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ITCMD:
Procedimentos
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o
prévio consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua
portuguesa.
Autor
Carlos Eduardo Constantino Pedro
Escola Fazendária do
Estado de São Paulo
Carta ao aluno
Caro(a) Aluno(a),
É com satisfação que apresentamos o curso ITCMD: Procedimentos. Esta apostila foi
cuidadosamente elaborada para que você conheça os procedimentos de como calcular
corretamente o valor do ITCMD e efetuar o pagamento do imposto.
As informações apresentadas neste material tem o objetivo de dar ênfase aos aspectos
práticos do seu dia a dia como a apuração do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e
Doação de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD.
Esperamos enfocar, de maneira simples, concisa e objetiva, as principais condutas e cautelas
a serem tomadas em relação à análise da documentação apresentada. A nossa intenção aqui
é que suas dúvidas sejam suprimidas.
As situações de aprendizagem foram elaboradas para levar você às informações que por
ventura você tenha alguma dúvida. Pois bem, nesse curso constam os diversos procedimentos
utilizados pela Secretaria da Fazenda em variados serviços.
Com os conhecimentos construídos em cada módulo, esperamos que, ao fim do curso,
você seja capaz de:
• Compreender como executar de forma correta os cálculos do valor do ITCMD.
• Conhecer os procedimentos para efetuar o pagamento do imposto.
Fique atento a todo o conteúdo do curso para que você possa ter um aprendizado
significativo e condições de aplicar seus conhecimentos nas suas atividades.
Para alcançar os objetivos propostos neste material, lembramos que sua dedicação e seu
comprometimento são elementos fundamentais para o sucesso. Pratique e esteja atualizado
com os assuntos relacionados à sua área de atuação.
Bom estudo!
REFERÊNCIAS VISUAIS
Você sabia: usado para apresentar curiosidades que reforcem seu processo de
aprendizagem.
Dica: aponta para uma dica, uma sugestão, um lembrete ou uma explicação
adicional a respeito do assunto que está sendo tratado.
Finalização........................................................................................ 82
ITCMD: Procedimentos
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO
E PROCEDIMENTOS
Neste módulo, vamos estudar assuntos relacionados aos fundamentos para a cobrança do ITCMD.
Inicialmente, conheceremos os fundamentos e normas que autorizam e regulam a cobrança do ITCMD
pelo Estado. Em seguida, os procedimentos para a verificação do ITCMD.
Objetivos
A Constituição Federal, em seu artigo 155, inciso I, autoriza os Estados a instituírem o ITCMD.
O parágrafo 1º determina algumas diretrizes referentes a esse tributo, que devem ser observadas
pelos Entes Federativos. Acompanhe o que diz o artigo:
Artigo 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
...
§ 1.º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem,
ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado
no exterior;
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
A Constituição do Estado de São Paulo, em seu Artigo 165, Inciso I, Alínea “a”, vem ratificar o
disposto na Carta Magna do País, no que tange ao ITCMD. Acompanhe a seguir:
...
§ 1º - O imposto previsto no inciso I, “a”:
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
9 1 - incide sobre:
a) bens imóveis situados neste Estado e direitos a eles relativos;
b) bens móveis, títulos e créditos, cujo inventário ou arrolamento for processado neste Estado;
c) bens móveis, títulos e créditos, cujo doador estiver domiciliado neste Estado;
2 - terá suas alíquotas limitadas aos percentuais máximos fixados pelo Senado Federal.
...
Artigo 166 - Lei de iniciativa do Poder Executivo isentará do imposto as transmissões “causa
mortis” de imóvel de pequeno valor, utilizado como residência do beneficiário da herança.
Parágrafo único - A lei a que se refere o “caput” deste artigo estabelecerá as bases do valor
referido, de conformidade com os índices oficiais fixados pelo Governo Federal.
Com base na permissão constitucional acima, o Estado de São Paulo instituiu o ITCMD através
da Lei 10.705/2000, a qual passou por importantes alterações pela Lei 10.992/2001.
Acompanhe na sequência alguns procedimentos que são realizados para a verificação do ITCMD.
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Módulo 1 - Introdução e procedimentos
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1.2.1 Procedimento administrativo para transmissões judiciais
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
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1.2.2 Procedimento para transmissões extrajudiciais
Artigo 26-A - Nas hipóteses de transmissão “causa mortis” e doação realizadas no âmbito
administrativo, nos termos dos artigos 982 e 1124-A da Lei federal 5.869, de 11 de janeiro de
1973 - Código de Processo Civil, deverá: (Artigo acrescentado pelo Decreto 56.693, de 27-01-2011;
DOE 28-01-2011).
I - o contribuinte apresentar declaração instruída com os elementos necessários à apuração do
imposto, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda:
a) diretamente ao tabelião, no caso em que a escritura pública for lavrada neste Estado;
b) ao Posto Fiscal indicado na disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, no caso em
que a escritura pública for lavrada por tabelião localizado em outro Estado ou Distrito Federal;
II - o tabelião localizado neste Estado:
a) certificar-se da veracidade do valor dos bens e direitos informados pelo contribuinte,
conforme os documentos exigidos em disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda;
b) antes da lavratura, registro, inscrição ou averbação de atos e termos relacionados com a
transmissão dos bens e direitos, certificar-se de que foi efetuado o recolhimento do imposto;
c) apresentar cópias das escrituras lavradas à Secretaria da Fazenda, conforme disciplina por
ela estabelecida;
d) manter sob sua guarda cópia da documentação apresentada pelo contribuinte, inclusive
guia de recolhimento do imposto, por 5 (cinco) anos e, quando relativas à transmissão objeto de
processo pendente, até sua decisão definitiva no âmbito administrativo;
e) apresentar ao fisco, quando solicitado, cópia dos documentos apresentados pelo
contribuinte, sendo admitida a apresentação em meio digital.
Parágrafo único - Após a apresentação da declaração de que trata o inciso I, se houver
qualquer variação patrimonial decorrente de emenda, aditamento ou inclusão de novos bens
ou modificações na partilha, deverá o contribuinte apresentar ao tabelião ou ao Posto Fiscal
Declaração Retificadora, acompanhada dos documentos relativos aos bens que ensejaram a
variação patrimonial.
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Módulo 1 - Introdução e procedimentos
No que tange ao ITCMD, o que se analisa nos Postos Fiscais são procedimentos administrativos,
para análise de transmissões causa mortis e por doação, que ocorrem em processos judiciais de
Inventário, Arrolamento e, em menor número, Pedidos de Alvarás Autônomos. Acompanhe de
forma simplificada:
• O Inventário segue o rito ordinário, mais longo, e ocorre, geralmente, quando há interessados
incapazes e/ou litígio.
• O Arrolamento segue um rito mais rápido, ocorrendo, em geral, quando não há incapazes e
todos os interessados estão concordes.
• Já o Alvará Autônomo costuma ser utilizado quando o que foi deixado pelo autor da herança
não requer que seja aberto nem Arrolamento e, menos ainda, o Inventário.
Na prática, o fisco apenas aceita o que foi seguido pelo poder judiciário, em relação às 03 (três)
modalidades de processo acima citadas. O que muda será a conduta em relação a elas.
Por outro lado, quando se tratar de Arrolamento ou Alvará Autônomo, caso já não tenham sido
apresentadas as GAREs-ITCMD recolhidas, no momento do protocolo, então seremos obrigados a
exigir o recolhimento do tributo antes de finalizar o expediente.
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1.2.4 Documentação necessária
Art. 8º - para fins de informação, apuração da base de cálculo e, se for o caso, reconhecimento
de isenção, nos casos de transmissão “causa mortis” ou doação realizadas no âmbito judicial,
deverão ser apresentados ao Fisco a Declaração do ITCMD e os documentos relacionados nos
Anexos VIII, IX ou X, conforme as hipóteses ali previstas (Decreto 46.655/02, art. 21).
§ 1º - para atender ao disposto neste artigo, o contribuinte deverá acessar o endereço eletrônico
www.fazenda.sp.gov.br, selecionar a opção “ITCMD”, preencher e imprimir os seguintes
formulários:
1 - Declaração do ITCMD;
2 - Demonstrativo de Cálculo;
3 - GAREs ITCMD, se houver apuração de imposto a pagar.
§ 2º - Além dos documentos relacionados nos anexos citados no caput deste artigo, fica
facultada a exigência de outros considerados indispensáveis para a apuração da base de cálculo
ou para reconhecimento da isenção, podendo, ainda, a autoridade fiscal determinar diligências.
§ 3º - em se tratando de transmissão “causa mortis” ou doação de bem imóvel ou direito a ele
relativo, deverá se observado o disposto no artigo 16-A para fins de determinação da base de
cálculo do ITCMD. (grifamos).
Fique atento aos Anexos, pois buscam trazer todos os documentos capazes
de comprovar dados do processo judicial, de suas partes, titularidade dos
bens deixados, bem como comprovação dos valores desses bens declarados.
Dessa forma, os 03 (três) serão reproduzidos e comentados mais a frente,
primeiramente o Anexo VIII, e os demais no momento em que se for abordar
DICA as doações.
Caso o AFR necessite de mais documentos para formar a sua convicção em relação à regularidade
do ITCMD, há o Parágrafo 2º, do Artigo 8º, da Portaria CAT 15/2003 (acima reproduzido), que
autoriza a exigência de outros documentos considerados indispensáveis.
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Art. 12-A - Nas hipóteses de transmissão realizada no âmbito administrativo, nos termos
dos artigos 982 e 1124-A, da Lei federal 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Civil, perante tabelião localizado neste Estado, deverá ser-lhe apresentada, pelo contribuinte,
a Declaração do ITCMD, instruída com os seguintes documentos, necessários à apuração do
imposto (Decreto 46.655/02, art. 26-A):
I - na hipótese de transmissão “causa mortis”:
a) os documentos relacionados no Anexo VIII, exceto os itens 5, 8, 9, 10, 12.1 e 12.3;
b) as declarações de reconhecimento de imunidade ou isenção referidas no artigo 4º desta
Portaria, exceto nas situações de imunidade ou isenção previstas no inciso I do artigo 4º e nas
alíneas “a” a “f” do inciso I e alíneas “a” e “c” do inciso II do artigo 6º, todos do Decreto 46.655, de
1º de abril de 2002;
c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - “Causa Mortis”, por meio da Guia de Arrecadação
Estadual - GARE-ITCMD;
...
§ 1° - Após a apresentação da Declaração do ITCMD, se houver qualquer variação patrimonial
decorrente de emenda, aditamento ou inclusão de novos bens, ou modificação na partilha, deverá
o contribuinte apresentar ao tabelião “Declaração Retificadora”, acompanhada dos documentos
relativos aos bens que ensejaram a variação patrimonial.
§ 2º - para atender ao disposto neste artigo, o contribuinte deverá acessar o endereço eletrônico
www.fazenda.sp.gov.br, selecionar a opção “ITCMD”, preencher e imprimir os formulários
necessários. (grifamos).
ANEXO VIII
(Relação de documentos a que se refere o artigo 8º)
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NOTA 2 - Em relação aos documentos indicados nos itens 5 a 11, subitem 11.1 e no item 12,
17 subitens 12.1 e 12.3, deverão ser apresentadas cópias simples, legíveis e sem cortes, extraídas dos
documentos constantes do processo judicial, contendo o número da folha do processo e a rubrica
do serventuário do Poder Judiciário.
NOTA 3 - Os documentos DIAC e DIAT poderão ser relativos ao do ano anterior ao do óbito quando,
na data do óbito, ainda não tenha decorrido o prazo final para entrega da Declaração do Imposto
Territorial Rural.
NOTA 4 - Revogada pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE 05-03-2011.
NOTA 4 - Em relação ao documento indicado no subitem 11.2.2, as empresas desobrigadas da elaboração do Balanço
Patrimonial, segundo normas estabelecidas para os impostos federais, deverão apresentar o “Balanço de determinação”,
cujo termo final das posições econômicas financeiras a serem considerados deverá ser a data do óbito.
NOTA 5 - A apresentação dos documentos de que trata este anexo, com exceção dos referidos
nos itens 1, 2, 8 e no subitem 12.2, poderá ser dispensada, desde que o representante legal do
contribuinte declare, conforme modelo constante no Anexo XVII, constarem do processo judicial e
estarem corretamente informados na Declaração do ITCMD, sem prejuízo de exigência posterior,
a critério da autoridade fiscal. O disposto nesta Nota não se aplica às situações previstas na Seção
II do Capítulo III desta Portaria. (Redação dada à nota pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE
05-03-2011)
NOTA 5 - A apresentação dos documentos de que trata este anexo, com exceção dos referidos nos itens 1, 2, 8 e no subitem
12.2, poderá ser dispensada, desde que o representante legal do contribuinte declare, conforme modelo constante no
Anexo XVII, constarem do processo judicial e estarem corretamente informados na Declaração do ITCMD, sem prejuízo de
exigência posterior, a critério da autoridade fiscal. (Acrescentada a Nota 5 pelo inciso I do art.2º da Portaria CAT 102 de
28-11-2003; DOE 29-11-2003; efeitos a partir de 1º de dezembro de 2003, sem prejuízo de sua aplicação, no que couber, a
fatos geradores ocorridos anteriormente.)
Se os documentos estiverem postos na ordem elencada conforme o Anexo, até o seu item nº 10
e os documentos relativos à comprovação da titularidade e do valor dos bens estiverem postos na
ordem dos bens declarados, facilitará, em muito, o trabalho de conferência do fiscal, principalmente
quando houver bastantes bens deixados pelo autor da herança.
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Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Porém, caso se declare que o falecido deixou apenas uma fração de determinado imóvel, então
18 será necessário um exame mais criterioso da matrícula, a fim de se confirmar o percentual do
bem que pertencia ao autor da herança, evitando-se, assim, eventuais recolhimentos a menor do
imposto em comento.
Resumidamente, o Anexo VIII, da Portaria CAT 15/2003, elenca documentos comprobatórios
para os seguintes bens:
• Imóveis urbanos, rurais, em construção, com compromisso de compra e venda (item 11.1);
• Ações e outras participações em empresas (item 11.2);
• Depósitos bancários e aplicações financeiras (item 11.3);
• Veículos (item 11.4);
• Títulos de clubes ou associações, jazigos ou túmulos (item 11.5);
• Créditos oriundos de processos judiciais (item 11.6);
• Demais bens (aqueles não elencados acima) - (item 11.7).
Digna de comentário é a Nota 2 do Anexo VIII, pois menciona documentos dos quais “deverão
ser apresentadas cópias simples, legíveis e sem cortes, extraídas dos documentos constantes do
processo judicial, contendo o número da folha do processo e a rubrica do serventuário do Poder
Judiciário”. Nota bastante autoexplicativa, porém, nos casos de processos judiciais digitais, não
haverá como o interessado cumprir tal exigência, de forma que, nesse caso, pelo bom senso,
devemos aceitar as cópias do processo digital, desde que extraídas diretamente do site do Tribunal
de Justiça (www.tjsp.jus.br).
Em relação à Nota 1 do Anexo VIII, o comentário, por ser mais extenso, será feito no item
seguinte. Tal Nota fala dos meios para o interessado obter os documentos mencionados nos itens
1, 2 e 12.2 do Anexo VIII da Portaria CAT 15/2003. De regra, o AFR não precisará seguir os passos
adiante elencados, a não ser para ensiná-los a quem for necessário.
Caminho para se chegar aos documentos elencados nos itens 1, 2 e 12.2 do Anexo VIII da
Portaria CAT 15/2003.
Acompanhe a seguir o passo a passo do acesso.
1 – Acesse o endereço <http://pfe.fazenda.sp.gov.br>, ou simplesmente <www.pfe.fazenda.
sp.gov.br>.
2 – Em seguida, clique no lado esquerdo superior da tela em: ITCMD;
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Módulo 1 - Introdução e procedimentos
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Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Abaixo, será exposto o procedimento apenas para a obtenção de uma Declaração de Arrolamento.
20 Porém, a forma para se conseguir a Declaração de Inventário e a Declaração de Transmissão por
Escritura Pública é bastante semelhante.
Ao clicar em Arrolamento, a página seguinte trará algumas informações para auxiliar na
elaboração da futura Declaração de Arrolamento. Após ler tais informações, o interessado deverá
clicar em Declarar Arrolamento.
Na tela seguinte o interessado deverá criar uma senha, informar a data do óbito (só serão aceitas
datas de 01/01/2001 em diante) e seu e-mail e clicar em Prosseguir.
Conforme aviso trazido na própria tela de cadastramento de senha, esta deverá ter de 8 a 15
caracteres, e pelo menos duas das seguintes opções: letras maiúsculas, letras minúsculas, números
e símbolos (ex: !, $, @, #).
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Clicando em Prosseguir, o sistema emitirá um número de protocolo, conforme a tela abaixo. Tal
21 número, após a digitação e confirmação dos dados necessários, será o número da Declaração de
Arrolamento gerada.
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Após totalmente preenchida, com todos os dados do processo judicial e com valores dos bens
22 nunca inferiores aos constantes nos documentos comprobatórios, a Declaração de Arrolamento
deverá ser confirmada, clicando-se no botão Confirmação, apontado na tela acima.
Em seguida, a Declaração poderá ser impressa, bem como o seu Demonstrativo de Cálculo e
eventuais GAREs ITCMD.
O sistema emitirá tantas guias quantos forem os recebedores (herdeiros e legatários), em 03
(três) vias cada uma.
Diferentemente do antigo sistema, o novo sistema declaratório do ITCMD, em atividade desde
o final do ano de 2014, ao se confirmar uma declaração, gera uma conta fiscal para o CPF de cada
contribuinte presente na declaração confirmada.
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23 Art. 12-A - Nas hipóteses de transmissão realizada no âmbito administrativo, nos termos
dos artigos 982 e 1124-A, da Lei federal 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Civil, perante tabelião localizado neste Estado, deverá ser-lhe apresentada, pelo contribuinte,
a Declaração do ITCMD, instruída com os seguintes documentos, necessários à apuração do
imposto (Decreto 46.655/02, art. 26-A):
...
II - na hipótese de doação de bens e direitos atribuídos acima da respectiva meação ou quinhão
nas transmissões “causa mortis”:
a) os documentos relacionados no Anexo IX, exceto quando referidos a processo judicial;
b) as declarações de reconhecimento de imunidade ou isenção referidas no artigo 4º desta
Portaria, exceto nas situações de imunidade ou isenção previstas no inciso I do artigo 4º e nas
alíneas “a” a “f” do inciso I e alíneas “a” e “c” do inciso II do artigo 6º, todos do Decreto 46.655, de
1º de abril de 2002;
c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - Doação, por meio da Guia de Arrecadação
Estadual - GARE-ITCMD; (grifamos).
Conhecendo o Anexo IX
ANEXO IX
(Relação dos documentos a que se refere o art. 8º)
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12. Declaração relativa a doações recebidas do mesmo doador, conforme modelo constante no
24 Anexo XV, quando se tratar de doação isenta.
NOTA 1 - Relativamente à Guia de Recolhimento do ITCMD e aos documentos indicados nos itens
1 e 2, o contribuinte deverá acessar o endereço eletrônico www.fazenda.sp.gov.br, selecionar a
opção “ITCMD” e preencher e imprimir os respectivos formulários. (Redação dada à nota pela
Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE 05-03-2011)
NOTA 1 - Os formulários dos documentos indicados nos itens 1 e 2 e a Guia de Recolhimento do ITCMD, quando for o caso,
será obtida na página do Posto Fiscal Eletrônico, no endereço: http://pfe.fazenda.sp.gov.br, opção “ITCMD” - “Lista de
Serviços”.
NOTA 2 - Em relação aos documentos indicados nos itens 5 a 10, deverão ser apresentadas cópias
simples, legíveis e sem cortes, extraídas dos documentos constantes do processo judicial, contendo
o número da folha do processo e a rubrica do serventuário do Poder Judiciário.
NOTA 3 - Relativamente à declaração indicada no item 12, deverão ser apresentadas declarações
de cada um dos donatários que se beneficiarem da isenção prevista na alínea “a” do inciso II do
artigo 6º da Lei 10.705/00, alterada pela Lei 10.992/01.
NOTA 4 - Fica dispensada a apresentação prévia dos documentos a que se referem os itens 3, 4, 5,
6 e 7 deste Anexo, sem prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal. O disposto
nesta Nota não se aplica às situações previstas na Seção II do Capítulo III desta Portaria. (Redação
dada à nota pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE 05-03-2011)
NOTA 4 - Fica dispensada a apresentação prévia dos documentos a que se referem os itens 3, 4, 5, 6 e 7 deste Anexo, sem
prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal. (Acrescentada a Nota 4 pelo inciso II do art.2º da Portaria
CAT 102 de 28-11-2003; DOE 29-11-2003; efeitos a partir de 1º de dezembro de 2003, sem prejuízo de sua aplicação, no que
couber, a fatos geradores ocorridos anteriormente.)
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Para se aferir se o limite de isenção, de 2.500 UFESPs, foi ultrapassado ou não, em se tratando
de doações, recebidas judicial ou extrajudicialmente, a partir de 01/01/2002, a estas serão somadas
todas as outras doações recebidas, entre mesmo doador e mesmo donatário, em um mesmo ano
civil (de 01 de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano).
Daí a razão de o item 12 do Anexo IX exigir a apresentação do Anexo XV da Portaria CAT 15/2003,
no qual será declarado que não houve outras doações naquele ano, ou, se existiram, somadas
àquelas do processo judicial analisado, ou da escritura pública a ser lavrada, não ultrapassam as
2.500 UFESPs.
A forma de se saber se houve ou não doação no processo, ou na escritura pública, é verificar o
valor que cada um (tanto herdeiros quanto meeiro) tinha direito de receber pela legislação vigente.
Tendo esse valor, basta confrontá-lo com o valor recebido após o acordo presente na partilha de
bens, obtendo os seguintes resultados:
• Valor recebido igual ao ditado pela legislação: não houve doação;
• Valor recebido maior que o ditado pela legislação: recebeu doação (donatário);
• Valor recebido menor que o ditado pela legislação: doou (doador).
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26 Art. 12-A - Nas hipóteses de transmissão realizada no âmbito administrativo, nos termos
dos artigos 982 e 1124-A, da Lei federal 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Civil, perante tabelião localizado neste Estado, deverá ser-lhe apresentada, pelo contribuinte,
a Declaração do ITCMD, instruída com os seguintes documentos, necessários à apuração do
imposto (Decreto 46.655/02, art. 26-A):
...
III - na hipótese de doação de bens e direitos atribuídos acima da respectiva meação no
processo de separação consensual e divórcio consensual:
a) os documentos relacionados no Anexo X, exceto quando referidos a processo judicial;
b) as declarações de reconhecimento de imunidade ou isenção referidas no artigo 4º desta
Portaria, exceto nas situações de imunidade ou isenção previstas no inciso I do artigo 4º e nas
alíneas “a” a “f” do inciso I e alíneas “a” e “c” do inciso II do artigo 6º, todos do Decreto 46.655, de
1º de abril de 2002;
c) o comprovante de recolhimento do ITCMD - Doação, por meio da Guia de Arrecadação
Estadual - GARE-ITCMD; (grifamos).
Conhecendo o Anexo X
ANEXO X
(Relação dos documentos a que se refere o artigo 8º)
Hipótese de doação ocorrida em processos de Separação ou Dissolução de Sociedade de Fato:
1. Declaração do ITCMD;
2. Demonstrativo de Cálculo;
3. RG e CPF do contribuinte (cópia);
4. Instrumento de procuração, se a declaração não for assinada pelo contribuinte;
5. Certidão de Casamento ou comprovante do reconhecimento judicial do início da sociedade de
fato;
6. Capa do processo judicial;
7. Relação de bens, partilha, respectiva homologação judicial e certidão do trânsito em julgado;
8. GARE ITCMD, se houver apuração do imposto a pagar;
9. Declaração relativa a doações recebidas do mesmo doador, conforme modelo constante no
Anexo XV, quando se tratar de doação isenta;
10. Relativamente aos bens declarados, os seguintes documentos:
10.1 - Imóveis:
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10.1.1 - se urbanos, carnê de IPTU onde conste o valor venal, o endereço do imóvel e o número do
27 contribuinte, ou certidão do valor venal emitida pelo órgão municipal competente, relativos ao ano
do trânsito em julgado;
10.1.2 - se rurais, Declaração de Informação e Atualização Cadastral – DIAC e Declaração de
Informação e Apuração do ITR – DIAT, que compõem a Declaração do ITR-DITR, protocolizada na
Secretaria da Receita Federal, observado o disposto na nota 3;
10.1.3 - matrícula do Cartório de Registro de Imóveis contendo a averbação da transmissão do
imóvel ao casal/a um dos cônjuges/partes ou cópia do instrumento particular, público ou judicial,
da mencionada transmissão, caso a averbação não tenha sido providenciada;
10.2 - Ações, cotas, participações ou quaisquer títulos representativos de capital social:
10.2.1 - relativamente a ações negociadas em Bolsas de Valores, deverão ser apresentadas cotações
oficiais de jornais ou documentos emitidos pela Bolsa de Valores em que figurem a cotação
média alcançada na data do trânsito em julgado da sentença homologatória da partilha, ou na
imediatamente anterior, quando não houver pregão ou quando a mesma não tiver sido negociada
naquele dia, regredindo-se, se for o caso, até o máximo de 180 (cento e oitenta) dias;
10.2.2 - relativamente a ações, cotas, participações ou quaisquer títulos representativos do capital
social não enquadrados no item 10.2.1: (Redação dada ao item pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-
2011, DOE 05-03-2011)
a) atos constitutivos da entidade atualizados até a data da separação ou dissolução da sociedade
de fato; Balanço Patrimonial da entidade relativo ao exercício anterior à data da separação ou
dissolução da sociedade de fato; e Demonstrativo do Valor Contábil das Cotas, Participação, Ações
ou Títulos, atualizado, segundo a variação da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo – UFESP,
da data do Balanço Patrimonial até o momento do fato gerador, podendo tal demonstrativo ser
elaborado mediante a divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas, ações ou
títulos, ou pela multiplicação do valor do patrimônio líquido pela fração da participação (Decreto
46.655/02, arts. 13 e 17, § 3º);
b) na hipótese de entidades dispensadas da elaboração de Balanço Patrimonial nos termos da
legislação federal, ou quando o patrimônio líquido indicar valor negativo, será considerado, para
fins de base de cálculo do imposto, o valor nominal das ações, cotas, participações ou quaisquer
títulos representativos de capital social;
c) na hipótese de elaboração de Balanço de Determinação por ordem judicial, será considerado,
para fins de base de cálculo do imposto, o valor das ações, cotas, títulos ou participações obtidos
com base no Balanço de Determinação elaborado pelo perito contábil;
10.2.2 - relativamente a cotas, participações ou ações não enquadradas na alínea anterior, deverá ser apresentado Balanço
Patrimonial da empresa em relação à qual os títulos tiverem sido emitidos, relativo ao exercício anterior a data do trânsito
em julgado, sendo o valor unitário da ação, cota ou participação obtido pela divisão do valor do Patrimônio Líquido pelo
número de ação, cota ou participação que compõe o patrimônio da empresa;
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
NOTA 2 - Em relação aos documentos indicados nos itens 5 a 8, deverão ser apresentadas cópias
simples, legíveis e sem cortes, extraídas dos documentos constantes do processo judicial, contendo
o número da folha do processo e a rubrica do serventuário do Poder Judiciário.
NOTA 3 - Os documentos DIAC e DIAT poderão ser relativos ao do ano anterior ao do trânsito
em julgado se, nessa data, ainda não tenha decorrido o prazo final para entrega da Declaração do
Imposto Territorial Rural.
NOTA 4 - Revogada pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE 05-03-2011.
NOTA 4 - Em relação ao documento indicado no subitem 10.2.2, as empresas desobrigadas da elaboração do Balanço
Patrimonial, segundo normas estabelecidas para os impostos federais, deverão apresentar o “Balanço de determinação”,
cujo termo final das posições econômicas financeiras a serem considerados deverá ser a data do óbito.
NOTA 5 - Fica dispensada a apresentação prévia dos documentos a que se referem os itens 3, 4,
5 e 10 deste Anexo, sem prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal. O disposto
nesta Nota não se aplica às situações previstas na Seção II do Capítulo III desta Portaria. (Redação
dada à nota pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-2011, DOE 05-03-2011)
NOTA 5 - Fica dispensada a apresentação prévia dos documentos a que se referem os itens 3, 4, 5 e 10 deste Anexo, sem
prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal. (Acrescentada a Nota 5 pelo inciso III do art.2º da Portaria
CAT 102 de 28-11-2003; DOE 29-11-2003; efeitos a partir de 1º de dezembro de 2003, sem prejuízo de sua aplicação, no que
couber, a fatos geradores ocorridos anteriormente.)
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
4 – Ao clicar em Doação, a página seguinte trará algumas informações para auxiliar na elaboração
da futura Declaração de Doação. Após ler tais informações, o interessado deverá clicar em Declarar
Doação.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Na tela seguinte o interessado deverá criar uma senha, informar a data da doação (só serão
31 aceitas datas de 01/01/2001 em diante) e seu e-mail e clicar em Prosseguir.
Da mesma forma que para o ITCMD Causa Mortis, e conforme aviso trazido na própria tela de
cadastramento de senha, esta deverá ter de 8 a 15 caracteres, e pelo menos duas das seguintes
opções: letras maiúsculas, letras minúsculas, números e símbolos (ex: !, $, @, #).
Clicando em Prosseguir, o sistema emitirá um número de protocolo, conforme a tela abaixo. Tal
número, após a digitação e confirmação dos dados necessários, será o número da Declaração de
Doação gerada.
Prosseguindo, clique em Continuar.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
32
Após totalmente preenchida, com todos os dados necessários e com valores dos bens nunca
inferiores aos constantes nos documentos comprobatórios, a Declaração de Doação deverá ser
confirmada, clicando-se no botão Confirmação, apontado na tela acima.
Em seguida, a Declaração e as GAREs ITCMD poderão ser impressas.
Da mesma forma que para as declarações referentes ao ITCMD Causa Mortis, o novo sistema
declaratório também gera uma conta fiscal para o CPF de cada contribuinte presente em uma
Declaração de Doação confirmada
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Ressalte-se que o Inciso II do Artigo 9º impõe regras específicas em suas alíneas, as quais, por
33 serem bastante claras, não necessitam de maiores explicações, lembrando-se apenas de que sua
Alínea “d” elegeu o Posto Fiscal da Capital – PFC 11 Sé para analisar os procedimentos de ITCMD,
relativos a autos judiciais que tramitem em outros Estados da Federação.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
Artigo 6º - Fica isenta do imposto: (Redação dada ao artigo pela Lei 10.992, de 21-12-2001;
DOE 22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002)
I - a transmissão “causa mortis”:
a) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não ultrapassar 5.000 (cinco mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs e os familiares beneficiados nele residam
e não tenham outro imóvel;
b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs, desde que
seja o único transmitido;
c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso
doméstico e demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas
alíneas anteriores, cujo valor total não ultrapassar 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs;
d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000
(mil) UFESPs;
e) de quantia devida pelo empregador ao empregado, por Institutos de Seguro Social e
Previdência, oficiais ou privados, verbas e prestações de caráter alimentar decorrentes de
decisão judicial em processo próprio e o montante de contas individuais do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço e do Fundo de Participações PIS-PASEP, não recebido em vida pelo
respectivo titular;
f) na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o instituidor.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
ITCMD: Procedimentos
Módulo 1 - Introdução e procedimentos
• bens declarados;
36
• valores dos bens;
• frações transmitidas etc.
Também, deverá ser examinado se eventuais bens isentos, declarados na Relação de Bens ou
Direitos não Tributados, realmente estão enquadrados em uma das hipóteses de isenção do Artigo
6º, Inciso I, da Lei 10.705/2000, alterada pela Lei 10.992/2001.
Faça uma análise criteriosa sobre o mérito da isenção requerida.
Caso na partilha haja doação(ões), então esta(s) também deverá(ão) passar por uma análise
criteriosa por parte do tabelião, a fim de que seja verificado se se trata de doação isenta, ou se o
ITCMD Doação foi regularmente recolhido.
Estando tudo regular, bem como o ITCMD recolhido, então poderá ser lavrada a escritura
pública de inventário.
ITCMD: Procedimentos
ITCMD: Procedimentos
Objetivos
Para iniciarmos este assunto, é importante ter em mente que a base de cálculo dos imóveis (e
também dos bens e direitos em geral), para fins de tributação pelo ITCMD, é o valor de mercado
deles na data do óbito ou da doação. Essa regra é determinada pelo artigo 9º, parágrafo 1º, da Lei
10.705/2000:
37
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
38 Artigo 9º - A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem ou direito transmitido, expresso
em moeda nacional ou em UFESPs (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo).
§ 1º - Para os fins de que trata esta lei, considera-se valor venal o valor de mercado do bem ou
direito na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação. (grifamos).
Uma leitura açodada apenas do caput do artigo acima leva, muitas vezes, o interessado a
cometer o equívoco de entender que a base de cálculo dos imóveis, para fins de tributação pelo
ITCMD, seria o valor venal para fins de lançamento do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana) para imóveis urbanos, e o valor para fins de lançamento do ITR (Imposto sobre
a Propriedade Territorial Rural) para imóveis rurais.
Esse erro é comumente cometido pelos contribuintes, de forma que deve ser prontamente
combatido pelo responsável pela conferência da regularidade do ITCMD, tendo em vista a
diminuição irregular da base de cálculo, a qual poderá ocasionar uma redução do imposto a recolher.
Na verdade, a Lei 10.705/2000 elege os valores para fins de lançamento do IPTU e do ITR apenas
como o piso da base de cálculo do ITCMD, ou seja, o seu valor mínimo, conforme mandamento
trazido pelo Artigo 13 dela. Acompanhe a seguir:
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
39 Artigo 16 - O valor da base de cálculo, no caso de bem imóvel ou direito a ele relativo será (Lei
10.705/00, art. 13):
I - em se tratando de:
a) urbano, não inferior ao fixado para o lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e
Territorial Urbana - IPTU;
...
Parágrafo único - Poderá ser adotado, em se tratando de imóvel: (Redação dada ao parágrafo
pelo Decreto 55.002, de 09-11-2009; DOE 10-11-2009)
...
2 - urbano, o valor venal de referência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI
divulgado ou utilizado pelo município, vigente à data da ocorrência do fato gerador, nos termos
da respectiva legislação, desde que não inferior ao valor referido na alínea “a” do inciso I, sem
prejuízo da instauração de procedimento administrativo de arbitramento da base de cálculo, se
for o caso. (grifamos).
Confirmando o uso do valor venal de referência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis –
ITBI para fins de apuração da base de cálculo do ITCMD, vem o Artigo 16-A da Portaria CAT 15/2003,
no Item 2 de seu Parágrafo Único.
Art. 16-A - na hipótese de transmissão “causa mortis” ou de doação de bem imóvel ou direito
a ele relativo, a base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem imóvel, assim considerado o seu
valor de mercado na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação
(§ 1º do artigo 12 do Decreto 46.655/02). (Artigo acrescentado pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-
2011, DOE 05-03-2011).
Parágrafo único - para fins da determinação da base de cálculo de que trata o caput deste artigo,
será admitido, em se tratando de imóvel (parágrafo único do artigo 16 do Decreto 46.655/02):
...
2 - urbano, o valor venal de referência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI
divulgado ou utilizado pelo município, vigente à data da ocorrência do fato gerador, nos termos
da respectiva legislação, desde que não inferior ao fixado para o lançamento do Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU.
Dessa forma, o responsável pela verificação do ITCMD, sempre buscando a maior proximidade
possível ao valor de mercado do bem, deverá considerar, no mínimo, 03 (três) valores para chegar
à base de cálculo do imóvel urbano, quais sejam:
a) o valor venal para fins de lançamento do IPTU;
b) o valor venal de referência do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI;
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
c) o valor declarado pelo próprio interessado nos autos do processo judicial ou na escritura
40 pública.
Destes 03 (três) valores, a base de cálculo será o maior deles.
Caso, dentre os documentos apresentados, o responsável pela conferência do ITCMD encontre
provas (exemplificativamente, laudos de avaliação, contratos de promessa de compra e venda e/ou
escrituras públicas de compra e venda com datas próximas à do óbito) de que o valor de mercado
do bem é ainda maior do que os 03 (três) acima mencionados, então esse novo valor deverá ser a
base de cálculo.
Nem todas as Prefeituras do Estado de São Paulo divulgam o valor venal de referência do Imposto
sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI, sendo que, na ausência deste, restarão os outros dois
valores como patamares mínimos da base de cálculo do ITCMD.
Da mesma forma que para os imóveis urbanos, em se tratando de imóveis rurais, o Artigo 9º,
bem como o Artigo 13 da Lei 10.705/2000, também deverão ser atendidos.
Nesse caso, o responsável pela regularidade do ITCMD deverá observar o item 1 do parágrafo
único do artigo 16 do Regulamento do ITCMD. Para buscar a maior proximidade possível do valor
de mercado do imóvel, o artigo autoriza que se considere também o valor médio da terra-nua e das
benfeitorias, divulgado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ou
por outro órgão de reconhecida idoneidade. Veja o artigo.
Artigo 16 - O valor da base de cálculo, no caso de bem imóvel ou direito a ele relativo será (Lei
10.705/00, art. 13):
I - em se tratando de:
...
b) rural, não inferior ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de
lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR;
...
Parágrafo único - Poderá ser adotado, em se tratando de imóvel: (Redação dada ao parágrafo
pelo Decreto 55.002, de 09-11-2009; DOE 10-11-2009)
1 - rural, o valor médio da terra-nua e das benfeitorias divulgado pela Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo ou por outro órgão de reconhecida idoneidade, vigente à
data da ocorrência do fato gerador, quando for constatado que o valor declarado pelo interessado
é incompatível com o de mercado; (grifamos).
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Também, vem a Portaria CAT 15/2003, em seu Artigo 16-A, Parágrafo Único, Item 1, ratificar a
41 observância de valores trazidos pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, através do Instituto de Economia Agrícola.
Art. 16-A - na hipótese de transmissão “causa mortis” ou de doação de bem imóvel ou direito
a ele relativo, a base de cálculo do ITCMD é o valor venal do bem imóvel, assim considerado o seu
valor de mercado na data da abertura da sucessão ou da realização do ato ou contrato de doação
(§ 1º do artigo 12 do Decreto 46.655/02). (Artigo acrescentado pela Portaria CAT-29/11, de 04-03-
2011, DOE 05-03-2011)
Parágrafo único - para fins da determinação da base de cálculo de que trata o caput deste artigo,
será admitido, em se tratando de imóvel (parágrafo único do artigo 16 do Decreto 46.655/02):
1 - rural, o valor médio da terra-nua e das benfeitorias divulgado pelo Instituto de Economia
Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ou por outro órgão
de reconhecida idoneidade, vigente à data da ocorrência do fato gerador, desde que não inferior
ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre
a Propriedade Territorial Rural - ITR; (grifamos).
Na mesma esteira, o valor calculado com base no IEA também não será, necessariamente, a base
de cálculo do ITCMD, pois, conforme já visto, tal base não poderá ser inferior ao valor presente na
Declaração do ITR – DITR, bem como, nunca podemos perder de vista o valor de mercado dos bens.
Dessa forma, em relação a imóveis rurais, o responsável pela conferência do ITCMD deverá
considerar, no mínimo, 03 (três) valores, quais sejam:
1) o valor presente na DITR;
2) o valor do IEA;
3) o valor declarado pelo interessado.
Destes três, deve-se considerar o maior, não sendo a justificativa para isto o intuito de se
arrecadar mais, mas sim a busca pelo cumprimento da legislação, o que se procura ilustrar através
dos exemplos abaixo:
Caso 1: valor da DITR=R$ 100.000,00, valor do IEA=R$ 200.000,00, valor declarado pelo
interessado=R$ 150.000,00. Deve-se ficar com o valor do IEA. Justificativa=busca do
valor de mercado (art. 9º, § 1º, Lei 10.705/2000);
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
B2) Se o imóvel não possuir benfeitorias, deverá ser escolhida a opção “Valor de terra nua”.
43 Neste caso, deverão ser selecionadas as categorias de terra que correspondam às áreas declaradas
no DIAT. Para tanto, deverá ser utilizada a seguinte tabela de correspondência:
OU
Área de produtos vegetais
Terra de cultura de segunda (porém, caso seja atribuído o valor de terra de
cultura de segunda, então deverá ser apresentado laudo técnico que comprove
a qualidade da terra)
Terra para pastagem Área de pastagem
Terra para reflorestamento Área de reflorestamento
Campo Todas as demais áreas declaradas
C) Para obtenção do valor do imóvel de acordo com os dados divulgados pelo IEA, o cálculo será
feito da seguinte forma:
C1) em se tratando de imóvel com benfeitorias: através da multiplicação da área total do imóvel
pelo valor médio do hectare encontrado na consulta do subitem B1;
C2) em se tratando apenas de terra nua: pela soma dos valores resultantes da multiplicação
das áreas da Declaração de ITR pelo respectivo valor médio do hectare encontrado na consulta do
subitem B2.
D) O valor obtido deverá ser confrontado com o valor total do imóvel informado na Declaração
de ITR. A base de cálculo do ITCMD corresponderá a, no mínimo, o maior dos dois valores.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
08. Área Ocupada c/ Benfeitorias Úteis e Necessárias Destinadas à Atividade Rural = 0,1
44
09. Área Aproveitável = 37,4
Antes do cálculo, é necessário saber a qual Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) pertence
o imóvel.
Para se chegar ao EDR, deve-se percorrer o caminho seguinte.
Acesse a página inicial no seguinte endereço: <www.iea.sp.gov.br>.
Em seguida clique em “Banco de Dados”.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
45
Apresentação
Clique em “Distribuição dos Municípios”.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
47
Tendo conhecimento do município onde está localizado o imóvel rural, basta correlacionar a
coluna município da tabela acima com a coluna EDR, e o interessado terá descoberto o Escritório
de Desenvolvimento Rural a que pertence tal imóvel.
Conhecendo o EDR, os demais dados relativos ao imóvel, para se chegar ao valor por hectare
trazido pelo site do IEA, serão obtidos na matrícula e na Declaração de ITR.
Nesse exemplo, os dados são:
• Extensão da terra = 37,5 ha;
• Data do óbito = junho de 2005;
• Localização do imóvel = município de Bauru/SP;
• Há benfeitorias – Informação extraída da declaração de ITR.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Terra rural
Agora clique em “Imóveis Rurais com Benfeitorias”, pois, segundo a DITR, há benfeitorias no
imóvel.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Considerando os dados do imóvel, bem como o EDR ao qual pertence já obtido, deve-se
selecionar os itens grifados a seguir.
Opção: Propriedade de 24,20 a 72,60 ha – Pois a extensão do imóvel é de 37,5 ha.
Período: Ano inicial e final – 2005 – Porque o ano do óbito é 2005.
Mês do levantamento: Jun. – Visto que o mês do óbito é junho.
Região: Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) – Bauru - Pois o imóvel está situado no
município de Bauru/SP.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
50
No resultado dessa pesquisa, deve-se pegar o preço médio obtido (aqui, no exemplo, será
R$6.643,36 por ha).
Aí basta multiplicar o número de hectares pelo preço médio obtido (37,5 ha x 6.643,36 =
R$249.126,00).
Dessa forma, chega-se, com base no IEA, ao valor da propriedade, valor este que, como já dito,
deverá ser confrontado com o valor presente na DITR e com o valor declarado no processo judicial,
ou na escritura pública de inventário, pelo interessado.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
51
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Apresentação
Clique em “Distribuição dos Municípios”.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Tendo conhecimento do município onde está localizado o imóvel rural, basta correlacionar a
coluna município da tabela acima com a coluna EDR, e o interessado terá descoberto o Escritório
de Desenvolvimento Rural a que pertence tal imóvel.
Conhecendo o EDR, os demais dados relativos ao imóvel, para se chegar ao valor por hectare
trazido pelo site do IEA, serão obtidos na matrícula e na Declaração de ITR.
Nesse exemplo, os dados são:
• Extensão da terra = 25,9 ha;
• Data do óbito = dezembro de 2010;
ITCMD: Procedimentos
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Terra rural
Neste momento clique em: Valor de terra nua, pois, segundo a DITR, não há benfeitorias no imóvel;
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Considerando os dados do imóvel, bem como o EDR ao qual pertence, já obtido, deve-se
selecionar os itens grifados a seguir.
Opção:
Campo – Pois na DITR consta 1,2 ha de Área Imprestável p/ a Atividade Rural;
Terra de cultura de primeira – Pois na DITR consta 24,7 ha de Área de Produtos Vegetais.
Período:
Ano inicial e final – 2010 - Pois o ano do óbito é 2010;
Mês do levantamento: Nov. – Pois o mês do óbito é dezembro, de forma que novembro é o mês
do levantamento mais próximo e não é posterior ao fato gerador.
Região:
Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) – Piracicaba – Pois o imóvel está situado no
município de Águas de São Pedro/SP.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
56
No resultado da pesquisa acima, deve-se pegar os preços médios obtidos (aqui no exemplo,
será R$ 6.611,57 por ha de Campo e R$ 18.026,86 por ha de Terra de cultura de primeira).
Em seguida, deve-se multiplicar o número de hectares de cada opção por seu correspondente
preço médio:
Campo --------------------------------- R$6.611,57 x 1,2 ha = R$7.933,88
Terra de cultura de primeira ---- R$18.026,86 x 24,7 ha = R$445.263,44
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Para finalizar, basta somar os valores obtidos, de forma a abranger toda a extensão do imóvel
57 rural:
R$ 7.933,88 + R$ 445.263,44 = R$ 453.197,32 (valor total do imóvel, com base no IEA).
Dessa forma, chega-se, com base no IEA, ao valor da propriedade, valor este que, como já dito,
deverá ser confrontado com o valor presente na DITR e com o valor declarado no processo judicial,
ou na escritura pública de inventário, pelo interessado.
Além da legislação tributária relacionada ao ITCMD, é de suma importância que o AFR, que vá
trabalhar com esse tributo, tenha boas noções do Direito de Família e do Direito das Sucessões. Por
isso, é importante ficar atento a algumas situações:
Diferenciar quando um bem é comum ou particular, influência do regime de bens em partilhas,
renúncia abdicativa (não é doação), renúncia translativa (é doação), herdeiros necessários, ordem
de vocação hereditária, união estável, dentre outras muitas informações relacionadas aos ramos
do Direito acima citados.
A principal fonte de consulta para os assuntos acima mencionados será o Código Civil, acessível
através do seguinte endereço eletrônico: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm.
Considerando que os tópicos de Direito Civil relacionados ao ITCMD não foram objeto de estudo
no presente trabalho, acompanhe a seguir alguns artigos do Código Civil vigente, os quais são de
grande utilidade para quem for analisar expedientes desse tributo.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos
58
seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido
motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados
os direitos de terceiros.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos
bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos
regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão
parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração
do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao
casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em
sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em
nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
59
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao
casamento.
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do
casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes
e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu
lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada
a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou
reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende
aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva
de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos
bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for
atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber
a cada um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura
60
da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à
herança.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com
o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo
da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de
dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do
sobrevivente.
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem
prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge
quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta
parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o
direito de representação.
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus
ascendentes.
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por
cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência
com o cônjuge sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de
linhas.
§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna
herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da
herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Artigo 1.840 - Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o
62
direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Artigo 1.841 - Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais,
cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Artigo 1.842 - Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os
unilaterais.
Artigo 1.843 - Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes
herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por
igual.
Artigo 1.844 - Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou
tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada
nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
Artigo 1.845 - São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Artigo 1.846 - Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima.
Artigo 1.851 - Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido
a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Artigo 1.852 - O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na
ascendente.
Artigo 1.853 - Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos
filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
Artigo 1.854 - Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado,
se vivo fosse.
Artigo 1.855 - O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes.
Artigo 1.856 - O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de
outra.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 2 - Regras para a base de cálculo e Direito Civil
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao
63
cônjuge sobrevivente.
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830,
serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito
de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada
um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os
unilaterais.
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes
herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por
igual.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou
tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada
nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima.
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a
suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na
ascendente.
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos
de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se
vivo fosse.
Art. 1.855. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes.
Art. 1.856. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra.
ITCMD: Procedimentos
ITCMD: Procedimentos
MÓDULO 3 - CÁLCULO
DO ITCMD
Olá! Vamos iniciar o terceiro módulo do curso ITCMD: Procedimentos. Nele vamos saber todos os
passos para executar o cálculo do ITCMD. Preparado para este desafio? Vamos em frente!
Objetivos
O cálculo do imposto, já com os acréscimos legais, é feito pelo próprio sistema gerador da
Declaração do ITCMD, disponibilizado pela SEFAZ.
Caso o interessado necessite emitir um cálculo atualizado, uma nova via da Declaração de ITCMD,
bem como da(s) GARE(s) ITCMD, com valores atualizados, bastará trilhar alguns passos. Veja na
sequência como se faz:
1 – Acesse o seguinte endereço: http://pfe.fazenda.sp.gov.br (ou simplesmente <www.pfe.fazenda.
sp.gov.br>).
2 – No canto esquerdo superior da tela, clique em “ITCMD”.
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Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
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ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Sempre que for detectada uma base de cálculo declarada a menor, então deverá ser corrigida tal
68 irregularidade através do procedimento de retificação da Declaração de ITCMD acima explicado.
Comparando os fatos geradores ocorridos no ano de 2001 e os ocorridos a partir de 2002, serão
encontradas importantes diferenças na forma de se proceder aos cálculos do ITCMD, o que se
procura explicitar a seguir:
Para óbitos ocorridos entre 01/01/2001 a 31/12/2001, a Lei 10.705/2000 (sem as alterações
trazidas pela Lei 10.992/2001) regula os cálculos do ITCMD, através dos seguintes artigos:
• artigo 15 (atualização da base de cálculo);
• artigo 16 (alíquotas);
• artigo 17 (prazo para juros para o causa mortis);
• artigo 18 (prazo específico para doações);
• artigo 20 (juros de mora);
• artigo 21, inciso I (multa por atraso na abertura do processo judicial para a transmissão dos
bens deixados).
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Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Artigo 17 - Na transmissão «causa mortis», o imposto será pago até o prazo de 30 (trinta)
dias após a decisão homologatória do cálculo ou do despacho que determinar seu pagamento,
observado o disposto no artigo 15 desta lei.
§ 1º- O prazo de recolhimento do imposto não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias
da abertura da sucessão, sob pena de sujeitar-se o débito à taxa de juros prevista no artigo 20,
acrescido das penalidades cabíveis, ressalvado, por motivo justo, o caso de dilação desse prazo
pela autoridade judicial. (Parágrafo renomeado de parágrafo único para §1º pela Lei 10.992, de
21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002) (grifamos).
Artigo 20 - Quando não pago no prazo, o débito do imposto fica sujeito à incidência de juros
de mora, calculados de conformidade com as disposições contidas nos parágrafos deste artigo.
§ 1º - A taxa de juros de mora é equivalente:
1. por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para
títulos federais, acumulada mensalmente;
2. por fração, a 1% (um por cento).
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Para óbitos ocorridos de 01/01/2002 em diante, a Lei 10.705/2000, alterada pela Lei 10.992/2001,
regula os cálculos do ITCMD através dos seguintes artigos:
• artigo 15 (atualização da base de cálculo);
• artigo 16 (alíquota);
• artigo 17 (prazo para juros e para desconto do causa mortis);
• artigo 18 (prazo específico para doações);
• artigo 19 (multa de mora);
• artigo 20 (juros de mora);
• artigo 21, inciso I (multa por atraso na abertura do processo judicial para a transmissão dos
bens deixados).
Acompanhe a seguir o que dizem os artigos de 15 a 21.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Artigo 19 - Quando não recolhido nos prazos previstos na legislação tributária, o débito do
72
imposto fica sujeito à incidência de multa, no percentual de 0,33% (trinta e três centésimos por
cento) por dia de atraso, limitado a 20% (vinte por cento). (Redação dada ao artigo pela Lei 10.992,
de 21-12-2001; DOE 22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002)
Artigo 20 - Quando não pago no prazo, o débito do imposto fica sujeito à incidência de juros
de mora, calculados de conformidade com as disposições contidas nos parágrafos deste artigo.
§ 1º - A taxa de juros de mora é equivalente:
1. por mês, à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) para
títulos federais, acumulada mensalmente;
2. por fração, a 1% (um por cento).
§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo:
1. mês, o período iniciado no dia 1º e findo no respectivo dia útil;
2. fração, qualquer período de tempo inferior a um mês, ainda que igual a um dia.
§ 3º - Em nenhuma hipótese, a taxa de juros prevista neste artigo poderá ser inferior a 1% (um
por cento) ao mês.
§ 4º - Ocorrendo a extinção, substituição ou modificação da taxa a que se refere o § 1º, o Poder
Executivo adotará outro indicador oficial que reflita o custo do crédito no mercado financeiro.
§ 5º - O valor dos juros deve ser fixado e exigido na data do pagamento do débito, incluindo-se
esse dia.
§ 6º - A Secretaria da Fazenda divulgará, mensalmente, a taxa a que se refere este artigo.
Artigo 21 - O descumprimento das obrigações principal e acessórias, instituídas pela legislação
do Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD,
fica sujeito às seguintes penalidades:
I - no inventário e arrolamento que não for requerido dentro do prazo de 60 (sessenta) dias da
abertura da sucessão, o imposto será calculado com acréscimo de multa equivalente a 10% (dez
por cento) do valor do imposto; se o atraso exceder a 180 (cento e oitenta) dias, a multa será de
20% (vinte por cento);
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Na seara das isenções, a Lei 10.992/2001 inovou bastante ao alterar a Lei 10.705/2000,
modificando totalmente o seu Artigo 6º, bem como acrescentando o § 3º do Artigo 9º.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Agora, vamos acompanhar o que diz a LEI 10.705/2000 (COM as alterações da Lei 10.992/2001):.
Artigo 6o Fica isenta do imposto: (Redação dada ao artigo pela Lei 10.992, de 21-12-2001; DOE
22-12-2001; Efeitos a partir de 01-01-2002)
I - a transmissão “causa mortis”:
a) de imóvel de residência, urbano ou rural, cujo valor não ultrapassar 5.000 (cinco mil)
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs e os familiares beneficiados nele residam e
não tenham outro imóvel;
b) de imóvel cujo valor não ultrapassar 2.500 (duas mil e quinhentas) UFESPs, desde que seja
o único transmitido;
c) de ferramenta e equipamento agrícola de uso manual, roupas, aparelho de uso doméstico e
demais bens móveis de pequeno valor que guarneçam os imóveis referidos nas alíneas anteriores,
cujo valor total não ultrapassar 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs;
d) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000 (mil)
UFESPs;
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Diferenças das isenções do ITCMD Causa Mortis para óbitos ocorridos no ano de 2001 e de
2002 em diante
É possível observar na leitura dos artigos acima, que as principais diferenças, no que toca às
regras de isenção do ITCMD Causa Mortis, ditadas pela Lei 10.705/2000, SEM as alterações trazidas
pela Lei 10.992/2001 e COM tais alterações, são as seguintes:
• SEM – para os fatos geradores ocorridos no ano de 2001;
• COM – para os fatos geradores ocorridos do ano de 2002 em diante;
• SEM – isenção para quaisquer bens do espólio até o limite de 7.500 UFESPs, só sendo devido
o imposto sobre o valor que ultrapassar tal limite (de acordo com o Parágrafo único do Artigo
6º acima exposto);
• COM – as isenções são exaustivamente descritas nas alíneas do Inciso I do Artigo 6º da Lei,
sendo restritas a poucos bens/direitos ali elencados.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
Diferenças das isenções do ITCMD Doações para fatos geradores ocorridos nos anos de 2001
76 e 2002 em diante
Da leitura dos artigos acima, constata-se que as principais diferenças, no que se refere às regras
de isenção do ITCMD Doações, considerando a Lei 10.705/2000, SEM as alterações determinadas
pela Lei 10.992/2001 e COM elas, são:
• SEM – para fatos geradores ocorridos no ano de 2001;
• COM – para fatos geradores ocorridos do ano de 2002 em diante;
• SEM – não há menção sobre a necessidade de se somar todas as doações de um determinado
período para se aferir se o limite de isenção foi ultrapassado. Também, o imposto só é devido
sobre o valor que exceder às 2.500 UFESPs (de acordo com o Parágrafo único do Artigo 6º
acima exposto);
• COM – é necessária a soma de todas as doações, entre mesmo doador e donatário, ocorridas
dentro de um mesmo ano civil, para se saber se o limite de isenção foi ultrapassado. Caso tal
soma totalize valor acima das 2.500 UFESPs, então o imposto será devido sobre tudo, e não
apenas sobre o valor excedente (o Parágrafo único do Artigo 6º da Lei 10.705/2000 deixa de
existir após a Lei 10.992/2001).
Artigo 31 - O imposto será recolhido (Lei 10.705/00, arts.17, com alteração da Lei 10.992/01, e 18):
I - na transmissão “causa mortis”: (Redação dada ao inciso pelo Decreto 56.693, de 27-01-2011;
DOE 28-01-2011)
...
§ 1º - Na hipótese prevista no inciso I:
...
2 - será concedido desconto de 5% (cinco por cento) sobre o valor do imposto devido, desde
que recolhido no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da abertura da sucessão.
O Artigo 34 da Lei 10.705/2000 dispensa o recolhimento de imposto que, para cada contribuinte,
seja inferior a 01 (uma) UFESP.
Artigo 34 - Fica dispensado o recolhimento de imposto que, relativamente a cada contribuinte,
resultar inferior a 1 (uma) UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo).
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
400.000,00 x 50% = 200.000,00 (exclusão da meação da viúva, sobre a qual não incide o ITCMD
Causa Mortis)
200.000,00 : 9,83 (UFESP de 2001, ano do óbito) = 20.345,880 UFESP
20.345,880 – 7.500 (parcela isenta) = 12.845,880 UFESP
12.000 – 7.500 = 4.500 UFESP (parcela sujeita à alíquota de 2,5%)
12.845,880 – 4.500 = 8.345,880 UFESP (parcela sujeita à alíquota de 4%)
4.500 x 2,5% = 112,5 UFESP
8.345,880 x 4% = 333,835 UFESP
112,5 + 333,835 = 446,335 UFESP (ITCMD devido, sem os acréscimos legais, caso não
houvesse pagamento parcial)
3.456,13 : 14,23 = 242,876 UFESP (ITCMD em UFESP já recolhido, considerando o ano do
pagamento parcial=ano de 2007)
446,335 - 242,876 = 203,459 UFESP (ITCMD ainda não pago)
203,459 x 167,41% = 340,611 UFESP (juros até 31/03/2014)
203,459 x 20% = 40,692 (multa por atraso no protocolo da ação judicial)
203,459 + 340,611 + 40,692 = 584,762 UFESP
Multiplicando-se pela UFESP atual (ano de 2014), chega-se ao valor a recolher, em reais, com
vencimento para 31/03/2014:
584,762 x 20,14 = R$ 11.777,11 (valor total para a GARE ITCMD complementar, com vencimento
para o dia 31/03/2014, sendo: ITCMD= 4.097,66; juros=6.859,91 e multa=819,54)
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
600.000,00 x 50% = 300.000,00 (exclusão da meação da viúva, sobre a qual não incide o ITCMD
Causa Mortis)
300.000,00 : 12,49 (UFESP de 2004, ano do óbito) = 24.019,215 UFESP
24.019,215 x 13,30 (UFESP de 2005, ano do vencimento do imposto) = R$ 319.455,56 (base de
cálculo atualizada)
319.455,56 x 4% = 12.778,22 (ITCMD devido, sem multa e juros, caso não houvesse
pagamento parcial)
12.778,22 – 10.648,52 = 2.129,70 (ITCMD ainda não pago)
2.129,70 x 116,36% = 2.478,12 (juros até 31/03/2014)
2.129,70 x 40% = 851,88 (multa de mora=20% + multa por atraso no protocolo do processo
judicial=20%)
2.129,70 + 2.478,12 + 851,88 = R$ 5.459,70 (valor total para a GARE ITCMD complementar,
com vencimento para o dia 31/03/2014, sendo: ITCMD=2.129,70; juros=2.478,12 e
multa=851,88)
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Dica 3
81
Os juros atuais (no exemplo, 116,36%) podem ser obtidos através do respectivo Comunicado
DA, neste caso, o Comunicado DA nº 13 de 05/03/2014, tendo em vista que se queria o cálculo com
vencimento para 31/03/2014.
ITCMD: Procedimentos
Módulo 3 - Cálculo do ITCMD
83
Finalização
Bem, chegamos ao final do curso ITCMD: Procedimentos. Já deu para perceber que nossas
atribuições não são tão simples, não é mesmo? É necessário possuir diversas habilidades e práticas
que contribuirão diretamente para o nosso desempenho profissional.
Esperamos que você coloque em prática todos os ensinamentos adquiridos até aqui. Agora é
com você.
Sucesso!
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