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UFBA – ESCOLA POLITÉCNICA - DEPARTAMENTO DE ENG.

DE TRANSPORTES E GEODÉSIA
ENG133 – FERROVIAS - QUESTÕES TEÓRICAS PARA 1ª AVALIAÇÃO

1) Qual a importância da Revolução Industrial e da invenção da máquina à vapor para o desenvolvimento das
ferrovias?
A revolução industrial e a invenção da máquina à vapor marca o início do desenvolvimento tecnológico-construtivo das
autoestradas e ferrovias. O aumento do volume da produção de mercadorias e a necessidade de transportá-las com rapidez,
impulsionou o aperfeiçoamento do que seriam as primeiras locomotivas, a substituição da madeira dos trilhos e das rodas das
carroças e contribuiu para a construção da primeira locomotiva rodoviária de passageiros, por exemplo.
2) Como de processou o desenvolvimento das ferrovias no mundo?
3) Quais as motivações do Império para autorizar construção de ferrovias no Brasil? Como se processou o
desenvolvimento destas ferrovias?
O império pretendia ligar a capital do país, Rio de Janeiro, às províncias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Houve
algumas tentativas de implantação da ferrovia, porém as três primeiras tentativas não se concretizaram pois não pareceu
nenhum investidor pois julgavam um negócio arriscado. Somente em 1852, que Irineu Evangelista, que viria a ser conhecido
como Barão de Mauá, construiu a ligação entre o Porto de Mauá e Petrópolis.
4) Quais as principais consequências ao sistema ferroviário do país referente à política de incentivos à construção
de ferrovias, adotada pelo Governo Imperial? Estas consequências ainda perduram na atualidade? (Bitola,
integração, logística, etc)
A política de incentivos à construção de ferrovias desencadeou um saudável surto de empreendimentos em, praticamente,
todas as regiões do país. Esse crescimento trouxe como consequências perduram até os dias de hoje, como a grande
diversidade de bitolas que dificulta a integração operacional entre as ferrovias, traçados excessivamente sinuosos e externos e
ferrovias distribuídas de forma dispersas e isoladas.
5) Por que o Brasil adotou a utilização das Rodovias ao invés de ferrovias? Qual a sua opinião desse processo de
declínio da ferrovia?
Pois o presidente Juscelino Kubitschek preferiu investir nas rodovias ao invés das ferrovias, devido ao interesse político que
existia na época em trazer a indústria automobilística para o país. E também devido ao crescimento desorganizado da malha
ferroviária.
6) Quais os principais atributos a considerar na escolha da tecnologia do transporte? (rodoviários, ferroviário,
hidroviário, aéreo).
Capacidade, disponibilidade, velocidade, confiabilidade, frequência e custo.
7) Qual o papel dos modos de transporte em um sistema integrado de transporte urbano e regional?
Os modos de transporte têm suas características especificas e vantagens comparativas, desta forma devem ser integrados de
forma propiciar o deslocamento mais eficiente, aproveitando as vantagens de cada um no seu contexto.
8) Quais as principais características do transporte ferroviário de cargas e passageiros? Quais os impactos positivos
e impactos negativos de cada tipo? Vantagens e benefícios?
O transporte ferroviário de carga caracteriza-se por realizar deslocamento de grandes volumes de baixo valor agregado
(grãos, minérios, etc), por longas distancias a velocidades baixas. O transporte ferroviário de passageiros por sua vez,
caracteriza-se por ser de média a alta capacidade e, geralmente, estar ligado às regiões metropolitanas dos grandes centros
urbanos.
9) Comente sobre a política brasileira de investimento no transporte ferroviário de cargas e de passageiros:
Objetivos (social e econômico), Importância estratégica, Principais produtos, Principais regiões selecionadas.
Como política de investimento no transporte ferroviário criou-se o Plano Nacional de Logística e Transportes que pretende,
dentre outras coisas, desenvolver o transporte ferroviário para integrar os sistemas de transporte do Brasil. Tem como
principais objetivos criar uma malha ferroviária moderna e integrada, aumentar a capacidade de transporte por ferrovias e
diminuir os gargalos logísticos, aperfeiçoar o modelo de concessão, dentre outros. Desta forma, busca-se prioritariamente
expandir a malha ferroviária brasileira, principalmente nas regiões onde localiza-se os centros industriais e agrícolas e centro
logísticos de distribuição, como os portos.
10) Disserte sobre as perspectivas futuras para o transporte ferroviário de carga e de passageiros.
Como perspectivas futuras tem-se o novo modelo de exploração de ferrovias (modelo horizontal), que visa separar o
responsável pela operação e infraestrutura para que ocorra competição intramodal. Além do alcance do equilíbrio da matriz
de transporte nacional.
11)O que trata o Plano Nacional de Viação (PNV)? Quais os objetivos e diretrizes do PNV?
Tem como objetivo permitir o estabelecimento da infraestrutura de um sistema viário integrado, sob o múltiplo aspecto
econômico-social-político-militar. Sua diretriz básica traz a concepção de um sistema nacional de transportes unificado, onde
seus planos diretores e estudos de viabilidade técnico-econômica devem visar à seleção de alternativas mais eficientes, dando
preferência ao aproveitamento da capacidade ociosa dos sistemas existentes.
12) O que trata o Sistema Nacional de Viação – SNV (Lei Nº 12.379/2011)?
É a infraestrutura física e operacional dos vários modos de transporte de pessoas e bens, sob jurisdição dos diferentes entes
da Federação e é composto pelos subsistemas rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário.
13) Quais as etapas de um projeto de engenharia ferroviária? Quais as atividades e estudos realizados em cada
etapa? Descreva cada etapa.
Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental: tem a finalidade de apresentar uma justificativa econômica ou,
quando se impuser, política, social ou estratégica, da ferrovia que se pretende implantar ou pela ampliação ou melhoramentos
de capacidade de ferrovias existentes. Nessa fase inicia-se o estudo de demanda e os levantamentos aerofotogramétricos,
estudos topográficos, geológicos, hidrológicos, etc.
Elaboração do projeto básico que tem a finalidade de selecionar a alternativa de traçado a ser consolidada e detalhar a
solução proposta, por meio da realização de estudos específicos e elaboração do projeto, como o estudo do traçado, o projeto
geométrico, de superestrutura, terraplenagem, pátios, drenagem, etc.
Dentro do projeto básico, tem-se os estudos operacionais que definem os parâmetros condicionantes do projeto ferroviário,
como o comprimento das composições, rampas máximas, raio mínimo, largura da bitola, tipo de via, sistema de sinalização e
controle, etc.
Elaboração do projeto executivo que tem a finalidade de detalhar a solução selecionada, fornecendo-se plantas, desenhos e
notas de serviço que permitam a construção da ferrovia. Nesta etapa detalha-se os projetos geométricos: horizontal, vertical,
transversal, interseções, retornos e acessos.
14) Como nasce a escolha de uma ferrovia? Quais os principais fatores que influenciam a escolha do traçado de
uma ferrovia?
Nasce a partir do estudo de traçado, nas fases de reconhecimento e exploração da região. Os principais fatores que
influenciam na escolha são os pontos obrigatórios de condição e de passagem, as restrições geológicas e as restrições
ambientais.
15) Quais as fases dos estudos topográficos preliminares para definição do melhor traçado? Descreva cada fase.
Fase de reconhecimento da região, que tem como objetivo a escolha da diretriz que permita o lançamento do melhor traçado.
Nesta fase são detectados os principais obstáculos topográficos, geológicos, hidrológicos e escolhidos os locais para o
lançamento dos anteprojetos. São realizadas as atividades de levantamento planimétrico, altímetro longitudinal e transversal e
anteprojeto de reconhecimento.
Fase de exploração da região, que se caracteriza pelo início do lançamento dos anteprojetos sobre as plantas topográficas da
faixa escolhida, juntamente com os reconhecimentos em campo, para os estudos de infraestrutura e superestrutura da
ferrovia. Além do lançamento e estaqueamento, em campo, da poligonal de exploração.
16) Quais as três características de uma ferrovia, que a torna um modo de transporte exclusivo? Descreva cada
característica.
Contato roda trilho – a interação veículo-via se dá pelo contato direto das rodas metálicas do trem com os trilhos, que também
são metálicos. Isto provoca um desgaste significativo, tanto da roda quanto do trilho, em razão das elevadas cargas e tensões
que decorrem da passagem das rodas.
Eixos guiados - diferentemente dos outros meios de transporte, o sistema ferroviário não possui mobilidade quanto à direção
do veículo. Seu trajeto é guiado pelos trilhos.
Bitola - distância entre a face interna dos trilhos. No Brasil adotam-se principalmente os tipos de bitolas: 1,00 m (métrica) e
1,60 m (larga).
17) Segundo Manuais da RFFSA, curvas circulares com raios ≤ 1.145,93 m necessitam de curva de transição.
Pergunta-se:
a) Descreva o que acontece quando um trem passa de um alinhamento reto para um trecho curvo. Quais as
forças atuantes no veículo e sua carga?
Quando um trem passa de um alinhamento reto para um trecho curvo, surge uma força centrífuga atuando sobre o
mesmo, que tende a desviá-lo da trajetória que normalmente deveria percorrer. Se o raio for pequeno e a velocidade
elevada, a força de atrito não será suficiente para formar a força necessária de equilíbrio.
b) Defina e descreva a curva circular simples. Quais os elementos desta curva?
Trata-se de um arco de círculo interligando dois trechos em tangente. Tem como elementos o ponto de interseção (PI),
ponto de curvatura (PC), ponto de tangência (PT), raio da curvatura (R), ângulo central (AC), entre outros.
c) Defina e descreva a curva de transição (com concordância). Quais os elementos desta curva?
É uma curva utilizada na concordância entre alinhamentos retos e uma curva circular, de forma a permitir que a
composição percorra uma trajetória mais confortável e segura. Tem como elementos o ponto de interseção (PI), deflexão
total (I), ponto de curva (TS), ponto osculador (SC) ou (CS), ponto de tangente (ST), raio da circular (R), entre outros.
18) Sabe-se que o raio mínimo horizontal é estabelecido levando-se em conta as características do material
rodante previsto para circular no trecho. Quais as principais características dos veículos ferroviários?
As rodas são solidarias ao eixo, existência de frisos nas rodas, conicidade das rodas, paralelismo dos eixos do truque, carga
na ponta dos eixos e roda dentro do gabarito da caixa do veículo.
19) Defina Superelevação.
Consiste em elevar o nível do trilho externo de uma curva. Esta técnica reduz o desconforto gerado pela mudança de direção,
diminui o contato metal-metal e o risco de tombamento devido à força centrifuga que aparece nas curvas.
20) Com base na figura representativa do vagão em uma curva superelevada, quais as principais forças que
atuam sobre este vagão em movimento?
A força centrifuga e a força peso.
21) Para calcular a superelevação “h” usa-se ou o Critério Teórico ou o Critério Prático (Racional / Empírico).
Descreva cada critério.
Com o critério teórico procura-se a condição de equilíbrio, onde a intensidade do componente horizontal da força peso seja
igual à intensidade do componente horizontal da força centrífuga. Portanto para cada valor de V (velocidade) e R (Raio) tem-
se um certo valor para superelevação da via férrea.
O critério prático se divide em dois, o critério da segurança e do conforto, ambos são baseados em observações e
experiências. O critério da segurança preocupa-se em verificar, para uma superelevação hPRAT qual a velocidade máxima na
curva, para o qual não há risco do trem de passageiros tombar para o lado externo. No critério do conforto, deve-se calcular a
superelevação prática máxima para cada tipo de veículo que utiliza a via (carga, passageiros, manutenção) e adotar o menor
dos resultados.
22) Considerando que um trecho em curva de raio R pode ser percorrido por trens de velocidades diferentes
(trens de passageiros, de carga, etc), no Critério Prático (Empírico) qual o principal parâmetro que deve ser
determinado para o cálculo da superelevação? Quais as consequências se adotar o valor deste parâmetro
errado?
O principal parâmetro é a velocidade máxima que o trem percorrerá nas curvas. Ao se adotar um valor errado o trem corre o
risco de tombar para o lado externo da curva ou, no mínimo, provocar sérios desconfortos aos passageiros.
23) Defina Superlargura.
Constitui-se no alargamento da bitola nas curvas para facilitar a inscrição do truque ou reduzir o escorregamento das rodas.
24) Quais os fatores que contribuem para a necessidade da SUPERLARGURA?
Facilidade da rodagem em cone, impedindo ou minimizando o arrastamento da roda externa sobre o trilho, diminuição dos
desgastes e as resistências das curvas, facilidade da inscrição dos truques, redução do escorregamento das rodas
25) Com base na figura representativa do trem em uma curva, descreva como se introduz a Superlargura.
Deve ser introduzida de forma que o eixo da via deve manter o mesmo afastamento da linha de bitola da fiada de trilho externo
que possui na tangente, ou seja, a superlargura é introduzida no trilho interno da curva.
26) Qual a definição de Via Permanente? Quais as partes constituintes de uma via permanente? Diga a função
de cada uma delas.
Via permanente é o conjunto de camadas e elementos que possibilitam a sustentação e o rolamento dos trens em circulação.
É constituída pelo lastro, os dormentes e os trilhos. O lastro tem como função distribuir, convenientemente, sobre a plataforma
os esforços resultantes das cargas dos veículos; formar um suporte, até certo ponto, elástico, atenuando as trepidações
resultantes da passagem dos veículos; impedir os deslocamentos dos dormentes quer no sentido longitudinal, quer no sentido
transversal; facilitar a drenagem da superestrutura. Os dormentes têm como função receber e transmitir ao lastro os esforços
produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de suporte dos trilhos, permitindo sua fixação e mantendo invariável a
distância entre eles. E os trilhos tem como função guiar o veículo no trajeto e dar sustentação ao mesmo.
27) Qual o conceito de Plataforma ou leito de uma ferrovia?
É em princípio, a superfície final resultante de terraplenagem que limita a Infraestrutura. É considerada como suporte da
estrutura da via, da qual recebe, através do lastro, as tensões devidas ao tráfego e também às cargas das demais instalações
necessárias à operação ferroviária.
28) Conceitue Bitola. Informe os tipos de Bitola usadas no Brasil.
Bitola é a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 16 mm, abaixo do plano de rodagem (plano
constituído pela face superior dos trilhos). No Brasil utiliza-se a bitola padrão (bitola larga) de 1,60m e a bitola estreita (métrica)
1,00m.
29) Quais as vantagens e desvantagens de cada tipo de Bitola?
A bitola métrica possui a vantagem de necessitar de curvas de menor raio, menor largura de plataforma, economia de lastro,
material rodante mais barato. Porém, como desvantagem apresenta maior capacidade de trafego, menor velocidade e
necessidade de baldeação nos entroncamentos de outras bitolas.
A bitola larga, por sua vez, possui maior capacidade no transporte de cargas e permitem velocidades maiores do que os outros
tipos de bitolas. Em contrapartida, o custo de implantação desta bitola é maior pois exigem curvas de raio maior que as
demais, necessita de pontes e tuneis com maior gabarito estrutural.
30) A Superestrutura é constituída pela Grade da Via Férrea, Aparelho de Mudança de Via e Fundação da Via
Férrea. Descreva resumidamente cada componente da grade ferroviária, informando a finalidade, tipos
(vantagem e desvantagem) de cada um.
O trilho é o elemento que constitui a superfície de rolamento para as rodas dos veículos ferroviários, servindo-lhes, ao mesmo
tempo, de apoio e guia. Podem ser de duas cabeças, de fenda ou vignole. O trilho de fenda possui uma forma que permite
que o calçamento da rua encoste aos trilhos, sem danificar o pavimento, onde os frisos das rodas correm sobre o canal
existente na cabeça (boleto) do trilho. O trilho vignole é o tipo mais comum, composto pelo boleto, alma e patim.
Talas de junção são duas peças de aço, posicionadas em ambos os lados do trilho, apertadas contra a parte inferior do boleto
e a parte superior do patim, visando estabelecer a continuidade dos trilhos. Podem ser apoiadas ou em balanço em relação
aos dormentes.
Fixações são utilizadas para manter os trilhos corretamente posicionados nos dormentes, evitam que os trilhos sofram
deslocamentos verticais, laterais e longitudinais provocados pelos esforços das rodas dos veículos e pela variação de
temperatura. Podem ser rígidas ou elásticas. As fixações rígidas possuem uma fixação mais solidária com a madeira e
oferece maior resistência ao arrancamento, porém elas afrouxam com o tempo por causa dos impactos e da vibração da via.
As fixações elásticas oferecem desempenho superior, visto que não possuem a tendência de soltar com a passagem dos
veículos, mantendo assim uma pressão constante sobre o trilho.
Retensores são utilizados para evitar a ocorrência de caminhamento longitudinal dos trilhos por causa da dilatação dos trilhos
ou variação da aceleração dos trens.
Dormentes são vigas transversais à via e perpendiculares aos trilhos, servindo de suporte aos trilhos, permitindo sua fixação
e mantendo invariável a distância entre eles (bitola), auxiliando na manutenção do nivelamento correto. Podem ser de
concreto, aço, madeira ou de plástico.
31) Conceitue Lastro. Informe quais as principais funções de um Lastro.
É a camada constituída por material granular que suporta a grade ferroviária composta de trilhos, fixações e dormente; e
envolve os dormentes tanto lateral como longitudinalmente, impedindo sua movimentação nesses dois sentidos.
Suas principais finalidades são distribuir sobre a plataforma (sublastro) os esforços resultantes das cargas dos veículos,
produzindo uma taxa de trabalho menor na Plataforma; formar um suporte atenuando as trepidações da passagem dos
veículos; formar uma superfície contínua e uniforme para os dormentes e trilhos; impedir o deslocamento dos dormentes
(longitudinal e transversal); facilitar a drenagem da superestrutura
32) Quais as qualidades que um Lastro deve ter?
Deve ter suficiente resistência aos esforços transmitidos; possuir elasticidade limitada, para abrandar os choques; ter
dimensões que permitam sua interposição entre os dormentes e o sub-lastro; ser resistente aos agentes atmosféricos; ser
material não absorvente, não poroso e de grãos impermeáveis; não deve produzir pó.
33) Qual o tipo de material mais eficiente para o Lastro? Justifique.
A pedra britada é o mais eficiente, pois é resistente, inalterável pelos agentes atmosféricos e químicos. É permeável e permite
um perfeito nivelamento (socaria) do lastro. É, limitadamente, elástico e não produz poeira
34) Conceitue Dormente. Informe quais as principais funções de um Dormente.
Dormentes são vigas transversais à via e perpendiculares aos trilhos que tem por função, receber e transmitir ao lastro os
esforços produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de suporte dos trilhos, permitindo sua fixação e mantendo invariável
a distância entre eles (bitola).
35) Para a escolha do dormente, quais os principais requisitos que um dormente deve ter? Quais os tipos de
dormentes? Informe as principais vantagens e desvantagens de cada um.
Suas dimensões, no comprimento e na largura, forneçam uma superfície de apoio suficiente para que a taxa de trabalho no
lastro não ultrapasse os limites relativos do material usado; sua espessura lhe dê a necessária rigidez, permitindo, entretanto,
alguma elasticidade. Permita uma boa fixação do trilho; tenha durabilidade (vida útil); permita, a manutenção do lastro -
nivelamento (socaria), na sua base; oponha-se, eficazmente, aos deslocamentos longitudinais e transversais da via;
resistência aos esforços do tráfego com qualquer carga, velocidade ou vibração, aos agentes climáticos e aos danos
causados durante manutenção do lastro.
36) Conceitue Trilho. Informe quais as principais funções de um Trilho.
É o elemento da superestrutura que constitui a superfície de rolamento para as rodas dos veículos ferroviários, servindo-lhes,
ao mesmo tempo, de apoio e guia. Suas principais funções são constituir uma superfície de rolamento dura, lisa e resistente
para o trafego dos veículos, apresentar a menor resistência possível ao rolamento do veiculo, proporcionar a direção dos
veículos ferroviários pela condução da sua roda com friso, suportar os esforços da via em razão do trafego, tais como, carga
por eixo, esforços de aceleração e frenagem, tangencial e os esforços produzidos pela variação de temperatura, transmitir a
carga das rodas para os dormentes, reduzindo as tensões para o lastro e a plataforma, permitir a instalação de circuitos de
trafego ferroviário e do retorno da energia elétrica de tração.
37) Quais as características necessárias para que o trilho exerça suas funções? Até quando um trilho pode ser
usado sem comprometer a segurança da circulação?
É necessário que ele tenha dureza, tenacidade (resistência para romper-se por ação de um choque), elasticidade e
resistência e flexão. O desgaste da altura “e” pode atingir até 12 mm em vias principais e 15 mm em vias secundárias.
38) Quais os principais fatores que aumentam o desgaste dos trilhos? Cite pelo menos três e explique cada um.
Peso dos veículos; Cargas dinâmicas (especialmente cargas em grandes velocidades); Defeitos da via e da plataforma
(aumentam as cargas dinâmicas); Defeitos na composição química dos trilhos; Defeitos no perfil das rodas (existência de
calos); Veículos (em função do tipo de suspensão e defeitos nessa suspensão ou nos eixos); Corrosão.
39) Comente sobre tipos de defeitos no trilho/ falhas recorrentes encontradas no perfil do trilho, especificamente no
boleto.
Perda da área do boleto: a porcentagem de área perdida ou desgastada da seção transversal do boleto comparada com a
área da seção transversal de um trilho novo;
Desgaste lateral: diferença na largura do boleto de um trilho novo e de um trilho desgastado;
Desgaste vertical: diferença de altura do boleto de um trilho novo e de um trilho desgastado;
Desgaste de inclinação: diferença entre a inclinação medida do trilho e a projetada;
Falhas na bitola, que é a distância entre as faces internas dos trilhos medida, normalmente, a 16 mm dos topos dos boletos,
Bitola aberta: valor medido da bitola acima do valor de referência, (Ex. maior que 1.600 mm);
Bitola fechada: valor medido da bitola abaixo do valor de referência.
40) Qual o conceito moderno de manutenção ferroviária?
Nos dias de hoje, a manutenção procura evitar a ocorrência de falhas não previstas.
41) Os três tipos principais de manutenção ferroviária são: Manutenção corretiva, Manutenção preventiva e
Manutenção preditiva. Descreva cada tipo informando suas características, funções e aplicações.
Manutenção corretiva é a atuação para correção de falha ou desempenho menor que o esperado, tem como características o
fato já ocorrido, custos elevados e a extensão de danos pode ser grave.
Manutenção preventiva é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou a queda do desempenho, obedecendo a
um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo, quilometragem, ciclos de produção, etc. Adota-
se quando não for possível a manutenção preditiva, em decorrência dos aspectos de segurança pessoal e operacional
(normalmente substituição de peças), por oportunidade, em equipamentos críticos de difícil liberação operacional ou riscos de
agressão ao meio ambiente.
Manutenção preditiva é a atuação realizada com base em modificações de parâmetros de condição ou desempenho, cujo
acompanhamento obedece a uma sistemática. Tem como premissa que todo componente de um sistema possua uma vida
útil detectável e objetiva prevenir falhas através de acompanhamento.
42) Os parâmetros inspecionados na via permanente podem ser no aspecto geométrico da via ou mecânico.
Pergunta-se:
a) Quais os defeitos geométricos, chamados defeitos da via, mais frequentes? Eles são reversíveis? Comente.
Variações na bitola, variações no nivelamento longitudinal, variações no nivelamento transversal, alinhamento
longitudinal, desgaste vertical ou horizontal dos trilhos, variações na curvatura dos segmentos em curvas.
b) Quais os defeitos mecânicos, relacionados aos componentes da superestrutura, mais frequentes? Comente.
Lastro colmatado ou com capacidade drenante, folgas inadequadas nas juntas, talas de junção quebradas ou com
parafusos soltos, trilhos fissurados ou com corrugação, trilhos com fratura na alma ou patim, empeno na via, existência
de tensões residuais nos trilhos soldados, deficiência na estabilidade dos dormentes.

FONTES DE CONSULTA:
ANTF. Agência Nacional de Transporte Ferroviário. Link: http://www.antf.org.br/index.php/informacoes-do-setor/cronologia-
historica-ferroviaria.
ANTAS, P.M.; VIEIRA, A.; GONÇALO, E.A.; LOPES, L.A.S. Estradas – projeto geométrico e de terraplenagem. 1ª ed.
Editora Interciência, 282 p., 2010.
PAIVA, Cassio Eduardo Lima de – Super e Infraestruturas de Ferrovias: Critérios para Projeto . Rio de Janeiro, Elsevier
Editora Ltda. Campus, 2016.
BRINA, H. L. Estradas de Ferro, Vols. 1 e 2. Editora UFMG. Belo Horizonte / MG. 2ª Edição,1988.
STOPATTO S. Via Permanente Ferroviaria Conceitos e Aplicações. Ed Univ. São Paulo. SP, 1990.
NETO, Camilo Borges, MANUAL DIDÁTICO DE FERROVIAS. Universidade Federal do Paraná - UFPR, Dep. de transportes,
2016.
Revista Ferroviária. Disponível em: <http://www.revistaferroviaria.com.br>.
UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco. Prof. Glauber Carvalho Costa / Prof. Eduardo Oliveira Barros. Notas de Aula,
Disciplina de Ferrovias. Recife, 2016.
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