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Copyright© Wagre Furtado Gomes

7946/1 – 500 – 132 – 2015

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proprietário(s) do Direito Autoral.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Gomes, Wagre Furtado


Aprovação mapeada / Wagre Furtado Gomes. --
São Paulo : Scortecci, 2015.

Bibliografia.
ISBN 978-85-366-4483-7

1. Administração de pessoal 2. Coaching


3. Concursos públicos 4. Organizações - Administração
I. Título.

15-10153 CDD-658.3124076
Índices para catálogo sistemático:

1. Coaching : Administração de empresas :


Concursos públicos  658.3124076

Grupo Editorial Scortecci


Scortecci Editora
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Livraria e Loja Virtual Asabeça
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“Vontade de vencer todos nós temos. A diferença se dá naqueles que possuem
a vontade de se preparar para vencer, afinal, as nossas grandes conquistas, na
maioria das vezes, são frutos de muita dedicação e de muito trabalho. Sendo
assim, se quisermos triunfar, temos que estar preparados para enfrentar o
percurso que leva até a vitória. É tempo de definir o que é necessário para
conquistar o seu objetivo.”
SUMÁRIO

Introdução ao Coaching................................................................11
Coaching, Consultoria e Mentoring............................................12

Introdução ao Estudo para Concursos......................................15


Qual sua orientação?.....................................................................18
Estágios de Aprendizagem...........................................................20

1. Aluno X Estudante.....................................................................23

2. Casa X Biblioteca........................................................................26

3. Técnica de Pomodoro – Pausas para Descanso �������������������28

4. Princípio de Pareto.....................................................................31

5. Turbine Seu Cérebro...................................................................35


1 – Oxigenação Cerebral..............................................................37
2 – Estimulo da bi-hemisferização cerebral ������������������������������38
3 – Jogos que estimulam novas conexões ���������������������������������40

6. Lozanov e o Efeito Mozart �����������������������������������������������������44


Terapia do riso................................................................................45

7. Leitura Dinâmica..........................................................................47
1 – Pré-leitura.................................................................................48
2 – Leitura.......................................................................................50
3 – Mapeamento/Resumo............................................................51
Exercício de expansão da visão periférica ���������������������������������52
8. Memorização.................................................................................54
Memórias curta, média e longa ���������������������������������������������������55
Quer conselhos simples para estimular a memória? ����������������59

9. Como Realizar Revisões Eficientes ����������������������������������������60


O número mágico 7 – mais ou menos 2 �����������������������������������63
A curva do esquecimento.............................................................64
Deu branco? sugira a recordação. �����������������������������������������������65

10. Concentração.............................................................................67
Preparação para início dos estudos ��������������������������������������������67
Exercícios que estimulam a concentração ��������������������������������68
Exercício 2 – Visualização............................................................73
Exercício 3 – Exercícios Respiratórios ��������������������������������������73
Perda da Concentração.................................................................74
Como criar um hábito I................................................................75
Como criar um hábito II..............................................................76

11. PNL Aplicada à Aprovação.....................................................79


Regulando nosso termostato linguístico. �����������������������������������80
Canais sensoriais............................................................................81
Autossugestão................................................................................82
Ressignificação...............................................................................84
Como ressignificar as falhas existentes
no caminho da aprovação.......................................................85
Âncoras e sua utilização para o estudo. �������������������������������������87
Como criar âncoras.......................................................................89

12. Organizadores Gráficos..........................................................91


Tipos de Organizadores Gráficos ����������������������������������������������93
Administração Gerencial............................................................101

13. O Método “VMRE”................................................................105


VER...............................................................................................105
MAPEAR......................................................................................107
REVISAR.....................................................................................108
EXERCITAR...............................................................................110
14. Base Para Concursos...............................................................116
Como estudar Português............................................................117
Como estudar Direito Constitucional �������������������������������������118
Como estudar Direito Administrativo �������������������������������������119

Conclusão........................................................................................121

Bibliografia.....................................................................................124
INTRODUÇÃO AO COACHING

Mas afinal, o que é Coaching?

Coaching é um processo de otimização do potencial


e desenvolvimento humano. O processo de Coaching tem
como pilares o aumento da consciência e da responsabilidade.
O conceito de Coaching originou-se no esporte, quan-
do Tim Gallway tornou a instrução de tênis um pouco menos
dogmática e técnica, trabalhando o jogo interior dos jogado-
res, intitulando assim um livro com o nome The Inner Game of
Tennis (O jogo interior de tênis).
Gallway reconheceu que os obstáculos internos são
muitas vezes mais assustadores do que os externos. Ele acre-
ditava que o adversário dentro da própria cabeça é mais for-
midável do que o do outro lado da rede. Ou seja, a palavra
“interior” é aqui empregada para indicar o estado subjetivo
do jogador.
Para Gallway, o ser humano tem uma capacidade de
aprendizagem natural embutida. Desta forma, o processo de
Coaching surge com a intenção de desbloquear o potencial das
Aprovação mapeada

pessoas para maximizar seu próprio desempenho. Segundo


Tim, quanto menos ele ensinava, mais os alunos aprendiam.
Cabe esclarecer que essa ideia não é nova, Sócrates de-
fendia o mesmo ideal há mais de dois mil anos, e, embora o
reducionismo materialista tenha feito com que as ideias de
Sócrates se perdessem no tempo, o processo de Coaching
traz em seu bojo a possibilidade de ressuscitar esse ideal que
coincide com o surgimento de um modelo psicológico mais 11
otimista da humanidade, em contradição àquela velha ideia
comportamental de que somos apenas recipientes vazios nos
quais é preciso derramar tudo.
Segundo John Whitmore, em sua obra Coaching para
aprimorar o desempenho, essa ideia de otimismo humano versus
a ideia de recipientes vazios nos mostra que precisamos de
alimento, encorajamento e de luz para progredir, mas a carac-
terística peculiar para isso preexiste dentro de nós. Em outras
palavras, a essência do Coaching é a de que a evolução surge
de dentro. Ou seja, nada se compara a motivação que vem de
dentro.
Apenas duas coisas nos limitam: o alcance da visão e as
crenças limitantes.

Coaching é o processo de alinhamento de ideias e ações em busca de resultados.


(Wagre Furtado)

Coaching, Consultoria e Mentoring

Agora que você já sabe o que é o processo de Coaching, va-


mos ver a diferença que existe entre esta técnica e a Consul-
toria e o Mentoring.
Consultoria é o processo por meio do qual um especialis-
ta avalia, diagnostica, obtém informações e orienta seu cliente.
Ou seja, consultor é um profissional que estudou o assunto.
Mentoring é um processo por meio do qual um pro-
fissional experiente usa seus conhecimentos e vivências em
Wagre Furtado Gomes

uma determinada área para partilhar suas experiências com


seu cliente.
Ou seja, Consultoria e Mentoring dão respostas. O pri-
meiro estudou o assunto; o segundo viveu o assunto. A seme-
lhança reside no fato de ambos darem respostas. O Coaching
dá perguntas, pois, as perguntas são as respostas.
Este livro é uma mistura de Coaching com Consultoria
e Mentoring, pois temos como objetivo desenvolver habilida-
12 des internas no leitor que aprecia essa leitura. No entanto, em
boa parte do livro estaremos trabalhando a Consultoria, fruto
de 5 anos de estudo de técnicas de meta aprendizagem, em
outros momentos estaremos trabalhando o Mentoring, fruto
de alguns anos de estudo para concurso, que garantiram a 3ª
colocação para o cargo de Auditor de Controle Interno.
Ao final desta leitura você estará apto a aprender a
aprender e perceberá uma significativa evolução nos seus es-
tudos e, consequentemente, nos seus resultados.

Aprovação mapeada

13
INTRODUÇÃO AO ESTUDO
PARA CONCURSOS

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.


(Aristóteles)

Ser aprovado em um bom concurso público não é um privilé-


gio de poucos que nasceram com um QI elevado. Estudos re-
velam que existe um padrão de metas, planejamento, técnicas
de estudo e conjunto de crenças (motivação) que os estudan-
tes bem-sucedidos tendem a adotar. Quando esses elementos
são eficazmente orquestrados, os objetivos destes estudantes
são atingidos com o máximo de eficiência.
O volume de diferentes matérias com que o estudante se de-
para no início de sua preparação pode ser considerado como
o maior obstáculo encontrado na jornada rumo à aprovação.
Toda essa quantidade de informação a ser absorvida, o
pouco tempo disponível para processá-la e as exigências do
dia-a-dia (família, trabalho, vida social) levaram muitos estu-
diosos a desenvolver ou adaptar novos métodos de estudo
Aprovação mapeada

com foco em concursos públicos.


O resultado destes estudos nos trouxe a conscientização da
necessidade de uma mudança na direção voltada a uma forma de
aprender mais criativa, motivadora e estimulante, com o apoio de
recursos didáticos que permitissem a combinação de habilidades
que propiciassem ao cérebro a potencialização do aprendizado.
Com este novo enfoque, a aprendizagem efetiva (apren-
der a aprender) ganhou novas perspectivas, por abranger não 15
só o intelecto, más também a emoção, a intuição e a ação no
processo de aprendizagem.

Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos, é porque não ousa-
mos que elas são difíceis.
(Séneca)

Aprender a aprender é a base para o início de uma jor-


nada rumo ao alcance de seus maiores objetivos.
Aos candidatos a uma vaga no serviço público é de
bom grado ter em mente que não é necessário tornar-se um
especialista nesta ou naquela matéria, e sim alcançar um co-
nhecimento mediano no conjunto delas. De forma que possa,
a partir de um edital publicado, se dedicar a revisões das maté-
rias conhecidas e posteriormente, ir ao encontro daquelas que
nunca havia estudado.
Segundo Joseph O’Connor e John Seymour, no livro
Introdução a Programação Neurolinguística, dentro de um sistema
complexo, uma pequena modificação pode causar um enorme
efeito. Para que isso ocorra, detalharemos, além de recursos
neurológicos e emocionais, recursos organizacionais que con-
tribuirão com seu aprendizado.

Deem-me 8 horas para cortar uma árvore e eu gastarei 6 afiando o


machado.
(Abraham Lincoln)

Nos próximos capítulos iremos reunir dicas de como po-


Wagre Furtado Gomes

tencializar seu aprendizado, sua concentração e sua paciência


rumo ao alcance do seu sonho. Se você acredita que é possível,
já tem 50%. Os outros 50% você corre atrás e aprende. Esta
obra foi criada para contribuir com isso. O aprendizado mo-
tivado e com uma meta fixa em mente nos permite alcançar
qualquer objetivo.

“O que transforma os sonhos em objetivos é a definição do prazo para


16 alcança-los”
Quando falamos em sonhos, falamos em algo subjetivo,
que soa como algo que não está ao nosso alcance. No entan-
to, quando definimos um prazo, transformamos o sonho em
algo objetivo, que nos motiva e impulsiona por meio de um
coquetel neurológico que fornece imagens daquilo que ainda
não aconteceu. Desta forma, sentimos, acreditamos, quere-
mos e fazemos com que aquilo aconteça.

Devemos sonhar grande, começar pequeno; mas devemos começar agora.

Acredite que só o conhecimento trará um crescimento


duradouro que, apesar de lento, é seguro e transformará para
sempre sua vida. Não tenha pressa, pois como já dizia o poeta:

“Tudo na vida tem tempo


Tudo no tempo tem vez
E aprender a esperar
É saber de coisas que o tempo já fez”

Esperamos despertar em você a ideia de que é a predis-


posição em aprender que influencia facilitando a compreen-
são. Se você quer e sabe o que tem que fazer, pague o preço
para alcançar o seu objetivo.
Segundo Jairo Mancilha, Ph.D., Médico e Master Train-
er em PNL, a aprendizagem é dependente do estado em que
estamos. Essa ideia já foi comprovada pela Neurociência, que
descobriu que é o sistema límbico que controla a memória
e as emoções. Assim, se estamos em um estado emocional
positivo, a aprendizagem será positiva. Por outro lado, se o
Aprovação mapeada

estado emocional está negativo, a aprendizagem também será


negativa.

Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma opor-
tunidade invejável para aprender a despertar a influência libertadora do
conhecimento, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comu-
nidade à qual seu futuro trabalho pertence.
(Albert Einstein) 17
Segundo Nancy Azevedo Cavado, sempre nos ensina-
ram a encarar os estudos como uma obrigação, e por isso, o
aproveitamento era precário. O próprio fato de sermos sepa-
rados de nossas mães e submetidos ao sistema educacional
nos geraram experiências negativas.
Por outro lado, este sistema educacional ao qual fomos
submetidos não possui professores com recursos apropria-
dos ao favorecimento da educação, por meio do estimulo ao
aprendizado, como consequência disso, amarguramos as pio-
res posições no ranking de educação do mundo.
Esta obra foi idealizada com o objetivo de corrigir dis-
torções no processo de aprendizagem e estimular a busca pelo
conhecimento. Não é a primeira voltada à aprovação em con-
cursos públicos, nem a primeiro a explorar os mapas mentais
e demais organizadores gráficos. Mas é a primeira a unir, de
forma objetiva, as melhores técnicas de aprendizagem ao es-
tudo da Evolução da Administração Pública no Brasil com
preciosas dicas para a sua aprovação.
Se você se enquadra no contexto dos estudantes que tem
falta de tempo e de dinheiro, pressões familiares, stress, ansie-
dade ou desmotivação, além dos próprios conflitos internos.
Seja bem vindo. Este livro foi feito para você.

“Confiar, totalmente, em nossa boa vontade e na força em querer crescer


já significa o próprio crescimento.”
(Maria Luiza S. Teles)

Como seria confiar plenamente em sua capacidade de


aprender e de realizar?
Wagre Furtado Gomes

Qual sua orientação?

Segundo o PhD Craig Manning, na obra Uma mente destemida


– 5 passos essenciais para um desenvolvimento superior, o comporta-
mento se origina de duas maneiras: pela tarefa ou pelo ego.
Sendo a tarefa um trabalho a ser feito e o ego um sentimento
18 pessoal de autoestima ou auto importância.
As pessoas orientadas para a tarefa (ou orientação para
o desempenho) tendem a ser mais persistentes, jogam para
vencer, se concentram no presente. Essas pessoas utilizam
comportamentos voltados para a ação imediata.
Por outro lado, as pessoas orientadas para o ego (ou
orientação para o resultado) se concentram exclusivamente no
resultado, tendem a “jogar para não perder”, procuram evitar
constrangimentos, costumam estar mais preocupadas com o
futuro e com os outros irão pensar sobre elas.
Em resumo, enquanto a pessoa orientada para o ego
diz: preciso ganhar a qualquer custo, a pessoa orientada para a
tarefa diz: preciso dar o meu melhor, custe o que custar.
No campo dos concursos funciona da mesma forma,
enquanto candidatos orientados para o ego estudam dizendo:
preciso ser aprovado nesta prova, os estudantes orientados
para a tarefa estudam com o pensamento de fazer a melhor
prova de suas vidas.
Desta forma, quando nos orientamos para a tarefa, nos
desapegamos do resultado, e temos como consequência a co-
nexão ao presente que, inevitavelmente, nos livra da ansie-
dade, que nada mais é do que estar preso ao futuro, que é a
tendência de quem se orienta ao ego.

Viver no presente é a chave, evita um desgaste desnecessário.


(B Negão)

Quando concentramos nossa atenção para tarefas iso-


ladas e avaliamos nossos esforços de maneira consistente, al-
cançamos o aprimoramento. Assim, o resultado acaba sendo
Aprovação mapeada

um subproduto do desempenho.
Um estudante orientado para a tarefa na semana da
prova muito provavelmente definiria um objetivo assim:
“Quero revisar as disciplinas direito administrativo e di-
reito constitucional por mapas mentais, estudar os princi-
pais pontos de arquivologia, rever raciocínio lógico apenas
nos tópicos já estudados e priorizar AFO e português em
exercícios.” 19
Já um estudante orientado para o ego, na semana da
prova, muito provavelmente definiria seu objetivo como:
“Preciso passar nesta prova.” Como neste caso a pessoa não
possui controle direto sobre “ganhos e perdas”, um objetivo
como este cria altos níveis de ansiedade.
Segundo Craig Manning, quando permitimos que
a mente se preocupe com o futuro, abrimos a porta para o
medo, pois todos os pensamentos se encontram no futuro,
logo, o medo só existe em nossos pensamentos sobre o que
pode ou não vir a acontecer... no futuro.

Se você prestar atenção no presente, poderá melhorá-lo. E se você melho-


rar o presente, o que vier depois também será melhor.
(Paulo Coelho)

Como seria viver no presente com a orientação para a


tarefa?

Estágios de Aprendizagem

Saímos da era da informação e entramos na era do conheci-


mento. Desta forma, não basta apenas possuir a informação,
se não a transformarmos em conhecimento. Em outras pala-
vras, não basta ter uma enciclopédia Barsa na estante ou um
HD de 10 gigas no computador se não for possível transfor-
mar esta informação em conhecimento.
Os novos conceitos de meta aprendizagem e meta cogni-
Wagre Furtado Gomes

ção difundidos no meio acadêmico trazem em seu bojo a ideia


de aprender a aprender. Ou seja, trata-se de processos de apren-
dizagem que possuem como objetivo ir um nível mais a fundo.
Os 4 estágios da aprendizagem são as distintas fases
que passamos desde a ignorância despercebida até o conhe-
cimento inconsciente em qualquer assunto. Os 4 estágios da
aprendizagem são: Incompetência Inconsciente, Incompe-
tência Consciente, Competência Consciente e Competência
20 Inconsciente.
Estágio 1 – Incompetência Inconsciente

Neste estágio você “nem sabe que não sabe”. Imagine que
você nunca dirigiu um carro e nem mesmo pensou nesta hi-
pótese. Você não sabe que não sabe dirigir um carro. No mo-
mento em que você entra no carro é vai para a primeira aula
de direção você se dá conta que não sabe.

Estágio 2 – Incompetência Consciente

Agora a situação mudou. Você “sabe que não sabe” dirigir e


está disposto a aprender. Após algumas aulinhas sobre em-
breagem, freio, acelerador, setas e marchas você atingi o pró-
ximo estágio. Agora você aprendeu a técnica de dirigir.

Estágio 3 – Competência Consciente

Após aprender a técnica você já pode se considerar uma pes-


soa que sabe dirigir, embora você ainda invista muito tempo
em pensar em qual pedal deve pisar e qual é a próxima mar-
cha, agora você “sabe que sabe” E por algum tempo você irá
dirigir sempre se perguntando sobre os pedais e as marchas,
até atingir o próximo estágio.

Estágio 4 – Competência Inconsciente


Aprovação mapeada

Neste momento você já dirigi muito bem e nem mesmo para


pra pensar em qual é a próxima marcha ou qual o pedal. Você
“nem sabe o quanto sabe”, pois o aprendizado se tornou parte
do seu conhecimento.

O aprendizado é um caminho. Talvez você esteja no es-


tágio 1 ou 2 de estudos para concursos ou vestibulares, mas se 21
você acreditar e fizer por onde, chegará ao estágio 3 da apren-
dizagem e atingirá o nível de conhecimento suficiente para al-
cançar suas aprovações. Lembre-se que não é preciso ser uma
expert estágio 4 para ser aprovado. As vezes menos é mais.
Como seria saber que sabe o suficiente para alcançar
aprovações em provas e concursos?
Wagre Furtado Gomes

22
1
ALUNO X ESTUDANTE

Conforme muito bem explicado por Nancy Azevedo Cavaco,


em sua obra Turbine Seu Cérebro, Estudar é diferente de Aprender.
No entanto, nosso sistema educacional inadequado nos en-
sinou a sentar em uma cadeira e acompanhar a explicação,
muitas vezes deficiente, de nossos professores. Sem pausas
para descanso e processamento da informação. Sem estímu-
los para o efetivo aprendizado.
Desta forma, o primeiro choque que o estudante leva ao ini-
ciar sua jornada em busca de uma vaga no serviço público é
causado pelos vícios que podem ter sido trazidos da época da
escola ou faculdade.
Fomos acostumamos durante toda nossa vida acadêmica
a estudar na véspera da prova. A própria escola contribuiu
para isso, criando a “semana de provas”. Este sistema de edu-
cação ao qual fomos lançados cria expectativas através de ava-
liações que não medem o nível de aprendizado, mas o nível de
“decoreba” na véspera da prova.
Aprovação mapeada

Prova disto são os alarmantes resultados de avaliações


como o Enem, para alunos do ensino médio, e exames de con-
selhos, como o da OAB, onde alunos das melhores universida-
des de direito do país passam pela frustração de concluir o en-
sino superior e ser reprovado em seguida no exame da ordem.
Segundo o neuropedagogo, Professor Luizzi Pier, espe-
cialista em aprendizagem e escritor de uma série de livros so-
bre inteligência voltados para pais, alunos e professores, isso 23
acontece por que não sabemos diferenciar o aluno do estu-
dante. Para ele, aluno é aquele que simplesmente acompanha
a aula, de forma passiva e coletiva. Já o estudante é a aquele
que estuda, de forma ativa e solitária.

Aluno Estudante
passivo ativo
coletivo solitário

Partindo desta premissa, alunos são todos os que estão


assistindo a uma aula presencial ou por vídeo aulas, enquanto
estudantes são aqueles que, após assistir aulas, ou mesmo sem
este apoio, debruçam-se sobre os livros, cadernos e apostilas
e esgotam o assunto objeto de estudo.
Desta forma, fica claro que só assistindo aulas sua apro-
vação pode levar mais tempo e claro, dinheiro. Pois, diferen-
temente da forma de avaliação da escola ou faculdade, onde a
aprovação ocorre por meios de testes com pouca matéria e tem-
po suficiente para “decoreba”, gerando uma falsa impressão de
aprendizado, o estudo voltado para concursos públicos requer
um pouco mais de preparação, com disciplina e dedicação.
Se você quer pagar o preço da aprovação em concur-
sos públicos, precisa mudar suas crenças de estudo. Comece
substituindo o paradigma de que para passar é preciso estudar
muito, pela ideia que é preciso estudar com eficiência, para
que, de fato, possa haver uma aprendizagem progressiva que,
por consequência, atingirá seu objetivo de aprovações em
concursos públicos.
Wagre Furtado Gomes

Para isso, discorreremos mais adiante sobre a técnica do


VMRE (ver – mapear – revisar - exercitar), onde partimos da
leitura ou acompanhamento de aulas (ver), seguida do uso de
um dos organizadores gráficos (mapear) para apoiar a revisão
(revisar) e a resolução de exercícios (exercitar).
A técnica do VMRE é de muita utilidade, pois possibilita
a aprendizagem, a retenção do conhecimento, a revisão em
um curto espaço de tempo e claro, a verificação da aprendiza-
24 gem por meio de resolução de provas anteriores.
Desta forma, se gastamos 3 horas para ler todo um ca-
pítulo e depois mapeamos investindo mais 15 minutos. Pre-
cisaremos de, no máximo, 3 minutos para fazer esta revisão
posteriormente. Assim, na semana de prova poderemos revi-
sar todo o edital em questão de horas. Não é fantástico?
Como seria deixar de ser um mero aluno e se tornar um
excelente estudante?

Aprovação mapeada

25
2
CASA X BIBLIOTECA

Conhecemos as dificuldades de concentração encontradas pelos


alunos que tentam estudar em casa. Temos os famosos mestres
da distração que, segundo o cientista cognitivo Renato Alves,
são: comida, dinheiro, relacionamento, tv, música e sexo.
Podemos fazer uma adaptação voltada a concursos pú-
blicos e adicionar à lista de mestres da distração a internet e
claro, os smartphones.
Desta forma, fica a dica, se quer ter um aproveitamen-
to maior nos estudos, procure uma biblioteca e mantenha-se
longe dos mestres da distração que moram na sua casa.
Frequentando a biblioteca, desligando o celular e levan-
do um lanche leve e uma garrafa com água, você perceberá
que seus estudos terão um rendimento maior.
O simples fato de ir para uma biblioteca já é capaz de
surtir incríveis efeitos em você por causa de um fenômeno
chamado egrégora, que é um efeito gerado pelo somatório de
Wagre Furtado Gomes

energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pesso-


as, quando se reúnem com a mesma finalidade, neste caso, o
aprendizado.
Um exemplo clássico de egrégora é facilmente percebi-
do em uma igreja, onde dezenas de fiéis procuram objetivos
comuns e, via de regra, positivos.
No entanto, há estudantes que, por diversas razões, não
se adaptam a rotina de bibliotecas. Para estes estudantes, o
26 conselho é estudar onde melhor se adaptar, seja em casa, no
clube, no parque ou no local de trabalho. O importante, neste
caso, é criar uma familiaridade com o local de estudo.
Walt Disney, por exemplo, possuia 3 salas, cada uma
com uma equipe diferente, onde realizava diferentes proces-
sos. Segundo relatos, havia na realidade três diferentes Walts:
o sonhador, o realista e o crítico.
Na primeira sala, criada para estimular a imaginação,
qualquer ideia poderia virar projeto básico; na segunda sala,
era projetada a logística da ideia recém criada; por fim, na ter-
ceira sala entrava em ação os desmancha-prazeres, que tinham
como objetivo criticar a ideia imaginada.
Perceba que a sala responsável pela critica vinha depois
das duas anteriores, e não no meio ou início, por que o que
Walt Disney queria criticar não eram seus sonhos, e sim a lo-
gística escolhida para a realização destes. Não é genial?
O que queremos demonstrar com este exemplo é que
você precisa associar ao seu local de estudo sua atividade de
estudo.
Por isso, procure a biblioteca mais apropriada à sua de-
manda e faça dela seu quartel general da aprovação. Caso não
tenha essa opção, crie seu local de estudo com rotinas e recom-
pensas, conforme explicado no item Como criar um hábito II, no
capítulo 10 – Concentração.
No entanto, é interessante ainda que o estudante pro-
cure, ao menos de tempo em tempo, estudar em algum lugar
diferente. Uma boa pedida é estudar em áreas verdes, espaços
abertos, clubes e etc. Essa mudança repentina, que pode ser
realizada uma vez por semana, faz com que o cérebro des-
perte a motivação e o gosto pelo aprendizado, e evita a fadiga
Aprovação mapeada

desenvolvida pela rotina.


Como seria criar o ambiente ideal para estudos?

27
3
TÉCNICA DE POMODORO –
PAUSAS PARA DESCANSO

Francesco Cirillo, na década de 80, preocupado em tornar


mais produtivo o seu tempo de estudo, se perguntou: será que
eu consigo estudar efetivamente por cerca de 10 minutos? Ao
procurar alguma coisa com que pudesse marcar esse período
de tempo, achou um timer de cozinha no formato de tomate
e batizou a técnica com este nome (pomodoro em italiano).
O resultado deste experimento foi impressionante e fez
com que Cirillo o transformasse em uma técnica de estudo, a
Técnica de Pomodoro, que consiste em um método de geren-
ciamento de tempo baseado na ideia de que pausas frequentes
podem aumentar a agilidade mental, pois nosso cérebro tra-
balha efetivamente em picos de concentração.
A técnica utiliza um cronômetro para dividir o trabalho
em períodos de 25 minutos chamados de pomodoros. Cada
Wagre Furtado Gomes

período pode variar para cada pessoa, mas depois de vários


experimentos verificou-se que as pessoas começavam com
uma hora, depois diminuíam para 30 minutos, até chegarem
no padrão indicado pelo autor que é de apenas 25 minutos +
5 minutos de relaxamento. Após um ciclo de 4 pomodoros,
deve ser realizado um intervalo maior, entre 15 a 30 minutos.
A Técnica Pomodoro possui somente cinco passos bási-
cos para se ter um processo prático e efetivo na realização ope-
28 racional de nosso planejamento de atividades diárias, que são:
1. Escolher a tarefa a ser executada;
2. Ajustar o alarme (pomodoro);
3. Estudar até que o alarme dispare;
4. Fazer uma pausa curta (3 a 5 minutos); e
5. A cada 4 sessões de estudo fazer um intervalo maior.

Dicas:

▪ Ajuste o tempo de pomodoro de acordo com sua


necessidade;
▪ Aproveite os intervalos para tomar água, café ou ir ao
banheiro;
▪ Nos intervalos maiores faça algo que lhe dê prazer/
alegria.

Assim, em qualquer das etapas do Método VMRE, você


renderá mais efetivamente se aplicar pausas para descanso de
acordo com sua necessidade.
Nossa concentração é mais efetiva entre 30 e 50 minu-
tos, depois disso temos uma queda significativa na concen-
tração. Isso acontece por que o cérebro, como outra máquina
qualquer, funciona com menor intensidade quando atinge o
momento de fadiga conhecido como astenia.
Astenia é a fadiga excessiva do cérebro que lhe provoca
um funcionamento deficiente. Ela é bastante frequente no caso
de sobrecarga intelectual. Neste estado o cérebro rende apenas
25% do que renderia normalmente.
Aprovação mapeada

Como evitar essa fadiga:

1. treine a memória;
2. melhore a alimentação;
3. pratique exercícios físicos;
4. durma o tempo suficiente para o repouso físico e
mental; e
5. faça pausas para descanso. 29
A cada período intenso de estudo, procure fazer pausas
para descanso. Essas pausas devem ser adaptadas conforme
sua necessidade.
Não confunda quantidade com qualidade. Aconselha-
mos o estudo entre 30 e 50 minutos seguido de uma pausa
de aproximadamente 5 minutos. Durante a pausa, você pode
ir ao banheiro, ingerir líquidos, comer algo leve, ouvir uma
música de Mozart ou outra de sua preferência, não necessa-
riamente clássica. O importante é dar ao cérebro o descanso
necessário para recomeçar em seguida com força total.
Como seria estudar com foco e concentração?
Wagre Furtado Gomes

30
4
PRINCÍPIO DE PARETO

O Princípio de Pareto – ou Princípio 80/20, sugere que para


muitos fenómenos, 80% das consequências advêm de 20%
das causas. Este conceito foi sugerido por Joseph M. Juran,
que homenageou o economista italiano Vilfredo Pareto.

Exemplos da Lei de Pareto:

▪ Em um mercado 20% das mercadorias geram aproxi-


madamente 80% do lucro;
▪ Em uma loja qualquer, 20% dos vendedores ganharão
mais de 80% das comissões;
▪ 20% dos clientes respondem por mais de 80% dos
lucros de qualquer negócio;
▪ 20% das celebridades dominam mais de 80% da mídia;
▪ Mais de 80% das descobertas científicas são realizadas
por 20% dos cientistas.
Aprovação mapeada

Estes exemplos citados acima demonstram que a rea-


lidade vai contra a lógica. Ou seja, não existe, nestes e em
muitos outros casos, uma relação de equilíbrio entre causas e
efeitos.
Neste momento você, nobre gafanhoto que estuda ou
pretende estudar pra concursos, deve estar se perguntando: E
eu com isso?
Sim, nobre estudante, você tem tudo a ver com isso. 31
Ao ler o livro O Estilo 80-20 de Richard Koch, tive um
insight e consegui, naquele momento, trazer para o mundo
dos concursos a Lei de Pareto. Vejamos:

▪ 80% das questões de concursos estão concentradas


em 20% da matéria constante do Edital.

Vejamos um exemplo dentro de Direito Constitucional:


A Constituição Federal de 1988 possui 250 artigos. Se
analisarmos bem, os artigos mais cobrados em provas de con-
cursos são os seguintes:
Artigos: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 7º, 8º, 9º, 12, 14, 15, 16, 18,
19, 21, 22, 23, 24, 27, 28, 32, 33, 37, 38, 40, 41, 44, 45, 46,
47, 51, 52, 53, 59, 60, 62, 70, 71, 76, 77, 80, 81, 92, 93, 94,
95, 97, 102, 103, 145, 146, 148, 150, 151, 152, 165, 166, 167,
169, 173.
Desta forma, percebe-se que estudando aproximada-
mente 20% da constituição, podemos alcançar aproximada-
mente 80% das questões cobradas em concursos.
Quem estuda Direito Administrativo já viu ou já passou
da hora de ver a Lei nº 9.784, denominada Lei do Processo
Administrativo, que também alcança os Atos Administrativos.
Esta lei possui 70 artigos. No entanto, apenas os artigos 1º,
2º, 5º, 11, 12, 13, 15, 30, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 59, e 69
costumam cair em prova. Mais uma vez chegamos bem próxi-
mo ao modelo 80-20 voltado para concurso.
Ainda sobre a disciplina Direito Administrativo, temos
assuntos como Administração Pública, Licitações e Contratos
Wagre Furtado Gomes

e Regime Jurídico dos Servidores Públicos (Lei nº 8.112/90)


que juntos representam mais da metade dos assuntos cobra-
dos em provas desta disciplina, enquanto outros assuntos
como Bens Públicos, Fontes e Conceitos não representam
nem mesmo 1% dos assuntos cobrados.
O que queremos demonstrar com estes exemplos, é que
o efeito 80-20 quando devidamente aplicado, gera resultados
extraordinários em provas e concursos. O segredo não é só
32 estudar, mas saber o que e quando estudar.
Não obstante, outra característica interessante trazida
do conceito original da Lei de Pareto pode ser aplicada ao
mundo dos concursos:

Concentrando 80% do tempo em aulas/leitura e 20% do tempo em


revisão potencializam o aprendizado e a retenção do conhecimento
(Wagre Furtado Gomes)

Desta forma, você que passa 4 horas em uma sala de


aula, assistindo a vídeo aulas ou mesmo por meio da leitu-
ra de livros ou apostilas, pode fazer uma super revisão por
meio de mapeamento, releitura e exercícios voltados à matéria
estudada.
O último capítulo desta primeira parte abordará o Mé-
todo VMRE de estudo e fixação. Este método potenciará ain-
da mais suas revisões e a aplicação do Princípio de Pareto aos
concursos.
Por fim, é necessário esclarecer que o princípio pode
ser flexível, ou seja, não é 80/20 taxativamente. Observe esses
exemplos:

▪ Aproximadamente 97% da riqueza mundial concen-


tra-se nas mãos de aproximadamente 3% da população;

Essa explicação é interessante para ilustrar nosso próxi-


mo dado, este sim muito importante para você que pretende
entrar para o serviço público, mas ainda vive sobre o paradig-
ma de que concurso é muito difícil.
Aprovação mapeada

Aproximadamente 5% de todos os candidatos inscri-


tos em concursos públicos possuem verdadeiras chances de
serem aprovados. E essa conta é bem simples de ser provada.
Observe seus amigos, vizinhos, primos e outras pessoas que
resolvem prestar concursos. Você irá perceber que, de fato,
todos que se inscrevem realizam o mesmo discurso de plane-
jamento para os estudos. Porém, existe uma distância entre o
planejamento e a execução deste. 33
Quantas vezes lemos o edital, fazemos a inscrição, se-
paramos material e em seguida deixamos todo aquele material
pegando poeira?
Isso sem falar naqueles candidatos que o pai ou mãe viu
o edital, fez a inscrição e no dia da prova batem na porta do
filho dizendo:
– Filho, acorda, sua prova é hoje.
E o garotão sai do quarto com cara de 36 horas de sono
perguntando:
– Que prova?
Vai por mim, 95% dos candidatos não tem chances.
O estudo para concursos é algo sério e que exige disci-
plina e motivação para seguir adiante, e entre estes que optam
pelo caminho do estudo existem dois tipos de candidatos: os
que passam, e os que desistem.
Por isso, se você optou por trilhar este caminho, te-
nha força e procure motivar-se diuturnamente, pois para ser
aprovado em concursos é necessário um mix entre conteúdo
e motivação.
Como diria Evandro Guedes, excelente professor de
Direito Administrativo, passar em concursos requer 60% de
conteúdo e 40% de motivação.
No entanto, é necessário compreender que motivação
é algo que, pela própria subjetividade, requer constante moni-
toramento e incentivo.
Certa vez um discípulo chegou ao seu mestre e disse:
Wagre Furtado Gomes

– Mestre, venho aqui uma vez na semana e volto pra


casa muito motivado, porém, com o passar dos dias a motiva-
ção vai diminuindo até esgotar-se completamente.
O sábio prontamente respondeu:
– Motivação, nobre gafanhoto, é como o banho, não
dura pra sempre, por isso tomamos todos os dias.
Como seria identificar especificamente os 20% do edi-
34 tal que, de fato, farão a diferença em sua prova?
5
TURBINE SEU CÉREBRO

O tema deste capítulo era “O cérebro e o estudo”; porém, no


decorrer do tempo, encontrei e adicionei à minha bibliografia o
livro Turbine Seu Cérebro – Contribuições da Neurociência para passar
em concursos – Ed. Método, da autora Nanci Azevedo Cavaco e o
livro Turbine Seu Cérebro – Dicas e estratégias para expandir a capacidade
mental – Ed. Ediouro, escrito por Tony Buzan, o pai do conceito
de Mapa Mental, como veremos adiante. Desta forma, aproveitei
essa feliz coincidência e resolvi mudar o título do capítulo, para
que você turbine seu cérebro, agora.

“Todos os recursos que precisamos estão na cabeça.”


(Theodore Roosevelt)

Segundo Buzan, o cérebro é o objeto mais sofisticado do


universo, nele passam milhões de mensagens o tempo todo,
em alta velocidade, pelo sistema nervoso, capacitando o cé-
Aprovação mapeada

rebro para receber, processar, guardar informações e mandar


instruções para o resto do corpo.
Nesta mesma linha, o Dr. Paulo Valzacchi descreve que
pesquisas modernas e avançadas permitem demonstrar que
um cérebro estimulado de maneira correta e de forma coe-
rente, possui uma infinidade de aspectos positivos. Essa tese
foi comprovada por diversas vezes com os resultados feno-
menais obtidos por pesquisas na área de neurologia. 35
Pesquisas recentes afirmam que o cérebro humano tem
aproximadamente 100 milhões de neurônios e cada neurô-
nio pode se comunicar com aproximadamente 100 mil outros
neurônios.
O neurônio é um tipo de célula nervosa composta de
corpo celular, dendritos e axônio. Os dendritos tem como
função captar informações, já o axônio tem como função en-
viar informações para outras células do corpo.
É denominada sinapse a conexão realizada entre dendri-
tos e axônios e algumas células do corpo, essa conexão geral-
mente é química, podendo em alguns casos ser elétrica. No nos-
so cérebro, existem diversas sinapses realizadas entre neurônios.

E é por isso que se diz que “uma ideia leva a outra e


a uma terceira que leva a uma quarta que leva a uma quin-
ta...”. Como explicou muito bem Shelley Carson em seu livro
O Cérebro Criativo, o neurônio receptor é acionado, o que ativa
outro neurônio, que ativa outro neurônio, num efeito dominó.
Wagre Furtado Gomes

Há alguns anos admitia-se que o tecido cerebral não tinha


capacidade regenerativa e que o cérebro era definido genetica-
mente, ou seja, possuía um programa genético fixo. No entanto,
pesquisas recentes demonstraram o poder da plasticidade cere-
bral, que é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar
em função das experiências do sujeito, reformulando as suas
conexões em função das necessidades e dos fatores do meio
ambiente. Nessa linha, a plasticidade sináptica é a capacidade de
36 rearranjo por parte das redes neuronais. Assim, diante de cada
experiência nova do indivíduo, as sinapses são reforçadas, per-
mitindo a aquisição de novas respostas ao meio ambiente.
Segundo Nancy Azevedo Cavaco, é necessário exercitar
o cérebro com tarefas provocantes que estimulem as áreas cere-
brais envolvidas em atividades específicas, que principalmente
levem a pessoa a pensar, e não somente a ter pensamentos.
Há quase 300 anos o filósofo suíço Jean-Jacques Rous-
seau (1712-1778) já afirmava que os homens experimentam es-
tágios de desenvolvimento e que o “exercício” das habilidades
mentais facilita o crescimento do cérebro.
Para que seu aprendizado seja mais efetivo, é importan-
te que você turbine seu cérebro. Veremos agora 3 sugestões
de como você poderá fazer isso.

1 – Oxigenação Cerebral

Exercícios respiratórios, ingestão de líquidos e exercícios físi-


cos auxiliam na redução dos níveis de ansiedade e ainda ser-
vem de combustível para o cérebro.
Alexandre Maia, em seu livro Preparo Emocional para Pas-
sar em Concursos Públicos, afirma que uma boa respiração fa-
vorece todo o corpo, melhora a circulação sanguínea, a me-
mória, o pensamento, equilibra as emoções e o que é muito
importante, traz a consciência.
Agora faça você mesmo um teste com este simples, po-
rém efetivo exercício de respiração:

a) Sentado ou deitado, de olhos fechados, comece respi-


Aprovação mapeada

rando lenta e profundamente;


b) Faça uma contagem regressiva de 10 a 1;
c) Ao inspirar, visualize o número;
d) Perceba ao final do exercício se sentiu uma ligeira
tontura, isso pode significar a dificuldade do cérebro receber
uma quantidade satisfatória de oxigênio.
Em nosso canal no youtube, existe um som relaxante
com sino a cada 3 minutos, experimente também fazer o exer-
cício com este som como fundo. 37
2 – Estimulo da bi-hemisferização cerebral

Nosso cérebro possui dois hemisférios, esquerdo e direito,


que são ligados pelo corpo caloso e trabalham de forma inde-
pendente e harmônica.
O cérebro esquerdo trabalha linguagem, fala, lógica,
números, matemática, sequência e palavras; o direito trabalha
rima, ritmo, música, pintura, imaginação, imagens, modelos e
harmonias. Desta forma, percebe-se que o esquerdo é acadê-
mico e o direito é artístico.
Como afirma Carmen Zara, em parceria com Willian
Douglas, em seu livro Como Usar o seu Cérebro, Ed. Impetus, o
melhor trabalho é o que conjuga as duas características. Ou
seja, o ideal é que cada um aprenda a equilibrar as habilidades
a fim de obter um resultado mais completo.
Para se alcançar o aumento da capacidade de compreen-
são, de memorização e do funcionamento adequado do pen-
samento, é preciso estimular a integração dos dois hemisférios
cerebrais, alcançando assim o equilíbrio, que é a aproximação
entre os dois hemisférios.

Como fazer isso?

Existem alguns exercícios que proporcionam este estí-


mulo. Vamos trabalhar aqui com dois exemplos:
Wagre Furtado Gomes

Exercício 1

Sente-se confortavelmente numa posição que possa per-


manecer entre 3 a 5 minutos.
Feche os olhos e preste atenção em sua respiração até
que o ritmo se regularize. Então, mantendo os olhos fecha-
dos, imagine um quadro branco em sua frente. Em seguida
comece a visualizar no lado esquerdo do quadro números; no
38 direito, letras.
Assim, ao criar o número 1 do lado esquerdo, crie a
letra A no lado direito. Apague rapidamente e crie agora o
número 2 no lado esquerdo e a letra B no direito. Continue
com os números à esquerda e as letras à direita até chegar ao
numero 26 e à letra Z. Como nesta tabela:

Quadro Esquerdo Quadro Direito


1 A
2 B
3 C
4 D
5 E
6 F
7 G
8 H
9 I
10 J

Experimente fazer estes exercícios todos os dias, e você


perceberá, com o tempo, uma melhora significativa na obten-
ção e retenção de informações.

Após algumas repetições do exercício você poderá al-


ternar ordem, colocando no quadro esquerdo as letras e no
direito os números, e criar, desta forma, novas conexões.

Exercício 2
Aprovação mapeada

Nível Easy
Pegue um texto qualquer, pode ser uma folha de um livro,
um artigo, um folheto promocional, um cartão de visita ou
mesmo uma bula de remédio. Comece a leitura, palavra por
palavra, de traz pra frente.
Este exercício faz com que seu cérebro crie novas co-
nexões, enriquecendo o processamento de informações, que 39
se tornam mais rápidas e com mais conteúdos oriundos das
novas associações.

Nível Hard
Pegue um texto qualquer, pode ser o mesmo usado no nível
easy. Vire a folha e realize a leitura do texto virado de cabeça
para baixo.
Estes simples exercícios tem o poder de aumentar sua
concentração, estimular ambos os hemisférios cerebrais e ace-
lerar sua velocidade de leitura. Por conseguinte, novas cone-
xões cerebrais serão criadas e as já existentes serão fortalecidas.

3 – Jogos que estimulam novas conexões

Por último, abordaremos dois jogos que estimulam a expan-


são da capacidade mental.

Sudoku

Segundo o site Wikipédia, o sudoku foi criado por Howard


Garns, um projetista e arquiteto aposentado de 74 anos e é
um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números.
O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada
uma das células vazias numa grade de 9x9, constituída por
Wagre Furtado Gomes

3x3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém al-


gumas pistas iniciais, que são números inseridos em algumas
células, de maneira a permitir uma indução ou dedução dos
números em células que estejam vazias. Cada coluna, linha e
região só pode ter um número de cada um dos números de
1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e
algum tempo.
40 Se ainda não tinha resolvido algum sudoku, comece já.
Palavras Cruzadas

O jogo de Palavras Cruzadas é um jogo de conhecimento, no


qual o jogador deve colocar as respostas corretas de acordo
com as descrições das casas, conforme exemplo a seguir:

Aprovação mapeada

Fonte: http://coquetel.uol.com.br
41
Outra forma interessante de desenvolver o hemisfério
cerebral não predominante, segundo Carmem Zara, é identi-
ficar qual sua predominância cerebral (esquerda ou direita) e
estimular a não predominante.
Primeiro, identifique sua predominância cerebral a par-
tir desta tabela:

Hemisfério Esquerdo Hemisfério Direito


Racional Não Racional
Estudioso Criativo
Detalhista Generalista
Fechado Aberto
Linear Aleatório
Acadêmico Artístico
Verbal Não Verbal

Agora que você identificou sua predominância cerebral,


a sugestão é:

a) Se possuir mais características do lado esquerdo: Es-


cute música clássica de forma concentrada, prestando atenção
à sinfonia da música;
b) Se possuir mais características do lado direito: Esti-
mule o uso da escrita e a resolução de problemas matemáticos
(comece por problemas simples como os de regra-de-três) e
brinque com os jogos dos sete erros e caça palavras.
Wagre Furtado Gomes

Conflitos Cerebrais

1. Se conseguir ler as primeiras letras, o cérebro decifra-


rá as palavras:

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0


DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45
42 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0
D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS
1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0,
V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0
C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4.

2. Se conseguir ler as primeiras e últimas letras, o cére-


bro decifrará automaticamente as outras:

De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ig-


nlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa
etaso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas
etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo
que vcoe pdoe anida ler sem gnderas pobrlmea. Itso é poqrue
nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Cmoo sreia uasr tdoo o potanceil do seu ceerbro?

Aprovação mapeada

43
6
LOZANOV E O EFEITO MOZART

Georgi Lozanov, educador Bulgaro, é conhecido internacio-


nalmente por desenvolver a sugestopedia, que é uma teoria
de aprendizado e ensino que se baseia no poder da sugestão.
Lozanov chegou a essa conclusão, na década de 60, ao
realizar experimentos que conciliavam o aprendizado com téc-
nicas de relaxamento, concluindo que a música barroca, com
batidas entre 60 e 70 ciclos por minuto, estimulam o aprendiza-
do. Neste caso, a otimização do aprendizado ocorre por meio
da junção de técnicas de relaxamento com música clássica.
Foi constatado, em seu experimento que o indivíduo es-
tando com sua mente em estado de relaxamento é mais propí-
cio a absorver informações, concentrar-se e potencializar seu
aprendizado, do que aquele exposto à pressão, medo, euforia
ou estados psicológicos negativos.
As técnicas de relaxamento utilizadas são simples, quase
todas baseadas em exercícios respiratórios, que contribuem
Wagre Furtado Gomes

para a desaceleração do ritmo cardíaco, o que naturalmente


contribui para o alcance de um estágio de relaxamento ideal.
Lozanov verificou ainda que este tipo de música, com ba-
tidas entre 60 e 70 ciclos por minuto, estimula as ondas cerebrais
alfa, e é ideal para harmonizar e tranquilizar o corpo e a men-
te potencializando a capacidade de percepção, processamento,
memorização e recuperação das informações aprendidas.
Segundo Lozanov, cada indivíduo tem um estado consi-
44 derado “ótimo” de aprendizagem, que consiste em sincronizar
corpo e mente por meio de exercícios de respiração com foco no
relaxamento. O objetivo da técnica é chegar a um estado chama-
do de “vigília relaxada”, onde estamos mais propícios a aprender,
pois nosso cérebro está naturalmente condicionado a isso.
Os estudos de Lozanov encontram embasamento no
conceito intitulado de flow, que consiste em um estado mental
diferenciado em que o envolvimento pleno com a atividade
e com o momento resulta numa sensação de prazer e satis-
fação únicos e de grande significado pessoal. A vivência de
experiências desse tipo pode contribuir para que as pessoas se
engajem efetivamente na prática de alguma atividade, seja de
cunho físico ou mental.
Por fim, comprovou-se que os estudantes submetidos
às sessões de relaxamento antes das aulas ficaram mais re-
ceptivos ao conteúdo e tiveram uma melhora de até 70% no
aproveitamento, comparado com situações de estudo nor-
mais, sem a indução ao estado alfa.
Mais tarde, na década de 90, Gordon Shaw e Frances
Rauscher, descobriram, a partir de experimentos com algu-
mas músicas de Mozart, que a música barroca estimula a ca-
pacidade de raciocinar.
No caso específico de Mozart, descobriu-se que suas
músicas estimulam todo o córtex, área responsável pelas me-
mórias de médio e longo prazo.
O método recomendável para estudo para concursos,
no entanto, é um pouco diferente daquele aplicado ao apren-
dizado em geral, devido ao fator tempo, que, para nós concur-
seiros, é determinante.
Experimente escutar a música de Mozart antes do início
Aprovação mapeada

dos estudos e a cada pausa, bem como ao final dos estudos. Ou


adapte este método conforme sua conveniência. Os resultados na
concentração e na retenção das informações são surpreendentes.

Terapia do riso

Outro recurso interessante que pode ser realizado antes, du-


rante e depois das maratonas de estudo é a terapia do riso. 45
Segundo Shelley Carson, a probabilidade de gerar um
grande número de ideias e de fazer associações incomuns é
maior quando você recebe uma recompensa inesperada ou
quando esta de bom humor. Por isso os professores costu-
mam fazer uso demasiado de piadas e historinhas divertidas
durante as aulas em cursinhos.

O humor é didático

Para melhor desempenho nos estudos, você pode escutar uma


música alegre, realizar atividades físicas ou mesmo dançar, que
também será induzido a liberar serotonina e endorfina, que são
substancias químicas que influenciam um estado emocional de
prazer, instigando a aprendizagem natural.
No entanto, a terapia do riso pode ser praticada com
maior facilidade. Basta ouvir 3 minutos de gargalhadas para
entrar no clima e melhorar as capacidades cognitivas de
aprendizagem.

Como seria aprender com prazer e satisfação?


Wagre Furtado Gomes

46
7
LEITURA DINÂMICA

“A leitura é para mente o que os exercícios físicos são para o corpo.”

Conforme explicado por Tony Buzan em seu livro


Leitura Dinâmica para Iniciantes, quando praticamos a leitura,
lemos aprendendo o sentido, o contexto, o todo, e não pa-
lavras individualmente. Temos a capacidade de assimilar seis
palavras de uma vez e 24 palavras por segundo. A prática da
leitura dinâmica aumenta os níveis de concentração e conse-
quentemente a compreensão do texto lido.
Em outra obra, Use sua mente, Buzan afirma que leitura
dinâmica é o requisito absoluto para processar dados nesse
tempo de “sobrecarga de informações”, e uma habilidade es-
sencial para um aprendizado eficiente.
Segundo Nanci Azevedo Cavaco, a leitura dinâmica é
muito útil para a leitura de entretenimento ou quando se pre-
cisa obter muitas informações em pouco tempo.
No estudo voltado para concursos públicos, que é o nos-
Aprovação mapeada

so foco, a leitura dinâmica é bastante útil, sobretudo na 1ª leitu-


ra ou leitura prévia, quando o aluno busca selecionar os trechos
mais interessantes e consequentemente mais propensos a cair
em provas. Ou seja, busca-se por meio da leitura dinâmica um
primeiro contato com a matéria para tentar, desta forma, iden-
tificar os 20% de conteúdo mais importantes da matéria, con-
forme sugerido no princípio de Pareto, para em segundo plano,
fazer uma leitura mais atenta desta parte selecionada. 47
Outro ponto é criticar, para não perder o costume,
nosso sistema educacional. Aprendemos na escola que ler é
estudar, e isso não é verdade. Ler é receber informação, es-
tudar é associar e repetir informação, transformando-a em
conhecimento.
O estudo voltado para concursos deve se pautar por
três passos para tornar eficiente a leitura, o entendimento
e a fixação do conteúdo. São eles a pré-leitura, a leitura e o
mapeamento/resumo.

Agora veremos isoladamente cada um dos 3 passos:

1 – Pré-leitura

O primeiro passo é reconhecer o tema, o assunto, o idioma,


os símbolos e etc. Se tentarmos ler um conteúdo sobre o qual
não possuímos prévio conhecimento, não conseguiremos
compreender, perdendo assim a concentração.
Carmem Zara afirma em sua obra Como Usar o Cérebro
para Passar em Concursos que a pré-organização é um fator que
influencia a velocidade da leitura.
Já Herbert Moroni e Marcos Góis afirmam em sua obra
Wagre Furtado Gomes

Curso Prático de Memorização, que leituras preparatórias servem


de introdução ao que se pretende estudar.
Uma ótima técnica é passar os olhos no sumário do
livro ou apostila. Em seguida, passe os olhos pelas páginas
que serão lidas, dê a devida importância aos títulos, subtítulos
e gráficos.
Ao passar os olhos pelas páginas, experimente fazê-lo
em diagonal, começando pela esquerda e finalizando na direi-
48 ta, no final da página. Como na figura a seguir:
Lembre-se do que foi dito no início do capítulo: “Te-
mos a capacidade de assimilar seis palavras de uma vez e 24
palavras por segundo.”
Desta forma, conseguimos em um primeiro momento,
de forma rápida e objetiva proceder com uma leitura superfi-
cial, desenvolvendo assim, uma visão geral do conteúdo.
Este recurso é muito utilizado no estudo de leis, por pro-
porcionar uma organização dos diversos assuntos dentro do
texto normativo. Experimente realizar uma pré-leitura com uma
constituição federal, leia o sumário dos títulos e dos capítulos.
Você deve levar entre 2 e 3 minutos para realizar essa pré-leitura.
Pronto, seu cérebro já teve o primeiro e principal contato
com o assunto de uma forma holística, como explica a Gestalt.
Gestalt é uma palavra de origem alemã que pode ser tra-
duzida como “forma” ou “figura”. O estudo da Gestalt, que
atua na área da teoria da forma, sugere que o todo é mais im-
portante que a soma das partes, ou seja, o conjunto de elemen-
tos que formam o todo é maior que a soma das suas partes.
Aprovação mapeada

Trocando em miúdos, o princípio básico da teoria ges-


taltista é que o inteiro é interpretado de maneira diferente que
a soma de suas partes.
Jean Piaget, em sua obra denominada Psicologia da In-
teligência, afirma que a ideia central da teoria da forma se ba-
seia no fato de que os sistemas mentais jamais se constituem
pela síntese ou pela associação de elementos, dados em esta-
do isolado, antes de sua reunião, mas consistem sempre em 49
totalidades organizadas, desde o início, sob uma forma ou es-
trutura de conjunto.
O cérebro humano desenvolveu estratégias para lidar
com as confusões causadas pelo complexo mundo visual. Por
isso, nosso cérebro procura sempre a solução mais simples
para um problema. Assim, nesta fase de reconhecimento é
importante estimular a visão holística, do todo.
Partindo desta premissa, você deve encontrar a ideia
central em torno da qual giram pontos particulares. É como
um holograma onde todas as partes se interligam. Trata-se de
um modelo sistêmico.

2 – Leitura

Agora que fizemos o reconhecimento do material, podemos


fazer a leitura de costume, que agora será mais concentrada e,
consequentemente, mais produtiva.
Partindo do pressuposto de que já conhecemos o con-
teúdo de forma generalizada, a leitura já será por si só mais
rápida, porém, algumas dicas são fundamentais para que o
processo se torne mais eficiente.
Assim, neste passo podemos inter-relacionar partes da
leitura e ainda relacionar a leitura completa com outras áreas do
conhecimento.
Os principais problemas de leitura são o desconheci-
mento do assunto e a leitura palavra por palavra.
No primeiro caso, temos uma dificuldade que pode ser
Wagre Furtado Gomes

resolvida de forma extremamente eficiente por meio da pré-


-leitura, como já discutido nos parágrafos anteriores.
Se você já estudou Direito Constitucional, lembre
como foi o primeiro contato com o assunto. Provavelmente
foi terrível, pois quem não é da área jurídica se espanta com o
linguajar pesado do texto constitucional. Lembre-se que tudo
o que é novo leva mais tempo pra ser processado pelo cére-
bro, depois é que alcança velocidade de cruzeiro. Como diria
50 o poeta Guimarães Rosa:
É aos poucos que o escuro se torna claro.

O segundo problema de leitura é fazê-lo palavra por


palavra. E o resultado dessa leitura lenta e imprecisa é a difi-
culdade de compreensão do assunto lido.
Já aconteceu de você finalizar uma frase, um parágrafo,
um capítulo ou mesmo uma obra inteira e se perguntar ao
final o que estava lendo?
Uma das causas desta desordem tem a ver com a lei-
tura palavra por palavra, por que a leitura realizada desta
forma dificulta o entendimento e, consequentemente, a re-
tenção do assunto.
É preciso entender que o cérebro, como já dito e repeti-
do, lê até 6 palavras por segundo. O cérebro ao visualizar uma
palavra, ele reconhece, processa e armazena ela no seu ban-
co de dados. Além disso, temos uma incrível capacidade de
fazer um link desta palavra com vários outros temas ligados
de alguma forma a esta palavra. São as já explicadas sinapses.
E não é só isso, temos ainda a capacidade de inverter letras,
criando novas palavras e ideias.
Em momento oportuno aprenderemos a desenvolver
uma leitura mais produtiva, evitando a leitura por meio de
palavras isoladas e estimulando uma leitura do conjunto de
palavras, linhas ou mesmo parágrafos.

3 – Mapeamento/Resumo

O terceiro passo para um aprendizado mais eficiente é a arte


Aprovação mapeada

da memorização por meio de mapas e/ou resumos feitos du-


rante ou após o estudo. O tema memorização é tão importan-
te que merece um capítulo exclusivo.
Por isso, nosso próximo capítulo tratará exclusivamente
do tema. Por hora, faz-se oportuno esclarecer que a pré-leitura
e organização gráfica são indispensáveis para uma memoriza-
ção de qualidade, de forma departamentalizada, capacitando
nosso cérebro para relembrar os diversos assuntos estudados. 51
Agora, voltando para o tema deste capítulo, resta escla-
recer que a leitura dinâmica pode ser eficientemente aplicada
ao estudo voltado para concursos públicos, haja vista a facili-
dade e rapidez alcançada pela técnica.

“A repetição é a mãe da aprendizagem”

Partindo deste pressuposto, verificamos que a leitura di-


nâmica quando precedida de uma pré-leitura (reconhecimento) é
eficiente para o entendimento e para a memorização do con-
teúdo estudado.
Para ratificar a importância da leitura, vale a pena parafra-
sear Izquierdo que já dizia que a leitura é um exercício fantástico e
que quem não lê está fadado a ter uma memória menos eficiente.
Um ótimo recurso para tornarmos a leitura mais rápida
é por meio do uso de um guia, seja o dedo, como fazíamos
quando crianças, seja por meio do uso de um lápis ou caneta.
O uso deste guia nos permite aumentar gradualmente a velo-
cidade da leitura.
Você também pode ter sua performance de leitura me-
lhorada por meio de alguns exercícios que estimulam a visão
periférica. A seguir, apresento um exercício interessante adap-
tado do livro Use Sua Mente.

Exercício de expansão da visão periférica

1. Escolha um ponto fixo, pode ser um vaso na estante,


Wagre Furtado Gomes

um quadro, ou mesmo uma lâmpada;


2. Fixe seu olhar neste ponto;
3. Agora, procure expandir sua visão horizontalmente,
forçando seus olhos a enxergar os pontos extremos no hori-
zonte esquerdo e direito do ponto fixo antes escolhido;
4. Descanse os olhos por aproximadamente 30 segun-
dos e volte ao exercício, desta vez, procure expandir sua visão
verticalmente, forçando seus olhos a enxergar as extremida-
52 des verticais do ponto fixo antes escolhido.
5. Descanse novamente os olhos e repita o exercício ao
menos uma vez por dia ou sempre que se achar necessário ou
conveniente. Em contato com a natureza este exercício, além
de estimular a concentração, é extremamente relaxante.

Como seria ler mais em menos tempo aumentando o


poder de interpretação e a retenção das informações?

Aprovação mapeada

53
8
MEMORIZAÇÃO

O Instituto Nacional de Saúde da América gastou em uma


pesquisa cientifica 250 mil dólares e levou 3 anos para desco-
brir o que existia de diferente nos cérebros de pessoas cam-
peãs de memória. A conclusão foi a de que o cérebro das
pessoas com supermemória são exatamente normais, como o
meu e o seu. Desta forma, concluiu-se que a única diferença
entre as pessoas comuns e as pessoas com supermemória é
que estas treinaram suas memórias.

“Somos o que fazemos repetidas vezes, repetidamente; portanto, a


excelência não é um feito, mas um hábito.” (Aristóteles)

No livro Como Usar Seu Cérebro para Passar em Concursos,


Carmem Zara afirma que segundo alguns cientistas, a me-
mória é, antes de tudo, um processo e esta localizada em
diversas áreas distintas do cérebro, e não em um determi-
Wagre Furtado Gomes

nado local, como se pensava antes das recentes descobertas


da ciência.
Podemos afirmar que a memória é um conceito que se
refere a um processo de lembrança. Cada parte da memória
do que é, por exemplo, um “cachorro” vem de uma região
diferente do cérebro. Assim, a imagem do “cachorro” é re-
construída a partir de muitas áreas diferentes do cérebro.
No que tange à memorização, estímulos dos sentidos
54 ajudam bastante na retenção das informações. No capítulo
sobre Programação Neurolinguística aplicada a concursos,
explanaremos mais sobre os estímulos mais efetivos voltados
ao estudo. De imediato, é suficiente repetir a máxima de Con-
fúcio, que há mais 2.500 anos já afirmava que:

O que ouvimos esquecemos


O que vemos lembramos
O que fazemos aprendemos

Isso comprova que o aprender está no fazer. Mais adian-


te, você entenderá o porquê desta afirmação. Especificamente
no capítulo 13 abordaremos o método VMRE e na segunda
parte do livro veremos a Administração Pública em forma
de mapa e a utilizaremos como treino para fixar o assunto e
desenvolver habilidades de organização gráfica.

“Fazemos bem aquilo que somos treinados pra fazer.”

Tudo o que percebemos através de um de nossos sen-


tidos é registrado por nosso cérebro. No entanto, as informa-
ções que envolvem emoções são rapidamente arquivadas em
nossa memória longa. Já aquelas que não envolvem emoção,
nem prazer, nem são julgadas pelo cérebro como importantes
são jogadas na memória de curta ou média duração.

Memórias curta, média e longa

Pesquisadores da Universidade da Califórnia constataram que


Aprovação mapeada

se você estudar por 5 horas seguidas, não vai lembrar nem de


longe o quanto lembraria se estudasse uma hora, cinco vezes
na semana.
Nosso cérebro armazena todas as informações perce-
bidas, como já explicado anteriormente. Todavia, algumas in-
formações são descartadas em, no máximo, 24 horas, se o cé-
rebro considerá-las irrelevantes. É exatamente o que acontece
quando dormimos. O cérebro faz uma espécie de download 55
dos arquivos recebidos naquele dia, descartando o que julga
não importante.
Por isso, a primeira regra para se arquivar informações
em sua memória de médio e longo prazo é a repartição do
material, possibilitando a memorização em blocos de estudo;
a segunda regra é a repetição antes que se passem 24hs. O
correto é que essa informação seja repetida antes que você
durma. Por que o cérebro, por meio de um mecanismo pró-
prio, define, enquanto você dorme, se aquela informação es-
pecífica é ou não importante, gravando-a ou descartando-a.
O Prof. Pier, afirma em seu livro Aprendendo Inteligência,
que a memória curta ou curtíssima é apenas um rascunho feito
pelo cérebro e é processada pelo sistema límbico. Já o córtex,
que possuí uma capacidade gigantesca de retenção de informa-
ções, é o centro responsável pela memória de médio e longo
prazo no cérebro.
Para acessar o córtex e fixar a informação, é necessário
descanso. Isso mesmo. É durante os chamados períodos “offline”
de sono, sonhos e descanso, quando a mente consciente não
está ativamente ocupada enfrentando as realidades externas,
que o cérebro se empenha em um diálogo interno para atuali-
zar, repetir e consolidar a nova experiência/informação.
Estudos sobre o surgimento de novas conexões sináp-
ticas demonstraram que essas conexões são formadas entre
os neurônios a cada uma ou duas horas do ciclo básico de
repouso-atividade.
É no momento em que estamos dormindo que o nosso
cérebro faz o download descartando as informações não im-
Wagre Furtado Gomes

portantes e armazenando as informações importantes.


Mas como é feito esta distinção entre informação impor-
tante e informação não importante?
O cérebro analisa o fator emocional constante na infor-
mação. Temos a tendência a fixar com mais facilidade aqui-
lo que nos parece interessante, prazeroso e alegre. Por isso a
PNL pode fazer a diferença nos seus estudos.
Não obstante, o cérebro fixará mais facilmente aquilo
56 que foi repetido antes desta primeira noite de sono. Se você
assistiu a aula e em seguida repetiu, de forma esquematizada
aquela informação, o seu cérebro entende que está repetição
não foi feita por mero acaso, mas sim de forma intencional, o
que o faz acreditar que esta informação é importante, gravan-
do-a no seu córtex.
Outra forma de tornar a informação parte da memória
média ou longa é por meio de associações. Por isso, sua ca-
pacidade de reter e evocar informações é maior quando você
utiliza vários canais de percepção.
Segundo Willian James, pai da psicologia moderna, o
segredo de uma boa memória é se dá por meio da formação
de associações múltiplas e diversas com qualquer elemento
que queiramos fixar. Isso ocorre por que o cérebro, como já
frisamos, possui aproximadamente 100 milhões de neurônios
e cada neurônio pode se comunicar com aproximadamente
100 mil outros neurônios.
Criamos um excelente exemplo de associação. Para isso
contaremos uma breve história:
Estava no aeroporto internacional de Brasília esperando
a hora de partido do voo Brasília – Salvador quando tive um
insight sobre um tema que seria ministrado em uma aula de
Direito Administrativo no retorno à Brasília, na segunda.
Sempre tive dificuldades em distinguir os princípios da
Proporcionalidade e da Razoabilidade, pois nem mesmo a
doutrina consegue distingui-los muito claramente. As bancas
examinadoras se limitam a criar situações em questões onde
se afirma ser um ou outro o princípio aplicável. Quando a
situação envolve a interação entre meios e fins, trata-se do
Princípio da Razoabilidade.
Aprovação mapeada

Naquele momento tive o seguinte insight:

Em um rio, entre o meio e o fim, há um lugar que é raso.

Logo, o princípio em que existe a interação entre os


meios e fins é o princípio da RAZOabilidade.

Veja como isso é cobrado pelas bancas: 57


1-) CESPE/ANAC/2009 - O princípio da razoabilidade im-
põe à administração pública a adequação entre meios e fins,
não permitindo a imposição de obrigações, restrições e san-
ções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público.
2-) IPAD/HEMOPE/ADVOGADO/2006 - A adequação
entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restri-
ções e sanções em medida superior àquelas estritamente ne-
cessárias ao atendimento do interesse público, é uma exigên-
cia do princípio da proporcionalidade.
Gabarito: 1 – C; 2 – E

Lembre-se: para que se consiga a memorização de pala-


vras com mais facilidade, é importante atribuir-lhes imagens.
Outro exemplo interessante do uso de associações é a
que distingue a forma jurídica aplicável às Empresas Públicas
e às Sociedades de Economia Mista.
As Empresas Públicas podem revestir-se de qualquer
das formas jurídicas, quais sejam: Sociedade Anônima (S/A)
ou Limitada (LTDA), enquanto as Sociedades de Economia
Mista devem ter a forma de Sociedade Anônima (S/A).

Ou seja:

Empresas Públicas podem ser S/A ou LTDA.


Sociedades de Economia Mista Só podem ser S/A.
Assim, você pode utilizar um esquema de memorização
bastante interessante: a exclusão.
Perceba que a Sociedade de Economia Mista Só pode
Wagre Furtado Gomes

ser S/A. por exclusão você sabe que as Empresas Públicas


podem ser tanto S/A como LTDA.
Nessa técnica utilizamos a Concatenação, a Associação
e a Exclusão.
Veja como isso vem sendo cobrado:

1-) (CESPE/DPU/Analista/2010) A sociedade de economia


mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admiti-
58 das em direito.
2-) (CESPE/SERPRO/Analista/2013) As sociedades de
economia mista da União federal devem revestir-se da forma
de sociedade anônima.
Gabarito: 1 – E; 2 – C

Quer conselhos simples para estimular a memória?

a) Mexa-se, o corpo e cérebro humano não foram feitos


para ficar parados;
b) Beba água, seu cérebro pesa aproximadamente 2%
do seu peso total e é constituído por 78% de água e consome
20% das calorias que ingerimos;
c) Durma, se não puder dormir durante a noite a quan-
tidade suficiente, tire pequenos cochilos após o estudo ou pra-
tique o exercício Meditação Dinâmica descrito no próximo
capítulo.
d) Desperte sua atenção, visualize, associe, use mnemônicos;
e) Crie organizadores gráficos durante e após suas aulas/
leituras; e
f) Faça revisões periódicas, o cérebro aprende por repetição.

No mais, lembre-se de não esquecer e esqueça-se de


não lembrar que é praticando que será alcançado o desen-
volvimento para ter uma boa memória. Como sugerido por
Albert Morsel, que afirma em seu livro Como Ativar o Poder
da Memória, que desenvolver a memória é desenvolver a inte-
ligência, e que a memória é como um músculo, se treinada se
desenvolve; se “esquecida” atrofia.
Como seria ter uma memória de elefante?
Aprovação mapeada

59
9
COMO REALIZAR
REVISÕES EFICIENTES

Abordaremos agora, de forma resumida, tipos de revisão que


aceleram o processo de memorização e aprendizagem. Mais
a frente será analisado com mais cautela essa indispensável
ferramenta para o aprendizado.
O primeiro tipo de revisão é aquele voltado aos que
detém pouco tempo para aprender a matéria.
Suponha que você fez a inscrição para um determinado
concurso e na parte específica deste edital consta a Lei nº 9.784,
que cuida dos Processos Administrativos em âmbito federal.
Suponha ainda que algum ser iluminado postou, na
quinta feira à noite, em algum fórum para concurso, que o
assunto da sua redação será Motivação dos Atos Adminis-
trativos. Assim, você desesperado sai a procura do Art. 50 da
referida lei que cuida sobre os atos que devam ser obrigatoria-
Wagre Furtado Gomes

mente motivados:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com


indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou
sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou
60 seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de pro-
cesso licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e rela-
tórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou
convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente,
podendo consistir em declaração de concordância com fun-
damentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou
propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza,
pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os funda-
mentos das decisões, desde que não prejudique direito ou ga-
rantia dos interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e
comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou
de termo escrito.

Neste caso, faltando apenas 2 dias úteis para a prova,


podemos usar da repetição programada para curtos espaços
de tempo, que é a repetição realizada a cada intervalo entre 4
a 6 horas. Ou seja, você pode revisar, por exemplo, às 8h, 14h
e às 20h de sexta e, no outro dia, repete novamente a revisão.
Cada revisão levará entre 30 segundos e 3 minutos, de-
pendendo do tamanho do texto a ser memorizado. No caso
do nosso exemplo acima citado levará em torno de 3 mi-
Aprovação mapeada

nutos. Provavelmente a primeira leitura ultrapasse o tempo,


pois você marcará as palavras chaves. Como segue exemplo
abaixo:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com


indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 61
III - decidam processos administrativos de concurso ou
seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de pro-
cesso licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e rela-
tórios oficiais;
VIII – importem (1 - extinção) anulação, revogação,
suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente,
podendo consistir em declaração de concordância com fun-
damentos de anteriores (2 - fundamentações) pareceres, in-
formações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte
integrante do ato.
§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza,
pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os funda-
mentos das decisões, desde que não prejudique direito ou ga-
rantia dos interessados.
§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e
comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou
de termo escrito.

Perceba que no segundo momento, palavras chaves fo-


ram sublinhadas com o objetivo de facilitar a evocação do
texto e tornar a revisão mais rápida. Em alguns casos, incluir
palavras que conseguissem resumir toda a ideia, como no caso
Wagre Furtado Gomes

de: 1- extinção, que o fará lembrar-se de: anulação, revogação


e convalidação dos atos administrativos e 2 - fundamentação,
que evita a repetição das palavras: pareceres, informações, de-
cisões ou propostas.
O segundo tipo de revisão, visa a massificação e a trans-
formação da informação em conhecimento. A modalidade
de revisão da qual trataremos é voltada para estudantes que
pretendem reter a informação e aprender de verdade, trans-
62 formando esta informação em conhecimento. Esse tipo de
revisão é o mais indicado para quem pretende construir uma
base sólida de conhecimento, sendo ideal para quem quer se
tornar servidor público dentro de um curto espaço de tempo.

Revisando em 5 passos:
▪ Assista a aula ou leia o material mapeando-o;
▪ Faça uma revisão deste mapa logo em seguida;
▪ Faça outra revisão em, no máximo, 24h;
▪ Reveja novamente após 1 semana;
▪ Reveja novamente após 1 mês.

Pronto, você conseguiu em 5 passos enviar estas infor-


mações para o seu inconsciente e transformou informação
em conhecimento.
Perceba que o número de repetições é bem parecido,
porém, no segundo tipo de revisão, você fornece um tem-
po maior para que o cérebro crie novas conexões cerebrais e
massifique a informação.
Em ambos os casos de repetição, temos o período de
incubação como referência. Pois como afirma Shelley Carson,
em sua obra Cérebro Criativo, é o intervalo que lhe dá uma
oportunidade para se recuperar da fadiga.
Este período em que seu cérebro “descansa”, na ver-
dade, estimula a criação de novas conexões, pois, ainda que
esteja em stand by, não concentrado naquele assunto, o cérebro
está, inconscientemente, processando a informação.
Aprovação mapeada

O número mágico 7 – mais ou menos 2

Em qualquer dos casos quando utilizamos uma técnica de


memorização por repetição, estamos utilizando, de alguma
forma, uma variação do estudo: The Magical Number Seven, Plus
or Minus Two: Some Limits on our Capacity for Processing Information
(O número mágico sete, mais ou menos dois: Alguns limites na nossa
capacidade de processamento de informações). 63
Este estudo foi desenvolvido por George Armitage
Miller, considerado um dos criadores da ciência cognitiva mo-
derna. Suas contribuições foram essenciais para o desenvolvi-
mento da Programação Neurolinguística.
Segundo o referido estudo, denominado a Lei de Miller,
a atividade da memória tem uma capacidade limitada. Mil-
ler notou que a capacidade da memória de adultos jovens era
por volta de sete elementos. Respeitando a individualidade de
cada pessoa, Miller criou uma margem de erros de dois para
mais ou para menos.
Segundo nossa interpretação, a Lei de Miller pode ser
utilizada para a memorização. Pois este é o número de repeti-
ções que o cérebro precisa para memorizar as diversas infor-
mações processadas.
Por isso utilizamos a técnicas de repetição intercalada
com essa variação entre 5 e 9 repetições, respeitando, como já
dito, a individualidade de cada um.

A curva do esquecimento

Desenvolvido pelo psicólogo alemão Herman Ebbinghaus


em 1885, a curva do esquecimento ilustra a capacidade do
nosso cérebro em armazenar uma informação recém adquiri-
da. Em suma, o que Ebbinghaus conseguiu através de várias
experiências, foi mensurar o efeito do tempo na memória,
conforme visto no gráfico abaixo:
Wagre Furtado Gomes

64
Conforme descrito no gráfico acima, a curva do esque-
cimento despenca conforme o tempo que se passa. Essa cur-
va demonstra o quanto somos capazes de reter informações
recém adquiridas.
Para que esse fenômeno não se confirme, é interessan-
te utilizar do mecanismo da revisão periódica, intercalando
revisões espaçadas para melhorar a retenção da informação,
conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Após a primeira revisão, em no máximo 48 horas do pri-


meiro contato com a disciplina, nosso cérebro já percebe aque-
la informação como importante. Assim, após cada revisão essa
informação vai se concretizando e, ao longo das demais revi-
sões, torna a informação guardada definitivamente no cérebro.

Deu branco? sugira a recordação.


Aprovação mapeada

Segundo Ana Alvarez, doutora em ciências pela USP e au-


tora do livro Deu Branco (Ed. Record), o lapso de memória,
em qualquer caso, acontece por uma falha na sinapse, o pro-
cesso de passagem da informação de um neurônio a outro.
“Em uma região do cérebro chamada hipocampo, a ação de
substâncias neurotransmissoras pode causar uma redução dos
dendritos, um prolongamento do neurônio responsável pela
recepção de estímulos nervosos”. 65
Seja por estresse, nervosismo, ansiedade ou excesso de
informações, é normal o estudante dominar o conteúdo, mas,
no momento que se depara com uma questão na prova, es-
quecer a resposta que ele conhece, mas não lembra.
A boa notícia é que uma pesquisa (Sternberg, 1975) in-
dicou que quando questionado, o cérebro humano continua
uma procura exaustiva ao longo de todo seu sistema de me-
mória em um nível inconsciente mesmo depois de ter achado
um resposta que seja aparentemente satisfatória em um nível
consciente. Por isso, nosso inconsciente tende a encontrar a
memória solicitada posteriormente.
Isso acontece por que a mente esquadrinha 30 itens por
segundo até mesmo quando a pessoa está sem consciência de
que a procura ainda continua. Por isso, quando der um bran-
co, experimente sugerir ao cérebro o seguinte:

Eu não me lembro agora, mas vou lembrar em alguns segundos.

Como seria revisar com eficiência em curtos espaços


de tempo?
Wagre Furtado Gomes

66
10
CONCENTRAÇÃO

Na busca pela sonhada vaga no serviço público, deter o poder


da concentração trará uma vantagem enorme que pode fazer
a diferença nos resultados de provas e concursos.
Da mesma forma que podemos melhorar a memória por
meio de exercícios, podemos estimular a concentração, melho-
rando nosso desempenho nos estudos e na hora da prova.
Para que a sua concentração seja mais efetiva, faz se ne-
cessário estimular o interesse por aquilo que se lê ou estuda. Por
isso, explicamos no capítulo Leitura Dinâmica sobre o desen-
volvimento do interesse a partir da leitura dos prefácios e sumá-
rios, onde os autores esclarecem em poucas palavras o assunto
e sua importância, bem como uma visão geral da obra.

Preparação para início dos estudos


Aprovação mapeada

Para um bom início dos estudos é importante ter um nível de


concentração adequado, com esse intuito é importante:

▪ Alimentar-se bem
▪ Refrescar-se
▪ Praticar algum exercício de respiração para maior oxi-
genação cerebral.
67
Como já informado, o cérebro, ainda que represente,
no máximo, 2% do peso do corpo, pode consomir até 20%
das calorias que ingerimos. Por isso, uma alimentação antes
do início dos estudos favorece o aprendizado. Além do que
se você começar a maratona de estudos com estomago vazio,
inevitavelmente irá sentir fome e terá que interromper o estu-
do para se alimentar. Lembre-se ainda de manter sempre uma
garrafa com água por perto.
Antes de iniciar seus estudos, refresque-se. Tomar um
bom banho ou o simples ato de lavar o rosto fazem mila-
gres com aqueles que estão cansados de um dia trabalho ou
de uma bela noite de sono. Por isso, crie esse hábito antes
do início e, se necessário, durante os estudos para ajudar a
despertar.
Por fim, uma sessão de exercícios respiratórios pode-
rá calibrar ainda mais seu cérebro para o estudo. Nesta obra
constam diferentes tipos de exercícios respiratórios, escolha o
que melhor se adeque a você.

Exercícios que estimulam a concentração

A seguir, veremos 3 excelentes exercícios que estimulam a


concentração e, por conseguinte, a memória, a disciplina e
a motivação. Além disso, você perceberá, com o tempo, que
suas atividades desenvolvidas serão executadas com maior ra-
pidez e melhor eficiência.
Wagre Furtado Gomes

Exercício 1 – Meditação (Método Silva de Controle Mental)

José Silva, (1914-1999), foi o fundador do método Silva de


Controle Mental, que consiste em um método de meditação
dinâmica, desenvolvido há mais de 50 anos.
Resumidamente faremos algumas explanações sobre as
ondas cerebrais e como a mente consciente e inconsciente
68 funcionam.
Ondas cerebrais

Nosso cérebro possuí diferentes níveis de ondas cerebrais que


podem ser medidas em laboratório ou mesmo observadas por
pessoas mais sensíveis à analise comportamental, como psi-
cólogos, hipnoterapeutas, estudiosos da PNL, dentre outros.
Segundo alguns estudos, estas ondas são medidas por
ciclos de segundos, sendo dividida, conforme o gráfico abaixo
retirado do site http://www.omsica.com/portugues:

Segundo artigo publicado no supracitado site, as ondas


cerebrais são o resultado da atividade elétrica produzida pelo
cérebro e, embora haja momentos em que todos os tipos de
ondas estão presentes, as que predominam determinarão seu
estado mental.
Segundo José Silva, quando você está completamente
desperto, operando no mundo da ação, está em Beta. Quando
está sonhando acordado, ou a ponto de dormir, mas ainda
Aprovação mapeada

não completamente adormecido, ou a ponto de acordar, e ain-


da não completamente desperto, você está em Alfa. Quando
você está dormindo, está em Alfa, Theta ou Delta, e não ape-
nas em Alfa, como muitos acreditam.
A partir do exercício que descreveremos abaixo, criado
por José Silva e adaptado por mim, você pode entrar no nível
Alfa quando quiser, e permanecer inteiramente consciente, fa-
zendo um melhor uso de suas faculdades mentais. 69
Além da criatividade, as ondas Alfa estão relacionadas
com a capacidade de relaxamento e descanso, com a recupe-
ração de energia, com a memória, a concentração e a intuição.

Mente consciente e inconsciente

Estudos científicos sugerem que nosso consciente representa


aproximadamente 5% da mente e que nosso subconsciente
representa aproximadamente 95%.
Pense em sua mente como um iceberg. Sua ponta, sobre
a superfície do oceano, representa o consciente, enquanto o
inconsciente é representado por toda a imensa parte submer-
sa no oceano.

A mente consciente, apenas executa ações, pois o co-


Wagre Furtado Gomes

nhecimento esta incorporado na mente inconsciente. No sub-


consciente encontra-se a profunda sabedoria acumulada ao
longo de nossas vidas.
Lembre-se de quando você começou a andar de bici-
cleta? você estava preocupado com a pedalada esquerda, com
a pedalada direita, com a direção, com o trânsito, com os pe-
destres e etc? Não, por que era sua mente consciente fazendo
todo o serviço. Após algumas repetições, e alguns tombos, seu
70 cérebro processou a informação de como andar de bicicleta
e armazenou tudo isso na mente inconsciente. A partir daí,
você não fica mais pensando sobre cada ato a ser praticado ao
andar de bicicleta, simplesmente o faz.
Esta explicação faz-se necessária para começarmos
nosso exercício de Controle Mental, pois a forma mais fácil
de estimular o processamento de informações e armazena-las
no subconsciente é por meio do relaxamento com o estímulo
das ondas Alfa.
As ondas Beta representam o consciente, enquanto as
ondas Alfa representam o subconsciente.
Por isso, se você praticar exercícios que estimulem o
acesso ao subconsciente antes e depois dos estudos, estará
contribuindo com a massificação da informação.
Vamos ao exercício?
Sentado com a coluna ereta ou deitado em posição
confortável, de preferência imediatamente após acordar ou
imediatamente antes de dormir, feche os olhos e comece a
contagem proposta a seguir, dando um intervalo entre 1 e 2
segundos para cada número visualizado. Se errar, é preciso
iniciar o exercício novamente.

Método Silva

a) Conte de 100 a 1 mentalmente. Faça este exercício por


5 dias.
b) Conte de 50 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 5 dias.
c) Conte de 25 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 5 dias.
d) Conte de 10 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 5 dias.
Aprovação mapeada

e) Conte de 5 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 5 dias.

Este é o famoso método de meditação dinâmica que


vem ajudando milhões de pessoas no mundo todo a se torna-
rem mais concentradas, com menos stress, melhor memória,
dentre outros benefícios.
Mas, para você que, por acaso, mesmo antes de tentar já
esta achando o exercício cansativo, ou tendo tentado não teve 71
paciência para finalizar a contagem, errou e teve que voltar
tudo novamente. Segue agora a versão adaptada por mim para
alcançar os mesmos resultados, de forma mais simples.

Variação do Método Silva

a) Conte de 30 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 7 dias.


b) Conte de 20 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 7 dias.
c) Conte de 10 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 7 dias.
d) Conte de 5 a 1 mentalmente. Faça este exercício por 7 dias.

Em ambos os casos, quando chegar na contagem 5 a 1


estará com a mente treinada para entrar mais facilmente em
Alfa e aproveitar seus benefícios.
Conforme explicado no livro Método Silva de Controle
Mental, se você sentir que nada aconteceu durante este pri-
meiro exercício, isto significa apenas que você já esteve em
Alfa muitas vezes antes, sem estar particularmente conscien-
te do fato. Apenas relaxe, não questione, e continue com os
exercícios.
A contagem regressiva, que possuí conotação de dimi-
nuição, tem o poder de relaxar os pensamentos e sugere uma
respiração mais tranquila, trazendo, desta forma, mais oxigê-
nio para o cérebro.
Wagre Furtado Gomes

Esta técnica é muito útil antes, durante e depois dos


estudos, bem como antes da prova, quando a ansiedade e o
nervosismo costumam tomar conta.
Por fim, vale citar um estudo científico realizado em
1985, pela Psicóloga argentina Julia Corrigliano que submeteu
120 sujeitos ao exercício acima proposto e chegou à conclu-
são que estes demonstraram 25% de melhora na concentra-
ção e 26% de melhora na memória. (Fonte: Dinâmica Mental
72 Método Silva da Argentina – 1985).
Exercício 2 – Visualização

Em um local apropriado, se possível uma sala ou quarto com


pouca luminosidade, coloque uma vela a aproximadamente
1,5 metros da cadeira onde ficará sentado, mais ou menos na
altura dos olhos, de preferência contra uma parede branca.
Acenda a vela. Desligue telefones e tenha certeza que não será
incomodado.
Sente-se com as costas eretas e fixe o olhar na chama da
vela, com a vista relaxada. Mantenha a respiração calma e relaxa-
da, sem se afobar. O exercício consiste em permanecer olhando
para a vela sem piscar, mantendo a concentração até que todas
as sensações externas sejam eliminadas e as duas únicas coisas
que existam no universo sejam você e a chama da vela.
Caso você não tenha como usar uma vela por algum
motivo, você pode fazer um pequeno ponto preto do tama-
nho de uma moeda e gruda-lo com durex na parede, ou focar
em um ponto fixo distante.
Se estiver fazendo certo, conseguirá afastar TODOS
os pensamentos poluidores da sua mente e ficar no que os
orientais chamam de “estado zen”, absolutamente concentra-
do na chama da vela. Os sons e até mesmo as imagens da sala
podem desaparecer (é a sensação de relaxamento do “sonhar
acordado”). Quando estiver dominando este exercício, o re-
laxamento que você faz da sua mente em 5 minutos neste
estágio equivale a uma soneca de duas horas.
Este exercício foi extraído do site de Marcelo Del Deb-
bio, que escreve a coluna Teoria da Conspiração em um blog e
afirma que a concentração é a base para o domínio da mente e
Aprovação mapeada

a elevação da concentração a outro nível de consciência.

Exercício 3 – Exercícios Respiratórios

Segundo Nanci Azevedo Cavaco, uma das maneiras de se


combater a ansiedade é fazer uso da respiração lenta, que,
conforme já exposto, oxigena o cérebro. 73
Estudos milenares demostram que a respiração correta
traz diversos benefícios para o corpo e para a mente, como:

▪ Diminuição dos batimentos cardíacos;


▪ Melhoria na circulação do sangue;
▪ Desaceleração do metabolismo;
▪ Alcance de um estado mental mais tranquilo e sugestível;
▪ Melhoria na compreensão, memorização e interpretação;
▪ Diminuição do estresse.

Por fim, a referida autora afirma que 80% das dificul-


dades de aprendizagem estão ligadas ao estresse. Entendeu
agora por que aquele seu amigo estressado estuda há anos e
não passa?

Agora um exercício rápido:

O exercício consiste em começar respirando rapidamen-


te, estilo respiração cachorrinho. Respire de forma rápida e su-
perficial por aproximadamente 20 vezes, em seguida, respire,
sem interrupção, por mais 10 vezes diminuindo o ritmo, de for-
ma que as últimas 3 respirações sejam lentas e profundas.
Após este exercício você sentirá uma ligeira tontura,
por conta do volume expressivo de oxigênio no cérebro. Este
exercício é sensacional para início dos estudos, intervalos e
claro, antes da prova.
Wagre Furtado Gomes

Perda da Concentração

É comum, no meio da leitura ou da aula, sentirmos que per-


demos a concentração.
Neste caso, um ótimo exercício para recobrar a concen-
tração é suspender a leitura por alguns minutos, talvez 3 minutos
sejam revigorantes; às vezes uma respiração profunda é suficien-
te. Neste interim, levante, dê uma volta ou faça alongamentos e
74 aproveite para tomar água ou quem sabe beliscar uma fruta.
Outro artifício interessante é ouvir uma música que es-
timule o relaxamento, a exemplo das músicas clássicas, ondas
thetas e outros sons voltados para o relaxamento, como os
que estão disponibilizados em nosso canal no youtube.
Antes de partir para o próximo capítulo, abordaremos
rapidamente um assunto estreitamente ligado à concentração;
os hábitos.
Podemos conceituar hábitos como sendo a execução
reiterada e prolongada de certas práticas.
Seus hábitos influenciarão, de forma decisiva, a execu-
ção do seu planejamento de estudo, obtendo melhor aprovei-
tamento do seu tempo.

Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de


planejamento.
(Einstein)

Como criar um hábito I

Um hábito não é adquirido, e sim conquistado. Esta é uma


afirmação de Christian Barbosa em seu artigo: Hábitos não se
adquirem, se conquistam.
De acordo com Christian, hábitos são conquistados,
ainda que inconscientemente pelos seres humanos. Por exem-
plo, se você não tem o costume de persistir nos seus projetos,
abandonando-os no meio do caminho, você possuí um hábi-
to, talvez há muito tempo, de desistir.
Ainda na mesma linha, o autor esclarece que implemen-
Aprovação mapeada

tar mudanças que criem novos hábitos de vida não são fáceis,
mas 3 regras podem ajuda-lo a criar um hábito: processo, per-
sistência e propósito.

75
Por fim, Christian afirma que todos os hábitos na nos-
sa vida, são processos inconscientes que o cérebro executa.
Como, por exemplo, passar marchas em um carro, andar de
bicicleta ou escovar os dentes. Ou seja, são ações que faze-
mos sem precisar pensar. Nesse sentido, tudo o que queremos
transformar em hábito é num primeiro momento ações cons-
cientes, precisando serem lembradas e pensadas para poste-
riormente serem executadas, mais adiante, quando se tornam
inconscientes, praticamos essas ações de maneira automática.
Assim, Para criar um hábito você precisa migrar da área
consciente para a inconsciente e para isso é necessário repeti-
ção, que é a mãe do aprendizado.
A segunda regra, a persistência, é a disciplina para exe-
cutar repetidas vezes a tarefa, de forma a torná-la inconscien-
te para o seu cérebro.
Especialistas em neurociência afirmam que são neces-
sários 21 dias para que isso aconteça, já ouvi falar em 15 dias,
outros preferem apostar em 30 dias. Acredito que os 30 dias
são mais eficientes.
A terceira regra é o propósito, que envolve emoção, pai-
xão, prazer ou motivo para se alcançar aquele objetivo.

Como criar um hábito II

Segundo Seiiti Arata, fundador da Arata Academy, por meio


de comentários feitos em um resumo prático do livro O Poder
do Hábito de Charles Duhigg, para entendermos a composição
Wagre Furtado Gomes

do hábito, existem três pontos de destaque conceituado como


Hábito Triangular, pois o hábito é formado por três compo-
nentes: O gatilho, também conhecido como âncora, a rotina
e a recompensa.

76
O gatilho condiciona o cérebro a entrar, de forma auto-
mática, no estado de excelência para executar a tarefa.
A rotina, que é a sequencia de atividades pretendidas
com a criação do hábito que se quer adquirir, torna a atividade
um costume.
E, por fim, a recompensa, que vai contribuir com os
processos cognitivos do cérebro, indicando se esse tipo de se-
quencia triangular vale a pena ser usada novamente no futuro,
motivando o indivíduo a seguir em frente ou a retornar, para
fazer ajustes no hábito.
Por fim, Arata afirma que quanto mais repetimos a
mesma sequência do Hábito Triangular, mais ela fica automá-
tica. O gatilho e a recompensa ficam muito ligados a ponto de
criarmos antecipação e desejo e com todos esses elementos, o
hábito será formado.

Exemplo de aplicação do Hábito Triangular:

Se o seu hábito pretendido é estudar das 8hs às 10hs


da manha, seu gatilho pode ser um banho as 7:30hs, tomar
um copo com água ou mesmo tomar café da manhã antes
de iniciar os estudos. O importante é a repetição do mes-
mo gatilho.
Em seguida parta para a rotina, que será o estudo pro-
priamente dito.
Por fim, ao cumprir com a rotina desejada, permita-se
usufruir da recompensa proposta, que pode ser um chocolate,
ouvir uma determinada música ou qualquer outra coisa que
julgue interessante para se ter como recompensa.
Aprovação mapeada

Antes de partirmos para o próximo capítulo, experi-


mente este exercício de criação de hábitos:
Ponha seu despertador para tocar 1 hora mais cedo
do que o de costume e faça isso por 30 dias. Você perceberá
que alguns dias depois você acordará alguns minutos antes
do alarme. É o hábito sendo criado. Dessa maneira, você já
criou uma hora a mais no seu tempo que pode ser dedicada
aos estudos. 77
A verdadeira tarefa de ser fiel a si mesmo é um lento e profundo
trabalho, não é um caminho prefixado, mas envolve muita procura e
mudanças.

Como seria se sentir mais concentrado para os estudos


e realização de provas?
Wagre Furtado Gomes

78
11
PNL APLICADA À APROVAÇÃO

A Programação Neurolinguística – PNL, surgiu no iní-


cio da década de 70 na Califórnia, quando John Grinder
e Richard Bandler decidiram investigar os padrões de 3
terapeutas que obtinham excelentes resultados com seus
trabalhos. Assim, eles tomaram como modelo Fritz Perls,
pai da Gestalt, e Virgínia Satir, uma notável autora e psi-
coterapeuta norte-americana, além do pai da hipnoterapia
moderna, Milton Erickson.
A partir dessas informações, o metamodelo – que pre-
ceitua que, se uma pessoa consegue determinado resultado,
qualquer outra pessoa também pode conseguir o mesmo re-
sultado – pode ser codificado em padrões eficazes de comu-
nicação para que em um processo, fossem identificados os
procedimentos eficientes, bem como suas falhas.
Joseph O’Connor e John Seymour descrevem a PNL
como a arte e a ciência da excelência, derivada do estudo de
como as pessoas altamente qualificadas em vários campos ob-
Aprovação mapeada

têm resultados excepcionais.


Um dos pressupostos da PNL é que trabalhamos se-
guindo determinados padrões (programas) implantados em
nossas mentes (Neuro) por meio da linguagem (linguística).
Partindo dessa ideia, devemos mudar o enfoque das
perguntas, utilizando Como? em vez de Por quê? Já que enquan-
to a segunda apenas provoca justificativas e razões; a primeira
ajuda a entender a estrutura do problema. 79
A partir de agora, pergunte como aquele seu amigo con-
seguiu alcançar boas notas e, consequentemente, a classifica-
ção em concursos, ao invés de por quê.

Regulando nosso termostato linguístico.

Tomando emprestada uma metáfora utilizada por Lair Ribeiro,


podemos comparar nossa estrutura a de um termostato de
um ar condicionado. Um termostato, seja de um ar condicio-
nado ou de uma geladeira, é aquele dispositivo que permite
aumentar ou diminuir a temperatura.
Segundo Lair Ribeiro, nós também possuímos termos-
tatos, só que estes são em forma de linguagem, e podem ser
ajustados conforme nosso diálogo interno.
A PNL é baseada em pressuposições e não em verdades
absolutas, e uma das principais pressuposições é que o mapa
não é território; a maquete não é o prédio. Tudo não passa de
uma representação da realidade.
De frente a uma maquete ou passando os olhos sobre
um mapa, não temos um prédio ou um território físico, pois
tanto a maquete quanto o mapa são apenas representações.
Com o nosso cérebro é a mesma coisa. Não existe uma reali-
dade objetiva, apenas subjetiva. Não existe realidade, apenas a
representação da mesma.
É o caso de bebês gêmeos criados em orfanato, tendo,
portanto, a mesma criação e, no entanto, obtendo destinos
extremamente diferentes. Enquanto o primeiro pode atribuir
Wagre Furtado Gomes

seu sucesso à infância difícil, o segundo pode atribuir seu fra-


casso à sua infância difícil. Nota-se que o contexto é o mes-
mo, mas as representações do mesmo contexto são diferentes.
Segundo Shelley Carson, seu mundo interior é onde to-
das as ideias criativas são geradas, e também onde todas as
curas psíquicas acontecem.
A PNL tem sido aplicada em diversos campos como o
da liderança, vendas, comunicação, autoestima, metas e cla-
80 ro, na aprendizagem. Neste último campo a PNL tem sido
bastante explorada, pois disponibiliza ferramentas que esti-
mulam o cérebro a aprender mais e de forma mais eficiente.
Um dos objetivos da PNL é tornar a pessoa um apren-
diz melhor, em qualquer que seja o assunto, já que a maneira
mais rápida e eficaz de aprender é fazê-lo de maneira natural
e sem esforços.
Conforme explicado no capítulo 6, o cérebro utiliza
estímulos dos sentidos para reter informações. Alguns des-
tes estímulos são mais efetivos quando aplicados ao estudo,
como por exemplo o visual.
Desta forma, voltamos a frisar que o aprender esta no
fazer, já que esquecemos o que ouvimos, lembramos o que
vemos e que aprendemos mesmo é com aquilo que fazemos.
Nesta mesma linha, o Prof. Pier explica em seu livro
Aprendendo Inteligência e em suas palestras, que devemos evitar
fazer esquemas e resumos no computador e sim fazê-los por
meio da escrita manual. Por que o cérebro codifica cada traço
de uma letra, número ou símbolo manuscrito.
No entanto, quando se trata de digitação, o cérebro
tende a enxergar cada tecla (visual) e cada toque (sinestésico)
como meras repetições aleatórias.
O citado professor aconselha o estudante a fazer
uso da escrita, e também neste ponto concordamos com o
neuropedagogo.
Se em uma aula, palestra ou mesmo em um simples
bate-papo você anota uma só palavra. Essa mesma palavra
viajou diretamente ao seu inconsciente, e todas as vezes que
você ler, ouvir, pensar, ou de qualquer outra forma lembrar-se
desta palavra, irá associá-la àquela experiência passada.
Aprovação mapeada

Canais sensoriais

Segundo Getúlio Barnasque, a PNL é o estudo de como re-


presentamos a realidade em nossa mente e de como podemos
perceber, descobrir e alterar estas representações para atingir-
mos os resultados desejados. 81
Para alcançar tais resultados, podemos contar com 3 ca-
nais sensoriais bastastes difundidos na PNL, Que é o Visual,
o Auditivo e o Sinestésico. Hoje um quarto canal vem sendo
discutido, o Digital.
No estudo em geral, os canais visual e sinestésico são os
mais efetivos para a aprendizagem, pois o primeiro é o canal
predominante na maioria das pessoas, e o segundo por que é
estimulado por meio da escrita, do fazer.
No entanto, o método de educação aplicado em nossas
escolas não utiliza com o devido aproveitamento estes recur-
sos disponíveis. Pelo contrário, utiliza-se, predominantemente
o canal auditivo, que é o menos favorável.
Albert Morsel afirma em sua obra Como ativar o poder
da memória que cada um apresenta um tipo sensorial deter-
minado. Alguns possuem memória abstrata; outros não me-
morizam sem recursos como croquis, desenhos ou esquemas;
outro estuda falando lentamente e em voz baixa. Tem ainda
aqueles que gravam para depois ouvir novamente.
Para uma aprendizagem acelerada e de qualidade, é im-
portante usar o maior número de canais possíveis. Por exem-
plo, você leu um livro ou assistiu a uma aula (visual), mapeou
ou resumiu a aula (sinestésico) e na revisão repetiu o conteúdo
em voz alta ou mesmo por meio de diálogo interno (auditivo),
com certeza terá tirado maior proveito deste estudo.

Autossugestão

Outro assunto correlato à PNL é a sugestopedia de Émile


Wagre Furtado Gomes

Coué, que no início do século passado espalhava mundo afora


seu método de autossugestão.
Emile Coué repetia todas as manhãs seu famoso mantra:

A cada dia, sob todos os aspectos, vou cada vez melhor.

Pense em como podemos trazer para nosso mundo dos


estudos voltados para concursos benefícios desta técnica de
82 automotivação.
Experimente o exercício que proponho que você faça
por uma semana. Se gostar, poderá continuar.
Pegue um copo, encha-o com água potável e coloque ao
lado da sua cama. Quando estiver pronto para dormir, tendo
realizado todos os preparativos, pense algo que queira mui-
to, ou crie um mantra, ou repita o mantra de Coué, ou faça
uma oração. O importante é que você esteja rodeado de pen-
samentos e sentimentos positivos. Agora, tome a metade da
água do copo, cubra o copo, se achar necessário, e deite para
dormir. Imediatamente após acordar, lembre-se do assunto
pensado antes de adormecer, fortaleça este pensamento e em
seguida tome o restante da água.

Se não quiser se dar ao trabalho da água, experimente


criar seu mantra e repita-o a cada manha. Por alguns meses
meu mantra foi:

A cada dia me sinto mais próximo da minha aprovação.

Repita com emoção, visualize-se empossado, trabalhan-


do, e assim será como sugerido por uma frase que gosto mui-
to, apesar de desconhecer o autor, que afirma:

Qualquer pensamento repetido com força o bastante e tempo o


suficiente, se transforma em realidade.

Ou no popular:

Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura.


Aprovação mapeada

Percebeu que a PNL e a sugestopedia tem ideias bem


parecidas?
Ambas pregam o que foi chamado no livro O Segredo
de A Lei da Atração. Nenhum destes métodos é novidade, a
própria Bíblia Sagrada já afirmava em Mateus 21:22 que:

Se pedires em oração, e crendo, recebereis. 83


Assim podemos afirmar que os pressupostos básicos de
todos estes estudos são os mesmos, a Fé, impulsionada pelo
pensamento positivo.
Henry Ford já sabiamente dizia:

Se você acredita que pode, está certo; se acredita que não pode,
também está certo.

E para fechar a sessão: Motive-se com sábias palavras, cita-


remos Clarice Linspector:

Ela acreditava em anjos, e por isso eles existiam.

Agora que você já percebeu que pode alterar seus pen-


samentos por meio de seu termômetro linguístico, veja como
tirar proveito das suas experiências frustradas transformando-
-as em feedbacks necessários ao seu desenvolvimento pessoal.

Ressignificação

Ressignificar significa atribuir novo significado à determinado


assunto. Ou aproveitando nossa metáfora anterior, ressigni-
ficar significa alterar o termostato de negativo para positivo.
Isso nos leva a outro pressuposto da PNL, o de que não
existem fracassos, e sim resultados que nos fornecem feedbacks
de experiências que podem ser aproveitadas ou utilizadas para
mudanças de comportamentos sem resultados efetivos.
Wagre Furtado Gomes

Existe uma história muito conhecida sobre Thomas


Edison, que após ter tentado 9.999 vezes aperfeiçoar a lâm-
pada e não ter conseguido alguém lhe perguntou: “Você vai
ter dez mil fracassos?” Ele respondeu: “Não falhei. Acabo de
descobrir outra maneira de não inventar a lâmpada elétrica.”
Sendo assim, todos os resultados e comportamentos
são conquistas, não existe falha e sim experiência. Enquanto
você persistir no objetivo estará conquistando conhecimento,
84 experiência e, consequentemente, resultados.
Como ressignificar as falhas existentes no caminho da
aprovação

Aprender é uma condição natural do ser humano. No entan-


to, quando o assunto é estudar tendemos a nos assustar com a
ideia de sentar em uma cadeira para assistir aulas chatas ou ler
livros nada didáticos e de assuntos cansativos que nunca serão
utilizados em nossas vidas.
Desculpas como estas poderiam consumir duas páginas
deste livro, por que nós, seres humanos, temos duas reações como
opção ao nos defrontarmos com um desafio: lutar ou correr.
Desde os primórdios essas são as opções diante de um de-
safio. A diferença é que alguns desafios não representam risco de
morte, como no caso de nossos ancestrais. E se você fez a opção
por lutar para conquistar sua vaga no serviço público, parabéns.
Frente a essa decisão de enfrentar as bancas e a concor-
rência, você deve se dar o direito de falhar.
Se você resolver entrar para o MMA na esperança de
ser campeão, deve de antemão saber que levará alguns socos
e pontapés. Caso contrário, no primeiro pontapé no queixo
cairá esticado no chão e, ainda que consiga levantar, não terá
coragem para continuar.
O fracasso é um julgamento, uma ilusão ou simples-
mente uma opinião. Ninguém fracassa em nada, por que tudo
o que fazemos produz um resultado.
Assim, para alcançar seus objetivos é preciso ter em
mente a crença de que não existem fracassos, e sim experiên-
cias. Você está lidando com um projeto de médio prazo que
mudará positivamente sua vida para sempre.
Aprovação mapeada

Não estamos falando apenas em ganhar 5, 10 ou 20 mil


por mês, mas em estabilidade, aposentadoria, férias, descanso
semanal remunerado, licenças, e claro, em 13 remunerações
anuais acrescidas de 1/3 de férias, multiplicado por 35 anos. E
você quer alcançar tudo isso em 2 meses?
Como já explanado anteriormente, faça todos os con-
cursos que puder, e ao final poderá escolher entre as opções
disponíveis. 85
A persistência realiza o impossível
Provérbio Chinês

Para isso, acredite que sua vaga já existe e esta esperando


por você, no mais, vai estudando dentro das suas disponibili-
dades e recursos. Afinal, temos que respeitar a individualidade
das pessoas, pois nem todos possuem os mesmos recursos.
Nanci Azevedo afirma que paradigma é a realidade que
você cria e na qual você se aprisiona, tendo então a visão limitada.
E que os diálogos internos positivos formam crenças poderosas.
Segundo Gustave Le Bon, no clássico As Opiniões e As
Crenças, o problema da crença, por vezes confundido com o
do conhecimento, é, entretanto, diferente deste. Saber e crer
são coisas diferentes, que não tem a mesma gênese. Ou seja,
até o mais inteligente entre os estudantes, que, apesar de ter
conhecimento, se prende a crenças limitantes, tende a bate na
trave e acaba por não alcançar os resultados desejados.
Partindo destas premissas, aconselhamos você a criar
uma imagem positiva dos estudos, crie estímulos a isso. Enca-
re as matérias com outros olhos, veja nelas as ferramentas que
proporcionarão mudanças extraordinárias em sua vida.
Joseph O’Connor e John Seymour acreditam que cren-
ças positivas funcionam como uma autorização para colocar
em prática nossas capacidades. Segundo os supracitados au-
tores a melhor maneira de descobrir do que somos capazes
é fingir que podemos fazer qualquer coisa. Ou como diria
Guimarães Rosa:
Wagre Furtado Gomes

Tudo se finge primeiro; germina autêntico é depois.

Veja novamente a positividade das palavras de Eins-


tein voltadas ao aprendizado ao afirmar que jamais se deve
considerar os estudos como uma obrigação, mas como uma
oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência
libertadora da aprendizagem, para seu próprio prazer pessoal
e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho per-
86 tence. Esse cara era um concurseiro nato.
A PNL possui um vasto estoque de ferramentas que
podem alavancar seus estudos, potencializando sua aprendi-
zagem e diminuindo o tempo para o alcance dos seus objeti-
vos. Por hora, limitaremos a este breve resumo, haja vista ser
necessário pelo menos um manual sobre as ferramentas da
PNL que podem ser eficientemente aplicadas ao aprendizado,
por isso, descreveremos agora sobre uma das mais efetivas
ferramentas da PNL: as âncoras.

Âncoras e sua utilização para o estudo.

Segundo Robert Dilts, autor dos livros Aprendizagem Dinâ-


mica I e II, âncoras na PNL, referem-se ao processo de asso-
ciar reações internas com algum gatilho interno ou externo.
Não entendeu? Vamos a um exemplo:
Você se lembra do tema da vitória de Airton Sena?
Então, este hino soa para praticamente todos os brasi-
leiros como uma âncora que nos trazem ideias de persistência,
emoção, garra, força e, claro, vitória.
A ancoragem é um processo que na superfície é similar
à técnica de condicionamento de Pavlov, que fez testes com
cachorros, fazendo com que os animais associassem o som de
uma campainha à hora da refeição.
Pavlov distribuía a comida aos cachorros e tocava a
campainha. Desta forma os cachorros salivavam por conta
da comida. No entanto, Pavlov descobriu que, após algum
tempo, se simplesmente tocasse a campainha, os cachorros
salivavam, ainda que não houvesse alimento algum.
Aprovação mapeada

Os cães formaram uma conexão no cérebro entre o


soar do sino e a comida. Como resultado desta associação, a
boca deles ficava úmida.
Essa reação nos cães aconteceu instantaneamente e au-
tomaticamente. Eles foram programados inconscientemente
para associar o som do sino à comida. Isto é conhecido como
“Condicionamento Clássico”.
Em 1920, John B Watson realizou outro experimento fa-
moso conhecido como ‘O Experimento do Pequeno Albert’. 87
Quando o pequeno Albert tinha 9 meses de idade foi
mostrado a ele um pequeno rato, um macaco, um coelho e
várias máscaras para fazer com que ele tivesse medo. Mas, ele
não demonstrou reação emocional alguma. Estas coisas não o
afetaram. Ele não mostrou medo.
Entretanto, quando Albert ouviu um martelo bater
numa barra de ferro à sua frente, ele se assustou. O barulho
repentino fez com que ele se assustasse e chorasse.
Uma vez por semana, durante as próximas sete semanas,
um rato era colocado na frente de Albert, e ao mesmo tempo,
o martelo era batido na barra de ferro. Você pode adivinhar o
que aconteceu?
Ao final das sete semanas, sempre que Albert olhava o
rato, ele chorava, mesmo quando o barulho do martelo não
era usado.
Embora não tenha sido um experimento ideal para um
bebê, ele provou algo. Seres humanos podem ser condiciona-
dos também, assim como os cães de Pavlov.
Esse tipo de associação é considerada reflexiva, e não
uma questão de escolha. A boa notícia é que podemos criar
âncoras e acessá-las quando for conveniente.
Com os cães de Pavlov, o som do sinos fazia com que
suas bocas se enchessem de saliva por eles terem construído
uma conexão inconsciente entre o sino e a comida.
Com o pequeno Albert, o rato causou-lhe medo por
que ele criou uma conexão inconsciente entre o rato e o sen-
timento de medo.
E você, caro estudante, pode ter construído conexões
Wagre Furtado Gomes

inconscientes entre o estudo e algum sentimento ruim. Já


percebeu que tem gente que quando fala de estudo enche os
olhos, fica animado e feliz? Estes podem ter construído cone-
xões inconscientes entre o estudo e algum sentimento bom.
Seres humanos fazem conexões entre as coisas muito
rápido. Se passarem por algo que os faça sentir-se bem, irão
querer mais disso. Se passarem por algo que os faça mal ou
que os cause medo, irão querer evitar isso a qualquer custo.
88 Isto é chamado de ‘A Lei do Efeito’.
Tudo o que precisamos fazer é religar estas conexões
usando a Terapia Comportamental Cognitiva e ajudar você a
desenvolver sua autoconfiança e sentimentos positivos quan-
to ao estudo e a realização de provas e você se tornará um
novo estudante.
O processo de criação de âncoras se baseia na asso-
ciação simultânea de duas ou mais experiências e ficam mais
fortes pelo processo da repetição.

Como criar âncoras

Experimente colocar uma música que o deixe realmente


elevado e animado. Algo que faça com que você se sinta
motivado.
Enquanto ouve a música e sente emoções positivas,
pensando na sua aprovação, pressione o seu dedo indica-
dor contra seu peito e respire fundo. Faça isso várias vezes
ao longo da música. Repita este processo entre três e cinco
vezes por dia.
Após algumas semanas, ao pressionar seu dedo contra
seu peito fará com que você sinta o mesmo poder e as mes-
mas emoções positivas que sentiu enquanto ouvia a música.
Ainda que desta vez não tenha música alguma.
Seu cérebro terá desenvolvido uma conexão entre pres-
sionar seus dedos contra o peito e o sentimento de confiança.
E você pode repetir esta âncora sempre que quiser ter um
surto de motivação e autoconfiança.
Lembre-se que você pode também repetir o mantra: A
Aprovação mapeada

cada dia sinto-me mais próximo da minha aprovação, diaria-


mente. Se quiser que ele tenha ainda mais força, ESCREVA.
Quando escrevemos, conforme já relatado anterior-
mente, jogamos a informação com mais afinco ao subcons-
ciente. Por isso, vale a pena você criar uma frase e escrevê-la
pelo menos 10 vezes por dia.

Exemplo: 89
Vou tomar posse em um cargo público até dezembro de 2016.

Como seria ter a certeza que a cada dia sua aprovação


está mais próxima?
Wagre Furtado Gomes

90
12
ORGANIZADORES GRÁFICOS

Quando li o livro Técnicas Profissionais de Memorização, escrito


por Alberto Dell’sola, tive o insight, escrever sobre os diversos
tipos de organizadores gráficos que poderiam ser utilizados
nos estudos para concursos públicos, devido a suas facilidades
de organização e síntese.
Segundo Zigmunt Baumam, organizar significa conse-
guir que as coisas sejam feitas juntando e coordenando vários
atores e recursos que, de outro modo, estariam separados.
Nessa linha de raciocínio, organizadores gráficos são
ferramentas que possibilitam a ordenação de ideias na cons-
trução de criações intelectuais. Sua função é a de facilitar a
representação da criação de forma a desenvolvê-la adequada-
mente seguindo um raciocínio ordenado.
Trocando em miúdos, podemos afirmar que a principal
função dos organizadores gráficos é a de estimular a memória
visual. Isso, por que um dos aspectos mais importantes que
existe na maioria destas ferramentas de aprendizado é justa-
Aprovação mapeada

mente o fato de o nosso cérebro lembrar-se melhor de ima-


gens, sejam elas desenhos, setas, símbolos, quadros ou outros
meios em que se possa explicar um conceito de forma dife-
rente da tradicional e cansativa escrita linear, linha após linha.
Essa forma de aprendizado facilita a compreensão e fi-
xação do assunto. Por meio da representação gráfica dos con-
teúdos estudados e do resumo por palavras-chaves podemos
reter de maneira simples e ordenada os dados mais relevantes 91
e fazer um link entre o assunto estudado e os conhecimentos
já existentes da matéria, formando um banco de dados enxuto
que pode ser acessado nos momentos mais propícios, como
a semana da prova.
Trata-se de uma ferramenta que permite a decomposi-
ção de assuntos extensos em partes. Dessa forma, a partir da
criação de roteiros pessoais de estudo englobando as princi-
pais partes da matéria conseguiremos atingir uma compreen-
são global da disciplina estudada, tornando o estudo e enten-
dimento mais fáceis.

“A transmissão de informações torna-se mais efetiva quando re-


cursos verbais e visuais se unem.”

O mais importante, neste primeiro momento, é a noção


de que quando aplicados de forma correta, os Organizadores
Gráficos tem a capacidade de maximixar o aprendizado e a re-
tenção de informações, possibilitando ao aluno a capacidade
de lembrar-se de 100% do assunto estudado.
A mente armazena a informação de forma ordenada,
assimila melhor a informação nova e dela se recorda com mais
facilidade. Com a ajuda dos Organizadores Gráficos, a mente
consegue definir conceitos, resumir grandes textos em uma
só imagem, palavra ou símbolo, que são reconhecidos de ma-
neira rápida e fácil, associando ideias com enfoque nos con-
ceitos mais importantes, apontando semelhanças por meio da
evidenciação das relações entre pontos diferentes, montando
a sequência de um processo e estabelecendo relações de causa
Wagre Furtado Gomes

e efeito.
A aprendizagem visual é provida de recursos que con-
tribuem para o desenvolvimento da visão panorâmica da ma-
téria, por meio da visualização que clarifica o pensamento
através da ordenação das ideias, reforçando, desta forma, a
compreensão dos assuntos com maior facilidade a partir da
fragmentação destes, tornando o material criado/estudado
mais acessível em uma posterior revisão e atualização, quando
92 necessário.
Existem no mercado alguns softwares que facilitam
a criação destes organizadores gráficos. Respeito estes soft-
wares e as pessoas que conseguem fazer uso deles. Entre-
tanto, sou a favor do uso do velho papel e caneta (ou lápis),
pois, este processo consegue ser mais fácil e rápido, por conta
de sua simplicidade. Aqui, por questões de estética, estamos
criando organizadores gráficos em um programa simples, o
paint do Windows.
No mais, uma das melhores formas de revisão é na
verdade a recriação, ou seja, criamos hoje um Organizador
Gráfico do tipo Mapas Conceituais, por exemplo, e no mês
seguinte, pegamos este mapa e fazemos uma cópia, como
uma simples revisão, ou mesmo copiando de forma diferen-
te, adicionando informações novas e retirando aquelas que já
estão desatualizadas.

“Fazemos bem o que somos treinados pra fazer”

Desta forma, a criação e a revisão por meio da recriação


fazem com que a memória veja e reveja o organizador gráfico,
o que faz com que a mente trabalhe novamente sobre aquele
mesmo assunto trazendo-o sempre à tona.
Conforme visto no capítulo sobre a memória, essa
pode ser de curto, médio e longo prazo. Para o alcance de
nosso objetivo, que é a aprovação, a memória de médio prazo
é fundamental, pois não exige nem muito esforço nem muito
tempo.
Aprovação mapeada

Tipos de Organizadores Gráficos

Agora que já aprendemos o conceito de organizadores gráfi-


cos e sua aplicação no mundo dos concursos, vamos analisar
as várias espécies que existem e como podem ser aplicadas
nas mais diversas matérias existentes.
O estudante deve levar em consideração que algumas
espécies de organizadores gráficos não são aplicáveis a todas 93
as matérias ou assuntos. Com tempo e treino, o estudante
consegue distinguir quais organizadores se adequam melhor
a determinadas matérias ou assuntos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos
tipos de Organizadores Gráficos que serão utilizados no de-
correr desta obra.
Os principais organizadores gráficos são: Linha do
Tempo, Quadro Sinóptico, Mapas Mentais, Mapas Concei-
tuais e Chaves Dicotômicas. Não obstante, faremos também
uma explanação sobre a importância e funcionalidade dos Re-
sumos, Anotações e Concatenações.
Wagre Furtado Gomes

Linha do Tempo

O esquema gráfico denominado Linha do Tempo, pode ser


utilizado para apresentar acontecimentos relativos à história
propriamente dita ou a cronologia de acontecimentos que le-
varam ou levarão a determinado ponto/meta.
Um exemplo de linha do tempo aplicado à Lei nº 8.112/90,
é a que mostra o caminho a ser percorrido por estudantes em
94 busca da tão sonhada estabilidade no serviço público.
No exemplo acima, criamos em nossa linha do tempo
as etapas que o candidato a cargos públicos precisa percorrer
para alcançar seu objetivo.
Em um segundo momento, podemos complementar
essa linha do tempo com novas informações, conforme ex-
posto abaixo:

Aprovação mapeada

Incorporamos novas informações às etapas previstas


rumo ao objetivo, agora sabemos que:

a) O edital é lei interna do concurso;


b) O concurso poderá ser de provas ou de provas e títulos; 95
c) A nomeação é o ato da autoridade competente;
d) Após a nomeação teremos a posse, que será no prazo
de até 30 dias (União) ou de 25 dias (DF);
e) A posse poderá ser por procuração;
f) Só haverá posse se houver nomeação;
g) Será tornado sem efeito o ato de nomeação se o can-
didato nomeado não tomar posse no prazo previsto.
h) A entrada em exercício, momento no qual o servidor
de fato começa a exercer as atribuições do cargo em que to-
mou posse, será no prazo de até 15 dias (União) ou de 5 dias
úteis (DF);
i) Se o servidor empossado não entrar em exercício no
prazo será exonerado;
j) O estágio probatório tem duração de 3 anos

Quadros Sinópticos

O esquema gráfico denominado Quadro Sinóptico é ideal


para comparar as semelhanças e diferenças entre conceitos.
Permitindo que tenhamos uma visão de conjunto de uma de-
terminada questão.
É um dos organizadores gráficos mais utilizados pelos
alunos, sobretudo quando há a necessidade de estudar textos
com diversos elementos que, ainda que diferentes, comparti-
lham também semelhanças.
Para aguçar sua curiosidade, vamos ver como fica um
quadro sinóptico que mostra as semelhanças e diferenças en-
Wagre Furtado Gomes

tre as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista.


Itens de estudo da Administração Pública previsto no caput
do art. 37 da Constituição Federal.

96
Empresas Públicas (EP) e Sociedades de Economia Mista (SEM)
EP SEM
Capital Público 100% Ao menos 50% + 1
Denominação LTDA ou S/A Somente S/A
A partir de uma
A partir de uma Lei
Criação Lei Autorizadora
Autorizadora (LE)
(LE)
Vinculação Ao ente instituidor Ao ente instituidor
Subordinação Não existe Não existe
Regime Trabalhista CLT CLT

Outro tópico importante no estudo para concurso são


os remédios constitucionais: Habeas Corpus, Habeas Data,
Mandado de Injunção e Mandado de Segurança.

Mandado de Mandado de
Habeas Corpus Habeas Data
Injunção Segurança
Se concederá Se concederá Se concederá Se concederá
sempre que a) para assegurar sempre que a para proteger
alguém sofrer o conhecimento falta de norma direito líquido
ou se achar de informações regulamentadora e certo, não
ameaçado de relativas à pessoa torne inviável o amparado
sofrer violência do impetrante, exercício dos di- por “habeas-
ou coação em constantes de reitos e liberdades -corpus” ou
sua liberdade registros ou ban- constitucionais “habeas-data”,
de locomoção, cos de dados de e das prerroga- quando o
por ilegalidade entidades gover- tivas inerentes à responsável
ou abuso de namentais ou de nacionalidade, pela ilegalida-
poder. caráter público; à soberania e à de ou abuso
Aprovação mapeada

cidadania. de poder for


b) para a retifi- autoridade
cação de dados, pública ou
quando não se agente de pes-
prefira fazê-lo por soa jurídica no
processo sigilo- exercício de
so, judicial ou atribuições do
administrativo. Poder Público.
97
Mapas Mentais e Mapas Conceituais

Desenvolvidos por Tony Buzan, os Mapas Mentais consti-


tuem a forma mais conhecida de Organizadores Gráficos, so-
bretudo por representar um marco teórico que integra a união
de três grandes dimensões: a atividade cerebral, o pensamento
irradiante e o enfoque na aprendizagem holística (total).
É uma técnica que potencializa o aprendizado e a re-
tenção de informações por meio de forte apelo visual, com
palavras e imagens realçadas por diferentes cores.
A técnica do pensando irradiante (mapas mentais) tem
uma ideia análoga à ferramenta denominada brainstorm (tem-
pestade de ideias), que tem como objetivo associar ideias.
Para exemplificar a técnica de pensamento irradiante,
imagine que você tenha um determinado problema na sua
empresa, uma boa maneira de resolvê-lo, seria reunir os fun-
cionários envolvidos no processo para com o apoio deles ini-
ciar uma discussão que gerasse ideias com o intuito de alcan-
çar possíveis soluções para o problema.

Quer ser mais prático?

Pense em um problema seu e escreva em uma folha


de papel 20 possíveis soluções. Não tenha medo das possi-
bilidades ridículas, talvez elas sejam as mais interessantes. E
não desista, pois geralmente, a 19ª ou 20ª ideia é a melhor ou
mesmo a única solução.
Por outro lado, os Mapas Conceituais, bastante seme-
Wagre Furtado Gomes

lhantes aos Mapas Mentais e as Chaves Dicotômicas, foram


desenvolvidos por Joseph Novak, e permitem visualizar as re-
lações existentes entre diversos conceitos a partir de uma ideia
central, ligada a outras ideias por meio de sinalizações visuais,
geralmente setas.
Podemos afirmar que a base dos mapas mentais e con-
ceituais são as mesmas, havendo uma sutil diferença, nos caso
dos mapas mentais, devido ao forte apela visual, por meio de
98 desenhos/figuras. No entanto, se por um lado ganha-se mais
eficiência pelo abuso de desenhos e cores, perde-se a eficácia
pela demora na criação.
A criação do mapa priorizando a escrita nos permite
adicionar mais dados devido à facilidade de desenvolvimen-
to de palavras, mnemônicos e frases objetivas, como neste
exemplo:

Chaves Dicotômicas

Este tipo de Organizador Gráfico parte de uma ideia cen-


tral, assim como os Mapas Conceituais e Mentais, porém
iniciadas da esquerda pra direito, dividindo os assuntos em
subcategorias.
Já de início adianto que este é o mais simples e eficaz
tipo de Organizador Gráfico. Com ele é possível sintetizar
Aprovação mapeada

as informações necessárias de forma rápida, fácil e objetiva.


O segredo está no uso de palavras chaves, inclusive abrevia-
das. Com o uso das Chaves Dicotômicas, grandes textos que
levariam muito tempo para serem transformados em Mapas
Mentais e demais tipos de Organizadores Gráficos, são rapi-
damente esquematizados.

Exemplo: 99
Perceba que conseguimos colocar todas as informações
alcançadas pelos mapas mental e conceitual, sobrando, desta
forma, quase que a totalidade do lado direito da folha.
E se quisermos colocar ainda quem é servidor público
e quem é empregado público, podemos adicionar esta infor-
mação, conforme segue:
Wagre Furtado Gomes

Assim, conforme a figura apresentada, quem está acima da


linha é servidor público, quem está abaixo é empregado público.

Resumos

Os resumos constituem uma incrível forma de sintetizar


100 ideias, extraindo o que há de mais importante no texto lido.
Desta forma, sintetizando o conceito de resumo podemos
afirmar que trata-se de um texto reduzido a seus principais
tópicos.
Vamos a um exemplo prático, fazendo primeiro uma
leitura de um texto, sobre a Administração Gerencial, resu-
mindo-o em seguida.

Administração Gerencial

O modelo de Administração Gerencial é o atualmente apli-


cado na Administração Pública brasileira e surgiu de forma
explícita em nosso ordenamento jurídico no final da década
de 90, introduzida em nossa carta magna por meio da emenda
constitucional
nº 19/98, que acrescentou em seu artigo 37 o princí-
pio da eficiência. No entanto, é oportuno acrescentar que
parte da doutrina – e também o CESPE – entendem que
este modelo nasceu, ainda que de forma implícita, com o
Decreto-Lei nº 200/64.
Com essa mudança de modelo administrativo o Esta-
do passou a colocar em prática a ideia de uma administração
eficiente, com aumento da qualidade e redução dos custos,
gerindo a coisa pública da forma mais produtiva e menos one-
rosa. Para isso, o Estado desinchou a máquina administrativa
com a adoção de um modelo político baseado no neolibera-
lismo, instituindo o chamado estado mínimo, onde ele, Esta-
do, passou a atuar apenas no núcleo estratégico, privatizando
estatais e fomentando o terceiro setor.
Aprovação mapeada

A administração gerencial não rompe com o modelo


anterior, denominado modelo burocrático, pelo contrário,
apoia-se nele. A mais importante novidade, que difere o mo-
delo gerencial do burocrático, está no controle, que deixa de
analisar procedimentos e passar a analisar resultados.
Consequentemente o novo modelo trouxe a orientação
de que o cidadão precisa ser visto como cliente, criador de
rendas e peça fundamental na estrutura do Estado. 101
Podemos resumir este texto como no exemplo abaixo:

A Administração gerencial, embrionada por meio


do Decreto-Lei 200/67 e desenvolvida a partir do Plano
de Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE de 95, com
o objetivo de melhorar o modelo anterior, traz a ideia de
estado mínimo, tem o controle voltado para resultados
baseando-se no princípio da eficiência e passou a ver o
cidadão como um cliente de serviços públicos.

Dessa forma, conseguimos por meio desta técnica a


redução do texto em uma proporção entre 80 e 90% man-
tendo suas principais informações. Imagine conseguir ler um
livro de 100 páginas e resumi-lo em 10. Agora vai dar pra
rever aquele material indispensável na semana da prova, não
é mesmo?

Anotações/Flash Cards

As anotações, também conhecidas como Flash Cards, são na


verdade mini resumos ou organizadores gráficos, ou ambos.
As anotações constituem uma extraordinária técnica de estudo
que possibilita ao candidato sintetizar em pequenos pedaços de
folhas o essencial de determinados assuntos que ele precisa de-
corar ou simplesmente ter acesso em determinados momentos.
Wagre Furtado Gomes

Como criar uma anotação eficiente?

Pegue uma folha tamanho A4, corte em 4 partes e terá em mãos 4


pedaços com o tamanho perfeito para ser usado como anotações.
De posse de uma dessas partes, escolha um tema de seu
interesse e esquematize no papel. Dobre-o no meio e guarde no
bolso, na carteira ou fixe-o em algum lugar que você tenha aces-
102 so frequente. Desta forma, seja guardando-o consigo ou fixando
em lugar apropriado, você sempre terá contato com esta anota-
ção. E como já sabemos, a repetição é a mãe do aprendizado.

Exemplo:

Conforme este exemplo, podemos colocar, em uma das 4


partes de uma folha tamanho A4, um artigo da constituição ou
de qualquer outra lei, ou ainda um determinado conceito, e ter
acesso a ele facilmente, devido ao seu tamanho. Note que ainda
temos o outro lado do papel, onde podemos complementar a pri-
meira parte, ou mesmo colocar um outro assunto ou disciplina.
De posse destas anotações, podemos mantê-las sempre ao
nosso alcance, pois elas podem ser de muita utilidade em mo-
mentos de tempo ócio, como em filas, salas de espera, durante o
Aprovação mapeada

tempo gasto em transporte coletivo ou carona, e outras situações.

Mnemônicos (Concatenações, Acrônimos)

Mnemônicos é o nome dado a processos que auxiliam o pro-


cesso de memorização. Trata-se da simplificação de uma in-
formação complexa, por meio de letras, palavras, frases, siglas, 103
imagem, símbolo, sistemas ou outro recurso que nos ajude a
memorizar uma sequencia de fatos.
Quem não se lembra da época da escola quando a pro-
fessora nos ensinava a decorar os planetas do sistema solar
por meio desta frase:

Minha Vó Tem Muitas Joias mas Só Usa No Pescoço.

Minha: Mercúrio
Vó: Vênus
Tem: Terra
Muitas: Marte
Joias: Jupiter
Só: Saturno
Usa: Urano
No: Pescoço
Pescoço: Plutão

Perceba como fica fácil a memorização quando usamos


uma frase onde praticamente todas as palavras nos remetem
a um dos planetas.
Trazendo está técnica para o mundo dos concursos, te-
mos a já clássica concatenação que forma a palavra LIMPE,
onde cada uma das 5 letras nos remete a um dos princípios
insculpidos no caput do artigo 37 da Constituição:

L – Legalidade
I – Impessoalidade
M – Moralidade
Wagre Furtado Gomes

P – Publicidade
E – Eficiência

Agora que já sabemos um pouco de cada um dos principais


Organizadores Gráficos, veremos o método VMRE, proposto
para um estudo preciso e eficiente que proporciona o resultado
desejado dentro de um espaço de tempo relativamente curto.
Como seria organizar graficamente todo o conteúdo es-
104 tudado tendo a acesso a ele na semana da prova?
13
O MÉTODO “VMRE”

Louis Pasteur, cientista francês, já dizia que:

A chance favorece a mente preparada.

Os capítulos anteriores foram necessários para que che-


gássemos a este entendendo a diferença entre assistir aula e
estudar, sobre como funciona e como pode ser estimulado o
cérebro, a memorização, a concentração, como a leitura dinâ-
mica pode contribuir com o avanço no aprendizado, sobre a
PNL aplicada à aprovação, sobre os diversos Organizadores
Gráficos. Agora, veremos como o Método VRME pode mu-
dar sua visão de estudo e aprendizagem.

O método VMRE consiste em:

▪ Ver
▪ Mapear
Aprovação mapeada

▪ Revisar
▪ Exercitar

VER

O primeiro passo na busca de informação e da transformação


desta em conhecimento é por meio do primeiro contato com 105
o conteúdo, utilizando a visão, seja por meio da leitura, seja
assistindo aulas presenciais ou vídeo-aulas.

apostilas
Ler
livros
Ver
aulas
Assistir
vídeo-aulas

O estudante que escolhe seguir com o estudo autodida-


ta, geralmente o faz por meio de aquisição de livros e apostilas
ou por meio de material disponibilizado pela internet.
Desta forma, seguindo orientações constantes dos ca-
pítulos anteriores, o estudante pode incrementar seus estudos
por meio da pré-leitura, leitura dinâmica e do uso de palavras
chaves, sublinhadas ao longo do texto.
Essa ideia de pré-leitura, não se confunde com releitura,
pois a primeira é objetiva, feita por meio do estudo do sumá-
rio e dando uma rápida pincelada nos tópicos e gráficos do
livro, para ativar o reconhecimento do material e desenvolver
o interesse pelo mesmo.
Alguns cursos no mercado falam em reler por 3 vezes
o material. Acreditamos que esse excesso de leituras apenas
desmotiva o estudante.
Se eu te mostrar o livro Direito Constitucional dos pro-
fessores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino e aconselhá-lo
Wagre Furtado Gomes

a ler o livro de forma rápida, depois lê-lo com mais calma,


marcando os pontos principais para depois ler novamente fa-
zendo mapas ou resumos, você provavelmente irá desistir só
de pensar nessa penitência. Não é mesmo?
Por isso, o conselho que damos ao estudante é:

1º) Faça uma pré-leitura, lendo as orelhas, prefácio, re-


sumo e sumário do livro, se quiser, pode passar os olhos nos
106 tópicos e gráficos. Isso levará entre 10 e 15 minutos;
2º) Faça a leitura do livro, em velocidade entre normal e
rápida, parando quando julgar pertinente, para realizar anotações.
3º) Faça o mapeamento. Esse passo será discutido no
próximo tópico.

Já o estudante que se dispõe a assistir aulas e assim ga-


nhar algum tempo, recebendo dos professores a informação
já mastigada, podem pular a primeira etapa, focando sua aten-
ção nas aulas para anotar o máximo de informações possíveis,
mapeando estas aulas enquanto assistem ou depois, a partir
dos apontamentos do caderno.

MAPEAR

O segundo passo do método é o mapeamento das informa-


ções obtidas por meio da leitura ou das aulas.
Conforme exposto no capítulo anterior, os principais
Organizadores Gráficos são:

Aprovação mapeada

Quanto ao momento do mapeamento, este pode ser


durante ou depois de recebida a informação, conforme expli-
cado no último parágrafo do item anterior. 107
Alguns estudantes são mais perfeccionistas que outros,
e não se arriscam a fazer o mapa concomitantemente com a
aula ou a leitura, preferindo fazê-lo posteriormente. Outros
gostam de fazer o mapa à medida que recebem a informação.
Independente do momento, o importante é que o es-
tudante estimule a criação de esquemas gráficos que possam
contribuir com a evolução do seu aprendizado. Pois desta
forma, estarão seguindo as instruções do Prof. Pier, sobre o
estudo com papel e caneta em mãos para anotar todas as in-
formações julgadas importantes.
Conforme exposto anteriormente, se o estudante criar
estes esquemas gráficos antes que extrapolem as 24 horas do es-
tudo, terá melhor aproveitamento e retenção das informações.

REVISAR

Segundo Shelley Carson, em seu livro O Cérebro Criativo, nas


principais fases do processo criativo incluem-se, dentre ou-
tras, a preparação, a execução e a revisão.
A revisão é uma das fases mais importantes para a fixa-
ção do conteúdo e para a transformação da informação em
conhecimento. Para isso, é necessário fazer uso da repetição.

A repetição é a mãe da aprendizagem

Seu cérebro abriga um imenso depósito de informa-


ções, essa coleção de informações é unicamente sua e pode
Wagre Furtado Gomes

ser conectada a outras informações, ainda que não tenham


nexo algum, por meio de associações e claro, da repetição.
Já vimos no capítulo referente à Memorização que al-
guns tipos de repetição, quando realizadas de forma progra-
mada, aceleram o processo de memorização e aprendizagem.
Vimos que existem 2 tipos de revisão que podem ser
aplicados, em diferentes situações, com o mesmo propósito
de manter na memória informações sobre os assuntos estu-
108 dados, que são:
▪ Revisão emergencial;
▪ Revisão para massificação da informação e transfor-
mação desta em conhecimento.

Vimos que o primeiro tipo de revisão, voltado para si-


tuações emergenciais, é aquele utilizado para quem precisa
memorizar, em um curto espaço de tempo, até uma semana,
informações importantes para a prova.
Neste caso, procedemos com repetição programada
que será realizada em curtos espaços de tempo, geralmente
realizada a cada intervalo entre 4 a 6 horas. Ou seja, você re-
visa, por exemplo, às 8h, 14h e às 20h e, no outro dia, repete
novamente o ciclo.
Cada revisão levará entre 30 segundos e 3 minutos, de-
pendendo do tamanho do texto a ser memorizado. Provavel-
mente a primeira leitura ultrapasse o tempo, pois você marca-
rá as palavras chaves.
Se o texto for muito grande, por exemplo, o art. 5º da
Constituição, você pode fragmentá-lo. Partindo-o em 4 ou 5
partes e procedendo, assim, com a repetição programada. É
importante alertá-lo de que essa decisão é exclusivamente sua.
Você pode pegar todo o art. 5º e fazer a repetição completa.
Só observamos que isso pode ser cansativo e pouco produtivo.
Já no segundo caso, voltado para massificação da in-
formação e transformação desta em conhecimento, realiza-
das com um intervalo de tempo maior, as revisões, ainda que
efetuadas com a mesma quantidade de repetições, geram um
efeito muito mais efetivo para o cérebro.
Por isso afirmamos anteriormente que, esse segundo
Aprovação mapeada

tipo de revisão é voltada aos estudantes que pretendem re-


ter a informação e aprender de verdade, transformando essa
informação em conhecimento. Esse modo de revisão é mais
indicado para quem pretende construir uma base sólida de
conhecimento. Logo, é o método ideal para você que está em
busca de sua realização.
O intervalo entre revisões lhe dá uma oportunidade
para se recuperar da fadiga. Esse período em que “seu cérebro 109
descansa”, também conhecido como período de incubação,
que contribui com o estímulo de novas conexões. Ainda que
seu cérebro esteja em stand by, não concentrado naquele as-
sunto, ele está, inconscientemente, processando a informação.
Segundo o psicólogo George Miller, o aprendizado não
acontece somente de forma inconsciente, como também por
seguimentos de informações selecionadas de maneira cons-
ciente. Assim, você seleciona as informações conscientemente,
procede com as revisões necessárias e deixa o resto com seu
inconsciente.

Nesse sistema de revisão, sugerimos que você me-


morize em apenas 5 passos:

▪ Veja (assistir à aula ou fazer a leitura) do material


mapeando-o;
▪ Faça uma revisão deste mapa logo em seguida;
▪ Faça outra revisão em, no máximo, 24h, de prefe-
rência antes que se passe uma noite de sono;
▪ Reveja novamente após 1 semana;
▪ Reveja novamente após 1 mês.

Por meio de revisões com intervalo para descanso e


massificação da informação, você transfere a informação para
o córtex e poderá acessá-la sempre que necessário.
Revise! O cérebro aprende por repetição. Então, faça
revisões periódicas.
Wagre Furtado Gomes

EXERCITAR

Após ver/ler, mapear e revisar o conteúdo, a última, porém


não menos importante fase do método, é a referente à resolu-
ção de questões de provas anteriores.
Desde já esclarecemos que esta fase pode ser realizada
110 após o mapeamento ou mesmo após a primeira fase: ver/ler.
A escolha vai de cada um e do contexto, pois dependendo da
situação, esta fase pode ser a primeira ou mesmo a única.
O importante, independente do momento, é que a
fase de exercícios seja realizada. Pois é nesta fase que o es-
tudante começa a perceber como o assunto é cobrado em
provas evitando, dessa forma, ser pego de surpresa na hora
da prova.
Conforme propôs Wilma G. Freitas, em sua apostila
300 Questões Fundamentadas dos Direitos e Deveres Individuais e Co-
letivos, o estudo por meio de resolução de questões é extrema-
mente importante para o entendimento e a fixação da matéria.
Pois a leitura de um tema de Direito em princípio parece fácil,
porém, ao se deparar com o caso concreto, surgem as com-
plicações. Para evitar que isso aconteça nada melhor do que
resolver questões de provas anteriores.
Outro fato que torna importante esta fase é a repetição
de questões de concursos o tempo todo. Os assuntos abor-
dados são limitados e por isso, tendem a se repetir constante-
mente em provas.
Existem duas formas distintas de se preparar por meio
de questões anteriores: Resolução de questões com e sem o
gabarito.

Resolução de questões sem o gabarito

Se você possui tempo para estudar as matérias, e quer testar


seus conhecimentos dos assuntos estudados, pode imprimir
provas anteriores, recorrer à internet ou a livros e apostilas
que possuam questões de provas anteriores ou a websites volta-
Aprovação mapeada

dos exclusivamente a questões de concursos.


Algumas pesquisas realizadas recentemente tentaram
encontrar um número X de questões que o aluno precisaria
fazer para massificar o conhecimento e desenvolver o senso
crítico e a percepção sobre o assunto abordado e como este
pode ser cobrado na prova. Acreditamos que não existe um
número definido para isso, visto que isso irá variar de acordo
com a matéria, o estudante, além de outros fatores. 111
Resolução de questões com o gabarito

Agora, se você pretende obter um resultado significativo den-


tro de um prazo relativamente curto, responda os exercícios
com gabarito.
Conforme explicado anteriormente, a resolução das
questões anteriores possuem dois objetivos: testar os conheci-
mentos ou conhecer a forma de cobrança dos assuntos pelas
bancas examinadoras.
Para você que está iniciando seus estudos voltados para
concursos públicos ou está começando o estudo de algum
conteúdo inédito, vale a pena assistir a aula ou fazer uma lei-
tura do assunto e em seguida fazer a leitura de questões ante-
riores já com o gabarito.
Isso facilita o aprendizado por que o cérebro, que já
teve o primeiro contato com o assunto, vai, a cada questão, se
condicionando ao assunto da forma que é cobrada em prova.
No mais, cabe ressaltar que a resolução de questões
anteriores já com o gabarito é realizada com um ganho de
tempo interessante. Se você leva 30 minutos para responder
15 questões sem o gabarito, tendo que pensar para responder,
levará em média 10 minutos com as questões já gabaritadas.
Por fim, resta lembrar que é a prática com questões an-
teriores, seja com ou sem o gabarito, que fixa o conhecimento
e prepara o candidato para reconhecer as armadilhas prepa-
radas pelas bancas examinadoras, pois muitas vezes conhecer
determinado assunto não é suficiente para assimilar a forma
como este conhecimento é cobrado nas provas.
Wagre Furtado Gomes

Como estudar português por exercícios

Por fim, vamos a uma técnica muito proveitosa para o estudo


da língua portuguesa por exercícios.
Sabemos que em provas de português, a exemplo do
CESPE, a interpretação de textos costuma representar entre
112 50 e 80% da prova. Dada à importância desta proporção, é
bastante conveniente treinar o condicionamento a este tipo
de questão.
Este esquema de resolução de provas pode melhorar
substancialmente sua compreensão e interpretação de textos
dentro de um curto espaço de tempo.

1º) Procure questões


Aconselhamos você a baixar provas do CESPE no
site www.cespe.unb.br e copiar apenas um texto e suas res-
pectivas questões.

2º) Responda as questões referentes ao texto.


Com as impressões de alguns textos e suas questões
(geralmente o CESPE trabalha com uma média de 5 ques-
tões por texto) você fará a leitura de um texto por dia e
responderá suas respectivas questões.

Exemplo:

Texto 1 – PMDF/2009

1 O fato de existir a necessidade de viver em sociedade tem


consequências muito sérias. Uma delas é que os problemas
de cada pessoa devem ser
4 resolvidos sem que sejam esquecidos os interesses dos
demais integrantes da mesma sociedade. Assim, não se
pode admitir como regra que, para resolver qualquer
7 dificuldade de um indivíduo, ou para atender aos interes-
Aprovação mapeada

ses de um só, todos os demais devam sofrer prejuízos ou


arcar com sacrifícios. Todo indivíduo tem
10 direito à proteção de sua liberdade, de sua integridade
física e de outros bens que são necessários para que uma
pessoa não seja rebaixada de sua natureza humana.
13 Mas, também em relação a esses direitos e valores, é
preciso ter em conta que todos são iguais, devendo merecer
a mesma proteção.
113
Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política,
p. 18-9 (com adaptações).

Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas linguísti-


cas e da organização das ideias do texto acima.

1 Serão preservadas a coerência e a correção do texto, se


os termos da primeira oração forem reescritos em posição
diferente daquela em que ocorrem no texto, da seguinte
forma: Tem consequências muito sérias o fato de existir a
necessidade de viver em sociedade.

2 A inserção da preposição de imediatamente antes de “que


os problemas” (L 3) preservaria a coerência da argumen-
tação e manteria o texto correto com relação às normas
gramaticais.

3 Nas linhas 10 e 11, a repetição da preposição de antes de


“sua liberdade”, “sua integridade” e “outros bens” indica
que se trata de três expressões que
complementam “proteção”, e não “direito”.

4 Mantém-se o texto coerente e gramaticalmente correto


ao se substituir “que uma pessoa não seja” (L11-12) por
uma pessoa não ser.
Wagre Furtado Gomes

5 Na linha 13, devido à presença da expressão “em rela-


ção”, o uso do sinal indicativo de crase em “a esses direi-
tos” é facultativo.

6 No que diz respeito às relações de coesão textual, é corre-


to afirmar que o conectivo “que” (R.14) substitui a expres-
são “direitos e valores” (L13).

114
7 Nas linhas 14 e 15, a oração iniciada pelo gerúndio “de-
vendo”, uma vez que se adiciona à oração anterior “que
todos são iguais” e complementa a expressão “ter em con-
ta”, admite ser reescrita da seguinte forma, retirando-se a
vírgula após “iguais”: e devem merecer a mesma proteção.

Gabarito: 1 – C 2 – E 3 – C 4 – C 5–E6–E7–C

Fonte: http://www.cespe.unb.br/concursos/
PMDFCFSD2009

Este tipo de exercício condiciona sua a mente à reso-


lução das questões de provas. Por isso, sugerimos que você
repita este método por pelo menos 2 meses, o que representa
60 textos e aproximadamente 300 itens. Se puder, faça-o por 6
meses, o representa 180 textos e aproximadamente 900 itens.
Vale a pena frisar que A repetição é a mãe da aprendizagem.
Como seria se você visse, mapeasse, revisasse e resol-
vesse questões de toda a matéria estudada?

Aprovação mapeada

115
14
BASE PARA CONCURSOS

Em nossa caminhada em busca da tão sonhada vaga no ser-


viço público, percebemos que a primeira e principal pergunta
de quem está começando é:

Por onde começar?

Aconselhamos o aluno que está começando a caminha-


da a procurar um curso Base Para Concursos. Existem diver-
sos cursos no mercado que lhe oferecerão o seguinte padrão
de cursos básicos:

▪ Português
▪ Raciocínio Lógico
▪ Informática
▪ Direito Administrativo
▪ Direito Constitucional
Wagre Furtado Gomes

Essa é a estrutura de um curso básico, levando em con-


sideração que, dentro do Direito Administrativo, estão inseri-
dos as seguintes leis:

▪ Lei nº 8.666/93
▪ Lei nº 8.112/90
▪ Lei nº 8.429/92
116 ▪ Lei nº 9.784/99
▪ Lei nº 8.987/95
▪ Decreto Lei nº 200/67

Por isso, nossa sugestão para você que esta começando


é fazer um curso básico. Depois de feito este primeiro curso,
você deve avaliar seus conhecimentos nestas disciplinas para
identificar os seus pontos fortes e fracos e em seguida, traçar
seu novo planejamento de estudo.

Um bom começo é a metade

Dito isto, podemos afirmar para quem está começando


que a Base Para Concursos, que julgamos imprescindível e que
deve ser estudada diuturnamente, é constituída pelas disciplinas:

▪ Português
▪ Direito Constitucional
▪ Direito Administrativo

Você já deve ter percebido que, em pelo menos 90%


dos concursos, constam estas 3 disciplinas, e que, em alguns
casos, são lançados editais somente com estas.
Um outro fator importante no estudo dessas disciplinas
é que elas são a base para o estudo de outras, como Adminis-
tração Financeira e Orçamentária, Direito Tributário e Admi-
nistração Pública.

Como estudar Português


Aprovação mapeada

Conforme já dito, um ótimo recurso para o estudo da língua


portuguesa é por meio de questões de provas anteriores, que
o ajudarão a condicionar sua mente para a compreensão e in-
terpretação de textos. No entanto, este recurso, por si só, pode
não surtir tantos efeitos, a depender do estudante. Por isso fica
a dica de analisar seus pontos fortes e fracos, ao iniciar um cur-
so básico para concursos. 117
Se você tem dificuldades com esta disciplina, aconse-
lhamos fazer pelo menos um curso de português, não destes
inseridos dentro de pacotes voltados para editais abertos, más
aqueles cursos regulares que te darão uma excelente base. E
depois, você mantém o estudo por meio do método de reso-
lução de questões de um texto do CESPE por dia, conforme
exposto no capítulo do Método VMRE.
Outra dica extremamente valiosa é a leitura. O leitor
assíduo condiciona o seu cérebro a decodificar textos, desen-
volvendo o senso crítico e ampliando o vocabulário. Por isso,
leia mais, leia sempre.

Como estudar Direito Constitucional

O estudo de Direito Constitucional é um dos mais impor-


tantes, por constar, na constituição federal, a base do ordena-
mento jurídico brasileiro.
A melhor forma de se estudar esta disciplina de forma
autodidata, de acordo com nossa experiência, é por meio da
própria constituição federal, a chamada lei seca, com auxílio
de um livro para suprir eventuais dúvidas e claro, resolução de
muitas questões de provas anteriores.
Se você quer ganhar tempo, pode entrar em um curso
regular da matéria, que abrirá sua mente, para paralelamente
iniciar o estudo da constituição e resolver as questões de pro-
vas anteriores.
Wagre Furtado Gomes

Conforme destacamos no capítulo referente à leitu-


ra dinâmica, você pode iniciar o estudo da constituição por
uma pré-leitura, lendo os títulos constantes do sumário. Em
seguida, desfragmente o texto constitucional em partes que
possam ser lidas em, no máximo, uma hora. Evite cometer
o erro de iniciar a leitura do art. 1º e ir lendo até chegar ao
art. 250, sem pausas para transformar a informação em co-
nhecimento. Experimente fazer a leitura por títulos, como o
118 exemplo abaixo:
Seg Ter Qua Qui Sex
8 às 8:45 Título I Título II Título III Título IV Título V
9 às 9:30 Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios Exercícios

Lembre-se de aplicar seus atuais conhecimentos de


criação de organizadores gráficos, técnicas de memorização,
leitura dinâmica e concentração.
Desta forma, dentro de 6 meses de estudo, você notará
seu desenvolvimento no conteúdo e na evolução na resolução
das questões anteriores.

Como estudar Direito Administrativo

O estudo do Direito Administrativo, por se tratar, em resumo,


do conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Adminis-
tração Pública, seus órgãos, entidades e agentes públicos, é
regulado por leis esparsas, conforme descritas neste capítulo,
e não por um código, uma legislação consolidada que reúna
todas as leis esparsas que tratam dessa matéria.
Podemos afirmar que estas são as principais leis que re-
gulam a Administração Pública e que são cobradas em provas:

▪ Lei nº 8.666/93
▪ Lei nº 8.112/90
▪ Lei nº 8.429/92
▪ Lei nº 9.784/99
▪ Lei nº 8.987/95
Aprovação mapeada

▪ Decreto Lei nº 200/67

No entanto, lembramos que esse ramo do direito regu-


lamenta todas as atividades administrativas do Estado, seja do
poder Legislativo, Executivo ou Judiciário.
Toda essa proporção alcançada por este ramo faz do
Direito Administrativo uma das disciplinas mais importantes
no estudo voltado para concursos públicos. 119
Desta forma, aconselhamos para os autodidatas o es-
tudo por meio de um bom livro, de preferência destes es-
critos por quem passou pela experiência e logrou êxito em
concursos, e não necessariamente por quem é da área da
disciplina. – Haja vista seu objetivo pretendido ser o alcance
da aprovação – e não uma especialização na área.
Fora o livro, o autodidata precisa encarar as leis esparsas
descritas acima, de forma a condicionar o cérebro para o lin-
guajar jurídico e ainda, para não perder questões simples onde
o examinador está mais preocupado com o decoreba na letra
da lei, do que com o conhecimento do assunto.
Como seria ter a base para concursos estudada e revisa-
da na data da publicação daquele tão sonhado edital que você
estava aguardando?
Wagre Furtado Gomes

120
CONCLUSÃO

Por fim, é necessário esclarecer que não existe A Fórmula


que irá aprová-lo. O que existem são ferramentas que possi-
bilitarão a criação da sua fórmula de estudo, baseado em uma
adaptação aos seus hábitos, crenças, métodos e raízes, para
assim, alcançar seus objetivos por meio da ação.

“Visão sem ação não passa de sonho; ação sem visão é só passa-
tempo; visão com ação pode mudar o mundo.”
(Joel Baker)

Agora que você já descobriu que quanto mais armas o can-


didato dispuser para o estudo, maiores são as chances de alcançar
mais rapidamente a aprovação, conforme a lei da cibernética:

O elemento com maior número de opções controla o sistema

Você pode complementar seus estudos com a organiza-


ção gráfica de sua preferencia aliada a resolução de questões
anteriores. Agora que já se transformou em um estudante,
Aprovação mapeada

seja ativo, procure revisar, lembre-se de fazer da informação,


conhecimento.
Dessa forma, o estudo eficiente com a fé inabalável de
quem tem a certeza do alcance dos objetivos farão de você um
vitorioso. No mais, seja persistente, levante-se mais forte a cada
queda, se por ventura elas vierem, pois como já dizia o sábio:

Muitos desistem; poucos fracassam. 121


Parabéns!!!
Você acaba de concluir a leitura deste livro, escrita com
o objetivo de ajudá-lo com a nova tendência de estudo, o
aprender a aprender. A partir de agora, já com o machado
amolado, você dispõe de técnicas que aumentarão radical-
mente seu aprendizado. Bem vindo ao novo.

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar


resultados diferentes” (Einstein)

Como sempre sugerimos aos nossos alunos, a partir


deste momento, sugerimos que você substitua a ideia de es-
tudar pra passar em um concurso, pela ideia de estudar até
passar em concursos. Assim, não só realizará o sonho de ser
servidor público como também o de poder escolher o cargo
que lhe trará mais qualidade de vida. E acredite, iniciado o
caminho, não haverá volta.

A mente que se abre a uma nova ideia jamais retornará ao seu


tamanho original. (Einstein)

E sempre que o desânimo bater à sua porta, lembre-se


que as angustias de hoje dão suporte as tuas glórias de amanha.
Aproveite este momento, pois daqui a pouco irá sentir falta da
ansiedade e estresse que vive hoje, por incrível que pareça.

“O sucesso é uma jornada, não um ponto final. Metade do prazer


está em percorrer o caminho.” (Gita Bellin)
Wagre Furtado Gomes

Por fim, finalizamos com a lição dos 5, retirada do livro


Clássicos do Mundo Corporativo, de Max Gehringer:

A lição dos 5%

“Segundo essa regra, de tudo o que escutamos, vemos, falamos, lemos ou


escrevemos todos os dias apenas 5% realmente interessam. O restante é
122 descartável.
Da mesma forma, de cada cem estagiários contratados por em-
presas, apenas cinco chegarão ao cargo de chefia. De cada cem pequenos
negócios que são abertos, apenas cinco se transformarão no sucesso que o
dono sonhava. De cada cem bons alunos, apenas cinco repetirão na vida
profissional o bom desempenho que tiveram na escola. Um teste que fazia
comigo mesmo era me perguntar como havia gasto minhas duas horas de
criatividade na semana anterior. Na maioria das vezes, descobria que
havia simplesmente, engolido pela rotina.
Essa lição dos 5% devo a meu saudoso professor Wantuil. Certa
vez, durante uma daquelas algazarras incontroláveis em classe, o pro-
fessor Wantuil, calmamente, disse que os 95% de alunos que quisessem
persistir na bagunça poderiam continuar à vontade porque ele estava
interessado em dar aula apenas para os 5% que iriam ser alguma coisa
na vida. A classe imediatamente ficou em silêncio, porque todo mundo
sempre se considera parte dos 5%.
Não sei se a lição funcionou no meu caso, mas certamente fun-
cionou no caso do professor Wantuil. Porque devo ter tido cerca de cem
professores na vida e ele é um dos cinco de que ainda me lembro.”

Espero que o caro leitor tenha conseguido extrair ao


menos 5% do que até aqui foi exposto. Como diria Madre
Teresa de Calcutá:

“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o
oceano seria menor.”

Como especificamente você pode utilizar essas ferra-


mentas de estudo e de motivação para despertar todo o seu
potencial e alcançar seus objetivos?
Aprovação mapeada

123
BIBLIOGRAFIA

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Wagre Furtado Gomes

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23) Kasibhatla, Nishant. Memorização: técnicas práticas para
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Aprovação mapeada

127
Impressão e Acabamento:
Gráfica Scortecci
www.graficascortecci.com.br

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