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Para cumprir o objetivo de nosso trabalho, discutimos os PNE, PEE e PME. A Lei
13.005/14 ao aprovar o PNE estabelece prazo de um ano para que estados, distrito federal
e municípios aprovem seus respectivos planos de educação. Diante do estabelecido, a
grande maioria dos entes federados aprovaram seus planos, como determinado pela lei.
Entre os vários ganhos expressos no PNE, destacamos o financiamento, questão
presente em sua meta 20. Esta estabelece o percentual de 10% do PIB brasileiro a partir
do quinto ano de aprovação do plano, além de parte dos royalts do petróleo. Ao contrário
do PNE de 2001, este assegura recursos para proporcionar a materialização das metas
estabelecidas.
Todavia, com o cenário político delineado com o golpe político em 2016, é
aprovada nesse mesmo ano a Emenda Constitucional n. 95, que congela os gastos no setor
social por 20 anos. Considerando que a orientação para os municípios elaborarem seus
PME era seguir o alinhamento do PNE, portanto, ampliando o investimento na área, a EC
95/16 pode comprometer a materialização dos PME em todo o país. Como nosso foco é
o Território de Identidade do Sudoeste Baiano, em que muitos municípios dependem, em
seus orçamentos, de repasses do governo federal, as consequências para a área social,
sobretudo nesse estudo para educação, podem trazer retrocessos às políticas educacionais
dos municípios, comprometendo o avanço que muitos apresentaram.
O Território de Identidade do Sudoeste Baiano é formado por vinte e quatro
municípios. Para termos uma ideia das consequências dessa EC para a educação dos
municípios deste território, apresentamos aspectos econômicos deles, a partir do
documento intitulado Perfil dos Territórios de Identidade (BAHIA, SEI, 2015). Este
afirma que, ao observar as receitas municipais do TI do Sudoeste Baiano para o ano de
2012, verifica-se dependência fiscal dos municípios de transferências do governo federal,
principalmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Fundo de
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre os 24 municípios deste Território
de Identidade, Vitória da Conquista e de Licínio de Almeida são os que apresentam o
maior valor relativo de receita própria.
Conclusão
O movimento de produção do PNE expressa a participação e disputa de várias
instituições interessadas, resultando, em documento, que expressa avanços no campo
educacional, principalmente ao assegurar as fontes de financiamento. Esse movimento é
acompanhado pelos entes federados em seus respectivos planos. Todavia, a EC 95 ameaça
as conquistas conseguidas, uma vez que a meta 20 é fundamental para a realização das
demais.
Diante do exposto, fica evidenciado que as gestões municipais têm grandes
desafios para materializar seus PME, uma vez que ampliar o acesso e melhorar a
qualidade da educação exigem aumentar investimentos. No tocante ao TI do sudoeste
baiano, devido às condições socioeconômicas da região, o futuro do PME é preocupante.
Não havendo mudanças na atual conjuntura política do país, em que educação deixe de
ser vista como privilégio de segmentos com poder econômico ou que seja entendida como
ameaça à manutenção do grupo que se encontra no poder, teremos retrocessos em toda
área social e, especificamente, na educação e os planos de educação não passarão de
cartas de intenções.
Palavras-chave: Política Educacional; EC 95/2016; Foucault.
Referências