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C HHISSTÓR
LINGUAGENS
IAN
S CRIA
CÓ
E CÓDIGOS
CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA
HUMANAS NATUREZA
M T MATEMÁTICA
R.P . A . - F U V E S T
r a m a d a A n u a l
Revisão Prog
CARO ALUNO
Bons estudos!
Herlan Fellini
ÍNDICE
L C LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 7
LITERATURA 19
INGLÊS 29
REDAÇÃO 35
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA 67
GEOGRAFIA 1 75
GEOGRAFIA 2 87
FÍSICA 1 127
FÍSICA 2 135
FÍSICA 3 145
QUÍMICA 1 157
QUÍMICA 2 167
QUÍMICA 3 177
LINGUAGENS, CÓDIGOS
e sua s t e c n o l o g i a s
Fuvest - Gramática, Literatura,
e Interpretação de Texto
Fuvest - Inglês
GRAMÁTICA
7
Leia o texto a seguir para responder à ques- 6. (Fuvest) No contexto do cartum, a presença
tão 4. de numerosos animais de estimação permi-
te que o juízo emitido pela personagem seja
Evidentemente, não se pode esperar que
considerado:
Dostoiévski seja traduzido por outro Dos-
a) incoerente.
toiévski, mas desde que o tradutor procure
b) parcial.
penetrar nas peculiaridades da linguagem
c) anacrônico.
primeira, aplique-se com afinco e faça com
d) hipotético.
que sua criatividade orientada pelo origi-
e) enigmático.
nal permita, paradoxalmente, afastar-se
do texto para ficar mais próximo deste, um Leia o texto a seguir para responder à ques-
passo importante será dado. Deixando de tão 7.
lado a fidelidade mecânica, frase por frase,
tratando o original como um conjunto de Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma
blocos a serem transpostos, e transgredin- vingança contra a cidade dos ricos. Mas os
do sem receio, quando necessário, as nor- ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de
mas do “escrever bem”, o tradutor pode- vacinas? Era um pobre deus das florestas
rá trazê-lo com boa margem de fidelidade d’África. Um deus dos negros pobres. Que po-
para a língua com a qual está trabalhando. dia saber de vacinas? Então a bexiga desceu
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia. e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu
pôde fazer foi transformar a bexiga de ne-
4. (Fuvest 2017) Tendo em vista que algumas gra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim
das recomendações do autor, relativas à prá- mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas
tica da tradução, fogem do senso comum, Omolu dizia que não fora o alastrim que ma-
pode-se qualificá-las com o seguinte termo, tara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com
de uso relativamente recente: o alastrim marcar seus filhinhos negros. O
a) dubitativas. lazareto é que os matava. Mas as macumbas
b) contraintuitivas. pediam que ele levasse a bexiga da cidade,
c) autocomplacentes. levasse para os ricos latifundiários do ser-
d) especulativas. tão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de
e) aleatórias. terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O
Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os
Examine este cartum para responder às ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
questões 5 e 6.
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos
negros não o esqueçam avisa no seu cântico
de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas
macumbas, numa noite de mistério da Bahia,
Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira
e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi
com ele.
Jorge Amado, Capitães da areia.
1
lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário
de pessoas atingidas por determinadas doenças
5. (Fuvest) Para obter o efeito de humor pre-
sente no cartum, o autor se vale, entre ou-
tros, do seguinte recurso: 7. (Fuvest) Das propostas de substituição para
a) utilização paródica de um provérbio de uso os trechos sublinhados nas seguintes frases
corrente. do texto, a única que faz, de maneira ade-
b) emprego de linguagem formal em circuns- quada, a correção de um erro gramatical pre-
tâncias informais. sente no discurso do narrador é:
c) representação inverossímil de um convívio a) “Assim mesmo morrera negro, morrera po-
pacífico de cães e gatos. bre.”: havia morrido negro, havia morrido
d) uso do grotesco na caracterização de seres pobre.
humanos e de animais. b) “Mas Omolu dizia que não fora o alastrim
e) inversão do sentido de um pensamento bas- que matara.”: Omolu dizia, no entanto, que
tante repetido. não fora.
8
c) “Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de 9. (Fuvest) Nos trechos “acabou com o primei-
terra, mas não sabiam tampouco da vaci- ro setor” (ref. 1) e “alcançar praticamente o
na.”: mas tão pouco sabiam da vacina. controle do setor” (ref. 2), a palavra subli-
d) “Mas para que seus filhos negros não o es- nhada refere-se, respectivamente, a:
queçam [...].”: não lhe esqueçam. a) aliados; população.
e) “E numa noite que os atabaques batiam nas
b) adversários; telecomunicações.
macumbas [...].”: numa noite em que os
c) população; residências urbanas.
atabaques.
d) maiorias; classe média.
Leia o texto a seguir para responder às ques- e) repressão; facilidades de crédito.
tões 8 e 9.
Leia o texto a seguir para responder à ques-
A ARMA DA PROPAGANDA tão 10.
O governo Médici não se limitou à repressão. O OPERÁRIO NO MAR
Distinguiu claramente entre um setor signi-
ficativo, mas minoritário da sociedade, ad- Na rua passa um operário. Como vai firme!
versário do regime, e a massa da população Não tem blusa. No conto, no drama, no dis-
que vivia um dia a dia de alguma esperança curso político, a dor do operário está na sua
nesses anos de prosperidade econômica. A blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas,
repressão 1acabou com o primeiro setor, en- nos pés enormes, nos desconfortos enormes.
quanto a propaganda encarregou-se de, pelo Esse é um homem comum, apenas mais es-
menos, neutralizar gradualmente o segundo. curo que os outros, e com uma significação
Para alcançar este último objetivo, o governo estranha no corpo, que carrega desígnios e
contou com o grande avanço das telecomu- segredos. Para onde vai ele, pisando assim
nicações no país, após 1964. As facilidades tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás.
de crédito pessoal permitiram a expansão do Adiante é só o campo, com algumas árvores,
número de residências que possuíam televi- o grande anúncio de gasolina americana e os
são: em 1960, apenas 9,5% das residências fios, os fios, os fios. O operário não lhe so-
urbanas tinham televisão; em 1970, a por- bra tempo de perceber que eles levam e tra-
centagem chegava a 40%. Por essa época, be- zem mensagens, que contam da Rússia, do
neficiada pelo apoio do governo, de quem se Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na
transformou em porta-voz, a TV Globo expan- Câmara dos Deputados, o líder oposicionis-
diu-se até se tornar rede nacional e 2alcançar ta vociferando. Caminha no campo e apenas
praticamente o controle do setor. A propagan- repara que ali corre água, que mais adian-
da governamental passou a ter um canal de te faz calor. Para onde vai o operário? Teria
expressão como nunca existira na história do vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe
país. A promoção do “Brasil grande potência” que não é, nunca foi meu irmão, que não
foi realizada a partir da Assessoria Especial nos entenderemos nunca. E me despreza...
de Relações Públicas (AERP), criada no gover- Ou talvez seja eu próprio que me despreze
no Costa e Silva, mas que não chegou a ter a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de
importância nesse governo. Foi a época do encará-lo: uma fascinação quase me obriga a
“Ninguém segura este país”, da marchinha pular a janela, a cair em frente dele, sustar-
Prá Frente, Brasil, que embalou a grande vi- -lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que
tória brasileira na Copa do Mundo de 1970. suste a marcha. Agora está caminhando no
Boris Fausto, História do Brasil (Adaptado). mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de
alguns santos e de navios. Mas não há ne-
8. (Fuvest) A frase que expressa uma ideia con- nhuma santidade no operário, e não vejo
tida no texto é: rodas nem hélices no seu corpo, aparente-
a) A marchinha “Prá Frente, Brasil” também mente banal. Sinto que o mar se acovardou
contribuiu para o processo de neutralização e deixou-o passar. Onde estão nossos exérci-
da grande massa da população. tos que não impediram o milagre? Mas agora
b) A repressão no governo Médici foi dirigida a vejo que o operário está cansado e que se
um setor que, além de minoritário, era tam- molhou, não muito, mas se molhou, e peixes
bém irrelevante no conjunto da sociedade escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e
brasileira.
me dirige um sorriso úmido. A palidez e con-
c) O tricampeonato de futebol conquistado pelo
Brasil em 1970 ajudou a mascarar inúmeras fusão do seu rosto são a própria tarde que se
dificuldades econômicas daquele período. decompõe. Daqui a um minuto será noite e
d) Uma característica do governo Médici foi ter estaremos irremediavelmente separados pe-
conseguido levar a televisão à maioria dos las circunstâncias atmosféricas, eu em terra
lares brasileiros. firme, ele no meio do mar. Único e precário
e) A TV Globo foi criada para ser um veículo agente de ligação entre nós, seu sorriso cada
de divulgação das realizações dos governos vez mais frio atravessa as grandes massas
militares.
9
líquidas, choca-se contra as formações sali- Leia o texto a seguir para responder à ques-
nas, as fortalezas da costa, as medusas, atra- tão 12.
vessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-
V – O SAMBA
-me uma esperança de compreensão. Sim,
quem sabe se um dia o compreenderei? À direita do terreiro, adumbra-se* na escuri-
dão um maciço de construções, ao qual às ve-
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo.
zes recortam no azul do céu os trêmulos vis-
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
10. (Fuvest) Dentre estas propostas de substi- (...)
tuição para diferentes trechos do texto, a É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome
única que não está correta do ponto de vista que tem um grande pátio cercado de senza-
da norma padrão é: las, às vezes com alpendrada corrida em vol-
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, ta, e um ou dois portões que o fecham como
(...)? praça d’armas.
b) “O operário não lhe sobra tempo de perce- Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo
ber” = Ao operário não lhe sobra tempo de chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan-
perceber. çam os pretos o samba com um frenesi que
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = toca o delírio. Não se descreve, nem se ima-
Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão. gina esse desesperado saracoteio, no qual
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” = todo o corpo estremece, pula, sacode, gira,
Tenho vergonha e vontade de o encarar. bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” = Tudo salta, até os crioulinhos que esper-
quem sabe um dia compreenderei-o. neiam no cangote das mães, ou se enrolam
nas saias das raparigas. Os mais taludos vi-
11. (Fuvest) Examine a figura. ram cambalhotas e pincham à guisa de sapos
em roda do terreiro. Um desses corta jaca
no espinhaço do pai, negro fornido, que não
sabendo mais como desconjuntar-se, atirou
consigo ao chão e começou de rabanar como
um peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til.
(*) adumbra-se = delineia-se, esboça-se
10
4.
Boris Schnaiderman defende a ideia de que locução adverbial).
é necessário evitar a transposição mecâni-
11. Ao analisar a figura, percebem-se a proibição
ca do texto original e arranjar soluções para
de sentimentos, na placa de sinalização de
que o texto final respeite o mais fielmente
trânsito, e a apatia dos homens, retratados
possível a mensagem do escritor. Assim, e
de forma idêntica pelas ruas.
porque essa tese escapa ao senso comum das
traduções convencionais, pode ser classifica- 12. Todos os itens são corretos, pois:
da como contraintuitiva. I. existe construção de sentenças em que o
sujeito é colocado após o verbo para valo-
5.
A frase que acompanha a imagem contraria
rizar algum termo em detrimento de ou-
o modo de ver da sociedade que, comumen-
tro, como em “adumbra-se na escuridão
te, associa a adoção de animais domésticos a
um maciço de construções” e “dançam os
uma reação natural de casais que não podem
pretos o samba”, entre outros;
ter filhos, ou seja, o humor é instaurado por- II. expressões como “frenesi que toca o delí-
que o cartum inverte o sentido de um pensa- rio”, “desesperado saracoteio”, “o corpo
mento bastante repetido. estremece, pula, sacode, gira, bamboleia”
6.
A presença de numerosos animais de estima- intensificam a ideia de movimento; e
ção no ambiente permite que a opinião da III. predominam, no texto, os verbos no pre-
personagem seja considerada parcial, pois sente histórico, recurso empregado para
corresponde ao modelo que adotou para a sugerir a atualidade dos fatos narrados e,
sua forma de viver. dessa forma, causar mais impacto.
7.
A única frase que corrige corretamente a
frase original do discurso do narrador que
contém erro gramatical é a [E], pois o pro- Gabarito
nome relativo “que” deve ser precedido da
preposição “em”: “numa noite em que os 1. D 2. C 3. B 4. B 5. E
atabaques”.
6. B 7. E 8. A 9. B 10. E
8.
O texto de Boris Fausto enfatiza a importân-
cia da propaganda como arma de manipula- 11. D 12. E
ção das massas durante o governo Médici,
que soube aproveitar o grande avanço das te-
lecomunicações para se promover através da
divulgação da imagem do Brasil como grande
potência.
9.
O termo “repressão” permite associar o vo-
cábulo “setor” da primeira ocorrência a “ad-
versário do regime”, assim como a referên-
cia à preponderância da TV Globo no painel
das redes televisivas liga o termo da segunda
ocorrência a “telecomunicações”.
10. [A] está correta segundo a norma padrão,
pois o verbo “ir” exige preposição “a” ou
“para”; a substituição, portanto, é válida.
[B] está correta segundo a norma padrão,
uma vez que a substituição emprega o objeto
indireto pleonástico: o pronome pessoal do
caso oblíquo “lhe” tem como referente “ao
operário”.
[C] está correta segundo a norma padrão,
pois o verbo “chamar”, no sentido de “no-
mear” pode apresentar tanto a transitivida-
de direta quanto a indireta.
[D] também segue a norma padrão, pois o
verbo no infinitivo aceita a próclise, caso
seja precedido de preposição.
[E] não segue a norma padrão, pois, ape-
sar de o verbo estar conjugado no futuro (o
que obrigaria o emprego da mesóclise), há
ocorrência de partícula atrativa (“um dia”:
11
Prática dos o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
12
II. Em seu sentido literal, o segundo expres- Na verdade, deve-se revisar aquela antiga
sa costumes peculiares dos húngaros. frase. É vivendo e __________ . Não falo
III. A observação das diferenças de expressão daquelas 13coisas que deixamos de fazer
entre esses provérbios pode, segundo o porque não temos mais as condições fí-
pensamento do autor, ter interesse etno- sicas e a coragem de antigamente, como
gráfico. subir em bonde andando – mesmo porque
Está correto apenas o que se afirma em: 14
não há mais bondes andando. Falo da sa-
a) I. bedoria desperdiçada, das 10artes que nos
b) II. abandonaram. Algumas até úteis. Quem
c) III. nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro
d) I e II. de garoto para acertar em algum alvo con-
e) I e III. temporâneo, bem no olho, e depois sair
correndo? Eu já.
4. (Fuvest) No texto, a função argumentativa Luís F. Veríssimo. Comédias para se ler na escola.
do provérbio “Da vida nada se leva” é ex-
pressar uma filosofia de vida contrária à que
está presente em “vintém poupado, vintém 5. (Fuvest) Considere as seguintes substitui-
ganhado”. Também é contrário a esse último ções propostas para diferentes trechos do
provérbio o ensinamento expresso em: texto:
a) Mais vale pão hoje do que galinha amanhã. I. “o número a que chegasse” (ref.11) = o
b) A boa vida é mãe de todos os vícios. número a que alcançasse.
c) De grão em grão a galinha enche o papo. II. “Lembro o orgulho” (ref.12) = Recordo-
d) Devagar se vai ao longe. -me do orgulho.
e) É melhor prevenir do que remediar. III. “coisas que deixamos de fazer” (ref.13) =
coisas que nos descartamos.
Leia o texto a seguir para responder às ques- IV. “não há mais bondes” (ref.14) = não
tões 5 a 7. existe mais bondes.
VIVENDO E... A correção gramatical está preservada ape-
nas no que foi proposto em:
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Du-
a) I.
vido que se hoje pegasse uma bola de gude
b) II.
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo
c) III.
indicador sobre a unha do polegar, quanto
d) II e IV.
mais jogá-la com a 1precisão que tinha quan-
e) I, III e IV.
do era garoto. (...)
Juntando-se as duas mãos de um determi-
nado jeito, com os polegares para dentro, e 6. (Fuvest) A palavra que o cronista omite no
assoprando pelo buraquinho, tirava-se um título, substituindo-a por reticências, ele
silvo bonito que inclusive variava de tom a emprega no último parágrafo, na posi-
conforme o posicionamento das mãos. Hoje ção marcada com pontilhado. Tendo em
não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a 2fór- vista o contexto, conclui-se que se trata
mula de fazer cola caseira. Algo envolvendo da palavra:
farinha e água e 3muita confusão na cozi- a) desanimando.
nha, de onde éramos expulsos sob ameaças. b) crescendo.
Hoje não sei mais. A gente começava a con- c) inventando.
tar depois de ver um relâmpago e 11o núme- d) brincando.
ro a que chegasse quando ouvia a trovoada, e) desaprendendo.
multiplicado por outro número, dava a 4dis-
tância exata do relâmpago. Não me lembro 7. (Fuvest) Um dos contrastes entre passado e
mais dos números. (...) presente que caracterizam o desenvolvimen-
12
Lembro o orgulho com que consegui, pela to do texto manifesta-se na oposição entre
primeira vez, cuspir corretamente pelo espa- as seguintes expressões:
ço adequado entre os dentes de cima e a pon- a) “precisão” (ref.1) / “fórmula” (ref.2).
ta da língua de modo que o cuspe ganhasse b) “muita confusão” (ref.3) / “distância exata”
distância e pudesse ser mirado. Com prática, (ref.4).
conseguia-se controlar a 5trajetória elíptica c) “trajetória elíptica” (ref.5) / “mínima mar-
da cusparada com uma 6mínima margem de gem de erro” (ref.6).
erro. Era 7puro instinto. Hoje o mesmo feito d) “puro instinto” (ref.7) / “complicados cálcu-
requereria 8complicados cálculos de balísti- los” (ref.8).
ca, e eu provavelmente só acertaria a frente e) “habilidade perdida” (ref.9) / “artes que nos
da minha camisa. Outra 9habilidade perdida. abandonaram” (ref.10).
13
Leia o texto a seguir para responder às ques- c) A norma-padrão condena o uso de “essa”,
tões 8 a 10. no trecho “essa opinião”, pois, nesse caso, o
A essência da teoria democrática é a su- correto seria usar “esta”.
pressão de qualquer imposição de classe, d) A vírgula empregada no trecho “e a difusão
fundada no postulado ou na crença de que desses conhecimentos, a mais completa” in-
os conflitos e problemas humanos – econô- dica que, aí, ocorre a elipse de um verbo.
micos, políticos, ou sociais – são solucio- e) O pronome sublinhado em “que os tornem”
náveis pela educação, isto é, pela coope- tem como referente o substantivo “termos”.
ração voluntária, mobilizada pela opinião
Leia o texto a seguir para responder às ques-
pública esclarecida. Está claro que essa
tões 11 e 12.
opinião pública terá de ser formada à luz
dos melhores conhecimentos existentes e, ATA
assim, a pesquisa científica nos campos Acredito que o mau tempo haja concorrido
das ciências naturais e das chamadas ciên- para que os sabadoyleanos* hoje não estives-
cias sociais deverá se fazer a mais ampla, sem na casa de José Mindlin, em São Paulo,
a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão gozando das delícias do cuscuz paulista aqui
desses conhecimentos, a mais completa, a amavelmente prometido. Depois do almoço,
mais imparcial e em termos que os tornem visita aos livros dialogantes, na expressão de
acessíveis a todos. Drummond, não sabemos se no rigoroso sis-
Anísio Teixeira. Educação é um direito (Adaptado). tema de vigilância de Plínio Doyle, mas de
qualquer forma com as gentilezas das reuni-
ões cariocas. Para o amigo de São Paulo as sau-
8. (Fuvest) No trecho “chamadas ciências so- dações afetuosas dos ausentespresentes, que
ciais”, o emprego do termo “chamadas” indica neste instante todos nos voltamos para o seu
que o autor: palácio, aquele que se iria desvestir dos ares
a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não aristocráticos para receber camaradescamente
uma análise crítica da sociedade. os descamisados da Rua Barão de Jaguaribe.
b) considera utópicos os objetivos dessas ciên- Guarde, amigo Mindlin, para breve o cuscuz
cias. da tradição bandeirante, que hoje nos con-
c) prefere a denominação “teoria social” à de- formamos com os biscoitos à la Plínio Doyle.
nominação “ciências sociais”. Rio, 20-11-1976.
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ci- Signatários: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto
ências. de Mendonça Teles, Plínio Doyle e outros.
e) utiliza com reserva a denominação “ciências Cartas da biblioteca Guita e José Mindlin (Adaptado).
sociais”. * “sabadoyleanos”: frequentadores do sabadoyle,
nome dado ao encontro de intelectuais, especialmente
escritores, realizado habitualmente aos sábados, na casa
9. (Fuvest) De acordo com o texto, a sociedade do bibliófilo Plínio Doyle, situada no Rio de Janeiro.
será democrática quando:
a) sua base for a educação sólida do povo, rea-
lizada por meio da ampla difusão do conhe- 11. (Fuvest) As expressões “ares aristocráticos”
cimento. e “descamisados” relacionam-se, respectiva-
b) a parcela do público que detém acesso ao mente:
conhecimento científico e político passar a a) aos “sabadoyleanos” e a Plínio Doyle.
controlar a opinião pública. b) a José Mindlin e a seus amigos cariocas.
c) a opinião pública se formar com base tan- c) a “gentilezas” e a “camaradescamente”.
to no respeito às crenças religiosas de todos d) aos signatários do documento e aos amigos
quanto no conhecimento científico. de São Paulo.
d) a desigualdade econômica for eliminada, e) a “reuniões cariocas” e a “tradição bandei-
criando-se, assim, a condição necessária rante”.
para que o povo seja livremente educado.
e) a propriedade dos meios de comunicação e 12. (Fuvest) Da leitura do texto, depreende-se
difusão do conhecimento se tornar pública. que:
a) o anfitrião carioca, embora gentil, é cioso de
10. (Fuvest) Dos seguintes comentários linguís- sua biblioteca.
ticos sobre diferentes trechos do texto, o b) o anfitrião paulista recebeu com honrarias
único correto é: os amigos cariocas, que visitaram a sua bi-
a) Os prefixos das palavras “imposição” e “im- blioteca.
parcial” têm o mesmo sentido. c) os cariocas não se sentiram à vontade na
b) As palavras “postulado” e “crença” foram casa do paulista, a qual, na verdade, era uma
usadas no texto como sinônimas. mansão.
14
d) os cariocas preferiram ficar no Rio de Janei- 15. (Fuvest) Depreende-se do texto que uma de-
ro, embora a recepção em São Paulo fosse terminada língua é um:
convidativa. a) conjunto de variedades linguísticas, dentre
e) o fracasso da visita dos cariocas a São Paulo as quais uma alcança maior valor social e
abalou a amizade dos bibliófilos. passa a ser considerada exemplar.
b) sistema de signos estruturado segundo as
Leia o texto a seguir para responder às ques- normas instituídas pelo grupo de maior
tões 13 a 15. prestígio social.
Todas as variedades linguísticas são estru- c) conjunto de variedades linguísticas cuja
turadas, e correspondem a sistemas e sub- proliferação é vedada pela norma culta.
sistemas adequados às necessidades de seus d) complexo de sistemas e subsistemas cujo
usuários. Mas o fato de estar a língua forte- funcionamento é prejudicado pela heteroge-
mente ligada à estrutura social e aos siste- neidade social.
mas de valores da sociedade conduz a uma e) conjunto de modalidades linguísticas, den-
avaliação distinta das características das tre as quais algumas são dotadas de normas
suas diversas modalidades regionais, sociais e outras não o são.
e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, Para responder à questão 16, leia o seguin-
embora seja uma entre as muitas variedades te trecho de uma entrevista concedida pelo
de um idioma, é sempre a mais prestigio- ministro do Supremo Tribunal Federal, Joa-
sa, porque atua como modelo, como norma, quim Barbosa.
como ideal linguístico de uma comunidade.
Do valor normativo decorre a sua função co- ENTREVISTADOR: — O protagonismo do STF
ercitiva sobre as outras variedades, com o dos últimos tempos tem usurpado as funções
que se torna uma ponderável força contrária do Congresso?
à variação. ENTREVISTADO: — Temos uma Constituição
Celso Cunha. Nova gramática do português muito boa, mas excessivamente detalhista,
contemporâneo (Adaptado).
com um número imenso de dispositivos e,
por isso, suscetível a fomentar interpreta-
13. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações ções e toda sorte de litígios. Também temos
sobre os quatro períodos que compõem o tex- um sistema de jurisdição constitucional,
to: talvez único no mundo, com um rol enorme
I. Tendo em vista as relações de sentido de agentes e instituições dotadas da prerro-
constituídas no texto, o primeiro período gativa ou de competência para trazer ques-
estabelece uma causa cuja consequência tões ao Supremo. É um leque considerável de
aparece no segundo período. interesses, de visões, que acaba causando a
II. O uso de orações subordinadas, tal como intervenção do STF nas mais diversas ques-
ocorre no terceiro período, é muito co- tões, nas mais diferentes áreas, inclusive
mum em textos dissertativos. dando margem a esse tipo de acusação. Nos-
III. Por formarem um parágrafo tipicamente sas decisões não deveriam passar de duzen-
dissertativo, os quatro períodos se orga- tas, trezentas por ano. Hoje, são analisados
nizam em uma sequência constituída de cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma
introdução, desenvolvimento e conclusão. insanidade.
IV. O procedimento argumentativo do texto Veja, 15/06/2011.
é dedutivo, isto é, vai do geral para o
particular. 16. (Fuvest) Tendo em vista o contexto, a pala-
Está correto apenas o que se afirma em: vra do texto que sintetiza o teor da acusação
a) I e II. referida na entrevista é:
b) I e III. a) “usurpado”.
c) III e IV. b) “detalhista”.
d) I, II e IV. c) “fomentar”.
e) II, III e IV. d) “litígios”.
e) “insanidade”.
14. (Fuvest) De acordo com o texto, em relação
às demais variedades do idioma, a língua pa- Leia o texto a seguir para responder à ques-
drão se comporta de modo: tão 17.
a) inovador. Não era e não podia o pequeno reino lusita-
b) restritivo. no ser uma potência colonizadora à feição
c) transigente. da antiga Grécia. O surto marítimo que en-
d) neutro. che sua história do século XV não resultara
e) aleatório. do extravasamento de nenhum excesso de
15
população, mas fora apenas provocado por Por um feliz acaso logo nos primeiros dias
uma burguesia comercial sedenta de lucros, de viagem adoeceram dois marinheiros; cha-
e que não encontrava no reduzido território mou-se o médico; ele fez tudo o que sabia...
pátrio satisfação à sua desmedida ambição. Sangrou os doentes, e em pouco tempo esta-
A ascensão do fundador da Casa de Avis ao vam bons, perfeitos. Com isto ganhou imen-
trono português trouxe esta burguesia para sa reputação, e começou a ser estimado.
um primeiro plano. Fora ela quem, para se Chegaram com feliz viagem ao seu destino;
livrar da ameaça castelhana e do poder da tomaram o seu carregamento de gente, e vol-
nobreza, representado pela Rainha Leonor taram para o Rio. Graças à 5lanceta do nos-
Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa so homem, nem um só negro morreu, o que
lusitana. Era ela, portanto, quem devia me- muito contribuiu para aumentar-lhe a sólida
recer do novo rei o melhor das suas atenções. reputação de entendedor do riscado.
Esgotadas as possibilidades do reino com as Manuel Antônio de Almeida, Memórias
pródigas dádivas reais, restou apenas o re- de um sargento de milícias.
curso da expansão externa para contentar os
insaciáveis companheiros de D. João I. 18. (Fuvest) Das seguintes afirmações acerca de
Caio Prado Júnior. Evolução política do Brasil (Adaptado). diferentes elementos linguísticos do texto, a
única correta é:
17. (Fuvest) Infere-se da leitura desse texto que a) A expressão sublinhada em “para curar a gen-
Portugal não foi uma potência colonizadora te a bordo” (ref.1) deve ser entendida como
como a antiga Grécia, porque seu: pronome de tratamento de uso informal.
a) peso político-econômico, apesar de grande b) A fórmula de tratamento (ref.2) com que o
para o século, não era comparável ao dela. barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom
b) interesse, diferentemente do dela, não era cerimonioso do início do diálogo.
conquistar o mundo.
c) O destaque gráfico da palavra “muito” (ref.3)
c) aparato bélico, embora considerável para a
época, não era comparável ao dos gregos. produz um efeito de sentido que é reforçado
d) objetivo não era povoar novas terras, mas pelas reticências.
comercializar produtos nelas obtidos. d) O pronome possessivo usado nos trechos
e) projeto principal era consolidar o próprio “saiu o nosso homem” (ref.4) e “lanceta do
reino, libertando-se do domínio espanhol. nosso homem” (ref.5) configura o chamado
plural de modéstia.
Leia o texto a seguir para responder às ques- e) A palavra “fortuna”, tal como foi empregada
tões 18 e 19. (ref.6), pode ser substituída por “bens”, sem
prejuízo para o sentido.
Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente
quando tem pouco que fazer; começou por-
tanto a puxar conversa com o freguês. Foi a 19. (Fuvest) Para expressar um fato que seria
sua salvação e fortuna. consequência certa de outro, pode-se usar o
O navio a que o marujo pertencia viajava pretérito imperfeito do indicativo em lugar
para a Costa e ocupava-se no comércio de do futuro do pretérito, como ocorre na se-
negros; era um dos combóis que traziam for- guinte frase:
necimento para o Valongo, e estava pronto a) “era um dos combóis que traziam forneci-
a largar. mento para o Valongo”.
— Ó mestre! disse o marujo no meio da con- b) “você estava bem bom, se quisesse ir co-
versa, você também não é sangrador? nosco”.
— Sim, eu também sangro... c) “Pois já não disse que sabe também san-
— Pois olhe, você estava bem bom, se quises- grar?”.
se ir conosco... para curar 1a gente a bordo; d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal
morre-se ali que é uma praga. a médico de navio negreiro”.
— 2Homem, eu da cirurgia não entendo e) “logo nos primeiros dias de viagem adoece-
3
muito... ram dois marinheiros”.
— Pois já não disse que sabe também sangrar?
— Sim... Leia o texto a seguir para responder às ques-
— Então já sabe até demais. tões 20 e 21.
No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela A questão racial parece um desafio do pre-
barra fora: a 6fortuna tinha-lhe dado o meio, sente, mas trata-se de algo que existe desde
cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de há muito tempo.
barbeiro dava um salto mortal a médico de Modifica-se ao acaso das situações, das for-
navio negreiro; restava unicamente saber mas de sociabilidade e dos jogos das forças
fazer render a nova posição. Isso ficou por sociais, mas reitera-se continuamente, mo-
sua conta. dificada, mas persistente.
16
Esse é o enigma com o qual se defrontam 22. (Fuvest) No terceiro parágrafo do texto, a ex-
uns e outros, intolerantes e tolerantes, dis- pressão que indica, de modo mais evidente, o
criminados e preconceituosos, segregados e distanciamento social do segundo interlocu-
arrogantes, subordinados e dominantes, em tor em relação às pessoas a que se refere é:
todo o mundo. Mais do que tudo isso, a ques- a) “disposição para o trabalho”.
tão racial revela, de forma particularmente b) “vibração empreendedora”.
evidente, nuançada e estridente, como fun- c) “feição muito particular”.
ciona a fábrica da sociedade, compreenden- d) “saindo para trabalhar”.
do identidade e alteridade, diversidade e e) “dessa gente”.
desigualdade, cooperação e hierarquização,
dominação e alienação. 23. (Fuvest) Os interlocutores do diálogo contido
Octavio Ianni. Dialética das relações sociais. no texto compartilham o pressuposto de que:
Estudos avançados, n. 50, 2004. a) cidades são geralmente feias, mas interes-
santes.
20. (Fuvest) Conforme o texto, na questão ra- b) o empreendedorismo faz de São Paulo uma
cial, o funcionamento da sociedade dá-se a bonita cidade.
ver de modo: c) La Paz é tão feia quanto São Paulo.
a) concentrado. d) São Paulo é uma cidade feia.
b) invertido. e) São Paulo e Bogotá são as cidades mais feias
c) fantasioso. do mundo.
d) compartimentado.
e) latente. 24. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
conhecer a todos os reinos e províncias da
21. (Fuvest) Segundo o texto, a questão racial Europa, o tabaco o tem feito muito afamado
configura-se como “enigma”, porque: em todas as quatro partes do mundo, em as
a) é presa de acirrados antagonismos sociais. quais hoje tanto se deseja e com tantas di-
b) tem origem no preconceito, que é de nature- ligências e por qualquer via se procura. Há
za irracional. pouco mais de cem anos que esta folha se
c) encobre os interesses de determinados es- começou a plantar e beneficiar na Bahia [...]
tratos sociais. e, desta sorte, uma folha antes desprezada
d) parece ser herança histórica, mas surge na e quase desconhecida tem dado e dá atual-
contemporaneidade. mente grandes cabedais aos moradores do
e) muda sem cessar, sem que, por isso, seja su- Brasil e incríveis emolumentos aos Erários
perada. dos príncipes.
ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
suas drogas e minas. São Paulo: Edusp, 2007 (Adaptado).
Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 22 e 23. O texto acima, escrito por um padre italiano
em 1711, revela que:
Já na segurança da calçada, e passando por a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior
um trecho em obras que atravanca nossos ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar.
passos, lanço à queima-roupa: b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do
— Você conhece alguma cidade mais feia do que ocorria com outros produtos, era dire-
que São Paulo? cionado à metrópole.
— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, c) não se pode exagerar quanto à lucratividade
deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a ca- propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do
pital da Bolívia, que me pareceu bem feia. tabaco, desde seu início, era maior.
Dizem que Bogotá é muito feiosa também, d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple-
mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral, namente o potencial econômico de suas co-
é feia, mas as pessoas têm uma disposição lônias americanas.
para o trabalho aqui, uma vibração empreen- e) a economia colonial foi marcada pela simul-
dedora, que dá uma feição muito particular taneidade de produtos, cuja lucratividade se
à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver relacionava com sua inserção em mercados
as pessoas saindo para trabalhar é algo que internacionais.
me toca. Acho emocionante ver a garra dessa
gente.
R. Moraes; R. Linsker. Estrangeiros em casa:
uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.
National Geographic Brasil (Adaptado).
17
Gabarito
1. B 2. A 3. E 4. A 5. B
6. E 7. D 8. E 9. A 10. D
11. B 12. A 13. E 14. B 15. A
16. A 17. D 18. C 19. B 20. A
21. E 22. E 23. D 24. E
18
LITERATURA
19
b) mistura do sério e do cômico, de que resulta uma abordagem humorística das questões mais cruciais.
c) ampla liberdade do texto em relação aos ditames da verossimilhança.
d) emprego de uma linguagem que evita chamar a atenção sobre si mesma, apagando-se, assim, por de-
trás da coisa narrada.
e) uso frequente de gêneros intercalados – por exemplo, cartas ou bilhetes, historietas etc. – embutidos
no conjunto da obra global.
20
a) I, apenas. comunidade da região de Minas Gerais, no
b) II, apenas. contexto do século XVIII.
c) II e III, apenas.
6.
Assim como em Claro enigma, a “volta ao
d) I e III, apenas.
passado” também aparece no percurso de
e) I,IIeIII.
outros modernistas. Destacam-se as obras
poéticas de Oswald de Andrade e de Mário
6. (Fuvest) Um aspecto do poema em que se de Andrade, respectivamente ligados ao An-
manifesta a persistência de um valor afir- tropofagismo e aos estudos culturais sobre
mado também no Modernismo da década de o Barroco mineiro. No âmbito da pintura,
1920 é o: temos as obras de Tarsila do Amaral, expon-
a) destaque dado às características regionais. do uma estética primitivista, reveladora da
b) uso da variante oral popular da linguagem. vontade de redescobrir o passado e funda-
c) elogio do sincretismo religioso. mentar uma verdadeira ideia de Brasil.
d) interesse pelo passado da arte no Brasil.
e) delineamento do poema em feitio de oração.
Gabarito
Raio X 1. B 2. E 3. D 4. A 5. E
1.
O trecho retirado do poema de Manuel Ban- 6. D
deira evidencia, num primeiro momento, o
fato de que a obra Iracema, de José de Alen-
car, possui uma construção narrativa bastan-
te lírica, poemática. Num segundo momen-
to, enfatiza que, para além do caráter lírico
(poema menos), a obra possui uma composi-
ção mitificadora.
2.
No conto “A hora e vez de Augusto Matraga“,
o destino do personagem o direciona para as
obrigações religiosas (no intuito de alcançar
os céus); no entanto, os deveres de honra,
de não admitir certas desforras, é algo que
também conduz a vida desse personagem.
3.
A opção [D] apresenta exatamente o oposto
ao que acontece no estilo machadiano e es-
pecificamente com o narrador de Memórias
póstumas de Brás Cubas. De fato, o enredo
adquire importância secundária para que a
linguagem irônica e ambígua do enunciador
se constitua na representação tácita da hipo-
crisia social.
4.
Na obra de Eça de Queirós, A cidade e as ser-
ras, comprova-se a tese de que as comodida-
des provenientes do progresso e da civiliza-
ção, assim como a erudição e a riqueza, não
são, só por si, fatores que satisfaçam exis-
tencialmente o indivíduo. Jacinto de Tormes
troca o mundo civilizado da cidade de Paris
pelo mundo natural da Quinta de Tormes e
encontra ali a síntese da felicidade: contato
com a natureza aliado ao uso da tecnologia
apenas essencial.
5.
Como característica do Barroco, no caso o
Barroco mineiro, a arquitetura do período
preza pelo rebuscamento e ornamentação,
no intuito de envolver e encantar o públi-
co. Além disso, a estética sacra revela forte
influência cultural e social da igreja sobre a
21
Prática dos c) combater frontalmente e sem concessões as
atitudes dos homens, que considera confu-
22
5. (Fuvest) Leia o trecho de Machado de Assis 7. (Fuvest) Comparando-se as concepções rela-
sobre Iracema, de José de Alencar, e respon- tivas à natureza presentes no excerto de Gui-
da ao que se pede. marães Rosa com as que se manifestam nos
“__________ é o ciúme e o valor marcial; poemas de Alberto Caeiro, verifica-se que em
__________, a austera sabedoria dos anos; Rosa, __________, ao passo que, em Caeiro,
Iracema, o amor. No meio destes caracteres __________ .
distintos e animados, a amizade é simboli- Mantida a sequência, as lacunas podem
zada em __________ . Entre os indígenas, ser preenchidas corretamente pelo que
a amizade não era este sentimento, que à está em:
força de civilizar-se, tornou-se raro; nascia a) a observação da natureza provoca um desejo
da simpatia das almas, avivava-se com o de nomeação e até de invenção linguística /
perigo, repousava na abnegação recíproca; o ideal seria o de que os elementos da na-
__________ e __________ são os dois amigos tureza valessem por si mesmos, sem nome
da lenda, votados à mútua estima e ao mú- nenhum.
tuo sacrifício.” b) a natureza é pura exterioridade, desprovida
de alma / ela é um ente animado, dotado de
Machado de Assis, Crítica.
interioridade e personalidade.
No trecho, as lacunas serão corretamente c) a natureza vale por seus aspectos estéticos e
simbólicos / ela tem valor prático e utilitá-
preenchidas, respectivamente, pelos nomes
rio, ou seja, é valorizada na medida em que,
das seguintes personagens de Iracema: transformada pela técnica, serve para suprir
a) Caubi; Jacaúna; Araquém; Araquém; Martim. as necessidades humanas.
b) Martim; Irapuã; Poti; Caubi; Martim. d) a relação com a natureza é pessoal e até ín-
c) Poti; Araquém; Japi; Martim; Japi. tima / a natureza apresenta caráter hostil e,
d) Araquém; Caubi; Irapuã; Irapuã; Poti. mesmo, ameaçador.
e) Irapuã; Araquém; Poti; Poti; Martim. e) a natureza é misteriosa e indecifrável / ela
é portadora de uma mensagem mística que o
Leia o texto a seguir para responder às ques- homem deve decifrar servindo-se dos instru-
tões 6 a 8. mentos da Razão.
Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o
ileso gume do vocábulo pouco visto e menos 8. (Fuvest) Devo registrar aqui uma alegria. É
ainda ouvido, raramente usado, melhor fora que a moça num aflitivo domingo sem fa-
se jamais usado. Porque, diante de um gra- rofa teve uma inesperada felicidade que
vatá, selva moldada em jarro jônico, dizer-se era inexplicável: no cais do porto viu um
apenas drimirim ou amormeuzinho é justo; arco-íris. Experimentando o leve êxtase,
e, ao descobrir, no meio da mata, um ange- ambicionou logo outro: queria ver, como
lim que atira para cima cinquenta metros de uma vez em Maceió, espocarem mudos
tronco e fronde, quem não terá ímpeto de fogos de artifício. Ela quis mais porque
criar um vocativo absurdo e bradálo – Ó co- É MESMO UMA VERDADE QUE QUANDO SE
lossalidade! – na direção da altura? DÁ A MÃO, ESSA GENTINHA QUER TODO O
(João Guimarães Rosa. São Marcos. In: Sagarana.) RESTO, O ZÉ-POVINHO SONHA COM FOME
DE TUDO. E QUER MAS SEM DIREITO AL-
prisco = antigo, relativo a tempos remotos GUM, POIS NÃO É?
gravatá = planta da família das bromeliáceas
(Clarice Lispector, A hora da estrela.)
23
Leia o texto a seguir para responder às ques- — Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi
tões 9 e 10. pena ele ter ido s'embora? Eu tinha fé em
que acabava com a doença...
— Primo Argemiro!
— Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de che-
E, com imenso trabalho, ele gira no assento,
gar e de ir s'embora outra vez... Agora é a
conseguindo pôr-se de-banda, meio assim.
minha cova que está me chamando... Aí é
Primo Argemiro pode mais: transporta uma
que eu quero ver! Nenhumas ruindades des-
perna e se escancha no cocho.
te mundo não têm poder de segurar a gente
— Que é, Primo Ribeiro?
p'ra sempre, Primo Argemiro...
— Lhe pedir uma coisa... Você faz?
— Escuta Primo Ribeiro: se alembra de
— Vai dizendo, Primo.
quando o doutor deu a despedida p'ra o povo
— Pois então, olha: quando for a minha hora
do povoado? Foi de manhã cedo, assim como
você não deixe me levarem p'ra o arraial...
agora... O pessoal estava todo sentado nas
Quero ir mais é p'ra o cemitério do povoa-
portas das casas, batendo queixo. Ele ajun-
do... Está desdeixado, mas ainda é chão de
tou a gente... Estava muito triste... Falou: –
Deus... Você chama o padre, bem em-antes...
“Não adianta tomar remédio, porque o mos-
E aquelas coisinhas que estão numa capan-
quito torna a picar... Todos têm de se, mudar
ga bordada, enroladas em papel-de-venda e
daqui... Mas andem depressa pelo amor de
tudo passado com cadarço, no fundo da ca-
Deus!“ – ... – Foi no tempo da eleição de seu
nastra... Se rato não roeu... Você enterra jun-
Major Vilhena... Tiroteio com três mortes...
to comigo... Agora eu não quero mexer lá...
— Foi seis meses em-antes-de ela ir
Depois tem tempo... Você promete?... s'embora...
— Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O De branco a mais branco, olhando espantado
senhor ainda vai durar mais do que eu. para o outro, Primo Argemiro se perturbou.
— Eu só quero saber é se você promete... Agora está vermelho, muito.
— Pois então, se tiver de ser desse jeito de Desde que ela se foi, não falaram mais no
que Deus não há-de querer, eu prometo. seu nome. Nem uma vez. Era como se não
— Deus lhe ajude, Primo Argemiro. tivesse existido. E, agora...
E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ain- João Guimarães Rosa. Sarapalha. In: Sagarana.
da mais a cara.
Quem sabe se ele não vai morrer mesmo?
9. (Fuvest) Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai...
Primo Argemiro tem medo do silêncio.
Não cantes fora de hora ai, ai, ai...
— Primo Ribeiro, o senhor gosta d'aqui?...
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai...
— Que pergunta! Tanto faz... É bom p'ra se
Coitado de quem namora!...
acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de
um ano... Você lembra? Esta quadrinha é a epígrafe do conto Sarapa-
— Lembro! Doutor apessoado, engraçado... lha. Ela aponta para o clímax da estória que
Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças se dá por ocasião:
lá deles, de olhos fechados, só pela toada da a) da eleição de seu major Vilhena: tiroteio
cantiga... Disse que não era das frutas e nem com três mortes.
da água... Que era o mosquito que punha um b) da confissão de Argemiro e sua expulsão da
bichinho amaldiçoado no sangue da gente... casa de Ribeiro.
Ninguém não acreditou... Nem o arraial. Eu c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e
estive lá com ele... despedida dos primos.
— Primo Argemiro o que adianta... d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata
— ...E então ele ficou bravo, pois não foi? em respeito ao primo.
Comeu goiaba, comeu melancia da beira do e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com
rio, bebeu água do Pará e não teve nada... o boiadeiro.
— Primo Argemiro...
— ...Depois dormiu sem cortinado, com ja- 10. (Fuvest) João Guimarães Rosa, em Sagarana,
nela aberta... Apanhou a intermitente; mas permite ao leitor observar que:
o povo ficou acreditando... a) explora o folclórico do sertão.
— Escuta! Primo Argemiro... Você está falan- b) em episódios muitas vezes palpitantes sur-
do de-carreira, só para não me deixar falar! preende a realidade nos mais leves pormeno-
— Mas, então, não fala em morte Primo Ri- res e trabalha a linguagem com esmero.
beiro!... Eu, por nada que não queria ver o c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro.
senhor se ir primeiro do que eu... d) é muito sutil na apresentação do cotidiano
— P'ra ver!... Esta carcaça bem que está banal do jagunço.
aguentando... Mas, agora, já estou vendo o e) é intimista hermético.
meu descanso, que está chega-não-chega, na
horinha de chegar...
24
11. (Fuvest) Considere a seguinte afirmação: E assim, pouco a pouco, se foram reforman-
Ambas as obras criticam a sociedade, mas do todos os seus hábitos singelos de aldeão
apenas a segunda milita pela subversão da português: e Jerônimo abrasileirou-se. (...)
hierarquia social nela representada. E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo
Observada a sequência, essa afirmação apli- nos usos e costumes brasileiros, tanto mais
ca-se a: os seus sentidos se apuravam, 10posto que
a) A cidade e as serras e Capitães da areia. em detrimento das suas forças físicas. Ti-
b) Vidas secas e Memórias de um sargento de nha agora o ouvido menos grosseiro para a
milícias. música, compreendia até as intenções ,poé-
c) O cortiço e Iracema. ticas dos sertanejos, quando cantam à viola
d) Auto da barca do inferno e A cidade e as serras. os seus amores infelizes; seus olhos, dantes
e) Iracema e Memórias de um sargento de milí- só voltados para a esperança de tornar à ter-
cias. ra, agora, como os olhos de um marujo, que
se habituaram aos largos horizontes de céu
e mar, já se não revoltavam com a turbulenta
12. (Fuvest) Um escritor classificou Vidas secas
luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-
como “romance desmontável“, tendo em -se amplamente defronte 11dos maravilhosos
vista sua composição descontínua, feita de despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras
episódios relativamente independentes e sem fim, donde, de espaço a espaço, surge um
sequências parcialmente truncadas. Essas monarca gigante, que o sol veste de ouro e ri-
características da composição do livro: cas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam
a) constituem um traço de estilo típico dos ro- de alvos turbantes de cambraia, num luxo
mances de Graciliano Ramos e do Regionalis- oriental de arábicos príncipes voluptuosos.
mo nordestino. Aluísio Azevedo, O cortiço.
b) indicam que ele pertence à fase inicial de
Graciliano Ramos, quando este ainda seguia 13. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações,
os ditames do primeiro momento do Moder- relacionadas ao excerto de O cortiço:
nismo. I. O sol, que, no texto, se associa fortemen-
c) diminuem o seu alcance expressivo, na me- te ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo
dida em que dificultam uma visão adequada
que percorre o livro como manifestação
da realidade sertaneja.
da natureza tropical e, em certas passa-
d) revelam, nele, a influência da prosa seca e
lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões. gens, representa o princípio masculino
e) relacionam-se à visão limitada e fragmen- da fertilidade.
tária que as próprias personagens têm do II. A visão do Brasil expressa no texto mani-
mundo. festa a ambiguidade do intelectual brasi-
leiro da época em que a obra foi escrita, o
Leia o texto a seguir para responder às ques- qual acatava e rejeitava a sua terra, dela
tões 13 a 19. se orgulhava e envergonhava, nela con-
fiava e dela desesperava.
Passaram-se semanas. Jerônimo tomava ago-
ra, todas as manhãs, uma xícara de café bem III. O narrador aceita a visão exótico-român-
grosso, à moda da Ritinha, e 1tragava dois tica de uma natureza (brasileira) pode-
dedos de parati 2“pra cortar a friagem”. rosa e transformadora, reinterpretando-a
Uma 3transformação, lenta e profunda, em chave naturalista.
operava-se nele, dia a dia, hora a hora, Aplica-se ao texto o que se afirma em:
4
reviscerando-lhe o corpo e 5alando-lhe os a) I, somente.
sentidos, num 6trabalho misterioso e surdo b) II, somente.
de crisálida. A sua energia afrouxava len- c) II e III, somente.
tamente: fazia-se contemplativo e amoro- d) I e III, somente.
so. A vida americana e a natureza do Brasil e) I, II e III.
7
patenteavam-lhe agora aspectos imprevis-
tos e sedutores que o comoviam; esquecia- 14. (Fuvest) Ao comparar Jerônimo com uma
-se dos seus primitivos sonhos de ambição, crisálida, o narrador alude, em linguagem
para idealizar felicidades novas, picantes e literária, a fenômenos do desenvolvimento
violentas; 8tornava-se liberal, impreviden- da borboleta, por meio das seguintes expres-
te e franco, mais amigo de gastar que de sões do texto:
guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos I. “transformação, lenta e profunda”
prazeres, e volvia-se preguiçoso, 9resignan- (ref.3);
do-se, vencido, às imposições do sol e do II. “reviscerando” (ref.4);
calor, muralha de fogo com que o espírito III. “alando” (ref.5);
eternamente revoltado do último tamoio IV. “trabalho misterioso e surdo” (ref.6).
entrincheirou a pátria contra os conquista-
dores aventureiros.
25
Tais fenômenos estão corretamente indica- 18. (Fuvest) Os costumes a que adere Jerônimo
dos em: em sua transformação, relatada no excerto,
a) I, apenas. têm como referência, na época em que se
b) I e II, apenas. passa a história, o modo de vida:
c) III e IV, apenas. a) dos degredados portugueses enviados ao
d) II, III e IV, apenas. Brasil sem a companhia da família.
e) I, II, III e IV. b) dos escravos domésticos, na região urbana
da corte, durante o Segundo Reinado.
15. (Fuvest) Um traço cultural que decorre da c) das elites produtoras de café, nas fazendas
presença da escravidão no Brasil e que está opulentas do vale do Paraíba fluminense.
implícito nas considerações do narrador do d) dos homens livres pobres, particularmente
excerto é a: em região urbana.
a) desvalorização da mestiçagem brasileira. e) dos negros quilombolas, homiziados em re-
b) promoção da música a emblema da nação. fúgios isolados e anárquicos.
c) desconsideração do valor do trabalho.
d) crença na existência de um caráter nacional
19. (Fuvest) No trecho “dos maravilhosos despe-
brasileiro.
nhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem
e) tendência ao antilusitanismo.
fim, donde, de espaço a espaço, surge um
monarca gigante” (ref.11), o narrador tem
16. (Fuvest) Destes comentários sobre os tre- como referência:
chos sublinhados, o único que está correto é: a) a chapada dos Guimarães, anteriormente co-
a) “tragava dois dedos de parati” (ref.1): ex- berta por vegetação de cerrado.
pressão típica da variedade linguística pre-
b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora re-
dominante no discurso do narrador.
b) “pra cortar a friagem” (ref.2): essa expressão vestidos por exuberante floresta tropical.
está entre aspas, no texto, para indicar que c) a chapada Diamantina, então coberta por
se trata do uso do discurso indireto livre. florestas de araucárias.
c) “patenteavam-lhe agora aspectos imprevis- d) a serra do Mar, que abrigava originalmente a
tos” (ref.1): assume o sentido de “registra- densa mata Atlântica.
vam oficialmente”. e) a serra da Borborema, caracterizada, no pas-
d) “posto que em detrimento das suas forças fí- sado, pela vegetação da caatinga.
sicas” (ref.10): equivale, quanto ao sentido,
a “desde que em favor”. 20. (Fuvest) Nesse livro, ousadamente, var-
e) “tornava-se (...) imprevidente” (ref.8) e riam-se de um golpe o sentimentalismo
“resignando-se (...) às imposições do sol”
superficial, a fictícia unidade da pessoa
(ref.9): trata-se do mesmo prefixo, apresen-
humana, as frases piegas, o receio de cho-
tando, portanto, idêntico sentido.
car preconceitos, a concepção do predomí-
nio do amor sobre todas as outras paixões;
17. (Fuvest) O papel desempenhado pela perso- afirmava-se a possibilidade de construir
nagem Ritinha (Rita Baiana), no processo um grande livro sem recorrer à natureza,
sintetizado no excerto, assemelha-se ao da desdenhava-se a cor local; surgiram afinal
personagem: homens e mulheres, e não brasileiros (no
a) Iracema, do romance homônimo, na medida sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas,
em que ambas simbolizam o poder de sedu-
e, finalmente, mas não menos importante,
ção da terra brasileira sobre o português que
aqui chegava. patenteava-se a influência inglesa em lugar
b) Vidinha, de Memórias de um sargento de da francesa.
milícias, tendo em vista que uma e outra Lúcia Miguel-Pereira. História da Literatura Brasileira
– Prosa de ficção – de 1870 a 1920 (Adaptado).
constituem fatores decisivos para o desen-
caminhamento de personagens masculinas O livro a que se refere a autora é:
anteriormente bem orientadas.
a) Memórias de um sargento de milícias.
c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a
baiana, também lança mão de seus encantos b) Til.
femininos para obter ascensão social. c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois am- d) O cortiço.
bas representam a simplicidade natural das e) A cidade e as serras.
mulheres do campo, em oposição à beleza
artificiosa das mulheres das cidades. Leia o texto a seguir para responder à ques-
e) Dora, de Capitães da areia, na medida em tão 21.
que ambas são responsáveis diretas pela re- — Pois, Grilo, agora realmente bem podemos
generação física e moral de seus respectivos dizer que o sr. D. Jacinto está firme.
pares amorosos. O Grilo arredou os óculos para a testa, e
26
levantando para o ar os cinco dedos em curva verdes são cada vez mais sobrepostas, mas,
como pétalas de uma tulipa: num sobressalto, o tronco da amoreira ainda
— Sua Excelência brotou! se afirma, debatendo-se. Tal é a vida. […]
Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele Os olhos de Sem-Medo ficaram abertos, con-
ressequido galho da Cidade, plantado na Ser- templando o tronco já invisível do gigante
ra, pegara, chupara o húmus do torrão her- que para sempre desaparecera no seu ele-
dado, criara seiva, afundara raízes, engros- mento verde.
sara de tronco, atirara ramos, rebentara em Pepetela, Mayombe.
flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre,
dando frutos, derramando sombra. E abriga-
dos pela grande árvore, e por ela nutridos, 22. (Fuvest) Considerando-se o excerto no con-
cem 1casais em redor o bendiziam. texto de Mayombe, os paralelos que nele são
Eça de Queirós, A cidade e as serras. estabelecidos entre aspectos da natureza e
1
casal: pequena propriedade rústica; pequeno povoado. da vida humana podem ser interpretados
como uma:
a) reflexão relacionada ao próprio Comandante
21. (Fuvest) O teor das imagens empregadas no Sem-Medo e a seu dilema característico entre
texto para caracterizar a mudança pela qual a valorização do indivíduo e o engajamento
passara Jacinto indica que a causa principal em um projeto eminentemente coletivo.
dessa transformação foi:
b) caracterização flagrante da dificuldade de
a) o retorno à sua terra natal.
aceder ao plano do raciocínio abstrato, típi-
b) a conversão religiosa.
ca da atitude pragmática do militante revo-
c) o trabalho manual na lavoura.
lucionário.
d) a mudança da cidade para o campo.
c) figuração da harmonia que reina no mundo
e) o banimento das inovações tecnológicas.
natural, em contraste com as dissensões que
caracterizam as relações humanas, notada-
Observe a imagem e leia o texto a seguir
mente nas zonas urbanizadas.
para responder à questão 22.
d) representação do juízo do Comissário a res-
peito da manifesta incapacidade que tem
o Comandante Sem-Medo de ultrapassar o
dogmatismo doutrinário.
e) crítica esclarecida à mentalidade animista
– que tende a personificar os elementos da
natureza – e ao tribalismo, ainda muito di-
fundidos entre os guerrilheiros do Movimen-
to Popular de Libertação de Angola (MPLA).
27
24. (Fuvest) Mayombe refere-se a uma região
montanhosa em Angola, dominada por flo-
resta pluvial densa, rica em árvores de gran-
de porte, e localizada em área de baixa la-
titude (4° 40’S). Levando em conta essas
características geográficas e vegetacionais, é
correto afirmar que:
a) esse tipo de vegetação predomina na maior
parte do continente africano, circundando
áreas de savana e deserto.
b) se trata da única floresta pluvial sobre áreas
montanhosas, pois esse tipo de floresta não
ocorre em outras áreas do mundo.
c) a vegetação da região é semelhante à da flo-
resta encontrada, no Brasil, na mesma faixa
latitudinal.
d) nessa mesma faixa latitudinal, no Brasil, há
regiões áridas, de altas altitudes, em que
predominam ervas rasteiras.
e) tais florestas pluviais só ocorrem no hemis-
fério sul, devido ao regime de chuvas e às
altas temperatura.
Gabarito
1. D 2. A 3. C 4. E 5. E
6. E 7. A 8. E 9. B 10. B
11. A 12. E 13. E 14. E 15. C
16. B 17. A 18. D 19. D 20. C
21. D 22. A 23. D 24. C
28
INGLÊS
Prescrição: A prova de Língua Inglesa da Fuvest exige que o candidato saiba interpre-
tar textos publicitários, científicos e, sobretudo, jornalísticos, acompanhados ou não de
imagens.
29
workplace desires were to have paid health
insurance, retirement benefits and paid time Raio X
off for holidays, vacation and sick days – all
perks of full-time workers. Respondents also 1.
O texto coloca “Female mosquitoes bite
expressed interest in having more chances for humans because they need the protein found
advancement, education sponsorship, disability in our blood to produce eggs. […]). If the
insurance and human-relations support. mosquito bites someone with dengue – and
Because respondents were recruited rather then, after the virus’s roughly eight – to
than randomly selected, the survey does not 12 – day replication period, bites someone
claim to be representational but a conclusion else – it passes dengue into its next victim’s
one may come to is that flexibility of new bloodstream” (os mosquitos fêmeas picam
jobs comes with a cost. Not all workers are os seres humanos porque eles precisam da
prepared for that! proteína encontrada em nosso sangue para
SFChronicle.com and SFGate.com, May 20, 2015. Adaptado. produzir ovos […]. Se o mosquito pica alguém
com dengue – e então, depois do período de
replicação do vírus de aproximadamente 8
3. (Fuvest) Segundo o texto, empresas do tipo a 12 dias, pica mais alguém – o mosquito
“on-demand”: transmite a dengue para a corrente
a) têm pouco contato com seus prestadores de sanguínea da próxima vítima).
serviços, o que dificulta o estabelecimento
de planos de carreira. 2.
O texto coloca “There is no vaccine against
b) são intermediárias entre usuários e pres- dengue, but infecting mosquitoes with a
tadores de serviços acionados por meio de natural bacterium called Wolbachia blocks the
aplicativos. insects’ ability to pass the disease to humans.
c) remuneram abaixo do mercado seus presta- The microbe spreads among both male and
dores de serviços. female mosquitoes: infected females lay
d) exigem dos prestadores de serviços um nú-
eggs that harbor the bacterium, and when
mero mínimo de horas trabalhadas por dia.
e) estão crescendo em número, mas são critica- Wolbachia-free females mate with infected
das pela qualidade de seus serviços. males, their eggs simply do not hatch” (não
há nenhuma vacina contra a dengue, mas
infectar mosquitos com uma bactéria natural
4. (Fuvest) Outro resultado da mesma pesquisa
chamada Wolbachia bloqueia a habilidade dos
indica que:
insetos de passarem a doença aos humanos.
a) grande parte dos trabalhadores em empresas
O micróbio se espalha tanto entre mosquitos
“on-demand” não pensa em ter um registro
formal de trabalho. machos quanto fêmeas: as fêmeas infectadas
b) nem todos os trabalhadores em empresas botam ovos que possuem a bactéria e quando
“on-demand” estão preparados para arcar as fêmeas sem a Wolbachia cruzam com
com o custo de sua flexibilidade no trabalho. machos infectados, seus ovos simplesmente
c) muitos dos entrevistados que prestam servi- não eclodem).
ços nas empresas “on-demand” também têm
um trabalho formal. 3.
O texto coloca “On-demand, often called the
d) vários dos entrevistados buscam o trabalho sharing economy, refers to companies that let
“on-demand” por conta do status que ele users summon workers via smartphone apps
proporciona. to handle all manner of services...” (On-
e) as vantagens de um emprego formal são me- demand, em geral chamadas de economia
nores se comparadas com as vantagens en- do compartilhamento, refere-se a empresas
volvidas no trabalho “on-demand”. que permitem que os usuários convoquem
trabalhadores por meio de aplicativos de
5. (Fuvest) Um dos resultados da pesquisa re- smartphones para lidar com vários tipos de
alizada com prestadores de serviços de em- serviços...).
presas do tipo “on-demand” mostra que es- 4.
O texto coloca “...flexibility of new jobs comes
ses trabalhadores: with a cost. Not all workers are prepared
a) consideram a flexibilidade do horário de tra- for that!” (...a flexibilidade de novos
balho o ponto alto de sua opção profissional. empregos vem com um custo. Nem todos os
b) pagam seus próprios seguros-saúde e planos trabalhadores estão prontos pra isso).
de aposentadoria.
c) investem no seu aprimoramento profissional 5.
O texto coloca “...it found that their top
para obter melhores ganhos no futuro. workplace desires were to have paid health
d) têm a opção de tirar férias quando desejarem, insurance, retirement benefits and paid time
com o apoio das empresas e dos familiares. off for holidays, vacation and sick days – all
e) desejam ter os mesmos benefícios sociais perks of full-time workers” (ele [o estudo]
que trabalhadores assalariados. descobriu que seus maiores desejos [dos
30
trabalhadores de empresas on-demand]
eram de ter seguro de saúde, benefícios de Prática dos
aposentadoria, férias, feriados e licenças
médicas remunerados – todos privilégios de conhecimentos - E.O.
trabalhadores de tempo integral).
Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 1 a 3.
Gabarito
1. A 2. D 3. B 4. B 5. E
31
2. (Fuvest) De acordo com o texto, a pesquisa d) uma cidade como São Paulo será pequena se
mencionada pode comparada a outras no ano de 2050.
a) colaborar para a compreensão de nossas ati- e) os países em desenvolvimento estão lidando
tudes frente a novas tarefas. melhor com a questão do êxodo rural do que
b) ajudar pessoas que possuem diversos distúr- os países desenvolvidos.
bios mentais, ainda pouco conhecidos.
c) ajudar pessoas que, normalmente, são muito 5. (Fuvest) De acordo com o texto:
distraídas e desorganizadas. a) a população rural crescerá na mesma propor-
d) colaborar para a compreensão do modo como ção que a população urbana nos próximos 20
enxergamos o mundo. anos.
e) colaborar para a compreensão do que ocor- b) a população, nas cidades, chegará a mais de
re no cérebro de pessoas com problemas de 6 bilhões de pessoas até 2050.
atenção. c) a expansão de cidades como São Paulo é um
exemplo do crescimento global.
3. (Fuvest) Segundo estudo publicado no Jour- d) a cidade de São Paulo cresceu seis vezes
nal of Neuroscience, mencionado no texto, mais, na última década, do que o previsto
a) nossa busca pela realização de tarefas diver- por especialistas.
sas aumenta o número de pulsações elétricas e) o crescimento maior da população em cen-
produzidas pelo cérebro. tros urbanos ocorrerá em países desenvolvidos.
b) os neurocientistas estão estudando como,
sem grande esforço, conseguimos focalizar Leia o texto a seguir para responder às ques-
uma coisa de cada vez. tões 6 e 7.
c) as pulsações elétricas produzidas pelo cére-
bro são intensas e constantes.
d) nosso cérebro reduz sua reação a estímulos
que são menos relevantes para a tarefa a ser
realizada, mantendo o foco.
e) o tipo de resposta que nosso cérebro fornece
frente a novas tarefas ainda é uma questão a
ser respondida pelos pesquisadores.
32
was the first wave of a proletarian revolution “One year of schooling gives you about 10
was confounded by decades of flourishing percent lower mortality rates, whereas with
capitalism and 1968 did more to change a 10 percent increase in GDP, your mortality
sex than politics. Even now, though, the rate would go down only by 1 to 2 percent.”
inchoate significance of 2013 is discernible. Discover, May 31, 2013. Adaptado.
And for politicians who want to peddle the
same old stuff, news is not good.
8. (Fuvest) No texto, ao se comparar o México
The Economist, June 29, 2013. Adaptado.
aos Estados Unidos, afirma-se que, no México:
a) o produto interno bruto é equivalente a 50%
6. (Fuvest) Segundo o texto, os protestos de do produto interno bruto dos Estados Uni-
2013, em diversos lugares do mundo: dos.
a) vêm perdendo força por falhas de organiza- b) os índices de mortalidade adulta vêm cres-
ção. cendo, nos últimos anos.
b) questionam a atuação dos lobbies nas rei- c) as mulheres representam 50% da população-
vindicações das diversas classes sociais. escolarizada.
c) condenam a corrupção e outros comporta- d) as políticas educacionais são insuficientes e
mentos inadequados da classe política. estão defasadas.
d) resultam de motivações econômicas preci- e) as taxas de mortalidade feminina adulta são
sas. pouco superiores às norte-americanas.
e) têm poucos aspectos em comum.
9. (Fuvest) O argumento central do texto é o de
7. (Fuvest) Ao comparar os protestos de 2013 que níveis mais altos de escolaridade estão
com movimentos políticos passados, afirma- diretamente relacionados a:
-se, no texto, que: a) índices mais baixos de mortalidade.
a) nem sempre esses movimentos expressam b) crescimento econômico acentuado.
anseios coletivos. c) mais empregos para as mulheres.
b) as crenças de Marx se confirmaram, mesmo d) menores taxas de natalidade.
após 1848. e) melhorias nos serviços de saúde.
c) as revoltas de 1968 causaram grandes mu-
danças políticas. 10. (Fuvest) De acordo com o texto, “about 10
d) não se sabe se os protestos de 2013 mudarão percent lower mortality rates” é resultado de :
o mundo. a) “10 percent increase in GDP”.
e) mudanças de costumes foram as principais b) “child mortality reductions”.
consequências de movimentos passados. c) “equivalent per capita GDP”.
d) “economic growth”.
Leia o texto a seguir para responder às ques- e) “one year of schooling”.
tões 8 a 10.
Gabarito
To live the longest and healthiest life
possible, get smarter. Institute for Health
Metrics and Evaluation (IHME) data show
that past a certain threshold, health and 1. B 2. E 3. D 4. C 5. B
wealth are just weakly correlated. However,
overall health is closely tied to how many 6. C 7. D 8. E 9. A 10. E
years people spend in school. Mexico, for
instance, has a fifth the per capita gross
domestic product (GDP) of the United States,
but, for women, more than 50 percent of the
latter’s schooling.
In line with the trend, Mexico’s female
adult mortality rate is only narrowly higher.
Vietnam and Yemen have roughly equivalent
per capita GDP. Yet Vietnamese women
average 6.3 more years in school and are half
as likely to die between the ages of 15 and
60. “Economic growth is also significantly
associated with child mortality reductions,
but the magnitude of the association
is much smaller than that of increased
education,” comments Emmanuela Gakidou,
IHME’s director of education and training.
33
REDAÇÃO
Fuvest
Critérios de correção
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textual, ou seja, a correta
articulação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a capacidade do candidato de relacionar os
argumentos e organizá-los de forma a deles extrair conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o
planejamento e a construção significativa do texto. Devem-se evitar contradições entre frases ou parágrafos,
falta de encadeamento das ideias, circularidade ou quebra da progressão argumentativa, uso de argumentação
baseada apenas no senso comum e falta de conclusão ou conclusões que não decorram do que foi previamen-
te exposto. Quanto à coesão, serão verificados, entre outros, o estabelecimento de relações semânticas entre
partes do texto e o uso adequado de conectivos.
35
Pontuação dos critérios
§§ Para cada um dos três aspectos, cada avaliador atribuirá, independentemente, pontuação de 1 a 5.
§§ Quando os pontos atribuídos pelos dois avaliadores a um determinado aspecto divergirem em 1 ponto, valerá
a média das duas notas. Se a discrepância entre os dois avaliadores exceder 1 ponto em qualquer dos três
aspectos, a redação será objeto de terceira avaliação por banca designada para esse fim. Caberá a essa banca
decidir qual das duas notas é a mais adequada ou se cabe atribuir uma terceira nota, diversa das que foram
atribuídas. Neste caso, prevalecerá a terceira nota.
§§ Os pontos atribuídos a cada aspecto serão multiplicados por 4, 3 e 3, respectivamente, obtendo-se, assim, uma
nota ponderada para a redação, que variará entre 10 e 50 pontos.
§§ Além das redações em branco, receberão nota zero textos que desenvolverem tema diverso do que foi solicita-
do, ou que não atenderem à modalidade discursiva indicada. Serão passíveis de receber nota zero também os
textos com extensão claramente abaixo do limite estabelecido nas instruções da prova ou que apresentarem
elementos verbais ou visuais não relacionados com o tema da redação.
§§ Caso a redação receba nota zero de um dos avaliadores e nota diferente de zero de outro avaliador, ela será
objeto de uma terceira avaliação, seguindo os mesmos critérios estabelecidos para os casos de discrepância
submetidos a terceira avaliação.
36
Proposta 1
Texto 1
O neoliberalismo como racionalidade
A tese defendida por esta obra é precisamente que o neoliberalismo, antes de ser uma ideologia ou uma política
econômica, é em primeiro lugar e fundamentalmente uma racionalidade e, como tal, tende a estruturar e organizar
não apenas a ação dos governantes, mas até a própria conduta dos governados. A racionalidade neoliberal tem
como característica principal a generalização da concorrência como norma de conduta e da empresa como modelo
de subjetivação. O termo racionalidade não é empregado aqui como um eufemismo que nos permite evitar a pala-
vra "capitalismo". O neoliberalismo é a razão do capitalismo contemporâneo, de um capitalismo desimpedido de
suas referências arcaizantes e plenamente assumido como construção histórica e norma geral de vida. O neolibe-
ralismo pode ser definido como o conjunto de discursos, práticas e dispositivos que determinam um novo modo de
governo dos homens segundo o princípio universal da concorrência.
Pierre Dardot e Christian Laval. A nova razão do mundo.
Texto 2
A racionalidade é o que programa e orienta o conjunto da conduta humana. Há uma lógica tanto nas instituições
quanto na forma de conduta dos indivíduos e nas relações políticas. Há uma racionalidade mesmo nas formas as
mais violentas. O mais perigoso, na violência. É a sua racionalidade. É claro que violência é nela mesma, terrível.
Mas a violência encontra sua ancoragem mais profunda e extrai sua permanência da forma de racionalidade
que utilizamos. Pretendeu-se que, se vivêssemos em um mundo de razão, poderíamos nos livrar da violência. Isso
é inteiramente falso. Entre a violência e a racionalidade não há incompatibilidade. Meu problema não é fazer o
processo da razão, mas determinar a natureza dessa racionalidade que é tão compatível com a violência. Não é a
razão em geral que combato. Não poderia combater a razão”
Michel Foucault. Estratégia poder-saber
Texto 3
A "racionalização" progressiva da sociedade está ligada à institucionalização do progresso científico e técnico. Na
medida em que a técnica e a ciência penetram os setores institucionais da sociedade, transformando por esse meio
as próprias instituições, as antigas legitimações se desmontam. Secularização e "desenfeitiçamento" das imagens
do mundo que orientam o agir, e de toda a tradição cultural, são a contrapartida de uma "racionalidade" crescente
do agir social.
Jürgen Habermas. Técnica e ciência enquanto “ideologia”.
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o tema, elabore
um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema
37
Proposta 2
Texto 1
Os especialistas nos ensinam a viver [...] Na medida em que somos invalidados como seres competentes, tudo
precisa nos ser ensinado “cientificamente”. Isso explica a proliferação de livros de autoajuda, dos programas de
conselho pela rádio e pela televisão bem como dos programas em que especialistas nos ensinam a jardinagem,
culinária, maternidade, paternidade, sucesso no trabalho e no amor. Esse discurso competente exige que interiori-
zemos suas regras e valores se não quisermos ser considerados lixo e detrito.
Marilena Chauí. A ideologia da competência.
Texto 2
Nossa pobreza de experiência nada mais é do que uma parte da grande pobreza que ganhou novamente um ros-
to – tão nítido e exato como o do mendigo medieval. Pois qual o valor de todo o nosso patrimônio cultural, se a
experiência não o vincula a nós? A horrível mixórdia de estilos e cosmovisões do século passado nos mostrou tão
claramente[para] onde conduz a simulação ou a imitação da experiência que é hoje em dia uma prova de honradez
confessar nossa pobreza. Sim, admitamos que essa pobreza de experiências não é uma pobreza particular, mas
uma pobreza de toda a humanidade. Trata-se de uma espécie de nova barbárie.
Walter Benjamin. Experiência e pobreza.
Texto 3
É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o fim do mundo.
Carlos Drummond de Andrade. Poema da necessidade.
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o
tema, elabore um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portu-
guesa, sobre o tema
38
Proposta Extra 1
Texto 1
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as modernas condições de produção se apresenta como uma imensa
acumulação de espetáculos. Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação. (...)
Considerado em sua totalidade, o espetáculo é ao mesmo tempo o resultado e o projeto do modo de
produção existente. Não é um suplemento do mundo real, uma decoração que lhe é acrescentada. É o âmago do
irrealismo da sociedade real. (...) O espetáculo constitui o modelo atual da vida dominante na sociedade.
Guy Debord. A sociedade do espetáculo.
Texto 2
EU, ETIQUETA
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
(...)
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
(...)
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Carlos Drummond de Andrade. Eu, etiqueta.
39
Texto 3
Essa idéa era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco, destina-
do a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do go-
verno para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias que
deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do
outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais,
mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para
que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me arguam esse
defeito; fio, porém, que esse talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha idéa trazia duas faces, como
as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de
nomeada. Digamos: -- amor da glória.
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o tema, elabore
um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema
40
Proposta extra 2
Texto 1
"O AR DA CIDADE liberta", diz um conhecido provérbio alemão do fim da Idade Média. Depois, no início do sé-
culo 20, pensadores como Georg Simmel e Walter Benjamin mostraram como a grande cidade, lugar impessoal da
massa, é, paradoxalmente, o lugar da individualidade. Pois, no contexto de comunidades pequenas, a liberdade
individual está sempre tolhida pelo olhar e o julgamento do vizinho. Já na cidade grande, ao contrário, o sujeito
é anônimo na multidão, por isso está livre para ser ele mesmo, isto é, ser outro, aquilo que não se esperaria dele.
A mistura de classes sociais, culturas, línguas, etnias e religiões que se dá na cidade é o melhor antídoto
que inventamos até hoje contra a intolerância e os fundamentalismos. Filha e irmã da imigração, a cidade quebra
os laços estamentais e a mentalidade paroquial dos clãs, colocando as pessoas em relação imanente e horizontal:
moeda, comércio, indivíduo, democracia. O mercado, porém, não coincide com a política. Enquanto o consumo é
balizado pelo poder aquisitivo e tende à desigualdade, a política existe para garantir certa equalização na multi-
plicidade, regulando a expansão do consumo e da desigualdade, assim como uma praça deveria ser lugar que não
fosse ocupado pela "casa" ou "nome" de ninguém.
Toda a graça da cidade, por isso, repousa no fato de que ela existe para dar espaço à individualidade, não
ao individualismo. Lugar da coletividade, ela se funda sobre as noções de comum e de público.
Folha de S. Paulo. 24/04/2015. Adaptado.
Texto 2
Uma grande cidade, onde se pode viajar horas a fio sem se chegar sequer ao início do fim, é algo realmente singu-
lar. Essa concentração colossal, esse amontoado de milhões de seres humanos num único ponto centuplicou a força
desses milhões... Mas os sacrifícios que isso custou, só mais tarde se descobre. Depois de se vagar durante dias
pelas calçadas das ruas principais, descobre-se que esses habitantes tiveram de sacrificar a melhor parte de sua
humanidade para realizar todos os prodígios da civilização, com que fervilha sua cidade; que centenas de forças,
neles adormecidas permaneceram inativas e foram reprimidas... O próprio tumulto das ruas tem algo de repugnan-
te, algo que revolta a natureza humana. Essas centenas de milhares de pessoas de todas as classes e situações,
que se empurram umas às outras, não são todas seres humanos presumidamente semelhantes?... E, no entanto,
passam correndo uns pelos outros, como se não tivessem nada em comum; não ocorre a ninguém conceder ao ou-
tro um olhar sequer. Essa indiferença brutal, esse isolamento insensível de cada indivíduo é tanto mais repugnante
e ofensivo quanto mais esses indivíduos se comprimirem em espaço exíguo.
F. Engels. Adaptado.
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o tema, elabore
um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema
41
Proposta extra 3
Texto 1
Vivemos numa época em que quase tudo pode ser comprado e vendido. Nas três últimas décadas, os mercados – e
os valores do mercado – passaram a governar nossa vida como nunca. Não chegamos a essa situação por escolha
deliberada. É quase como se a coisa tivesse se abatido sobre nós.
Quando a guerra fria acabou, os mercados e o pensamento pautado pelo mercado passaram a desfrutar
de um prestígio sem igual, e muito compreensivelmente. Nenhum outro mecanismo de organização de produção e
distribuição de bens tinha se revelado tão bem-sucedido na geração de afluência e prioridade. Mas, enquanto um
número cada vez maior de países em todo o mundo adotava mecanismos de mercado na gestão da economia, algo
mais também acontecia. Os valores de mercado passavam a desempenhar um papel cada vez maior na vida social.
A economia se tornava um domínio imperial. Hoje, a lógica de compra e venda não se aplica apenas a bens mate-
riais: governa crescentemente a vida como um todo. Está na hora de nos perguntarmos se queremos viver assim.
(...) Essa chegada do mercado e do pensamento centrado nela a aspectos da vida tradicionalmente governados por
outras normas é um dos acontecimentos mais significativos de nossa época.
Michel J. Sandel, filósofo, Professor na Universidade Harvard.
O que o dinheiro não compra. Os limites morais do mercado. RJ, Civilização Brasilleira, 2012 (Adaptado).
Texto 2
Reduzir o valor da vida ao dinheiro mata toda possibilidade de idealizar um mundo melhor. Somente o saber pode
fazer frente ao domínio do dinheiro, pelo menos por três razões. A primeira: com o dinheiro pode-se comprar tudo
(dos juízes aos parlamentares, do poder ao sucesso), menos o conhecimento. Sócrates lembra a Agatão que o saber
não pode ser transferido mecanicamente de uma pessoa a outra. O conhecimento não se adquire, mas se conquista
com grande empenho interior. A segunda razão diz respeito à total reversão da lógica do mercado. Em qualquer
troca econômica há sempre uma perda e um ganho. Se compro um relógio, por exemplo, "perco" o dinheiro e fico
com o relógio; e quem me vende o relógio "perde" o relógio e recebe o dinheiro. Mas, no âmbito do conhecimento,
um professor pode ensinar um teorema sem perdê-lo. No círculo virtuoso do ensinar, enriquece quem recebe (o es-
tudante), enriquece quem dá (quantas vezes o professor aprende com seus estudantes?). Trata-se de um pequeno
milagre. Um milagre - e essa é a terceira razão - que o dramaturgo irlandês George Bernard Shaw sintetiza num
exemplo: se dois indivíduos têm uma maçã cada um e fazem uma troca, ao voltar para casa cada um deles terá
uma maçã. Mas, se esses indivíduos possuem cada um uma ideia e a trocam, ao voltarem para casa cada um deles
terá duas ideias.(...)
A ditadura do lucro e do utilitarismo infectou todos os aspectos da nossa vida, chegando a contaminar esfe-
ras nas quais o dinheiro não deveria ter peso, como a educação. Transformar escolas e universidades em empresas
que devem produzir unicamente diplomados para o mundo do trabalho é destruir o valor universal do ensino. Os
estudantes adquirem créditos e pagam débitos com a esperança de conquistar uma profissão que possa dar a
eles o máximo de riqueza. A escola e a universidade, ao contrário, devem formar os heréticos capazes de rejeitar
o lugar-comum, de repelir a ideologia dominante de que a dignidade pode ser medida com base no dinheiro que
possuímos ou com base no poder que possamos gerenciar. A felicidade, como nos recorda Montaigne, não consiste
em possuir, mas em saber viver.
Professor E. Ordine. Sociólogo italiano – Universidade da Calábria, em entrevista a João Marcos Coelho. O Estado de S. Paulo, 15/2/2014.
A partir da leitura dos fragmentos de textos acima e do planejamento de seus argumentos sobre o
tema, elabore um texto ‘dissertativo-argumentativo’, com o uso da norma padrão da língua portu-
guesa, sobre o tema
É DESEJÁVEL E POSSÍVEL LIMITAR O PODER DO DINHEIRO?
42
C H
História
Fuvest - História Geral
Mundo contemporâneo, 27%
Mundo moderno, 21%
Antiguidade clássica, 12%
Idade media, 7%
Atualidades, 5%
Antiguidade oriental, 2%
Pre-história, 2%
América Colonial, 5%
América Independete,2%
Problemas sociais, 5%
História da arte, 5%
Conhecimentos gerais, 5%
História da ciência, 2%
As imagens revelam:
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição,
no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.
45
3. (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da An- 5. (Fuvest) O desenvolvimento de teorias cien-
tiguidade foram sempre um povo disperso. tíficas, geralmente, tem forte relação com
Penetraram em pequenos grupos no mundo contextos políticos, econômicos, sociais e
mediterrânico e, mesmo quando se instala- culturais mais amplos. A evolução dos con-
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- ceitos básicos da termodinâmica ocorre,
ram desunidos na sua organização política. principalmente, no contexto:
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, a) da Idade Média.
encontravam-se colônias gregas não somen- b) das grandes navegações.
te em toda a extensão da Grécia atual, como c) da Revolução Industrial.
d) do período entre as duas grandes guerras
também no litoral do mar Negro, nas costas
mundiais.
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília
e) da Segunda Guerra Mundial.
oriental, na costa setentrional da África e no
litoral mediterrânico da França. No interior
desta elipse de uns 2500 km de comprimen- 6. (Fuvest) No século XIX, o surgimento do
to, encontravam-se centenas e centenas de transporte ferroviário provocou profundas
comunidades que amiúde diferiam na sua modificações em diversas partes do mundo,
possibilitando maior e melhor circulação de
estrutura política e que afirmaram sempre a
pessoas e mercadorias entre grandes distân-
sua soberania. Nem então nem em nenhuma
cias. Dentre tais modificações, as ferrovias:
outra altura, no mundo antigo, houve uma
a) facilitaram a integração entre os Estados
nação, um território nacional único regido nacionais latino-americanos, ampliaram a
por uma lei soberana, que se tenha chamado venda do café brasileiro para os países vizi-
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). nhos e estimularam a constituição de amplo
FINLEY, M.I. O mundo de Ulisses. Lisboa: mercado regional.
Presença, 1972 (Adaptado). b) permitiram que a cidade de Manchester se
conectasse diretamente com os portos do sul
Com base no texto, pode-se apontar corre- da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
tamente: surgimento do sistema de fábrica.
a) a desorganização política da Grécia antiga, c) facilitaram a integração comercial do ocidente
que sucumbiu rapidamente ante as investi- com o extremo oriente, substituíram o trans-
das militares de povos mais unidos e mais porte de mercadorias pelo mar Mediterrâneo e
bem preparados para a guerra, como os egíp- despertaram o sonho de integração mundial.
cios e macedônios. d) permitiram uma ligação mais rápida e ágil,
b) a necessidade de profunda centralização po- nos Estados Unidos, entre a costa leste e a
lítica, como a ocorrida entre os romanos e costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
cartagineses, para que um povo pudesse ex- da famosa corrida do ouro.
pandir seu território e difundir sua produção e) permitiram a chegada dos europeus ao cen-
cultural. tro da África, reforçaram a crença no poder
c) a carência, entre quase todos os povos da transformador da tecnologia e demonstraram
antiguidade, de pensadores políticos, capa- a capacidade humana de se impor à natureza.
zes de formular estratégias adequadas de
estruturação e unificação do poder político.
d) a inadequação do uso de conceitos moder-
nos, como nação ou Estado nacional, no es- Raio X
tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
tras formas de organização social e política. 1.
A resposta cabe a todos os povos no perío-
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí- do Neolítico, entendido não por sua data-
pios do patriotismo e do nacionalismo, como ção, mas pelas mudanças na forma de or-
forma de consolidar política e economica- ganização humana. Nesse período, grupos
mente o Estado nacional. humanos aprenderam a domesticar plantas
e animais, o que foi determinante para a se-
4. (Fuvest) “A instituição das corveias variava dentarização. Muitos denominam esse pro-
de acordo com os domínios senhoriais, e, no cesso de revolução agrícola e de revolução
interior de cada um, de acordo com o estatu- urbana, respectivamente. A produção de ce-
to jurídico dos camponeses, ou de seus man- râmica permitiu o armazenamento de parte
sos [parcelas de terra].” da produção agrícola, ainda voltada para o
BLOCH, Marc. Os caracteres originais da França rural. 1952. consumo das próprias comunidades.
Esta frase sobre o feudalismo trata: 2.
A agricultura – marca básica da passagem do
a) da vassalagem. Paleolítico para o Neolítico – foi a base das
b) do colonato. primeiras civilizações antigas, como o Egito.
c) do comitatus. Parte central da economia egípcia, a agricul-
d) da servidão. tura movimentava todos os segmentos so-
e) da guilda. ciais egípcios, como mostram as imagens.
46
3.
A Grécia antiga nunca chegou a ser uma na-
ção ou um império (termo muito usado na Prática dos
antiguidade). A Grécia era o que chamamos
de organização em cidades-Estado. Sendo conhecimentos - E.O.
assim, cada povo grego, em cada cidade-Es-
tado, vivia à sua maneira, de modo descen- 1. (Fuvest) Os impérios do mundo antigo ti-
tralizado ou disperso, como classifica o autor nham ampla abrangência territorial e estru-
do texto que acompanha a questão. turas politicamente complexas, o que impli-
cava custos crescentes de administração. No
4.
Na época do feudalismo, a corveia era o tra-
caso do Império Romano da antiguidade, são
balho gratuito que os servos e camponeses
exemplos desses custos:
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao
a) as expropriações de terras dos patrícios e a
Estado, três ou mais dias por semana, carac-
geração de empregos para os plebeus.
terizando-se como um dos tributos previstos
b) os investimentos na melhoria dos serviços
no contrato de enfeudação.
de assistência e da previdência social.
5.
Os conceitos básicos da termodinâmica foram c) as reduções de impostos, que tinham a fina-
alavancados a partir de 1698 com a invenção lidade de evitar revoltas provinciais e rebeli-
da primeira térmica, uma bomba-d’água que ões populares.
funcionava com vapor, criada por Thomas d) os gastos cotidianos das famílias pobres com
Severy, para retirar água das minas de car- alimentação, moradia, educação e saúde.
vão, na Inglaterra. A partir daí, essa máqui- e) as despesas militares, a realização de obras
na foi sendo cada vez mais aprimorada com públicas e a manutenção de estradas.
a contribuição de vários engenheiros, inven-
tores e construtores de instrumentos, como 2. (Fuvest) O aparecimento da pólis constitui,
James Watt. Por volta de 1760, a máquina na história do pensamento grego, um acon-
térmica já era um sucesso, tendo importante tecimento decisivo. Certamente, no plano
contribuição na revolução industrial. intelectual como no domínio das institui-
A primeira revolução industrial revolucio- ções, só no fim alcançará todas as suas con-
nou a maneira como se produziam as mer- sequências; a pólis conhecerá etapas múl-
cadorias, em especial com a criação de ma- tiplas e formas variadas. Entretanto, desde
quinários movidos a vapor. Na Inglaterra da seu advento, que se pode situar entre os sé-
década de 1770, o mercado de tecidos, os culos VIII e VII a.C., marca um começo, uma
transportes (como trens e navios) e as comu- verdadeira invenção; por ela, a vida social e
nicações funcionavam a partir da máquina a as relações entre os homens tomam uma for-
vapor. Logo, a termodinâmica está relaciona- ma nova, cuja originalidade será plenamente
da à revolução industrial. sentida pelos gregos.
6.
No século XIX, o transporte ferroviário se VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento
desenvolveu na Europa e na América, inclu- grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981 (Adaptado).
sive no Brasil. Em nosso país, esteve ligado à De acordo com o texto, na antiguidade, uma
exportação de café para a Europa, escoando o das transformações provocadas pelo surgi-
produto do interior para os portos de Santos mento da pólis foi:
e Rio de Janeiro. Na Inglaterra, as ferrovias a) o declínio da oralidade, pois, em seu terri-
são posteriores ao surgimento do “sistema tório, toda estratégia de comunicação era
de fábrica”, necessárias para escoar a produ- baseada na escrita e no uso de imagens.
ção em expansão. As ferrovias foram funda-
b) o isolamento progressivo de seus membros,
mentais nos EUA, pois foi no século XIX que
que preferiam o convívio familiar às relações
as terras no sul, até a Califórnia no extremo
travadas nos espaços públicos.
oeste, pertencentes ao México, foram con-
c) a manutenção de instituições políticas arcai-
quistadas e tiveram sua exploração iniciada.
cas, que reproduziam, nela, o poder absolu-
to de origem divina do monarca.
47
em seus poderes os tribunos da plebe que ti- 6. (Fuvest) A cidade é [desde o ano 1000] o
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci- principal lugar das trocas econômicas que
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo recorrem sempre mais a um meio de troca
romano oprimido pela facção minoritária. essencial: a moeda. [...] Centro econômico,
CÉSAR, Caio Júlio. A guerra civil. São Paulo: a cidade é também um centro de poder. Ao
Estação Liberdade, 1999, p. 67. lado do e, às vezes, contra o poder tradicio-
nal do bispo e do senhor, frequentemente
O texto, do século I a.C., retrata o cenário
confundidos numa única pessoa, um grupo
romano de:
de homens novos, os cidadãos ou burgueses,
a) implantação da monarquia, quando a aristo-
conquista “liberdades”, privilégios cada vez
cracia perseguia seus opositores e os forçava
mais amplos.
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár-
LE GOFF, Jacques. São Francisco de Assis.
quicas e populares. Rio de Janeiro: Record, 2010 (Adaptado).
b) transição da república ao império, período
de reformulações provocadas pela expansão O texto trata de um período em que:
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa- a) os fundamentos do sistema feudal coexis-
ção da plebe. tiam com novas formas de organização polí-
c) consolidação da república, marcado pela tica e econômica, que produziam alterações
participação política de pequenos proprietá- na hierarquia social e nas relações de poder.
rios rurais e pela implementação de amplo b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
programa de reforma agrária. cava abundância de moedas, que circulavam
d) passagem da monarquia à república, período apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
de consolidação oligárquica, que provocou a dos comerciantes internacionais.
ampliação do poder e da influência política c) o anseio popular por liberdade e igualdade
dos militares. social mobilizava e unificava os trabalhado-
e) decadência do império, então sujeito a inva- res urbanos e rurais e envolvia ativa partici-
sões estrangeiras e à fragmentação política pação de membros do baixo clero.
gerada pelas rebeliões populares e pela ação d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo
dos bárbaros. de bens materiais, enfrentava forte oposição
da burguesia ascendente e dos grandes pro-
4. (Fuvest) A escravidão na Roma antiga: prietários de terras.
a) permaneceu praticamente inalterada ao lon- e) as principais características do feudalismo,
go dos séculos, mas foi abolida com a intro- sobretudo a valorização da terra, haviam
dução do cristianismo. sido completamente superadas e substitu-
b) previa a possibilidade de alforria do escravo ídas pela busca incessante do lucro e pela
apenas no caso da morte de seu proprietário. valorização do livre comércio.
c) era restrita ao meio rural e associada ao tra-
balho braçal, não ocorrendo em áreas urba- 7. (Fuvest) Assim como o camponês, o merca-
nas, nem atingindo funções intelectuais ou dor está a princípio submetido, na sua ativi-
administrativas. dade profissional, ao tempo meteorológico,
d) pressupunha que os escravos eram humanos ao ciclo das estações, à imprevisibilidade
e, por isso, era proibida toda forma de casti- das intempéries e dos cataclismos naturais.
go físico. Como, durante muito tempo, não houve nes-
e) variou ao longo do tempo, mas era determi- se domínio senão necessidade de submissão
nada por três critérios: nascimento, guerra e à ordem da natureza e de Deus, o mercador
direito civil. só teve como meio de ação as preces e as prá-
ticas supersticiosas. Mas, quando se organiza
5. (Fuvest) A palavra “feudalismo” carrega uma rede comercial, o tempo se torna ob-
consigo vários sentidos. Dentre eles, podem- jeto de medida. A duração de uma viagem
-se apontar aqueles ligados a: por mar ou por terra, ou de um lugar para
a) sociedades marcadas por dependências outro, o problema dos preços que, no curso
mútuas e assimétricas entre senhores e de uma mesma operação comercial, mais
vassalos. ainda quando o circuito se complica, sobem
b) relações de parentesco determinadas pelo ou descem tudo isso se impõe cada vez mais
local de nascimento, sobretudo quando ur- à sua atenção. Mudança também importan-
bano. te: o mercador descobre o preço do tempo
c) regimes inteiramente dominados pela fé re- no mesmo momento em que ele explora o
ligiosa, seja ela cristã ou muçulmana. espaço, pois para ele a duração essencial é
d) altas concentrações fundiárias e capitalistas. aquela de um trajeto.
e) formas de economias de subsistência pré- LE GOFF, Jacques. Para uma outra Idade Média.
-agrícolas. Petrópolis: Vozes, 2013 (Adaptado).
48
O texto associa a mudança da percepção do 9. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela pri-
tempo pelos mercadores medievais ao: meira vez a capital asteca, ficou sem pala-
a) respeito estrito aos princípios do livre comér- vras. Anos mais tarde, as palavras viriam:
cio, que determinavam a obediência às regras ele escreveu um alentado relato de suas ex-
internacionais de circulação de mercadorias. periências como membro da expedição es-
b) crescimento das relações mercantis, que pas- panhola liderada por Hernán Cortés rumo
saram a envolver territórios mais amplos e ao Império Asteca. Naquela tarde de no-
distâncias mais longas.
vembro de 1519, porém, quando Díaz e seus
c) aumento da navegação oceânica, que permi-
companheiros de conquista emergiram do
tiu o estabelecimento de relações comerciais
regulares com a América. desfiladeiro e depararam-se pela primeira
d) avanço das superstições na Europa ocidental, vez com o Vale do México lá embaixo, viram
que se difundiram a partir de contatos com um cenário que, anos depois, assim descre-
povos do leste desse continente e da Ásia. veram: “vislumbramos tamanhas maravi-
e) aparecimento dos relógios, que foram inven- lhas que não sabíamos o que dizer, nem se
tados para calcular a duração das viagens ul- o que se nos apresentava diante dos olhos
tramarinas. era real”.
RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16 (Adaptado).
8. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à
faceta cruzadística da expansão portuguesa O texto mostra um aspecto importante da con-
não implica, de modo algum, que os inte- quista da América pelos espanhóis, a saber:
resses comerciais estivessem dela ausentes a) a superioridade cultural dos nativos ameri-
– como tampouco o haviam estado das cru- canos em relação aos europeus.
zadas do Levante, em boa parte manejadas b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da
e financiadas pela burguesia das repúblicas posterior convivência entre conquistadores
marítimas da Itália. Tão mesclados andavam e conquistados.
os desejos de dilatar o território cristão com c) a surpresa dos conquistadores diante de ma-
as aspirações por lucro mercantil que, na sua nifestações culturais dos nativos americanos.
d) o reconhecimento, pelos nativos, da impor-
oração de obediência ao pontífice romano, D.
tância dos contatos culturais e comerciais
João II não hesitava em mencionar entre os com os europeus.
serviços prestados por Portugal à cristandade e) a rápida desaparição das culturas nativas da
o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, América espanhola.
tão seguro e tão ativo” que o nome do Salva-
dor, “nunca antes nem de ouvir dizer conhe-
10. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insis-
cido”, ressoava agora nas plagas africanas...
tiu o inquisidor, “que não se saiba qual a
THOMAZ, Luiz Felipe. “D. Manuel, a Índia e
melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor,
o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º
semestre de 2009, p. 16-17 (Adaptado). eu penso que cada um acha que sua fé seja
a melhor, mas não se sabe qual é a melhor;
Com base na afirmação do autor, pode-se di- mas, porque meu avô, meu pai e os meus são
zer que a expansão portuguesa dos séculos cristãos, eu quero continuar cristão e acredi-
XV e XVI foi um empreendimento: tar que essa seja a melhor fé”.
a) puramente religioso, bem diferente das cru- GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes.
zadas dos séculos anteriores, já que essas São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.
eram, na realidade, grandes empresas comer-
ciais financiadas pela burguesia italiana. O texto apresenta o diálogo de um inquisi-
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que dor com um homem (Menocchio) processa-
era comum, à época, a concepção de que a do, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição
expansão da cristandade servia à expansão de Menocchio indica:
econômica e vice-versa. a) uma percepção da variedade de crenças, pas-
c) por meio do qual os desejos por expansão ter- síveis de serem consideradas, pela Igreja ca-
ritorial portuguesa, dilatação da fé cristã e tólica, como heréticas.
conquista de novos mercados para a econo- b) uma crítica à incapacidade da Igreja católi-
mia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. ca de combater e eliminar suas dissidências
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos internas.
anteriores, e no qual objetivos econômicos e c) um interesse de conhecer outras religiões e
religiosos surgiriam como complemento ape- formas de culto, atitude estimulada, à épo-
nas ocasional. ca, pela Igreja católica.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o co- d) um apoio às iniciativas reformistas dos pro-
mércio intercontinental, a despeito de, ofi- testantes, que defendiam a completa liber-
cialmente, autoridades políticas e religiosas dade de opção religiosa.
afirmarem que seu único objetivo era a ex- e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua ex-
pansão da fé cristã. periência familiar.
49
11. (Fuvest) costumes! Nossos senhores colherão o que
semearam.
BABEUF, Graco, citado por DARNTON, R. O beijo de
Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31 (Adaptado).
50
chamado de “Destino Manifesto”. O correto entendimento do texto acima per-
NARO, Nancy Priscilla S. A formação dos Estados mite afirmar que:
Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19. a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as
duas grandes guerras mundiais do século XX,
A concepção de “Destino Manifesto”, cunha- era uma ameaça porque ainda não tinha se
da nos Estados Unidos da década de 1840: desenvolvido a biologia microscópica, que
a) difundiu a ideia de que os norte-americanos anos depois permitiria identificar a existên-
eram um povo eleito e contribuiu para jus- cia da doença.
tificar o desbravamento de fronteiras e a ex- b) parte significativa da pesquisa biológica foi
pansão em direção ao Oeste. abandonada em prol do atendimento de de-
b) tinha origem na doutrina judaica e enfati- mandas militares advindas dessas duas guer-
zava que os homens deviam temer a Deus e ras, o que causou um generalizado abandono
respeitar a todos os semelhantes, indepen- dos recursos necessários ao controle de do-
dentemente de sua etnia ou posição social. enças como o tifo.
c) baseava-se no princípio do multiculturalis- c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não
mo e impediu a propagação de projetos ou afetaram os combatentes dos países ricos, já
ideologias racistas no Sul e no Norte dos Es- que estes, ao contrário dos combatentes dos
tados Unidos. países pobres, encontravam-se imunizados
d) derivou de princípios calvinistas e rejei- contra doenças causadas por vírus.
tava a valorização do individualismo e do d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
aventureirismo nas campanhas militares de sultava da precariedade das condições de hi-
conquista territorial, privilegiando as ações giene e saneamento decorrentes do enfren-
coordenadas pelo Estado. tamento de populações humanas submetidas
e) defendia a necessidade de se preservar a na- a uma escala de destruição incomum promo-
tureza e impediu o prosseguimento das guer- vida pelas duas guerras mundiais.
ras contra indígenas, na conquista do Centro e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra
e do Oeste do território norte-americano. Mundial, foi utilizado como arma letal con-
tra exércitos inimigos no leste europeu, que
eram propositadamente contaminados com
16. (Fuvest) A exploração da mão de obra es-
o vírus da doença.
crava, o tráfico negreiro e o imperialismo
criaram conflitivas e duradouras relações de
aproximação entre os continentes africano 1 8. (Fuvest) O que acontece quando a gente se
e europeu. Muitos países da África, mesmo vê duplicado na televisão? (...). Aprendemos
depois de terem se tornado independentes, não só durante os anos de formação mas
continuaram usando a língua dos coloniza- também na prática a lidar com nós mesmos
dores. O português, por exemplo, é língua com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em
oficial de: 1974, ainda detido para averiguação na pe-
a) Camarões, Angola e África do Sul. nitenciária de Colônia-Ossendorf, quando
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. me foi atendida, sem problemas, a solici-
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde. tação de um aparelho de televisão na cela,
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão. apenas durante o período da Copa do Mundo,
e) Camarões, Congo e Zimbábue. os acontecimentos na tela me dividiram em
vários sentidos. Não quando os poloneses jo-
17. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914- garam uma partida fantástica sob uma chu-
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha va torrencial, não quando a partida contra a
feito progressos tão grandes que se espera- Austrália foi vitoriosa e houve um empate
va uma conflagração sem a interferência de contra o Chile, aconteceu quando a Alema-
grandes epidemias. Isso sucedeu na frente nha jogou contra a Alemanha. Torcer para
ocidental, mas à leste o tifo precisou de ape- quem? Eu ou eu torci para quem? Para que
nas três meses para aparecer e se estabele- lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
cer como o principal estrategista na região GRASS, Gunter. Meu século. Rio de Janeiro:
(...). No momento em que a Segunda Guerra Record, 2000, p. 237 (Adaptado).
Mundial está acontecendo, em territórios em
que o tifo é endêmico, o espectro de uma O trecho acima, extraído de uma obra literá-
grande epidemia constitui ameaça constan- ria, alude a um acontecimento diretamente
te. Enquanto estas linhas estão sendo escri- relacionado:
tas (primavera de 1942) já foram recebidas a) à política nazista de fomento aos esportes
notificações de surtos locais, e pequenos, considerados “arianos” na Alemanha.
mas a doença parece continuar sob controle b) ao aumento da criminalidade na Alemanha,
e muito provavelmente permanecerá assim com o fim da Segunda Guerra Mundial.
por algum tempo. c) à Guerra Fria e à divisão política da Ale-
SIGERIST, Henry E. Civilização e doença. manha em duas partes, a “ocidental” e a
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132. “oriental”.
51
d) ao recente aumento da população de imi- para aqueles que tinham ambições de poder
grantes na Alemanha e reforço de sentimen- passou a ser a luta armada. Alguns países
tos xenófobos. foram castigados por ferozes guerras civis,
e) ao caráter despolitizado dos esportes em um que, em certos casos, foram alongadas por
contexto de capitalismo globalizado. interesses extracontinentais.
COSTA E SILVA, Alberto da. A África explicada aos
19. (Fuvest) Examine a seguinte imagem, que meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.
foi inspirada pela situação da Índia de 1946. Entre os exemplos do alongamento dos confli-
tos internos nos países africanos em função
de “interesses extracontinentais”, a que se
refere o texto, pode-se citar a participação:
a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zai-
re, na década de 1960, motivada pelo con-
trole sobre a mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na implantação do
apartheid na África do Sul, na década de
1970, devido às tensões decorrentes do mo-
vimento pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta de independên-
cia na Argélia e no Marrocos, na década de
1950, motivada pelo interesse em controlar
as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela estabilização política
no Sudão e na Etiópia, na década de 1960,
motivada pelas necessidades do governo Mao
Tsé-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba nas guerras civis
de Angola e Moçambique, na década de 1970,
motivada pelas rivalidades e interesses geo-
políticos característicos da Guerra Fria.
52
O documento, divulgado no início de 1994 23. (Fuvest) Cartaz de 1994 da campanha de
pelo Exército Zapatista de Libertação Nacio- Nelson Mandela à presidência da África do
nal, refere-se, entre outros processos histó- Sul.
ricos, à:
a) luta de independência contra a Espanha, no
início do século XIX, que erradicou o traba-
lho livre indígena e fundou a primeira repú-
blica na América.
b) colonização francesa do território mexicano,
entre os séculos XVI e XIX, que implantou o
trabalho escravo indígena na mineração.
c) reforma liberal, na metade do século XX,
quando a Igreja católica passou a controlar
quase todo o território mexicano.
d) guerra entre Estados Unidos e México, em
meados do século XIX, em que o México per-
deu quase metade de seu território.
e) ditadura militar, no final do século XIX, que
devolveu às comunidades indígenas do Mé-
xico as terras expropriadas e rompeu com o
capitalismo internacional. Essa campanha representou a:
a) luta dos sul-africanos contra o regime do
22. (Fuvest) apartheid então vigente.
b) conciliação entre os segregacionistas e os
partidários da democracia racial.
c) proposta de ampliação da luta antiapartheid
no continente africano.
d) contemporização diante dos atos de violên-
cia contra os direitos humanos.
e) superação dos preconceitos raciais por parte
dos africânderes.
53
b) reconhecer a falência do modelo comunista,
hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar
a vitória do capitalismo e da lógica multila-
teral que se constituiu a partir do final do
século XX.
c) combater o terrorismo islâmico, pois ele re-
presenta a principal ameaça à estabilidade
e à harmonia econômica e política entre os
Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globaliza-
ção, pois a hegemonia política e financeira
norte-americana tem enfrentado impasses e
resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da Chi-
na e reconhecer o atual predomínio econô-
mico e financeiro dos países do Oriente na
nova ordem mundial.
Gabarito
1. E 2. E 3. B 4. E 5. A
6. A 7. B 8. B 9. C 10. A
54
HISTÓRIA DO BRASIL
Prescrição: Para resolver as questões a seguir, é necessário conhecimentos em: economia, so-
ciedade e política nos períodos colonial e imperial; principais características da Primeira República
(1889-1930), da ditadura civil-militar (1964-1985) e da construção da Nova República até os dias
atuais.
55
3. (Fuvest) Observe a tabela: b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fi-
delidade forçada a alguns políticos, as quais li-
IMIGRAÇÃO: BRASIL, mitavam o direito de escolha e demonstravam
1881-1930 (EM MILHARES)
a fragilidade das instituições republicanas.
Ano Chegadas c) restrição provocada pelo voto censitário,
1881-1885 133,4 que limitava o direito de participação polí-
1886-1890 391,6 tica àqueles que possuíam um certo número
1891-1895 659,7
de animais.
d) facilidade de acesso à informação e propa-
1896-1900 470,3
ganda política, permitindo, aos eleitores, a
1901-1905 279,7 rápida identificação dos candidatos que de-
1906-1910 391,6 fendiam a soberania nacional frente às ame-
1911-1915 611,4 aças estrangeiras.
1916-1920 186,4
e) ampliação do direito de voto trazida pela
República, que passou a incluir os analfabe-
1921-1925 368,6
tos e facilitou sua manipulação por políticos
1926-1930 453,6 inescrupulosos.
Total 3.964,3
BETHELL, Leslie (Ed.). The Cambridge History 5. (Fuvest) No início de 1969, a situação po-
of Latin America. vol. IV (Adaptado). lítica se modifica. A repressão endurece e
Os dados apresentados na tabela se expli- leva à retração do movimento de massas. As
cam, dentre outros fatores: primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm
seus dirigentes perseguidos e são suspensas.
a) pela industrialização significativa em esta-
O movimento estudantil reflui. A oposição
dos do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela
liberal está amordaçada pela censura à im-
ligada a bens de consumo.
prensa e pela cassação de mandatos.
b) pela forte demanda por força de trabalho
CARVALHO, Apolônio de. Vale a pena sonhar.
criada pela expansão cafeeira nos Estados do Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.
Sudeste do Brasil.
c) pela democracia racial brasileira, a favorecer O testemunho, dado por um participante da
a convivência pacífica entre culturas que, resistência à ditadura militar brasileira, sin-
nos seus continentes de origem, poderiam tetiza o panorama político dos últimos anos
até mesmo ser rivais. da década de 1960, marcados:
d) pelos expurgos em massa promovidos em pa- a) pela adesão total dos grupos oposicionistas
íses que viviam sob regimes fascistas, como à luta armada e pela subordinação dos sin-
Itália, Alemanha e Japão. dicatos e centrais operárias aos partidos de
e) pela supervalorização do trabalho assalaria- extrema esquerda.
do nas cidades, já que no campo prevalecia a b) pelo bipartidarismo implantado por meio do
mão de obra de origem escrava, mais barata. Ato Institucional n° 2, que eliminou toda
forma de oposição institucional ao regime
4. (Fuvest) militar.
c) pela desmobilização do movimento estu-
dantil, que foi bastante combativo nos anos
imediatamente posteriores ao golpe de 64,
mas depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da
sociedade civil ao governo militar, empenha-
das em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional n° 5,
que limitou drasticamente a liberdade de ex-
pressão e instituiu medidas que ampliaram a
repressão aos opositores do regime.
A charge satiriza uma prática eleitoral pre- 6. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sar-
sente no Brasil da chamada “Primeira Repú- ney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira
blica”. Tal prática revelava a: [30/5] que o impeachment do ex-presidente
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos ru- Fernando Collor de Mello foi apenas um “aci-
mos políticos do país, tornando esses eleito- dente” na história do Brasil. Sarney mini-
res adeptos de ideologias políticas nazifas- mizou o episódio em que Collor, que atual-
cistas. mente é senador, teve seus direitos políticos
56
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não 3.
O crescimento da imigração no Brasil se deve
posso censurar os historiadores que foram a dois fatores básicos, a saber: 1) o crescimento
encarregados de fazer a história. Mas acho do ciclo cafeeiro no Brasil; e 2) a abolição da
que talvez esse episódio seja apenas um aci- escravatura, em 1888, que exigiu a substitui-
dente que não devia ter acontecido na histó- ção da mão de obra escrava pela livre.
ria do Brasil”, disse o presidente do Senado.
4.
A imagem retrata a prática do voto de ca-
Correio Braziliense, 30/05/2011.
bresto: os poderosos coronéis utilizavam de
Sobre o “episódio” mencionado na notícia táticas de coação para manipular as eleições,
acima, pode-se dizer acertadamente que foi obrigando seu “rebanho” a votar em candi-
um acontecimento: datos por eles (coronéis) escolhidos.
a) de grande impacto na história recente do 5.
Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda,
Brasil e teve efeitos negativos na trajetória fizeram a opção pela luta armada, que teve
política de Fernando Collor, o que faz com pequena expressão no país, principalmente
que seus atuais aliados se empenhem em se comparada com outras nações da América
desmerecer este episódio, tentando diminuir latina. O bipartidarismo permitiu a existên-
a importância que realmente teve. cia de um partido de oposição.
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiado- O movimento estudantil foi desmobilizado,
res, que, em sua maioria, trataram de cen- mas nunca apoiou o regime militar.
surá-lo, impedindo uma justa e equilibrada O endurecimento do regime iniciou-se em
compreensão dos fatos que o envolvem. dezembro de 1968 com a decretação do Ato
c) acidental, na medida em que o impeachment Institucional n° 5 (AI-5), que centralizou
de Fernando Collor foi considerado ilegal ainda mais o poder a abriu caminho para
pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, uma política de maior repressão à socieda-
possibilitou seu posterior retorno à cena po- de civil.
lítica nacional, agora como senador.
6.
O impeachment de Collor é considerado mui-
d) menor na história política recente do Bra-
to significativo na história recente do país.
sil, o que permite tomar a censura em torno
Em 1992, em meio a denúncias de corrupção,
dele, promovida oficialmente pelo Senado
eclodiu um grande movimento social que
Federal, como um episódio ainda menos sig-
envolveu segmentos diferentes, nos quais se
nificativo.
destacaram os estudantes, que pintaram os
e) indesejado pela imensa maioria dos brasilei- rostos de preto nas grandes manifestações
ros, o que provocou uma onda de comoção de rua em apoio à Comissão Parlamentar de
popular e permitiu o retorno triunfal de Fer- Inquérito (CPI) e à condenação do presiden-
nando Collor à cena política, sendo candida- te. Apeado do poder, Collor teve seus direitos
to conduzido por mais duas vezes ao segun- políticos cassados por oito anos e, dessa for-
do turno das eleições presidenciais. ma, foi forçado a deixar a vida política. Seu
retorno deu-se com a eleição para o senado,
57
Prática dos Em escritos anteriores ao século XVI, há re-
ferência apenas a cenouras de cor roxa, ama-
conhecimentos - E.O. rela ou vermelha. É possível que as cenouras
de cor laranja sejam originárias dos Países
Baixos, e que tenham sido desenvolvidas,
1. (Fuvest) Observe o mapa abaixo.
inicialmente, à época do príncipe de Orange
(1533-1584).
No Brasil, são comuns apenas as cenouras
laranja, cuja cor se deve à presença do pig-
mento betacaroteno, representado a seguir.
58
A partir da leitura do texto escrito pelo pa- 5. (Fuvest) Os indígenas foram também utiliza-
dre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se dos em determinados momentos, e sobretudo
afirmar, corretamente, que, nas terras portu- na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem
guesas da América: se podia colocar problema nenhum de maior
a) a Igreja católica defendia os escravos dos ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...).
excessos cometidos pelos seus senhores e os O que talvez tenha importado é a rarefação
incitava a se revoltar. demográfica dos aborígines, e as dificuldades
b) as formas de escravidão nos engenhos eram de seu apresamento, transporte etc. Mas na
“preferência” pelo africano revela-se, mais
mais brandas do que em outros setores eco-
uma vez, a engrenagem do sistema mercan-
nômicos, pois ali vigorava uma ética religio-
tilista de colonização; esta se processa num
sa inspirada na Bíblia. sistema de relações tendentes a promover a
c) a Igreja católica apoiava, com a maioria de acumulação primitiva de capitais na metró-
seus membros, a escravidão dos africanos, pole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abaste-
tratando, portanto, de justificá-la com base cimento das colônias com escravos, abria um
na Bíblia. novo e importante setor do comércio colonial,
d) clérigos, como padre Vieira, se mostravam in- enquanto o apresamento dos indígenas era
decisos quanto às atitudes que deveriam tomar um negócio interno da colônia. Assim, os ga-
em relação à escravidão negra, pois a própria nhos comerciais resultantes da preação dos
Igreja se mantinha neutra na questão. aborígines mantinham-se na colônia, com
e) havia formas de discriminação religiosa que se os colonos empenhados nesse “gênero de
sobrepunham às formas de discriminação ra- vida”; a acumulação gerada no comércio de
cial, sendo estas, assim, pouco significativas. africanos, entretanto, fluía para a metrópole;
realizavam-na os mercadores metropolitanos,
engajados no abastecimento dessa “merca-
4. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A.
doria”. Esse talvez seja o segredo da melhor
aquilo que me parecia acerca dos negócios “adaptação” do negro à lavoura... escravista.
da França, e isto por ver por conjecturas e Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro
aparências grandes aquilo que podia suce- que se pode entender a escravidão africana
der dos pontos mais aparentes, que consigo colonial, e não o contrário.
traziam muito prejuízo ao estado e aumento NºVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava crise do antigo sistema colonial. São Paulo:
em vós, Senhor, trabalhardes com modos ho- Hucitec, 1979, p. 105 (Adaptado).
nestos de fazer que esta gente não houvesse
Nesse trecho, o autor afirma que, na América
de entrar nem possuir coisa de vossas na-
portuguesa:
vegações, pelo grandíssimo dano que daí se
a) os escravos indígenas eram de mais fácil
podia seguir. obtenção do que os de origem africana, e
LEITE, Serafim. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil. 1954. por isso a metrópole optou pelo uso dos pri-
meiros, já que eram mais produtivos e mais
O trecho acima foi extraído de uma carta di- rentáveis.
rigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia b) os escravos africanos aceitavam melhor o
ao rei de Portugal D. João III, escrita em Pa- trabalho duro dos canaviais do que os indí-
ris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: genas, o que justificava o empenho de co-
a) a persistência dos ataques franceses contra merciantes metropolitanos em gastar mais
a América, que Portugal vinha tentando co- para a obtenção, na África, daqueles traba-
lonizar de modo efetivo desde a adoção do lhadores.
sistema de capitanias hereditárias. c) o comércio negreiro só pôde prosperar por-
que alguns mercadores metropolitanos pre-
b) os primórdios da aliança que logo se esta-
ocupavam-se com as condições de vida dos
beleceria entre as coroas de Portugal e da trabalhadores africanos, enquanto que ou-
França e que visava a combater as preten- tros os consideravam uma “mercadoria”.
sões expansionistas da Espanha na América. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com mão de obra indígena contribuiu decisiva-
a expansão de jesuítas franceses, que, no mente para que, a partir de certo momento,
Brasil, vinham exercendo grande influência também escravos africanos fossem emprega-
sobre as populações nativas. dos na lavoura, o que resultou em um lucra-
d) o projeto de expansão territorial português tivo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra
na Europa, o qual, na época da carta, visava
de origem africana era o fato de que esta
à dominação de territórios franceses tanto precisava ser transportada de outro conti-
na Europa quanto na América. nente, o que implicava a abertura de um
e) a manifestação de um conflito entre a recém- rentável comércio para a metrópole, que se
-criada ordem jesuíta e a coroa portuguesa articulava perfeitamente às estruturas do
em torno do combate à pirataria francesa. sistema de colonização.
59
6. (Fuvest) O tráfico de escravos africanos para c) a cultura indígena, extinta graças ao pro-
o Brasil: cesso colonizador europeu, foi recriada de
a) teve início no final do século XVII, quando modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
as primeiras jazidas de ouro foram descober- d) a cultura xinguana, ao contrário de outras
tas nas Minas Gerais. culturas indígenas, não foi afetada pelo pro-
b) foi pouco expressivo no século XVII, ao cesso colonizador europeu.
contrário do que ocorreu nos séculos XVI e e) não há relação direta entre, de um lado, o
XVIII, e foi extinto, de vez, no início do sé- processo colonizador europeu e, de outro, a
culo XIX. mortalidade indígena e a perda de sua iden-
c) teve início na metade do século XVI, e foi tidade cultural.
praticado, de forma regular, até a metade do
século XIX. 9. (Fuvest) É assim extremamente simples a es-
d) foi extinto, quando da independência do trutura social da colônia no primeiro século e
Brasil, a despeito da pressão contrária das meio de colonização. Reduz-se em suma a duas
regiões auríferas. classes: de um lado os proprietários rurais, a
e) dependeu, desde o seu início, diretamente classe abastada dos senhores de engenho e fa-
do bom sucesso das capitanias hereditárias,
zenda; doutro, a massa da população espúria
e, por isso, esteve concentrado nas capita-
nias de Pernambuco e de São Vicente, até o dos trabalhadores do campo, escravos e semili-
século XVIII. vres. Da simplicidade da infraestrutura econô-
mica – a terra, única força produtiva, absorvida
7. (Fuvest) A economia das possessões colo- pela grande exploração agrícola – deriva a da
niais portuguesas na América foi marcada estrutura social: a reduzida classe de proprietá-
por mercadorias que, uma vez exportadas rios e a grande massa, explorada e oprimida. Há
para outras regiões do mundo, podiam al- naturalmente no seio desta massa gradações,
cançar alto valor e garantir, aos envolvidos que assinalamos. Mas, elas não são contudo
em seu comércio, grandes lucros. Além do bastante profundas para se caracterizarem em
açúcar, explorado desde meados do século situações radicalmente distintas.
XVI, e do ouro, extraído regularmente des- PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil. 20. ed.
de fins do XVII, merecem destaque, como São Paulo: Brasiliense, p. 28-29, 1993 [1942].
elementos de exportação presentes nessa
Neste trecho, o autor observa que, na socie-
economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária. dade colonial:
b) ferro, sal e tecidos. a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
c) escravos indígenas, arroz e diamantes. é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
d) animais exóticos, cacau e embarcações. zessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só duas
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.
estavam diretamente ligadas a critérios eco-
nômicos.
8. (Fuvest) A colonização, apesar de toda vio- c) todos os membros das classes existentes
lência e disrupção, não excluiu processos de queriam se transformar em proprietários
reconstrução e recriação cultural conduzidos rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
pelos povos indígenas. É um erro comum crer vres, semilivres ou escravos.
que a história da conquista representa, para d) diversas classes radicalmente distintas umas
os índios, uma sucessão linear de perdas em das outras compunham um cenário comple-
vidas, terras e distintividade cultural. A cul- xo, marcado por conflitos sociais.
tura xinguana – que aparecerá para a nação e) a população se organizava em duas classes,
brasileira nos anos 1940 como símbolo de cujas gradações internas não alteravam a
simplicidade da estrutura social.
uma tradição estática, original e intocada –
é, ao inverso, o resultado de uma história
de contatos e mudanças, que tem início no 10. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
século X d.C. e continua até hoje. conhecer a todos os reinos e províncias da Eu-
FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. ropa, o tabaco o tem feito muito afamado em
Rio de Janeiro: Zahar, 2005. todas as quatro partes do mundo, em as quais
hoje tanto se deseja e com tantas diligências e
Com base no trecho acima, é correto afirmar por qualquer via se procura. Há pouco mais de
que: cem anos que esta folha se começou a plantar
a) o processo colonizador europeu não foi vio- e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma
lento como se costuma afirmar, já que ele folha antes desprezada e quase desconhecida
preservou e até mesmo valorizou várias cul- tem dado e dá atualmente grandes cabedais
turas indígenas. aos moradores do Brasil e incríveis emolu-
b) várias culturas indígenas resistiram e sobre- mentos aos Erários dos príncipes.
viveram, mesmo com alterações, ao processo ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
colonizador europeu, como a xinguana. suas drogas e minas. São Paulo: Edusp, 2007 (Adaptado).
60
O texto acima, escrito por um padre italiano c) pela renovação, em 1844, do Tratado de
em 1711, revela que: 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior de tráfico de escravos entre Brasil e Moçam-
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. bique.
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do d) pelo aumento da demanda por escravos no
que ocorria com outros produtos, era dire- Brasil, em função da expansão cafeeira, a
cionado à metrópole. despeito da promulgação da Lei Aberdeen,
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade em 1845.
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós,
tabaco, desde seu início, era maior. que ampliou a entrada de escravos no Brasil
d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple- e tributou o tráfico interno.
namente o potencial econômico de suas co-
lônias americanas. Leia o texto a seguir para responder à ques-
tão 13.
e) a economia colonial foi marcada pela simul-
taneidade de produtos, cuja lucratividade se Tornando da malograda espera do tigre, 1al-
relacionava com sua inserção em mercados cançou o capanga um casal de velhinhos,
internacionais. 2
que seguiam diante dele o mesmo caminho,
e conversavam acerca de seus negócios par-
11. (Fuvest) “E o pior é que a maior parte do ticulares. Das poucas palavras que apanhara,
ouro que se tira das minas passa em pó e em percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
moeda para os reinos estranhos e a menor cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
quantidade é a que fica em Portugal e nas compra de mantimentos, a fim de fazer um
cidades do Brasil...” moquirão*, com que pretendiam abrir uma
ANTONIL, João. Cultura e opulência do Brasil boa roça.
por suas drogas e minas. 1711. — Mas chegará, homem? Perguntou a velha.
— Há de se espichar bem, mulher!
Esta frase indica que as riquezas minerais
Uma voz os interrompeu:
da colônia:
— Por este preço dou eu conta da roça!
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil
— Ah! É nhô Jão!
e Portugal.
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
b) foram utilizadas, em grande parte, para o
tinham por homem de palavra, e de fazer
cumprimento do Tratado de Methuen entre
o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
Portugal e Inglaterra.
ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses tinado para o roçado.
mercantilistas da França, da Inglaterra e da Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Alemanha. olhos descobriram entre os utensílios a en-
d) foram desviadas, majoritariamente, para a xada, a qual ele esquecera um momento no
Europa por meio do contrabando na região afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
do rio da Prata. deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
e) possibilitaram os acordos com a Holanda xando-os embasbacados.
que asseguraram a importação de escravos ALENCAR, José de. Til.
africanos. *moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito)
12. (Fuvest) Examine a seguinte tabela.
Ano N° de escravos que entraram no Brasil 13. (Fuvest) Considerada no contexto histórico-
1845 19.453 -social figurado no romance Til, a brusca rea-
ção de Jão Fera, narrada no final do excerto,
1845 50.325
explica-se:
1847 56.172
a) pela ambição ou ganância que, no período, ca-
1848 60.000 racterizava os homens livres não proprietários.
Dados extraídos de: COSTA, Emília Viotti da. b) por sua condição de membro da Guarda Nacio-
Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998. nal, que lhe interditava o trabalho na lavoura.
A tabela apresenta dados que podem ser ex- c) pela indolência atribuída ao indígena, da
plicados: qual era herdeiro o “bugre”.
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos
sobre o trabalho braçal.
sobre os escravos importados da África para
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua
o Brasil.
condição de homem letrado.
b) pelo descontentamento dos grandes proprie-
tários de terras em meio ao auge da campa-
nha abolicionista no Brasil.
61
Leia o texto a seguir para responder à ques- a) denúncia política das guerras entre as popu-
tão 14. lações indígenas brasileiras.
V – O samba b) idealização romântica num contexto de
construção da nacionalidade brasileira.
À direita do terreiro, adumbra-se* na escu- c) crítica republicana à versão da história do
ridão um maciço de construções, ao qual às Brasil difundida pela monarquia.
vezes recortam no azul do céu os trêmulos vis- d) defesa da evangelização dos índios realizada
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento. pelas ordens religiosas no Brasil.
(...) e) concepção de inferioridade civilizacional dos
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome nativos brasileiros em relação aos indígenas
que tem um grande pátio cercado de senzalas, da América Espanhola.
às vezes com alpendrada corrida em volta, e
um ou dois portões que o fecham como praça 16. (Fuvest) — Não entra a polícia! Não deixa
d’armas. entrar! Aguenta! Aguenta!
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo — Não entra! Não entra! Repercutiu a mul-
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan- tidão em coro.
çam os pretos o samba com um frenesi que E todo o cortiço ferveu que nem uma panela
toca o delírio. Não se descreve, nem se imagi- ao fogo.
na esse desesperado saracoteio, no qual todo — Aguenta! Aguenta!
o corpo estremece, pula, sacode, gira, bambo- AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 1890, parte X.
leia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam O fragmento acima mostra a resistência
no cangote das mães, ou se enrolam nas saias dos moradores de um cortiço à entrada de
das raparigas. Os mais taludos viram camba- policiais no local. O romance de Aluísio
lhotas e pincham à guisa de sapos em roda
Azevedo:
do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço
a) representa as transformações urbanas do Rio
do pai, negro fornido, que não sabendo mais
de Janeiro no período posterior à abolição
como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão
da escravidão e o difícil convívio entre ex-
e começou de rabanar como um peixe em seco.
-escravos, imigrantes e poder público.
(...) b) defende a monarquia recém-derrubada e
ALENCAR, José de, Til. demonstra a dificuldade da República brasi-
*adumbra-se = delineia-se, esboça-se
leira de manter a tranquilidade e a harmo-
14. (Fuvest) Considerada no contexto histórico a nia social após as lutas pela consolidação
do novo regime.
que se refere Til, a desenvoltura com que os
c) denuncia a falta de policiamento na en-
escravos, no excerto, se entregam à dança é
tão capital brasileira e atribui os proble-
representativa do fato de que: mas sociais existentes ao desprezo da elite
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na paulista cafeicultora em relação ao Rio de
América do Norte e no Caribe, foi branda. Janeiro.
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e sob d) valoriza as lutas sociais que se travavam
vigilância, que festejassem a seu modo. nos morros e na periferia da então capi-
c) teve início nas fazendas de café o sincretismo tal federal e as considera um exemplo para
das culturas negra e branca, que viria a carac- os demais setores explorados da população
terizar a cultura brasileira. brasileira.
d) o narrador entendia que o samba de terreiro e) apresenta a imigração como a principal ori-
era, em realidade, um ritual umbandista dis- gem dos males sociais por que o país passa-
farçado. va, pois os novos empregados assalariados
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo, tiraram o trabalho dos escravos e os margi-
que tornou antieconômica a exploração da nalizaram.
mão de obra escrava nos cafezais paulistas.
17. (Fuvest) Considerando-se o intervalo entre
15. (Fuvest) o contexto em que transcorre o enredo da
obra Memórias de um sargento de milícias,
de Manuel Antônio de Almeida, e a época de
sua publicação, é correto afirmar que a esse
período corresponde o processo de:
a) reforma e crise do Império Português na
América.
b) triunfo de uma consciência nativista e na-
cionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e formação de seu
Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise
do regime monárquico brasileiro.
Em seu contexto de origem, o quadro acima e) Proclamação da República e instauração da
corresponde a uma: Primeira República.
62
18. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que di- infrutíferas por questões conjunturais. A pri-
fusamente coincidiu com a transição para o meira vez em que isso ocorreu foi, em 1925,
regime republicano, surgiram aquelas per- no município portuário paulista de Santos,
guntas cruciais, envoltas no oxigênio mental onde os comunistas locais, apresentando-se
da época, muitas das quais, contudo, nos in- pela legenda da Coligação Operária, tiveram
comodam até hoje: como construir uma nação um resultado pífio. No entanto, como todos
se não tínhamos uma população definida ou os atos pioneiros, essa participação deixou
um tipo definido? Frente àquele amálgama uma importante herança: a presença na cena
de passado e futuro, alimentado e realimen- política brasileira dos trabalhadores e suas
tado pela República, quem era o brasileiro? reivindicações. Estas, em particular, expres-
(...) Inúmeras tentativas de respostas a todas savam um acúmulo de anos de lutas do mo-
estas questões mobilizaram os intelectuais vimento operário brasileiro.
brasileiros durante várias décadas. KAREPOVS, Dainis. A classe operária vai ao
SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso. Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p. 169.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
A partir do texto acima, pode-se afirmar cor-
Entre as tentativas de responder, durante a retamente que:
Belle Époque brasileira, às dúvidas mencio- a) as eleições de representantes parlamentares
nadas no texto, é correto incluir: advindos de grupos comunistas e anarquis-
a) as explicações positivistas e evolucionistas tas foram frequentes, desde a Proclamação
sobre o impacto da mistura de raças na for- da República, e provocaram, inclusive, a
mação do caráter nacional brasileiro. chamada Revolução de 1930.
b) os projetos de valorização dos vínculos entre b) comunistas, anarquistas e outros grupos de
o caráter nacional brasileiro e os produtos representantes de trabalhadores eram for-
da indústria cultural norte-americana. malmente proibidos de participar de eleições
c) o reconhecimento e a celebração da origem no Brasil desde a proclamação da República,
africana da maioria dos brasileiros e a rejei- cenário que só se modificaria com a Consti-
ção das tradições europeias. tuição de 1988.
d) a percepção de que o país estava plenamente c) as primeiras décadas do século XX represen-
inserido na modernidade e havia assumido a tam um período de grande diversidade polí-
condição de potência mundial. tico-partidária no Brasil, o que favoreceu a
e) o desejo de retornar ao período anterior à emergência de variados grupos de esquerda,
chegada dos europeus e de recuperar pa- cuja excessiva divisão impediu-os de obter
drões culturais e cotidianos indígenas. resultados eleitorais expressivos.
d) as experiências parlamentares envolvendo
19. (Fuvest) No “Manifesto Antropófago”, lan- operários e camponeses, no Brasil da década
çado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Quere- de 1920, resultaram em sua presença domi-
mos a Revolução Caraíba (...). A unificação nante no cenário político nacional, após o
de todas as revoltas eficazes na direção do colapso do primeiro regime encabeçado por
homem (...). Sem nós, a Europa não teria se- Getúlio Vargas.
quer a sua pobre declaração dos direitos do e) as primeiras participações eleitorais de can-
homem.” didatos trabalhadores ganharam importância
Essas passagens expressam a: histórica, uma vez que a política partidária
a) defesa de concepções artísticas do impres- brasileira da chamada Primeira República era
sionismo. dominada por grupos oriundos de grandes
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa. elites econômicas.
c) valorização da cultura nacional.
d) adesão à ideologia socialista. 21. (Fuvest) Paralelamente à abertura da Transa-
e) afinidade com a cultura norte-americana. mazônica processa-se o trabalho da coloniza-
ção, realizado pelo Incra (Instituto Nacional
20. (Fuvest) Durante os primeiros tempos de sua de Colonização e Reforma Agrária). As peque-
existência, o PCB prosseguiu em seu processo nas agrovilas se sucedem de vinte em vinte
de diferenciação ideológica com o anarquis- quilômetros à margem da estrada, e nos cem
mo, de onde provinha parte significativa de hectares que cada colono recebeu são plan-
sua liderança e de sua militância. Nesse cur- tados milho, feijão e arroz. Já no próximo
so, foi necessário, no que se refere à questão mês começará a plantação de cana-de-açúcar,
parlamentar, também proceder a uma homo- cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais
geneização de sua própria militância. Houve de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de
algumas tentativas de participação em elei- ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém-
ções e de formulação de propostas a serem -saídos da universidade, orientam os colo-
apresentadas à sociedade que se revelaram nos... No meio da selva começam a surgir as
63
agrovilas. Vindos de diferentes regiões do c) ampliação das tarifas alfandegárias de im-
país, os colonos povoam as margens da Tran- portação, protegendo a indústria nacional.
samazônica e espalham pelo chão virgem o d) implementação da reforma agrária sem pa-
verde disciplinado das culturas pioneiras. Os gamento de indenização aos proprietários.
pastos da região são excelentes. e) continuidade do comércio internacional vol-
Revista Manchete, 15 de abril de 1972. tado prioritariamente aos mercados africa-
nos e asiáticos.
Segundo o texto, é correto afirmar que a
Transamazônica, cuja construção se iniciou 24. (Fuvest) A população indígena brasileira au-
no regime militar (1964-1985), represen- mentou 150% na década de 1990, passando
tou, inclusive: de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo
a) um projeto para eliminar o controle nacional com uma pesquisa divulgada pelo Instituto
e estatal dos recursos naturais da Amazônia, Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
facilitando o avanço de interesses britânicos O crescimento médio anual foi de 10,8%,
na região. quase seis vezes maior do que o da popula-
b) um esforço de ampliar as áreas de ocupação ção brasileira em geral.
na Amazônia e de construir a ideia de que Fonte: <http://webradiobrasilindigena.
se vivia um período de avanço, integração e wordpress.com>. Acesso em: 21 nov. 2007.
crescimento nacional.
c) uma superação das dificuldades de comuni- A notícia acima apresenta:
cação e deslocamento entre o Sul e o Norte a) dado pouco relevante, já que a maioria das po-
do país, facilitando a migração e permitindo pulações indígenas do Brasil encontra-se em
plena integração entre os oceanos Atlântico fase de extinção, não subsistindo, inclusive,
e Pacífico. mais nenhuma população originária dos tem-
d) uma tentativa de reaquecer a economia da pos da colonização portuguesa da América.
borracha, com a criação de rotas de escoa- b) discrepância em relação a uma forte tendên-
mento rápido da produção em direção aos cia histórica observada no Brasil, desde o
portos do Sudeste. século XVI, mas que não é uniforme e abso-
e) um projeto de utilização dessa estrada para luta, já que nas últimas décadas não apenas
delimitar as fronteiras entre os estados da tais populações indígenas têm crescido, mas
região. também o próprio número de indivíduos que
se autodenominam indígenas.
22. (Fuvest) O Movimento dos Trabalhadores c) um consenso em torno do reconhecimento
Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, da importância dos indígenas para o conjun-
inserido em um contexto de: to da população brasileira, que se revela na
a) abertura política democrática no Brasil e de valorização histórica e cultural que tais ele-
crescente insatisfação com as políticas agrá- mentos sempre mereceram das instituições
rias nacionais então vigentes. nacionais.
b) fortalecimento da ditadura militar brasileira d) resultado de políticas públicas que provoca-
e de aumento da imigração estrangeira para ram o fim dos conflitos entre os habitantes
o país. de reservas indígenas e demais agentes so-
c) declínio da oposição armada à ditadura mili- ciais ao seu redor, como proprietários rurais
tar brasileira e de aumento da migração das e pequenos trabalhadores.
cidades para o campo. e) natural continuidade da tendência obser-
d) aumento da dívida externa brasileira e de vada desde a criação das primeiras políticas
disseminação da pequena propriedade fun- governamentais de proteção às populações
diária em todo o país. indígenas, no começo do século XIX, que
e) crescimento de demanda externa por permitiram a reversão do anterior quadro de
commodities brasileiras e de grandes pro- extermínio observado até aquele momento.
gressos na distribuição de terra, no Brasil, a
pequenos agricultores.
Gabarito
23. (Fuvest) A partir da redemocratização do
Brasil (1985), é possível observar mudan- 1. B 2. E 3. C 4. A 5. E
ças econômicas significativas no país. Entre
elas, a: 6. C 7. A 8. B 9. E 10. E
a) exclusão de produtos agrícolas do rol das 11. B 12. D 13. D 14. B 15. B
principais exportações brasileiras.
b) privatização de empresas estatais em diver- 16. A 17. C 18. A 19. C 20. E
sos setores como os de comunicação e de mi- 21. B 22. A 23. B 24. B
neração.
64
C H
Filosofia e Sociologia
FILOSOFIA E SOCIOLOGIA
67
Deputados que integram a Comissão Par- 4.
Questão de conhecimento atual relacionada
lamentar encarregada de analisar o uso da ao processo de imigração vivido pela França
burca na França propuseram a proibição de nas últimas décadas, principalmente de gru-
todos os tipos de véus islâmicos integrais pos oriundos de suas antigas colônias afri-
nos serviços públicos. (…) A resolução pre- canas, sendo que grande parte dessas popu-
vê a proibição do uso de tais vestimentas lações têm religião muçulmana e, portanto,
nos serviços públicos — hospitais, trans- trazem elementos de uma nova cultura, com
portes, escolas públicas e outras instalações valores e comportamentos diferenciados que,
do governo. em grande escala, têm produzido um choque
Folha Online, 26 jan. 2010. Disponível em: <www1. e provocado diversas reações, incluindo as
folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u684757. descritas acima.
shtml>. Acesso em: 10 jun. 2010.
Raio X
1.
A perspectiva do autor coaduna com os prin-
cípios iluministas, visto que defende a exis-
tência de leis naturais para a sociedade e o
Estado. Dessa forma, o autor defende que a
atuação do soberano deveria estar circuns-
crita à vontade dos súditos.
2.
A ética e a justiça que pautavam a vida po-
lítica na Grécia amparavam-se em dois prin-
cípios: a autonomia das poleis (as chamadas
cidades-Estado gregas, autônomas entre si)
e a participação ativa dos cidadãos (carac-
terística principal da política democrática
ateniense).
3.
O texto destaca a organização política dos
Estados que agem segundo os interesses do
grande capital. Isso significa que, em épocas
de crise, quando o capitalismo não encontra
alternativas no mercado para superação de
seus problemas, os Estados mais fortes – in-
clusive militarmente – promovem interven-
ção e reorganização das estruturas, como foi
perceptível em diversos momentos da histó-
ria, desde o Império Romano até as inter-
venções recentes deste início de século XXI.
68
Prática dos b) havia muitas classes diferentes, mas só duas
estavam diretamente ligadas a critérios eco-
69
a) opunha-se ao cosmopolitismo dos modernis- encontravam-se centenas e centenas de co-
tas, especialmente por refutar a alteração munidades que amiúde diferiam na sua es-
nos hábitos alimentares nordestinos. trutura política e que afirmaram sempre a
b) traduzia um projeto político centralizador sua soberania. Nem então nem em nenhuma
e antidemocrático associado ao retorno de outra altura, no mundo antigo, houve uma
instituições monárquicas. nação, um território nacional único regido
c) exaltava os valores utilitaristas do moderno por uma lei soberana, que se tenha chamado
capitalismo industrial, pois reconhecia a im- Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
portância da tradição agrária brasileira. FINLEY, M.I. O mundo de Ulisses. Lisboa:
d) preconizava a defesa do mandonismo políti- Presença, 1972 (Adaptado).
co e da integração de brancos e negros sob a Com base no texto, pode-se apontar corre-
forma da democracia racial. tamente:
e) promovia o desenvolvimento de uma cultura a) a desorganização política da Grécia antiga,
brasileira autêntica pelo retorno a seu pas- que sucumbiu rapidamente ante as investi-
sado e a suas tradições e riquezas locais. das militares de povos mais unidos e mais
bem preparados para a guerra, como os egíp-
6. (Fuvest 2017) Em uma significativa passa- cios e macedônios.
gem da tragédia “Macbeth“, de Shakespeare, b) a necessidade de profunda centralização polí-
seu personagem principal declara: “Ouso tica, como a ocorrida entre os romanos e car-
tudo o que é próprio de um homem; quem tagineses, para que um povo pudesse expandir
ousa fazer mais do que isso não o é”. De seu território e difundir sua produção cultural.
acordo com muitos intérpretes, essa postu- c) a carência, entre quase todos os povos da
ra revela, com extraordinária clareza, toda a Antiguidade, de pensadores políticos, ca-
audácia da experiência renascentista. pazes de formular estratégias adequadas de
Com relação à cultura humanista, é correto estruturação e unificação do poder político.
afirmar que: d) a inadequação do uso de conceitos moder-
a) o mecenato de príncipes, de instituições e nos, como nação ou Estado nacional, no es-
de famílias ricas e poderosas evitou os cons- tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
trangimentos, prisão e tortura de artistas e tras formas de organização social e política.
de cientistas. e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí-
b) a presença majoritária de temáticas religio- pios do patriotismo e do nacionalismo, como
sas nas artes plásticas demonstrava as difi- forma de consolidar política e economica-
culdades de assimilar as conquistas científi- mente o Estado nacional.
cas produzidas naquele momento.
c) a observação da natureza, os experimentos 8. (Fuvest) Em 2008, o candidato do Partido
e a pesquisa empírica contribuíram para o Democrata, Barack Obama, foi eleito presi-
rompimento de alguns dos dogmas funda- dente dos Estados Unidos da América (EUA).
mentais da Igreja. Os gráficos abaixo se referem a uma pesqui-
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático sa eleitoral realizada no dia das eleições nos
limitaram-se à pesquisa teórica e somen- estados da Califórnia e do Mississipi.
te seriam aplicados na chamada Revolução
Científica do século XVII.
e) a avidez de conhecimento e de poder favoreceu
a renovação das universidades e a valorização
dos saberes transmitidos pela cultura letrada.
70
Com base nesses gráficos e tendo em vista 10. (Fuvest)
o contexto das eleições de 2008 e as parti-
cularidades históricas dos Estados Unidos,
considere as seguintes afirmações:
I. Os gráficos relativos ao estado da Califórnia
sinalizaram a vitória de Obama com mais
de 70% dos votos, obtidos de modo majori-
tário em todos os segmentos raciais.
II. A eleição de Obama ocorreu em meio a
uma profunda crise econômica que exi-
giu a intervenção do Estado no sistema
financeiro do país, alterando as práticas
e os discursos liberais cujas premissas
vinham se fortalecendo mundialmente Black blocs, lições do passado, desafios do futuro
desde a década de 1990.
III. Mesmo com a abolição da escravidão, no Uma das grandes novidades que as manifes-
século XIX, a questão racial continuou a tações de junho de 2013 introduziram no pa-
marcar a política dos estados sulistas, que norama político brasileiro foi a dimensão e a
procuraram garantir os privilégios dos popularidade que a tática black bloc ganhou
brancos por meio de leis de segregação, no país.
anuladas somente entre 1964 e 1967, du- É claro que ninguém que conhecia a histó-
rante o governo de Lyndon Johnson. ria da tática black bloc quando ela começou
Está correto o que se afirma em: a ganhar popularidade no Brasil esperava
a) II, apenas. que os setores dominantes da sociedade na-
b) I e II, apenas. cional tivessem algum conhecimento sobre
c) II e III, apenas. o assunto.
d) I e III, apenas. Surgida no seio de uma vertente alternativa
e) I, II e III. da esquerda europeia no início da década de
1980, a tática black bloc permaneceu muito
pouco conhecida fora do Velho Continente
9. (Fuvest) Que tipo de violência realmente inco-
até o fim do século XX.
moda os porta-vozes das classes dominantes?
Foi só com a formação de um black bloc
Os tipos disfuncionais. São eles: a contra-vio-
durante as manifestações contra a OMC
lência dos protestos das classes subalternas
em Seattle, em 1999, que as máscaras pre-
quando ultrapassam os “limites” e a violência
tas ganharam as manchetes da imprensa
revolucionária. Estamos longe desta, portanto
mundial.
é a simples autodefesa dos movimentos das
Natural, portanto, que muita gente ache que
ruas que se torna um problema para a ordem.
a tática tenha surgido com o chamado “mo-
SECCO, Lincoln. O vandalismo. 20 ago. 2013. Disponível
em: <http://blogdaboitempo.com.br/2013/08/20/o-
vimento antiglobalização” e tenha se basea-
vandalismo/> Acesso em: 28 ago. 2013. do, desde o início, na destruição dos símbo-
los do capitalismo.
O trecho acima faz uma pergunta a respeito FIUZA, Bruno. Black blocs: a origem da tática que
do tipo de violência que as pessoas suportam causa polêmica na esquerda. Vi o mundo. 08 out. 2013.
ou não na sociedade. A partir desse tipo de Adaptado e disponível em: <www.viomundo.com.br/
politica/black-blocs-a-origem-da-tatica-que-causa-
observação, assinale a alternativa incorreta: polemica-na-esquerda.html>. Acesso em: 14 out. 2013.
a) Através de mecanismos ideológicos, as clas-
ses dominantes procuram manter a ordem e A tática black bloc ficou conhecida no Bra-
reproduzir a sua dominação sobre as demais sil após as manifestações de junho de 2013
classes sociais. pela redução das passagens de ônibus em
b) A violência descontrolada, a partir de uma diversas cidades no Brasil. Entre setembro
perspectiva durkheimiana, pode ser consi- e outubro do mesmo ano, os black blocs
derada a expressão da anomia social. também estiveram presentes durante as
c) Muitas vezes, a violência é uma expressão da manifestações de professores grevistas do
luta de classes que existe em uma sociedade Rio de Janeiro.
capitalista. Tendo por base esse contexto, assinale a
d) Casos de violência correspondem à falta de alternativa que apresenta somente propo-
racionalidade da democracia moderna, se- sições sociologicamente corretas a respeito
gundo o pensamento de Karl Marx. desse tipo de manifestação urbana.
e) Podemos dizer que atualmente há uma crise I. Os black blocs estão inseridos em uma ló-
de legitimidade do monopólio do uso da vio- gica mundial mais ampla de movimentos
lência por parte do Estado. anticapitalistas.
71
II. Por se utilizar de táticas violentas, os black 12. (Fuvest) A vida na cidade, diz Simmel, bom-
blocs têm sido bastante criticados pela bardeia a mente com imagens e impressões,
grande mídia no Brasil. sensações e atividades. Esse é “um profundo
III. Tanto os professores, quanto os manifes- contraste com o ritmo mais habitual e mais
tantes ou os black blocs procuram trans- fluente” da cidadela ou aldeia. Nesse contex-
formações na sociedade. to, os indivíduos não podem responder a cada
IV. Ao atacarem símbolos do capitalismo, os estímulo ou atividade com que se deparam;
black blocs demonstram que sua única in- como lidam, então, com tal bombardeio?
tenção é causar violência. GIDDENS, A. Sociologia. 6. ed. Porto
Alegre: Penso, 2012, p. 158.
V. Grupos como esses black blocs são origi-
nados pelo ódio de certos setores da so- De acordo com a argumentação de Simmel,
ciedade. A educação é a única forma de a resposta mais correta à pergunta do texto
coibir esse tipo de atuação. acima é:
Estão corretas: a) Os indivíduos se protegem desse bombar-
a) somente as afirmativas I e II. deio, tornando-se indiferentes e desinte-
b) somente as afirmativas I, II e III. ressados e distanciando-se emocionalmente
c) somente as afirmativas I e III. uns dos outros.
d) somente as afirmativas I, II, III e IV. b) Os indivíduos se esforçam para manter as re-
e) todas as afirmativas. lações afetivas e para evitarem o estado de
anomia social.
11. (Fuvest) Cresce o número de intercâmbios c) Há um desejo coletivo pela apropriação de
O setor de intercâmbios está aquecido e é bens de consumo, que faz com que as pes-
esperado crescimento, mesmo com alta do soas se tornem mais interessadas no espaço
dólar. privado.
d) As relações se tornam mais fluidas, de acor-
Até o fim do ano, 365 mil estudantes devem
do com a noção de individualidade líquida,
começar uma temporada no exterior para
criada por Simmel.
trabalhar ou estudar.
e) Os indivíduos se inserem em uma multidão
Em relação a 2010, a procura por intercâm-
metropolitana, lutando pelo espaço público
bios cresceu 50%, especialmente para des-
como local de convivência pacífica.
tinos como Canadá e Austrália, onde estu-
dantes encontram mais facilidades para
trabalhar.
Fonte: Jornal da Band, 24 nov. 2011. Disponível on-line
Gabarito
em: <www.band.uol.com.br/jornaldaband/conteudo.
asp?ID=100000458135>. Acesso em: 20 mar. 2013. 1. E 2. B 3. E 4. B 5. E
Entre os fatores que causam o aumento do 6. C 7. D 8. C 9. D 10. B
interesse em programas de intercâmbio es-
11. B 12. A
tão:
I. O contexto de globalização econômica, que
exige das pessoas que estejam aptas a vi-
ver e a se relacionar com outras culturas.
II. A diminuição da oferta de emprego quali-
ficado em países ditos emergentes, como
Brasil, Índia e Rússia.
III. A expansão das empresas multinacionais,
que passam a se interessar por profissio-
nais disponíveis a deixarem seu país natal.
IV. O barateamento das viagens internacio-
nais e consequente acesso da classe mé-
dia a esse tipo de oportunidade.
V. A falta de interesse estrangeiro em trazer
estudantes e trabalhadores brasileiros
para seus países.
Estão corretas:
a) somente as afirmativas I, II e III.
b) somente as afirmativas I, III e IV.
c) somente as afirmativas II, IV e V.
d) somente as afirmativas III, IV e V.
e) somente as afirmativas I e IV.
72
C H
Geografia
Fuvest - Geografia
Relevo, 8%
Vegetação, 5%
Astronomia, 2%
Espaço geográfico, 4%
Hidrografia, 5%
Clima,5%
Cartografia, 3%
População, 11%
Urbanização, 4%
Globalização, 5%
Comércio exterior e blocos econômicos, 3%
Agropecuária e extrativismo, 7%
Transportes e comunicações, 2%
Fontes de energia, indústria e comércio exterior,5%
Política econômica, 2%
Turismo, lazer ou entretenimento, 1%
Sudeste, nordeste e centro-oeste brasileiro, 6%
Questões ambientais, 5%
Geopolítica, 14%
GEOGRAFIA 1
Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil,
no período retratado:
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos
rebanhos leiteiros.
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas
regiões, de climas mais secos.
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento
genético dos rebanhos no vale do Jequitinhonha.
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em
grande parte, ao crescimento do consumo interno.
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os Estados recobertos pela floresta Amazônica, de-
vido à presença de unidades de conservação.
2. (Fuvest) O mapa representa um dos possíveis trajetos da chamada Ferrovia Transoceânica, pla-
nejada para atender, entre outros interesses, ao transporte de produtos agrícolas e de minérios,
tornando as exportações possíveis tanto pelo oceano Atlântico quanto pelo oceano Pacífico.
75
Considerando-se o trajeto indicado no mapa Considere as afirmações sobre o Sistema
e levando em conta uma sobreposição aos Aquífero Guarani.
principais domínios morfoclimáticos da I. Trata-se de um corpo hídrico subterrâneo
América do Sul e as faixas de transição entre e transfronteiriço que abrange parte da
eles, definidos pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber, Argentina, do Brasil, do Paraguai e do
pode-se identificar a seguinte sequência de Uruguai.
domínios, do Brasil ao Peru: II. Representa o mais importante aquífero
a) Chapadões florestados, cerrados, caatingas, da porção meridional do continente sul-
pantanal, andes equatoriais. -americano e está associado às rochas
b) Mares de morros, pantanal, chaco central, cristalinas do Pré-cambriano.
andes equatoriais. III. A grande incidência de poços que se ob-
c) Chapadões florestados, chaco central, cerra- serva na região A é explicada por sua
dos, punas. menor profundidade e intensa atividade
d) Mares de morros, cerrados, amazônico, an- econômica nessa região.
des equatoriais. IV. A baixa incidência de poços na região in-
e) Mares de morros, cerrados, caatingas, ama- dicada pela letra B deve-se à existência,
zônico, punas. aí, de uma área de cerrado com predomí-
nio de planaltos.
3. (Fuvest) São objetivos do Plano Diretor – SP: Está correto o que se afirma em:
promover melhor aproveitamento do solo nas a) I, II e III, apenas.
proximidades do sistema estrutural de trans- b) I e III, apenas.
porte coletivo com aumento na densidade c) II, III e IV, apenas.
construtiva, demográfica, habitacional e de d) II e IV, apenas.
atividades urbanas; incrementar a oferta de e) I, II, III e IV.
comércios, serviços e emprego em áreas po-
bres da periferia; ampliar a oferta de habita-
5. (Fuvest)
ções de interesse social nas proximidades do
sistema estrutural de transporte coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014 (Adaptado).
76
6. (Fuvest) Observe os mapas do Brasil.
Raio X
1.
Os mapas indicam o aumento da produção de leite, em nível territorial e em valores absolutos.
Estão incorretas as alternativas: [A], porque a produção de leite não substituiu a produção algo-
doeira no Nordeste; [B], porque os climas das regiões não são mais secos; [C], porque a produção
em Minas Gerais não é feita no vale do Jequitinhonha; e [E], porque a produção atingiu Estados
recobertos pela floresta, como o Pará e Rondônia.
2.
O trajeto da ferrovia passa: pelos domínios de mares de morros, característicos da porção litorânea
do país; pelo cerrado, na área central; pelo território amazônico, na porção noroeste do país; e
pelos Andes equatorial, ao adentrar a região andina.
3.
O objetivo do Plano Diretor de São Paulo é amenizar o problema da mobilidade na cidade, con-
centrando os equipamentos urbanos próximos aos serviços necessários à população, ampliando
seu acesso a eles. Estão incorretas as alternativas: [B], porque tais medidas demandaram maior
verticalização; [C], porque tais medidas irão ampliar a densidade demográfica nas áreas próximas
ao transporte coletivo; [D], porque tais medidas irão ampliar a distribuição do setor terciário na
periferia, revitalizando as regiões; e [E], porque tais medidas irão ampliar a oferta de serviços nas
áreas periféricas.
4.
As afirmações incorretas são: [II], porque os aquíferos com grande volume de água estão localiza-
dos em bacias sedimentares, visto que a porosidade de rochas, como o arenito, permite o armaze-
namento de água; e [IV], porque o relevo de planalto (planaltos e chapadas da bacia do Paraná) e
a vegetação de cerrado não são fatores que dificultam a implantação de poços. A menor incidência
pode estar relacionada a outros fatores, como a menor demanda por água, no Mato Grosso do Sul,
a qualidade da água e as condições geológicas.
77
5.
O processo da industrialização paulista pode ser dividido em três períodos distintos, cada um deles
simbolizado por uma das fotos.
A foto I representa o período histórico compreendido entre o final do século XIX e os primeiros
anos do século XX, quando a acumulação dos capitais da cafeicultura e a concentração da mão de
obra imigrante favoreceram a implantação industrial, na capital paulista. As primeiras indústrias
se beneficiaram também da infraestrutura urbana (energia e transporte) resultante do desenvol-
vimento da economia cafeeira, dominante no país até então.
A foto II representa o período mais dinâmico da industrialização paulista, que se estendeu, apro-
ximadamente, de 1930 a 1980, e foi marcada pela grande expansão do número de indústrias pela
capital e pelas cidades da região metropolitana. Tal período foi caracterizado pela implantação de
grandes indústrias de base (siderúrgicas e petroquímicas) e por numerosas indústrias de bens du-
ráveis (automobilísticas e eletrodomésticos), que necessitavam de extensas áreas para estocagem
de suas matérias-primas.
A foto III representa a fase atual, que se caracteriza por dois aspectos bastante importantes: um
é o deslocamento geográfico das indústrias da capital para o interior paulista ou para outros Esta-
dos, em busca de melhores condições fiscais ou de produção; outro é a diminuição do número de
trabalhadores empregados, substituídos pela automação ou pela adoção da terceirização da mão
de obra.
6.
I. Correta: nos bolsões de pobreza da região Sul, predomina grandes propriedades com criação
extensiva de gado (pampas) e cultivo de grãos (oeste do Paraná e de Santa Catarina).
II. Correta: a região Sudeste apresenta elevada renda per capita, graças à diversidade de suas
atividades econômicas e elevada produção industrial; todavia, microrregiões de pobreza são
evidentes, como o vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, e o vale do Jequitinhonha, em Minas
Gerais.
III. Incorreta: os mapas evidenciam a existência de bolsões de pobreza tanto no litoral quanto na
caatinga nordestina. Além disso, a Amazônia, em seu conjunto, não apresenta renda per capita
superior à do Nordeste em geral.
IV. Correta: a renda per capita do Distrito Federal é elevada devido às atividades administrativas
ali concentradas; todavia, as cidades-satélites abrigam população extremamente carente de
renda e com baixa disponibilidade de serviços públicos.
Gabarito
1. D 2. D 3. A 4. B 5. D
6. B
78
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Fuvest) Considere as anamorfoses:
As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos
estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola repre-
sentada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.
79
5. (Fuvest) Analise a sequência histórica da ocupação de uma área no Brasil.
80
10. (Fuvest)
Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e
às fotografias aéreas.
I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pe-
quena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de
escala grande.
II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem
todos eles são disponibilizados para uso civil.
III. Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras caracte-
rísticas, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e
instrumental geopolítico valioso.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Campus Butantã –
Campus Butantã –
Campus
Campus Zona Leste
Ribeirão Preto
a) 1 : 200.000 1 : 2.000.000 Observando a representação cartográfica,
b) 1 : 500.000 1 : 5.000.000 pode-se afirmar que se trata de uma:
a) carta topográfica, indicando que o Japão
c) 1 : 10.000 1 : 200.000
consome mais energia do que produz.
d) 1 : 500.000 1 : 2.000.000 b) anamorfose, indicando que a França produz
e) 1 : 200.000 1 : 5.000.000 mais energia do que consome.
c) anamorfose, indicando que os Estados Unidos
consomem mais energia do que produzem.
d) carta topográfica, indicando que a Alema-
nha produz mais energia do que consome.
e) anamorfose, indicando que os países africanos
consomem mais energia do que produzem.
81
13. (Fuvest) Observe a carta topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor rural.
Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural
pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declivida-
des, esse produtor deseja plantar eucalipto.
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, ca-
racterísticas mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos
quadrantes:
a) sudeste e nordeste.
b) nordeste e noroeste.
c) noroeste e sudeste.
d) sudeste e sudoeste.
e) sudoeste e noroeste.
14. (Fuvest) Um viajante saiu de Araripe, no Ce- Com base nesse trajeto e no mapa acima,
ará, percorreu, inicialmente, 1.000 km para pode-se afirmar que, durante seu percurso, o
o sul, depois 1.000 km para o oeste e, por viajante passou pelos Estados do Ceará:
fim, mais 750 km para o sul. a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica
e pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de
250 km da cidade de São Paulo.
b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica e
cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750
km da cidade de São Paulo.
c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e pantanal. Encer-
rou sua viagem a cerca de 250 km da cidade
de São Paulo.
d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 750 km da cidade de
São Paulo.
e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 250 km da cidade de
São Paulo.
82
15. (Fuvest) Assinale a alternativa que indica o d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se
climograma que corresponde a uma cidade à aridez do concreto e das construções.
localizada aproximadamente a 3° Sul e 60° e) generalização do ambiente rural, indepen-
Oeste. dentemente das características de sua vege-
a) tação.
16. (Fuvest) São Paulo gigante, torrão adorado 18. (Fuvest) O gráfico abaixo exibe a distribui-
Estou abraçado com meu violão ção percentual do consumo de energia mun-
Feito de pinheiro da mata selvagem dial por tipo de fonte.
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, “São Paulo Gigante“.
83
a) A queda no consumo de petróleo, após a 19. (Fuvest) Considerando os mapas, assinale a
década de 1970, é devida à acentuada dimi- alternativa correta.
nuição de sua utilização no setor aeroviário
e, também, à sua substituição pela energia
das marés.
b) O aumento relativo do consumo de carvão
mineral, a partir da década de 2000, está re-
lacionado ao fato de China e Índia estarem
entre os grandes produtores e consumidores
de carvão mineral, produto que esses países
utilizam em sua crescente industrialização.
c) A participação da hidreletricidade se man-
teve constante, em todo o período, em fun-
ção da regulamentação ambiental proposta
pela ONU, que proíbe a implantação de no-
O potencial hidrelétrico brasileiro:
vas usinas.
a) está esgotado na bacia do Paraná, localizada
d) O aumento da participação das fontes reno- numa área de média densidade demográfica.
váveis de energia, após a década de 1980, b) está esgotado na bacia do São Francisco, lo-
explica-se pelo crescente aproveitamento calizada numa área de baixa densidade de-
de energia solar, proposto nos planos go- mográfica.
vernamentais, em países desenvolvidos de c) é pouco explorado na bacia Leste, localizada
alta latitude. numa área de baixa densidade demográfica.
e) O aumento do consumo do gás natural, ao d) está esgotado na bacia do Uruguai, localizada
longo de todo o período coberto pelo gráfi- numa área de alta densidade demográfica.
co, é explicado por sua utilização crescente e) é pouco explorado na bacia do Tocantins,
nos meios de transporte, conforme estabele- localizada numa área de baixa densidade de-
cido no Protocolo de Cartagena. mográfica.
Com base no mapa e nas informações acima, considere a seguinte situação: João, que vive na ci-
dade de Pequim, China, recebe uma ligação telefônica, às 9h da manhã de uma segunda-feira, de
Maria, que vive na cidade de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia da semana Maria telefonou?
a) 21h do domingo.
b) 17h do domingo.
c) 21h da segunda-feira.
d) 17h da terça-feira.
e) 21h da terça-feira.
84
21. (Fuvest) Quando vim de minha terra, III. O principal polo tecnológico do país é a
se é que vim de minha terra Zona Franca de Manaus, devido à presen-
(não estou morto por lá?), ça de várias incubadoras tecnológicas.
a correnteza do rio IV. Os principais polos tecnológicos do Esta-
me sussurrou vagamente do de São Paulo se localizam na capital,
que eu havia de quedar em São José dos Campos, Campinas e São
lá donde me despedia. Carlos.
(...) Quando vim de minha terra Está correto o que se afirma em:
não vim, perdi-me no espaço a) I e II.
na ilusão de ter saído. b) I e III.
Ai de mim, nunca saí. c) I e IV.
Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade: d) II e III.
a) discute a permanente frustração do desejo e) II e IV.
de migrar do campo para a cidade.
b) reflete sobre o sentimento paradoxal do mi- 24. (Fuvest) O rico patrimônio histórico-arqui-
grante em face de sua identidade regional. tetônico da cidade de São Luiz do Paraitin-
c) expõe a tragédia familiar do migrante quan- ga, parcialmente destruído pelas chuvas no
do se desloca do interior para a cidade. início de 2010, associa-se a um fausto vivido
d) aborda o problema das migrações originárias pelo Vale do Paraíba, no passado, entre final
das regiões ribeirinhas para as grandes cidades. do século XIX e início do século XX, propor-
e) comenta as expectativas e esperanças do mi- cionado pela cultura do café.
grante em relação ao lugar de destino. Considere as seguintes afirmações sobre o
Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo.
22. (Fuvest) O Brasil é uma República Federati- I. A pecuária leiteira, que se desenvolveu
va que apresenta muitas desigualdades re- no Vale, a partir da crise do café, é, ainda
gionais. Confrontando-se dois aspectos – a hoje, uma atividade econômica praticada
igualdade jurídica entre os Estados-mem- na região.
bros e as disparidades econômicas entre as II. Essa região abriga as maiores hidrelétri-
regiões – pode-se afirmar que: cas do Estado, responsáveis pelo forneci-
a) o desequilíbrio econômico regional vem sen- mento de energia para a Região Metropo-
do, ao menos parcialmente, atenuado pelo litana de São Paulo.
menor número de representantes do Sudeste III. O relevo de mares de morros marca a pai-
no Congresso Nacional, em comparação aos sagem dessa região, estendendo-se, tam-
do Norte e Nordeste. bém, para outros estados brasileiros.
b) a região Norte é a menos representada no IV. A industrialização dessa região foi favo-
Congresso Nacional, fato notável principal- recida por sua localização, entre as duas
mente no Senado, derivando daí uma si- maiores cidades brasileiras, bem como
tuação de desigualdade perante as demais por sua acessibilidade rodoviária.
regiões. Está correto o que se afirma em:
c) a região Sul goza de ampla maioria de repre- a) I, II e III, apenas.
sentação no Congresso Nacional, o que lhe b) I e IV, apenas.
tem permitido obter vantagens na redistri- c) I, III e IV, apenas.
buição dos repasses federais. d) II e IV, apenas.
d) o princípio da igualdade, garantido pelo nú- e) I, II, III e IV.
mero fixo de senadores por Estado, permite
uma distribuição equilibrada dos repasses 25. (Fuvest 2018) Estuários são ambientes
federais, entre as diferentes regiões do país. aquáticos em que há a transição entre rio
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca (água doce, com salinidade menor que 0,5 g
representatividade no Congresso, vêm assu- de NaCℓ por Kg de água) e mar (água salga-
mindo liderança na definição das políticas da, com salinidade maior que 30 g de NaCℓ
monetária e cambial no país. por Kg de água). Existem diferentes tipos de
estuários, dos quais três deles são:
23. (Fuvest) Considere as afirmações a seguir 1. Estuário bem misturado: ocorre quando há
sobre os polos tecnológicos no Brasil. grandes variações de maré e fortes corren-
I. Os polos tecnológicos concentram as ati- tes, causando rápida mistura entre as águas.
vidades de pesquisa e desenvolvimento 2. Estuário parcialmente misturado: ocorre
de tecnologias de ponta. quando o mar tem variações moderadas
II. Os polos tecnológicos concentram ativi- de maré e há mistura entre as águas, po-
dades industriais que independem de ou- rém com diferenças entre a região super-
tros setores da economia. ficial e a profunda.
85
3. Estuário do tipo cunha salina: ocorre Representações:
quando o rio desemboca no mar, em que
este tem pouca variação de maré, gerando
grande estratificação.
Medidas de salinidade da água em função
da profundidade foram realizadas em um
ponto equivalente para esses três tipos de
estuários, conforme mostrado no esquema a
seguir, gerando os gráficos I, II e III.
86
GEOGRAFIA 2
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre fatores históricos e geográficos que transfor-
maram o espaço mundial. Também serão abordados temas tais como fluxos migratórios, questões
ambientais, conceitos de população e urbanização, comércio internacional e fontes de energia.
É de vital importância a interpretação de textos, mapas, tabelas e gráficos, que facilitarão a com-
preensão dos exercícios. Além disso, deve-se entender as transformações tecnológicas e seus
impactos nos processos de produção do espaço geográfico.
Tomando por base o mapa anterior, aponte a alternativa que descreve corretamente a situação
atual da área questionada.
a) Na província sudanesa de Darfur, em territórios do antigo Estado de Rabah, trava-se, hoje, uma san-
grenta guerra civil, envolvendo, entre outros, diferentes grupos étnicos e religiosos.
b) Nas antigas possessões zanzibaritas vêm ocorrendo, há vários anos, violentas disputas entre diversos
grupos tribais em torno do controle da produção de petróleo.
c) Ao norte dos antigos estados Bôeres, região então conhecida como Bechuanalândia, travou-se, há
poucos anos, violenta luta, envolvendo os grupos étnicos tutsis e hutus.
d) No extremo ocidental do golfo da Guiné, ao sul da região anteriormente controlada pelos mouros, os
conflitos atuais estão relacionados à disputa pelo controle das ricas jazidas de prata ali existentes.
e) A Etiópia, que sempre teve fronteiras relativamente bem definidas, foi, por essa mesma razão, o único
país africano capaz de manter a paz interna até nossos dias.
2. (Fuvest) Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países espe-
cializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que
hoje chamamos de América latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tem-
pos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua
garganta. Passaram os séculos, e a América latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino
das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus
das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando
como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de
petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países
ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América latina ganha produzindo-os.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981 (Adaptado).
87
Sobre a atual Divisão Internacional do Tra-
balho (DIT), no que diz respeito à mineração
na América latina, é correto afirmar:
a) O México é o país com maior produção de
carvão, cuja exportação é controlada por
capital canadense. Para tal situação, o pa-
drão de dominação Norte/Sul na DIT, men-
cionado pelo autor, é praticado no mesmo
continente.
b) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na pro-
dução mundial de manganês, por meio de
empresas privatizadas nos dois últimos go- a) representou uma parcela importante do
vernos bolivarianos, o que realça sua posição mercado mundial, embora seu mercado in-
no cenário econômico internacional, rom- terno não tenha incorporado nem 1/3 da
pendo a dominação Norte/Sul. sua população, majoritariamente urbana,
c) O Chile destaca-se pela extração de cobre, na região I, de clima tropical.
principalmente na sua porção centro-norte, b) incrementou o comércio internacional,
que é, em parte, explorado por empresas atraindo investimentos estrangeiros, extin-
transnacionais, o que reitera o padrão da DIT guindo o controle migratório e desenvol-
mencionado pelo autor. vendo produção de trigo nas terras altas da
d) A Bolívia destaca-se como um dos maiores região II.
produtores de ferro da América latina, e, re- c) passou por graves crises de crescimento eco-
centemente, o controle de sua produção pas- nômico que afetaram, sobretudo, as áreas
sou a ser feito por conselhos indígenas. Essa altas e secas, assinaladas em III, onde se
autonomia do país permitiu o rompimento localizam as minorias nacionais, como tibe-
da dominação estadunidense. tanos e chineses muçulmanos.
e) O Uruguai é o principal produtor mundial de d) revelou expressivo crescimento econômico
prata, e o controle de sua extração é fei- e taxa baixa de crescimento demográfico,
to por empresas transnacionais. Nesse caso, apresentando clima subtropical com grandes
mantém-se o padrão da inserção do país na áreas de agricultura irrigada, na região IV.
DIT mencionada pelo autor. e) coletivizou as atividades econômicas, reafir-
mando os valores de sua revolução, desen-
3. (Fuvest) Na década de 1990, a China, segun- volvendo a agricultura irrigada na região III,
do país em extensão territorial e com cerca de clima continental e de baixa densidade
de 20% da população do mundo: demográfica.
4. (Fuvest)
88
5. (Fuvest) O local e o global determinam-se reci- c) manteve-se alta nos Estados Unidos, no Ja-
procamente, umas vezes de modo congruente e pão e na França, apesar da reconhecida qua-
consequente, outras de modo desigual e desen- lidade do transporte público desses países.
contrado. Mesclam-se e tensionam-se singulari- d) diminuiu na Argentina e na Coreia do Sul,
dades, particularidades e universalidades. Con- em decorrência da recessão econômica que
forme Anthony Giddens, “a globalização pode atingiu esses países.
assim ser definida como a intensificação das e) manteve-se baixa na Itália, apesar de fortes
relações sociais em escala mundial, que ligam investimentos na indústria automobilística.
localidades distantes de tal maneira que acon-
tecimentos locais são modelados por eventos
ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-
-versa. Este é um processo dialético porque tais
Raio X
acontecimentos locais podem se deslocar numa
direção inversa às relações muito distanciadas 1.
A província de Darfur, hoje parte do Sudão, é
que os modelam. A transformação local é, as- uma área que, há anos, tem chamado a aten-
sim, uma parte da globalização”. ção internacional, devido aos intensos confli-
IANNI, Octávio. Estudos avançados. São
tos e genocídios empreendidos pela população
Paulo: USP, 1994 (Adaptado). árabe do norte contra a população negra tribal
animista. Além dos conflitos étnico-religiosos,
Neste texto, escrito no final do século XX, o há disputa de terras e, principalmente, pelos
autor refere-se a um processo que persiste recursos naturais, como o petróleo.
no século atual. A partir desse texto, pode-se
inferir que esse processo leva à: 2.
A grande produção e exportação de cobre
a) padronização da vida cotidiana. no Chile comprova a citação de Galeano, de
b) melhor distribuição de renda no planeta. que a América latina posterga sua função de
c) intensificação do convívio e das relações fornecedor de matéria-prima para a econo-
afetivas presenciais. mia mundial. Estão incorretas as alternati-
d) maior troca de saberes entre gerações. vas: [A] e [B], porque o México e a Colômbia
e) retração do ambientalismo como reação à so- se destacam na produção de petróleo; [D],
ciedade de consumo. porque a Bolívia se destaca na produção de
carvão mineral, petróleo e manganês; e [E],
porque a economia do Uruguai está assenta-
6. (Fuvest) Considere que a motorização de um
da na produção agropecuária.
país constitui um importante indicador para
o planejamento dos transportes e da mobili- 3.
O [I] da China representa o Tibet e parte do
dade urbana. Esse indicador pode ser obti- Sinkiang (chineses muçulmanos), caracteri-
do, por exemplo, com base na relação entre zando-se pelos climas de montanha e árido,
o número de habitantes e o de autoveículos, respectivamente, e pelas grandes altitudes.
tal como expresso no gráfico abaixo. Desta- O [II] compreende o deserto de Gobi e parte
que-se o fato de que, quanto menor essa re- do oeste chinês, áreas estratégicas da China.
lação, maior a motorização de um país. O [III] é a Manchúria, com grande industria-
lização de base e rico subsolo, com clima tem-
perado e elevada concentração demográfica.
O [IV] é atravessado ao sul pelo trópico de
Câncer, o que configura o domínio do clima
subtropical e apresenta alta produção agrí-
cola (arroz) e grandes investimentos estran-
geiros, com a entrada de numerosas multina-
cionais nas ZEE (Zonas Econômicas Especiais)
localizadas junto às cidades de Cantão e Hong
Kong, no litoral do [IV].
Chama a atenção o fato de que, no enuncia-
do dessa questão, o seu elaborador tenha co-
metido um engano, pois considerou a China
como o segundo maior país em extensão – na
Com base no gráfico e em seus conhecimen- verdade, o Canadá, com 9.970.610 km2, é o
tos, é correto afirmar que a motorização: segundo e a China, com 9.536.499 km2, é o
a) aumentou, discretamente, na Alemanha, terceiro em extensão do globo. No entanto,
graças à estabilidade econômica do país. esse problema não compromete a ótima qua-
b) diminuiu, sensivelmente, no Brasil, em fun- lidade da questão.
ção das altas taxas de juros para o financia-
mento de autoveículos.
89
4.
Desde 2008, alguns países da União Euro-
peia enfrentam uma grave crise financeira, Prática dos
devido a problemas como alto deficit públi-
co, elevada dívida interna e acentuada dí- conhecimentos - E.O.
vida externa. É o caso de nações da Zona do
Euro como Portugal, Grécia, Espanha, Irlan- 1. (Fuvest) O aumento da dívida externa na
da e Itália. Mesmo assim, vários países são América latina, evidenciado no gráfico, ocor-
candidatos ao ingresso no bloco, devido às reu, principalmente, devido:
vantagens de ordem comercial, como foi o
caso da Croácia, que entrou em 2013.
5.
O processo de globalização constitui a fase
recente de expansão do capitalismo no es-
paço mundial, sendo caracterizado pela ace-
leração dos fluxos de mercadorias, capital,
pessoas e informações. O processo é possí-
vel graças à modernização integrada dos
transportes, telecomunicações e informáti-
ca. Entretanto, a globalização está a serviço
dos interesses das empresas, inclusive das
transnacionais, que induzem a padronização a) à ampliação das trocas comerciais entre paí-
do consumo e do comportamento em escala ses.
global, fator que pode enfraquecer as parti- b) ao desequilíbrio comercial em relação aos
cularidades culturais regionais e locais. países ricos.
6.
Segundo o índice de motorização, quanto c) ao importante incremento do capital espe-
menor a relação entre habitantes e autove- culativo.
ículos, maior é a motorização do país, por- d) à queda do PIB e à valorização das
tanto, como mencionado corretamente na commodities.
alternativa [C], países desenvolvidos, como e) ao aumento das taxas de juros externos.
Estados Unidos, Japão e França, apresentam
elevado índice de motorização a despeito 2. (Fuvest) Podemos afirmar que os fluxos fi-
da qualidade dos serviços de transporte pú- nanceiros globais:
blico. Estão incorretas as alternativas: [A], a) dinamizam atividades de serviço em Nova
porque, na Alemanha, o índice registrou re- Iorque, Paris e Roma, onde se localizam as
dução; [B] e [D], porque o índice sofreu au- principais bolsas mundiais, o mesmo não
mento no Brasil, Argentina e Coreia do Sul; ocorrendo nas principais bolsas do hemisfé-
e [E], porque a Itália registra alto índice de rio sul: São Paulo e Joanesburgo.
motorização. b) necessitam que as principais bolsas do mer-
cado internacional abram e fechem, ao mes-
mo tempo, evitando que haja interrupção
Gabarito nos fluxos e nas informações financeiras.
c) são hoje tão significativos, na escala mun-
dial, como nunca foram antes, tendo ori-
1. A 2. C 3. D 4. A 5. A ginado desigualdade social por serem mais
6. C intensos nas bolsas do hemisfério norte que
nas bolsas do hemisfério Sul.
d) necessitam fluir continuamente, fazendo com
que cada uma das principais bolsas operem
24 horas, sem interrupção, garantindo, assim,
possibilidades de negócios aos investidores.
e) fazem das bolsas de valores, operando sempre
em sintonia para assegurar a continuidade
dos negócios, locais onde são realizadas com-
pras e vendas de ações pelos investidores.
90
b) investem apenas em países que oferecem c) A implantação de grandes obras de engenha-
um mercado consumidor expressivo, já que ria, com destaque para rodovias transconti-
a produção destina-se ao mercado interno. nentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao
c) dispõem de grande mobilidade territorial, sendo investimento chinês no setor da construção
que seus investimentos restringem-se a países civil na África.
que integram blocos econômicos comerciais. d) O agronegócio foi o principal investimento
d) investem em países aliados aos Estados Uni- da China na África em função do exponen-
dos, por determinação do Conselho de Segu- cial crescimento da população chinesa e de
rança da ONU. sua grande demanda por alimentos.
e) dispõem de grande mobilidade territorial, e) O investimento chinês no setor minerador,
sendo que seus investimentos migram para na África, associa-se ao crescimento indus-
países que oferecem vantagens fiscais. trial da China e sua consequente demanda
por petróleo e outros minérios.
4. (Fuvest) Uma das inquietações fundamen-
tais da atualidade, dentro do processo de 6. (Fuvest) No mapa a seguir, destacam-se três
globalização, consiste em se indagar sobre regiões europeias onde:
o que irá prevalecer no comércio internacio-
nal: multilateralismo ou regionalismo? Para
gerenciar o comércio internacional e fortale-
cer o multilateralismo, foi criado, em 1995,
__________, com sede em Genebra (Suíça),
substituindo __________, de 1947.
Adaptado de: Sene e Moreira, 1998.
91
maneiras, fornecendo desde militares e mé- 9. (Fuvest) As legendas corretas para as fotos
dicos até equipes de engenharia, e também abaixo são:
por meio de aportes financeiros.
Considere os seguintes motivos, além da-
queles de razão humanitária, para esse
apoio ao Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico
para a geração de energia, pois a cadeia
do Himalaia, no Nepal, representa divisor
de águas das bacias hidrográficas dos rios
Ganges e Brahmaputra, caracterizando
densa rede de drenagem;
II. interesse desses países em controlar o
fluxo de mercadorias agrícolas produzi- a) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for-
das no Nepal, através do sistema hidro- mação ligada à tectônica de placas
viário Ganges-Brahmaputra, já que esse II – Área de sedimentação do Cenozoico,
país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao com depósitos fluviais
norte, com a China; b) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
III. necessidades da Índia e, principalmen- formação ligada à ação vulcânica
te, da China, as quais, com o aumento da II – Área de sedimentação do Paleozoico,
população e da urbanização, demandam com depósitos eólicos
suprimento de água para abastecimento c) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for-
público, tendo em vista que o Nepal pos- mação ligada à ação vulcânica
sui inúmeros mananciais. II – Área de sedimentação do Pré-cambriano,
Está correto o que se indica em: com depósitos fluviais
a) I, apenas. d) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
b) II, apenas. formação ligada à ação vulcânica
c) I e III, apenas. II – Área de sedimentação do Cenozoico,
d) II e III, apenas. com depósitos fluviais
e) I, II e III. e) I – Cadeia orogênica do Arqueozoico, com
formação ligada à tectônica de placas
8. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alterna- II – Área de sedimentação do Paleozoico,
tiva que completa corretamente a frase. com depósitos eólicos
92
13. (Fuvest) O mundo tem vivido inúmeros con-
flitos regionais de repercussão global que,
por um lado, envolvem intervenções de tro-
pas de diferentes países e, por outro lado,
resultam em discussões na Organização das
Nações Unidas.
Considere as seguintes afirmações:
I. Povos primitivos precisam ser tutelados
pela diplomacia internacional ou repri-
midos por forças de nações desenvolvi-
das, para que conflitos locais ou regionais
não perturbem o equilíbrio mundial.
II. Razões estratégicas, de localização ge-
Em suas declarações, o governo norte-ame- ográfica, de orientação política ou de
ricano justifica o uso dos drones, principal- concentração de recursos naturais, fazem
mente, como: com que certas regiões ou países sejam
a) proteção militar a países com importantes alvo de interesses, preocupações e inter-
laços econômicos com os EUA, principalmen- venções internacionais.
te na área de minerais raros. III. Diferenças étnicas, culturais, políticas
b) necessidade de proteção às embaixadas e ou religiosas, com raízes históricas, têm
outras legações diplomáticas norte-america- resultado em preconceito, desrespeito e
nas em países com trajetória comunista. segregação, gerando tensões que reper-
c) meio de transporte para o envio de equipa- cutem em conflitos existentes entre dife-
mentos militares ao Irã, com a finalidade de rentes nações.
desmonte das atividades nucleares. O envolvimento global em conflitos regio-
d) um dos pilares da sua estratégia de comba- nais é, corretamente, explicado em:
te ao terrorismo, principalmente em regiões a) I, apenas.
com importante atuação tribal/terrorista. b) II, apenas.
e) reforço para a megaoperação de espionagem, c) I e III, apenas.
executada em 2013, que culminou com o d) II e III, apenas.
asilo de Snowden na Rússia. e) I, II e III.
12. (Fuvest) “Mais da metade do gênero huma- 14. (Fuvest) O cartograma apresenta a localização
no jamais discou um número de telefone. Há de alguns dos maiores deltas mundiais. Estu-
mais linhas telefônicas em Manhattan do dos recentes consideram os deltas como áreas
que em toda a África, ao sul do Saara.”
de interesse global para monitoramento.
(Mbeki, vice-presidente da África do Sul, 1995.)
93
Está correto o que se afirma em: c) intermediários, com a contratação prioritá-
a) I apenas. ria de imigrantes asiáticos, destacando-se
b) II apenas. coreanos e chineses.
c) III apenas. d) de consumo não duráveis, com a superex-
d) I e III apenas. ploração, principalmente, de imigrantes bo-
e) I, II e III. livianos e peruanos.
e) de produção, com a contratação majoritária,
15. (Fuvest) A metrópole se transforma num por meio de empresas de médio porte, de
ritmo intenso. A mudança mais evidente re- imigrantes peruanos e colombianos.
fere-se ao deslocamento de indústrias da ci-
dade de São Paulo [para outras cidades pau- 17. (Fuvest)
listas ou outros estados], uma tendência que
presenciamos no processo produtivo – como
condição de competitividade – que obriga as
empresas a se modernizarem.
CARLOS, A.F.A. São Paulo: do capital industrial
ao capital financeiro. 2004 (Adaptado).
94
Quanto às atuais dificuldades de efetivação Os gráficos revelam:
dos direitos indígenas, é correto afirmar que: a) pequena quantidade de propriedades, com
a) as áreas I e II apresentam o mesmo proble- até 100 ha, ocupando a maior parcela da
ma: ausência de legislação para demarcação área, o que significa uma distribuição desi-
de terras. gual da terra.
b) a área II tem como maior problema a inexis- b) grande quantidade de propriedades, com
tência de terras demarcadas devido à supre- mais de 1000 ha, correspondendo à maior
macia das atividades agropecuárias. parcela da área ocupada, o que significa uma
c) a área I apresenta, como maior problema, o distribuição equitativa da terra.
desinteresse das populações indígenas em c) grande quantidade de propriedades, com até
preservar sua integridade cultural. 100 ha, correspondendo às menores parcelas
d) a área II tem como problemas a existência de da área ocupada, o que significa uma distri-
pequenas áreas demarcadas, além da intensa buição desigual da terra.
exposição ao processo de aculturação. d) pequena quantidade de propriedades, de
100 a 1000 ha, ocupando a maior parcela da
e) a área I está com seu processo de demarca-
área, o que significa uma distribuição equi-
ção de terras interrompido devido às solici-
tativa da terra.
tações de fazendeiros e garimpeiros.
e) pequena quantidade de propriedades, com
mais de 1000 ha, correspondendo à menor
19. (Fuvest) As previsões catastrofistas dos parcela da área ocupada, o que significa uma
“neomalthusianos” sobre o crescimento de- distribuição desigual da terra.
mográfico e sua pressão sobre os recursos
naturais não se confirmaram, notadamente, 21. (Fuvest)
porque:
a) o processo de globalização permitiu o acesso
voluntário e universal a meios contracepti-
vos eficazes, impactando, sobretudo, os paí-
ses em desenvolvimento.
b) a nova onda de “revolução verde”, propicia-
da pela introdução dos transgênicos, afastou
a ameaça de fome epidêmica nos países mais
pobres.
c) as ações governamentais e a urbanização
implicaram forte queda nas taxas de nata-
lidade, exceto em países muçulmanos e da
África subsaariana, entre outros.
d) o estilo de vida consumista, maior respon- Em algumas cidades, pode-se observar no
sável pela degradação dos recursos naturais, horizonte, em certos dias, a olho nu, uma
vem sendo superado desde a Conferência camada de cor marrom. Essa condição afe-
Rio-92. ta a saúde, principalmente, de crianças e de
e) os fluxos migratórios de países pobres para idosos, provocando, entre outras, doenças
aqueles ricos que têm crescimento vegetati- respiratórias e cardiovasculares.
vo negativo compensaram a pressão sobre os Adaptado de: <http://tempoagora.uol.com.
recursos naturais. br/noticias>. Acesso em: 20 jun. 2009.
95
22. (Fuvest) Sobre o modelo de industrialização implementado em países do sudeste asiático, como
Coreia do Sul e Taiwan, e o adotado em países da América latina, como a Argentina, o Brasil e o
México, pode-se afirmar que:
a) nos países do sudeste asiático, a participação de capital estrangeiro impediu o desenvolvimento de
tecnologia local, ao passo que, nos países latino-americanos, ela promoveu esse desenvolvimento.
b) nos dois casos, não houve participação do Estado na criação de infraestrutura necessária à industria-
lização.
c) nos países do sudeste asiático, a organização dos trabalhadores, em sindicatos livres, encareceu o
produto final, ao passo que, nos países latino-americanos, a ausência dessa organização tornou os
produtos mais competitivos.
d) nos dois casos, houve importante participação de capital japonês, responsável pelo desenvolvimento
tecnológico nessas regiões.
e) nos países do sudeste asiático, a produção industrial visou à exportação, ao passo que, nos países
latino-americanos, a produção objetivou o mercado interno.
23. (Fuvest)
Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995:
a) as três cidades com o menor número de habitantes, por hectare, são aquelas que mais consomem ga-
solina no transporte particular de passageiros.
b) nas três cidades da América do Sul, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior consu-
mo de gasolina no transporte particular de passageiros.
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem gasolina no transporte parti-
cular de passageiros.
d) nas três cidades da América do Norte, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior con-
sumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
e) as três cidades da Ásia mais populosas, por hectare, estão entre as quatro com menor consumo de
gasolina no transporte particular de passageiros.
24. (Fuvest)
96
O mapa retrata a distribuição espacial, no planeta, de núcleos urbanos com mais de 10 milhões
de habitantes, as megacidades. Sobre megacidades e os processos que as geraram, é correto
afirmar que:
a) a maior do mundo, Tóquio, teve vertiginoso crescimento após a Segunda Guerra Mundial, em razão do
expressivo desenvolvimento econômico do Japão nesse período.
b) as latino-americanas cresceram em razão das riquezas geradas por atividades primárias e do dinamis-
mo econômico decorrente de suas funções portuárias.
c) a maior parte delas localiza-se em países de elevado PIB per capita, tendo sua origem ligada a índices
expressivos de crescimento vegetativo e êxodo rural.
d) as localizadas em países de economia menos dinâmica cresceram lentamente devido à expansão do
setor primário.
e) as localizadas no Oriente Médio são expressivas em número, em razão do desenvolvimento econômico
gerado pelo petróleo.
Gabarito
1. E 2. E 3. E 4. C 5. E 6. C 7. C 8. D 9. A 10. A
11. D 12. A 13. D 14. D 15. E 16. D 17. D 18. D 19. C 20. C
21. D 22. E 23. A 24. A
97
C N
CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas t e c n o l o g i a s
Biologia
Fuvest - Biologia
Citologia, 22%
Ecologia, 18%
Fisiologia animal e humana, 18%
Reino vegetal, fungos e monera, 18%
Genética, 17%
Reino animal e protoctistas, 7%
BIOLOGIA 1
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os seres vivos e o ambiente que os rodeia, assim
como a interação entre os indivíduos e indivíduos e o meio. Em adicional, compreender as caracterís-
ticas e classificação dos vegetais.
101
c) disponibilidade de combustíveis renováveis
e, consequentemente, menor queima de Prática dos
combustíveis fósseis, que liberam CFC (clo-
rofluorcarbono). conhecimentos - E.O.
d) absorção de CFC, gás responsável pela des-
truição da camada de ozônio. 1. (Fuvest) A cobra-coral (Erythrolamprus
e) sombreamento do solo, com resfriamento da aesculapii) tem hábito diurno, alimenta-se
superfície terrestre. de outras cobras e é terrícola, ou seja, caça
e se abriga no chão. A jararaca (Bothrops
jararaca) tem hábito noturno, alimenta-se
Raio X de mamíferos e é terrícola. Ambas ocorrem
no Brasil, na floresta pluvial costeira.
1.
As bactérias fotossintetizantes e as quimios- Essas serpentes:
sintetizantes são autótrofas e, logo, produ- a) disputam o mesmo nicho ecológico.
toras. As bactérias saprofágicas são decom- b) constituem uma população.
positoras e as parasitas, consumidoras. c) compartilham o mesmo habitat.
d) realizam competição intraespecífica.
2. Para estudar a divisão meiótica em samam- e) são comensais.
baia, o pesquisador necessitará observar os
soros, que são os lugares onde as células di-
videm-se por meiose e produzem os esporos 2. (Fuvest) Num determinado lago, a quan-
haploides. tidade dos organismos do fitoplâncton é
controlada por um crustáceo do gênero
3.
O ápice do caule possui meristema primário, o Artemia, presente no zooplâncton. Graças a
qual é indiferenciado sem função específica. esse equilíbrio, a água permanece transpa-
4.
A seiva bruta transporta sais minerais e rente. Depois de um ano muito chuvoso, a sa-
água. A água é um reagem da fotossíntese. linidade do lago diminuiu, o que permitiu o
crescimento do número de insetos do gênero
5.
O tico-tico se alimenta do fubá (produtor),
Trichocorixa, predadores de Artemia. A
tornando-se consumidor primário, e da mi-
transparência da água do lago diminuiu.
nhoca, tornando-se consumidor secundário.
Considere as afirmações:
6.
Para realizar a fotossíntese, os vegetais rea- I. A predação provocou o aumento da popu-
lizam o sequestro do carbono atmosférico. lação dos produtores.
II. A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores secundários.
Gabarito III. A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores primários.
Está correto o que se afirma apenas em:
1. E 2. C 3. A 4. B 5. B
a) I.
6. B b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
102
Analise as seguintes afirmativas: a) dos frutos e depois das flores.
I. Houve eventos de extinção que reduziram b) das flores e depois dos frutos.
em mais de 50% o número de espécies c) das sementes e depois das flores.
existentes. d) das sementes e antes dos frutos.
II. A diminuição na atividade fotossintética e) das flores e antes dos frutos.
foi a causa das grandes extinções.
III. A extinção dos grandes répteis aquáti- 6. (Fuvest) No morango, os frutos verdadeiros são
cos no final do Cretáceo, há cerca de 65 as estruturas escuras e rígidas que se encon-
milhões de anos, foi, percentualmente, o tram sobre a parte vermelha e suculenta. Cada
maior evento de extinção ocorrido. uma dessas estruturas resulta, diretamente:
De acordo com o gráfico, está correto apenas a) da fecundação do óvulo pelo núcleo esper-
o que se afirma em: mático do grão de pólen.
a) I. b) do desenvolvimento do ovário, que contém a
b) II. semente com o embrião.
c) III. c) da fecundação de várias flores de uma mes-
d) I e II. ma inflorescência.
e) II e III. d) da dupla fecundação, que é exclusiva das
angiospermas.
4. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos e) do desenvolvimento do endosperma que nu-
de uma espécie de mamíferos foram intro- trirá o embrião.
duzidos numa determinada região. O gráfico
abaixo mostra quantos indivíduos dessa po- 7. (Fuvest) Uma das consequências do “efeito
pulação foram registrados a cada ano, desde estufa” é o aquecimento dos oceanos. Esse
1910 até 1950. aumento de temperatura provoca:
a) menor dissolução de CO2 nas águas oceâni-
cas, o que leva ao consumo de menor quan-
tidade desse gás pelo fitoplâncton, contri-
buindo, assim, para o aumento do efeito
estufa global.
b) menor dissolução de O2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
c) menor dissolução de CO2 e O2 nas águas
oceânicas, o que leva ao consumo de maior
quantidade de O2 pelo fitoplâncton, con-
tribuindo, assim, para a redução do efeito
estufa global.
d) maior dissolução de CO2 nas águas oceâni-
Esse gráfico mostra que: cas, o que leva ao consumo de maior quan-
a) desde 1910 até 1940, a taxa de natali- tidade desse gás pelo fitoplâncton, con-
dade superou a de mortalidade em todos tribuindo, assim, para a redução do efeito
os anos. estufa global.
b) a partir de 1938, a queda do número de in- e) maior dissolução de O2 nas águas oceânicas,
divíduos foi devida à emigração. o que leva à liberação de maior quantidade
c) no período de 1920 a 1930, o número de de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
nascimentos mais o de imigrantes foi equi- sim, para o aumento do efeito estufa global.
valente ao número de mortes mais o de emi-
grantes. 8. (Fuvest) Há anos, a Amazônia brasileira tem
d) no período de 1935 a 1940, o número de sofrido danos ambientais, provocados por
nascimentos mais o de imigrantes superou o atividades como queimadas e implantação
número de mortes mais o de emigrantes. de áreas de pecuária para o gado bovino.
e) no período de 1910 a 1950, o número de Considere os possíveis danos ambientais re-
nascimentos mais o de imigrantes superou o sultantes dessas atividades:
número de mortes mais o de emigrantes. I. Aumento da concentração de dióxido de
carbono (CO2) atmosférico, como conse-
5. (Fuvest) Na evolução dos vegetais, o grão de quência da queima da vegetação.
pólen surgiu em plantas que correspondem, II. Aumento do processo de laterização, de-
atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso vido à perda de ferro (Fe) e alumínio
significa que o grão de pólen surgiu antes: (Aℓ) no horizonte A do solo.
103
III.
Aumento da concentração de metano e países que venham a ser responsabilizados
(CH4) atmosférico, liberado pela digestão por novos danos ambientais.
animal. d) A presença de petróleo na superfície da
IV. Diminuição da fertilidade dos solos pela água, por dificultar a passagem da luz, di-
liberação de cátions Na+, K+, Ca2+ e Mg2+, minui a taxa de fotossíntese realizada pelo
anteriormente absorvidos pelas raízes zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a
das plantas. cadeia alimentar.
Está correto o que se afirma em: e) Os dispersantes aumentam a quantidade de
a) I e III, apenas. petróleo que se mistura com a água, porém
b) I, II e III, apenas. não o removem do mar.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas. 11. (Fuvest) A passagem do modo de vida caça-
e) I, II, III e IV. dor-coletor para um modo de vida mais se-
dentário aconteceu há cerca de 12 mil anos
9. (Fuvest) As afirmações abaixo se referem a e foi causada pela domesticação de animais
características do ciclo de vida de grupos de e de plantas. Com base nessa informação, é
plantas terrestres: musgos, samambaias, pi- correto afirmar que:
nheiros e plantas com flores. a) no início da domesticação, a espécie humana
I. O grupo evolutivamente mais antigo pos- descobriu como induzir mutações nas plan-
sui fase haploide mais duradoura do que tas para obter sementes com características
fase diploide. desejáveis.
II. Todos os grupos com fase diploide mais b) a produção de excedentes agrícolas permitiu
duradoura do que fase haploide apresen- a paulatina regressão do trabalho, ou seja,
tam raiz, caule e folha verdadeiros. a diminuição das intervenções humanas no
III. Os grupos que possuem fase haploide e meio natural com fins produtivos.
diploide de igual duração apresentam, c) a grande concentração de plantas cultivadas
também, rizoides, filoides e cauloides (ou em um único lugar aumentou a quantidade
seja, raiz, folha e caule não verdadeiros). de alimentos, o que prejudicou o processo de
Está correto apenas o que se afirma em: sedentarização das populações.
a) I. d) no processo de domesticação, sementes com
b) II. características desejáveis pelos seres huma-
c) III. nos foram escolhidas para serem plantadas,
d) I e II. num processo de seleção artificial.
e) II e III. e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o
desenvolvimento da agricultura e do pasto-
10. (Fuvest) O acidente ocorrido em abril de reio, garantindo a eliminação progressiva de
2010, em uma plataforma de petróleo no relações sociais escravistas.
golfo do México, colocou em risco o delicado
equilíbrio do ecossistema da região. 12. (Fuvest) Os resultados de uma pesquisa re-
Além da tentativa de contenção, com bar- alizada na USP revelam que a araucária, o
reiras físicas, de parte do óleo derramado, pinheiro brasileiro, produz substâncias an-
foram utilizados dispersantes químicos. Dis- tioxidantes e fotoprotetoras. Uma das auto-
persantes são compostos que contêm, em ras do estudo considera que, possivelmen-
uma mesma molécula, grupos compatíveis te, essa característica esteja relacionada ao
com óleo (lipofílicos) e com água (hidrofí- ambiente com intensa radiação UV em que
licos). a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de
Levando em conta as informações acima e anos. Com base na teoria sintética da evolu-
com base em seus conhecimentos, indique a ção, é correto afirmar que:
afirmação correta. a) essas substâncias surgiram para evitar que
a) O uso de dispersantes é uma forma de elimi- as plantas sofressem a ação danosa da radia-
nar a poluição a que os organismos maríti- ção UV.
mos estão expostos. b) a radiação UV provocou mutações nas folhas
b) Acidentes como o mencionado podem gerar da araucária, que passaram a produzir tais
novos depósitos de petróleo, visto que a for- substâncias.
mação desse recurso depende da concentra- c) a radiação UV atuou como fator de seleção,
ção de compostos de carbono em ambientes de maneira que plantas sem tais substâncias
continentais. eram mais suscetíveis à morte.
c) Entidades internacionais conseguiram, após d) a exposição constante à radiação UV indu-
o acidente, a aprovação de sanções econômi- ziu os indivíduos de araucária a produzirem
cas a serem aplicadas pela ONU às empresas substâncias de defesa contra tal radiação.
104
e) a araucária é um exemplo típico da finali-
dade da evolução, que é a produção de in-
divíduos mais fortes e adaptados a qualquer
ambiente.
105
18. (Fuvest) As estruturas presentes em uma cé- c) converter o CO2 da atmosfera em matéria or-
lula vegetal, porém ausentes em uma bacté- gânica, utilizando a energia da luz solar.
ria, são: d) reter o CO2 da atmosfera na forma de com-
a) cloroplastos, lisossomos, núcleo e membrana postos inorgânicos, a partir de reações de
plasmática. oxidação em condições anaeróbicas.
b) vacúolos, cromossomos, lisossomos e ribos- e) transferir o CO2 atmosférico para as molécu-
somos. las de ATP, fonte de energia para o metabo-
c) complexo golgiense, membrana plasmática, lismo vegetal.
mitocôndrias e núcleo.
d) cloroplastos, mitocôndrias, núcleo e retículo 21. (Fuvest) “Para compor um tratado sobre pas-
endoplasmático. sarinhos é preciso por primeiro que haja um
e) cloroplastos, complexo golgiense, mitocôn- rio com árvores e palmeiras nas margens.
drias e ribossomos. E dentro dos quintais das casas que haja pelo
menos goiabeiras. E que haja por perto bre-
19. (Fuvest) As bactérias diferem quanto à fonte jos e iguarias de brejos.
primária de energia para seus processos me- É preciso que haja insetos para os passari-
tabólicos. Por exemplo: nhos.
I. Chlorobium sp. utiliza energia luminosa. Insetos de pau sobretudo que são os mais
II. Beggiatoa sp. utiliza energia gerada pela palatáveis.
oxidação de compostos inorgânicos. A presença de libélulas seria uma boa.
III. Mycobacterium sp. utiliza energia gerada O azul é importante na vida dos passarinhos
pela degradação de compostos orgânicos porque os passarinhos precisam antes de ser
componentes do organismo hospedeiro. belos ser eternos.
Com base nessas informações, indique a al- Eternos que nem uma fuga de Bach.”
ternativa que relaciona corretamente essas “De passarinhos”. Manoel de Barros
bactérias com seu papel nas cadeias alimen-
tares de que participam. No texto, o conjunto de elementos, descri-
to de forma poética em relação aos passa-
Chlorobium sp. Beggiatoa sp. Mycobacterium sp.
rinhos, pode ser associado, sob o ponto de
a) Consumidor Produtor Consumidor vista biológico, ao conceito de:
b) Consumidor Decompositor Consumidor a) bioma.
b) nicho ecológico.
c) Produtor Consumidor Decompositor
c) competição.
d) Produtor Decompositor Consumidor d) protocooperação.
e) Produtor Produtor Consumidor e) sucessão ecológica.
20. (Fuvest) As crescentes emissões de dióxido 22. (Fuvest) A observação de faunas dos conti-
de carbono (CO2), metano (CH4), óxido ni- nentes do hemisfério Sul revela profundas
troso (N2O), entre outros, têm causado sérios diferenças. Na América do Sul, existem pre-
problemas ambientais, como, por exemplo, guiças, antas, capivaras, tamanduás e onças;
a intensificação do efeito estufa. Estima-se na África, há leões, girafas, camelos, zebras
que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbo- e hipopótamos; na Austrália, cangurus, or-
no emitidas anualmente pelas atividades nitorrincos e equidnas e, na Antártida, os
humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se pinguins. Entretanto, descobriram-se es-
na atmosfera, sendo os oceanos responsáveis pécies fósseis idênticas nessas regiões. As-
pela absorção de 1,5 bilhão de toneladas, en- sim, fósseis da gimnosperma ‘Glossopteris’
quanto quase 2 bilhões de toneladas são se- foram encontrados ao longo das costas li-
questradas pelas formações vegetais. torâneas da África, América do Sul, Austrá-
Assim, entre as ações que contribuem para a lia e Antártida, e ainda fósseis dos répteis
redução do CO2 da atmosfera, estão a preser- ‘Cynognathus’ e ‘Lystrosaurus’ foram desco-
vação de matas nativas, a implantação de re- bertos na América do Sul, África e Antártida.
florestamentos e de sistemas agroflorestais e Para explicar esses fatos, formularam-se as
a recuperação de áreas de matas degradadas. seguintes hipóteses:
O papel da vegetação, no sequestro de carbo- I. A presença de fósseis idênticos, nos vá-
no da atmosfera, é: rios continentes, prova que todas as for-
a) diminuir a respiração celular dos vegetais mas de vida foram criadas simultanea-
devido à grande disponibilidade de O2 nas mente nas diversas regiões da Terra e se
florestas tropicais. diferenciaram mais tarde.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bacté- II. As faunas e floras atuais são resultado da
rias decompositoras do solo e absorver o car- seleção natural em ambientes diversos,
bono livre por meio das raízes das plantas. isolados geograficamente.
106
III. Os continentes, há milhões de anos, eram
unidos, separando-se posteriormente. Gabarito
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas. 1. C 2. D 3. A 4. D 5. E
b) II, apenas.
c) I e III, apenas. 6. B 7. A 8. A 9. D 10. E
d) II e III, apenas. 11. D 12. C 13. A 14. E 15. E
e) I, II e III.
16. B 17. A 18. D 19. E 20. C
23. (Fuvest) Existe um produto que, aplicado 21. B 22. D 23. B 24. D
nas folhas das plantas, promove o fecha-
mento dos estômatos, diminuindo a perda
de água.
Como consequência imediata do fechamento
dos estômatos:
I. o transporte de seiva bruta é prejudicado.
II. a planta deixa de absorver a luz.
III. a entrada de ar atmosférico e a saída de
CO2 são prejudicadas.
IV. a planta deixa de respirar e de fazer fo-
tossíntese.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
24. (Fuvest)
107
BIOLOGIA 2
3. (Fuvest) Num exercício prático, um estudante analisou um animal vertebrado para descobrir a que
grupo pertencia, usando a seguinte chave de classificação:
109
O estudante concluiu que o animal pertencia 6. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma-
ao grupo VI. míferos primitivos que botam ovos, no in-
Esse animal pode ser: terior dos quais ocorre o desenvolvimento
a) um gambá. embrionário. Sobre esses animais, é correto
b) uma cobra. afirmar que:
c) um tubarão. a) diferentemente dos mamíferos placentários,
d) uma sardinha. eles apresentam autofecundação.
e) um sapo. b) diferentemente dos mamíferos placentários,
eles não produzem leite para a alimentação
dos filhotes.
4. (Fuvest) Foram feitas medidas diárias das c) diferentemente dos mamíferos placentários,
taxas dos hormônios: luteinizante (LH), fo- seus embriões realizam trocas gasosas dire-
lículo estimulante (FSH), estrógeno e pro- tamente com o ar.
gesterona, no sangue de uma mulher adulta, d) à semelhança dos mamíferos placentários,
jovem, durante vinte e oito dias consecutivos. seus embriões alimentam-se exclusivamente
Os resultados estão mostrados no gráfico. de vitelo acumulado no ovo.
e) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões livram-se dos excretas nitro-
genados através da placenta.
Raio X
1.
O indivíduo pode se desenvolver mesmo sem
o cromossomo Y, como na síndrome de Tur-
ner (X0). O indivíduo só pode ser XY, já que
é a fusão de um óvulo (X) com um esperma-
tozoide (Y). A ausência da expressão do gene
SRY leva a não formação do testículo e, con-
sequentemente, a não produção de testoste-
rona, que é responsável pelas características
secundárias masculinas e, assim, o fenótipo
desse indivíduo será feminino.
Os períodos mais prováveis de ocorrência da
menstruação e da ovulação, respectivamen- 2.
[A] está incorreta, pois o alimento não passa
te, são: pelo líquido amniótico.
a) A e C. [B] está incorreta, pois não passa pelo es-
b) A e E. tômago fetal e precisa ser digerido antes de
c) C e A. ser absorvido.
d) E e C. [C] está incorreta, pois o alimento não passa
e) E e A. pelo líquido amniótico.
[E] está incorreta, pois não passa pelo estô-
mago fetal.
5. (Fuvest) De acordo com a Organização Mun- 3.
A cobra tem ausência de pelos, de penas, de
dial da Saúde (OMS), a dengue voltará com nadadeiras pares e presença de mandíbula e
ímpeto. “A Ásia e a América latina serão du- de escamas córneas.
ramente castigadas este ano [...]”, diz José 4.
Período da ovulação: altos níveis de LH, FSH
Esparza, coordenador de vacinas da OMS. e estrógeno. Período menstrual: baixa de to-
New Scientist, n. 2354, 3 ago. 2002. dos os hormônios.
O motivo dessa previsão está no fato de: 5.
A dengue é uma doença causada por um ví-
a) o vírus causador da doença ter se tornado rus. Sendo assim, não pode ser tratado com
resistente aos antibióticos. antibiótico. A transmissão ocorre por meio
b) o uso intenso de vacinas ter selecionado for- de um vetor, que é o mosquito Aedes aegypti.
mas virais resistentes aos anticorpos. 6.
Os monotremados são mamíferos que põem
c) o contágio se dar de pessoa a pessoa por ovos, possuem pelos e glândulas mamárias,
meio de bactérias resistentes a antibióticos. além de serem endotérmicos.
d) a população de mosquitos transmissores de-
verá aumentar.
e) a promiscuidade sexual favorecer a disper-
Gabarito
são dos vírus.
1. D 2. D 3. B 4. E 5. D
6. C
110
Prática dos Qual é a probabilidade de que ambos os ar-
trópodes escolhidos para a pesquisa de Fran-
111
6. (Fuvest) Considere a árvore filogenética a
seguir.
112
Animal Massa corporal (g) Traduzindo a notícia em termos biológicos, é
correto afirmar que uma proteína, presente:
Cuíca 30
a) no platelminto causador da doença, ao ser
Sagui 276 introduzida no ser humano, estimula res-
Gambá 1.420 posta imunológica que, depois, permite o
Bugio 5.180 reconhecimento do parasita no caso de uma
infecção.
Capivara 37.300
b) no platelminto causador da doença, serve
Fauna silvestre – Secretaria Municipal do de modelo para a produção de cópias de si
Verde e do Meio Ambiente, SP, 2007. mesma no corpo do hospedeiro que, então,
passa a produzir defesa imunológica contra
Considerando esse conjunto de informações,
esse parasita.
analise as afirmações seguintes:
c) no molusco causador da doença, estimula
I. No intervalo de um minuto, a cuíca tem
a produção de anticorpos no ser humano,
mais batimentos cardíacos do que a capi- imunizando-o contra uma possível infecção
vara. pelo parasita.
II. A frequência cardíaca do gambá é maior d) no molusco causador da doença, atua como
do que a do bugio e menor do que a do anticorpo, no ser humano, favorecendo a
sagui. resposta imunológica contra o parasita.
III. Animais com coração maior têm frequên- e) no nematelminto causador da doença, pode
cia cardíaca maior. ser utilizada na produção de uma vacina ca-
Está correto apenas o que se afirma em: paz de imunizar o ser humano contra infec-
a) I. ções por esses organismos.
b) II.
c) III. 12. (Fuvest) Considere os filos de animais viven-
d) I e II. tes e as seguintes características relaciona-
e) II e III. das à conquista do ambiente terrestre.
I. Transporte de gases feito exclusivamente
10. (Fuvest) Ao longo da evolução dos vertebra- pelo sistema respiratório, independente
dos, a: do sistema circulatório.
a) digestão tornou-se cada vez mais complexa. II. Respiração cutânea e pulmonar no mes-
A tomada do alimento pela boca e sua pas- mo indivíduo.
sagem pelo estômago e intestino são carac- III. Ovos com casca calcárea resistente e po-
terísticas apenas do grupo mais recente. rosa.
b) circulação apresentou poucas mudanças. O A sequência que reproduz corretamente a
número de câmaras cardíacas aumentou, o ordem evolutiva de surgimento de tais ca-
que não influenciou a circulação pulmonar e racterísticas é:
a sistêmica, que são completamente separa- a) I, II e III.
das em todos os grupos. b) II, I e III.
c) respiração, no nível celular, manteve-se se- c) II, III e I.
melhante em todos os grupos. Houve mu- d) III, I e II.
dança, porém, nos órgãos responsáveis pelas e) III, II e I.
trocas gasosas, que diferem entre grupos.
d) excreção sofreu muitas alterações, devido a 13. (Fuvest) A figura abaixo representa, em cor-
mudanças no sistema excretor. Porém, in- te longitudinal, o coração de um sapo.
dependentemente do ambiente em que vi-
vem, os animais excretam ureia, amônia e
ácido úrico.
e) reprodução sofreu algumas mudanças rela-
cionadas com a conquista do ambiente ter-
restre. Assim, todos os vertebrados, com ex-
ceção dos peixes, independem da água para
se reproduzir.
113
c) ao contrário do que ocorre no sapo, no coração humano o sangue chega sempre pelo átrio direito.
d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câmaras do coração humano por onde passa sangue arterial
não passa sangue venoso.
e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao coração por dois vasos, um que se abre no átrio direito e o
outro, no átrio esquerdo.
14. (Fuvest) A Gripe A, causada pelo vírus Influenza A (H1N1), tem sido relacionada com a gripe espa-
nhola, pandemia ocorrida entre 1918 e 1919. No genoma do vírus Influenza A, há dois genes que
codificam proteínas de superfície, chamadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), das quais
existem, respectivamente, 16 e 9 tipos.
Com base nessas informações, analise as afirmações:
I. O número de combinações de proteínas de superfície do vírus Influenza A é 25, o que dificulta
a produção de medicamentos antivirais específicos.
II. Tanto na época atual quanto na da gripe espanhola, as viagens transoceânicas contribuíram
para a disseminação do vírus pelo mundo.
III. O sistema imunológico do indivíduo reconhece segmentos das proteínas de superfície do vírus
para combatê-lo.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
15. (Fuvest) Um determinado animal adulto é desprovido de crânio e apêndices articulares. Apresenta
corpo alongado e cilíndrico. Esse animal pode pertencer ao grupo dos:
a) répteis ou nematelmintos.
b) platelmintos ou anelídeos.
c) moluscos ou platelmintos.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes.
17. (Fuvest) O fígado humano é uma glândula que participa de processos de digestão e absorção de
nutrientes, ao:
a) produzir diversas enzimas hidrolíticas que atuam na digestão de carboidratos.
b) produzir secreção rica em enzimas que digerem as gorduras.
c) produzir a insulina e o glucagon, reguladores dos níveis de glicose no sangue.
d) produzir secreção rica em sais que facilita a digestão e a absorção de gorduras.
e) absorver excretas nitrogenadas do sangue e transformá-las em nutrientes proteicos.
114
18. (Fuvest) O esquema a seguir representa uma 20. (Fuvest) Em algumas doenças humanas, o
das hipóteses para explicar as relações evo- funcionamento dos rins fica comprometido.
lutivas entre grupos de animais. A partir São consequências diretas do mau funciona-
do ancestral comum, cada número indica o mento dos rins:
aparecimento de determinada característi- a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos
ca. Assim, os ramos anteriores a um número no sangue e elevação da pressão arterial.
correspondem a animais que não possuem b) redução do nível de insulina e acúmulo de
tal característica e os ramos posteriores, a produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
animais que a possuem. c) não produção de bile e enzimas hidrolíticas
importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético
e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula
a pressão osmótica do sangue.
115
23. (Fuvest) A ingestão de alimentos gorduro-
sos estimula a contração da vesícula biliar. A
bile, liberada no:
a) estômago, contém enzimas que digerem lipí-
dios.
b) estômago, contém ácidos que facilitam a di-
gestão dos lipídios.
c) fígado, contém enzimas que facilitam a di-
gestão dos lipídios.
d) duodeno, contém enzimas que digerem lipí-
dios.
e) duodeno, contém ácidos que facilitam a di-
gestão dos lipídios.
24. (Fuvest)
Gabarito
1. E 2. C 3. B 4. B 5. C
6. B 7. D 8. B 9. D 10. C
11. A 12. A 13. D 14. D 15. D
16. B 17. D 18. E 19. D 20. A
21. A 22. E 23. E 24. A
116
BIOLOGIA 3
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre as organelas e suas funções, citogenética e bioquí-
mica básicas, como carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Compreender como ocorre a
passagem das características de geração para geração e como são calculadas as probabilidades dentro
da genética.
2. (Fuvest) O código genético é o conjunto de todas as trincas possíveis de bases nitrogenadas (có-
dons). A sequência de códons do RNA mensageiro determina a sequência de aminoácidos da pro-
teína.
É correto afirmar que o código genético:
a) varia entre os tecidos do corpo de um indivíduo.
b) é o mesmo em todas as células de um indivíduo, mas varia de indivíduo para indivíduo.
c) é o mesmo nos indivíduos de uma mesma espécie, mas varia de espécie para espécie.
d) permite distinguir procariotos de eucariotos.
e) é praticamente o mesmo em todas as formas de vida.
Animais Bactérias
4. (Fuvest) As mitocôndrias são consideradas as “casas de força” das células vivas. Tal analogia
refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a) estocarem moléculas de ATP produzidas na digestão dos alimentos.
b) produzirem ATP com utilização de energia liberada na oxidação de moléculas orgânicas.
c) consumirem moléculas de ATP na síntese de glicogênio ou de amido a partir de glicose.
d) serem capazes de absorver energia luminosa utilizada na síntese de ATP.
e) produzirem ATP a partir da energia liberada na síntese de amido ou de glicogênio.
117
5. (Fuvest) Os adubos inorgânicos industriali-
zados, conhecidos pela sigla NPK, contêm Raio X
sais de três elementos químicos: nitrogê-
nio, fósforo e potássio. Qual das alternati- 1.
Macho dourado tem que ser: _ _ e e.
vas indica as principais razões pelas quais Fêmea marrom tem que ser: b b E _.
esses elementos são indispensáveis à vida Prole
de uma planta? Preto: B _ E _
a) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- Marrom: b b E _
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de Dourado: _ _ e e
ácidos nucleicos e proteínas; potássio: é Como tiveram um filhote preto, o “B” tem
constituinte de ácidos nucleicos, glicídios que estar presentes no macho, já que a fê-
mea é marrom e, portanto, “bb“.
e proteínas.
Como tiveram um filhote marrom “bb”, um
b) Nitrogênio: atua no equilíbrio osmótico
“b” veio da fêmea e o outro “b” veio do ma-
e na permeabilidade celular; fósforo: é
cho. Sendo assim, o genótipo do macho é
constituinte de ácidos nucleicos; potássio:
“Bbee“.
atua no equilíbrio osmótico e na permea-
bilidade celular. 2.
O código genético é universal; sendo assim,
c) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- a mesma trinca de bases que codifica um
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de determinado aminoácido em um indivíduo
ácidos nucleicos; potássio: atua no equilí- (ex.: formiga) também codifica o mesmo
brio osmótico e na permeabilidade celular. aminoácido em outro (ex.: ser humano).
A trinca “UUU” codifica fenilalanina no ver-
d) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- me, na bactéria, nos seres humanos e outros.
cos, glicídios e proteínas; fósforo: atua no 3.
A síntese de RNA corresponde ao processo
equilíbrio osmótico e na permeabilidade ce- de transcrição. Nos animais, esse processo
lular; potássio: é constituinte de proteínas. ocorre no núcleo, já que esses indivíduos são
e) Nitrogênio: é constituinte de glicídios; fós- eucariotos e possuem membrana nuclear. Na
foro: é constituinte de ácidos nucleicos e bactéria, a transcrição ocorre no citoplasma,
proteínas; potássio: atua no equilíbrio os- pois se trata de um ser procarioto, sem nú-
mótico e na permeabilidade celular. cleo definido.
A síntese proteica corresponde ao proces-
6. (Fuvest) Em artigo publicado no suplemen- so de tradução. Nos animais, esse processo
to Mais! do jornal Folha de São Paulo, de ocorre no citoplasma, em uma organela de-
6 de agosto de 2000, José Reis relata que nominada ribossomo. Do mesmo modo, ocor-
pesquisadores canadenses demonstraram re nas bactérias.
que a alga unicelular ‘Cryptomonas’ resul- 4.
É nas mitocôndrias que ocorre a produção de
ta da fusão de dois organismos, um dos energia ATP, a partir da oxidação da matéria
quais englobou o outro ao longo da evolu- orgânica.
ção. Isso não é novidade no mundo vivo.
Como relata José Reis: “[...] É hoje cor- 5.
Nitrogênio é constituinte de ácidos nuclei-
rente em Biologia, após haver sido muito cos e proteínas; fósforo é constituinte de
contestada inicialmente, a noção de que ácidos nucleicos; potássio atua no equilíbrio
certas organelas [...] são remanescentes osmótico e na permeabilidade celular.
de células que em tempos idos foram in- 6.
Mitocôndria e cloroplasto podem ter sido
geridas por célula mais desenvolvida. Dá- originados do processo de simbiose entre
-se a esta o nome de hospedeira e o de procariotos primitivos (teoria da endossim-
endossimbiontes às organelas que outrora biose).
teriam sido livres”.
São exemplos de endossimbiontes em células
animais e em células de plantas, respectiva- Gabarito
mente:
a) aparelho de Golgi e centríolos.
1. E 2. E 3. C 4. B 5. C
b) centríolos e vacúolos.
c) lisossomos e cloroplastos. 6. E
d) mitocôndrias e vacúolos.
e) mitocôndrias e cloroplastos.
118
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Fuvest) Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em microbiologia. Para tornar estéril um
meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur
mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicio-
nava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da
água pura, era __________. O aquecimento do meio de cultura provocava __________.
As lacunas podem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior – desnaturação das proteínas das bactérias presentes
b) menor – rompimento da membrana celular das bactérias presentes
c) a mesma – desnaturação das proteínas das bactérias
d) maior – rompimento da membrana celular dos vírus
e) menor – alterações no DNA dos vírus e das bactérias
2. (Fuvest)
No heredograma acima, a menina II-1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a um
alelo mutante de gene localizado num autossomo.
A probabilidade de que seu irmão II-2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é:
a) 0.
b) 1/4.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 2/3.
3. (Fuvest) No esquema abaixo, está representada uma via metabólica; o produto de cada reação quí-
mica, catalisada por uma enzima específica, é o substrato para a reação seguinte.
Num indivíduo que possua alelos mutantes que levem à perda de função do gene:
a) A ocorrem falta do substrato 1 e acúmulo do substrato 2.
b) C não há síntese dos substratos 2 e 3.
c) A não há síntese do produto final.
d) A o fornecimento do substrato 2 não pode restabelecer a síntese do produto final.
e) B o fornecimento do substrato 2 pode restabelecer a síntese do produto final.
119
4. (Fuvest) Nas figuras a seguir, estão esque- 7. (Fuvest) Certa planta apresenta variabili-
matizadas células animais imersas em so- dade no formato e na espessura das folhas:
luções salinas de concentrações diferentes. há indivíduos que possuem folhas largas
O sentido das setas indica o movimento de e carnosas, e outros, folhas largas e finas;
água para dentro ou para fora das células, existem também indivíduos que têm folhas
e a espessura das setas indica o volume re- estreitas e carnosas, e outros com folhas es-
lativo de água que atravessa a membrana treitas e finas. Essas características são de-
celular. terminadas geneticamente. As variantes dos
genes responsáveis pela variabilidade dessas
características da folha originaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.
A ordem correta das figuras, de acordo com a 8. (Fuvest) As briófitas, no reino vegetal, e os
concentração crescente das soluções em que anfíbios, entre os vertebrados, são conside-
as células estão imersas, é: rados os primeiros grupos a conquistar o am-
a) I, II e III. biente terrestre. Comparando-os, é correto
b) II, III e I. afirmar que:
c) III, I e II. a) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascu-
d) II, I e III. lar é pouco desenvolvido; isso faz com que,
e) III, II e I. nos anfíbios, a temperatura não seja contro-
lada internamente.
b) nos anfíbios, o produto imediato da meiose
5. (Fuvest) Na gametogênese humana:
são os gametas; nas briófitas, a meiose origi-
a) espermatócitos e ovócitos secundários, for-
na um indivíduo haploide que posteriormen-
mados no final da primeira divisão meiótica,
te produz os gametas.
têm quantidade de DNA igual à de esperma-
c) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação
togônias e ovogônias, respectivamente.
ocorre em meio seco; o desenvolvimento dos
b) espermátides haploides, formadas ao final
embriões se dá na água.
da segunda divisão meiótica, sofrem divisão
d) nos anfíbios, a fecundação origina um in-
mitótica no processo de amadurecimento
divíduo diploide e, nas briófitas, um indi-
para originar espermatozoides.
víduo haploide; nos dois casos, o indivíduo
c) espermatogônias e ovogônias dividem-se por
formado passa por metamorfoses até tor-
mitose e originam, respectivamente, esper- nar-se adulto.
matócitos e ovócitos primários, que entram e) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de
em divisão meiótica, a partir da puberdade. água se dá pela epiderme; o transporte de
d) ovogônias dividem-se por mitose e originam água é feito por difusão, célula a célula, às
ovócitos primários, que entram em meiose, demais partes do corpo.
logo após o nascimento.
e) espermatócitos e ovócitos primários origi-
9. (Fuvest) Para que a célula possa transportar
nam o mesmo número de gametas, no final
para seu interior o colesterol da circulação
da segunda divisão meiótica.
sanguínea, é necessária a presença de uma
determinada proteína em sua membrana.
6. (Fuvest) No processo de síntese de certa pro- Existem mutações no gene responsável pela
teína, os RNA transportadores responsáveis síntese dessa proteína que impedem a sua
pela adição dos aminoácidos serina, aspara- produção. Quando um homem ou uma mu-
gina e glutamina a um segmento da cadeia lher possui uma dessas mutações, mesmo
polipeptídica tinham os anticódons UCA, tendo também um alelo normal, apresenta
UUA e GUC, respectivamente. hipercolesterolemia, ou seja, aumento do ní-
No gene que codifica essa proteína, a se- vel de colesterol no sangue.
quência de bases correspondente a esses A hipercolesterolemia devida a essa muta-
aminoácidos é: ção tem, portanto, herança:
a) UCAUUAGUC. a) autossômica dominante.
b) AGTAATCCAG. b) autossômica recessiva.
c) AGUAAUCAG. c) ligada ao X dominante.
d) TCATTAGTC. d) ligada ao X recessiva.
e) TGTTTTCTG. e) autossômica codominante.
120
10. (Fuvest) A figura a seguir representa uma 12. (Fuvest) A forma do lobo da orelha, solto ou
célula de uma planta jovem. preso, é determinada geneticamente por um
par de alelos.
121
No processo de multiplicação celular para repa- 17. (Fuvest) Um camundongo recebeu uma inje-
ração de tecidos, os eventos relacionados à dis- ção de proteína A e, quatro semanas depois,
tribuição equitativa do material genético entre outra injeção de igual dose da proteína A,
as células resultantes estão indicados em: juntamente com uma dose da proteína B. No
a) I e III, apenas. gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z mostram
b) II e IV, apenas. as concentrações de anticorpos contra essas
c) II e III, apenas. proteínas, medidas no plasma sanguíneo,
d) I e IV, apenas. durante oito semanas.
e) I, II, III e IV.
123
Gabarito
1. A 2. E 3. C 4. D 5. A
6. D 7. B 8. B 9. A 10. D
11. E 12. B 13. A 14. B 15. E
16. D 17. A 18. B 19. D 20. B
21. A 22. C 23. C 24. D
124
C N
CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas t e c n o l o g i a s
Física
Fuvest - Física
Trabalho e energia, 13%
Impulso e quantidade de movimento, 11%
Dinâmica, 13%
Hidrostática, 5%
Gravitação, 4%
Eletrodinâmica, 11%
Eletrostática, 5%
Magnetismo, 4%
Óptica, 11%
Calorimetria e dilatação, 5%
Gases e termodinâmica, 5%
Ondulatória, 13%
FÍSICA 1
127
pode-se concluir que o choque não foi total-
mente elástico. Consta no boletim de ocor-
rência que, no momento da batida, o carro
B parou enquanto a caminhonete A adquiriu
uma velocidade vA = vB/2, na mesma direção
de vB. Considere estas afirmações de algumas
pessoas que comentaram a situação:
I. A descrição do choque não está correta,
a) P1 = P2 = P3.
pois é incompatível com a lei da conser-
b) P2 > P3 > P1.
vação da quantidade de movimento.
c) P2 = P3 > P1.
lI. A energia mecânica dissipada na defor-
d) P3 > P2 > P1.
mação dos veículos foi igual a 1/2 mAvA2.
e) P3 > P2 = P1.
III. A quantidade de movimento dissipada no
choque foi igual a 1/2 mBvB.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I. Raio X
b) II.
c) III. 1.
Calculando o tempo de queda e considerando
d) I e III. o movimento na vertical, temos:
at
2
e) II e III. S = So + vot + ___
2
10t
2
5. (Fuvest) Para vencer o atrito e deslocar um H = 0 + 0 ·t + ____
2
grande contêiner C, na direção indicada, é Como H = D, temos D = 5t2.
necessária uma força F = 500 N. Considerando o movimento na horizontal:
Na tentativa de movê-lo, blocos de massa m =
5t
D → 10 = ___
2
15 kg são pendurados em um fio, que é esti- v = __
t t
cado entre o contêiner e o ponto P na parede, t = 2 s; logo:
como na figura. Para movimentar o contêiner, D = 5 · 22 → D = 20 m
é preciso pendurar no fio, no mínimo:
2.
Calculando o trabalho da força F:
Obs.: sen45° = cos45° ≈ 0,7; tan45° = 1
Pot = F · v → ___
τ =
F·v
∆t
τ = F · v · ∆t
I(V)
A velocidade do caixote é constante; logo, a
força resultante é nula. Sendo assim, a força
F tem mesmo módulo que a componente Px
da força peso:
a) 1 bloco. F = Px → F = m · g · sen(30°)
b) 2 blocos. mg
c) 3 blocos. F = ___
2
d) 4 blocos. Utilizando o item anterior, temos:
e) 5 blocos.
mgv∆t
τ = ______
2
6. (Fuvest) Um recipiente, contendo determi- II(V)
nado volume de um líquido, é pesado em A velocidade é constante; logo, a energia ci-
uma balança (situação 1). Para testes de nética do bloco permanece constante. A va-
qualidade, duas esferas de mesmo diâme- riação da energia potencial corresponde ao
tro e densidades diferentes, sustentadas por trabalho da força F.
fios, são sucessivamente colocadas no líqui- III(V)
do da situação 1. Uma delas é mais densa
que o líquido (situação 2) e a outra menos 3.
No ponto de compressão máxima, a veloci-
densa que o líquido (situação 3). Os valo- dade é nula. Adotando esse ponto como re-
res indicados pela balança, nessas três pesa- ferencial de altura, nele, a energia potencial
gens, são tais que: gravitacional também é nula. Assim, apli-
cando a conservação da energia mecânica.
EMo = EMf
(k · d2)
m · g · (h + d) = ________
2
2mg (h + d)
k = ___________
d2
128
4.
Considerando a conservação da quantidade
de movimento para o choque:
Q0 = Q → mA · 0 + mB · vB = mA · vA + mB · 0
m m
Como mB = ___ A ; temos: ___A vB = mAvA
2 2
v
vA = __
B
2
Gabarito
1. A 2. E 3. A 4. B 5. D
6. B
129
a) __ 1 mg(h – h0) + __ 1 mv2.
Prática dos 2
1
4
__
b) m g(h – h0) + 1 m
__ v2.
conhecimentos - E.O. c) __
2
1 mg(h – h0) + 2mv2.
2
2
1. (Fuvest) A escolha do local para instalação d) mgh + __ 1 mv2.
de parques eólicos depende, dentre outros 2
fatores, da velocidade média dos ventos que e) mg(h – h0) + __ 1 mv2.
2
sopram na região. Examine este mapa das
diferentes velocidades médias de ventos no 3. (Fuvest) Um objeto homogêneo colocado em
Brasil e, em seguida, o gráfico da potência um recipiente com água tem 32% de seu
fornecida por um aerogerador em função da volume submerso; já em um recipiente com
velocidade do vento. óleo, tem 40% de seu volume submerso. A
densidade desse óleo, em g/cm3, é:
Note e adote: densidade da água = 1 g/cm3.
a) 0,32.
b) 0,40.
c) 0,64.
d) 0,80.
e) 1,25.
( )
h .
b) gT __
RT
( )
R –h 2
c) gT ______
T
RT
.
130
6. (Fuvest) A notícia “Satélite brasileiro cai 9. (Fuvest)
na Terra após lançamento falhar”, veicu-
lada pelo jornal O Estado de S.Paulo de
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3,
desenvolvido em parceria entre Brasil e
China, foi lançado no espaço a uma altitu-
de de 720 km (menor do que a planejada)
e com uma velocidade abaixo da necessária
para colocá-lo em órbita em torno da Ter- Maria e Luísa, ambas de massa M, patinam
ra. Para que o satélite pudesse ser colocado no gelo. Luísa vai ao encontro de Maria com
em órbita circular na altitude de 720 km
velocidade de módulo V. Maria, parada na
o módulo de sua velocidade (com direção
pista, segura uma bola de massa m e, num
tangente à órbita) deveria ser de, aproxi-
madamente: certo instante, joga a bola para Luísa. A bola
Note e adote: tem velocidade de módulo v, na mesma dire-
§§ raio da Terra = 6 · 103 km ção de V. Depois que Luísa agarra a bola, as
§§ massa da Terra = 6 · 1024 kg velocidades de Maria e Luísa, em relação ao
§§ constante da gravitação universal solo, são, respectivamente:
G = 6,7 · 10–11 m3/(s2kg) a) 0; v – V.
a) 61 km/s.
b) –v; v + V/2.
b) 25 km/s.
c) –mv/M; MV/m.
c) 11 km/s.
d) 7,7 km/s. d) –mv/M; (mv – MV)/(M + m).
e) 3,3 km/s. e) (MV/2 – mυ)/M; (mv – MV/2)/(M + m).
7. (Fuvest) No sistema cardiovascular de um 10. (Fuvest) Uma pequena bola de borracha ma-
ser humano, o coração funciona como uma ciça é solta do repouso de uma altura de 1 m
bomba, com potência média de 10 W, res- em relação a um piso liso e sólido. A colisão
ponsável pela circulação sanguínea. Se uma da bola com o piso tem coeficiente de res-
pessoa fizer uma dieta alimentar de 2500 tituição ε = 0,8. A altura máxima atingida
kcal diárias, a porcentagem dessa energia
pela bola, depois da sua terceira colisão com
utilizada para manter sua circulação sanguí-
o piso, é:
nea será, aproximadamente, igual a:
Note e adote: 1 cal = 4 J Note e adote: ε = V2f/V2i, em que Vf e Vi são,
a) 1%. respectivamente, os módulos das velocida-
b) 4%. des da bola logo após e imediatamente antes
c) 9%. da colisão com o piso.
d) 20%. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
e) 25%. a) 0,80 m.
b) 0,76 m.
8. (Fuvest) Em uma competição de salto em
c) 0,64 m.
distância, um atleta de 70 kg tem, ime-
d) 0,51 m.
diatamente antes do salto, uma velocidade
na direção horizontal de módulo 10 m/s. e) 0,20 m.
Ao saltar, o atleta usa seus músculos para
empurrar o chão na direção vertical, pro- 11. (Fuvest) Um móbile pendurado no teto tem
duzindo uma energia de 500 J, sendo 70% três elefantezinhos presos um ao outro por
desse valor na forma de energia cinética. fios, como mostra a figura. As massas dos
Imediatamente após se separar do chão, o elefantes de cima, do meio e de baixo são,
módulo da velocidade do atleta é mais pró-
respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g. Os va-
ximo de:
lores de tensão, em newtons, nos fios supe-
a) 10,0 m/s.
b) 10,5 m/s. rior, médio e inferior são, respectivamente,
c) 12,2 m/s. iguais a:
d) 13,2 m/s. Note e adote: desconsidere as massas dos fios.
e) 13,8 m/s. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
131
a) nulo.
b) F(yb – ya).
c) mg(yb – ya).
d) Fcos(£)(yb – ya).
e) mg(yb – ya) + mv2/2.
132
19. (Fuvest) A velocidade máxima permitida em
uma autoestrada é de 110 km/h (aproxima-
damente 30 m/s) e um carro, nessa veloci-
dade, leva 6 s para parar completamente.
Diante de um posto rodoviário, os veícu-
los devem trafegar no máximo a 36 km/h
(10 m/s). Assim, para que carros em velo-
cidade máxima consigam obedecer o limite
permitido, ao passar em frente do posto, a
a) 1200 W. placa referente à redução de velocidade de-
b) 2600 W. verá ser colocada antes do posto, a uma dis-
c) 3000 W. tância, pelo menos, de:
d) 4000 W. a) 40 m.
e) 6000 W. b) 60 m.
c) 80 m.
d) 90 m.
17. (Fuvest) Um automóvel e um ônibus trafe-
e) 100 m.
gam em uma estrada plana, mantendo velo-
cidades constantes em torno de 100 km/h e
75 km/h respectivamente. Os dois veículos 20. (Fuvest)
passam lado a lado em um posto de pedágio.
Quarenta minutos (2/3 de hora) depois, nes-
sa mesma estrada, o motorista do ônibus vê
o automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então,
que o automóvel deve ter realizado, nesse
período, uma parada com duração aproxima-
da de: O mostrador de uma balança, quando um ob-
a) 4 minutos. jeto é colocado sobre ela, indica 100 N, como
b) 7 minutos. esquematizado em A. Se tal balança estiver
c) 10 minutos. desnivelada, como se observa em B, seu mos-
d) 15 minutos. trador deverá indicar, para esse mesmo obje-
e) 25 minutos. to, o valor de:
a) 125 N.
18. (Fuvest) Uma esfera de massa m0 está pen- b) 120 N.
durada por um fio, ligado em sua outra ex- c) 100 N.
tremidade a um caixote, de massa M = 3 m0, d) 80 N.
sobre uma mesa horizontal. Quando o fio en- e) 75 N.
tre eles permanece não esticado e a esfera é
largada, após percorrer uma distância H0, ela 21. (Fuvest) Nos manuais de automóveis, a
atingirá uma velocidade V0, sem que o cai- caracterização dos motores é feita em CV
xote se mova. Na situação em que o fio en- (cavalo-vapor). Essa unidade, proposta no
tre eles estiver esticado, a esfera, puxando tempo das primeiras máquinas a vapor, cor-
o caixote, após percorrer a mesma distância respondia à capacidade de um cavalo típico,
H0, atingirá uma velocidade V igual a: que conseguia erguer, na vertical, com au-
xílio de uma roldana, um bloco de 75 kg, à
velocidade de 1 m/s. Para subir uma ladeira,
inclinada como na figura, um carro de 1000
kg, mantendo uma velocidade constante de
15 m/s (54 km/h), desenvolve uma potência
útil que, em CV, é, aproximadamente, de:
133
22. (Fuvest) Dois discos, A e B, de mesma mas- 24. (Fuvest) Uma criança estava no chão. Foi
sa M, deslocam-se com velocidades VA = V0 e então levantada por sua mãe que a colocou
VB = 2V0, como na figura, vindo a chocar-se em um escorregador a uma altura de 2,0 m
um contra o outro. Após o choque, que não é em relação ao solo. Partindo do repouso,
elástico, o disco B permanece parado. Sendo a criança deslizou e chegou novamente ao
E1 a energia cinética total inicial (E1 = 5 · chão com velocidade igual a 4 m/s. Sendo T
(1/2 MV02)), a energia cinética total E2, após o trabalho realizado pela mãe ao suspender
o choque, é: o filho, e sendo a aceleração da gravidade
g = 10 m/s2, a energia dissipada por atrito,
ao escorregar, é aproximadamente igual a:
a) 0,1 T.
b) 0,2 T.
c) 0,6 T.
d) 0,9 T.
e) 1,0 T.
a) E2 = E1.
b) E2 = 0,8 E1.
c) E2 = 0,4 E1. Gabarito
d) E2 = 0,2 E1.
e) E2 = 0. 1. B 2. E 3. D 4. D 5. A
6. D 7. C 8. B 9. D 10. D
23. (Fuvest)
11. A 12. E 13. A 14. D 15. A
16. E 17. C 18. C 19. C 20. D
21. A 22. D 23. E 24. C
134
FÍSICA 2
135
4. (Fuvest) Uma pessoa idosa que tem hiper- 6. (Fuvest) Considerando o fenômeno de res-
metropia e presbiopia foi a um oculista que sonância, o ouvido humano deveria ser mais
lhe receitou dois pares de óculos, um para sensível a ondas sonoras com comprimentos
que enxergasse bem os objetos distantes e de onda cerca de quatro vezes o comprimen-
outro para que pudesse ler um livro a uma to do canal auditivo externo, que mede, em
distância confortável de sua vista. média, 2,5 cm. Segundo esse modelo, no ar,
§§ Hipermetropia: a imagem de um objeto onde a velocidade de propagação do som é
distante se forma atrás da retina. 340 m/s, o ouvido humano seria mais sensí-
§§ Presbiopia: o cristalino perde, por enve- vel a sons com frequências em torno de:
lhecimento, a capacidade de acomodação a) 34 Hz.
e objetos próximos não são vistos com b) 1.320 Hz.
nitidez. c) 1.700 Hz.
§§ Dioptria: a convergência de uma lente, d) 3.400Hz.
medida em dioptrias, é o inverso da dis- e) 6.800 Hz.
tância focal (em metros) da lente.
Considerando que receitas fornecidas por
oculistas utilizam o sinal mais (+) para len-
tes convergentes e menos (–) para divergen-
Raio X
tes, a receita do oculista para um dos olhos
1.
Considerando que é uma transformação iso-
dessa pessoa idosa poderia ser:
térmica e que o cilindro é utilizável até a
a) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: +4,5
pressão interna atingir o mesmo valor que a
dioptrias.
pressão externa, temos:
b) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: –4,5
P0V0 = P1V1 → 200 · 9 = 1 · V1
dioptrias.
V1 = 1800 litros
c) para longe: +4,5 dioptrias; para perto: +1,5
Para descobrir o tempo, basta utilizar a va-
dioptrias.
zão dada:
d) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: –4,5
dioptrias. ∆V → 40 = _____
Z = ___ 1800 → ∆t = 45 min
∆t ∆t
e) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: +4,5
dioptrias. 2.
Primeiramente, devemos calcular a potência
do aquecedor:
Q
5. (Fuvest) O som de um apito é analisado com Pot = ___ mc∆T
→ Pot = _____
∆t ∆t
o uso de um medidor que, em sua tela, vi-
sualiza o padrão apresentado na figura a Pot = m · 1 · 90/5
seguir. O gráfico representa a variação da Pot = 18 m cal/min
pressão que a onda sonora exerce sobre o Agora, podemos calcular o tempo necessário
medidor, em função do tempo, em µs (1 µs para tornar a massa de água líquida em vapor:
= 10–6 s). Analisando a tabela de intervalos Q = m · L → Pot · ∆t = m · L
de frequências audíveis, por diferentes se-
m ·
∆t = ______ L
res vivos, conclui-se que esse apito pode ser Pot
ouvido apenas por: (m · 540)
∆t = __________
18 · m
Seres vivos Intervalos de frequência ∆t = 30 min
cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
3.
Pela propriedade de simetria aplicada aos
ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
dois espelhos, é possível realizar a construção
sapo 50 Hz – 10.000 Hz da imagem. Considere o esquema a seguir:
gato 60 Hz – 65.000 Hz
morcego 1.000 Hz – 120.000 Hz
136
4.
Para um olho hipermetrope, não presbíope,
para visão de um objeto distante, os múscu-
los ciliares aumentam a vergência do crista-
lino, de modo a acomodar a imagem sobre a
retina. Se o olho hipermetrope passa a ser
também presbíope, o cristalino perde sua
elasticidade; e a lente corretiva, para aco-
modar a imagem de um objeto distante na
retina, deve ser convergente, com uma certa
vergência V1, substituindo a ação dos múscu-
los ciliares.
Para visão de objetos próximos, a distância
focal do sistema formado pelo olho e pela len-
te corretiva deverá ser ainda menor que para
objetos distantes, o que significa que a lente
corretiva a ser usada continua sendo conver-
gente e com vergência V2, tal que V2 > V1.
5.
De acordo com o gráfico, podemos concluir
que o período é igual ao dobro do intervalo
de tempo dado; logo:
T = 2 · 10 · 10–6 S → T = 2 · 10–5 S
A partir do período, é possível calcular a fre-
quência:
1 → f = __
f = __ 1 · 10–5
T 2
f = 5 · 104 Hz → f = 50000 Hz
O valor de frequência se encontra nos inter-
valos de frequências audíveis para gatos e
morcegos.
6.
De acordo com enunciado, é possível calcular
o comprimento de onda:
λ = 4L → λ = 4 · 2,5
λ = 10 cm → λ = 0,1 m
Pela equação fundamental, podemos calcular
a frequência:
v = λf → 340 = 0,1 · f
f = 3.400 Hz
Gabarito
1. C 2. E 3. A 4. E 5. D
6. D
137
Prática dos §§ sen(60°) = cos(30°) = 0,87
§§ sen(70°) = cos(20°) = 0,94
conhecimentos - E.O. a) £ = 20°.
b) £ = 30°.
c) £ = 45°.
1. (Fuvest) Uma garrafa tem um cilindro afixa- d) £ = 60°.
do em sua boca, no qual um êmbolo pode se
e) £ = 70°.
movimentar sem atrito, mantendo constante
a massa de ar dentro da garrafa, como ilus-
tra a figura. Inicialmente, o sistema está em 3. (Fuvest) Certa quantidade de gás sofre três
equilíbrio à temperatura de 27 °C. O volume transformações sucessivas, A → B, B → C e
de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo C → A, conforme o diagrama p – V apresen-
tem uma área transversal igual a 3 cm2. Na tado na figura abaixo.
condição de equilíbrio, com a pressão atmos-
férica constante, para cada 1 °C de aumento
da temperatura do sistema, o êmbolo subirá
aproximadamente:
2. (Fuvest) Uma moeda está no centro do fun- 4. (Fuvest) Luz solar incide verticalmente so-
do de uma caixa-d’água cilíndrica de 0,87 m bre o espelho esférico convexo visto na figu-
de altura e base circular com 1,0 m de di- ra abaixo.
âmetro, totalmente preenchida com água,
como esquematizado na figura.
138
5. (Fuvest) 7. (Fuvest) O resultado do exame de audiome-
tria de uma pessoa é mostrado nas figuras
abaixo. Os gráficos representam o nível de in-
tensidade sonora mínima I, em decibéis (dB),
audível por suas orelhas direita e esquerda,
em função da frequência f do som, em kHz.
A comparação desse resultado com o de exa-
mes anteriores mostrou que, com o passar
dos anos, ela teve perda auditiva. Com base
nessas informações, foram feitas as seguintes
afirmações sobre a audição dessa pessoa:
A figura acima mostra parte do teclado de um
I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e
piano. Os valores das frequências das notas
intensidade de 20 dB com a orelha direi-
sucessivas, incluindo os sustenidos, repre-
ta, mas não com a esquerda.
sentados pelo símbolo #, obedecem a uma
II. Um sussurro de 15 dB e frequência de
progressão geométrica crescente da esquerda
0,25 kHz é ouvido por ambas as orelhas.
para a direita; a razão entre as frequências de
III. A diminuição de sua sensibilidade au-
duas notas Dó consecutivas vale 2; a frequên-
cia da nota Lá do teclado da figura é 440 Hz. ditiva, com o passar do tempo, pode ser
O comprimento de onda, no ar, da nota Sol atribuída a degenerações dos ossos mar-
indicada na figura é próximo de: telo, bigorna e estribo, da orelha externa,
Note e adote: onde ocorre a conversão do som em im-
§§ 21/12 = 1,059 pulsos elétricos.
§§ (1,059)2 = 1,12
§§ velocidade do som no ar = 340 m/s
a) 0,56 m.
b) 0,86 m.
c) 1,06 m.
d) 1,12 m.
e) 1,45 m.
139
Em seguida, sr. Rubinato reclama: — Não de alumínio, inicialmente à temperatura de
consigo mais ouvir o Lá do violino, que antes 25 °C, for aquecida a 225 °C, o deslocamen-
soava bastante forte! Dentre as alternativas to da extremidade superior do ponteiro será,
abaixo para a distância l, a única compatível aproximadamente, de:
com a reclamação do sr. Rubinato é: Note e adote: coeficiente de dilatação linear
Note e adote: do alumínio = 2 · 10–5 °C–1.
§§ O mesmo sinal elétrico do amplificador é a) 1 mm.
ligado aos dois alto-falantes, cujos cones b) 3 mm.
se movimentam em fase. c) 6 mm.
§§ A frequência da nota Lá é 440 Hz. d) 12 mm.
§§ A velocidade do som no ar é 330 m/s. e) 30 mm.
§§ A distância entre as orelhas do sr. Rubi-
nato deve ser ignorada. 11. (Fuvest) Um objeto decorativo consiste de
a) 38 cm. um bloco de vidro transparente, de índice de
b) 44 cm. refração igual a 1,4, com a forma de um pa-
c) 60 cm. ralelepípedo, que tem, em seu interior, uma
d) 75 cm. bolha, aproximadamente esférica, preenchi-
e) 150 cm. da com um líquido, também transparente, de
índice de refração n. A figura a seguir mos-
9. (Fuvest) Uma flauta andina, ou flauta de Pã, tra um perfil do objeto.
é constituída por uma série de tubos de ma-
deira, de comprimentos diferentes, atados
uns aos outros por fios vegetais. As extremi-
dades inferiores dos tubos são fechadas. A
frequência fundamental de ressonância em
tubos desse tipo corresponde ao comprimen-
to de onda igual a 4 vezes o comprimento
do tubo. Em uma dessas flautas, os compri-
mentos dos tubos correspondentes, respecti-
vamente, às notas Mi (660 Hz) e Lá (220 Hz)
são, aproximadamente:
Nessas condições, quando a luz visível inci-
Note e adote: a velocidade do som no ar é
de perpendicularmente em uma das faces do
igual a 330 m/s.
bloco e atravessa a bolha, o objeto se com-
a) 6,6 cm e 2,2 cm.
porta, aproximadamente, como:
b) 22 cm e 5,4 cm.
a) uma lente divergente, somente se n > 1,4.
c) 12 cm e 37 cm.
b) uma lente convergente, somente se n > 1,4.
d) 50 cm e 1,5 m.
c) uma lente convergente, para qualquer valor
e) 50 cm e 16 cm. de n.
d) uma lente divergente, para qualquer valor
10. (Fuvest) de n.
e) se a bolha não existisse, para qualquer valor
de n.
140
que valoriza o racionalismo como instru- tempo, é possível classificar essa radiação
mento de investigação dos fenômenos como:
naturais e a aplicação da perspectiva em a) infravermelha.
suas representações pictóricas. b) visível.
II. Num olho humano com visão perfeita, o c) ultravioleta.
cristalino focaliza exatamente sobre a re- d) raio X.
tina um feixe de luz vindo de um objeto. e) raio γ .
Quando o cristalino está em sua forma
mais alongada, é possível focalizar o fei- 14. (Fuvest) Em um freezer, muitas vezes, é
xe de luz vindo de um objeto distante. difícil repetir a abertura da porta, pouco
Quando o cristalino encontra-se em sua tempo após ter sido fechado, devido à dimi-
forma mais arredondada, é possível a fo- nuição da pressão interna. Essa diminuição
calização de objetos cada vez mais próxi- ocorre porque o ar que entra, à temperatu-
mos do olho, até uma distância mínima. ra ambiente, é rapidamente resfriado até
III. Um dos problemas de visão humana é a a temperatura de operação, em torno de
miopia. No olho míope, a imagem de um –18 °C. Considerando um freezer doméstico,
objeto distante forma-se depois da re- de 280 L, bem vedado, em um ambiente a
tina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se 27 °C e pressão atmosférica P0, a pressão in-
uma lente divergente. terna poderia atingir o valor mínimo de:
Está correto o que se afirma em: Considere que todo o ar no interior do fre-
a) I, apenas. ezer, no instante em que a porta é fechada,
b) I e II, apenas. está à temperatura do ambiente.
c) I e III, apenas. a) 35% de P0.
d) II e III, apenas. b) 50% de P0.
e) I, II e III. c) 67% de P0.
d) 85% de P0.
13. (Fuvest) Em um ponto fixo do espaço, o cam- e) 95% de P0.
po elétrico de uma radiação eletromagnéti-
ca tem sempre a mesma direção e oscila no 15. (Fuvest) Dois sistemas ópticos, D1 e D2, são
tempo, como mostra o gráfico abaixo, que utilizados para analisar uma lâmina de teci-
representa sua projeção E nessa direção fixa; do biológico a partir de direções diferentes.
E é positivo ou negativo conforme o sentido Em uma análise, a luz fluorescente, emitida
do campo. por um indicador incorporado a uma peque-
na estrutura, presente no tecido, é captada,
simultaneamente, pelos dois sistemas, ao
longo das direções tracejadas. Levando-se
em conta o desvio da luz pela refração, den-
tre as posições indicadas, aquela que poderia
corresponder à localização real dessa estru-
tura no tecido é:
141
16. (Fuvest) Um sistema de duas lentes, sendo a)
uma convergente e outra divergente, ambas
com distâncias focais iguais a 8 cm, é monta-
do para projetar círculos luminosos sobre um
anteparo. O diâmetro desses círculos pode ser
alterado, variando-se a posição das lentes. b)
Em uma dessas montagens, um feixe de luz,
inicialmente de raios paralelos e 4 cm de
diâmetro, incide sobre a lente convergente,
separada da divergente por 8 cm, atingin-
do finalmente o anteparo, 8 cm adiante da c)
divergente. Nessa montagem específica, o
círculo luminoso formado no anteparo é me-
lhor representado por:
d)
e)
a)
e)
a)
17. (Fuvest) A janela de uma casa age como se b)
fosse um espelho e reflete a luz do Sol nela
incidente, atingindo, às vezes, a casa vizi-
nha. Para a hora do dia em que a luz do Sol c)
incide na direção indicada na figura, o es-
quema que melhor representa a posição da
janela capaz de refletir o raio de luz na dire-
ção de P é: d)
e)
142
19. (Fuvest) Um grande aquário, com paredes 21. (Fuvest) Um estudo de sons emitidos por
laterais de vidro, permite visualizar, na su- instrumentos musicais foi realizado, usan-
perfície da água, uma onda que se propaga. do um microfone ligado a um computador.
A figura representa o perfil de tal onda no O gráfico a seguir, reproduzido da tela do
instante T0. Durante sua passagem, uma boia, monitor, registra o movimento do ar captado
em dada posição, oscila para cima e para bai- pelo microfone, em função do tempo, medi-
xo e seu deslocamento vertical (y), em função do em milissegundos, quando se toca uma
do tempo, está representado no gráfico. nota musical em um violino.
Nota dó ré mi fá sol lá si
Frequência (Hz) 262 294 330 349 388 440 494
143
a) 1.020 Hz.
b) 1.040 Hz.
c) 1.060 Hz.
d) 1.080 Hz.
e) 1.100 Hz.
Gabarito
1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
6. A 7. B 8. A 9. C 10. C
11. B 12. B 13. C 14. D 15. C
16. C 17. C 18. E 19. A 20. A
21. C 22. B 23. C 24. A
144
FÍSICA 3
3. (Fuvest)
c)
d)
145
4. (Fuvest) Um circuito é formado de duas lâm- metades, fazem-se quatro experiências, re-
padas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma re- presentadas nas figuras I, II, III e IV, em que
sistência R, conforme desenhado na figura. as metades são colocadas, uma de cada vez,
As lâmpadas estão acesas e funcionando em nas proximidades do ímã fixo.
seus valores nominais (L1 = 0,6 W e 3 V e
L2 = 0,3 W e 3 V).
Raio X
1.
A figura 1 mostra as forças eletrostáticas
trocadas entre as esferas e a resultante em
cada uma delas. A figura 2 mostra apenas a
resultante em cada esfera.
146
tem mais elétrons que prótons. A figura ilus-
tra a situação.
147
Prática dos Note e adote:
§§ A resistência interna do voltímetro é
148
a) V1 = V2/4. 8. (Fuvest) O filamento de uma lâmpada incan-
b) V1 = V2/2. descente, submetido a uma tensão U, é per-
c) V1 = V2. corrido por uma corrente de intensidade i. O
d) V1 = 2V2. gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.
e) V1 = 4V2.
7. (Fuvest) Energia elétrica gerada em Itaipu 10. (Fuvest) Em uma experiência, um longo fio
é transmitida da subestação de Foz do Igua- de cobre foi enrolado, formando dois con-
çu (Paraná) a Tijuco Preto (São Paulo), em juntos de espiras, E1 e E2, ligados entre si e
alta tensão de 750 kV, por linhas de 900 km mantidos muito distantes um do outro. Em
de comprimento. Se a mesma potência fos- um dos conjuntos, E2, foi colocada uma bús-
se transmitida por meio das mesmas linhas, sola, com a agulha pontando para o Norte, na
mas em 30 kV, que é a tensão utilizada em direção perpendicular ao eixo das espiras.
redes urbanas, a perda de energia por efeito A experiência consistiu em investigar pos-
Joule seria, aproximadamente: síveis efeitos sobre essa bússola, causados
a) 27.000 vezes maior. por um ímã, que é movimentado ao longo do
b) 625 vezes maior. eixo do conjunto de espiras E1.
c) 30 vezes maior. Foram analisadas três situações:
d) 25 vezes maior. I. Enquanto o ímã é empurrado para o cen-
e) a mesma. tro do conjunto das espiras E1.
149
II. Quando o ímã é mantido parado no cen- 12. (Fuvest) Na cozinha de uma casa, ligada à
tro do conjunto das espiras E1. rede elétrica de 110 V, há duas tomadas A e B.
III. Enquanto o ímã é puxado, do centro das es- Deseja-se utilizar, simultaneamente, um for-
piras E1, retornando à sua posição inicial. no de micro-ondas e um ferro de passar, com
Um possível resultado a ser observado, as características indicadas. Para que isso
seja possível, é necessário que o disjuntor (D)
quanto à posição da agulha da bússola, nas
dessa instalação elétrica, seja de, no mínimo:
três situações dessa experiência, poderia ser
representado por:
O eixo do conjunto de espiras E2 tem direção
leste-oeste.
b)
a) 0,5 Ω.
b) 4,5 Ω.
c) 9,0 Ω.
d) 12 Ω.
e) 15 Ω.
150
c) 15. (Fuvest) Três grandes placas P1, P2 e P3, com,
respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q, geram
campos elétricos uniformes em certas regi-
ões do espaço. A figura 1 a seguir mostra
intensidade, direção e sentido dos campos
criados pelas respectivas placas P1, P2 e P3,
quando vistas de perfil. Colocando-se as pla-
d) cas próximas, separadas pela distância D in-
dicada, o campo elétrico resultante, gerado
pelas três placas em conjunto, é representa-
do por:
Nota: onde não há indicação, o campo elé-
trico é nulo.
e)
a)
14. (Fuvest) Sobre uma mesa plana e horizontal, b)
é colocado um ímã em forma de barra, repre-
sentado na figura, visto de cima, juntamente
com algumas linhas de seu campo magnéti-
co. Uma pequena bússola é deslocada, len-
c)
tamente, sobre a mesa, a partir do ponto P,
realizando uma volta circular completa em
torno do ímã.
Ao final desse movimento, a agulha da bús-
sola terá completado, em torno de seu pró- d)
prio eixo, um número de voltas igual a:
e)
151
d)
a) zero. e)
( )
1 F1.
b) __
2
( )
c) __ 3
F1.
4
d) F1.
e) 2F1.
18. (Fuvest) Um feixe de elétrons, todos com
17. (Fuvest) Dois anéis circulares iguais, A e B, mesma velocidade, penetra em uma região
construídos com fio condutor, estão frente do espaço onde há um campo elétrico unifor-
a frente. O anel A está ligado a um gerador, me entre duas placas condutoras, planas e
que pode lhe fornecer uma corrente variá- paralelas, uma delas carregada positivamen-
vel. Quando a corrente i que percorre A varia te e a outra, negativamente. Durante todo o
como no Gráfico I, uma corrente é induzida percurso, na região entre as placas, os elé-
em B e surge, entre os anéis, uma força re-
trons têm trajetória retilínea, perpendicular
pulsiva (representada como positiva), indi-
ao campo elétrico.
cada no Gráfico II.
Ignorando efeitos gravitacionais, esse movi-
Considere agora a situação em que o gerador
mento é possível se entre as placas houver,
fornece ao anel A uma corrente como indica-
além do campo elétrico, também um campo
da no Gráfico III. Nesse caso, a força entre os
magnético, com intensidade adequada e:
anéis pode ser representada por:
a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetó-
ria dos elétrons.
b) paralelo e de sentido oposto ao do campo
elétrico.
c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo
elétrico.
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocida-
de dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velo-
cidade dos elétrons.
152
20. (Fuvest) Quatro ímãs iguais em forma de bar- a) a amplitude de oscilação do anel diminui.
ra, com as polaridades indicadas, estão apoia- b) a amplitude de oscilação do anel aumenta.
dos sobre uma mesa horizontal, como na fi- c) a amplitude de oscilação do anel permanece
gura, vistos de cima. Uma pequena bússola é constante.
também colocada na mesa, no ponto central d) o anel é atraído pelo polo Norte do ímã e lá
P, equidistante dos ímãs, indicando a direção permanece.
e o sentido do campo magnético dos ímãs em e) o anel é atraído pelo polo Sul do ímã e lá
P. Não levando em conta o efeito do campo permanece.
magnético terrestre, a figura que melhor re-
presenta a orientação da agulha da bússola é: 22. (Fuvest) Duas pequenas esferas, com cargas
elétricas iguais, ligadas por uma barra iso-
lante, são inicialmente colocadas como des-
crito na situação I. Em seguida, aproxima-se
uma das esferas de P, reduzindo-se à meta-
de sua distância até esse ponto, ao mesmo
tempo em que se duplica a distância entre a
outra esfera e P, como na situação II.
a)
b)
153
c) independe da velocidade do ímã e aumenta à
medida que ele se aproxima do carretel.
d) independe da velocidade do ímã e aumenta à
medida que ele se afasta do carretel.
e) depende da velocidade do ímã e é máxima
quando seu ponto médio passa próximo a
x = 0.
Gabarito
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. C 7. B 8. C 9. E 10. A
11. E 12. D 13. A 14. D 15. E
16. E 17. C 18. A 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. C
154
C N
CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas t e c n o l o g i a s
Química
Fuvest - Química
Geral, 36%
Físico - química, 35%
Orgânica, 19%
Atomística, 10%
QUÍMICA 1
Dado: soluções aquosas contendo o indicador fenolftaleína são incolores em pH menor do que 8,5
e têm coloração rosa em pH igual a ou maior do que 8,5.
As soluções aquosas contidas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de:
a) HCℓ, NaOH, KCℓ e sacarose.
b) KCℓ, NaOH, HCℓ e sacarose.
c) HCℓ, sacarose, NaOH e KCℓ.
d) KCℓ, sacarose, HCℓ e NaOH.
e) NaOH, HCℓ, sacarose e KCℓ.
2. (Fuvest) A adição de um soluto à água altera a temperatura de ebulição desse solvente. Para quanti-
ficar essa variação em função da concentração e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando a tabela, observa-se que a variação de tempe-
ratura de ebulição é função da concentração de moléculas ou íons de soluto dispersos na solução.
Temperatura de
Volume de água (L) Soluto Quantidade de matéria de soluto (mol)
ebulição (°C)
1 – – 100,00
1 NaCℓ 0,5 100,50
1 NaCℓ 1,0 101,00
1 sacarose 0,5 100,25
1 CaCℓ2 0,5 100,75
Dois novos experimentos foram realizados, adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (ex-
perimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água (experimento B). Considere que os resultados
desses novos experimentos tenham sido consistentes com os experimentos descritos na tabela.
Assim sendo, as temperaturas de ebulição da água, em °C, nas soluções dos experimentos A e B,
foram, respectivamente, de:
a) 100,25 e 100,25.
b) 100,75 e 100,25.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.
157
3. (Fuvest) Considere os seguintes compostos ocorrem em meio alcalino. A troca de elé-
isoméricos: trons se dá na superfície de um material
poroso. Um esquema dessas pilhas, com o
CH3CH2CH2CH2OH CH3CH2OCH2CH3 material poroso representado na cor cinza,
e
butanol éter etílico é apresentado a seguir.
Certas propriedades de cada uma dessas
substâncias dependem das interações en-
tre as moléculas que a compõem (como, por
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim,
pode-se concluir que:
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido
funde a uma temperatura mais alta do que o
butanol sólido.
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do
éter dietílico líquido é maior do que a do
butanol líquido.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido en- Escrevendo as equações das semirreações
tra em ebulição a uma temperatura mais alta que ocorrem nessas pilhas de combustível,
do que o éter dietílico líquido. verifica-se que, nesse esquema, as setas com
d) a uma mesma pressão, massas iguais de bu- as letras a e b indicam, respectivamente, o
tanol e éter dietílico liberam, na combustão, sentido de movimento dos:
a mesma quantidade de calor. a) íons OH– e dos elétrons.
e) nas mesmas condições, o processo de eva- b) elétrons e dos íons OH–.
poração do butanol líquido é mais rápido do c) íons K+ e dos elétrons.
que o do éter dietílico líquido. d) elétrons e dos íons K+.
e) elétrons e dos íons H+.
4. (Fuvest) Para identificar quatro soluções
aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções
de hidróxido de sódio, sulfato de potássio,
ácido sulfúrico e cloreto de bário, não neces-
sariamente nessa ordem, foram efetuados
três ensaios, descritos a seguir, com as res-
pectivas observações.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B se tornasse
rosada.
II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tor-
nou-se incolor pela adição de amostra de A.
III. Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
Com base nessas observações e sabendo que
sulfatos de metais alcalino-terrosos são pou-
co solúveis em água, pode-se concluir que
A, B, C e D são, respectivamente, soluções
aquosas de:
a) H2SO4, NaOH, BaCℓ2 e K2SO4.
b) BaCℓ2, NaOH, K2SO4 e H2SO4.
c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaCℓ2.
d) K2SO4, H2SO4, BaCℓ2 e NaOH.
e) H2SO4, NaOH, K2SO4 e BaCℓ2.
158
Raio X
1.
O frasco 2 é o único que apresenta pH igual ou maior do que 8,5 (rosa), logo contém uma base forte
(NaOH).
No frasco 4 não ocorre condução de eletricidade, conclui-se que a solução é formada por moléculas,
ou seja, sacarose.
No frasco 3 ocorre reação com Mg(OH)2, conclui-se que apresenta um ácido, ou seja, HCℓ.
No frasco 1 ocorre condução de eletricidade, não ocorre reação com hidróxido de magnésio e a
hidrólise é neutra, ou seja, a solução é de cloreto de potássio (KCℓ).
2.
Adição de 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (experimento A):
Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 CaCℓ2 0,5 100,75
Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 NaCℓ 1,0 101,00
159
4.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B (NaOH; base
forte) se tornasse rosada.
II. A solução rosada (básica), obtida no en-
saio I, tornou-se incolor pela adição de
amostra de A (H2SO4 – solução ácida); te-
mos uma neutralização.
III. Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
H2SO4(aq) (A) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2HCℓ(aq)
K2SO4(aq) (C) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2KCℓ(aq)
5.
Temos uma pilha de hidrogênio:
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)
0 ________________ +1
A reação de oxidação pode ser representada
por:
2H2 → 4e– + 4H+ (oxidação/ânodo)
Acrescentando-se OH– (eletrólito) ao ânodo,
teremos:
2H2 + 4OH– → 4e– + 4H+ + 4OH– (oxidação/
ânodo)
Ou seja,
2H2 + 4OH– → 4e– +4H2O (oxidação/ânodo)
O sentido dos elétrons é representado por a.
O sentido dos íons OH– é representado por b.
Gabarito
1. B 2. D 3. C 4. E 5. B
160
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Fuvest) Observa-se que uma solução aquosa saturada de HCℓ libera uma substância gasosa. Uma
estudante de química procurou representar, por meio de uma figura, os tipos de partículas que
predominam nas fases aquosa e gasosa desse sistema – sem representar as partículas de água. A
figura com a representação mais adequada seria:
a) b) c)
d) e)
2. (Fuvest) O gráfico abaixo retrata as emissões totais de gás carbônico, em bilhões de toneladas, por
ano, nos Estados Unidos da América (EUA) e na China, no período de 1800 a 2000.
161
3. (Fuvest) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar
soluções aquosas de sais inorgânicos e observar os resultados. As observações foram anotadas em
uma tabela:
A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solúveis em água somente os compostos:
a) Ba(IO3)2 e Mg(CℓO3)2.
b) PbCrO4 e Mg(CℓO3)2.
c) Pb(IO3)2 e CaCrO4.
d) Ba(IO3)2, Pb(IO3)2 e PbCrO4.
e) Pb(IO3)2, PbCrO4 e CaCrO4.
162
a) sílica, (SiO2)n. 10. (Fuvest) Três metais foram acrescentados a
b) diamante, C. soluções aquosas de nitratos metálicos, de
c) cloreto de sódio, NaCℓ. mesma concentração, conforme indicado na
d) zinco metálico, Zn. tabela. O cruzamento de uma linha com uma
e) celulose, (C6H10O5)n. coluna representa um experimento. Um re-
tângulo escurecido indica que o experimento
8. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu- não foi realizado; o sinal (–) indica que não
mas moléculas com ligações covalentes entre ocorreu reação e o sinal (+) indica que houve
seus átomos. dissolução do metal acrescentado e precipita-
ção do metal que estava na forma de nitrato.
Cada um dos metais citados, mergulhado na
solução aquosa de concentração 0,1 mol/L de
seu nitrato, é um eletrodo, representado por
A B C D
Me Me2+, onde Me indica o metal e Me2+, o
cátion de seu nitrato. A associação de dois des-
Analise a polaridade dessas moléculas, sa-
ses eletrodos constitui uma pilha. A pilha com
bendo que tal propriedade depende da:
maior diferença de potencial elétrico e pola-
§§ diferença de eletronegatividade entre os ridade correta de seus eletrodos, determinada
átomos que estão diretamente ligados. com um voltímetro, é a representada por:
(Nas moléculas apresentadas, átomos de
elementos diferentes têm eletronegativi- Cd Co Pb
dades diferentes.)
Cd(NO3)2 – –
§§ forma geométrica das moléculas.
Co(NO3)2 + –
(Observação: eletronegatividade é a capaci-
dade de um átomo para atrair os elétrons da Pb(NO3)2 + +
ligação covalente.) – +
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que a) Cd | Cd2+ || Pb2+ | Pb
– +
são polares apenas: b) Pb | Pb2+ || Cd2+ | Cd
a) A e B. – + Obs.:
b) A e C. c) Cd | Cd2+ || Co2+ | Co || ponte salina
– +
c) A, C e D. + polo positivo
d) Co | Co2+ || Pb2+ | Pb
d) B, C e D. – + – polo negativo
e) C e D. e) Pb | Pb2+ || Co2+ | Co
9. (Fuvest) O cientista e escritor Oliver Sacks, 11. (Fuvest) Alguns alimentos são enriquecidos
em seu livro Tio Tungstênio, nos conta a se- pela adição de vitaminas, que podem ser so-
guinte passagem de sua infância: lúveis em gordura ou em água. As vitaminas
“Ler sobre [Humphry] Davy e seus experi- solúveis em gordura possuem uma estrutura
mentos estimulou-me a fazer diversos ou- molecular com poucos átomos de oxigênio,
tros experimentos eletroquímicos... Devolvi semelhante à de um hidrocarboneto de lon-
o brilho às colheres de prata de minha mãe ga cadeia, predominando o caráter apolar. Já
colocando-as em um prato de alumínio com as vitaminas solúveis em água têm estrutura
uma solução morna de bicarbonato de sódio com alta proporção de átomos eletronegati-
[NaHCO3]“. vos, como o oxigênio e o nitrogênio, que pro-
Pode-se compreender o experimento descri- movem forte interação com a água. A seguir
to, sabendo-se que: estão representadas quatro vitaminas:
§§ objetos de prata, quando expostos ao ar,
enegrecem devido à formação de Ag2O e
Ag2S (compostos iônicos).
§§ as espécies químicas Na+, Aℓ3+ e Ag+ têm,
nessa ordem, tendência crescente para
receber elétrons.
Assim sendo, a reação de oxirredução, res-
ponsável pela devolução do brilho às colhe-
res, pode ser representada por:
a) 3Ag+ + Aℓ0 → 3Ag0 + Aℓ3+
b) Aℓ3+ + 3Ag0 → Aℓ0 + 3Ag+
c) Ag0 + Na+ → Ag+ + Na0
d) Aℓ0 + 3Na+ → Aℓ3+ + 3Na0
e) 3Na0 + Aℓ3+ → 3Na+ + Aℓ0
163
Dentre elas, é adequado adicionar, respecti- II) cloreto de Y) pH de suas
vamente, a sucos de frutas puros e a marga- sódio e glicose soluções aquosas
rinas, as seguintes: III) naftaleno e Z) condutibilidade elétrica
a) I e IV. sacarose de suas soluções aquosas
b) II e III.
c) III e IV. As substâncias dos pares I, II e III podem ser
d) III e I. distinguidas, utilizando-se, respectivamen-
e) IV e II. te, os testes:
a) X, Y e Z.
12. (Fuvest) Um químico leu a seguinte instru- b) X, Z e y.
ção num procedimento descrito no seu guia c) Z, X e y.
de laboratório: “dissolva 5,0 g do cloreto em d) Y, X e Z.
100 mL de água, à temperatura ambiente...“ e) Y, Z e X.
Dentre as substâncias abaixo, qual pode ser
a mencionada no texto? 16. (Fuvest) Um relógio de parede funciona nor-
malmente, por algum tempo, se substituir-
a) Cℓ2
mos a pilha original por dois terminais me-
b) CCℓ4
tálicos mergulhados em uma solução aquosa
c) NaCℓO
ácida (suco de laranja), conforme esquema-
d) NH4Cℓ
tizado adiante.
e) AgCℓ
165
QUÍMICA 2
2. (Fuvest) O cheiro agradável das frutas deve-se, principalmente, à presença de ésteres. Esses éste-
res podem ser sintetizados no laboratório, pela reação entre um álcool e um ácido carboxílico,
gerando essências artificiais, utilizadas em sorvetes e bolos. A seguir estão as fórmulas estrutu-
rais de alguns ésteres e a indicação de suas respectivas fontes.
167
3. (Fuvest) Do acarajé para a picape, o óleo de fritura em Ilhéus segue uma rota ecologicamente
correta. [...] o óleo [...] passa pelo processo de transesterificação, quando triglicérides fazem uma
troca com o álcool. O resultado é o éster metílico de ácidos graxos, vulgo biodiesel.
O Estado de S.Paulo, 10 ago. 2002.
O álcool, destacado no texto acima, a fórmula do produto biodiesel (em que R é uma cadeia car-
bônica) e o outro produto da transesterificação, não mencionado no texto, são, respectivamente:
a) metanol, ROC2H5 e etanol.
b) etanol, RCOOC2H5 e metanol.
c) etanol, ROCH3 e metanol.
d) metanol, RCOOCH3 e 1,2,3-propanotriol.
e) etanol, ROC2H5 e 1,2,3-propanotriol.
168
Raio X 4.
Dos polímeros apresentados, o que apresenta
maior polarização é o poli(acrilato de sódio).
Como a água é uma substância polar, esse
1.
A nitração do paradibromobenzeno produz polímero é o que atrairá a água com maior
apenas um composto mononitrado, de acor- intensidade, permitindo a sua absorção em
do com a equação química simplificada: grande quantidade.
Br Br Br 5.
NO2 O2N I. Correto, pois a oxidação de aldeídos for-
HNO3 ma ácidos carboxílicos.
OU OU
II. Correto, pois a reação entre um álcool e
um ácido gera um éster e a essa reação é
Br Br Br dada o nome de esterificação.
III. Correto, pois a oxidação de álcoois gera
Br Br aldeídos.
OU Gabarito
NO2 O2N
Br Br 1. A 2. C 3. D 4. B 5. E
3.
De acordo com o enunciado da questão, te-
mos a seguinte equação química:
O
H2C − O − C − R
O
HC − O − C − R + 3CH 3OH
O metanol
H2C − O − C − R
glicerídio
(gordura)
H2C − OH
O
HC − OH + 3R − C
O − CH3
H2C − OH éster metílico
1, 2, 3 - propanotriol
169
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Fuvest) No processo tradicional, o etanol é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar por
fermentação promovida por leveduras naturais, e o bagaço de cana é desprezado. Atualmente, le-
veduras geneticamente modificadas podem ser utilizadas em novos processos de fermentação para
a produção de biocombustíveis. Por exemplo, no processo A, o bagaço de cana, após hidrólise da
celulose e da hemicelulose, também pode ser transformado em etanol. No processo B, o caldo de
cana, rico em sacarose, é transformado em farneseno que, após hidrogenação das ligações duplas,
se transforma no “diesel de cana”. Esses três processos de produção de biocombustíveis podem ser
representados por:
6. (Fuvest) Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou
conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desen-
volvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam
necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas
estruturais dos princípios ativos desses medicamentos são:
Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois dos grupos funcionais que estão
presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir.
Esses grupos são característicos de:
a) amidas e éteres.
b) ésteres e alcoóis.
c) ácidos carboxílicos e éteres.
d) ésteres e ácidos carboxílicos.
e) amidas e alcoóis.
171
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite radiação ©, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo
apresenta cerca de 900 decaimentos por hora – valor que permanece constante, pois as plantas
absorvem continuamente novos átomos de 14C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferramenta
de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos por hora por grama
de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de:
Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5700 anos.
a) 19100 a.C.
b) 17100 a.C.
c) 9400 a.C.
d) 7400 a.C.
e) 3700 a.C.
Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que
têm cheiro de:
a) maçã e abacaxi são isômeros.
b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários.
c) pepino e maçã são heptanoatos.
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico.
9. (Fuvest) Uma espécie de besouro, cujo nome científico é Anthonomus grandis, destrói plantações
de algodão, do qual se alimenta. Seu organismo transforma alguns componentes do algodão em
uma mistura de quatro compostos, A, B, C e D, cuja função é atrair outros besouros da mesma es-
pécie:
172
10. (Fuvest) O polímero PET pode ser preparado a partir do tereftalato de metila e etanodiol. Esse
polímero pode ser reciclado por meio da reação representada por:
O O
—C C —O — CH 2 — CH 2 — O — + 2n X
n HO — CH 2 — CH 2 — OH + n CH 3O — C C — O CH3
O O
etanodiol tereftalato de
metila,
em que o composto X é:
a) eteno.
b) metanol.
c) etanol.
d) ácido metanoico.
e) ácido tereftálico.
11. (Fuvest) A contaminação por benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e outras substâncias utiliza-
das na indústria como solventes pode causar efeitos que vão da enxaqueca à leucemia. Conhecidos
como compostos orgânicos voláteis, eles têm alto potencial nocivo e cancerígeno e, em determina-
dos casos, efeito tóxico cumulativo.
O Estado de S.Paulo, 17 de agosto de 2001.
12. (Fuvest) O glicerol é um subproduto do biodiesel, preparado pela transesterificação de óleos vege-
tais. Recentemente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse subproduto:
V.
Figura 2
as que representam as transformações quí-
micas citadas são:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.
a)
14. (Fuvest) A tuberculose voltou a ser um pro-
blema de saúde em todo o mundo, devido ao
aparecimento de bacilos que sofreram muta-
ção genética (mutantes) e que se revelaram b)
resistentes à maioria dos medicamentos uti-
lizados no tratamento da doença. Atualmen-
te, há doentes infectados por bacilos mutan- c)
tes e por bacilos não mutantes.
Algumas substâncias (A, B e C) inibem o
crescimento das culturas de bacilos não mu-
d)
tantes. Tais bacilos possuem uma enzima
que transforma B em A e outra que transfor-
ma C em A. Acredita-se que A seja a substân-
cia responsável pela inibição do crescimento e)
das culturas.
174
16. (Fuvest) O isótopo radioativo Cu-64 sofre 19. (Fuvest) Dois hidrocarbonetos insaturados,
decaimento â, conforme representado: que são isômeros, foram submetidos, separa-
damente, à hidrogenação catalítica. Cada um
Cu→
64
n+ 01 b
Z
64
29 30 deles reagiu com H2 na proporção, em mol,
Observação: C
64
u de 1:1, obtendo-se em cada caso, um hidro-
29
64 = número de massa carboneto de fórmula C4H10. Os hidrocarbo-
29 = número atômico netos que foram hidrogenados poderiam ser:
a) 1-butino e 1-buteno.
A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, b) 1,3-butadieno e ciclobutano.
observa-se que, após 39 horas, formaram-se c) 2-buteno e 2-metilpropeno.
17,5 mg de Zn-64. Sendo assim, o tempo ne- d) 2-butino e 1-buteno.
cessário para que metade da massa inicial de e) 2-buteno e 2-metilpropano.
Cu-64 sofra decaimento © é cerca de:
a) 6 horas.
20. (Fuvest) A ardência provocada pela pimen-
b) 13 horas.
ta dedo-de-moça é resultado da interação da
c) 19 horas.
substância capsaicina com receptores loca-
d) 26 horas.
lizados na língua, desencadeando impulsos
e) 52 horas.
nervosos que se propagam até o cérebro, o
qual interpreta esses impulsos na forma de
17. (Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear sensação de ardência. Esse tipo de pimenta
possui um cíclotron que produz radioisóto- tem, entre outros efeitos, o de estimular a
pos para exames de tomografia. Um deles, o sudorese no organismo humano.
flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima-
damente 1h30min, é separado em doses, de
acordo com o intervalo de tempo entre sua
preparação e o início previsto para o exame.
Se o frasco com a dose adequada para o exame
de um paciente A, a ser realizado 2 horas de-
pois da preparação, contém NA átomos de 18F,
o frasco destinado ao exame de um paciente
B, a ser realizado 5 horas depois da prepara- Considere as seguintes afirmações:
ção, deve conter NB átomos de 18F, com: I. Nas sinapses, a propagação dos impulsos
(A meia vida de um elemento radioativo é o nervosos, desencadeados pelo consumo
intervalo de tempo após o qual metade dos dessa pimenta, se dá pela ação de neuro-
átomos inicialmente presentes sofreram de- transmissores.
sintegração.) II. Ao consumir essa pimenta, uma pessoa
a) NB = 2NA. pode sentir mais calor pois, para evapo-
b) NB = 3NA. rar, o suor libera calor para o corpo.
c) NB = 4NA. III. A hidrólise ácida da ligação amídica da
d) NB = 6NA. capsaicina produz um aminoácido que é
e) NB = 8NA. transportado até o cérebro, provocando a
sensação de ardência.
É correto apenas o que se afirma em:
18. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*, diri-
a) I.
gido contra um anteparo de ouro, cientistas
b) II.
britânicos conseguiram gerar radiação gama
c) I e II.
suficientemente energética para, atuando
d) II e III.
sobre um certo número de núcleos de iodo-
e) I e III.
129, transmutá-los em iodo-128, por libera-
ção de nêutrons. A partir de 38,7 g de iodo-
129, cada pulso produziu cerca de 3 milhões
de núcleos de iodo-128. Para que todos os Gabarito
núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes-
sem ser transmutados, seriam necessários x 1. B 2. C 3. D 4. D 5. D
pulsos, em que x é:
6. A 7. C 8. D 9. E 10. B
Dado: constante de Avogadro = 6,0 · 1023 mol–1.
*laser = fonte de luz intensa 11. D 12. D 13. C 14. B 15. C
a) 1 · 103.
b) 2 · 104. 16. B 17. C 18. D 19. C 20. A
c) 3 · 1012.
d) 6 · 1016.
e) 9 · 1018.
175
QUÍMICA 3
Dados:
Massas molares H = 1,0; He = 4,0; C = 12
Massa molar média do ar = 29 g/mol
Conclui-se que as bexigas A, B e C foram preenchidas, respectivamente, com:
a) hidrogênio, hélio e metano.
b) hélio, metano e hidrogênio.
c) metano, hidrogênio e hélio.
d) hélio, hidrogênio e metano.
e) metano, hélio e hidrogênio.
2. (Fuvest) Um dirigível experimental usa hélio como fluido ascensional e octano (C8H18) como com-
bustível em seu motor, para propulsão. Suponha que, no motor, ocorra a combustão completa do
octano:
Para compensar a perda de massa do dirigível à medida que o combustível é queimado, parte da
água contida nos gases de exaustão do motor é condensada e armazenada como lastro. O restante
do vapor de água e o gás carbônico são liberados para a atmosfera.
Qual é a porcentagem aproximada da massa de vapor de água formado que deve ser retida para que
a massa de combustível queimado seja compensada?
Note e adote: massa molar (g/mol): H2O = 18; O2 = 32; CO2 = 44; C8H18 = 114.
a) 11%
b) 16%
c) 39%
d) 50%
e) 70%
177
3. (Fuvest) Sabe-se que os metais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de
ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.
Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, se-
parada e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ(aq)) de concentração,
0,1 mol/L. Os resultados obtidos foram:
Volume da solução de HCℓ(aq)
Massa da amostra Composição da amostra
Experimento (0,1 mol/L) gasto na
metálica (g) metálica
reação completa
1 5,6 Fe0 puro V1
2 5,6 Fe contendo Mg como impureza
0 0
V2
3 5,6 Fe0 contendo Sn0 como impureza V3
Note e adote:
massa molar (g/mol): Mg = 24; Fe = 56; Sn = 119
Colocando-se os valores de V1, V2 e V3 em ordem decrescente, obtém-se:
a) V2 > V3 > V1.
b) V3 > V1 > V2.
c) V1 > V3 > V2.
d) V2 > V1 > V3.
e) V1 > V2 > V3.
4. (Fuvest) Pode-se calcular a entalpia molar de que temperatura aproximada deve começar a
vaporização do etanol a partir das entalpias cristalizar o K2Cr2O7?
das reações de combustão representadas por:
C2H5OH(ℓ) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(ℓ) DH1
C2H5OH(g) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(g) DH2
Para isso, basta que se conheça, também, a
entalpia molar de:
a) vaporização da água.
b) sublimação do dióxido de carbono.
c) formação da água líquida.
d) formação do etanol líquido.
e) formação do dióxido de carbono gasoso.
a) 25 °C.
5. (Fuvest) Preparam-se duas soluções satu- b) 45 °C.
radas, uma de oxalato de prata (Ag2C2O4) e c) 60 °C.
outra de tiocianato de prata (AgSCN). Esses d) 70 °C.
dois sais têm, aproximadamente, o mesmo e) 80 °C.
produto de solubilidade (da ordem de 10–12).
Na primeira, a concentração de íons prata é
[Ag+]1 e, na segunda, [Ag+]2; as concentra- Raio X
ções de oxalato e tiocianato são, respectiva-
mente, [C2O42–] e [SCN–]. 1.
Como a velocidade de difusão gasosa é in-
Nesse caso, é correto afirmar que versamente proporcional à raiz quadrada da
a) [Ag+]1 = [Ag+]2 e [C2O42–] < [SCN–]. massa molar do gás, temos VH2 > VHe > VCH4.
b) [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–]. Como a membrana da bexiga é permeável, a
quantidade de H2 que vai escapar, decorrido
c) [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] = [SCN–]. um certo tempo, é maior que de He e de CH4.
d) [Ag+]1 < [Ag+]2 e [C2O42–] < [SCN–].
2.
e) [Ag+]1 = [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–]. 25
C8H18(g) + O2(g) → 8 CO2(g) + 9 H2O(g)
2
114 g 9 × 18 g
6. (Fuvest) O gráfico adiante mostra a solubili- 162
g
dade (S) de K2Cr2O7 sólido em água, em fun- massa de
água formada
ção da temperatura (t). Uma mistura cons-
Massa a ser retida = 114 g
tituída de 30 g de K2Cr2O7 e 50 g de água, a
uma temperatura inicial de 90 °C, foi dei- 114 g
= 0,7037= 70,37037 % ≈ 70 %
xada esfriar lentamente e com agitação. A 162 g
178
(
3.
As três amostras metálicas de mesma mas-
sa reagiram, separada e completamente,
V3 =
2 · 28 · mSn + 119 · 5,6 – 119 · mSn
__________________________________
119 · 28
____________________________________
)
com uma solução aquosa de ácido clorídrico 0,1
(HCℓ(aq)) de concentração 0,1 mol/L. Então:
Experimento 1: (
=
–63 · mSn + 666,4
_________________
3.332
__________________
)
–63 · m + 666,4
= _________________
Sn
Fe(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq) 0,1 333,2
56 g ____ 2 mol V3 = (2 – 63 · mSn) L
5,6 g ____ 0,2 mol Teremos:
[HCℓ] = nHCℓ/V1 V2 > V1 e V3 < V1 ou V1 > V3
0,1 = 0,2/V1 ⇒ V1 = 2L Conclusão final: V2 > V1 > V3
Experimento 2:
4.
Vaporização é a mudança de estado líqui-
mamostra = mFe + mMg ⇒ mFe = (5,6 – mMg) g
do para gasoso; então precisamos conhecer
Mg(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + MgCℓ2(aq) a equação que transforma C2H5OH(ℓ) para
24 g ____ 2 mol C2H5OH(g).
mMg g _____ n(I)HCℓ O primeiro passo é inverter a equação de bai-
mMg 1 · mMg xo, para o etanol gasoso ficar nos produtos.
n(I)HCℓ = 2 · ____
mol = _______
mol Fazendo isso, pode-se “cortar“ as moléculas
24 12
de O2 e CO2 das duas reações, pois estão em
Fe(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq) lados opostos e têm o mesmo estado físico.
56 g ____ 2 mol Portanto:
(5,6 – mMg) g ____ nHCℓ C2H5OH(ℓ) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(ℓ) (entalpia 1)
2 · (5,6 – mMg) 5,6 – mMg 2CO2(g) + 3H2O(g) → C2H5OH (g) + 3O2(g) (entalpia 2)
n(II)HCℓ = ______________
= _________
mol
56 28 5.
Cálculo da concentração molar dos íons das
n(I)HCℓ + n(II)HCℓ soluções saturadas:
[HCℓ] = _____________
V2 Ag2C2O4(s) 2Ag+(aq) + C2O42-(aq)
(
0,1 =
12
)
1 · mMg 5,6 – mMg
_______ + _________
____________________
28
Kps1 = [Ag+]21 · [C2O2-4] = 4x3
4x3 = 10–12 ⇒ x ≅ 6,3 · 10–5
V2
Logo:
( 28 · mMg + 12 · 5,6 – 12 · mMg ) [Ag+]1≅ 1,26 · 10–4 mol/L e [C2O42–] ≅ 6,3 · 10–5 mol/L
______________________________
V2 = ______________________________
12 · 28
= AgSCN(s) Ag+(aq) + SNC-(aq)
0,1
Kps2 = [Ag+]2 · [SCN–] = y2
( 16 · mMg + 67,2
_______________
________________
)
336
=
16 · m + 67,2
_______________
Mg
y2 = 10–12 ⇒ y = 1,0 · 10–6
Desse modo, [Ag+]2 = 1,0 · 10–6 mol/L e
0,1 33,6
[SCN–] = 1,0 · 10–6 mol/L.
V2 = (2 + 16 · mMg) L Portanto, [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–].
Conclusão: V2 > V1 6.
A 80 °C, o coeficiente é:
Experimento 3: 75 g ____________ 100 g
mamostra = mFe + mSn ⇒ mFe = (5,6 – mSn) g x g ____________ 50 g de água
x = 37,5 g
Sn(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + SnCℓ2(aq) Há 30 g e o coeficiente é 37,5; então, não
24 g ____ 2 mol vai cristalizar nada, nenhum grama vai para
mSn g ____ n(III)HCℓ o fundo.
2 · mSn 2 · mSn A 70 °C, o coeficiente é:
n(III)HCℓ = _______
mol = _______
mol 61 g ____ 100 g
119 119
x g ____ 50 g
Fe(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq) x = 30,5 g
56 g ___________________ 2 mol No recipiente há 30 g e o coeficiente é 30,5;
então, algo em torno de 70 °C, o soluto co-
(5,6 – mSn) g ___ nHCℓ
meça a cristalizar.
2 · (5,6 – mMg) 5,6 – mSn
n(IV)HCℓ = ______________
= _________
mol
56 28
n(III)HCℓ + n(IV)HCℓ
[HCℓ] = ______________
Gabarito
V3
1. E 2. E 3. D 4. A 5. B
( 2 · mSn _________
_______
119
+
0,1 = ___________________
28
)
5,6 – mSn
6. D
V3
179
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Fuvest) A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separa-
dos e selados.
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, con-
tendo H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
2. (Fuvest) Uma estudante de Química realizou o seguinte experimento: pesou um tubo de ensaio
vazio, colocou nele um pouco de NaHCO3(s) e pesou novamente. Em seguida, adicionou ao tubo de
ensaio excesso de solução aquosa de HCℓ, o que provocou a reação química representada por:
Após a reação ter-se completado, a estudante aqueceu o sistema cuidadosamente, até que restas-
se apenas um sólido seco no tubo de ensaio. Deixou o sistema resfriar até a temperatura ambien-
te e o pesou novamente. A estudante anotou os resultados desse experimento em seu caderno,
juntamente com dados obtidos consultando um manual de Química:
3. (Fuvest) Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível sentir o odor do combustível a certa
distância da bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da gasolina, que
são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de oxigênio, não há
combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram propostas para isso:
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio estão em equilíbrio químico e, por
isso, não reagem.
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm
energia suficiente para iniciar a combustão.
III. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio encontram-se tão separadas que
não há colisão entre elas.
Dentre as explicações, está correto apenas o que se propõe em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
180
4. (Fuvest) Amônia e gás carbônico podem 6. (Fuvest) A gruta do Lago Azul (MS), uma
reagir formando ureia e água. O gráfico caverna composta por um lago e várias sa-
abaixo mostra as massas de ureia e de las, em que se encontram espeleotemas de
água que são produzidas em função da origem carbonática (estalactites e estalag-
massa de amônia, considerando as rea-
mites), é uma importante atração turística.
ções completas.
A partir dos dados do gráfico e dispondo- O número de visitantes, entretanto, é con-
-se de 270 de amônia, a massa aproximada, trolado, não ultrapassando 300 por dia. Um
em gramas, de gás carbônico minimamente estudante, ao tentar explicar tal restrição,
necessária para reação completa com essa levantou as seguintes hipóteses:
quantidade de amônia é: I. Os detritos deixados indevidamente pelos
visitantes se decompõem, liberando me-
tano, que pode oxidar os espeleotemas.
II. O aumento da concentração de gás car-
bônico que é liberado na respiração dos
visitantes, e que interage com a água do
ambiente, pode provocar a dissolução
progressiva dos espeleotemas.
III. A concentração de oxigênio no ar diminui
nos períodos de visita, e essa diminuição
seria compensada pela liberação de O2 pe-
los espeleotemas.
O controle do número de visitantes, do ponto
a) 120. de vista da Química, é explicado por:
b) 270. a) I, apenas.
c) 350.
b) II, apenas.
d) 630.
c) III, apenas.
e) 700.
d) I e III, apenas.
5. (Fuvest) O “besouro-bombardeiro” espan- e) I, II e III.
ta seus predadores, expelindo uma solução
quente. Quando ameaçado, em seu organis- 7. (Fuvest) Sob condições adequadas, selênio
mo ocorre a mistura de soluções aquosas de (Se) e estanho (Sn) podem reagir, como re-
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e en- presentado pela equação
zimas, que promovem uma reação exotérmi-
ca, representada por: 2Se + Sn → SnSe2
enzimas Em um experimento, deseja-se que haja re-
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2H2O(ℓ)
ação completa, isto é, que os dois reagentes
hidroquinona
sejam totalmente consumidos. Sabendo-se
O calor envolvido nessa transformação pode que a massa molar do selênio (Se) é 2/3 da
ser calculado, considerando-se os processos: massa molar do estanho (Sn), a razão en-
tre a massa de selênio e a massa de estanho
C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) (mSe : mSn), na reação, deve ser de:
∆H0 = +177 KJ · moℓ–1
a) 2 : 1.
H2O(ℓ) +1/2 O2(g) → H2O2(aq) b) 3 : 2.
∆H0 = +95 KJ · moℓ–1 c) 4 : 3.
d) 2 : 3.
H2O(ℓ) → 1/2 O2(g) + H2(g) e) 1 : 2.
∆H0 = +286 KJ · moℓ–1
8. (Fuvest) A partir de considerações teóricas,
Assim sendo, o calor envolvido na reação que foi feita uma estimativa do poder calorífico
ocorre no organismo do besouro é:
(isto é, da quantidade de calor liberada na
a) –558 kJ ∙ mol–1.
b) –204 kJ ∙ mol–1. combustão completa de 1 kg de combustível)
c) +177 kJ ∙ mol–1. de grande número de hidrocarbonetos. Dessa
d) +558 kJ ∙ mol–1. maneira, foi obtido o seguinte gráfico de va-
e) +585 kJ ∙ mol–1. lores teóricos:
181
9. (Fuvest) Um botânico observou que uma
mesma espécie de planta podia gerar flores
azuis ou rosadas. Decidiu então estudar se
a natureza do solo poderia influenciar a cor
das flores. Para isso, fez alguns experimen-
tos e anotou as seguintes observações:
I. Transplantada para um solo cujo pH era
5,6, uma planta com flores rosadas pas-
sou a gerar flores azuis.
II. Ao adicionar um pouco de nitrato de só-
dio ao solo, em que estava a planta com
flores azuis, a cor das flores permaneceu
a mesma.
III. Ao adicionar calcário moído (CaCO3) ao
solo, em que estava a planta com flores
azuis, ela passou a gerar flores rosadas.
Dados: massas molares (g/mol): C = 12,0; H Considerando essas observações, o botânico
= 1,00. pôde concluir que:
Com base no gráfico, um hidrocarboneto que a) em um solo mais ácido do que aquele de pH
libera 10.700 kcal/kg em sua combustão 5,6, as flores da planta seriam azuis.
completa pode ser representado pela fórmu- b) a adição de solução diluída de NaCℓ ao solo,
la: de pH 5,6, faria a planta gerar flores rosadas.
a) CH4. c) a adição de solução diluída de NaHCO3 ao
b) C2H4. solo, em que está a planta com flores rosa-
c) C4H10. das, faria com que ela gerasse flores azuis.
d) C5H8. d) em um solo de pH 5,0, a planta com flores
e) C6H6. azuis geraria flores rosadas.
e) a adição de solução diluída de Aℓ(NO3)3 ao
solo, em que está uma planta com flores
azuis, faria com que ela gerasse flores ro-
sadas.
10. (Fuvest) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver formação
de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo
resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.
Reagentes
Tempo para libe-
Experimento Solução de HCℓ de Observações
Metal rar 30 mL de H2
concentração 0,2 mol/L
1 200 mL 1,0 g de Zn (raspas) 30 s liberação de H2 e calor
2 200 mL 1,0 g de Cu (fio) não liberou H2 sem alterações
3 200 mL 1,0 g de Zn (pó) 18 s liberação de H2 e calor
liberação de H2 e
1,0 g de Zn (raspas)
4 200 mL 8s calor; massa de Cu
+ 1,0 g de Cu (fio)
não se alterou
182
11. (Fuvest) A uma determinada temperatura,
as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado ga-
soso. A essa temperatura, o equilíbrio entre
as três substâncias foi estudado, em reci-
pientes fechados, partindo-se de uma mis-
tura equimolar de H2 e I2 (experimento A) ou
somente de HI (experimento B).
183
d) Mesmo se o sistema não for agitado, a con- b) Manter iguais os tempos necessários para com-
centração de I2 na água tenderá a aumentar pletar as transformações.
e a de I2, no CCℓ4, tenderá a diminuir, até c) Usar a mesma massa de catalisador em todos
que se atinja um estado de equilíbrio. os experimentos.
e) Quer o sistema seja agitado ou não, ele já se d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
encontra em equilíbrio e não haverá mudan- e) Diminuir a concentração do reagente B.
ça nas concentrações de I2 nas duas fases.
16. (Fuvest) O biogás pode substituir a gasolina
14. (Fuvest) Considere 4 frascos, cada um con-
na geração de energia. Sabe-se que 60% em
tendo diferentes substâncias, a saber:
volume, do biogás são constituídos de meta-
§§ Frasco 1: 100 mL de H2O(ℓ) no, cuja combustão completa libera cerca de
§§ Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de 900 kJ/mol.
ácido acético de concentração 0,5 mol/L Uma usina produtora gera 2.000 litros de
§§ Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de biogás por dia. Para produzir a mesma quan-
KOH de concentração 1,0 mol/L tidade de energia liberada pela queima de
§§ Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de todo o metano contido nesse volume de bio-
HNO3 de concentração 1,2 mol/L gás, será necessária a seguinte quantidade
A cada um desses frascos, adicionaram-se, aproximada (em litros) de gasolina:
em experimentos distintos, 100 mL de uma Note e adote:
solução aquosa de HCℓ de concentração 1,0 §§ Volume molar nas condições de produção
mol /L. Medindo-se o pH do líquido contido de biogás: 24 L/mol;
em cada frasco, antes e depois da adição de §§ Energia liberada na combustão completa
HCℓ(aq), pôde-se observar aumento do valor da gasolina: 4,5 · 104 kJ/L.
do pH somente: a) 0,7.
a) nas soluções dos frascos 1, 2 e 4. b) 1,0.
b) nas soluções dos frascos 1 e 3. c) 1,7.
c) nas soluções dos frascos 2 e 4. d) 3,3.
d) na solução do frasco 3. e) 4,5.
e) na solução do frasco 4.
17. (Fuvest) Em três balanças aferidas, A, B e
15. (Fuvest) Um estudante desejava estudar, C, foram colocados três béqueres de mesma
experimentalmente, o efeito da temperatu- massa, um em cada balança. Nos três béque-
ra sobre a velocidade de uma transformação res, foram colocados volumes iguais da mes-
química. Essa transformação pode ser repre- ma solução aquosa de ácido sulfúrico. Foram
sentada por: separadas três amostras, de massas idênticas,
catalisador dos metais magnésio, ouro e zinco, tal que,
A + B → P havendo reação com o ácido, o metal fosse o
reagente limitante. Em cada um dos béque-
Após uma série de quatro experimentos, o
res, foi colocada uma dessas amostras, fican-
estudante representou os dados obtidos em
do cada béquer com um metal diferente. De-
uma tabela:
pois de algum tempo, não se observando mais
Número do experimento nenhuma transformação nos béqueres, foram
1 2 3 4 feitas as leituras de massa nas balanças, ob-
tendo-se os seguintes resultados finais:
temperatura (°C) 15 20 30 10
§§ balança A: 327,92 g
massa de catalisa- 1 2 3 4
§§ balança B: 327,61 g
dor (mg)
§§ balança C: 327,10 g
concentração ini- 0,1 0,1 0,1 0,1
cial de A (mol/L) Dados (massa molar em g ∙ mol–1)
§§ Mg = 24,3
concentração ini- 0,2 0,2 0,2 0,2
§§ Au = 197,0
cial de B (mol/L)
§§ Zn = 65,4
tempo decorrido até
As massas lidas nas balanças permitem con-
que a transforma-
ção se completasse
47 15 4 18 cluir que os metais magnésio, ouro e zinco
(em segundos) foram colocados, respectivamente, nos bé-
queres das balanças:
Que modificação deveria ser feita no proce- a) A, B e C.
dimento para obter resultados experimen- b) A, C e B.
tais mais adequados ao objetivo proposto? c) B, A e C.
a) Manter as amostras à mesma temperatura d) B, C e A.
em todos os experimentos. e) C, A e B.
184
18. (Fuvest) Dispõe-se de 2 litros de uma solu- A constante de equilíbrio, nos estados I e II,
ção aquosa de soda cáustica que apresenta tem, respectivamente, os valores:
pH 9. O volume de água, em litros, que deve a) 0,080 e 0,25.
ser adicionado a esses 2 litros para que a so- b) 4,0 e 4,0.
lução resultante apresente pH 8 é: c) 6,6 e 4,0.
a) 2. d) 4,0 e 12.
b) 6. e) 6,6 e 6,6.
c) 10.
d) 14. 21. (Fuvest) Uma enfermeira precisa preparar
e) 18. 0,50 L de soro que contenha 1,5 · 10–2 mol
de KCℓ e 1,8 · 10–2 mol de NaCℓ, dissolvidos
19. (Fuvest) Considere uma solução aquosa di-
em uma solução aquosa de glicose. Ela tem
luída de ácido acético (HA), que é um ácido
fraco, mantida a 25 °C. A alternativa que à sua disposição soluções aquosas de KCℓ
mostra corretamente a comparação entre as e NaCℓ de concentrações, respectivamente,
concentrações, em mol/L, das espécies quí- 0,15 g/mL e 0,60 · 10–2 g/mL. Para isso, terá
micas presentes na solução é: que utilizar x mL da solução de KCℓ e y mL
da solução de NaCℓ e completar o volume, até
Dados (a 25 °C): 0,50 L, com a solução aquosa de glicose. Os
§§ Constante de ionização do HA: valores de x e y devem ser, respectivamente:
Ka = 1,8 · 10–5
Dados: massa molar (g/mol)
§§ Produto iônico da água: Kw = 1,0 · 10–14
§§ KCℓ = 75
§§ Constantes de equilíbrio com concentra-
§§ NaCℓ = 59
ções em mol/L
a) 2,5 e 0,60 ∙ 102.
a) [OH–] < [A–] = [H+] < [HA].
b) 7,5 e 1,2 ∙ 102.
b) [OH–] < [HA] < [A–] < [H+].
c) 7,5 e 1,8 ∙ 102.
c) [OH–] = [H+] < [HA] < [A–].
d) 15 e 1,2 ∙ 102.
d) [A–] < [OH–] < [H+] < [HA].
e) 15 e 1,8 ∙ 102.
e) [A–] < [H+] = [OH–] < [HA].
185
Considere a tabela que mostra dados de pH
e de concentrações de nitrato e de oxigênio Gabarito
dissolvidos na água, para amostras coletadas
durante o dia, em dois diferentes pontos 1. C 2. D 3. B 4. C 5. B
(A e B) e em duas épocas do ano (maio e no- 6. B 7. C 8. B 9. A 10. D
vembro), na represa Billings, em São Paulo.
11. E 12. D 13. C 14. E 15. C
Concentração Concentração
pH de nitrato de oxigênio 16. B 17. E 18. E 19. A 20. B
(mg/L) (mg/L)
21. C 22. C 23. D 24. C
Ponto A
9,8 0,14 6,5
(novembro)
Ponto B
9,1 0,15 5,8
(novembro)
Ponto A
7,3 7,71 5,6
(maio)
Ponto B
7,4 3,95 5,7
(maio)
186
M T
MATEMÁTICA
e suas t e c n o l o g i a s
Fuvest - Matemática
Trigonometria, 22%
Geometria plana, 17%
Geometria espacial, 17%
Grandezas proporcionais, 10%
Geometria analítica, 10%
Probabilidades, 10%
Funções, 8%
Sistemas lineares, 6%
MATEMÁTICA 1
1.
Adotando convenientemente um sistema de com a, b e c reais positivos diferentes de 1,
coordenadas cartesianas, considere a figura. temos:
1 1 1
S= + +
2 ⋅ log2 2016 5 ⋅ log3 2016 10 ⋅ log7 2016
1
= ⋅ (5 ⋅ log2016 2 + 2 ⋅ log2016 3 + log2016 7)
10
1
= ⋅ log2016 25 ⋅ 32 ⋅ 7
10
1
= ⋅ log2016 2016
10
1
= .
10
5.
I. Falsa. Tem-se que an + 1 = (n + 2)2. Logo,
Sejam A o ponto de lançamento do projétil e como a razão
(
a (n + 3)2
a função quadrática f: [–20, 20] → R, dada
na forma canônica por f(x) = a · (x – m)2 + k,
____
an+1
n
= ________2
(n + 2) ) 1
= 1 + _____
n + 2
2
190
Prática dos d) Quaisquer que sejam os números reais a e
b não nulos tais que a < b é verdadeiro que
191
9. (Fuvest) A soma dos valores de m, Suponha também que:
para os quais x = 1 é raiz da equação I. a altura mínima do fio ao solo seja igual a 2;
x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0, é igual a: II. a altura do fio sobre um ponto no solo
a) 5/2. que dista __ d de uma das colunas seja igual
b) 3/2. 4
c) 0. h .
a __
2
d) –3/2.
e) –5/2. Se h = 3 __ ( )
d , então d vale:
8
192
1 a e __
c) – __
2
1 a.
2 {
d) x 7 R; x ≤ __
3 }
1 ou x ≥ 10
1a e __ 1 a.
d) – __
2 { 1
e) x 7 R; < x < ___
__
9 }
10
3
e) – __ 1a e __
1a .
22. (Fuvest) Sabe-se sobre a progressão __geomé-
——
18. (Fuvest) No segmento AC , toma-se um ponto trica a1, a2, a3,... que a1 > 0 e a6 = –9√3 . Além
disso, a progressão geométrica a1, a5, a9,...
AB
B de forma que = 2 ___
___ BC . Então, o valor
AC AB tem razão igual a 9.
BC é:
de ___ Nessas condições, o produto a2a7 vale:
AB __
a) –27√3 .
a) __ 1 . __
2__ b) –3√3 .
__
√
b) 3 – .
______ 1
c) –√3 .
__
__ 2
d) 3√3 .
c) √5 – 1. __
__ e) 27√3 .
√
d) 5 – .
______ 1
__2
e) ______
√
5 – .
1
23. (Fuvest) Uma substância radioativa sofre
3 desintegração ao longo do tempo, de acordo
com a relação m(t) = ca–kt, em que a é um
19. (Fuvest) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no
número real positivo, t é dado em anos, m(t)
gráfico de uma função quadrática f. O mí-
é a massa da substância em gramas e c e k
nimo de f é assumido no ponto de abscissa
1 . Logo, o valor de f(1) é: são constantes positivas. Sabe-se que m0 gra-
x = – __
4 mas dessa substância foram reduzidos a 20%
1
___
a) . em 10 anos. A que porcentagem de m0 ficará
10 reduzida a massa da substância, em 20 anos?
b) 2 .
___ a) 10%
10
b) 5%
c) 3 .
___
c) 4%
10
d) 4 .
___ d) 3%
10 e) 2%
e) 5 .
___
10
24. (Fuvest) Seja f(x) = a + 2bx + c, em que a, b
20. (Fuvest) Tendo em vista as aproximações e c são números reais. A imagem de f é a
log102 ≈ 0,30, log103 ≈ 0,48, então o maior semirreta ]–1, Ü[ e o gráfico de f intercep-
número inteiro n, satisfazendo 10n ≤12418, é ta os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e
igual a: (0, –3/4). Então, o produto abc vale:
a) 424. a) 4
b) 437. b) 2
c) 443. c) 0
d) 451. d) –2
e) 460. e) –4
21. (Fuvest) Seja f uma função a valo-
res reais, com domínio D y R, tal que 25. (Fuvest) Seja x > 0 tal que a sequência
f(x) = log10(log1/3(x2 – x + 1)), para todo x 7 D. a1 = log2x, a2 = log4(4x), a3 = log8(8x) forme,
nessa ordem, uma progressão aritmética.
Então, a1 + a2 + a3 é igual a:
a) ___ 13 .
2
15
b) ___ .
2
___
c) . 17
2
___
d) . 19
2
O conjunto que pode ser o domínio D é: e) ___ 21 .
2
a) {x 7 R; 0 < x < 1}
b) {x 7 R; x ≤ 0 ou x ≥ 1}
Gabarito
1. C 2. C 3. E 4. B 5. E
6. D 7. C 8. A 9. A 10. A
11. E 12. A 13. B 14. A 15. C
16. C 17. E 18. B 19. C 20. D
21. A 22. A 23. C 24. A 25. B
26. E
194
MATEMÁTICA 2
√
b) 5 .
__
__3
nutriente minoritário
+ micronutrientes
75 0 60
√
c) 3 .
__
__7 % de macronutrien-
te majoritário
25 100 40
√
d) 7 .
__
__3 São macronutrientes as proteínas, os
carboidratos e os lipídeos.
√
__
e) 5 .
7
195
Com base nas informações fornecidas, e na 49
a) ____
144
composição nutricional dos alimentos, con-
sidere as seguintes afirmações: b) 14
___
33
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45.
c) 7
___
II. O macronutriente presente em maior 22
quantidade no arroz é o carboidrato. d) 5
___
22
III.
Para uma mesma massa de lipídeo de
origem vegetal e de carboidrato, a ra- e) 15
____
144
número de pontos do lipídeo
zão ______________________________
é
número de pontos do carboidrato 7. (Fuvest) Maria deve criar uma senha de 4 dí-
1,5. gitos para sua conta bancária. Nessa senha, so-
É correto o que se afirma em: mente os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 podem ser
a) I, apenas. usados e um mesmo algarismo pode aparecer
b) II, apenas. mais de uma vez. Contudo, supersticiosa, Ma-
c) I e II, apenas. ria não quer que sua senha contenha o número
d) II e III, apenas. 13, isto é, o algarismo 1 seguido imediatamen-
e) I, II e III. te pelo algarismo 3. De quantas maneiras dis-
tintas Maria pode escolher sua senha?
5. (Fuvest) De 1869 até hoje, ocorreram as se- a) 551
guintes mudanças de moeda no Brasil: (1) b) 552
em 1942, foi criado o cruzeiro, cada cruzei- c) 553
ro valendo mil réis; (2) em 1967, foi criado d) 554
o cruzeiro novo, cada cruzeiro novo valen- e) 555
do mil cruzeiros; em 1970, o cruzeiro novo
voltou a se chamar apenas cruzeiro; (3) em 8. (Fuvest) Em um experimento probabilístico,
1986, foi criado o cruzado, cada cruzado va- Joana retirará aleatoriamente duas bolas de
lendo mil cruzeiros; (4) em 1989, foi criado uma caixa contendo bolas azuis e bolas ver-
o cruzado novo, cada um valendo mil cruza- melhas. Ao montar-se o experimento, colo-
dos; em 1990, o cruzado novo passou a se cam-se seis bolas azuis na caixa.
chamar novamente cruzeiro; (5) em 1993, Quantas bolas vermelhas devem ser acres-
foi criado o cruzeiro real, cada um valendo centadas para que a probabilidade de Joana
mil cruzeiros; (6) em 1994, foi criado o real, obter duas azuis seja 1/3?
a) 2
cada um valendo 2.750 cruzeiros reais.
b) 4
Quando morreu, em 1869, Brás Cubas pos-
c) 6
suía 300 contos.
d) 8
Se esse valor tivesse ficado até hoje em uma
e) 10
conta bancária, sem receber juros e sem pa-
gar taxas, e se, a cada mudança de moeda, o
depósito tivesse sido normalmente conver- 9. (Fuvest) Em uma classe com 14 alunos, 8 são
tido para a nova moeda, o saldo hipotético mulheres e 6 são homens. A média das notas
das mulheres no final do semestre ficou 1
dessa conta seria, aproximadamente, de um
ponto acima da média da classe. A soma das
décimo de:
notas dos homens foi metade da soma das
Dados: Um conto equivalia a um milhão de
notas das mulheres. Então, a média das no-
réis.
tas dos homens ficou mais próxima de:
1 bilhão = 109 e 1 trilhão = 1012.
a) 4,3.
a) real.
b) 4,5.
b) milésimo de real.
c) 4,7.
c) milionésimo de real. d) 4,9.
d) bilionésimo de real. e) 5,1.
e) trilionésimo de real.
196
Raio X Tem-se que:
2z
x + w + 2z = 4x + w x =
1.
Considere a figura. ⇔ 3 .
4x + 2y + z = 4x + y + 2z y = z
4.
Sejam x, y, z e w, respectivamente, o núme- 8.
Seja n o número de bolas vermelhas que de-
ro de pontos correspondentes a uma colher verão ser colocadas na caixa. Desse modo,
de arroz, uma colher de azeite, uma fatia de
queijo branco e um bife.
como o número de casos favoráveis é 6
e o
2 ( )
197
n
+
número de casos possíveis é
2
6 , temos( )
6 6!
1 2 1 2! ⋅ 4!
= ⇔
=
3 n + 6 3 (n + 6)!
2! ⋅ (n + 4)!
2
⇔ n2 + 11n − 60 =
0
⇒n=4.
9.
Sejam Sh e Sm, respectivamente, a soma das
notas dos homens e a soma das notas das
mulheres. Sabendo que Sm = 2 ∙ Sh, temos:
___S S + Sm S 3 . Sh
m = _______
h + 1 ⇔ __
h = ______
⇔ Sh = 28.
+1
8 14 4 14
S 28
Portanto, segue que a resposta é __ h = ___
j 4,7.
6 6
Gabarito
1. A 2. B 3. B 4. E 5. D
6. C 7. A 8. B 9. C
198
__
√
3 5 .
a) ____
Prática dos 40__
√
[ ] [ ] [
© são, respectivamente:
3
tga
6
6 8 cosb ]
= 0
__
–2√ 3
, for satisfeito, então
π e ___
a) __
8 8
3π .
™ + © é igual a:
a) –π/3. b) __ π e __ π .
6 3
b) –π/6. c) __ π e __ π .
c) 0. 4 4
d) π/6. d) __ π e __
π .
3 6
e) π/3. e) ___ π .
3π e __
8 8
{ }
3. (Fuvest) Sejam x e y números reais posi- ax
-y=1
tivos tais que x + y = π/2. Sabendo-se que 6. (Fuvest) No sistema linear y
+ z = 1
, nas
x+z=m
sen(y – x) = 1/3, o valor de tg2y – tg2x é variáveis x, y e z, a e m são constantes reais.
igual a: É correto afirmar:
a) __ 3 . a) No caso em que a = 1, o sistema tem solução
2 se, e somente se, m = 2.
b) 5 .
__ b) O sistema tem solução, quaisquer que sejam
4 os valores de a e de m.
c) 1 .
__
c) No caso em que m = 2 o sistema tem solução
2
se, e somente se, a = 1.
d) 1 .
__
4 d) O sistema só tem solução se a = m = 1.
e) __ 1 . e) O sistema não tem solução, quaisquer que
8 sejam os valores de a e de m.
199
[ a
8. (Fuvest) Considere a matriz A = 2a
]
+ 1
a – 1 a + 1
aproximado da razão entre as distâncias da
Terra à Lua, dL e da Terra ao Sol, dS.
em que a é um número real. Sabendo que
A admite inversa A–1 cuja primeira coluna é
[
2a
]
–
–1
1 , a soma dos elementos da diagonal
principal de A–1 é igual a:
a) 5.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
e) 9. É possível estimar a medida do ângulo ™ re-
lativo ao vértice da Terra, nessas duas fases,
a partir da observação de que o tempo t1, de-
9. (Fuvest) Em uma festa com n pessoas, em
corrido de uma lua quarto crescente a uma
um dado instante, 31 mulheres se retiraram
lua quarto minguante, é um pouco maior do
e restaram convidados na razão de 2 homens que o tempo t2, decorrido de uma lua quarto
para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 minguante a uma lua quarto crescente. Su-
homens se retiraram e restaram, a seguir, pondo que a Lua descreva em torno da Terra
convidados na razão de 3 mulheres para cada um movimento circular uniforme, tomando t1
homem. O número n de pessoas presentes = 14,9 dias e t2 = 14,8 dias, conclui-se que a
inicialmente na festa era igual a: razão dL/dS seria aproximadamente dada por:
a) 100.
a) cos77,7°.
b) 105.
b) cos80,7°.
c) 115.
c) cos83,7°.
d) 130.
d) cos86,7°.
e) 135. e) cos89,7°.
10. (Fuvest) Uma geladeira é vendida em n par- 13. (Fuvest) De um baralho de 28 cartas, sete de
celas iguais, sem juros. Caso se queira ad- cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de
quirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas ouros, uma de espadas, uma de copas e uma
a menos, ainda sem juros, o valor de cada de paus. Ele mantém consigo as duas cartas de
parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de ouros e troca as demais por três cartas escolhi-
R$ 125,00, respectivamente. Com base nes- das ao acaso dentre as 23 cartas que tinham
sas informações, conclui-se que o valor de n ficado no baralho. A probabilidade de, ao final,
é igual a: Luís conseguir cinco cartas de ouros é:
a) 13.
1 .
a) ____
b) 14. 130
c) 15. b) 1 .
____
d) 16. 420
e) 17. c) 10
_____
1771
11. (Fuvest) Um veículo viaja entre dois povoa- d) 25 .
_____
7117
dos da serra da Mantiqueira, percorrendo a
e) 52 .
_____
primeira terça parte do trajeto à velocidade 8117
média de 60 km/h, a terça parte seguinte a
40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h. 14. (Fuvest) Examine o gráfico.
O valor que melhor aproxima a velocidade
média do veículo nessa viagem, em km/h, é:
a) 32,5.
b) 35.
c) 37,5.
d) 40.
e) 42,5.
200
Com base nos dados do gráfico, pode-se afir- ao ano. Apesar do rendimento mais baixo, a
mar corretamente que a idade: caderneta de poupança oferece algumas van-
a) mediana das mães das crianças nascidas em tagens e ele precisa decidir como irá dividir
2009 foi maior que 27 anos. o seu dinheiro entre as duas aplicações. Para
b) mediana das mães das crianças nascidas em garantir, após um ano, um rendimento to-
2009 foi menor que 23 anos. tal de pelo menos R$ 72.000,00, a parte da
c) mediana das mães das crianças nascidas em quantia a ser aplicada na poupança deve ser
1999 foi maior que 25 anos. de, no máximo:
d) média das mães das crianças nascidas em a) R$ 200.000,00.
2004 foi maior que 22 anos. b) R$ 175.000,00.
e) média das mães das crianças nascidas em c) R$ 150.000,00.
1999 foi menor que 21 anos. d) R$ 125.000,00.
e) R$ 100.000,00.
15. (Fuvest) Na cidade de São Paulo, as tari-
fas de transporte urbano podem ser pagas 18. (Fuvest) Cada uma das cinco listas dadas é a
usando o bilhete único. A tarifa é de R$ relação de notas obtidas por seis alunos de
3,00 para uma viagem simples (ônibus ou uma turma em uma certa prova.
metrô/trem) e de R$ 4,65 para uma viagem Assinale a única lista na qual a média das
de integração (ônibus e metrô/trem). Um notas é maior do que a mediana.
usuário vai recarregar seu bilhete único, a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
que está com um saldo de R$ 12,50. O me- b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
nor valor de recarga para o qual seria pos- c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
sível zerar o saldo do bilhete após algumas d) 5, 5, 5, 7, 7, 9
utilizações é: e) 5, 5, 10, 10, 10, 10
a) R$ 0,85.
b) R$ 1,15. 19. (Fuvest) Vinte times de futebol disputam a
c) R$ 1,45. Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis
d) R$ 2,50. deles paulistas. Cada time joga duas vezes
e) R$ 2,80. contra cada um dos seus adversários. A por-
centagem de jogos nos quais os dois oponen-
16. (Fuvest) O gamão é um jogo de tabuleiro tes são paulistas é:
muito antigo, para dois oponentes, que com- a) menor que 7%.
bina a sorte, em lances de dados, com estra- b) maior que 7%, mas menor que 10%.
tégia, no movimento das peças. Pelas regras c) maior que 10%, mas menor que 13%.
adotadas, atualmente, no Brasil, o número d) maior que 13%, mas menor que 16%.
total de casas que as peças de um jogador e) maior que 16%.
podem avançar, numa dada jogada, é de-
terminado pelo resultado do lançamento de
20. (Fuvest) A tabela informa a extensão terri-
dois dados. Esse número é igual à soma dos
torial e a população de cada uma das regiões
valores obtidos nos dois dados, se esses va-
do Brasil, segundo o IBGE.
lores forem diferentes entre si; e é igual ao
dobro da soma, se os valores obtidos nos dois Extensão População
Região
dados forem iguais. Supondo que os dados territorial (km2) (habitantes)
não sejam viciados, a probabilidade de um Centro-Oeste 1.606.371 14.058.094
jogador poder fazer suas peças andarem pelo
Nordeste 1.554.257 53.081.950
menos oito casas em uma jogada é:
Norte 3.853.327 15.864.454
a) __ 1 . Sudeste 924.511 80.364.410
3
b) 5 .
___ Sul 576.409 27.386.891
12 IBGE: Sinopse do Censo Demográfico
c) ___ 17 . 2010 e Brasil em números, 2011.
36
d) __ 1 . Sabendo que a extensão territorial do Brasil
2 é de, aproximadamente, 8,5 milhões de km2,
e) ___ 19 . é correto afirmar que a:
36
a) densidade demográfica da região Sudeste é
17. (Fuvest) Um apostador ganhou um prêmio de, aproximadamente, 87 habitantes por km2.
de R$ 1.000.000,00, na loteria e decidiu in- b) região Norte corresponde a cerca de 30% do
vestir parte do valor em caderneta de pou- território nacional.
pança, que rende 6% ao ano, e o restante em c) região Sul é a que tem a maior densidade
um fundo de investimentos, que rende 7,5% demográfica.
201
d) região Centro-Oeste corresponde a cerca de
40% do território nacional.
e) densidade demográfica da região Nordeste é
de, aproximadamente, 20 habitantes por km2.
a) ___ 7
27
b) 13
___
54
c) 6
___
27
d) 11
___
54
e) 5
___
27
a) ___ 4
27
b) 11
___
54
c) 7
___
27
d) ___10
27
e) 23
___
54
Gabarito
1. E 2. B 3. A 4. D 5. D
6. A 7. B 8. A 9. D 10. A
11. A 12. E 13. C 14. D 15. B
16. C 17. A 18. D 19. B 20. A
21. E 22. C
202
MATEMÁTICA 3
203
Raio X 4.
Seja Q o ponto pertencente a reta de inter-
seção dos planos ™ e © e O o ponto que per-
1.
Considere a figura. tence a reta perpendicular ao plano © e que
passa por P.
Pelo triângulo retângulo __ formado:
√ __
PO
___ 1
___ 5
___
= tg£ Æ =
Æ OQ = √5
OQ OQ 5
Logo: __ __
PQ2 = OP2 + OQ2 Æ PQ2 = 12 + √ 5 2 Æ PQ = √
6
5. Considere a figura, em que M é o ponto mé-
dio de BD.
3.
Gabarito
1. A 2. A 3. B 4. C 5. D
6. E
__
__
2 ( ) -3
4
√ 1
__
AD = + 1 -
4
3
__
4
√
___
=
2
2
204
Prática dos 3. (Fuvest) Três das arestas de um cubo, com
um vértice em comum, são também arestas
( )
a) 4, ___ 16 .
5
205
7. (Fuvest) Uma das piscinas do Centro de Prá-
ticas Esportivas da USP tem o formato de três
hexágonos regulares congruentes, justapos-
tos, de modo que cada par de hexágonos tem
um lado em comum, conforme representado
na figura abaixo. A distância entre lados pa-
ralelos de cada hexágono é de 25 metros.
a) 100 km2.
b) 108 km2.
c) 210 km2.
d) 240 km2.
e) 444 km2.
206
__
a) √3 . semântico da palavra por ele formada quan-
__
b) √2 to na simetria de suas formas geométricas.
__.
√ 3
___ Por exemplo, as áreas do triângulo ABF e do
c) . retângulo BCJI são iguais.
2__
√ 2
___ c) O poema ZEN pode ser considerado concreto
d) . por apresentar proporções geométricas em
2__
√ 2
___ sua composição. O perímetro do triângulo
e) .
4 ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do
retângulo BCGF.
15. (Fuvest) A esfera ε, de centro O e raio r > 0,
d) O concretismo poético pode utilizar propor-
é tangente ao plano ™. O plano © é paralelo a ções geométricas em suas composições. No
™ e contém O. Nessas condições, o volume da poema ZEN, por exemplo, a razão entre os
pirâmide que tem como base um hexágono perímetros do trapézio ADGF e do retângulo
regular inscrito na intersecção de ε com © e, ADHE é menor que 7/10.
como vértice, um ponto em ™, é igual a: e) Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são
__ representantes do concretismo poético, que
√ 3
3 r .
a) ____ utiliza proporções geométricas em suas com-
4__
√ 3 posições. No poema ZEN, por exemplo, a ra-
b) _____ 5 3 r . zão entre as áreas do triângulo DHG e do
16__
√ r3 retângulo ADHE é 1/6.
c) _____ 3 3 .
8__
18. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é equi-
d) _____ 7√3 r .
3
16 látero de lado 1, e ACDE, AFGB e BHIC são
__
√ 3 quadrados. A área do polígono DEFGHI vale:
e) ____ 3 r .
2
16. (Fuvest) No plano cartesiano, os pontos
(0, 3) e (–1, 0) pertencem à circunferência
C. Uma outra circunferência, de centro em
(–1/2, 4) é tangente a C no ponto (0, 3).
Então, __
o raio de C vale:
√
5
a) ___
.
8__
√ 5
___
b) .
4__ __
√ a) 1 + √
__
3 .
c) 5 .
___
2 __ √
b) 2 + __
3 .
√
d) 5
3
____ .
c) 3 + √
3 __
.
4
__ d) 3 + 2√__
3 .
e) √5 .
e) 3 + 3√3 .
17. (Fuvest) Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.
19. (Fuvest) No plano cartesiano, um círculo de
centro P = (a, b) tangencia as retas de equa-
ções y = x e x = 0. Se P pertence à parábola
de equação y = x2 e a > 0 a ordenada b do
ponto P é__igual a:
a) 2 + 2√__
2 .
Diagrama referente ao poema ZEN.
b) 3 + 2√__
2 .
c) 4 + 2√__
2 .
d) 5 + 2√__
2 .
e) 6 + 2√2 .
207
21. (Fuvest) No plano cartesiano x0y, a reta de
equação x + y = 2 é tangente à circunferência Gabarito
C no ponto (0, 2).
Além disso, o ponto (1, 0) pertence a C. En- 1. E 2. B 3. C 4. C 5. D
tão, o raio de C é igual a:
__ 6. C 7. A 8. A 9. D 10. E
____ 3√ 2
a) .
2__ 11. D 12. C 13. E 14. A 15. E
b) ____ 5√ 2
.
2__ 16. E 17. B 18. C 19. B 20. D
√
7 2
c) ____ . 21. B 22. A 23. B
2__
√
d) ____ 9 2 .
2 __
√
e) _____ 11 .
2
2
63 .
a) ___
25
12 .
b) ___
5
c) ___ 58 .
25
d) ___ 56 .
25
e) ___ 11 .
5
α .
2
a) __
82
b) __ α .
42
__
c) . α
2 2
d) ___ 3α .
4
e) α2.
208