais o treinamento
deveria situar-se entre 40 e 85% do VO2max. resistido para melhorias desta variável.
Sendo assim, os autores desenvolveram um Em relação à avaliação do pico de
estudo que examinou as respostas torque, os resultados demonstraram que não
cardiorrespiratórias agudas de oito mulheres houve diferença significativa no acréscimo de
saudáveis (69 ± 7anos) durante uma sessão força isocinética após os cinco meses de
de treinamento resistido, comparando-as com treinamento resistido, embora perceba-se uma
as obtidas em teste cardiopulmonar máximo. tendência a esse aumento. Esse resultado não
Os exercícios resistidos foram era esperado, uma vez que qualquer estímulo
capazes de manter a FC e o VO2 dentro de em termos ao treinamento resistido promove o
uma faixa compatível com efeitos favoráveis aumento da força muscular em idosos não
sobre a capacidade cardiorrespiratória de treinados (Silva e colaboradores, 2014).
forma geral (ACSM, 2009), levando os autores Acredita-se que esse resultado possa
a concluírem que o percentual do VO2max e ser explicado pela falta de especificidade entre
da FCmax mantidos pelas idosas durante a o treinamento e o protocolo de avaliação.
sessão de treinamento dão suporte à ideia de Carvalho e colaboradores (2003), ao
que, além das bem aceitas adaptações avaliarem o efeito de um programa
periféricas, é possível que haja adaptações complementar de atividade física na força
centrais favoráveis à melhoria da capacidade muscular de idosos em função do método de
cardiorrespiratória em idosos, ao menos avaliação, isotônico e isocinético, concluíram
quando se refere aos menos condicionados. que a avaliação isocinética, embora mais
De fato, uma sobrecarga relativa de 55% do rigorosa, pode subestimar o ganho da
VO2max e 70% da FCmax foi mantida ao capacidade funcional do músculo de pessoas
longo dos 20min de sessão, quase sem idosas. Isso pode ter acontecido no presente
oscilação. estudo, uma vez que os pesos utilizados ao
Em estudo similar, Farinatti, Silva e longo dos cinco meses de treinamento foram
Monteiro (2013) demonstraram que em jovens aumentando gradativamente, o que sugere
há uma variação acentuada do VO2 entre aumento de força muscular. No entanto, esse
exercícios e intervalos, enquanto em mulheres aumento não se refletiu de forma significativa
idosas este se mostra mais estável e não no teste em equipamento isocinético.
diminuiu significativamente durante os Outra hipótese é o fato do tamanho da
intervalos. amostra ter influenciado na resposta
Essa cinética do VO2 mostra que os estatística, portanto, assume-se esta como
indivíduos mais velhos apresentam menor uma limitação do presente estudo, sugerindo
capacidade de recuperação em comparação que novos experimentos devam ser realizados
com os indivíduos mais jovens, o que favorece com uma amostra maior, para que possamos
a manutenção ao longo do treinamento chegar a conclusões mais consistentes.
resistido de um estímulo adequado para o Entretanto, pode-se afirmar que o
desenvolvimento do sistema aeróbio. treinamento contra resistência foi positivo para
Dentro deste contexto, pode-se o grupo em questão, uma vez que há
deduzir que o treinamento resistido atua como tendência de decréscimo da força muscular
importante ferramenta no aumento da em indivíduos em processo de envelhecimento
capacidade aeróbia, atuando de forma direta em virtude da sarcopenia (Narici e Maffulli,
contra os processos deletérios do 2010).
envelhecimento, pois, com o passar dos anos Embora estatisticamente insignificante,
há tendência de que os idosos apresentem o fato de o pico de torque ter apresentado
comprometimento na reserva cardíaca, tendência de aumento indica que a força

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muscular do grupo investigado foi ao menos Journal of Sports Science and Medicine. Vol.
preservada. 4. Num. 3. 2005. p.285-290.

CONCLUSÃO 6-Buchman, A. S.; Boyl, P. A.; Wilson, R. S.;


James, B. D.; Leurgans, S. E.; Arnold, S. E.;
Em que pese as limitações da Bennett, D. A. Loneliness and the rate of motor
presente investigação, pode-se concluir que o decline in old age: the rush memory and aging
treinamento resistido pode ser considerado um project, a community-based cohort study.
meio eficaz para o desenvolvimento da Geriatrics. Vol. 10. Num. 77 2010. p.1-8.
capacidade aeróbia de idosos, ao menos dos
mais frágeis. 7-Camargo, M. D.; Stein, R.; Ribeiro, J. P.;
Nossos resultados têm importante Schvartzman, P. R.; Rizzatti, M. O.; Schaan, B.
implicação prática na medida em que, para D. Circuit weight training and cardiac
manter durante o processo de envelhecimento morphology: a trial with magnetic resonance
bons níveis de autonomia funcional, há a imaging. British Journal of Sports Medicine.
necessidade de se estimular tanto o sistema Vol. 42. Num. 2. 2008. p. 141-145.
neuromuscular quanto o cardiorrespiratório
através da prática regular de exercícios físicos. 8-Carvalho, J.; Oliveira, J.; Magalhães, J.;
O treinamento resistido normalmente Ascensão, A.; Mota, J.; Soares, J. M. C. Efeito
demanda menos tempo, recursos e de um programa de treino em idosos:
capacidade de locomoção, por isso podem comparação da avaliação isocinética e
constituir uma boa opção de treinamento para isotónica. Revista Paulista de Educação
idosos, ao menos quando seus níveis de Física. Vol. 17. Num. 1. 2003. p.74-84.
condição aeróbia são muito reduzidos.
9-Deary, I. J.; Johnson, W. Z.; Gow, A. J.;
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Endereço para correspondência:


Nádia Souza Lima da Silva
Rua Geminiano Góis, no. 1194, Casa 13.
CEP: 22.743-670.

Recebido para publicação 04/12/2015


Aceito em 17/04/2016

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