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Esperamos em Cristo que este trabalho, por singelo que seja, consiga
atingir o fim proposto. Nosso intuito, é que, de forma resumida, contudo
satisfatória, possamos traçar a linha histórica da denominação batista nacional.
Sem sombra de dúvida, este é um conhecimento necessário, pois percebemos
que muitos irmãos em Cristo que congregam em suas respectivas igrejas,
pouco ou nada sabem sobre a doutrina e história da mesma.
Defendemos que deveria haver uma divulgação maior da história das
denominações nas igrejas, dessa forma todos teriam conhecimento melhor de
suas raízes cristãs dentro da denominação, e assim, fortalecer a identidade
denominacional.
Sentiremos-nos deveras satisfeito se um dia algum batista nacional ler
este breve relato e tenha um acréscimo em seus conhecimentos.
Igualmente, as lacunas que podem ser percebidas por aqueles que já
tem um amplo conhecimento do assunto devem-se ao fato de que nosso intuito
não é ser exaustivo e prolixo, além evidentemente da limitação de tempo,
fontes e conhecimentos. A Cristo toda glória!!!
INTRODUÇÃO
Pra que possamos entender bem o que somos hoje é necessário que
saibamos o que fomos ontem e qual foi nossa trajetória para chegar ao hoje.
A denominação batista, tanto a brasileira quanto a nacional é muito
relevante ao cenário evangélico do país.
Teria surgido os batistas dos separatistas ingleses? Ou dos anabatistas?
Ou podemos sustentar que esse povo sempre existiu, desde os tempos de
Jesus?
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A Teoria J. J. J. (Jerusalém-Jordão-João)
Segundo essa teoria o surgimento do povo batista não tem nenhum elo
com a Reforma Protestante em termos históricos. Pelo contrário, os batistas
sempre estiveram presentes na história da igreja, até mesmo em tempos de
grande corrupção da mesma, pois Deus sempre preservou um povo fiel a Ele.
Esse povo, advoga os defensores dessa teoria, eram os batistas. Os batistas
então existem desde muito antes da Reforma, na verdade, teve sua origem nos
tempos de Jesus. Presume-se que o nome batista seja oriundo justamente de
João Batista, que batizava no rio Jordão, e pela forma de imersão como crêem
os batistas.
O problema com essa teoria é que carece de uma linha histórica coesa.
É na realidade, pouco convincente. É bem verdade que em meio aos tempos
difíceis de desvios doutrinário e moral sempre houve aqueles que
permaneceram em conformidade com as Sagradas Escrituras. Porém, rotular
essas pessoas de batistas é injustificável historicamente, para dizer o mínimo.
Das três teorias parece ser a mais simplista e incongruente.
OS BATISTAS NO BRASIL
Batistas Memoráveis
Antônio Teixeira de Albuquerque (1840 – 1887) e José Manoel da
Conceição (1822 – 1873) foram dois homens que se destacaram grandemente
por fazerem oposição ao catolicismo tão predominante em nossa nação.
Herdaram os sentimentos anticatólicos dos missionários norte-americanos e
fizeram oposição verbal e escrita à igreja romana. Os protestantes na época
sofreram oposição não apenas verbal, mas também física.
Zachary Clay Taylor (1850 – 1919), jornalista, editor e escritor, mais
propriamente jornalista e editor que escritor. Sua mais importante contribuição
foi a tradução de “A origem e historia dos batistas”, de S H Ford (1886), pois
ele traduz desse livro a Confissão de Fé de New Haspshire, confissão que viria
a se tornar padrão entre os batistas mesmo sem ser oficializada.
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Controvérsias Teológicas
À partir do início do século XX, houve algumas controvérsias que
refletiam a situação e os problemas que as igrejas batistas brasileiras
enfrentavam. Sempre houve uma luta travada contra o catolicismo. Mas houve
também controvérsias particulares, como a questão do princípio da laicidade do
estado. Podemos dizer que se iniciou devido ao decreto de Getúlio Vargas em
maio de 1931 que colocava, ainda que de modo facultativo, o ensino religioso
em escolas públicas. Pastores e intelectuais batistas se opuseram tomando
como base o princípio batista da separação entre a igreja e o estado.
Entendiam que o ensino religioso na escola pública feria o princípio da
laicidade do estado. O assunto foi amplamente discutido no “Jornal Batista”.
Houve uma controvérsia mais administrativa que teológica, nas décadas
de 20 a 40, era a tomada de consciência de que os brasileiros eram capazes
de administrar os negócios da denominação no Brasil sem a interferência dos
batistas norte-americanos. Tal controvérsia, porém, não causou uma ruptura
com a tradição norte-americana.
Através da imprensa periódica foi discutida com os presbiterianos a
questão do batismo, se o batismo conforme a Bíblia é por imersão ou
aspersão. Os batistas, logicamente, entendiam ser por imersão, enquanto os
presbiterianos por aspersão, posições teológicas que permanecem na íntegra
em nossos dias.
A Ceia do Senhor também foi discutida, externa e internamente. A
maioria dos batistas entendia que a ceia deveria ser ministrada apenas aos da
denominação, “ceia restrita”, embora não tenha se tornado uma prática
uniforme. É lamentável que ainda hoje haja quem defenda tal posição.
A discussão em torno da perseverança dos santos foi travada,
principalmente, por Robert Bratcher, através do Jornal Batista, e W. C. Taylor,
por meio de livros. Bratcher defendia a perca da salvação, à partir da Epístola
aos Hebreus. Taylor, por sua vez, defendia a eleição segundo a doutrina
calvinista. Desse embate teológico, Taylor saiu vitorioso, e tornou-se dogma
para os batistas de então que salvação não se perde. Bratcher se viu obrigado
a deixar o Brasil.
A controvérsia teológica mais importante da história batista com certeza
foi sobre a questão do batismo com o Espírito Santo. Provocou o único racha
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O lamentável racha
Depois de muita discussão e brigas internas na denominação, a
Convenção Batista Brasileira designa uma comissão de treze dos seus mais
influentes pastores para estudar e apresentar um trabalho analisando o
pentecostalismo à luz das Escrituras, para que assim a denominação pudesse
tomar uma decisão final sobre as igrejas que vinham aderindo a Renovação
Espiritual. Esta comissão, conhecida como Comissão dos 13, deveria trabalhar
com o seguinte critério: três defenderiam Renovação Espiritual; José Rego do
Nascimento, Aquiles Barbosa e Enéas Tognini; três contra Renovação
Espiritual; Harald Schaly, Delcyr de Souza Lima e Reinaldo Purim; e sete para
julgar; João Filson Soren, David Mein, Werner Kaschel, José dos Reis Pereira,
David Gomes e Thurman Bryant, presididos por Rubens Lopes. Enéas Tognini,
em seu livro “História dos batistas nacionais” alega que o critério acima
estabelecido não foi seguido, no final todos os que não estavam a favor de
Renovação acabaram julgando. Ademais, nem Enéas Tognini, nem José do
Rego puderam levar adiante seus trabalhos devido a outras atividades. Segue
a seguir alguns parágrafos, na íntegra, da “Declaração Final da Comissão dos
Treze”.
1. “A crença no batismo no Espírito Santo como uma segunda bênção,
ou seja, como uma segunda etapa na vida cristã, ou seja, ainda, como uma
nova experiência posterior à conversão, não encontra base nas Escrituras.”.
Referencia Bibliografia
AZEVEDO, Israel Belo de – A celebração do indivíduo: a formação do
pensamento batista brasilerio. São Paulo: Vida Nova, 2004.
Historia dos Batistas <http://teologiaevida.blogspot.com/2011/01/historia-dos-
batistas-nacionais.html-> Visitado em 16/8/18, as 10:50h.
Manual Básico dos Batistas Nacionais. 2ªed. 1986, Convenção Batista
Nacional, Brasília – D. F.
TOGNINI, Enéas – História dos batistas nacionais. 2ª ed. 1993, Convenção
Batista Nacional, Brasília – D. F..