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1.0 Introdução................................................................................................................ 2
1.1 Objectivo geral ........................................................................................................ 2
1.2 Objectivos específicos ............................................................................................. 2
2.0 Procedimentos para a Acreditação .......................................................................... 3
2.1 Conceito de Acreditação ......................................................................................... 3
2.2 Diferença entre Acreditação e Certificação ............................................................ 3
2.3 Condições para a Acreditação laboratorial.............................................................. 4
2.4 Etapas para Acreditação na ISO 17025 ................................................................... 4
2.4.1 Definição do escopo do laboratório segundo a NIT-DICLA-016 ........................ 5
2.4.2 Preparação do laboratório..................................................................................... 5
2.4.3 Solicitação de Acreditação ................................................................................... 6
2.4.4 Auditoria de medição ........................................................................................... 6
2.4.5 Análise da documentação e avaliação .................................................................. 7
2.4.6 Decisão final e Manutenção ................................................................................. 8
2.6 Benefícios da Acreditação ....................................................................................... 8
3.0 Procedimentos para a realização de uma Auditoria ................................................ 9
3.1 Etapas para realização de uma auditoria ............................................................... 10
3.2 Início da auditoria.................................................................................................. 11
3.3 Preparação das actividades de auditoria ................................................................ 12
3.4 Condução das actividades de auditoria ................................................................. 14
3.5 Preparação e distribuição do relatório da auditoria ............................................... 17
3.6 Encerramento da auditoria .................................................................................... 18
3.7 Condução do seguimento da auditoria .................................................................. 19
4.0 Conclusão .............................................................................................................. 20
4. Referências bibliográficas ....................................................................................... 21
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1.0 Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Auditoria e Requisitos de Qualidade no
Laboratório, leccionada na Universidade Púnguè, no curso de Química, 4º ano, 2º semestre. Este
trabalho faz parte de elementos avaliativos da cadeira. O tema central deste trabalho é
procedimentos para a realização de uma auditoria e de Acreditação laboratorial.

A motivação para a auditoria e acreditação tem origem na necessidade de reduzir as diferenças


de desenvolvimento entre as regiões do mundo, sendo que laboratórios inseridos nas
Universidades têm um papel estratégico na sociedade, com um grande potencial para disseminar
aspectos técnicos e organizacionais da qualidade. Os organismos de auditoria e de acreditação
avaliam e acreditam então os organismos de avaliação da conformidade face às normas
relevantes.

Muitas organizações internacionais de organismos de acreditação que trabalham de acordo com a


ISO/IEC 17011 na acreditação de organismos de avaliação da conformidade, incluindo
laboratórios de calibração (segundo a ISO/IEC 17025), laboratórios de ensaios (segundo a
ISO/IEC 17025), laboratórios de exames médicos (segundo a ISO 15189) e organismos de
inspecção (segundo a ISO/IEC 17020).

Com este trabalho pretende-se:

1.1 Objectivo geral


 Elaborar procedimentos para a realização de uma Auditoria e de uma Acreditação
laboratorial.

1.2 Objectivos específicos


 Diferenciar certificação da Acreditação;
 Descrever as etapas para a realização de uma Auditoria e de Acreditação laboratorial;
 Interpretar o processo de Auditoria laboratorial.

Metodologia usada

Para alcançar os objectivos deste trabalho, adoptou-se uma metodologia de pesquisa


bibliográfica de conteúdos relacionados com a área em pesquisa, fez-se seguidamente uma
pesquisa na internet.
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2.0 Procedimentos para a Acreditação

2.1 Conceito de Acreditação


Acreditação é um processo de avaliação externa, periódica, de estrutura, processos e resultados
de uma empresa, organização ou instituição em relação a padrões ou requisitos de qualidades
aceites no país e em outros países, quem têm como objectivo a melhoria continua da qualidade
dos serviços oferecidos (NP EN ISSO/IEC 17025:2015).

Acreditação é o reconhecimento formal por um organismo independente especializado em


normas técnicas daquele sector de que uma instituição atende a requisitos previamente definidos
e demonstra ser competente para realizar suas actividades com segurança (NP ISO/IEC
17011:2017).

Nesta óptica de ideia, o grupo entende a Acreditação como um processo de avaliação e


reconhecimento da competência técnica de entidades para efectuar actividades específicas de
avaliação da conformidade (e.g. ensaios, calibrações, certificações e inspecções). Este processo é
totalmente voluntário, confidencial, independente e periódico.

2.2 Diferença entre Acreditação e Certificação


Certificação é um processo em que se avalia se uma empresa, produto, serviço ou processo está
conforme aos requisitos que se dispôs a entender. Para compreender isso um pouco melhor,
peguemos como exemplo a ISO 9001:2015.

A ISO 9001:2015 é um sistema de gestão que dispõe boas práticas a respeito da qualidade,
promovendo na empresa padronização, mentalidade de riscos, abordagem de processos, entre
outros aspectos.

Ao buscar a certificação ISO 9001:2015, a empresa deverá provar que seu sistema de Gestão da
Qualidade atende aos requisitos dispostos nessa norma. Deverá apresentar evidências que
comprovem conformidade às práticas descritas na 9001:2015.

Acreditação é o processo pelo qual uma instituição ou órgão competente atesta a competência
técnica de uma empresa para prestar um serviço ou fornecer um produto. De forma simples,
também podemos dizer que as acreditações são voltadas ao atendimento de requisitos. Porém,
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nas acreditações existe também a avaliação de conformidade de requisitos técnicos do processo,


de forma muito mais aprofundada.

Enquanto na certificação são avaliados apenas os processos e a gestão da organização, na


acreditação são realizados testes de capacidade técnica, a fim de comprovar que a empresa é
capaz de realizar o que se dispõe a fazer.

Ao receber a acreditação ISO IEC 17025:2015 para a área de temperatura, por exemplo, o
INMETRO/CGCRE está afirmando não só que o laboratório tem um sistema de gestão conforme
a norma, como também demonstrou capacidade (competência) técnica para realizar a calibração
de instrumentos nessa área.

2.3 Condições para a Acreditação laboratorial


Para participar do processo de acreditação, a organização prestadora de serviços laboratoriais
precisa cumprir minimamente requisitos de elegibilidade exigidos pela Organização Nacional de
Acreditação (ONA) ou pelo INNOQ:

 Estar legalmente constituída há pelo menos 1 (um) ano;


 Possuir um Manual de Boas Práticas Laboratoriais implementado;
 Possuir alvará de funcionamento;
 Possuir licença laboratorial;
 Possuir licenças pertinentes à natureza da actividade;
 Possuir registo do responsável técnico, conforme o perfil da organização.

2.4 Etapas para Acreditação na ISO 17025


A acreditação de um laboratório de ensaio ou calibração representa a comprovação da
competência técnica desse laboratório para realizar os serviços descritos em seu escopo de
trabalho.

A acreditação de laboratórios com INMETRO, além de aumentar a credibilidade de seus


laudos perante aos clientes, pode expandir o segmentos de clientes, uma vez que grandes
empresas geralmente exigem laboratórios acreditados para a realização de seus serviços.
Ademais, é essencial que o laboratório possua um Manual de Boas Práticas Laboratoriais
implementado antes de iniciar o processo de acreditação, pois os princípios de boas práticas de
laboratório são um dos itens avaliados nas auditorias durante esse processo.
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Como todo processo de certificação, na acreditação baseada na ISO 17025 o laboratório precisa
passar por algumas etapas para que no final tenha sua competência reconhecida pelo INMETRO.
Essas etapas são:

 Definição do escopo do laboratório;


 Preparação do laboratório;
 Solicitação da Acreditação (Envio da documentação);
 Auditoria do INMETRO;
 Análise da documentação e avaliação;
 Decisão final.

2.4.1 Definição do escopo do laboratório segundo a NIT-DICLA-016


O primeiro passo para obter a acreditação é conhecer a norma ISO 17025 e estruturar os
processos do laboratório com base nos requisitos dela. Dessa forma, o laboratório terá um
sistema de gestão documentado aderente à norma.

Nessa etapa, o laboratório também precisa definir o seu escopo de trabalho, ou seja, especificar
a área em que vai buscar a acreditação, quais os tipos de instrumento que irá atender, as
faixas suportadas por seus padrões, o cálculo de incerteza que será adoptado, entre outras
questões mais técnicas.

É interessante que o laboratório defina os ensaios mais importantes para os seus clientes ou quais
clientes almeja-se atingir a fim de realizar esse investimento apenas nas análises essenciais, uma
vez que é possível acreditar as análises separadamente. Com o passar do tempo, se for de
interesse do laboratório, pode-se expandir esse escopo com o intuito de prestar um maior número
de serviços. Após essa definição, deve-se preencher os formulários que se encontram no site do
INMETRO (FOR-CGCRE-003) informando a área de actividade ou produto, classe de ensaio
e descrição do mesmo e norma ou procedimento relativos a cada ensaio que se almeja
acreditar.

2.4.2 Preparação do laboratório


Antes de solicitar a acreditação de ensaios no laboratório, deve-se ter implementado um
sistema de gestão da qualidade e possuir o manual da qualidade do laboratório ou
organização ao qual pertence. Todos os equipamentos utilizados nos ensaios devem estar
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calibrados (NIT-DICLA-030), como por exemplo, balanças, pipetas e espectrómetros. Além


disso, o laboratório deve participar de actividades de ensaio de proficiência (NIT-DICLA-026),
nos quais são realizadas uma série de análises comparativas de uma mesma amostra em
laboratórios diferentes a fim de atestar a confiabilidade dos laudos emitidos pelo laboratório que
se almeja acreditar.

Para evidenciar sua competência técnica, é necessário participar de um Programa de Ensaio de


Proficiência, que consiste na comparação do seu resultado com outros laboratórios RBC ou que
também estão buscando sua primeira acreditação.

2.4.3 Solicitação de Acreditação


A solicitação de acreditação pode ser realizada no próprio site do INMETRO. Após essa
solicitação, os responsáveis possuem 20 dias para apresentarem todos os documentos
necessários (formulário de escopo devidamente preenchido, Manual da Qualidade,
procedimentos técnicos, administrativos, operacionais, certificados, relatórios, laudos,
memoriais de cálculos, softwares e outros documentos técnicos e do sistema de gestão).

Tudo o que é feito na preparação do laboratório deve ser evidenciado em forma de documentos
para poder dar entrada no processo de acreditação. A documentação é enviada ao INMETRO,
para avaliação e agendamento da auditoria.

Nessa etapa, toda essa documentação é verificada com relação ao cumprimento dos requisitos da
norma, para que o laboratório possa seguir para o próximo passo.

2.4.4 Auditoria de medição


Após uma análise crítica de todos os documentos enviados, o pedido de acreditação pode ser
aprovado. Caso isso não ocorra, os responsáveis do laboratório são informados acerca de quais
acções necessitam ser tomadas para viabilizar a acreditação. E caso seja aprovado o
prosseguimento com o processo, um Gestor de Acreditação é alocado para formar uma equipe
de avaliação. As auditorias de medição, geridas por essa equipe, consistem em comparações
interlaboratoriais para avaliar a competência técnica. Nessas auditorias é verificado se: os
valores dos laudos emitidos estão de acordo com os valores pré-determinados, as incertezas
informadas estão de acordo com a capacidade do laboratório, o padrão itinerante (comum a todos
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os laboratórios participantes do programa) é manipulado correctamente, e a análise crítica dos


pedidos, propostas e contratos é realizada pelos responsáveis do laboratório.

A auditoria é a etapa mais prática de todo o processo: o laboratório que chega até essa fase já
reajustou seu fluxo de trabalho conforme a norma e evidenciou isso ao INMETRO. O processo
ocorre conforme a ISO 17025 e o laboratório precisará mostrar, na prática, tudo aquilo que foi
enviado na documentação.

Caso o laboratório não esteja conforme em algum dos itens avaliados, os resultados da calibração
podem ser revisados e uma nova auditoria de medição é realizada. Se mesmo assim os resultados
ainda não estejam satisfatórios, os ensaios reprovados podem ser retirados do escopo de
acreditação.

2.4.5 Análise da documentação e avaliação


Todos os documentos apresentados são analisados pela equipe de avaliação com um prazo de até
30 dias. Também é realizada uma avaliação da implementação do sistema de gestão da
qualidade e da qualificação técnica do laboratório para os ensaios que solicitou acreditação por
meio de visitas às instalações físicas do laboratório.

Após as auditorias da equipe de avaliação, é emitido um relatório no qual a acreditação é


recomendada ou não. Na auditoria podem surgir NCs (não conformidades), mas pode ficar
tranquilo, pois não precisará passar por outra auditoria. Basta evidenciar ao INMETRO que
tratou essas NCs dentro do prazo estabelecido, e então eles avaliarão esses dados, liberando para
a avaliação do CGCRE.

A acreditação pode não ser recomendada caso o exista um grande número de não-conformidades.
No entanto, a acreditação pode ser recomendada pela equipe e ainda existirem não-
conformidades a serem corrigidas, contudo, em uma quantidade muito reduzida. Todas as acções
correctivas em ambos os casos são registadas nesse relatório de avaliação para que os processos
estejam mapeados.

Depois de ter passado com sucesso pela auditoria (com ou sem não conformidades), toda a
documentação do processo chega à comissão do CGCRE para que seja avaliada. Estando tudo
certo, ocorre a assinatura e concessão da acreditação ao laboratório.
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2.4.6 Decisão final e Manutenção


O coordenador da Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro decide, com base nas
recomendações da equipe de avaliação, se concede ou não a acreditação ao laboratório avaliado.
Caso seja aprovada, o laboratório recebe um certificado oficial e deve realizar avaliações
periódicas de 12 meses, na primeira avaliação, e em até 24 meses nas demais. Ademais, o
laboratório deve participar do programa de monitoramento de acreditação organizados pelo
DICLA no qual os documentos e resultados dos ensaios de proficiência são avaliados para a
manutenção de sua certificação.

É importante sempre ter em mente que a acreditação do laboratório não serve apenas para ter um
certificado na parede e selos nos instrumentos calibrados, mas sim, significa estar sempre em
busca da qualidade e excelência. De nada adianta obter a certificação se o laboratório deixa a
desejar nos serviços executados e não se preocupa com a satisfação dos clientes.

2.6 Benefícios da Acreditação


Os principais benefícios da Acreditação para a instituição e a segurança do cliente são:

Regulação: Dado que os organismos de avaliação da conformidade actuam em competição entre


si, não só a nível nacional mas também cada vez mais internacional, tendem a continuamente a
racionalizar custos e aumentar os lucros, o que pode comprometer a correcta execução dessas
actividades.

A acreditação vai funcionar como um regulador técnico (mas não económico) dessa competição,
garantindo que a optimização de custos não diminui a competência técnica, nem compromete a
confiança na execução das actividades que estão acreditadas.

A regulação pode ser criada por opção voluntária da entidade ou imposta por legislação ou pelo
mercado, obrigando à acreditação.

Sendo a regulação efectuada de acordo com as mesmas normas internacionais, possibilita


transmitir confiança a reguladores nacionais, internacionais e multinacionais.

Globalização: Dada a acreditação ser feita segundo metodologias harmonizadas em todo o


Mundo, existe Acordos de Reconhecimento Mútuo (EA & IAF & ILAC) entre os organismos de
acreditação, facilitando a livre circulação de bens e serviços abrangidos pelas acreditações.
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A acreditação é pois uma ferramenta de globalização e internacionalização da economia,


promovendo as exportações nacionais.

O Regulamento (CE) n.º765/2008 obriga as autoridades nacionais dos Estados-Membros da UE a


reconhecerem a equivalência das acreditações dos signatários do Acordo da EA.

Competitividade: A acreditação é usada por reguladores e proprietários de marcas de prestígio


como condição de acesso a essas marcas. Neste sentido, a acreditação por um signatário dos
Acordos Mútuos da EA / IAF / ILAC é um factor de competitividade das entidades acreditadas e
das empresas que com elas trabalham.

A existência no País de uma infra-estrutura de entidades acreditadas, reconhecida


internacionalmente, permite ainda ajudar na captação de investimento de alto valor acrescentado
ao garantir que existe em Portugal tecnologia credível e qualificada.

Racionalização: Cada vez mais a acreditação é usada por reguladores e decisores políticos para
descentralizar tarefas do Estado em terceiros, mantendo simultaneamente controlo e vigilância na
delegação. Permite assim ao Estado emagrecer de uma forma controlada e fiável. A Acreditação
constitui-se como uma ferramenta de racionalização do Estado.

Melhoria contínua: Como já citamos este é um processo que visa a melhoria contínua da
Segurança do cliente e dos resultados assistenciais.

Visibilidade no mercado: A instituição passa a ser reconhecida pela sua excelência em


qualidade.

Identificação de riscos e oportunidades: Permite corrigir os erros antes que eles aconteçam e
aproveitar as oportunidades antes dos seus concorrentes.

Credibilidade: O laboratório ganhará credibilidade de técnicos, pesquisadores e clientes.

3.0 Procedimentos para a realização de uma Auditoria segundo a norma NP EN ISSO


17011
Esta secção contém orientação sobre a preparação e a condução de actividades de auditoria, que
façam parte de um programa de auditorias.
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3.1 Etapas para realização de uma auditoria


Como todo processo de certificação, na auditoria baseada na ISO 17011 o laboratório precisa
passar por algumas etapas para que seja realizada uma auditoria. Essas etapas são:

a) Início da auditoria

-Estabelecimento do contacto inicial com o auditado

-Determinação da exequibilidade da auditoria

b) Preparação das actividades de auditoria

-Revisão da documentação na preparação da auditoria

-Preparação do plano da auditoria

-Atribuição de tarefas à equipa auditora

-Preparação dos documentos de trabalho

c) Condução das actividades de auditoria

-Condução da reunião de abertura

-Revisão da documentação enquanto se conduz a auditoria

-Comunicação durante a auditoria

-Atribuição de funções e responsabilidades a guia e observadores

-Recolha e verificação da informação

-Elaboração das constatações da auditoria

-Preparação das conclusões da auditoria

-Condução da reunião de encerramento

d) Preparação e distribuição do relatório da auditoria

-Preparação do relatório da auditoria

-Distribuição do relatório da auditoria


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e) Encerramento da auditoria

f) Condução do seguimento da auditoria (se especificado no plano de auditoria)

3.2 Início da auditoria


Quando se inicia uma auditoria, a responsabilidade pela sua condução até que a mesma seja
encerrada é do auditor coordenador que tenha sido nomeado. Para iniciar uma auditoria, deverão
ser tidos em consideração as etapas; contudo, dependendo do auditado, dos processos e de
circunstâncias específicas, a sequência pode ser diferente.

3.2.1 Estabelecimento do contacto inicial com o auditado

O contacto inicial com o auditado para a realização da auditoria pode ser informal ou formal e
deverá ser feito pelo auditor coordenador. Os propósitos do contacto inicial são os seguintes:

− Estabelecer canais de comunicação com os representantes do auditado;

− Fornecer informação sobre objectivos, âmbito, métodos e composição da equipa auditora,


incluindo peritos técnicos;

− Solicitar acesso a documentos e registos relevantes para efeitos de planeamento;

− Fazer os preparativos para a auditoria, incluindo a calendarização das datas;

− Determinar quaisquer requisitos específicos do local quanto a acesso, segurança pessoal,


segurança e saúde do trabalho ou outros aplicáveis;

− Acordar sobre a participação de observadores e a necessidade de guias para a equipa auditora.

3.2.2 Determinação da exequibilidade da auditoria

A exequibilidade da auditoria deverá ser determinada para proporcionar confiança razoável na


consecução dos objectivos da auditoria. A determinação da exequibilidade deverá ter em
consideração factores tais como a disponibilidade de: informação suficiente e adequada para
planear e conduzir a auditoria; cooperação adequada por parte do auditado; tempo e recursos
adequados para a condução da auditoria.

Quando a auditoria não for exequível, deverá ser proposta ao cliente da auditoria uma alternativa
que tenha o acordo do auditado.
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3.3 Preparação das actividades de auditoria


3.3.1 Revisão da documentação na preparação da auditoria

A documentação relevante do sistema de gestão do auditado deverá ser revista para:

− Recolher informação para preparar as actividades de auditoria e os documentos de trabalho


aplicáveis, p. ex. relativos a processos, funções;

− Obter uma visão global da extensão da documentação do sistema para detectar possíveis
lacunas.

A documentação deverá incluir, conforme aplicável, documentos e registos do sistema de gestão,


bem como relatórios de auditorias anteriores. A revisão da documentação deverá ter em
consideração a dimensão, a natureza e a complexidade do sistema de gestão e da organização do
auditado, bem como os objectivos e o âmbito da auditoria contaminação em instalações do tipo
clean room).

3.3.2 Preparação do plano da auditoria

O auditor coordenador deverá preparar um plano da auditoria com base na informação contida no
programa de auditorias e na documentação fornecida pelo auditado. O plano de auditoria deverá
ter em consideração o efeito das actividades de auditoria nos processos do auditado e
proporcionar a base para um acordo entre o cliente da auditoria, a equipa auditora e o auditado
no que se refere à condução da auditoria. O plano deverá promover a eficiente calendarização e
coordenação das actividades da auditoria para a consecução eficaz dos objectivos da auditoria.

O plano de auditoria deverá cobrir ou referir o seguinte:

a) Os objectivos da auditoria;

b) O âmbito da auditoria, incluindo a identificação das unidades organizacionais e funcionais,


bem como os processos a auditar;

c) Os critérios da auditoria e quaisquer documentos de referência;

d) Os locais, datas, horas e durações expectáveis das actividades de auditoria a conduzir,


incluindo reuniões com a gestão do auditado;
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e) Os métodos de auditoria a utilizar, incluindo o nível de amostragem requerido pela auditoria


para obter evidências de auditoria suficientes e o modelo do plano de amostragem, se aplicável;

f) As funções e as responsabilidades dos membros da equipa auditora, bem como dos guias e dos
observadores;

g) A alocação de recursos adequados às áreas críticas da auditoria.

O plano poderá ser revisto e aceite pelo cliente da auditoria e deverá ser apresentado ao auditado.
Quaisquer objecções do auditado ao plano de auditoria deverão ser resolvidas entre o auditor
coordenador, o auditado e o cliente da auditoria.

3.3.3 Atribuição de tarefas à equipa auditora

O auditor coordenador, tendo consultado a equipa auditora, deverá atribuir a cada membro da
equipa responsabilidades para auditar processos, actividades, funções ou locais específicos. Tais
atribuições deverão ter em consideração a independência e a competência dos auditores e a
utilização eficaz dos recursos, bem como as diferentes funções e responsabilidades dos auditores,
dos auditores em formação e dos peritos técnicos.

3.3.4 Preparação dos documentos de trabalho

Os membros da equipa auditora deverão recolher e rever a informação relevante, para as suas
atribuições na auditoria e preparar os documentos de trabalho, conforme necessário, para
referência e para registo das evidências de auditoria. Tais documentos de trabalho poderão
incluir:

− Listas de verificação;

− Planos de amostragem da auditoria;

− Formulários para registo de informação, tais como evidências de suporte, constatações da


auditoria e registos de reuniões.

A utilização de listas de verificação e formulários não deverá restringir a extensão das


actividades de auditoria, que podem ser alteradas como resultado da informação recolhida
durante a auditoria.
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3.4 Condução das actividades de auditoria


As actividades de auditoria são normalmente conduzidas numa sequência definida. Esta
sequência poderá ser alterada para se adaptar às circunstâncias de auditorias específicas.

3.4.1 Condução da reunião de abertura

O propósito da reunião de abertura é:

-apresentar a equipa auditora;

A reunião poderá ser formal e deverão ser mantidos registos das presenças. A reunião deverá ser
dirigida pelo auditor coordenador e, conforme adequado, deverão ser tidos em consideração os
seguintes pontos:

− Apresentação dos participantes, incluindo observadores e guias, com uma breve descrição das
respectivas funções;

− Confirmação dos objectivos, âmbito e critérios da auditoria;

− Confirmação, com o auditado, do plano da auditoria e de outros preparativos relevantes, tais


como data e hora da reunião de encerramento, de quaisquer reuniões intercalares entre a equipa
auditora e a gestão do auditado, bem como eventuais alterações de última hora;

− Apresentação dos métodos a serem utilizados na condução da auditoria, incluindo informar o


auditado de que as evidências de auditoria serão apenas baseadas numa amostra da informação
disponível;

3.4.2 Revisão da documentação enquanto se conduz a auditoria

A documentação relevante do auditado deverá ser revista para:

− Determinar a conformidade do sistema, na medida em que deverá estar documentado, com os


critérios da auditoria;

− Recolher informação para suporte das actividades de auditoria.

A revisão poderá ser combinada com outras actividades de auditoria e poderá continuar ao longo
de toda a auditoria, desde que isto não prejudique a eficácia da condução da auditoria.
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Se não for possível disponibilizar a documentação adequada dentro do prazo dado no plano de
auditoria, o auditor coordenador deverá informar a pessoa responsável pela gestão do programa
de auditorias e o auditado. Dependendo dos objectivos e âmbito da auditoria, deverá ser tomada
uma decisão, quanto à continuação ou à suspensão da auditoria até que os problemas com a
documentação sejam resolvidos.

3.4.3 Comunicação durante a auditoria

Poderá ser necessário, no decorrer da auditoria, formalizar a comunicação dentro da equipa


auditora, com o auditado, com o cliente da auditoria e, eventualmente, com organismos externos
(p. ex. reguladores), especialmente quando haja requisitos legais que requeiram o relato
obrigatório de não conformidades.

Durante a auditoria, o auditor coordenador deverá comunicar periodicamente, ao auditado e ao


cliente da auditoria, conforme adequado, o progresso da auditoria e quaisquer preocupações. A
evidência recolhida no decurso da auditoria que sugira um risco imediato e significativo para o
auditado, deverá ser-lhe relatada sem demora e, conforme adequado, ao cliente da auditoria.
Qualquer preocupação com uma questão fora do âmbito da auditoria deverá ser anotada e
relatada ao auditor coordenador, para eventual comunicação ao cliente da auditoria e ao
auditado.

3.4.4 Atribuição de funções e responsabilidades a guias e observadores

A equipa auditora poderá ser acompanhada por guias e observadores (p. ex. regulador ou outras
partes interessadas). Estes não deverão influenciar ou interferir com a condução da auditoria. Se
isso não puder ser assegurado, o auditor coordenador deverá ter o direito de recusar a
participação de observadores em certas actividades de auditoria.

Os guias, designados pelo auditado, deverão apoiar a equipa auditora e actuar a pedido do
auditor coordenador. As suas responsabilidades deverão incluir o seguinte:

a) Apoiar os auditores na identificação de pessoas a entrevistar e na confirmação dos horários;

b) Combinar os acessos a locais específicos do auditado;

c) Assegurar que as regras relativas a procedimentos de segurança de pessoas e bens do local,


são conhecidas e respeitadas pelos membros da equipa auditora e pelos observadores.
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A função de guia poderá incluir também, o seguinte:

− Testemunhar a auditoria em nome do auditado;

− Prestar esclarecimentos ou apoiar a recolha de informação.

3.4.5 Recolha e verificação da informação

Durante a auditoria a informação relevante para os objectivos, âmbito e critérios da auditoria,


incluindo a sobre interfaces entre funções, actividades e processos, deverá ser recolhida por
amostragem adequada e deverá ser verificada. Apenas a informação que é verificável deverá ser
aceite como evidência de auditoria. As evidências de auditoria que dêem origem a constatações
da auditoria deverão ser registadas. Se, ao recolher evidências, a equipa auditora se aperceber de
quaisquer circunstâncias ou riscos que sejam novos ou tenham sido alterados, os mesmos
deverão ser abordados pela equipa de forma adequada.

Os métodos de recolha de informação incluem:

− Entrevistas;

− Observação de actividades;

− Revisão de documentos, incluindo registos.

3.4.6 Elaboração das constatações da auditoria

As constatações da auditoria podem indicar conformidade ou não conformidade com os critérios


da auditoria. Quando especificado no plano de auditoria, as constatações de cada uma das
auditorias deverão incluir conformidade e boas práticas e as correspondentes evidências de
suporte, oportunidades de melhoria e eventuais recomendações para o auditado.

Deverão ser feitas todas as tentativas para solucionar opiniões divergentes relativas a evidências
ou a constatações de auditoria, devendo ser registados os aspectos não resolvidos.

3.4.7 Preparação das conclusões da auditoria

A equipa auditora deverá conferenciar antes da reunião de encerramento, para:

a) Rever, face aos objectivos da auditoria, as constatações da auditoria e qualquer outra


informação adequada recolhida durante a auditoria;
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b) Acordar sobre as conclusões da auditoria, tendo em consideração a incerteza inerente ao


processo de auditoria;

c) Preparar recomendações, se especificado no plano de auditoria;

d) Discutir o seguimento da auditoria, se aplicável.

Caso seja especificado no plano da auditoria, as conclusões da auditoria podem conduzir a


recomendações de melhoria ou a futuras actividades de auditoria.

3.4.8 Condução da reunião de encerramento

Deverá ser realizada uma reunião de encerramento, presidida pelo auditor coordenador, para
apresentação das constatações e das conclusões da auditoria. A gestão do auditado e, onde
adequado, os responsáveis pelas funções ou processos que tenham sido auditados, deverão estar
incluídos na lista de participantes da reunião de encerramento, que também, poderá incluir o
cliente da auditoria e outras partes. Se aplicável, o auditor coordenador deverá informar o
auditado sobre situações encontradas durante a auditoria, susceptíveis de diminuir a confiança
nas conclusões da auditoria. Se estiver definido no sistema de gestão ou tiver sido acordado com
o cliente da auditoria, os participantes deverão acordar um prazo para um plano de acção, para o
tratamento das constatações da auditoria.

3.5 Preparação e distribuição do relatório da auditoria


3.5.1 Preparação do relatório da auditoria

O auditor coordenador deverá relatar os resultados da auditoria, de acordo com os procedimentos


do programa de auditorias.

O relatório da auditoria deverá fornecer um registo completo, exacto, conciso e claro da


auditoria, e deverá incluir ou referir o seguinte:

a) Os objectivos da auditoria;

b) O âmbito da auditoria, nomeadamente, a identificação das unidades organizacionais e


funcionais ou processos auditados;

c) A identificação do cliente da auditoria;


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d) A identificação da equipa auditora e dos membros do auditado que participaram na auditoria;

e) As datas e os locais onde foram conduzidas as actividades de auditoria;

f) Os critérios da auditoria;

g) As constatações da auditoria e as correspondentes evidências;

h) As conclusões da auditoria;

i) Uma declaração sobre o grau de satisfação dos critérios da auditoria.

NOTA: O relatório da auditoria pode ser elaborado antes da reunião de encerramento. 3.5.2
Distribuição do relatório da auditoria

O relatório da auditoria deverá ser emitido dentro do prazo acordado. Se tal não for possível, as
razões para o atraso deverão ser comunicadas ao auditado e à pessoa responsável pela gestão do
programa de auditorias.

O relatório da auditoria deverá ser datado, revisto e aprovado, conforme adequado, de acordo
com os procedimentos do programa de auditorias.

O relatório da auditoria deverá ser então distribuído aos destinatários designados nos
procedimentos de auditoria ou no plano de auditoria.

3.6 Encerramento da auditoria


A auditoria é encerrada quando tiverem sido realizadas todas as actividades de auditoria
planeadas, ou conforme qualquer outro acordo com o cliente da auditoria (p. ex. se tiver ocorrido
uma situação inesperada que impeça o encerramento da auditoria de acordo com o plano).

Os documentos relacionados com a auditoria deverão ser retidos, ou destruídos conforme


acordado entre as partes participantes e em conformidade com os procedimentos do programa de
auditorias, ou requisitos aplicáveis.

A menos que seja exigido por lei, a equipa auditora e a pessoa responsável pela gestão do
programa de auditorias não deverão revelar o conteúdo dos documentos, qualquer outra
informação obtida durante a auditoria, ou o relatório da auditoria, a uma qualquer outra parte
sem a aprovação expressa do cliente da auditoria e, onde adequado, a aprovação do auditado. Se
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for requerida a revelação dos conteúdos de um documento da auditoria, o cliente da auditoria e o


auditado deverão ser informados logo que possível.

As lições aprendidas com a auditoria deverão ser integradas no processo de melhoria contínua do
sistema de gestão das organizações, auditadas.

3.7 Condução do seguimento da auditoria


As conclusões da auditoria podem, dependendo dos objectivos da auditoria, indicar a
necessidade de correcções ou de acções correctivas, preventivas ou de melhoria. Estas acções são
geralmente decididas e empreendidas pelo auditado dentro de prazos acordados. Conforme
adequado, o auditado deverá informar a pessoa responsável pela gestão do programa de
auditorias e a equipa auditora sobre o estado destas acções.

O encerramento e a eficácia destas acções deverão ser verificados. Esta verificação poderá fazer
parte de uma auditoria subsequente.
20

4.0 Conclusão
Ao realizar e ao pesquisar foi possível entender que Acreditação consiste na avaliação
independente dos organismos de avaliação da conformidade, face a normas reconhecidas para se
realizarem actividades específicas, de forma a assegurar a imparcialidade e competência desses
organismos. Através da aplicação de normas nacionais e internacionais, os governos,
compradores e consumidores podem ter confiança nos resultados de calibração e ensaio, nos
relatórios de inspecção e nas certificações.

Os laboratórios em fase de auditoria e acreditação devem demonstrar perante o cliente e perante


o organismo acreditador que possuem competência para a realização dos ensaios inseridos no
âmbito da acreditação. Para tal, devem recorrer a ferramentas que permitiram avaliar o
desempenho e a competência na realização dos mesmos, tais como as auditorias de medição, os
ensaios interlaboratoriais e os ensaios intralaboratoriais. Por outro lado, é essencial a criação de
ferramentas que permitam o controlo permanente e contínuo de todos os processos, recorrendo-
se a simples ferramentas da qualidade, como por exemplo cartas de controlo, teste de Grubbs
para diagnóstico de valores discrepantes, teste t-emparelhado para comparação de
procedimentos, entre outros, que possibilitassem a melhoria contínua do Sistema de Gestão da
Qualidade implementado de acordo com o referencial normativo NP EN ISO/IEC 17025:2005.

De uma forma geral, as ferramentas anteriormente mencionadas permitem efectuar uma


avaliação de todos os processos, diagnosticar trabalho não-conforme, e tomar as devidas acções
preventivas, ou correctivas consoante o caso em questão. Possibilitam, portanto, um
acompanhamento mais permanente, não só em termos da parte técnica como da parte de gestão,
facilitando de forma muito significativa a tomada de acções para melhorar o processo já
implementado.
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4. Referências bibliográficas

1. BOLETIM DA REPÚBLICA. Regulamento sobre padrões de Qualidade Ambiental e de


Emissão de Efluentes. Imprensa nacional de Moçambique. Maputo, 2004.

2. IPAC. Guia Acreditação de Laboratórios Químicos, OGC002. Instituto


Português de Acreditação (IPAC), 2011.

3. ISO 17011 Conformity assessment - General requirements for accreditation


bodies accrediting conformity assessment bodies. International Organization for
Standardization. 2017.

4. ISO 9000, Sistemas de gestão da qualidade. Fundamentos e vocabulário.


Instituto Português da Qualidade. 2015.

5. José António da Silva Barradas PS. Certificação e Acreditação: duas


perspectivas num laboratório de metrologia. TMQ – Techniques, Methodologies and Quality,
2013.

6. NP EN ISO 9011, Sistemas de Gestão da Qualidade. Requisitos. Instituto


Português da Qualidade, 2015

7. NP EN ISO/IEC 17025, Requisitos gerais de competências para laboratórios


de ensaio e calibração. Instituto Português da Qualidade, 2005.

8. NP EN ISO/IEC 17025, Guia para a aplicação da Acreditação IPd, 2010.

9. Santos LO. Acreditação de laboratórios de ensaio de acordo com os


requisitos da norma, NBR/IEC 17025, 2011.

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